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COMUNICAÇÃO NAS EMRESAS AULA 3 COMO EVITAR OS DESVIOS SINTÁTICOS Nesta aula vamos esmiuçar os vícios de linguagem cometidos no cotidiano da prática discursiva ― seja na modalidade escrita, seja na oral. Serão explorados o arcaísmo, o cacófato, o solecismo, o estrangeirismo e o pleonasmo, vícios de linguagem que comprometem a coerência de um texto. Vamos verificar também que as frases mal construídas, muitas vezes, não são percebidas pelos seus emissores, já que estes conhecem o teor da mensagem. Em contrapartida, o destinatário da informação recebe-a truncada e com dificuldades de decodificação. Para contextualizar esses problemas, serão utilizados textos de natureza empresarial. Comunicação Empresarial em: Mensagem não eficiente Começamos a aula ilustrando um exemplo de mensagem não eficiente. Há muitos outros defeitos encontrados em textos empresariais que prejudicam a comunicação. Esses defeitos, chamados vícios de linguagem, são, segundo o gramático Napoleão Mendes de Almeida, palavras ou construções que deturpam, desvirtuam, ou dificultam a manifestação do pensamento, seja pelo desconhecimento das normas cultas, seja pelo descuido do emissor. E, obviamente, algo que deturpa e dificulta a comunicação não deve ser utilizado, não é mesmo? Conseguiu entender a mensagem da carta? E se ela fosse reescrita assim: “Solicitamos o pagamento das mensalidades até as datas de vencimento que constam no carnê”. Muito mais claro, não é? O uso da linguagem antiga, como “aprazadas”, “destarte”, “precípua” e “sodalício”, marca na carta características do vício de linguagem conhecido como Arcaísmo. Esse foi fácil de identificar. Mas e o “Att.”? Você sabe explicar porque é um estrangeirismo? Att. é uma sigla do inglês (“At this time” ou “All the time”). Ou seja, significa “neste momento” ou “a todo momento”, que pode até ser interpretado como “à disposição”. Notou que a combinação de algumas palavras neste diálogo acaba fazendo o som de outra que nada tem a ver com o contexto? ― O senhor quer ajudá-la? — Sim, com certeza. ― Se lhe amas, deves dizer-lhe para que nunca gaste dinheiro com bobagens. — Sim, compreendo. ― Esta ideia, como a concebo, é a melhor solução. Conforme vimos anteriormente, Cacófato é um acidente fonético, em que as sílabas finais de uma palavra e as iniciais da palavra seguinte formam uma terceira palavra de som desagradável e muitas vezes obsceno. Viu como os estrangeirismos estão presentes em nosso dia a dia? O uso dessas palavras é muito comum. Contudo, se temos vocábulos de uso corrente no português para expressar a ideia, não justificando, portanto, o uso da palavra estrangeira, consideramos que se trata de um vício linguístico. A placa diz, que é proibido barulho sonoro, como não existe barulho que não emita som, temos então uma placa com o vício do Pleonasmo, ou seja, com a repetição desnecessária de um termo ou ideia. A senhora Fátima cometeu no seu e-mail erros que vão contra as normas de concordância, de regência e de colocação, ou seja, comete o vício do Solecismo. Confira os erros clicando nos trechos destacados em azul. Prezados, boa tarde! Conforme acordado na última reunião, segue os documentos necessários para candidatura as vagas dos cursos de formação na área de Recursos Humanos. Me enviem a documentação o mais rápido possível. Atenciosamente, Fátima Antunes É possível sonhar algo que não um sonho? A essência desse poema se converte em Pleonasmo, que pode ter sido colocado propositalmente, afinal, é muito comum nos poemas e nas músicas alguns trocadilhos ou erros de português conscientes. Outros desvios Vamos analisar agora outros desvios em relação à sintaxe que, assim como os vícios de linguagem, também podem comprometer o processo de comunicação. Veja agora alguns exemplos de dificuldades sintáticas relacionadas à formação de frases: Frases siamesas
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