Buscar

Processo de Conhecimento Parte 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Processo de Conhecimento
Considerações básicas e importantes pra estudo do Processo de Conhecimento: Trilogia: AÇÃO – JURISDIÇÃO – PROCESSO
Ação: é o direito ao exercício da atividade jurisdicional ou o poder e exigir esse exercício. É a posição jurídica capaz de permitir a qualquer pessoa a pratica de atos tendentes a provocar o exercício, pelo Estado, da função jurisdicional, existindo ainda que inexista o direito material afirmado. OBS: não é garantido o resultado vitorioso.
Condições de ação: são os requisitos exigidos para que o processo possa se instaurar de forma válida, mostrando-se apto a produzir um provimento final, de mérito. A ausência de qualquer dela leva à prolação de uma sentença ‘terminativa’, isto é, de uma decisão que, embora coloque fim ao processo, não colocará um fim ao conflito de interesses entre as partes (não apresentará resposta de mérito). São condições de ação:
Legitimidade das partes: na ação deverão ser indicados os titulares dos interesses ou direitos em conflito, levados à apreciação do Poder Judiciário através do ajuizamento da ação. Titularidade ativa e passiva. Exemplo: não poderá no ajuizamento da ação o autor citar réu diverso do que causou conflito de interesses ou direitos. 
Interesse de agir: o interesse de agir está pautado em uma demanda necessária, ou seja, impossibilidade de se alcançar a satisfação do direito material alegado sem intercessão do Estado – existência de uma lide, e adequada, ou seja, o provimento jurisdicional solicitado deve ser adequado à satisfação do direito do autor.
Possibilidade jurídica do pedido: o pedido deve ser juridicamente possível, ou seja, passível de apreciação por parte do Poder Judiciário. O pedido deve estar previsto em lei ou não ser proibido pelo ordenamento jurídico. Exemplo: não poderá o pedido estar relacionado à um contrato de compra e venda de um terreno na Lua.
OBS: Capacidade de estar em juízo X Titular de direitos = Em razão extraordinária alguns casos outro ente pode entrar em juízo como autor para buscar interesses e direitos de outrem. Exemplo: Ministério Público e Sindicatos (lembrar-se do exemplo citado em sala de aula do professor que ganhou certa quantia de dinheiro em juízo, postulada pelo sindicato dos professores, situação que ele não fez parte do processo, não foi autor).
Processo: o processo é uma atividade judicial, caracterizado pelo conjunto de atos coordenados (sequencia lógica), praticados com objetivo de apurar uma determinada situação fática, o que levará à procedência ou improcedência da pretensão posta em juízo. É o caminho pré-estabelecido em lei para se chegar à jurisdição. 
Tipos de processo: 
Processo de Conhecimento: conflito relacionado com a certeza do direito, argumentos, provas do autor e réu e análise do juiz competente para julgamento.
Processo de execução: o direito já é existente, há uma presunção de direito existente e cabe ao juiz apenas forçar a execução do direito.
O processo se desenvolve através do devido processo legal que é o julgamento justo, com a manifestação das partes, influencia do processo para convencimento do juiz, apresentação de provas lícitas e imparcialidade do juiz competente.
O processo deve respeitar os pressupostos que são os requisitos de existência e validade do processo, como: demanda regularmente formulada, investidura do juiz, imparcialidade do juiz, competência do juiz, capacidade das partes (ser parte, estar em juízo e postulatória)...
Jurisdição: é a atividade exercida pelo Estado, através do qual este presta tutela jurisdicional, dirimindo o conflito de interesses ao “dizer com quem está o direito”, “com quem está a razão” e, para isto, aplica a lei prevista em abstrato ao caso concreto.
Algumas características: o juiz é inerte e só atua quando provocado, a jurisdição só poderá ser exercida por quem foi investido na autoridade de juiz, o juiz deverá ser competente na esfera territorial e funcional, o juiz depois de provocado é impossível que às partes impeçam a jurisdição... 
PROCESSO DE CONHECIMENTO – NOVO CPC 
Ato processual que inicia o processo é PETIÇÃO INICIAL.
Procedimento comum possui quatro fases: 
Postulatória: fase de pedidos e exposição da lide Petição Inicial, citação, audiência de mediação e conciliação, respostas do réu. 
Saneadora: fase de organização e correção do processo. 
Probatória: fase de produção de provas 
Decisória: fase de sentença, jurisdição, aplicada pelo juiz. 
Petição Inicial: é o instrumento através do qual de propõe a demanda e se instaura o processo. É extremamente importante, pois é através desse instrumento que o autor da ação vai trazer a demanda que será apreciada pelo juiz. Por esse motivo a petição inicial deve seguir uma série de requisitos. 
Os requisitos são: 
Endereçamento ao juízo competente: deverá ser indicado antes de tudo o órgão do Poder Judiciário a que é dirigida, ou seja, indicar qual órgão jurisdicional competente para análise do processo. 
Qualificação das partes: a petição inicial deve indicar as partes, com suas qualificações exigidas pela lei processual, necessitando de:
Nome completo das partes;
Estado civil (e, se for o caso, a existência de união estável);
Profissão;
CPF para pessoas físicas e CNPJ para pessoas jurídicas;
Endereço eletrônico (e-mail);
Domicilio e residência;
OBS: Não será causa de indeferimento e nem alteração da petição caso esses elementos não estejam a dispor do autor da ação, mas possam qualificar e citar a pessoa do réu. O juiz pode requerer diligência para obtenção desses elementos. O motivo para indeferimento da petição inicial por ausência de algum elemento é que pode-se considerar uma violação ao acesso da justiça, o que seria inconstitucional. 
Causa de pedir (motivo pelo qual se exercita o direito de ação): fatos e fundamentos jurídicos: a petição inicial deve conterá descrição dos fatos que compõe a causa de pedir (remota ou próxima), isto é, fatos constitutivos do direito deduzido pelo demandante dos fatos geradores do interesse de agir. O autor deve expor os motivos para estar em juízo, os motivos sociais e fatos que geraram a lide. O advogado com trabalho técnico deverá apresentar os fundamentos jurídicos sobre o fato com utilização de todas as fontes do direito (leis, doutrina, princípios, costumes, jurisprudência, etc.). 
OBS: Teoria da substanciação: fundamentação da existência do direito. 
Causa de pedir remota: fatos
Causa de pedir próxima: fundamentos jurídicos
Requerimento para produção de provas: conhecimento dado para o juiz dizer o direito. Requisito não necessário, mas não impede que o processo seja extinto ou que novas provas sejam apresentadas futuramente. Na prática esse requerimento é muito difícil de estipular porque ainda não se sabe o que o autor terá que provar frente ao andamento que o processo se constituirá, então o que geralmente acontece é que o advogado na petição inicial diz que o autor pretende produzir todos os meios de prova admissíveis. 
Requerimento de audiência de conciliação e mediação – CPC 2015: a relevante informação é se o autor pretende ou não que se realize audiência de mediação e conciliação que são meios alternativos de solução de conflitos que ajudam a diminuir a quantidade de processos no judiciário e garantir que o resultado e os direitos tutelados sejam rapidamente resolvidos. Caso o autor afirmar expressamente que não quer a realização da audiência, não será ela designada. Caso não haja requerimento ou não da audiência o juiz irá marca-la subtendendo que o autor a queira.
Pedido e suas especificações: é através do pedido que o autor da ação declara perante o juízo, o resultado que se pretende alcançar com o processo. Na petição inicial deverá o autor deduzir o pedido imediato que é o que se pede imediatamente, ou seja, uma sentença – EX: sentença condenatória, declaratória, constitutiva, cautelar ou executória. Deverá também conter o pedido mediato que é o próprio bem da vida ou interesse que se quer ver tutelado, podendo ser material, moral, econômicoou imaterial. O pedido deve ser correto (expresso), determinado (qualidade, quantidade, espécie – detalhes) e completo. 
Pedido implícito: são os pedidos que não precisam ser expressos pelo autor da ação, uma vez que, por força da lei deverá o juiz pronunciar em sua decisão sobre eles. São exemplos: a) juros e correção monetária (6% ao ano); b) custas processuais; c) honorários advocatícios de sucumbência.
Ao interpretar o pedido deverá o juiz analisar o conjunto da postulação, não podendo apenas julgar o processo através de uma frase. Exemplo: Ao longo da petição inicial o autor reclama de lesão material e moral utilizando os fundamentos jurídicos e fatos, mas no pedido final ele só pede reparação do dano material. 
O autor deverá agir de boa-fé.
Na interpretação do pedido deve-se levar em consideração a vontade da parte. 
Em caráter excepcional o pedido poderá ser genérico, ou seja, o pedido que não tem determinação do quantum pretendido pelo demandante. Exceções: 
Ações universais: ações de herança, fundos de comércio em que o autor não tem dimensão do quanto precisamente tem direito, indicando na petição, apenas, o quinhão que considera de direito correspondente. 
Extensão de consequências de um ato: é que o réu não pode determinar as consequências do ato ou fato gerado pelo réu no momento da petição inicial. Exemplo: num caso em que o réu deverá reparar danos resultantes de um acidente, entre os quais está o custo de tratamento médico. O autor não tem condições no exato momento da petição inicial mensurar o valor que deverá ser pago pelo réu. 
OBS: não é possível pedir pedido genérico em casos de dano moral, uma vez que fere o Princípio do Contraditório impedindo que o réu possa influenciar na decisão judicial acerca do valor da ação. 
Cumulação de pedidos: quando a petição inicial contiver mais de um pedido. É classificado como: simples, sucessiva, eventual ou alternativa.
- Simples: quando os pedidos são independentemente entre si, a procedência ou improcedência de uma não afeta no outro. O juiz pode considerar um pedido ou os dois pedidos ou nenhum dos pedidos. Exemplo: numa ação de dano material e moral.
- Sucessiva: quando o segundo pedido só pode ser examinado se o primeiro for procedente. No caso de um contrato de compra e venda de um imóvel, postula como pedido a recisão do contrato e a reintegração de posse do bem. A reintegração só poderá ser analisada ou procedente caso a recisão do contrato tiver sido procedente. 
- Eventual: é quando o segundo pedido so pode ser examinado se o primeiro não for acolhido. Exemplo: nos casos em que o autor formula, na petição inicial, uma denunciação da lide. Neste caso, pretende o autor, preferencialmente, a procedência do pedido principal mas, caso este seja rejeitado, será examinada a demanda regressiva formulada sob forma de denunciação da lide.
- Alternativa: quando o autor na petição inicial formula dois ou mais pedidos, sendo indiferentemente qual dele será acolhido. Como exemplo numa compra e venda de uma televisão que veio com defeito o autor na petição inicial quer o dinheiro de volta ou a substituição da televisão defeituosa. 
A lei processual permite a cumulação de pedidos no mesmo processo desde que sejam respeitados requisitos: 
Os pedidos devem ser compatíveis
O mesmo juízo seja competente para conhecer todos. Exemplo: não poderá cumular o pedido de divórcio (competência de juízo de família) e reintegração de posse em uma mesma petição inicial (competência de juízo cível).
Todos os pedidos sejam adequados ao tipo de procedimento. 
Indeferimento da Petição Inicial: os casos em que a lei considerar causas de indeferimento da petição acarretará a extinção do processo sem resolução de mérito. Vale ressaltar que só se extinguirá o processo o processo sem resolução de mérito quando não for possível corrigir o vicio. São considerados causas de indeferimento da petição inicial:
Inépcia: quando faltar pedido ou causa de pedir, quando o pedido for indeterminado e não for caso de admissão de pedido genérico, quando da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão ou quando contiver pedidos incompatíveis entre si.
Quando o autor não tenha discriminado dentre as obrigações contratuais aquelas que pretende discutir, quantificando o valor incontroverso do débito. 
Ausência de condições de ação. 
Improcedência liminar: A improcedência liminar trata dos casos em que a prolação da sentença de mérito aconteça no início do processo, sem haver necessidade de citação do réu. Trata-se de uma sentença rejeitando a pretensão do autor, não tendo prejuízos ao réu dentro do processo. As causas que dispensem a fase instrutória são os processos que não haverá necessidade de produção de prova. Os casos são:
Quando a o pedido contrariar jurisprudência, súmula, ou acórdão proferido pelos superiores tribunais. 
Quando o pedido julgado desde logo improcedente se o juiz reconhecer que já se consumou prazo de prescrição ou decadência. 
Citação: é o ato pelo qual se convoca alguém para integrar o processo. É o ato pelo qual alguém é convocado a integrar um processo, dele se tornando parte independentemente de sua vontade. 
Não ocorrerá citação do réu quando houver indeferimento da petição inicial ou que o pedido tenha sido julgado liminarmente improcedente. 
O ato é indispensável para a validade do processo pelo respeito ao principio do contraditório e ampla defesa. 
O comparecimento espontâneo do réu supri a ausência de citação, iniciando no momento do comparecimento o prazo para oferecimento de contestação ou embargos do executado.
A citação deve ser onde o réu for encontrado. Em alguns casos, não estando presente o citando, a citação poderá ser feita na pessoa de seu mandatário, administrador, preposto ou gerente, quando a demanda originar-se de atos por ele praticados. Como no caso do locatário que ajuíza uma ação para seu locador que estando fora do Brasil, o administrador dos imóvel ou o encarregado de receber aluguéis é habilitado para representar o locador em juízo. 
Não pode haver citação em algus casos, estipulados em lei, como: a) durante culto religioso (sendo necessário aguardar o fim do culto); b) aos noivos até três dias após casamento; c) em caso de enfermidade, enquanto grave estado; d) em situações de luto, até sete dias, de qualquer parente em linha reta ou colateral em segundo grau da pessoa do falecido. 
A citação pode ser pessoal (real) ou ficta.
Citação real (pessoal): 
Por correio – via postal: regra geral das citações. É vedada a citação por correio nas ações de estado (processo que versem sobre estado e capacidade das pessoas), quando o citando for incapaz, quando o citando for pessoa jurídica de direito publico, quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência ou quando o autor requerer outra forma, justificadamente. Na carta entregue ao citando haverá toda instrução do processo, cópia da petição inicial e documentos necessários. Ao receber a carta o citando deverá assinar um recibo chamado: AVISO DE RECEBIMENTO (AR). Obs: a jurisprudência já se consolidou nos casos de condomínio, entendendo que o responsável pelo recebimento das cartas (como o porteiro) é legitimo a citação por ele.
Oficial de justiça: nas hipóteses que não ocorrer e puder a citação pelo correio será função do oficial de justiça fazer a citação onde o réu se encontre. Deverá conter cópia da petição inicial, data e hora da audiência de conciliação e mediação, despacho do juiz e outros documentos necessários. Caso haja recusa do citando o oficial de justiça deverá emitir uma nota indicando que o réu se recusou ser citado podendo haver sanção pelo descumprimento da ordem. 
Escrivão ou chefe da secretaria: nos casos em que o citando comparece pessoalmente à sede ou fórum cabendo ao escrivão ou chefe de secretaria realizar a citação.
Citação eletrônica: a citação eletrônica é o advento do novo CPC. Caberá as pessoas jurídicas (direito público ou privado) o cadastro juntoaos sistemas de processo em autos eletrônicos para recebimento de citações e intimações. A citação por meio eletrônico dera regida por lei especifica (Lei nº 11,419/2006).
Citação ficta: 
Citação por hora certa: Quando houver tentativas frustradas de citação pelo oficial de justiça deverá ele comunicar à qualquer pessoa, seja família, vizinhos, porteiros, que no dia útil seguinte comparecerá em uma hora designada por ele. Estando ou não o réu presente a citação será deita e o oficial de justiça deverá deixar com quem achar necessário a cópia da petição inicial e todos os documentos para instrução processual. 
Citação por edital: quando o réu estiver em local incerto e inacessível. É postado por um portal e a citação ocorrerá e o juiz vai fixar um prazo de 20 a 60 dias como prazo de resposta do réu após publicação do edital.
Intimações: intimação é diferente de citação. A intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo. Em regra as intimações ocorrerão através de meio eletrônico, quando não assim feitas serão publicadas no diário oficial. É exigível que o advogado seja responsável por comunicar as intimações dentro do processo uma vez que não é exigível a leitura por parte das pessoas a leitura do diário oficial. 
É facultado aos advogados promover a intimação do advogado da outra parte através do correio.

Outros materiais