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Estado_Moderno_-_Sintese_Hobbes__Locke_e_Rousseau

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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
HISTÓRIA
TARCÍSIO MOREIRA DE QUEIROGA JÚNIOR
SÍNTESE
 Estado Moderno
Thomas Hobbes, John Locke e J.J. Rousseau
SÃO PAULO
2014
Referência bibliográfica: 
KOSELLECK, Reinhart. Crítica e Crise. Uma contribuição à patogênese do mundo burguês. Editora, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Construção do Estado Moderno
MAQUIAVEL: (Florença 03//05/1469 á 21/06/1527) – Renascimento.
Um regime político, um sistema, é muito mais do que um governo, reis, leis e um exército, é também um conjunto de ideias, que servem para justificar, legitimar, servem de base no campo teórico para tal estrutura política. “Os fins justificam os meios”. Segundo Maquiavel, o príncipe, o Estado, o governante, pode para alcançar fins que são importantes como: fortalecimento da nação, o enriquecimento do reino, poderá utilizar-se de quaisquer meios. O Estado está acima da “moral”, ou têm a sua própria moral. Maquiavel vai chamar isso de a “Ética de Estado”. Para legitimar tal afirmação, temos um exemplo clássico como a guerra: se eu como indivíduo roubo, mato, assassino, sou um facínora, bandido, cruel, porém, se um soldado faz o mesmo é reconhecido como um herói. 
LINHA DE RACIOCÍNIO – HOBBES, LOCKE E ROUSSEAU:
	Esses autores têm uma característica em comum, são “contratualistas”. Esses três autores parte do princípio que em um dado momento a sociedade em que vive ainda não se têm, a instituição chamada “Estado”. Como se as pessoas vivessem por contra própria sem um tipo de interferência em suas vidas, interferência essa, que seria do próprio “Estado”.
	Esse momento, em que não existe o “Estado”, é chamado por esses autores de: “Estado de natureza”. Nesse momento o indivíduo vive literalmente em contato com a natureza e no ponto de vista jurídico, esse indivíduo terá alguns direitos naturais que irá variar conforme o pensamento de cada autor. Já no segundo momento, esses indivíduos que vivem nesse “Estado de natureza”, resolvem por motivos diferentes, e isso se dará por análises e pensamentos distintos entre os autores, esses indivíduos resolvem criar o “Estado”. Seria o momento em que, esses autores irão chamar de “pacto social ou contrato social”. E em um outro momento de “Estado de sociedade ou sociedade civil”. É o momento em que já existe, a instituição Estado, administrando um dado território.
THOMAS HOBBES – SÉCULO XVII
	Thomas Hobbes (05/04/1588 – 04/12/1679) foi matemático, teórico político, e filósofo inglês, autor de Leviatã (1651) e Do cidadão (1651). Hobbes é considerado um dos primeiros e até mesmo o principal autor a falar sobre o conceito de Estado.
	Linha de raciocínio: Hobbes parte do princípio que todos os seres humanos, são maus por natureza. A partir dessa análise de Hobbes, não fica difícil de compreender o seu raciocínio. Se todos os seres humanos são maus, e esses vivem em estado de natureza, na qual não há controle, ou seja, o indivíduo ele faz o que bem entender, a lógica leva a uma confusão que será inevitável. Nesse estado de natureza, haverá conflitos entre as pessoas. Esses conflitos vão existir, porque Hobbes parte do princípio que esses indivíduos tenham um “direito natural”, ou seja, um direito que é intrínseco ao próprio indivíduo e que não necessita do Estado para existir, esse direito natural é do direito “a vida”. Ou seja, Hobbes vai dizer que todos os indivíduos que se encontram naquele “estado de natureza”, tenham direito a vida. Para Hobbes esse direito a vida, pressupõe não apenas a vida em si, o ato de viver, mas pressupõe também a utilização de todos os meios que forem necessários para a concretização desse direito a vida, isso então que vai gerar, aquilo que o Hobbes chama de “Estado de guerra, de todos contra todos”. Ou seja, ele vai partir do seguinte princípio, da seguinte ideia. Se eu indivíduo tenho direito a vida, pra eu viver preciso me alimentar, e para isso irei atrás do meu alimento e para conseguir esse alimento e assegurá-lo farei o que bem entender, e usarei todas as medidas e formas possíveis. Não há Estado leis, regras, que geram a ordem, criam a ordem, para esse grupo de pessoas. Então, Hobbes vai dizer que cada indivíduo irá buscar tudo para si próprio, porque cada indivíduo têm direito á vida, têm direito natural de defender a sua própria vida, de garantir a sua própria vida.
Desse ponto de vista, o Hobbes vai partir do princípio então, que a situação mais lógica, ou a forma de ação mais lógica, seria de agir de maneira preventiva. Ou seja, “eu” no direito á vida, no “estado de natureza”, não existe o “direito de propriedade privada”. Então nesse caso, o que acontece? Eu não sou dona de nada, sou “dono” somente daquilo que consigo manter durante “estado de natureza”. Por exemplo: Tenho um determinado território, o qual eu utilizo para poder garantir o meu direito a vida. Eu sou dono desse território durante esse estado de natureza? Não. Eu apenas utilizo esse território, até que, outro homem mais forte, mais inteligente ou que tenha outra característica superior a minha, venha e tome esse território de mim. E o que devo fazer nesse caso? Eu tenho que me defender então a ideia de Hobbes porque esse estado de natureza vai ser um estado que pra ele é negativo, é ruim, onde ele irá dizer que é uma guerra de todos contra todos.
	Essa será a visão de Hobbes quando o homem se encontra nesse estado de natureza, onde o indivíduo para garantir o seu direito a vida, esse indivíduo vai fazer o que bem entender, porque não existem regras estabelecidas, regras comuns á todos, nesse estado de natureza. Essa situação se fundamenta no fato do indivíduo possuir o direito natural a sua vida. Dentro dessa lógica de pensamento do Hobbes, vamos ter um problema; “o homem está sempre vivendo com insegurança (medo)”. E viver com medo, obviamente não é algo muito bom. 
	Para Hobbes chegará um dado momento que esses indivíduos irão racionalizar procurar uma maneira de viver com menos violência, ou seja, em um dado momento esses indivíduos vão se juntar e criar um “contrato social”. Que basicamente, será a criação do “Estado”. Nesse sentido, na criação desse Estado o que irá acontecer? Lembrando que, no estado de natureza, o indivíduo tem direito a vida. E na criação de Estado, na visão do Hobbes, pressupõe que cada ser humano vai transferir o seu direito natural ao Estado. Lembrando que, aqui não é somente a transferência do direito a vida em si, a decisão de viver ou morrer, mas principalmente as consequências desse direito natural. Se no estado de natureza, tenho direito a minha vida automaticamente terei o direito de proteger a minha vida como puder. A ideia do Hobbes, é que esses seres humanos ao saírem desse estado de natureza e criarem a instituição “Estado”, essas pessoas vão transferir os seus “direitos naturais” ao Estado, ou seja, elas vão transferir o uso de seu direito da força ao “Estado”. Nesse sentido elas estariam transferindo (fazendo uma analogia), a soberania que cada indivíduo tem nesse estado de natureza de fazer o que bem entender ao “Estado”. 	Na visão do Hobbes o Estado vai surgir com objetivo único e exclusivo de garantir a segurança, algo que no estado de natureza não existe, pois não há regras, não há leis, não existe um poder superior ao poder do indivíduo, ou seja, no estado de natureza todos são livres e iguais para fazerem o que bem entenderem para garantir o seu direito a vida. Então para o surgimento do “Estado” é necessário centralizar a “soberania” em uma única instituição e principalmente em uma “única pessoa”. É por esse motivo que o Hobbes vai propor a ação de um “Estado Absolutista”, porque ele parte do princípio, que a força só vai poder ser exercida pelo “Estado”, se só uma única pessoa centralizar toda a força física em suas mãos.
	O contrato social corresponde no momento em que os indivíduos se organizam, momento em que transferem o “direito natural” a vida ao “Estado”. Portanto, o indivíduo não tem mais nenhum direito.
	Para Hobbes a soberania de“Estado” tem que ser absoluta, e para isso é necessário que os indivíduos transfiram seus direitos, ou seja, todas as ações dos indivíduos devem ser em pró a esse Estado. Pois se houver qualquer questionamento ás ordens que vêm do “Estado”, na visão de Hobbes significa que esse Estado não é soberano. 
	Hobbes é o criador do conceito de “soberania de Estado”, e para isso o Estado tem que ser absoluto, com poder centralizado, e mandando na maneira que bem entender. Para Hobbes se houver algum concorrente daquele “Estado”, volta-se ao “estado de natureza”. Nesse sentido, Hobbes vai estabelecer cinco objetivos para esse Estado: 
	- Compete a esse Estado garantir a segurança.
	- Garantir á liberdade.
	- Garantir á igualdade.
	- Garantir á educação pública.
	- Garantir á propriedade material.
	Porém dessas cinco funções, somente a primeira é obrigatória. Lembrando que, por que o Estado foi criado na visão de Hobbes? Ele foi criado para acabar com a sensação de insegurança do estado de natureza. O Estado foi criado para fazer com que o indivíduo não viva com insegurança, medo.
	Hobbes, conviveu, presenciou guerras civis religiosas, esteve diante do caos, da bagunça que a guerra proporciona. Para Hobbes é uma obrigatoriedade que o Estado Absolutista, que esse contrato social, da visão do Hobbes garanta a segurança. Se o Estado não garantir essa segurança as pessoas voltam ao estado de natureza. (O homem é o lobo do homem – Hobbes). 
	Hobbes não faz reflexões sobre as leis ou como o monarca governa, o monarca pra ele deve ter o poder absoluto e governar a sua maneira.
JOHN LOCKE – SÉCULO XVII
	John Locke (29/08/1632 – 28/10/1704),foi um filósofo inglês e ideológico do liberalismo, sendo considerado o principal representante do empirismo britânico e um dos principais teóricos do contrato social. Locke irá partir de premissas distintas do Hobbes. O Locke irá partir do princípio que o ser humano não é bom nem mau, o ser humano é neutro no seu estado de natureza.
	Linha de raciocínio: Para Locke o ser humano nesse estado de natureza, tem a tendência de ser uma boa pessoa, por quê? Porque Locke parte do princípio que nesse estado de natureza existem não apenas os direitos naturais. O Locke diferentemente do Hobbes enxerga três direitos naturais, que são direitos: á vida, propriedade privada e o direito de punir. 	O Locke pressupõe não apenas a existência desses direitos naturais, mas ele pressupõe também a existência de “leis”. 
	A ideia de “lei” para o Locke é a lei que seja aplicada para todos sem distinção. Ele enxerga dois conjuntos de leis: as leis da natureza e as leis de Deus. Esses conjuntos de leis não tem influência nenhuma do ser humano, estado de natureza. Devido a existência desses dois conjuntos de leis, o Locke vai afirmar que as pessoas são neutras, mas elas têm a tendência a serem boas. O estado de natureza para o Locke será um estado muito bom diferentemente do estado de natureza do Hobbes. No caso do Locke, já é intrínseco ao indivíduo, já é próprio do indivíduo o direito a propriedade privada. Essa é a principal premissa do Locke.
	Para o Locke já no estado de natureza um irá reconhecer o limite do outro. Ou seja, eu tenho um território, eu moro nesse território, esse território é meu, por quê? Porque eu tenho o direito natural à propriedade privada. Então esse território vai ser meu, e o mais importante, os outros homens dos quais eu convivo nesse estado de natureza, eles também reconhecem que aquele território é meu, então se eles reconhecem em princípio, não têm porque eles entrarem em conflito, invadirem o que é meu, da mesma forma que eu não vou invadir o que é deles. O Locke enxerga esse estado de natureza de maneira boa, pois pra ele já existe a propriedade privada, já existe o reconhecimento dela no estado de natureza, daquilo que é meu e daquilo que é o do outro, e ninguém em princípio vai invadir aquilo que é do outro. 	A propriedade privada irá da subsistência para o direito á vida. Agora temos o terceiro direito natural, que é o “direito de punir”.
	Locke dizia que as pessoas tinham a tendência a serem boas no estado de natureza, entretanto, nem todas serão. Então, eventualmente aquelas pessoas que cometerem algum tipo delito, aquelas pessoas que cometerem algum tipo de infração, e no âmbito do Locke o que é mais importante pra ele, àquelas pessoas invadirem a “propriedade privada” de outras, aquelas que sofrerem com tal ação, terão o direito natural de punir. 	Afinal para Locke a propriedade privada é a subsistência para o direito á vida, ao cometer tal delito, o indivíduo estará negando o direito a vida de outrem. Para Locke o direito de punir não é a morte, ou seja, não é uma resposta desproporcional ao ato sofrido. No caso do Hobbes, o indivíduo poderia fazer qualquer coisa no estado de natureza para se proteger até se precaver, pois não existem leis. Já na visão do Locke existem leis, não leis criadas pelo homem, mas existem as leis da natureza e as leis de Deus, e esses dois conjuntos de leis fazem o que na visão do Locke o direito de punir exista mas ele seja o direito de punir proporcional a agressão sofrida. Então para o Locke o estado de natureza há um certo respeito entre os indivíduos, onde eles trocam produtos, comercializam entre si e respeitam naturalmente a propriedade privada.
	Se a situação do estado de natureza é boa para o Locke, pra que criar o Estado? Porque para Hobbes era muito claro, o estado de natureza não é bom o indivíduo vive com insegurança, tem medo o tempo todo, e sempre estão em conflitos. Para o Locke apesar dessa situação boa, falta ao estado de natureza, três elementos, quais são:
	Leis criadas pelo próprio indivíduo são leis estabelecidas, conhecidas, recebidas e aprovadas por meio do “consentimento”. 	Para o Locke o ser humano é livre a partir do momento em que ele “participa das leis as quais ele se submete”. Sem o “consentimento” o indivíduo não é livre. 
	Faltam no estado de natureza, “juízes imparciais”. Lembrando que, no estado de natureza para o Locke existe o direito de punir. Entretanto, no estado de natureza se eu resolvo julgar o outro com base no direito de punir, e eu resolvo ir além daquilo que seria o correto, se eu resolvo ir além daquilo que é o justo? Porque no meu entendimento, na minha interpretação a punição tem que ser aquela, e outro acha que não, que a punição tem que ser menor, quem vai julgar isso? Quem vai definir que tipo de punição será posto em prática? Então faltam no estado de natureza “juízes imparciais” para julgar tais conflitos. Falta no estado de natureza, “o poder coercitivo”, alguém que vai usar a força física para por em prática aquele julgamento. Exemplo: Suponhamos que exista um conflito entre a pessoa A e a pessoa B, eles entram até em um acordo para ver o culpado e o inocente. Porém, no estado de natureza onde para o Locke teremos o direito de punir, ele não é concretizado, e é aí que vamos ter a ideia, o principal pensamento para o Locke de “Contrato Social”. 
	Qual vai ser a justificativa? O Estado vai surgir para garantir a boa vida que o indivíduo já tem no estado de natureza. Ou seja, para o Locke o indivíduo já tem uma boa vida nesse estado de natureza, porém, sempre vamos ter certos problemas, com interpretações distintas no ato de julgar e outras eventualidades. Então para o Locke o “Estado” é criado para assegurar aquela boa vida dos indivíduos no estado de natureza.
	Esse “Estado” vai ser criado, tendo como base o “consentimento”. Esse processo de criação do Estado pressupõe na visão do Locke a “seção dos direitos naturais que o indivíduo tem, ao Estado”. Vejam, para Hobbes existe a transferência dos direitos naturais, por isso para Hobbes é um estado absolutista. Pois se o indivíduo transfere todo o seu direito ao Estado, o indivíduo não tem mais direito algum, o Estado faz o que bem entender. Já no caso do Locke o que existe é uma “seção dos direitos”, então o indivíduo retém o seus direitos, ele é o titular dos seus direitos naturais, mas o Estado irá agirem seu nome, já que existe essa “seção temporária”, esses direitos naturais ao Estado.	Uma vez criado esse Estado, o Locke vai propor o seguinte. Ele vai ser um dos primeiros autores modernos, contemporâneo a falar a respeito da separação dos poderes e ele vai falar a respeito disso, por quê? Porque para o Locke é extremamente importante que o Estado garanta a liberdade do indivíduo. No caso do Hobbes, no estado absolutista, o indivíduo não tinha liberdade alguma, o indivíduo vai fazer o que o Estado mandar. O Locke é contra essa ideia. 
	Como Locke vai fazer para que o Estado não tire a liberdade do indivíduo? Ele vai propor a separação de poderes, e ele vai fazer isso por quê? Ele vai partir do princípio de que o poder do Estado precisa ser limitado. Para o Hobbes, uma única pessoa rege as leis, executa as leis e as julgam com base naquelas leis. 	Locke questiona qual liberdade do indivíduo submeter as tais leis? Nenhuma. O Locke então busca limitar o Estado para garantir a liberdade do indivíduo, ele cria essa limitação separando os poderes. A separação de poderes para o Locke não é exatamente a separação de poderes que temos hoje. Para o Locke vamos ter três poderes: Executivo, Legislativo e o Federativo; O Executivo tem a mesma função de hoje, administrar as leis; 	O Legislativo também tem a mesma função de hoje, criar as leis; O Federativo seria aquele poder responsável pelas relações internacionais, por cuidar da guerra, por cuidar da paz, ou seja, fazia aquilo o que hoje é chamado de “relações internacionais”.
	É necessário essa separação para que o poder não seja centralizado nas mãos de um único homem, de uma única pessoa ou nas mãos de um único grupo.	Locke irá identificar o executivo como o “rei”, e o legislativo como o “parlamento”. Desse ponto de vista o Locke vai ser um dos primeiros autores, a falar a respeito da necessidade de “eleições”, e é dessa forma que o indivíduo vai ser livre. 	O “parlamento” ele representa o “povo”. Lembrando que, no contexto de sua época, para o Locke quem é o “povo”?
	O povo é a nobreza, nobreza rica, ou seja, são os homens livres e ricos, a esses homens que é dado o direito de votar e o direito de ser votado. São essas pessoas que vão eleger constituir esse “parlamento”. A ideia do Locke seria essa, um “parlamento” que seria limitado, ele não é por tanto absolutista. O poder do rei seria limitado porque o rei vai executar aquela legislação criada pelo parlamento, e não simplesmente executar à sua maneira como bem entender e quiser. Neste caso, já podemos ter certa ideia de que o poder vai controlar outro poder. Limitando o poder do Estado aumenta-se a liberdade individual.
Dessa forma, temos então o Locke criando a ideia de eleições de representação. Deve-se frisar que para o Locke o indivíduo irá exercer o seu direito natural em um dado momento, e que o momento é esse? O momento das eleições. O indivíduo não transfere os seus direitos ao Estado, ele sede os seus direitos ao Estado. Nos demais momentos, após as eleições, será o Estado que irá exercer o direito natural em nome dos demais indivíduos. 	Esse raciocínio do Locke busca a “liberdade individual”. Na linha de raciocínio do Hobbes, o Estado será “intervencionista”, um Estado que vai interferir na vida do cidadão, com objetivo de garantir a segurança.
	Locke criador da ideologia liberal, a função do Estado é não fazer nada. É interferir quando apenas houver necessidade, ou seja, lembrando que, no “estado de natureza” o homem é bom para o Locke, lá no “estado de natureza” os conflitos são raros. Então se o homem é bom, e os conflitos são raros nesse “estado de natureza”. O homem vai continuar sendo bom e os conflitos vão continuar sendo raros no “estado de sociedade”. Portanto se surgirem conflitos é que o Estado irá interferir, e se caso não surgir conflitos o “Estado” não faz nada. O “Estado” seria uma espécie de entidade “invisível” que só atuaria se houvesse conflitos entre os indivíduos.
JEAN JACQUES ROUSSEAU – SÉCULO XVIII
	Jean Jacques Rousseau (28/06/1712 – 02/07/1778) foi um importante filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata suíço. É considerado um dos principais filósofos do iluminismo e um precursor do “romantismo”. Para ele, as instituições educativas correspondem o homem e tiram-lhe a liberdade. Para a criação de um novo homem e de uma nova sociedade, seria preciso educar a criança de acordo com a natureza, desenvolvendo progressivamente seus sentidos e razão com vistas à liberdade e a capacidade de julgar. Semelhança com Hobbes e Locke: estado de natureza e estado de sociedade. O objetivo do Rousseau é analisar não o aspecto jurídico do Estado, mas ele vai analisar o que sustenta esse aspecto jurídico, e na visão dele o que sustenta ess aspecto jurídico do Estado, é a “esfera social”.
	O Rousseau irá olhar para esfera social para depois mostrar como deveria ser esse “Estado”. 	Rousseau irá trabalhar com três momentos e não dois como Hobbes e Locke trabalhavam. Para Rousseau haverá três momentos: estado de natureza, estado de sociedade e o terceiro momento que será o “Contrato Social”.
	O homem é bom por natureza. (Rousseau). Para Hobbes o homem é mau por natureza, para Locke o homem é neutro, mas se torna bom, tem a tendência a ser bom. Rousseau irá partir do princípio que o homem no estado de natureza não é um ser “sociável”. Para o Hobbes o homem no estado de natureza já tem contato com outros seres humanos e por isso surge a guerra de todos contra todos. No caso do Locke também existe contato com um indivíduo com o outro, e por isso que ele vai falar do direito de propriedade privada, comércio entre pessoas no estado de natureza. O Rousseau parte do princípio que o homem no início da civilização não tinha contato com outro. Esse raciocínio seria um tanto lógico, se voltarmos uns milhares de anos, quando começaram a surgir os primeiros grupos sociais espalhados pelo mundo, esses grupos não tinham contato um com o outro.
	Essa é a ideia de Rousseau, os indivíduos no estado de natureza não tinham contato uns com os outros, os indivíduos nem sequer sabiam o que eram os outros grupos, não sabiam de suas existências. Então para Rousseau o indivíduo viva bem no estado de natureza, o homem era bom por natureza viva bem porque ele tira tudo da natureza, vivia bem pois não tinha contato com outras pessoas, consequentemente, não tinha a noção de propriedade privada. Entretanto, vai chegar um momento em que devido ao crescimento populacional esses grupos vão se encontrar e quando esses grupos se encontrarem, o que vai acontecer para Rousseau? Vai ser o momento em que o Rousseau cria tal frase: “O homem é bom por natureza, mas a sociedade o corrompe”. O que significa? Significa esse momento, em que, um grupo social que sempre vive de forma isolada passa a ter contato com outros grupos. Nesse momento, esse primeiro grupo social que está vendo o outro chegar perto, vai parar e pensar: “Antes estava aqui nesse território sozinho e tinha tudo o que precisava aqui. Agora está chegando outro grupo, preciso me precaver”. Nesse momento para Rousseau, é o momento em que o ser humano irá se corromper, pois ele começa a ir atrás não mais do que ele precisa e sim do que ele acha que vai precisar. É a partir desse momento que o “estado de natureza” para o Rousseau deixa de ser bom e passa a ser ruim.	Passa a ser ruim por quê? É justamente aí, nesse estado de natureza com contato com outros grupos, irá surgir o conceito de “propriedade privada”.
	 Rousseau vai falar que surgindo à propriedade privada, com a ideia de que; aquele território é meu e aquele é seu, os homens vão entrar em conflito, porque um vai querer o que é do outro, devido a essa corrupção que agora o homem tem.
	Nesse momento para evitar o conflito, cria-se o “Estado”. Aqui temos a passagem da visão do Rousseau, do estado de natureza para o estado de sociedade, ou seja, criou-se um “Estado”. Esse estado de sociedade para o Rousseau não é algo bom, lembrando que para o Hobbes, a passagem do estadode natureza para o estado de sociedade é algo bom, pois o indivíduo sai daquela situação onde um está querendo matar o outro para uma situação de segurança. No caso do Locke, a passagem do estado de natureza para o estado de sociedade também é algo bom porque o indivíduo sai daquela situação que era um tanto boa para uma situação ainda melhor. No caso de Rousseau, ele acredita que a passagem do estado de natureza para o estado de sociedade vai ter como objetivo garantir a propriedade privada, esse é o maior problema na visão do Rousseau. Ele vai partir do princípio que a propriedade privada vai gerar “desigualdade”. Ele vai partir do princípio de que esse estado de sociedade garante na lei a igualdade para todo mundo, mas as pessoas não são iguais, pois elas não são iguais nas suas “condições econômicas”. Ele vai dizer que esse estado de sociedade é ruim porque o direito nesse estado de sociedade defende a propriedade privada e consequentemente num âmbito de uma eleição, quem vai ter a chance de ser eleito? Sempre será o rico. O raciocínio de Rousseau é simples, porque todos seriam iguais perante a lei nesse estado de sociedade, pois essa esta na lei garante a igualdade, mas no momento das eleições, quem terá condições de ser eleito, correr atrás de propagandas, votos, sempre será o rico. Então consequentemente, uma vez o rico eleito, o que ele fará com o direito? Vai alterar esse Estado, essa desigualdade? Para Rousseau não vai, ou seja, o rico é eleito, e ele irá perpetuar a desigualdade social, e isso para Rousseau terá outra consequência, “ausência da liberdade material”. 
	Sentido material, Rousseau irá dizer: No “estado de sociedade” a lei diz que as pessoas são livres, mas não são livres porque as pessoas só terão o direito de ir e vir, por exemplo, até onde o dinheiro lhe permitir. As pessoas são livres para correr atrás de um emprego? Não, elas não são livres, pois ninguém vai atrás do emprego que quer para melhorar de vida, as pessoas vão atrás do emprego que está disponível pra elas, empregos dos quais o empregador irá disponibilizar. As pessoas são livres para viajar para onde quiserem? Não, não são elas vão viajar para lugares dos quais o dinheiro lhe permitir. As pessoas vão poder eleger quem elas quiserem? Não, elas vão eleger quem está disponível, elas vão escolher dentro daquelas pessoas que são os candidatos. 
	Sentido político, Rousseau irá dizer: O indivíduo não tem liberdade, o Rousseau vai afirmar que nesse “estado de sociedade”, essa liberdade é “falsa” e a igualdade também é “falsa”. A igualdade é falsa porque, ele o indivíduo, não é ele que define, é outro que define pra ele. A igualdade só existe na lei e não na prática. No ponto de vista material não existiria igualdade para Rousseau nesse “estado de sociedade”, por isso esse “estado de sociedade” é ruim.
“Proposta de mudança, como alterar esse quadro de estado de sociedade para Rousseau?” É aí que entramos naquele 3º momento na visão do Rousseau, “Contrato social”.O que é contrato social? (quatro pontos) O contrato social seria aquele momento em que os indivíduos vão sair daquele “estado de sociedade” que para o Rousseau é ruim e vão entrar nesse “contrato social”, que pra ele é uma proposta de um novo “Estado”, que seria uma situação boa.
	É preciso compreender um processo de transição. Rousseau vai falar que seria necessário que as pessoas saiam daquela situação alienada na qual elas estão. O que isso significa? Significa que o próprio indivíduo deve ser dar conta lá no “estado de sociedade”, que ele não é livre, esse seria o primeiro passo para essa transição para o contrato social. 	O segundo passo seria a implantação de uma democracia direta, e o que é uma democracia direta?
	É aquela situação na qual o indivíduo participa do processo de criação da lei, a qual ele vai se submeter. Qual a crítica do Rousseau nesse ponto? Ele vai olha para uma democracia representativa. E o que é uma democracia representativa?
	É aquela em que o cidadão escolhe o seu devido representante, portando Rousseau vai olhar e dizer o seguinte: “Em uma democracia representativa quem cria a lei?”
	Quem cria a lei, é o representante em nome do representado, em nome do eleitor, em nome do cidadão. O representado faz o que em relação a essa lei? Não faz nada, apenas obedece à lei, Rousseau irá questionar novamente: Qual é a liberdade desse indivíduo? 	Aqui podemos enxergar uma crítica em relação ao pensamento do Hobbes e do Locke.
	No ponto de vista do Rousseau, a única forma de garantir a liberdade política, é por meio da democracia direta. Ou seja, é aquela situação na qual, todos os indivíduos, lembrando que, para o Rousseau, todos os indivíduos são todos os homens, não importam se são pobres ou ricos, todos os homens, estariam em conjunto criando a lei a qual eles se submetem. 	O conceito de liberdade para o Rousseau não é de poder fazer mais ou menos, o conceito de liberdade para o Rousseau é participar do processo de criação da “lei”. Se o indivíduo participa do processo que cria a “lei”, ele é livre. Exemplo: Se lá no Hobbes o monarca cria uma lei de liberdade de expressão e todos se submetem, para Rousseau o indivíduo não é livre. Se lá no Locke, o parlamento, legislativo, representante do povo cria uma lei de liberdade de expressão e todos se submetem, para Rousseau o indivíduo não é livre. Agora se todos os homens em conjunto criam uma lei de censura, com participação direta de todos sem distinção, o indivíduo é livre. 	Para Rousseau a liberdade não está em se pode fazer mais ou se pode fazer menos, e sim a participação direta dos indivíduos na criação da lei.
	Quando existir essa democracia direta na visão do Rousseau, o indivíduo será livre. O terceiro passo será aquilo que o Rousseau irá chamar de “vontade geral”.	O que é “vontade geral”? Vontade gera, não é a vontade da maioria, vontade geral, não é a vontade de todos. “Vontade geral” é fazer aquilo que é o certo, ou seja, lembrando que, “todos os indivíduos são bons por natureza”, portanto, todos os indivíduos sabem o que é o certo e o que é o errado. Sabem o que é certo e o que é errado, independentemente ao fato concreto o qual estão vinculados. Exemplo.: Mentir é certo ou errado? Muitos vão dizer, depende. E isso para Rousseau está errado. Porque na visão do Rousseau, todos sabem que independentemente do fato concreto mentir é errado, se mentir é errado, qual seria a vontade geral? Criar uma lei que puna a mentira, ou seja, o Rousseau vai partir do princípio, quando o indivíduo começa a olhar pelo fato concreto, inicia-se a “corrupção”. Lembrando que, “o homem é bom por natureza, mas a sociedade o corrompe”, corrompe por quê? Porque o indivíduo agora para de olhar pelos seus princípios e passa a olhar pelo fato concreto. O ser humano precisa definir o que é certo e o que é errado sem olhar para o fato com concreto. Exemplo.: Uma determinada sociedade composto por 50 pessoas, todos ali definem implantar a pena de morte, tendo o consentimento de todos, participação de todos na criação dessa lei. Para Rousseau tal “lei”, não deverá ser posto em prática. Mas por que, se houve participação de todos na lei? Rousseau responderia: matar não é certo. Infringe a vontade geral, portanto, não pode haver pena de morte. A vontade geral, no ponto de vista conceitual e simples fazer o que é certo e para o Rousseau todos sabem o que é certo, e se todos sabem o que é certo, a “lei” será reflexo da vontade geral, consequentemente, toda a lei vai ser justa. Legislador, quem é o legislador?
	Todos devem concordar que agir com o que é “certo”, é extremamente complicado, é o ideal, porém, seguindo a linda de raciocínio do próprio Rousseau, o indivíduo saiu do estado de natureza, se corrompeu, estava vivendo no estado de sociedade corrompido, onde seus princípios foram deixados de lado, e agora para abrir mão e voltar naquele estado de natureza onde o homem vivia bem e era bom por natureza, voltar a esse estado, torna-se uma situação complicada. Enxergando isso, o Rousseau irá falar arespeito do legislador. A palavra legislador para o Rousseau não tem o mesmo sentido daquilo que a gente pensa hoje. Quando falamos de legislador, não pensamos em alguém que cria a “lei” e não é o caso. O que será legislador na visão do Rousseau? Legislador para Rousseau seria aquela pessoa excepcional, de bom caráter, aquela pessoa boa que vai fazer o que? Cabe a ela mostrar aos demais o que é a vontade geral. O legislador é uma espécie de “conselheiro”, uma pessoa excepcional nas palavras do próprio Rousseau, que vai mostrar aos demais o que é vontade geral. 	O legislador para Rousseau não manipula, não controla, apenas vai abrir a mente das pessoas e mostrar para elas o que é a vontade geral. Esses são os quatro elementos no processo de sustentação do “contrato social”.
	É necessário do ponto de vista do Rousseau, explicar mais dois pontos. O primeiro ponto: Rousseau pressupõe uma “democracia direta”, ele irá colocar a situação do exercício dessa soberania, quer dizer quem é o soberano para Rousseau? 	Temos agora a principal contribuição do Rousseau no ponto de vista político e jurídico para os dias de hoje. Pois Rousseau será o responsável de criar o “conceito de soberania popular”. Ou seja, cabe ao Rousseau a criação da ideia de que o povo é “soberano”.
	Por que o povo será soberano?	Porque nesse processo de criação do contrato social não vai transferir os seus “direitos naturais”, não vão ceder os seus “direitos naturais” ao Estado. Lembrando que, para o Hobbes o cidadão transfere o seu direito para o Estado e para o Locke o cidadão cede o seu direito para o Estado. Para Rousseau, o indivíduo sempre vai permanecer com os seus direitos naturais, não há transferência, não há seção de direitos naturais, porque o povo é soberano, é ele que irá criar as leis das quais irão se submeter. 
	A ideia de soberania popular que temos hoje, de que o povo deve decidir o rumo do Estado, vêm do Rousseau. 	Soberano: quando o indivíduo cria a lei. Súdito: quando o indivíduo se submete à lei. Para Rousseau o povo deve ser soberano e súdito ao mesmo tempo. Aqueles que vão “executar a lei” são chamados pelo Rousseau de governo. A palavra governo para Rousseau não significa representação, e sim, o exercício de uma função. Quem é o soberano? Todos são, o povo é, pois todos tem a prerrogativa de criar á lei. O que é governo para Rousseau? Aqueles que estão executando a lei. A lei se torna justa, pois ela é criada, moldada acerca da vontade geral, seu processo de criação tem a participação de todos. Com isso se garante a liberdade, pois todos estão criando a lei, e se garante a igualdade econômica também, como?
	A vontade geral corresponde a fazer aquilo que é o certo, e ai Rousseau, perguntaria: Criar distinções entre ricos e pobres é certo? A existência de pessoas muito ricas em detrimento de pessoas muito pobres é certo? Manter pessoas na miséria, na pobreza para sustentar quem é rico, é certo? Para Rousseau não é certo. Nesse ponto de vista qual seria a vontade geral, acabar com as desigualdades sociais. Ou seja, cria-se uma lei a fim de acabar com a desigualdade social. Por que isso se concretiza na visão de Rousseau? 	Porque quem esta definindo isso, é o soberano, o povo. Rousseau coloca quatro características da soberania:
	A soberania é “inalienável”, ou seja, intransferível, não é “divisível”. Para Rousseau os direitos naturais não são transferíveis, o indivíduo é soberano, e para o Rousseau não pode haver repartição de poderes, pois cada um governa de um jeito.
	A soberania é “infalível”, porque se baseia no que é certo. A soberania é “absoluta”, porque não têm meio termo, ou faz o que é certo, ou faz o que é certo. A lei não teria “brechas” na visão de Rousseau.
	Para terminar o pensamento de Rousseau, o que muitos críticos vão dizer que ele vai estragar todo o pensamento dele, com esse ponto final. Qual é? 	Ele vai dizer que na pior das hipóteses, quer dizer se todo esse raciocínio de “altruísmo” do ser humano der errado, deve-se permitir o surgimento de um “ditador”.
	Na visão do Rousseau esse “ditador”, seria um ditador semelhante aos “ditadores romanos”. Na Roma antiga, existiam ditadores que eles eram eleitos, eram ditadores por um período de tempo específico, e eles eram ditadores dentro de uma área específica.
	Exemplo: Suponhamos que lá na Roma antiga, houvesse um problema de envio de produtos da região A para região B, então o senado romano elegiam um ditador esse pessoa então seria responsável pelo prazo de 3 a 6 meses á solucionar aquele problema. Como? Do jeito que ela bem entendesse, a sua maneira. 	Essa pessoa seria um ditador somente para resolver aquele problema, acabou o período ele deixaria tal cargo, ou logo depois de ter solucionado problema antecipando o término do contrato. Esse ditador tem como função levar as pessoas do estado de sociedade para o contrato social. Uma vez tendo êxito, ele deixaria de ser ditador, seria outro cidadão qualquer daquela sociedade.
	É preciso deixar claro que por mais utópico para alguns ou maioria que seja o pensamento do Rousseau, ele foi de extrema importância para o advento da Revolução Francesa. Óbvio, que após a revolução, temos um sistema deturpado no ponto de vista do Rousseau, mas após a revolução, temos o conceito de cidadania, soberania do povo. É a partir da Revolução Francesa, que surge todos são iguais perante a lei. É a partir da Revolução Francesa, que se começa a pensar no mínimo de igualdade social, muito lentamente, mas se começa a pensar.

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