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REVISÃO IED – PARA DIREITO CIVIL DIREITO ? CONCEITO • Conjunto de normas gerais e positivas que regulam a sociedade • Conjunto de regras com que se disciplina a vida em sociedade • Tem caráter genérico – aplica-se a todos os indivíduos • Jurídico – diferencia das demais regras de comportamento social pois tem eficácia garantida pelo estado • Normas de conduta, lei, costume, jurisprudência • Direito Objetivo – exterior ao sujeito • Direito Positivo – posto na sociedade por uma vontade superior • Do latim “directum” aquilo que é reto, que está de acordo com a lei • Direito – realização de justiça (dar a cada um o que é seu) • Direito é a ciência do “Dever ser” DIREITO X MORAL • A vida em sociedade exige outras normas além da jurídica. • As pessoas devem pautar a sua conduta pela ética, de conteúdo mais abrangente que o direito, porque ela compreende as normas jurídicas e normas morais. • Normas Jurídicas e morais constituem regras de comportamento • Distinguem-se pela sanção (que no direito é imposta pelo Estado para constranger os indivíduos, na moral somente pela consciência do homem, porém sem coerção) e pelo campo de ação que na moral é mais amplo. • A principal diferença entre a regra moral e regra jurídica repousa efetivamente na sanção. DIREITO POSITIVO E DIREITO NATURAL • POSITIVO = Ordenamento jurídico em vigor em determinado país e em determinado período. Compreende toda disciplina de conduta, abrangendo as leis votadas pelo poder competente, os regulamentos, as disposições normativas de qualquer espécie (Lei criada pelo estado, sofre mutação social) • NATURAL = Ideia abstrata do direito, corresponde a uma justiça superior e suprema. Conhecido hoje pelo JUSNATURALISMO. Interferi na vida, direito a vida em qualquer situação. DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO • OBJETIVO = Conjunto de normas imposta pelo estado, de caráter geral, podendo ser compelidos mediante coerção. Norma agendi (Norma de conduta, norma de ação). Uma organização social, toda espécie de norma jurídica, expressão da vontade geral. • SUBJETIVO = é a expressão de vontade individual. DIREITO OBJETIVO para todos, quando o direito objetivo do indivíduo é afetado nasce para ele o DIREITO SUBJETIVO. DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO • PÚBLICO = interesse do Estado (respeito aos seus negócios). Direito que regula as relações do Estado com outro Estado ou as do Estado com os cidadãos. • PRIVADO = é o direito que regula as relações entre os indivíduos como tais, nas quais predominam imediatamente o interesse de ordem partículas (autonomia da vontade) • Publitização do Direito Privado: quando não há acordo com o Direito Privado entra o Público, REVISÃO DIREITO CIVIL O DIREITO CIVIL COMO RAMO DO DIREITO PRIVADO Orienta, regula e estuda a relação entre os particulares, pessoas físicas ou jurídicas. Campo do Direito Privado dividi-se em relações pessoais, familiares, patrimoniais e obrigacionais com igual superioridade disciplinadas no código Civil (“Constituição do homem comum”) FENÔMENO DA CODIFICAÇÃO • Antes da Declaração da Independência (sistema normativo usado era o de Portugal) • Depois da Independência foi determinado através das Ordenações Filipinas que continuaria com legislação de Portugal • Constituição de 1824 (outorgada por D.PedroI) determinou que se organizasse um Código Civil baseado na justiça e na equidade. • Em 1830 cria-se o Código Criminal e em 1850 o Código Comercial • Em 1855 consolidam as Leis Civis, em 1895 nova comissão para criação do Código Civil. CÓDIGO CIVIL DE 1916 • O texto original é aprovado em dezembro de 1915, sancionado e promulgado em 1 ◦ de janeiro de 1916, convertendo-se em Lei 3.071/16 entrando em vigor em janeiro de 1917. • Antes do Código de Civil de 1916 o homem era sujeito de direito, a mulher e filhos eram objetos de direito. • Mais rural e menos urbano. Parte Geral \ Parte Especial (Obrigações, Contratos, D.Coisas (Reais), Família, Sucessões) • Pontos relevantes: Ideologia Patriarcal (pouco importando o princípio da Dignidade da Pessoa Humana – unidade econômica dirigida por um chefe); Filho Espúrio (concebido fora do casamento civil, só tinha direito Civil caso o genitor assim desejasse) CÓDIGO CIVIL DE 2002 • Existiam artigos no código anterior que eram bons e não tinha porque desfazer; Código Civil de 2002 passou a valorizar a eticidade, a socialidade, a operabilidade. • Aproveitamento dos estudos anteriores em que houve tentativa de reforma da lei Civil – Unificação do direito das Obrigações. • Inserir no Código Civil matéria consolidada ou com relevante grau de experiência crítica (O que foi consolidado na doutrina e jurisprudência – quando não há pensamento, não há decisão) • Manteve a Parte Geral e acrescenta o Direito de Empresa na Parte Especial (Obrigações, Contratos, Direito de Empresa, Reais, Família, Sucessões) CLÁUSULAS GERAIS • “Janelas abertas, que devem ser preenchidas pelo aplicado do direito, caso a caso¨(Judith Martins- Costa) • Possibilidades de interpretar e julgar da melhor forma. São preceitos jurídicos abertos, a interpretação depende do juiz adequando ao caso concreto da melhor forma possível. • Expressões Jurídicas que serão interpretados de acordo com as cláusulas gerais irão julgar o Código Civil. • Princípio da transparência, lealdade, boa-fé objetiva (presume pela manifestação de vontade), boa-fé subjetiva (intrínseca consciência, dúvida) PRINCÍPIOS DO NOVO CÓDIGO CIVIL para Miguel Reale: • Eticidade => significa a valorização da ética, da boa-fé objetiva, do bons costumes. Qualquer conduta que viole essa Eticidade constitui abuso de direito (art. 187, CC). Clausuras gerais tornando mais utilizáveis, uma valorização das relações jurídicas. • Socialidade => significa o rompimento com o individualismo anterior. Pelo Código Civil de 2002, tudo tem função social, característica de todos os institutos privados. Não basta ter a propriedade tem que ter aspectos humanos e sociais. • Operabilidade ou Simplicidade => visa a facilitação do Direito Civil, bem como a efetividade ou concretude do Direito Privado, mediante um sistema de cláusulas gerais (sistema de conceitos abertos que devem ser preenchidos pelo juiz). CÓDIGO CIVIL DE 2002 Corresponde a uma valorização hermenêutica, em que se busca interpretar o Direito Privado, à luz do Código Civil e, sobretudo, da Constituição Federal e dos princípios constitucionais. Essa disciplina está embasada em três princípios: a) Valorização da dignidade da pessoa humana => art. 1º, III, da CF/88. b) Solidariedade social => art. 3º, I, da CF/88. c) Igualdade em sentido amplo, ou isonomia => art. 5º, caput, da CF/88 LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO CONCEITOS: • É um decreto de lei que regula a vigência, a validade, a eficácia, a aplicação, a interpretação e a revogação de normas no direito brasileiro. • Trata-se de legislação anexa ao Código Civil, mas autônoma, aplicando-se a todos os ramos do direito. • Conjunto de normas sobre normas, o objeto é a própria norma. FUNÇÕES: • Regular vigência e a eficácia das normas jurídicas, apresentando soluções ao conflito de normas no tempo e no espaço; • Fornecer critérios de hermenêutica; • Estabelecer mecanismo de integração de normas; • Garantir a eficácia global da ordem jurídica, a certeza da segurança e estabilidade do ordenamento. PONTOS FUNDAMENTAIS: Fixa e define o tempo de vigor da lei, o momento dos efeitos desta, e a validade da lei para todos. Dispõe sobre a própria estrutura e funcionamento das normas, coordenando a aplicação de toda e qualquer lei. VALIDADE DAS LEIS: Passa a exigir desde sua promulgação, mas começa a obrigar da data de sua publicação produzindo efeitos. Da pertinência a um ordenamento é aquilo que chama de validade. Se a norma é válida significa que é obrigatório ajustarmo- nos a ela, caso não cumpra o juiz será obrigado a aplicar uma sanção. Existem 3 aspectos da validade: - Técnico-formal: Vigência = obrigatoriedade - Ético: Fundamental = valor ou fim visado pela norma - Social: Eficácia = reconhecimento e vivência da norma pela sociedade. VIGÊNCIA DAS LEIS: As leis nascem, aplicam-se e permanecem em vigor até serem revogadas. • Início da Vigência: O processo de criação das leis passa por 3 fases: ? DA ELABORAÇÃO ou DE INICIATIVA: a competência para elaboração do Projeto de Lei é atribuída a diversas pessoas. ? DA APRESENTAÇÃO, DISCUSSÃO e VOTAÇÃO: fase onde o Projeto de Lei será apresentado em ambas as Casas do Congresso Nacional para ser discutido e votado. ? DA SANÇÃO ou DO VETO: depois de discutido e votado o Projeto de Lei é encaminhado à chefe do Poder Executivo para sua sanção ou veto. ? DA PROMULGAÇÃO: esta nada mais é do que um estado da existência válida da lei e de sua executoriedade. ? DA PUBLICAÇÃO: embora nasça com a promulgação, a lei só começa a vigorar com sua publicação no Diário Oficial. Após a publicação a lei já existe e é válida. A vigência é uma qualidade temporal da norma, o prazo que se delimita seu período de validade. Caso a lei não mencione a data a partir da qual vigorará prevalece a regra geral art.1 ◦ da LINDB (entra em vigor 45 dias após a publicação). VACATIO LEGIS – A vacância da lei: conceito e cômputo. É o momento entre a data da publicação da lei e a sua entrada em vigor, a vigência da lei nova também pode ser imediata, dispensando assim o Vacatio Legis. ? A FORMA DE CONTAGEM DO PRAZO DA VACATIO LEGIS: dias corridos, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia de encerramento. (Quando o ultimo dia for domingo ou feriado, prorroga para o próximo dia útil.) OBS.: Art.132, CC – “Salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se os prazos, excluído o dia do começo, e incluindo o do vencimento”. Simplificando: a lei entra em vigor dias corridos começando a contar do dia posterior a sua publicação. PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DA LEI A lei é uma ordem jurídica dirigida a vontade geral, uma vez em vigor torna-se obrigatória para todos. Publicada a lei todos a conhecem. CRITÉRIO DO PRAZO ÚNICO – uma vez que a lei entra em vigor na mesma data em todo país, sendo simultânea a sua obrigatoriedade. OBS.: A OBRIGATORIEDADE DA LEI INDEPENDENTE DE SEU EFETIVO CONHECIMENTO. PRÍNCIPIO DA CONTINUIDADE DAS LEIS Uma lei só deixar de vigorar quando modificada ou revogada por outra posterior. Salvo alguns casos especiais que a lei tem caráter permanente, permanecendo em vigor até que seja revogada por outra lei. OBS.: A norma jurídica pode ter vigência temporária ou determinada, ela apresenta o tempo de sua duração. TÉRMINO DA VIGÊNCIA DA LEI Art 2 ◦ § 1 ◦ da LINDB – ”a LEI POSTERIOR REVOGA A ANTERIOR quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior”. Art 2 ◦ § 2 ◦ da LINDB – “A LEI NOVA que estabeleça DISPOSIÇÕES GERAIS ou ESPECIAIS a par das já existentes. NÃO revoga nem modifica a lei anterior.” • REVOGAÇÃO: A perda da obrigatoriedade da norma jurídica. ? AB-ROGAÇÃO – Supressão integral da norma anterior. A revogadora (nova lei) faz com que cesse totalmente a eficácia da lei revogada (lei antiga). ? DERROGAÇÃO – Atinge só uma parte da norma, que permanece em vigor no restante. É a revogação parcial da lei, permanecendo em vigor os dispositivos que não sejam afetados. (Não muda número de Lei, pois muda parcialmente a Lei) Pode ainda ser: ? AB-ROGAÇÃO OU DERROGAÇÃO EXPRESSA: Quando a lei nova declara expressamente ter revogado total ou parcialmente a anterior. ? AB-ROGAÇÃO OU DERROGAÇÃO TÁCITA: Quando não traz declaração desse tipo, mas se mostra incompatível com a lei antiga. A PERDA DA EFICÁCIA DA LEI PODE DECORRER DA EDIÇÃO DE UMA NOVA LEI, DENTRO DO PRÓPRIO CORPO DA LEI OU DECLARAÇÃO DE SUA INCONSTITUCIONALIDADE PELO STF, CABENDO AO SENADO SUSPENDER-LHE À EXECUÇÃO. A QUESTÃO DA REPRISTINAÇÃO Estabelecimento da lei revogada (lei antiga) após a perda de vigência da lei revogadora (nova lei), salvo disposição expressa. ULTRATIVIDADE A Lei revogada não tem mais vigência, mas pode ainda ter vigor quanto a atos do seu tempo. Ex. Quando um contrato é feito anterior a vigência da Lei nova, sua revisão será com a lei que foi feita o contrato. CONFLITO DE LEI NO TEMPO • Regra: lei nova revoga lei anterior • Exceção: lei geral não revoga lei especifica velha (“a lei nova que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior” art. 2◦, §2◦) • Norma especial não é revogada pela geral, apenas quando tiver uma especial para modifica- la ou revoga-la. Produção de efeitos jurídicos no mesmo patamar hierárquico (poder de força) e especial. LIMITES À RETROATIVIDADE DA LEI A Lei nova não pode prejudicar o DIREITO ADQUIRIDO (um direito que já é seu, inalterável), ATO JURÍDICO PERFEITO (a Lei do jeito certo como deve ser) e COISA JULGADA (é a decisão de que já não caiba recurso (fim da ação, sem direito a recorrer) • A Lei nova pode retroagir para beneficiar o réu • A Lei nova tem aplicabilidade imediata • A lei nova pode retroagir se a convenção contrariar preceitos de ordem pública APLICAÇÃO DA LEI EM CASO DE LACUNA O juiz não pode se eximir de julgar: • ANALOGIA – utilização de norma que regula situação semelhante • COSTUMES – norma criada pela sociedade • PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO – valores subjacentes ao sistema jurídico (princípios do Direito Natural) – boa fé, proibição de enriquecimento sem causa, etc. INTERPRETAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS – HERMENÊUTICA JURÍDICA Descobrir o sentido e alcance da norma procurando o significado dos conceitos jurídicos (Significado, depois a projeção – ampliar restringir) ESPÉCIE DE INTERPRETAÇÃO • QUANTO À ORIGEM (QUEM ELABORA A INTERPRETAÇÃO) = Autêntica (feita pelo legislador), Doutrinária (feita pelo doutrinador – jurista), Judicial (feita pelo poder Judiciário – entra com ação na justiça), Administrativa (feita pela Administração Pública – pode depois recorrer na via judicial) • QUANTO AO MÉTODO = Gramatical (interpretou a lei criou a doutrina), Lógica (tenta reconstituir o pensamento do legislador), Histórica (busca o momento de criação da norma), Sistemática (harmonizar texto ao sistema jurídico como um todo), Teleológica (se apega aos fins para os quais a lei foi editada), Sociológica (art. 5 ◦ - adequar a norma as necessidades sociais) • QUANTO AO RESULTADO (EFEITOS DA NORMA) = Declaratória (declara os efeitos – sentido da norma), Restritiva (restringi ao sentido da lei), ampliativa (estende os efeitos – pode ter o legislador dito menos do que deveria dizer). ? PESSOA NATURAL – próprio indivíduo – Sujeito de direito ou sujeito da relação jurídica. • Relação Jurídica – toda relação da vida social regulada pelo direito (regula os interesses humanos, entre indivíduos). Somente o ser humano pode ser o sujeito da relação jurídica. Excluídos dos conceitos de sujeitos de direito e não podem ser herdeiros ou legatários os animais, seres inanimados embora mereçam proteção. PESSOA FÍSICA (TRIBUTÁRIA) OU SER HUMANO = PESSOA NATURAL (CIVIL) • PESSOA JURÍDICA – Agrupamento de pessoas naturais, visando alcançar fins de interesse comum (Pessoa moral e coletiva). Patrimônio pessoal só é atingido quando usa má fé ou dívida trabalhista. Se existe uma empresa ou sociedade sem registro quem responde é a pessoa natural. Dívidas trabalhistas serão pagas com patrimônio particulares. PERSONALIDADE JURÍDICA = CONCEITO DE PESSOA -> Todo aquele que nasce com vida torna-se uma pessoa e adquire personalidade (qualidade ou atributo do ser humano) ART. 2 ◦ CC: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida, mas a lei põe a salvo desde a concepção os direitos da nascituro.” Personalidade Civil ou Jurídica – capacidade que as pessoas têm de serem titulares de direitos e obrigações. ART. 1 ◦ CC: “Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.” Adquirida a personalidade, o ente passa a atuar na qualidade de sujeito de direito (pessoa natural ou Jurídica), podendo praticar atos e negócios jurídicos diversos. SURGIMENTO DA PESSOA NATURAL – Nascimento com a vida, no instante em que principia o funcionamento do aparelho cardiorrespiratório, clinicamente aferível pelo exame DOCIMASIA HIDROTÁTICA DE GALENO (Diferença de peso especifico entre o pulmão que respirou e o que não respirou, mergulhado na água.) NASCEU COM VIDA -> ADQUIRE PERSONALIDADE JURÍDICA -> TORNA- SE SUJEITO DE DIREITO NASCITURO – o que está por nascer, mas já concebido no ventre materno. (Ente concebido, porém não nascido). O nascituro não é pessoa natural, tem apenas uma proteção jurídica. TEORIA NATALISTA – O nascituro possui mera expectativa de direito. Maior parte da doutrina a aceita. Embora não seja pessoa, possui direitos resguardados desde a concepção. Se torna pessoa com as expectativa do direito\Direito de nascer com vida.) TEORIA DA PERSONALIDADE CONDICIONAL – possui personalidade condicional que surge com o nascimento com vida e se estingue caso o feto não venha a viver. (Nasceu com vida adquire a personalidade) TEORIA CONCEPCIONISTA – o nascituro possui personalidade jurídica desde concepção, sendo desde então considerado pessoa. (Direitos patrimoniais só se nascer com vida) DIREITOS DO NASCITURO – CONCEBIDO, EM PROCESSO GESTACIONAL • Titular de direitos personalíssimos (direito à vida, proteção pré-natal) • Receber doação • Ser beneficiado por legado ou herança • Ser-lhe nomeado curador do ventre. • Direito a alimentos Nascituro # Concepturo CONCEPTURO – Ente que ainda não foi nem concebido (Prole eventual) NATIMORTO – deve-se proteger o nome, a imagem e a memória daquele que nasceu morto. Enunciado 01 (Jornadas de Direito Civeil –CJF): “Art, 2 ◦ A proteção que o Código defere ao nascituro alcança o natimorto no que concerne aos direitos da personalidade, tais como nome, imagem e sepultura.” NASCITURO PESSOA – VIDA NATIMORTO MORTO CONCEPTURO PROLE EVENTUAL DIREITO DA PERSONALIDADE - direito a vida. Direito é dele, mas só se materializa quando nasce com vida. CAPACIDADE – aptidão de adquirir e exercer direitos. Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. São incapazes aqueles discriminados pela legislação. CAPACIDADE JURÍDICA – medida limitadora ou delineadora. CAPACIDADE DE DIREITO – Todos possuem, adquirir direitos e contrair obrigações. CAPACIDADE DE EXERCÍCIO – aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil. CAPACIDADE CIVIL PLENA – capacidade de direito ou gozo + capacidade de exercício ou fato. Todas as pessoas possuem capacidade de direito, mas nem todas possuem a capacidade de exercício do direito. INCAPACIDADE – não se confunde com o impedimento (vedação à realização de certos negócios jurídicos). É a falta de aptidão para praticar pessoalmente as atos da vida civil. INCAPACIDADE ABSOLUTA – Quando a pessoa fica impedida de praticar, por si só, qualquer ato da vida jurídica. INCAPACIDADE RELATIVA – Quando a pessoa fica impedida de praticar determinados atos da vida jurídica. EMANCIPAÇÃO – é irrevogável, poderá ser invalidada em caso de nulidade ou anulabilidade. Se anula a emancipação se não beneficia o menor. Os pais ou um na falta do outro, no cartório, sem necessidade de juiz. • Cessa a incapacidade: - Quando cessar sua causa - Pela emancipação - menoridade cessa aos 18 anos ESPÉCIE (ART. 5◦ CC) VOLUNTÁRIA – Concebida pelos pais, ao menor com 16 anos completos JUDICIAL – Concebida por sentença, ouvido o tutor. LEGAL – Decorre de determinados fatos previstos pela lei. (Casamento, exercício de emprego público efetivo, colação de grau) INDIVIDUALIZAÇÃO DA PESSOA NATURAL • NOME – ESTADO – DOMICÍLIO ? NOME – é a designação pela qual uma pessoa se identifica no seio da família e da sociedade. - Natureza Jurídica do nome: é um direito de propriedade – corrente inaceitável, a propriedade é inalienável. Direito da Personalidade – o código civil também assim o considera. • Estudo do nome: Aspecto Público (disciplinado pelo Estado – plena identificação das pessoas) – Aspecto Individual (o direito ao nome – direito de usá-lo e defende-lo) O registro civil do nascimento da pessoa natural dota de formalidade e publicidade (o nascimento com vida), início da personalidade civil, apresenta o indivíduo a sociedade, dando eficácia a sua personalidade. Natureza declaratória, a personalidade civil começa do nascimento com vida. O nome tem proteção jurídica, por ser direito de personalidade, não pode ser usado em publicações nem utilizado sem autorização para fins comerciais. Se for divulgada e identificar constitui violação a direito de personalidade. • ELEMENTOS DO NOME (PRENOME E O SOBRENOME) - PRENOME: nome próprio, escolhido pelos pais, desde que não exponha o filho ao ridículo. (Irmãos não podem ter o mesmo prenome, salvo se for duplo \ Reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento) AGNOME – distinguem pessoas de uma mesma família (Júnior, neto, sobrinho, etc) AXIÔNIMO – forma cortes de tratamento (Sr., Dr., Vossa Santidade, etc.) VOCATÓRIO ou PROFISSIONAL – abreviação do nome completo da pessoa. • IMUTABILIDADE DO NOME Antes o prenome era imutável, permitia uma retificação no caso de erro gráfico e em caso que expunha a pessoa ao ridículo. Com tudo em 1999 o nome tem caráter definitivo, permitindo modificação do prenome por determinação em sentença pelo juiz competente. Jurisprudência: mudança do prenome caso a pessoa fosse conhecida por todos por prenome diferente do registro. (apelidos notórios podem substituir o prenome) Fogem a regra da imutabilidade do nome: 1- Houver erro ortográfico 2- Expuser seu portados ao ridículo 3- Houver apelido público e notório 4- Proteção de testemunhas de crime 5- Nomes homônimos 6- Nome de registro não é o que a pessoa é reconhecida na sociedade 7- Uso prolongado 8- Houver prenome de uso 9- Tradução de nomes estrangeiros, se estiver comprovadamente errado, se tiver sentido pejorativo ou expuser o titular ao ridículo. 10- Casamento e dissolução da sociedade conjugal 11- Inclusão de nome de descendente 12- Inclusão de sobrenome de padrasto ou madrasta 13- Mudança de sexo (transexualismo – mudança de sexo. É possível a retificação do sexo jurídico sem a realização de cirurgia) 14- Adoção 15- Reconhecimento de filho 16- União estável ou companheirismo 17- Maioridade civil ? ESTADO Soma das qualificações da pessoa na sociedade, modo particular de existir (produz efeitos jurídicos), no geral, determina a condição da pessoa perante a sociedade. • Aspectos: - INDIVIDUAL: atributos da personalidade, características físicas e características orgânicas (exercem influência na capacidade civil). - FAMILIAR: situação na família (matrimônio, parentesco – por consanguinidade ou por afinidade) - POLÍTICO: posição do indivíduo na sociedade política (nacional ou estrangeiro) • Caracteres: - INDIVISIBILIDADE: uno e indivisível regulamentado por normas. - INDISPONIBILIDADE: bem fora do comercio, inalienável e irrenunciável. - IMPRESCRITIBILIDADE: não se perde nem se adquire pela prescrição. ? DOMICÍLIO Somente haverá domicilio civil por dois requisitos: Residência (palpável, elemento externo e visível – casa, prédio, apartamento) e Ânimo definitivo (elemento interno, demonstra seu interesse em permanecer em tal domicilio – elemento subjetivo, onde recebe correspondências, contas) Pode uma pessoa ter um domicilio e varias residências (pluralidade domiciliar, varias residências onde alternativamente viva) - Domicílio Profissional: onde exerce sua profissão - Domicílio Ocasional: possui domicilio, mas não residência fixa (ciganos, andarilhos..) o domicilio será o lugar onde for encontrado. Para o Código Civil: - Domicilio da pessoa natural \ Domicilio da pessoa jurídica - Domicilio necessário ou domicilio Legal - Domicilio Eleito – pluralidade de domicilio. • Espécies de domicílio: - VOLUNTÁRIO: Fixado pela vontade da pessoa, autonomia privada - NECESSARIO ou LEGAL: determinado pela lei, por conta da condição ou da situação de certas pessoas (incapaz, servidor público, militar em serviço ativo, marítimo, preso, agente diplomático) - CONTRATUAL ou CONVENCIONAL: contratos escritos, onde podem cumprir os direitos e obrigações. • Mudança de domicílio: Muda-se o domicílio, transferindo a residência com a intenção manifesta de mudar. ? FIM DA PERSONALIDADE CIVIL DA PESSOA NATURAL Termina a existência da pessoa natural com a morte, cessação das funções vitais. Marca o fim da personalidade física e jurídica do individuo. - Aferição: realizada pelo médico - Atestada: profissional da medicina, na falta dele duas testemunhas. - Registro: Art. 77 e 78 LRP (Lei de Registros Públicos) • Morte Real: Art.6, extingue a capacidade e dissolve tudo, mas o corpo sujeito de direitos e obrigações. (Atestado de óbito ou justificação em caso de catástrofe ou não encontro do corpo) Efeitos da morte real: Extinção do poder familiar, dissolução do vínculo conjugal, abertura de sucessão, extinção de contrato personalíssimo, extinção da obrigação de pagar alimentos, etc. • Morte Presumida: Art.7, sem decretação de ausência. Extremamente provável a morte, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro e não for encontrado até 2 anos, depois de esgotadas as buscas e averiguações, sentença fica a data provável do falecimento. • Morte Simultânea ou Comoriência: Art.8, dois ou mais indivíduos falecem na mesma ocasião não podendo averiguar qual deles morreu primeiro, presumir-se-ão simultaneamente mortos. • Morte Civil: Herdeiro afastado da herança por indignidade, será dito com “morto fosse”, mas conserva sua personalidade para os demais atos da vida civil. - Legislação Militar: aquele que perde seu posto e patente, a família obterá o direito de receber pensões. ? DA AUSÊNCIA Pessoa que deixa o domicilio sem deixar notícias suas e nem representante ou procurador que administre seus bens. Juiz abre requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declara ausência e nomeará curador provisório. (Art. 22 a 39, CC) • Curadoria dos bens do ausente (art. 22 a 25, CC): desaparecimento recente e possibilidade de retorno do ausente, preserva os bens por ele deixados, nomeando um curador Nomeação de curador para Desaparecimento recente Possibilidade de retorno do os bens do ausente ausente Juiz (fixará limites dos deveres e obrigações do curador), Curador (zelar pela administração e conservação dos bens do ausente), Nomeação (respeitar o art.25, CC) • Sucessão provisória (art.26 a 36, CC): Preservação dos bens, quando existe ainda que remota a possibilidade de que este volte para retomar o que é seu de direito. Preocupação com os herdeiros e credores, menos para o ausente. É como se o ausente estivesse morto. Os legítimos interessados são: - O cônjuge não separado judicialmente, os herdeiros presumidos (legítimos ou testamentários), aquele que tenha direito a algum bem do ausente (donatário) e credores de obrigações vencidas e não pagas. • Sucessão definitiva (art. 37 a 39, CC): Decorrido 10 anos do transito em julgado da sentença concessiva, os interessados abrem uma sucessão definitiva do ausente. DIREITOS DA PERSONALIDADE CF, Art 5, X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Direitos da personalidade são direitos subjetivos conferidos a todas as pessoas naturais, com o intuito de proteger sua integridade física, moral e intelectual. Impõe a todas as pessoas o dever legal de não causar dano, não violar integridade dos outros. • Integridade Física (vida, alimentos, próprio corpo vivo ou morto, corpo alheio vivo ou morto, partes separadas do vivo ou morto) • Integridade Moral (honra, recato, segredo profissional e doméstico, identidade pessoal, familiar e social. • Integridade Intelectual (liberdade de pensamento, autoria cientifica, artística e literária) ? DIREITO DA PERSONALIDADE • Os inatos (naturalista) direito à vida e à integridade física e moral. • Os adquiridos (positivista) decorrem do status individual. Direito da personalidade são direitos inerentes à condição de pessoa, com fundamento no princípio da dignidade humana. Direito de esquecimento: possibilidade reconhecida as todas as pessoas de restringir o uso de fatos pretéritos ligados a si, mas especificamente no que tange ao modo e a finalidade com que são lembrados esses fatos passados. É o direito de impedir que dados fatos pessoais de outrora sejam revividos. • Características dos direitos da personalidade - INTRANSMISSIBILIDADE E IRRENUNCIABILIDADE: Indisponibilidade, uma pessoa não pode desfrutar em nome de outra. Bens como honra, liberdade, etc. - IMPRESCRITIBILIDADE: não se extinguem pelo uso ou decurso do tempo, a reparação por dano moral (é a lesão a um interesse que visa a satisfação de um bem jurídico extrapatrimonial) não é imprescritível, ela prescreve. PRETENSÃO À REPARAÇÃO está sujeita aos prazos prescricionais estabelecidos em lei. - IMPENHORABILIDADE: Inerente à pessoa humana e dela inseparáveis. São indisponíveis e por isso não podem ser penhorados - ABSOLUTIVISMO: caráter absoluto, todos devem respeitar referidos direitos. - NÃO-SUJEIÇÃO A DESAPROPRIAÇÃO: são inatos a pessoa e se ligam a ela de modo indestacável. -NÃO-LIMITAÇÃO: ilimitado o número de direitos da personalidade, não são taxativos. - VITALICIEDADE: acompanham a pessoa até sua morte, vitalícios. Após a morte alguns direitos são resguardados como o respeito ao morto, a sua honra ou memória.
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