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PLANO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - SEMINÁRIO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE 
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA - CCET 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL - DEC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO CRISTÓVÃO/SE 
Fevereiro de 2016 
 
 
AMADEU NETO RIBEIRO DA SILVA 
BARBARA VASCONCELOS ARAUJO ALVES 
FABIO LIMA FRANÇA 
GABRIEL LIMA FIGUEREDO 
IGLESSE DE SOUZA BARROS 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 
 
 
 
 
 
 
Trabalho referente ao 
seminário apresentado em sala de aula, 
como parte de avaliação na disciplina de 
Saneamento Ambiental, ministrada pelo 
Profº. Daniel Moreira, do Departamento 
de Engenharia Civil da Universidade 
Federal de Sergipe. 
 
 
 
 
 
 
SÃO CRISTÓVÃO/SE 
 
 
Fevereiro de 2016 
SUMÁRIO 
 
1 Introdução ...................................................................................................................... 4 
2 Princípios Básicos ......................................................................................................... 4 
2.1Racionalização ......................................................................................................... 4 
2.2Planejamento e fiscalização ..................................................................................... 4 
2.3 Proteção dos ecossistemas ...................................................................................... 5 
2.4 Controle e Zoneamento de áreas potencialmente ou efetivamente poluidoras ....... 5 
2.5 Incentivo a pesquisas .............................................................................................. 5 
2.6 Proteção de áreas ameaçadas de degradação .......................................................... 5 
2.7 Educação Ambiental ............................................................................................... 5 
3 Objetivos ........................................................................................................................ 6 
4 Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) ...................................................... 7 
5 Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) .................................................... 8 
6 Instrumentos ................................................................................................................ 10 
6.1 Concessão Florestal .............................................................................................. 11 
6.2 Servidão Ambiental .............................................................................................. 12 
6.3 Licenciamento Ambiental ..................................................................................... 13 
6.4 Incentivos a atividades voltadas ao meio ambiente .............................................. 14 
6.5 Penalidades Ambientais ........................................................................................ 14 
6.6Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA.............................................15 
6.7Competência dos órgãos integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente....16 
6.8 Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR............................................17 
7 Referências Bibliográficas ........................................................................................... 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 Introdução 
 
A Política Nacional do Meio Ambiente na verdade é uma lei (L6.938) que foi 
sancionada em 31 de agosto de 1981 pelo presidente João Figueiredo e possui como o 
foco principal a melhoria, preservação e recuperação da qualidade do meio ambiente em 
relação à qualidade de vida, buscando a segurança ambiental nacional, proteção da 
dignidade da vida humana e assegurar à nação melhores condições socioeconômicas e 
de desenvolvimento. 
A lei 6.938/81 foi a precursora no que se diz respeito ao desenvolvimento de 
políticas sobre o meio ambiente em âmbito federativo, pois antigamente as leis que se 
tratavam desse assunto eram de autonomia dos estados e municípios de forma 
independente. Essa universalização da lei sobre o meio ambiente serve também para 
padronizar formalmente as questões relacionadas sobre o assunto, na qual tenta garantir 
uma maior segurança em todo o território nacional. 
 
2 Princípios Básicos 
 
A Política nacional do Meio Ambiente possui alguns princípios básicos listados a 
seguir: 
2.1Racionalização 
É preciso que haja a racionalização no uso do solo, subsolo, água e ar para que se 
evitem desperdícios na utilização dos recursos naturais. 
2.2Planejamento e fiscalização 
É preciso que haja o planejamento e fiscalização no uso dos recursos naturais, 
para assegurar que não haja desperdício na utilização dos mesmos, essa planejamento e 
fiscalização são feitos através dos órgãos federais, estaduais e municipais. 
 
 
2.3Proteção dos ecossistemas 
 Deve ser feita a proteção dos ecossistemas com a preservação das áreas 
representativas. 
2.4Controle e Zoneamento de áreas potencialmente ou efetivamente poluidoras 
Em áreas já afetadas pela poluição ambiental, é preciso que haja um maior 
controle, maior atenção sobre as mesmas para que seja feito um tratamento e melhoria 
da qualidade ambiental nessas áreas. 
2.5Incentivo a pesquisas 
É muito importante que sejam feitas pesquisas orientadas à utilização do uso 
racional dos recursos ambientais, também visando a racionalização da utilização dos 
mesmos. 
2.6Proteção de áreas ameaçadas de degradação 
As áreas que estejam sobre a ameaça direta ou indiretamente de degradação 
devem ser protegidas para que se evite a degradação das mesmas. 
2.7Educação Ambiental 
É preciso que haja o ensino ambiental em todos os níveis de educação, inclusive 
voltado para a comunidade sobre a utilização racional dos recursos. 
Segundo a Lei 6.938/81, a mesma ainda define: 
I-Meio Ambiente: O conjunto de todas as combinações, relações e 
interações físicas, químicas e biológicas que regem a vida em todas as suas formas. 
II-Degradação: É toda alteração adversa às características do meio ambiente. 
III- Poluição: Degradação da qualidade ambiental que afete direta ou 
indiretamente - prejudicando a saúde, bem-estar e segurança da população 
-Afetedesfavoravelmente a biota 
-Afete as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente 
 
 
-Lancem matéria ou energia em desacordo com os padrões ambientais 
estabelecidos 
IV-Poluidor: pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado que 
direta ou indiretamente pratique a degradação ambiental. 
V-Recursos Ambientais: atmosfera, águas superficiais e subterrâneas, mar 
territorial, solo, subsolo, elementos da fauna e flora. 
 
3 Objetivos 
 
 
A Política Nacional do Meio Ambiente possui como objetivo a efetivação do 
direito em relação ao meio ambiente, para assegurar a qualidade ambiental para o 
presente e gerações futuras. Os objetivos da PNMA tentam compatibilizar o 
desenvolvimento socioeconômico com o uso dos recursos ambientais, onde não haja 
desperdício na exploração do meio ambiente e gere uma melhor qualidade de vida. 
A lei 6.938/81 tem como objetivos a busca pelo melhoramento, preservação e 
recuperação da qualidade ambiental e a preservação na verdade é a manutenção do 
equilíbrio natural dos recursos, impedindo a intervenção humana. Já melhorar significa 
alterar progressivamente o meio ambiente através da intervenção humana, realizando o 
manejo da fauna e flora. Por fim, recuperar significa buscar o equilíbrio natural do 
ambiente através da ação humana sobre uma área que já foi degradada.Os principais objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente estão listados a 
seguir: 
I- Compatibilização do Desenvolvimento socioeconômico com a 
preservação da qualidade do meio ambiente. 
II-Definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade 
e equilíbrio ecológico, no qual atende interesses da união, Estados, Distrito Federal e 
Municípios. 
 
 
III-Estabelecimento de critérios e normas de qualidade ambiental em relação 
ao uso e manejo dos recursos ambientais. 
IV-Desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas 
para o uso racional dos recursos ambientais, 
V-Difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, com a divulgação 
pública das mesmas. 
VI-Preservação e restauração dos recursos ambientais, visando sua 
utilização racional e disponibilidade permanente. 
VII- Imposições ao poluidor sobre a obrigação de recuperar ou indenizar os 
danos causados ao meio ambiente. 
 
4 Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) 
 
O Sistema Nacional do Meio Ambiente, criado pela lei n º 6.938/81, que 
estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente, é um sistema formado por um 
conjunto de órgão e entidades da União, Estados, Municípios e Distrito federal, além de 
fundações instituídas pelo poder público. Estas, sob supervisão do CONAMA 
(Conselho Nacional do Meio Ambiente) e são responsáveis pela proteção e melhoria da 
qualidade ambiental. 
Edis Milaré classifica também o Sistema Nacional do Meio Ambiente como “uma 
estrutura político-administrativa governamental aberta à participação de instituições não 
governamentais por meio dos canais competentes, constituindo na verdade o grande 
arcabouço institucional da gestão ambiental no Brasil” 
O objetivo do SISNAMA é trabalhar as políticas públicas ambientais de maneira 
conjunta, tornando realidade o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Ou 
seja, com a criação do SISNAMA, ficou instituído que ele deve atuar na defesa e na 
gestão da qualidade ambiental do país promovendo a articulação de ações direcionadas 
ao meio ambiente. Para um melhor funcionamento, foi necessário incentivar a 
 
 
descentralização da gestão ambiental, repartindo assim, as devidas competências entre 
os três níveis da federação (Federal, Estadual/Distrital e Municipal). 
Segundo José Afonso da Silva, o objetivo do SISNAMA é proteger o meio 
ambiente e melhorar a qualidade de vida por meio da coordenação dos órgãos e 
entidades públicas. 
Conforme Art 6º da Lein º 6.938/81, a composição do Sistema Nacional do Meio 
Ambiente está dividida em: 
I - Órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o 
Presidente da República na formulação da política nacional e nas diretrizes 
governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais; 
 II - Órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio 
Ambiente (CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de 
Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos 
naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis 
com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida 
III - Órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da 
República, com a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como 
órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio 
ambiente 
IV - Órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos 
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico Mendes de Conservação da 
Biodiversidade - Instituto Chico Mendes, com a finalidade de executar e fazer executar 
a política e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente, de acordo com 
as respectivas competências; 
V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela 
execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de 
provocar a degradação ambiental; 
VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo 
controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições; 
 
 
 
5 Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) 
 
Criado em 1982 pela Lei n º 6.938/81, que estabelece a Política Nacional do Meio 
Ambiente, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) é o órgão consultivo e 
deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente. Em definição, o CONAMA existe 
para assessorar, estudar e propor ao Governo, as diretrizes que devem tomar as políticas 
governamentais para a exploração e preservação dos recursos naturais e do meio 
ambiente. Cabe também ao órgão, dentro de sua competência, criar normas e determinar 
padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à 
sadia qualidade de vida. 
Como dispõe o art. 4º do Decreto 99.274/90, o CONAMA é formado por Plenário, 
Câmara Especial Recursal, Comitê de Integração de Políticas Ambientais, Câmaras 
Técnicas, Grupos de Trabalho e Grupos Assessores. As Câmaras Técnicas são 
instâncias encarregadas de desenvolver, examinar e relatar ao Plenário as matérias de 
sua competência, para que este delibere. 
O CONAMA, presidido pelo ministro do Meio Ambiente, tem como praxe, 
realizar reuniões ordinárias a cada três meses em Brasília-DF e pode ainda realizar 
também reuniões extraordinárias fora do Distrito Federal, se assim convocadas pelo 
presidente do Conselho ou por requerimento de 2/3 dos membros. Estas reuniões são 
públicas e abertas ao público. 
O Plenário do CONAMA é formado por um colegiado representativo de órgãos 
das esferas federais, estaduais e municipais, do setor empresarial e da sociedade civil. 
Além do Ministro de Meio Ambiente, que o preside, também compõem o Plenário: o 
Secretário-Executivo do Ministério do Meio Ambiente, que será o seu Secretário-
Executivo; um representante do IBAMA; um representante da Agência Nacional de 
Águas (ANA); um representante de cada um dos Ministérios, das Secretarias da 
Presidência da República e dos Comandos Militares do Ministério da Defesa, indicados 
pelos respectivos titulares; um representante de cada um dos Governos Estaduais e do 
Distrito Federal, indicados pelos respectivos governadores; oito representantes dos 
Governos Municipais que possuam órgão ambiental estruturado e Conselho de Meio 
Ambiente com caráter deliberativo; vinte e dois representantes de entidades de 
 
 
trabalhadores e da sociedade civil; oito representantes de entidades empresariais; e um 
membro honorário indicado pelo Plenário. 
Também integram o Plenário, os Conselheiros Convidados, porém sem direito a 
voto: um representante do Ministério Público Federal; um representante dos Ministérios 
Públicos Estaduais, indicado pelo Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de 
Justiça; um representante da Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e 
Minorias da Câmara dos Deputados. 
Como principais competências estão: 
I. O estabelecimento de normas e critérios para o licenciamento de 
atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; 
II. Determinação da necessidade de realização de estudos das alternativas e 
das possíveis consequências ambientais de projetos públicos ou privados; 
III. Decisão em última instância administrativa, sobre as multas e outras 
penalidades impostas pelo IBAMA; 
IV. O estabelecimento das normas e padrões nacionais de controle da 
poluição causada por veículos automotores, aeronaves e embarcações; 
V. Estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à 
manutenção da qualidade do meio ambiente, com vistas ao uso racional dos recursos 
ambientais, principalmente os hídricos;VI. A deliberação, sob a forma de resoluções, proposições, recomendações e 
moções, que visam cumprir os objetivos da Política Nacional de Meio Ambiente. 
 
6 Instrumentos 
 
 
 
 
Os instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente são aqueles mecanismos 
utilizados pela Administração Pública ambiental com o intuito de atingir os objetivos da 
Política Nacional do Meio Ambiente. 
São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: 
I. O estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; 
II. O zoneamento ambiental, que tem por objetivo geral, organizar de forma 
vinculada, as decisões dos agentes públicos e privados quanto a planos, programas, 
projetos e atividades que, direta ou indiretamente, utilizem recursos naturais, 
assegurando a plena manutenção do capital e dos serviços ambientais dos ecossistemas; 
III. A avaliação de impactos ambientais; 
IV. O licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente 
poluidoras; 
V. Os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou 
absorção de tecnologia, voltados para a melhoria de qualidade ambiental; 
VI. A criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder 
Público Federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de 
relevante interesse ecológico e reservas extrativistas, de acordo com a Lei n° 7.804 de 
1989; 
VII. O sistema nacional de informações sobre o meio ambiente; 
VIII. O Cadastro Técnico Federal de atividades e instrumentos de defesa 
ambiental e também de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras de 
recursos ambientais; 
IX. Penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das 
medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental; 
X. Instituição do relatório de qualidade do meio ambiente, divulgado 
anualmente pelo IBAMA; 
XI. Instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, 
seguro ambiental e outros. 
6.1 Concessão Florestal 
Concessão Florestal é o direito que o governo concede – mediante licitação - para 
uma empresa ou comunidade manejar uma determinada área pública, usando produtos e 
 
 
serviços florestais de forma sustentável e respeitando o Plano de 
Manejo Florestal (PMF) aprovado pelo governo. 
6.2 Servidão Ambiental 
O proprietário ou possuidor de imóvel, pessoa natural ou jurídica, pode, por 
instrumento público ou particular ou por termo administrativo firmado perante órgão 
integrante do SISNAMA, limitar o uso de toda a sua propriedade ou de parte dela para 
preservar, conservar ou recuperar os recursos ambientais existentes, instituindo servidão 
ambiental. 
O instrumento ou termo de instituição da servidão ambiental deve incluir, no 
mínimo, os seguintes itens: 
I. Memorial descritivo da área da servidão ambiental, contendo pelo menos 
um ponto de amarração georreferenciado; 
II. Objeto da servidão ambiental; 
III. Direitos e deveres do proprietário ou possuidor instituidor; 
IV. Prazo durante o qual a área permanecerá como servidão ambiental. 
A servidão ambiental não se aplica às Áreas de Preservação Permanente e à 
Reserva Legal mínima exigida. A restrição ao uso ou à exploração da vegetação da área 
sob servidão ambiental deve ser, no mínimo, a mesma estabelecida para a Reserva 
Legal. 
Existe uma vedação durante o prazo de vigência da servidão ambiental, a 
alteração da destinação da área, nos casos de transmissão do imóvel a qualquer título, de 
desmembramento ou de retificação dos limites do imóvel. 
A servidão ambiental pode ser onerosa ou gratuita, temporária ou perpétua, o 
tempo mínimo da servidão ambiental temporária é de quinze anos, e a servidão 
ambiental perpétua será equivalente para fins creditícios e tributários, à Reserva 
Particular do Patrimônio Natural (RPPN). 
O detentor da servidão ambiental poderá aliená-la, cedê-la ou transferi-la, total ou 
parcialmente, por prazo determinado ou em caráter definitivo, em favor de outro 
 
 
proprietário ou de entidade pública ou privada que tenha a conservação ambiental como 
fim social. 
Os deveres do proprietário do imóvel serviente, entre outras obrigações 
estipuladas no contrato: 
I - Manter a área sob servidão ambiental; 
II - Prestar contas ao detentor da servidão ambiental sobre as condições dos 
recursos naturais ou artificiais; 
III - Permitir a inspeção e a fiscalização da área pelo detentor da servidão 
ambiental; 
IV - Defender a posse da área serviente, por todos os meios em direito 
admitidos. 
Os deveres do detentor da servidão ambiental, entre outras obrigações estipuladas 
no contrato: 
I - Documentar as características ambientais da propriedade; 
II - Monitorar periodicamente a propriedade para verificar se a servidão 
ambiental está sendo mantida; 
III - Prestar informações necessárias a quaisquer interessados na aquisição 
ou aos sucessores da propriedade; 
IV - Manter relatórios e arquivos atualizados com as atividades da área 
objeto da servidão; 
V - Defender judicialmente a servidão ambiental. 
6.3 Licenciamento Ambiental 
O licenciamento ambiental é uma obrigação legal prévia à instalação de qualquer 
empreendimento ou atividade potencialmente poluidora ou degradadora do meio 
ambiente e possui como uma de suas mais expressivas características a participação 
 
 
social na tomada de decisão, por meio da realização de audiências públicas como parte 
do processo. 
Essa obrigação é compartilhada pelos Órgãos Estaduais de Meio Ambiente e pelo 
Ibama, como partes integrantes do SISNAMA. O Ibama atua principalmente, no 
licenciamento de grandes projetos e de infraestrutura que envolvam impactos em mais 
de um estado e nas atividades do setor de petróleo e gás na plataforma continental. 
Inclui-se na competência da fiscalização e controle a análise de projetos de 
entidades, públicas ou privadas, objetivando a preservação ou a recuperação de recursos 
ambientais, afetados por processos de exploração predatórios ou poluidores. 
 
6.4 Incentivos a atividades voltadas ao meio ambiente 
O Poder Executivo incentivará as atividades voltadas ao meio ambiente, visando: 
I - Ao desenvolvimento, no País, de pesquisas e processos tecnológicos 
destinados a reduzir a degradação da qualidade ambiental; 
II - À fabricação de equipamentos antipoluidores; 
III - A outras iniciativas que propiciem a racionalização do uso de recursos 
ambientais. 
6.5 Penalidades Ambientais 
Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual e 
municipal, o não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção dos 
inconvenientes e danos causados pela degradação da qualidade ambiental sujeitará os 
transgressores: 
I - À multa simples ou diária, nos valores correspondentes, no mínimo, a 10 
(dez) e, no máximo, a 1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional – 
ORTNs (que atualmente estão avaliadas em R$ 1,6152), agravada em casos de 
reincidência específica, conforme dispuser o regulamento, vedada a sua cobrança pela 
 
 
União se já tiver sido aplicada pelo Estado, Distrito Federal, Territórios ou pelos 
Municípios. 
II - À perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo 
Poder Público; 
III - À perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em 
estabelecimentos oficiais de crédito; 
IV - À suspensão de sua atividade. 
O poluidor que expuser a perigo a incolumidade humana, animal ou vegetal, ou 
estiver tornando mais grave situação de perigo existente, fica sujeito à pena de reclusão 
de 1 (um) a 3 (três) anos e multa de 100 (cem) a 1.000 (mil) MVR (. 
A pena e aumentada até o dobro se: 
 I - Resultar:a) dano irreversível à fauna, à flora e ao meio ambiente; 
 b) lesão corporal grave; 
 II - A poluição é decorrente de atividade industrial ou de transporte; 
 III - O crime é praticado durante a noite, em domingo ou em feriado. 
É o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou 
reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O 
Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de 
responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente. 
6.6 Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA 
A Lei n º 6.938/81instituiu “a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental, cujo 
fato gerador é o exercício regular do poder de polícia conferido ao Instituto Brasileiro 
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama para controle e 
 
 
fiscalização das atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos 
naturais.” 
A TCFA será aplicada para todo aquele que exercer atividades potencialmente 
poluidoras e utilizadoras de recursos ambientes, descritas no ANEXO VIII dessa lei. 
Sendo necessário entregar até o dia 31 de março de cada ano um relatório das atividades 
exercidas no ano anterior. O descumprimeto dessa ordem acarretará em multa 
equivalente a vinte por cento da TCFA devida. 
A TFCA é devida por estabelecimento, podendo ser micro ou empresa de 
pequeno porte, empresa de médio porte, e empresa de grande porte, e também pelo 
potencial de poluição (PP) e pelo grau de utilização (GU) de cada uma das atividades 
sujeitas à fiscalização, podendo ser pequeno, médio ou alto. Os valores, em reais, 
devidos a títulos de TCFA por estabelecimento por trimestre é definido no ANEXO IX 
da lei. 
A empresa que exercer mais de uma atividade potencialmente poluidora e 
utilizadora de recursos ambientes sujeita à fiscalização, deverá pagar a taxa relativa a 
apenas uma delas, pelo valor mais elevado. Para fim de incentivo, as entidades públicas 
federais, distritais, estaduais e municipais, as entidades filantrópicas, aqueles que 
praticam agricultura de subsistência e as populações tradicionais são insentas do 
pagamento da TFCA.Os recursos arrecadados com a TCFA terão utilização restrita em 
atividades de controle e fiscalização ambiental. 
A TCFA não recolhida nos prazos e nas condições estabelecidas, será cobrada com 
os seguintes acréscimos: 
I – juros de mora, na via administrativa ou judicial, contados do mês seguinte ao 
do vencimento, à razão de um por cento; 
II – multa de mora de vinte por cento, reduzida a dez por cento se o pagamento for 
efetuado até o último dia útil do mês subseqüente ao do vencimento; 
III – encargo de vinte por cento, substitutivo da condenação do devedor em 
honorários de advogado, calculado sobre o total do débito inscrito como Dívida Ativa, 
 
 
reduzido para dez por cento se o pagamento for efetuado antes do ajuizamento da 
execução. 
6.7 Competência dos Órgãos Integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente 
É de competência exclusiva dos órgãos integrantes do Sistema Nacional do Meio 
Ambiente, as ações de licenciamento, registro, autorizações, concessões e permissões 
relacionadas à fauna, à flora, e ao controle ambiental. 
Os preços dos serviços administrativos prestados pelo Ibama, inclusive os 
referentes à venda de impressos e publicações, assim como os de entrada, permanência 
e utilização de áreas ou instalações nas unidades de conservação serão definidos em 
portaria do Ministro de Estado do Meio Ambiente, mediante proposta do Presidente 
daquele Instituto. 
Os preços dos serviços técnicos do Laboratório de Produtos Florestais do Ibama, 
assim como os para venda de produtos da flora, serão, também, definidos em portaria do 
Ministro de Estado do Meio Ambiente, mediante proposta do Presidente daquele 
Instituto. 
É o Ibama autorizado a celebrar convênios com os Estados, os Municípios e o 
Distrito Federal para desempenharem atividades de fiscalização ambiental, podendo 
repassar-lhes parcela da receita obtida com a TCFA. 
6.8 Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR 
O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, previsto no art. 153, VI, 
da Constituição Federal, de apuração anual, tem como fatogerador a propriedade, o 
domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, localizado fora do perímetro urbano do 
município. 
A Política Nacional do Meio Ambiente determina que os proprietários rurais que 
se beneficiarem com redução do valor do ITR, com base em Ato Declaratório 
Ambiental - ADA, deverão recolher ao Ibama a importância prevista na Lei n
o
 9.960, de 
29 de janeiro de 2000, a título de Taxa de Vistoria, no valor de R$ 289,00 em vistorias 
técnicas florestais até 250 ha, e R$ 289,00 + R$ 0,55 por ha. excedente, para vistorias 
 
 
acima de 250 ha.A Taxa de Vistoria não poderá exceder a dez por cento do valor da 
redução do imposto proporcionada pelo ADA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
7Referências Bibliográficas 
 
Oeco, dicionário ambiental. Disponível em: <http://www.oeco.org.br/dicionario-
ambiental/27961-o-que-e-o-conama/>. Acesso em 17 de fevereiro de 2016. 
 
Ministério do Meio Ambiente. Política Nacional do Meio Ambiente. Disponível em: 
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	art6v
	art6vi
	art14ii
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	art14iv

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