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HEBERT JORGE NUNES DA SILVA MACHADO – POLO EAD – SANTOS/SP. O que é segregação? É facilmente observável, principalmente nas grandes cidades brasileiras, uma divisão espacial no ambiente urbano. Nesse sentido Villaça afirma que: “[…] o espaço urbano é socialmente produzido, ou seja, não é dado pela natureza, mas é produto produzido pelo trabalho humano (Villaça, 2011, p. 37). A segregação urbana se revela pela representação geográfica da segregação social e está fortemente relacionada com o processo de divisão de classes em que a população mais pobre tende a residir em áreas mais distantes e menos acessíveis aos grandes centros econômicos. Ademais, observa-se que não só por aspectos econômicos a cidade vai se fragmentando, mas também por aspectos sociais. O social e o econômico estarão sempre unidos. O poder público tem grande responsabilidade por essa fragmentação urbana. As políticas públicas de ocupação urbana tem o poder de mitigar essa segregação mas o que habitualmente vemos são determinados espaços da cidade serem atendidos com melhores condições de infraestrutura e outros não. Algumas partes da cidade recebem bom tratamento de esgoto, de água e transporte coletivo de qualidade. Em outras a população não tem asfalto, coleta de lixo e água encanada. Defina o que é desenvolvimento local. Ao longo da última década, com a crise econômica instalada no Brasil, vem surgindo iniciativas governamentais voltadas para o desenvolvimento local, gerando trabalho e renda e, por conseguinte combatendo esse fenômeno da segregação urbana e da pobreza local. Esse movimento de agentes locais implementando estratégias e tomando decisões que visem seu desenvolvimento é que definimos como desenvolvimento local. Ressalte-se que há um protagonismo do governo local e não somente uma repercussão de políticas macroeconômicas do governo nacional na economia local. Indique ações que o poder público pode desenvolver para a promoção do desenvolvimento local. Partindo do princípio de que o poder de ordenar o espaço deriva de um complexo conjunto de forças, mobilizadas por diversos agentes, o governo local deve coordenar uma ampla gama de forças sociais, exercitando a governança urbana (SOMEKH e CAMPOS NETO, 2005, s/p). A associação entre o governo local e o setor privado tem mostrado uma excelente ação para o desenvolvimento socioeconômico destas regiões segregadas. Uma região tida como segregada quando começa a se desenvolver pode ser atraente para investimentos do capital privado e também atrair maior atenção do governo no que tange a investimentos públicos em infraestrutura. A sensibilização dos governantes de que o tratamento diferenciado ao pequeno negócio local diminui da segregação urbana é fundamental. Aquisições públicas são importantíssimas para a economia local. Estes contratos públicos de bens e serviços são sempre vultosos e quando esse recurso é gasto com empresas locais faz esse capital realimentar a economia local gerando emprego e empoderando o cidadão. O apoio governamental também deve vir com linhas de crédito que compram essa função de desenvolver a economia loca. A oferta de empréstimos a juros mais acessíveis ao micro e pequeno empreendedor local estimula seu desenvolvimento e combate a segregação urbana. Outra forma de o poder público promover o desenvolvimento local é capacitar e orientar o empreendedor local no sentido de traze-lo para as licitações municipais. É preciso criar oficinas de conhecimento empresarial. O SEBRAE se destaca como um excelente difusor desse conhecimento e tem ajudado esses empreendedores locais a gerir, inovar e aumentarem sua produtividade.
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