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ACESSIBILIDADE - MINISTERIO CIDADES

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PROGRAMA DE FORMAÇÃO EM GESTÃO DE PROJETOS URBANOS 
 
 
 
 
 
CURSO VI 
Curso Básico: Gestão de Projetos Urbanos 
 
 
 
 
 
MÓDULO 5 
Acessibilidade para Pessoas com Restrição de Mobilidade e 
Deficiência nos Projetos e Obras do Ministério das Cidades 
 
 
 
 
 
Realização: 
 
Sumário 
 
1. O que é acessibilidade? ......................................................................................................... 3 
2. Como tratar a acessibilidade no contexto do planejamento urbano? ................................. 4 
3. Base Legal Sobre O Tema ...................................................................................................... 8 
4. A Atuação Do Ministério Das Cidades ................................................................................. 12 
 
 
 
2 
 
 
Sumário 
1. O que é acessibilidade? ......................................................................................................... 3 
2. Como tratar a acessibilidade no contexto do planejamento urbano? ................................. 4 
3. Base legal sobre o tema ........................................................................................................ 8 
4. A atuação do Ministério das Cidades .................................................................................. 12 
 
 
 
3 
 
1. O que é acessibilidade? 
 Segundo a Lei nº. 10.098/2000, acessibilidade é: 
A possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e 
autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das 
edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por 
pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida. 
 Segundo o Decreto Federal nº. 5.296/04, art. 8º, inciso I, acessibilidade é: 
A condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, 
dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos 
serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação 
e informação, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida. 
 
 
 
 
 
 
 A Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, adotada no 
Brasil pelo Decreto Federal nº. 6.949/09, afirma que: 
Pessoa com deficiência é aquela que tem impedimentos de longo prazo 
de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação 
com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na 
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. 
IMPORTANTE: 
Não se usa o termo “Portador de Deficiência”, mas sim “Pessoa com 
Deficiência”, pois a deficiência é uma característica da pessoa, não algo que 
ela porta. 
Dessa forma, não se usa o termo “Deficiente”, uma vez que a deficiência não 
define a pessoa; ela é apenas uma de suas particularidades. 
 
 
 
4 
 
2. Como tratar a acessibilidade no contexto do planejamento urbano? 
 O Território e a Cidadania 
A instrumentalização do território por meio da garantia das necessidades básicas de uma 
pessoa conduz à conquista da cidadania. O conceito de “direitos sociais” pressupõe o acesso 
aos bens e serviços indispensáveis para uma vida de qualidade. 
 A Cidadania e a Acessibilidade 
“A acessibilidade é a possibilidade de acesso a um lugar. A acessibilidade (...) influencia 
fortemente sobre o nível dos valores essenciais.” 
(Françoise Choay) 
É impossível imaginar um lugar democrático habitado por pessoas privadas da garantia de 
usufruto dos bens e serviços indispensáveis à vida cotidiana! 
 É importante garantir: 
 Acesso a outras pessoas: garantia da cidade como cenário de troca e socialização. 
 Acesso às atividades humanas: igualdade de oportunidades em aspectos fundamentais 
da vida. 
 Acesso ao meio físico: integração social e espacial das pessoas com suas diferenças. 
 Acesso à autonomia, liberdade e individualidade: liberdade de escolha em relação ao 
ambiente e à vida. 
 Acesso ao sistema de transporte: alternativas de locomoção segura e eficiente para 
todos. 
 Acesso à informação: sistema de sinalização acessível a qualquer pessoa. 
 
Cidadania e equiparação de oportunidades pressupõem a acessibilidade de todos à 
informação, aos bens e serviços, aos transportes e ao meio físico em geral, livre de barreiras. 
 
 
 
5 
 
O QUE SÃO BARREIRAS? 
 Segundo a Lei nº. 10.098/2000, barreira é: “ Qualquer entrave ou obstáculo que 
limite ou impeça o acesso, a liberdade de movimento e a circulação com segurança 
das pessoas.” 
 Tipos de barreiras: 
 Barreiras urbanísticas: as existentes nas vias públicas e nos espaços de uso público. 
 Barreiras nas edificações: as existentes no entorno e interior das edificações de uso 
público e coletivo; no entorno e nas áreas internas de uso comum nas edificações de 
uso privado e multifamiliar. 
 Barreiras nos transportes: as existentes nos serviços de transportes. 
 Barreiras nas comunicações e informações: qualquer entrave ou obstáculo que 
dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédio 
dos dispositivos, meios ou sistemas de comunicação, sejam ou não de massa, bem 
como aqueles que dificultem ou impossibilitem o acesso à informação. 
 
 
 
 
 
 
VIAS PÚBLICAS E VIAS DE CIRCULAÇÃO: 
 Segundo a Lei Federal nº. 6.766/79 (art. 2º, § 5º): 
A infraestrutura básica dos parcelamentos é constituída pelos 
equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais, iluminação 
pública, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável, energia 
elétrica pública e domiciliar e vias de circulação. 
 Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (Lei nº. 9.503/97), calçadas são: 
Parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não 
destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de 
pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário urbano, 
sinalização, vegetação e outros fins. 
CALÇADA ≠ PASSEIO 
 Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (Lei nº. 9.503/97), passeio é: 
IMPORTANTE: 
O que torna o espaço inacessível são as barreiras nele existentes e não as 
pessoas que por ele circulam. 
Os espaços, principalmente os públicos e coletivos, devem receber todas as 
pessoas, independentemente de sua condição física, sensorial ou intelectual. 
 
 
 
6 
 
Parte da calçada ou da pista de rolamento, neste último caso, separada por 
pintura ou elemento físico separador, livre de interferências, destinada à 
circulação exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas. 
 
 
DESENHO UNIVERSAL: 
 A aplicação do “Desenho Universal” a um projeto consiste na criação de ambientes e 
produtos que possam ser utilizados por todas as pessoas, na sua máxima extensão 
possível. 
 
 
 
Fonte gravuras: Desenho Universal – um conceito para todos 
 
 
7 
 
ACESSIBILIDADE NA LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA: 
 Instrumentos do Estatuto da Cidade que podem ser usados no Plano Diretor com 
finalidade de promover acessibilidade: 
 Outorga onerosa do Direito de Construir: uso da contrapartida para fazer 
intervenções no território (projeto e construção de calçadas). 
 Contribuição por Melhoria: uso do instrumento para promoção da 
acessibilidade por meio de obras de requalificação de calçadas. 
 Parcelamento do solo: 
 Sugestão de conteúdo: largura mínima para calçadas, rebaixamento de 
calçadas ou elevação da pista de veículos, piso tátil de alerta. 
 Projeto de vias que acompanham o perfil natural do terreno. Deve-se evitar 
ruas íngremes que já seriam concebidas de forma inacessível. 
 
 
 
 Código de obras (Sugestão de conteúdo): Acessos, circulação horizontal e vertical nas edificações. 
 Banheiros acessíveis nos edifícios de uso público ou coletivo. 
 Vagas de estacionamento nas garagens e estacionamentos internos. 
 Sinalização visual, tátil e sonora nas edificações. 
 Código de posturas (Sugestão de conteúdo): 
 Faixas de calçadas: de serviço, livre e de acesso ao lote. 
Fonte: Mascaró, Juan. Infraestrutura habitacional alternativa. Sagra, Porto Alegre, 1989. 
 
 
 
8 
 
 Geometria das calçadas: larguras mínimas livres, inclinações (transversal e 
longitudinal), rampa de acesso de veículos ao lote, rebaixamentos. 
 Materiais de revestimento do piso, incluindo a sinalização tátil. 
 Localização da infraestrutura (saneamento, iluminação pública, cabeamento 
telefônico, etc.). 
 Tipo de sinalização (sonora, braille, visual). 
 Localização e tipo de arborização. 
 Especificação de mobiliário urbano. 
 
3. Base legal sobre o tema 
 Âmbito Internacional 
Organização das Nações Unidas (ONU) 
A igualdade de todos é um princípio que consta da Declaração Universal de Direitos do 
Homem, proclamada pela ONU em 1948. Os Direitos Humanos referem-se a diversos campos 
da atividade humana, dentre os quais está o direito de ir e vir e a acessibilidade a todos os 
bens e serviços. 
Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência 
As necessidades e os direitos das pessoas com deficiência têm sido uma 
prioridade na agenda das Nações Unidas durante pelo menos três décadas. 
Recentemente, após anos de esforços, a Convenção das Nações Unidas 
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo 
foi adotada em 2006 e entrou em vigor em 3 de maio de 2008, com status 
de emenda constitucional. 
 Legislação Federal 
Constituição da República Federativa do Brasil (1988) 
Artigos 1º, 5º, 7º, 23, 24, 37, 40, 201, 203, 208, 227 e 244. “A dignidade da pessoa humana é 
um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, que também garante a igualdade e 
liberdade de todos.” 
Destaque para o § 2º do art. 227: “A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e 
dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de 
garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.” 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Decreto nº 6.949/2009 
Ratificação brasileira da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com 
Deficiência e seu Protocolo Facultativo com status de Emenda Constitucional. 
Lei nº 10.048/2000 
Dá prioridade de atendimento às pessoas portadoras de deficiência, aos idosos, às gestantes, 
as lactantes e às pessoas acompanhadas por crianças de colo. 
Lei nº 10.098/2000 
Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas 
portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. 
Lei nº 10.436/2002: 
Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras. 
Lei nº 10.741/2003: 
Estatuto do Idoso. 
Lei nº 11.977/2009 
Dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV e a regularização fundiária de 
assentamentos localizados em áreas urbanas. 
Decreto 5.296/2004 
Regulamenta as Leis nº 10.048/2000 e 10.098/2000. 
Destaques para os seguintes artigos: 
Art. 2º. Ficam sujeitos ao cumprimento das disposições deste 
Decreto, sempre que houver interação com a matéria nele 
regulamentada: 
I - a aprovação de projeto de natureza arquitetônica e urbanística, de 
comunicação e informação, de transporte coletivo, bem como a 
execução de qualquer tipo de obra, quando tenham destinação 
pública ou coletiva; 
II - a outorga de concessão, permissão, autorização ou habilitação de 
qualquer natureza; 
III - a aprovação de financiamento de projetos com a utilização de 
recursos públicos, dentre eles os projetos de natureza arquitetônica e 
urbanística, os tocantes à comunicação e informação e os referentes 
ao transporte coletivo, por meio de qualquer instrumento, tais como 
convênio, acordo, ajuste, contrato ou similar; e 
IV - a concessão de aval da União na obtenção de empréstimos e 
financiamentos internacionais por entes públicos ou privados. 
Art. 3º. Serão aplicadas sanções administrativas, cíveis e penais 
cabíveis, previstas em lei, quando não forem observadas as normas 
deste Decreto. 
(...) 
 
 
10 
 
Art. 19. A construção, ampliação ou reforma de edificações de uso 
público deve garantir, pelo menos, um dos acessos ao seu interior, 
com comunicação com todas as suas dependências e serviços, livre 
de barreiras e de obstáculos que impeçam ou dificultem a sua 
acessibilidade. 
 
§ 1º. No caso das edificações de uso público já existentes, terão elas 
prazo de trinta meses a contar da data de publicação deste Decreto 
para garantir acessibilidade às pessoas portadoras de deficiência ou 
com mobilidade reduzida. 
(...) 
Art. 22. A construção, ampliação ou reforma de edificações de uso 
público ou de uso coletivo devem dispor de sanitários acessíveis 
destinados ao uso por pessoa portadora de deficiência ou com 
mobilidade reduzida. 
(...) 
§ 2º. Nas edificações de uso público já existentes, terão elas prazo de 
trinta meses a contar da data de publicação deste Decreto para 
garantir pelo menos um banheiro acessível por pavimento, com 
entrada independente, distribuindo-se seus equipamentos e 
acessórios de modo que possam ser utilizados por pessoa portadora 
de deficiência ou com mobilidade reduzida. 
Art. 38. No prazo de até vinte e quatro meses a contar da data de 
edição das normas técnicas referidas no § 1o, todos os modelos e 
marcas de veículos de transporte coletivo rodoviário para utilização 
no País serão fabricados acessíveis e estarão disponíveis para integrar 
a frota operante, de forma a garantir o seu uso por pessoas 
portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. 
(...) 
§ 3º. A frota de veículos de transporte coletivo rodoviário e a infra-
estrutura dos serviços deste transporte deverão estar totalmente 
acessíveis no prazo máximo de cento e vinte meses a contar da data 
de publicação deste Decreto. 
Art. 40. No prazo de até trinta e seis meses a contar da data de 
edição das normas técnicas referidas no § 1o, todos os modelos e 
marcas de veículos de transporte coletivo aquaviário serão fabricados 
acessíveis e estarão disponíveis para integrar a frota operante, de 
forma a garantir o seu uso por pessoas portadoras de deficiência ou 
com mobilidade reduzida. 
(...) 
Art. 42. A frota de veículos de transporte coletivo metroferroviário e 
ferroviário, assim como a infraestrutura dos serviços deste transporte 
deverão estar totalmente acessíveis no prazo máximo de cento e 
vinte meses a contar da data de publicação deste Decreto. 
 
 
11 
 
 
Decreto 5.626/2005 
Regulamenta a Lei nº 10.436/2002. 
PL 7.699/2006 (em tramitação) 
Institui o Estatuto da Pessoa com Deficiência (LBI - Lei Brasileira da Inclusão). 
 Normas da ABNT 
NBR 9050 (em processo de revisão) 
Sobre a acessibilidade das pessoas com deficiência às edificações, ao espaço, mobiliário e 
equipamentos urbanos, fixando as condições exigíveis, bem como os padrões e as medidas 
que visam propiciar melhores condições de acesso aos edifícios e vias publicas urbanas. 
 
Acessibilidade nos transportes 
 NBR 14020: acessibilidade em trem de longo percurso 
 NBR 14021: acessibilidade em trem metropolitano 
 NBR 14022: acessibilidade em ônibus e trólebus urbano e intermunicipal 
 NBR 14273: acessibilidade no transporte aéreo 
 NBR 13994: Acessibilidade nos elevadores de passageiros 
 Outras Normas incidentes 
Portaria nº 1884/1994 do Ministério da Saúde 
Estabelece as normas para a elaboração de projetos de Estabelecimentos de Saúde de 
pequeno,médio e grande porte, na área pública ou privada, atendendo os princípios de 
regionalização, hierarquização, acessibilidade e qualidade de assistência prestada à população, 
segundo os preceitos do SUS. 
 
Padrões da EMBRATUR/Ministério do Turismo 
Manual de orientação para o setor turístico para a promoção da acessibilidade das pessoas 
com deficiência e com mobilidade reduzida. 
Resolução do Banco Central nº 2878/2001 
Dispõe sobre procedimentos para a prestação de serviços das instituições financeiras e a 
promoção da acessibilidade. 
 
 
 
 
 
12 
 
4. A atuação do Ministério das Cidades 
 
Assim, todos os projetos financiados com recursos orçamentários do Ministério das Cidades 
estão sujeitos às disposições do Decreto 5.296/2004, com destaque para a implementação da 
Acessibilidade Arquitetônica e Urbanística, incluídos os serviços de transportes coletivos. 
 
 
 
ACESSIBILIDADE E PROJETOS URBANOS 
Ainda no exercício de 2015, durante a vigência do atual PPA (2012-2015), há possibilidade de 
repasse de recursos por meio de emendas parlamentares à Ação orçamentária 10T2: “Apoio a 
projetos de acessibilidade para pessoas com restrição de mobilidade e deficiência (Programa 
2054 – Planejamento Urbano)”. 
 O objetivo da ação dessa ação é: 
Promover a acessibilidade universal em áreas urbanas e edificações por meio de soluções 
técnicas e projetos que eliminem barreiras arquitetônicas e urbanísticas, de modo a garantir 
o acesso à cidade e o exercício pleno e equitativo dos direitos a todos, sejam pessoas com 
deficiência, idosos com mobilidade reduzida. 
A previsão para o próximo PPA (2016-2019) é tratar o tema da Urbanização Acessível 
contemplando as iniciativas da Reabilitação Urbana e Rotas Acessíveis. Dessa forma, 
destacam-se as principais rotas com grande fluxo de circulação de pedestres no território do 
município. 
IMPORTANTE: 
De acordo com o Decreto 5.296/2004: 
Art.2º. Ficam sujeitos ao cumprimento das disposições deste decreto, sempre que 
houver interação com a matéria nele regulamentada: 
III - A aprovação de financiamento de projetos com a utilização de recursos públicos, 
dentre eles os projetos de natureza arquitetônica e urbanística, os tocantes à 
comunicação e informação e os referente ao transporte coletivo por meio de qualquer 
instrumento, tais como convênio, acordo, ajuste, contrato ou similar. 
 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
Possibilidade de intervenção em Confins (MG) 
Fonte: SEDRU-MG e MCidades 
Possibilidade de intervenção no Centro do Rio de Janeiro (RJ) 
Fonte: Google maps 
Possibilidade de intervenção na Avenida W3, Brasília (DF) 
Fonte: internet 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
HABITAÇÃO 
Programa Minha Casa Minha Vida 2 (Lei nº 11.977/2009) 
 O PMCMV 2 faz parte do Programa Viver sem Limites, onde o financiamento da Casa 
Própria garante às pessoas com deficiência o direito à moradia adequada à sua 
condição física, sensorial e intelectual. 
 META (dez/2014) RESULTADO (nov/2014) 
Unidades adaptáveis contratadas 1,2 milhão 954.005 
Unidades adaptadas entregues 20 mil 11.627 
 
Seguem os requisitos de adaptabilidade que devem obediência à norma técnica NBR 
9050/20014: 
 Portas com vão livre de 80 cm e maçanetas de alavanca a 1 m de altura. 
 Previsão de área de aproximação para abertura das portas e área de manobra para 
cadeira de rodas de 180º em todos os cômodos. 
 Piso com desnível máximo de 1,5 cm. 
Exemplo de calçada acessível 
 
 
15 
 
 Banheiro: 
 largura mínima de 1,50 m; 
 box para chuveiro com dimensões mínimas de 90 cm x 95 cm; 
 área de transferência ao vaso sanitário e ao box com previsão para a instalação de 
barras de apoio e banco articulado, segundo a ABNT NBR 9050; 
 lavatório suspenso sem coluna. 
 Instalações elétricas: 
 tomadas baixas a 40 cm do piso acabado; 
 interruptores e interfones e tomadas altas a 1 m do piso acabado. 
 
 
 
Residencial Cidade Jardim em Fortaleza (CE) 
Fonte: Blog do Planalto 
01º/09/2014 
 
 
16 
 
 
 
 
 
 
 
MOBILIDADE 
Sobre a Política Nacional de Mobilidade Urbana (lei nº 12.587/2012): 
Objetivos: 
 Integrar diferentes modos de transporte e melhorar a acessibilidade e mobilidade de 
pessoas e cargas no território do Município. 
 Contribuir para o acesso universal à cidade. 
Princípios: 
 Acessibilidade universal. 
 Equidade no acesso dos cidadãos ao transporte público coletivo. 
 Segurança nos deslocamentos das pessoas. 
Ações: 
 PAC Pavimentação: pavimentar e dotar vias de saneamento, calçadas. 
 PAC Médias e Grandes Cidades: melhorar sistemas de transporte público coletivo. 
Condomínio em Atibaia (SP) 
Fonte: Agência Caixa de Notícias 
Foto: Rodrigo Oliveira 
 
 
17 
 
 Pacto Mobilidade: resposta às demandas apresentadas nas manifestações públicas de 
junho de 2013. 
Plano de Mobilidade Urbana: 
 Estabelece princípios, objetivos e metas a serem aplicadas no território, a partir do 
diagnóstico da mobilidade urbana implementada no município. 
 Deve ser integrado aos demais planos existentes. 
 Deve seguir diretrizes da lei nº 12.587/2014. 
 Sugestões de conteúdo: 
 identificação de áreas para intervenção (projeto e/ou execução de obra de 
acessibilidade); 
 estimativa de custo de cada projeto e obra a serem realizados; 
 hierarquização das prioridades; 
 plano de execução de projetos e obras (prioridades e recursos); 
 regras para intervenção, manutenção e uso do logradouro público, caso não 
estejam dispostas no Código de Posturas. 
Alguns pontos específicos a serem observados nos projetos: 
 A conexão entre o veículo de transporte coletivo e a plataforma de embarque / 
desembarque. 
 Indicação tátil da entrada das estações e pontos de parada. 
 Dispositivo com informações sonoras nas estações e pontos de parada. 
 Mapa tátil no caso de estações. 
 Balcões de atendimento e bilheterias acessíveis. 
 Sanitários acessíveis nas estações. 
 Rota de fuga com sinalização tátil e visual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rodoviária do Plano Piloto 
Brasília, DF 
Foto: acervo SNAPU – MCID 
 
 
18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANEAMENTO 
Atualmente, a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental é a responsável pelos repasses, 
via emendas orçamentárias, de recursos para pavimentação de vias, por meio da Ação 1D73 
do Programa de Planejamento Urbano. 
 Segundo o Manual para apresentação de propostas da Ação “Apoio à Política 
Nacional de Desenvolvimento Urbano: 
10.2.4. Em todos os contratos de pavimentação nova, deverá estar prevista 
a execução de calçadas para circulação de pedestres. As calçadas deverão 
apresentar soluções que garantam a acessibilidade universal para os 
usuários do sistema em conformidade com o Decreto Nº 5.296, de 02 de 
dezembro de 2004 e a NBR 9050/04. 
BRT Transcarioca - PAC Copa 
Foto: acervo SEMOB - MCID 
 
 
19 
 
Dentre vários pontos abordados pela NBR 9.050, destacam-se: 
 As faixas livres devem ser completamente desobstruídas e isentas de interferências, 
tais como vegetação, mobiliário urbano, equipamentos de infraestrutura urbana 
aflorados (postes, armários de equipamentos, e outros), orlas de árvores e jardineiras, 
rebaixamentos para acesso de veículos, bem como qualquer outro tipo de 
interferência ou obstáculo que reduza a largura da faixa livre. 
 Inclinação transversal de calçadas de no máximo 3%. 
 Inclinação longitudinal das áreas de circulação exclusivas de pedestres de no máximo 
8,33%. 
 Dimensõesmínimas da faixa livre (passeio): largura recomendável 1,50m, sendo 
admitida 1,20m e altura livre de 2,10m. 
 Rampas de veículos para acesso aos lotes devem ser feitas dentro do imóvel, de forma 
a não criar degraus ou desníveis nos passeios. 
 Rebaixamentos (rampas) de calçadas para travessia de pedestres devem: 
 ter inclinação máxima de 8,33%; 
 estar alinhados quando localizados em lados opostos da via; 
 garantir a faixa livre de 1,2m, estar sinalizados; 
 ser executadas conforme modelos constantes em norma técnica. 
 Em vias públicas com grande volume de tráfego ou concentração de passagem de 
pessoas com deficiência visual, os semáforos devem estar equipados com dispositivos 
sonoros, de acordo com as especificações normativas. 
 
 
Possibilidade de intervenção em via arterial 
 
 
20 
 
 
 
Possibilidade de intervenção em via local

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