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REVISÃO CIVIL.docx

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REVISÃO IED – PARA DIREITO CIVIL
DIREITO
? CONCEITO
• Conjunto de normas gerais e positivas que
regulam a sociedade
• Conjunto de regras com que se disciplina a vida
em sociedade
• Tem caráter genérico – aplica-se a todos os
indivíduos
• Jurídico – diferencia das demais regras de
comportamento social pois tem eficácia
garantida pelo estado
• Normas de conduta, lei, costume, jurisprudência
• Direito Objetivo – exterior ao sujeito
• Direito Positivo – posto na sociedade por uma
vontade superior
• Do latim “directum” aquilo que é reto, que está
de acordo com a lei
• Direito – realização de justiça (dar a cada um o
que é seu)
• Direito é a ciência do “Dever ser”
DIREITO X MORAL
• A vida em sociedade exige outras normas além
da jurídica.
• As pessoas devem pautar a sua conduta pela
ética, de conteúdo mais abrangente que o direito,
porque ela compreende as normas jurídicas e
normas morais.
• Normas Jurídicas e morais constituem regras de
comportamento
• Distinguem-se pela sanção (que no direito é
imposta pelo Estado para constranger os
indivíduos, na moral somente pela consciência
do homem, porém sem coerção) e pelo campo
de ação que na moral é mais amplo.
• A principal diferença entre a regra moral e regra
jurídica repousa efetivamente na sanção.
DIREITO POSITIVO E DIREITO NATURAL
• POSITIVO = Ordenamento jurídico em vigor em
determinado país e em determinado período.
Compreende toda disciplina de conduta,
abrangendo as leis votadas pelo poder
competente, os regulamentos, as disposições
normativas de qualquer espécie (Lei criada pelo
estado, sofre mutação social)
• NATURAL = Ideia abstrata do direito,
corresponde a uma justiça superior e suprema.
Conhecido hoje pelo JUSNATURALISMO.
Interferi na vida, direito a vida em qualquer
situação.
DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO
• OBJETIVO = Conjunto de normas imposta pelo
estado, de caráter geral, podendo ser compelidos
mediante coerção. Norma agendi (Norma de
conduta, norma de ação). Uma organização
social, toda espécie de norma jurídica, expressão
da vontade geral.
• SUBJETIVO = é a expressão de vontade
individual.
DIREITO OBJETIVO para todos, quando o direito
objetivo do indivíduo é afetado nasce para ele o DIREITO
SUBJETIVO.
DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO
• PÚBLICO = interesse do Estado (respeito aos
seus negócios). Direito que regula as relações do
Estado com outro Estado ou as do Estado com
os cidadãos.
• PRIVADO = é o direito que regula as relações
entre os indivíduos como tais, nas quais
predominam imediatamente o interesse de
ordem partículas (autonomia da vontade)
• Publitização do Direito Privado: quando não há
acordo com o Direito Privado entra o Público,
 
REVISÃO DIREITO CIVIL
O DIREITO CIVIL COMO RAMO DO DIREITO
PRIVADO
​Orienta, regula e estuda a relação entre os
particulares, pessoas físicas ou jurídicas. Campo do
Direito Privado dividi-se em relações pessoais, familiares,
patrimoniais e obrigacionais com igual superioridade
disciplinadas no código Civil (“Constituição do homem
comum”)
FENÔMENO DA CODIFICAÇÃO
• Antes da Declaração da Independência (sistema
normativo usado era o de Portugal)
• Depois da Independência foi determinado através
das Ordenações Filipinas que continuaria com
legislação de Portugal
• Constituição de 1824 (outorgada por D.PedroI)
determinou que se organizasse um Código Civil
baseado na justiça e na equidade.
• Em 1830 cria-se o Código Criminal e em 1850 o
Código Comercial
• Em 1855 consolidam as Leis Civis, em 1895
nova comissão para criação do Código Civil.
CÓDIGO CIVIL DE 1916
• O texto original é aprovado em dezembro de
1915, sancionado e promulgado em 1 ◦ de janeiro
de 1916, convertendo-se em Lei 3.071/16
entrando em vigor em janeiro de 1917.
• Antes do Código de Civil de 1916 o homem era
sujeito de direito, a mulher e filhos eram objetos
de direito.
• Mais rural e menos urbano. Parte Geral \ Parte
Especial (Obrigações, Contratos, D.Coisas
(Reais), Família, Sucessões)
• Pontos relevantes: Ideologia Patriarcal (pouco
importando o princípio da Dignidade da Pessoa
Humana – unidade econômica dirigida por um
chefe); Filho Espúrio (concebido fora do
casamento civil, só tinha direito Civil caso o
genitor assim desejasse)
CÓDIGO CIVIL DE 2002
• Existiam artigos no código anterior que eram
bons e não tinha porque desfazer; Código Civil
de 2002 passou a valorizar a eticidade, a
socialidade, a operabilidade.
• Aproveitamento dos estudos anteriores em que
houve tentativa de reforma da lei Civil –
Unificação do direito das Obrigações.
• Inserir no Código Civil matéria consolidada ou
com relevante grau de experiência crítica (O que
foi consolidado na doutrina e jurisprudência –
quando não há pensamento, não há decisão)
• Manteve a Parte Geral e acrescenta o Direito de
Empresa na Parte Especial (Obrigações,
Contratos, Direito de Empresa, Reais, Família,
Sucessões)
CLÁUSULAS GERAIS
• “Janelas abertas, que devem ser preenchidas pelo
aplicado do direito, caso a caso¨(Judith Martins-
Costa)
• Possibilidades de interpretar e julgar da melhor
forma. São preceitos jurídicos abertos, a
interpretação depende do juiz adequando ao caso
concreto da melhor forma possível.
• Expressões Jurídicas que serão interpretados de
acordo com as cláusulas gerais irão julgar o
Código Civil.
• Princípio da transparência, lealdade, boa-fé
objetiva (presume pela manifestação de
vontade), boa-fé subjetiva (intrínseca
consciência, dúvida)
PRINCÍPIOS DO NOVO CÓDIGO CIVIL para
Miguel Reale:
• Eticidade => significa a valorização da ética, da
boa-fé objetiva, do bons costumes. Qualquer
conduta que viole essa Eticidade constitui abuso
de direito (art. 187, CC). Clausuras gerais
tornando mais utilizáveis, uma valorização das
relações jurídicas.
• Socialidade => significa o rompimento com o
individualismo anterior. Pelo Código Civil de
2002, tudo tem função social, característica de
todos os institutos privados. Não basta ter a
propriedade tem que ter aspectos humanos e
sociais.
• Operabilidade ou Simplicidade => visa a
facilitação do Direito Civil, bem como a
efetividade ou concretude do Direito Privado,
mediante um sistema de cláusulas gerais
(sistema de conceitos abertos que devem ser
preenchidos pelo juiz).
CÓDIGO CIVIL DE 2002
Corresponde a uma valorização hermenêutica, em que se
busca interpretar o Direito Privado, à luz do Código Civil
e, sobretudo, da Constituição Federal e dos princípios
constitucionais. Essa disciplina está embasada em três
princípios:
a) Valorização da dignidade da pessoa humana =>
art. 1º, III, da CF/88.
 
b) Solidariedade social => art. 3º, I, da CF/88.
 
c) Igualdade em sentido amplo, ou isonomia =>
art. 5º, caput, da CF/88
 
 
 
 
 
 
 
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO
BRASILEIRO
CONCEITOS:
• É um decreto de lei que regula a vigência, a
validade, a eficácia, a aplicação, a interpretação
e a revogação de normas no direito brasileiro.
• Trata-se de legislação anexa ao Código Civil,
mas autônoma, aplicando-se a todos os ramos do
direito.
• Conjunto de normas sobre normas, o objeto é a
própria norma.
 
FUNÇÕES:
• Regular vigência e a eficácia das normas
jurídicas, apresentando soluções ao conflito de
normas no tempo e no espaço;
• Fornecer critérios de hermenêutica;
• Estabelecer mecanismo de integração de normas;
• Garantir a eficácia global da ordem jurídica, a
certeza da segurança e estabilidade do
ordenamento.
 
PONTOS FUNDAMENTAIS:
Fixa e define o tempo de vigor da lei, o momento dos
efeitos desta, e a validade da lei para todos. Dispõe sobre a
própria estrutura e funcionamento das normas,
coordenando a aplicação de toda e qualquer lei.
 
VALIDADE DAS LEIS:
Passa a exigir desde sua promulgação, mas começa a
obrigar da data de sua publicação produzindo efeitos.
Da
pertinência a um ordenamento é aquilo que chama de
validade.
Se a norma é válida significa que é obrigatório ajustarmo-
nos a ela, caso não cumpra o juiz será obrigado a aplicar
uma sanção.
Existem 3 aspectos da validade:
- Técnico-formal: Vigência = obrigatoriedade
- Ético: Fundamental = valor ou fim visado pela norma
- Social: Eficácia = reconhecimento e vivência da norma
pela sociedade. 
 
VIGÊNCIA DAS LEIS:
As leis nascem, aplicam-se e permanecem em vigor até
serem revogadas.
• Início da Vigência:
O processo de criação das leis passa por 3 fases:
? DA ELABORAÇÃO ou DE INICIATIVA: a
competência para elaboração do Projeto de Lei é
atribuída a diversas pessoas.
? DA APRESENTAÇÃO, DISCUSSÃO e
VOTAÇÃO: fase onde o Projeto de Lei será
apresentado em ambas as Casas do Congresso
Nacional para ser discutido e votado.
? DA SANÇÃO ou DO VETO: depois de
discutido e votado o Projeto de Lei é
encaminhado à chefe do Poder Executivo para
sua sanção ou veto.
? DA PROMULGAÇÃO: esta nada mais é do que
um estado da existência válida da lei e de sua
executoriedade.
? DA PUBLICAÇÃO: embora nasça com a
promulgação, a lei só começa a vigorar com sua
publicação no Diário Oficial.
Após a publicação a lei já existe e é válida. A vigência é
uma qualidade temporal da norma, o prazo que se delimita
seu período de validade. Caso a lei não mencione a data a
partir da qual vigorará prevalece a regra geral art.1 ◦ da
LINDB (entra em vigor 45 dias após a publicação).
 
VACATIO LEGIS – A vacância da lei: conceito e
cômputo.
É o momento entre a data da publicação da lei e a sua
entrada em vigor, a vigência da lei nova também pode ser
imediata, dispensando assim o Vacatio Legis.
? A FORMA DE CONTAGEM DO PRAZO DA
VACATIO LEGIS: dias corridos, com exclusão
do dia do começo e inclusão do dia de
encerramento. (Quando o ultimo dia for
domingo ou feriado, prorroga para o próximo
dia útil.)
OBS.: Art.132, CC – “Salvo disposição legal ou
convencional em contrário, computam-se os prazos,
excluído o dia do começo, e incluindo o do vencimento”.
Simplificando: a lei entra em vigor dias corridos
começando a contar do dia posterior a sua publicação.
PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DA LEI
A lei é uma ordem jurídica dirigida a vontade geral, uma
vez em vigor torna-se obrigatória para todos. Publicada a
lei todos a conhecem.
CRITÉRIO DO PRAZO ÚNICO – uma vez que a lei entra
em vigor na mesma data em todo país, sendo simultânea a
sua obrigatoriedade.
OBS.: A OBRIGATORIEDADE DA LEI
INDEPENDENTE DE SEU EFETIVO
CONHECIMENTO.
PRÍNCIPIO DA CONTINUIDADE DAS LEIS
Uma lei só deixar de vigorar quando modificada ou
revogada por outra posterior. Salvo alguns casos especiais
que a lei tem caráter permanente, permanecendo em vigor
até que seja revogada por outra lei.
OBS.: A norma jurídica pode ter vigência temporária ou
determinada, ela apresenta o tempo de sua duração.
TÉRMINO DA VIGÊNCIA DA LEI
Art 2 ◦ § 1 ◦ da LINDB – ”a LEI POSTERIOR REVOGA A
ANTERIOR quando expressamente o declare, quando seja
com ela incompatível ou quando regule inteiramente a
matéria de que tratava a lei anterior”.
Art 2 ◦ § 2 ◦ da LINDB – “A LEI NOVA que estabeleça
DISPOSIÇÕES GERAIS ou ESPECIAIS a par das já
existentes. NÃO revoga nem modifica a lei anterior.”
 
• REVOGAÇÃO: A perda da obrigatoriedade
da norma jurídica.
? AB-ROGAÇÃO – Supressão integral da norma
anterior. A revogadora (nova lei) faz com que
cesse totalmente a eficácia da lei revogada (lei
antiga).
? DERROGAÇÃO – Atinge só uma parte da
norma, que permanece em vigor no restante. É a
revogação parcial da lei, permanecendo em
vigor os dispositivos que não sejam afetados.
(Não muda número de Lei, pois muda
parcialmente a Lei)
Pode ainda ser:
? AB-ROGAÇÃO OU DERROGAÇÃO
EXPRESSA: Quando a lei nova declara
expressamente ter revogado total ou
parcialmente a anterior.
? AB-ROGAÇÃO OU DERROGAÇÃO
TÁCITA: Quando não traz declaração desse
tipo, mas se mostra incompatível com a lei
antiga.
A PERDA DA EFICÁCIA DA LEI PODE DECORRER
DA EDIÇÃO DE UMA NOVA LEI, DENTRO DO
PRÓPRIO CORPO DA LEI OU DECLARAÇÃO DE
SUA INCONSTITUCIONALIDADE PELO STF,
CABENDO AO SENADO SUSPENDER-LHE À
EXECUÇÃO.
 
A QUESTÃO DA REPRISTINAÇÃO
Estabelecimento da lei revogada (lei antiga) após a perda
de vigência da lei revogadora (nova lei), salvo disposição
expressa.
ULTRATIVIDADE
A Lei revogada não tem mais vigência, mas pode ainda ter
vigor quanto a atos do seu tempo. Ex. Quando um contrato
é feito anterior a vigência da Lei nova, sua revisão será
com a lei que foi feita o contrato.
CONFLITO DE LEI NO TEMPO
• Regra: lei nova revoga lei anterior
• Exceção: lei geral não revoga lei especifica velha
(“a lei nova que estabeleça disposições gerais ou
especiais a par das já existentes, não revoga nem
modifica a lei anterior” art. 2◦, §2◦)
• Norma especial não é revogada pela geral,
apenas quando tiver uma especial para modifica-
la ou revoga-la. Produção de efeitos jurídicos no
mesmo patamar hierárquico (poder de força) e
especial.
LIMITES À RETROATIVIDADE DA LEI
A Lei nova não pode prejudicar o DIREITO ADQUIRIDO
(um direito que já é seu, inalterável), ATO JURÍDICO
PERFEITO (a Lei do jeito certo como deve ser) e COISA
JULGADA (é a decisão de que já não caiba recurso (fim
da ação, sem direito a recorrer)
• A Lei nova pode retroagir para beneficiar o réu
• A Lei nova tem aplicabilidade imediata
• A lei nova pode retroagir se a convenção
contrariar preceitos de ordem pública
APLICAÇÃO DA LEI EM CASO DE LACUNA
O juiz não pode se eximir de julgar:
• ANALOGIA – utilização de norma que regula
situação semelhante
• COSTUMES – norma criada pela sociedade
• PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO – valores
subjacentes ao sistema jurídico (princípios do
Direito Natural) – boa fé, proibição de
enriquecimento sem causa, etc.
INTERPRETAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS –
HERMENÊUTICA JURÍDICA
Descobrir o sentido e alcance da norma procurando o
significado dos conceitos jurídicos (Significado, depois a
projeção – ampliar restringir)
ESPÉCIE DE INTERPRETAÇÃO
• QUANTO À ORIGEM (QUEM ELABORA A
INTERPRETAÇÃO) = Autêntica (feita pelo
legislador), Doutrinária (feita pelo doutrinador –
jurista), Judicial (feita pelo poder Judiciário –
entra com ação na justiça), Administrativa (feita
pela Administração Pública – pode depois
recorrer na via judicial)
• QUANTO AO MÉTODO = Gramatical
(interpretou a lei criou a doutrina), Lógica (tenta
reconstituir o pensamento do legislador),
Histórica (busca o momento de criação da
norma), Sistemática (harmonizar texto ao
sistema jurídico como um todo), Teleológica (se
apega aos fins para os quais a lei foi editada),
Sociológica (art. 5 ◦ - adequar a norma as
necessidades sociais)
• QUANTO AO RESULTADO (EFEITOS DA
NORMA) = Declaratória (declara os efeitos –
sentido da norma), Restritiva (restringi ao
sentido da lei), ampliativa (estende os efeitos –
pode ter o legislador dito menos do que deveria
dizer).
 
? PESSOA NATURAL – próprio indivíduo –
Sujeito de direito ou sujeito da relação jurídica.
 
• Relação Jurídica – toda relação da vida social
regulada pelo direito (regula os interesses
humanos, entre indivíduos). Somente o ser
humano pode ser o sujeito da relação jurídica.
Excluídos dos conceitos de sujeitos de direito e não
podem ser herdeiros ou legatários os animais, seres
inanimados embora mereçam proteção.
 
PESSOA FÍSICA (TRIBUTÁRIA) OU SER HUMANO
= PESSOA NATURAL (CIVIL)
• PESSOA JURÍDICA – Agrupamento de
pessoas naturais, visando alcançar fins de
interesse comum (Pessoa moral e coletiva).
Patrimônio pessoal só é atingido quando usa má
fé ou dívida trabalhista.
Se existe uma empresa ou sociedade sem registro quem
responde é a pessoa natural. Dívidas trabalhistas serão
pagas com patrimônio particulares.
PERSONALIDADE JURÍDICA = CONCEITO DE
PESSOA -> Todo aquele que nasce
com vida torna-se uma
pessoa e adquire personalidade (qualidade ou atributo do
ser humano)
ART. 2 ◦ CC: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida,
mas a lei põe a salvo desde a concepção os direitos da nascituro.”
 
Personalidade Civil ou Jurídica – capacidade que as
pessoas têm de serem titulares de direitos e obrigações.
ART. 1 ◦ CC: “Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem
civil.”
 
Adquirida a personalidade, o ente passa a atuar na
qualidade de sujeito de direito (pessoa natural ou Jurídica),
podendo praticar atos e negócios jurídicos diversos.
SURGIMENTO DA PESSOA NATURAL –
Nascimento com a vida, no instante em que principia o
funcionamento do aparelho cardiorrespiratório,
clinicamente aferível pelo exame DOCIMASIA
HIDROTÁTICA DE GALENO (Diferença de peso
especifico entre o pulmão que respirou e o que não
respirou, mergulhado na água.)
NASCEU COM VIDA -> ADQUIRE PERSONALIDADE JURÍDICA -> TORNA-
SE SUJEITO DE DIREITO
 
NASCITURO – o que está por nascer, mas já concebido
no ventre materno. (Ente concebido, porém não nascido).
O nascituro não é pessoa natural, tem apenas uma proteção
jurídica.
TEORIA NATALISTA – O nascituro possui mera
expectativa de direito. Maior parte da doutrina a aceita.
Embora não seja pessoa, possui direitos resguardados
desde a concepção. Se torna pessoa com as expectativa do
direito\Direito de nascer com vida.)
TEORIA DA PERSONALIDADE CONDICIONAL –
possui personalidade condicional que surge com o
nascimento com vida e se estingue caso o feto não venha a
viver. (Nasceu com vida adquire a personalidade)
TEORIA CONCEPCIONISTA – o nascituro possui
personalidade jurídica desde concepção, sendo desde
então considerado pessoa. (Direitos patrimoniais só se
nascer com vida)
DIREITOS DO NASCITURO – CONCEBIDO, EM
PROCESSO GESTACIONAL
• Titular de direitos personalíssimos (direito à vida,
proteção pré-natal)
• Receber doação
• Ser beneficiado por legado ou herança
• Ser-lhe nomeado curador do ventre.
• Direito a alimentos
Nascituro # Concepturo
CONCEPTURO – Ente que ainda não foi nem concebido
(Prole eventual)
NATIMORTO – deve-se proteger o nome, a imagem e a
memória daquele que nasceu morto.
Enunciado 01 (Jornadas de Direito Civeil –CJF): “Art, 2 ◦ A proteção que o Código
defere ao nascituro alcança o natimorto no que concerne aos direitos da personalidade,
tais como nome, imagem e sepultura.”
 
NASCITURO PESSOA – VIDA
NATIMORTO MORTO
CONCEPTURO PROLE EVENTUAL
 
DIREITO DA PERSONALIDADE - direito a vida.
Direito é dele, mas só se materializa quando nasce com
vida.
CAPACIDADE – aptidão de adquirir e exercer direitos.
Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
São incapazes aqueles discriminados pela legislação.
CAPACIDADE JURÍDICA – medida limitadora ou
delineadora.
CAPACIDADE DE DIREITO – Todos possuem,
adquirir direitos e contrair obrigações.
CAPACIDADE DE EXERCÍCIO – aptidão para
exercer, por si só, os atos da vida civil.
CAPACIDADE CIVIL PLENA – capacidade de direito
ou gozo + capacidade de exercício ou fato.
Todas as pessoas possuem capacidade de direito, mas
nem todas possuem a capacidade de exercício do
direito.
INCAPACIDADE – não se confunde com o impedimento
(vedação à realização de certos negócios jurídicos). É a
falta de aptidão para praticar pessoalmente as atos da vida
civil.
INCAPACIDADE ABSOLUTA – Quando a pessoa fica
impedida de praticar, por si só, qualquer ato da vida
jurídica.
INCAPACIDADE RELATIVA – Quando a pessoa fica
impedida de praticar determinados atos da vida jurídica.
EMANCIPAÇÃO – é irrevogável, poderá ser invalidada
em caso de nulidade ou anulabilidade. Se anula a
emancipação se não beneficia o menor. Os pais ou um na
falta do outro, no cartório, sem necessidade de juiz.
• Cessa a incapacidade:
- Quando cessar sua causa
- Pela emancipação
- menoridade cessa aos 18 anos
 
 
 
ESPÉCIE
(ART. 5◦ CC)
 
VOLUNTÁRIA – Concebida pelos pais, ao menor com 16 anos
completos
 JUDICIAL – Concebida por sentença, ouvido o tutor.
 LEGAL – Decorre de determinados fatos previstos pela lei.
(Casamento, exercício de emprego público efetivo, colação de grau)
 
INDIVIDUALIZAÇÃO DA PESSOA NATURAL
• NOME – ESTADO – DOMICÍLIO
 
? NOME – é a designação pela qual uma pessoa
se identifica no seio da família e da sociedade.
- Natureza Jurídica do nome: é um direito de
propriedade – corrente inaceitável, a propriedade é
inalienável. Direito da Personalidade – o código civil
também assim o considera.
 
• Estudo do nome: Aspecto Público (disciplinado
pelo Estado – plena identificação das pessoas) –
Aspecto Individual (o direito ao nome – direito
de usá-lo e defende-lo)
O registro civil do nascimento da pessoa natural dota de
formalidade e publicidade (o nascimento com vida), início
da personalidade civil, apresenta o indivíduo a sociedade,
dando eficácia a sua personalidade. Natureza declaratória,
a personalidade civil começa do nascimento com vida.
O nome tem proteção jurídica, por ser direito de
personalidade, não pode ser usado em publicações nem
utilizado sem autorização para fins comerciais. Se for
divulgada e identificar constitui violação a direito de
personalidade.
• ELEMENTOS DO NOME (PRENOME E O
SOBRENOME)
- PRENOME: nome próprio, escolhido pelos pais,
desde que não exponha o filho ao ridículo. (Irmãos
não podem ter o mesmo prenome, salvo se for duplo \
Reconhecimento dos filhos havidos fora do
casamento)
 
AGNOME – distinguem pessoas de uma mesma família
(Júnior, neto, sobrinho, etc)
AXIÔNIMO – forma cortes de tratamento (Sr., Dr., Vossa
Santidade, etc.)
VOCATÓRIO ou PROFISSIONAL – abreviação do nome
completo da pessoa.
 
• IMUTABILIDADE DO NOME
Antes o prenome era imutável, permitia uma retificação no
caso de erro gráfico e em caso que expunha a pessoa ao
ridículo. Com tudo em 1999 o nome tem caráter
definitivo, permitindo modificação do prenome por
determinação em sentença pelo juiz competente.
Jurisprudência: mudança do prenome caso a pessoa fosse
conhecida por todos por prenome diferente do registro.
(apelidos notórios podem substituir o prenome)
Fogem a regra da imutabilidade do nome:
1- Houver erro ortográfico
2- Expuser seu portados ao ridículo
3- Houver apelido público e notório
4- Proteção de testemunhas de crime
5- Nomes homônimos
6- Nome de registro não é o que a pessoa é
reconhecida na sociedade
7- Uso prolongado
8- Houver prenome de uso
9- Tradução de nomes estrangeiros, se estiver
comprovadamente errado, se tiver sentido
pejorativo ou expuser o titular ao ridículo.
10- Casamento e dissolução da sociedade conjugal
11- Inclusão de nome de descendente
12- Inclusão de sobrenome de padrasto ou
madrasta
13- Mudança de sexo (transexualismo – mudança
de sexo. É possível a retificação do sexo jurídico
sem a realização de cirurgia)
14- Adoção
15- Reconhecimento de filho
16- União estável ou companheirismo
17- Maioridade civil
 
? ESTADO
Soma das qualificações da pessoa na sociedade, modo
particular de existir (produz efeitos jurídicos), no geral,
determina a condição da pessoa perante a sociedade.
• Aspectos:
- INDIVIDUAL: atributos da personalidade,
características físicas e características orgânicas
(exercem influência na capacidade civil).
- FAMILIAR: situação na família (matrimônio,
parentesco – por consanguinidade ou por afinidade)
- POLÍTICO: posição do indivíduo na sociedade
política (nacional ou estrangeiro)
 
• Caracteres:
- INDIVISIBILIDADE: uno e indivisível
regulamentado por normas.
- INDISPONIBILIDADE: bem fora do comercio,
inalienável e irrenunciável.
- IMPRESCRITIBILIDADE: não se perde nem se
adquire pela prescrição.
 
 
? DOMICÍLIO
Somente haverá domicilio civil por dois requisitos:
Residência (palpável, elemento externo e visível – casa,
prédio, apartamento) e Ânimo definitivo (elemento
interno, demonstra
seu interesse em permanecer em tal
domicilio – elemento subjetivo, onde recebe
correspondências, contas)
Pode uma pessoa ter um domicilio e varias residências
(pluralidade domiciliar, varias residências onde
alternativamente viva)
- Domicílio Profissional: onde exerce sua profissão
- Domicílio Ocasional: possui domicilio, mas não
residência fixa (ciganos, andarilhos..) o domicilio será o
lugar onde for encontrado.
Para o Código Civil:
- Domicilio da pessoa natural \ Domicilio da pessoa
jurídica
- Domicilio necessário ou domicilio Legal
- Domicilio Eleito – pluralidade de domicilio.
• Espécies de domicílio:
- VOLUNTÁRIO: Fixado pela vontade da pessoa,
autonomia privada
- NECESSARIO ou LEGAL: determinado pela lei, por
conta da condição ou da situação de certas pessoas
(incapaz, servidor público, militar em serviço ativo,
marítimo, preso, agente diplomático)
- CONTRATUAL ou CONVENCIONAL: contratos
escritos, onde podem cumprir os direitos e obrigações.
• Mudança de domicílio:
Muda-se o domicílio, transferindo a residência com a
intenção manifesta de mudar.
 
? FIM DA PERSONALIDADE CIVIL DA
PESSOA NATURAL
Termina a existência da pessoa natural com a morte,
cessação das funções vitais. Marca o fim da personalidade
física e jurídica do individuo.
- Aferição: realizada pelo médico
- Atestada: profissional da medicina, na falta dele duas
testemunhas.
- Registro: Art. 77 e 78 LRP (Lei de Registros Públicos)
• Morte Real: Art.6, extingue a capacidade e
dissolve tudo, mas o corpo sujeito de direitos e
obrigações. (Atestado de óbito ou justificação
em caso de catástrofe ou não encontro do corpo)
Efeitos da morte real: Extinção do poder familiar,
dissolução do vínculo conjugal, abertura de sucessão,
extinção de contrato personalíssimo, extinção da
obrigação de pagar alimentos, etc.
 
• Morte Presumida: Art.7, sem decretação de
ausência. Extremamente provável a morte,
desaparecido em campanha ou feito prisioneiro e
não for encontrado até 2 anos, depois de
esgotadas as buscas e averiguações, sentença
fica a data provável do falecimento.
• Morte Simultânea ou Comoriência: Art.8, dois
ou mais indivíduos falecem na mesma ocasião
não podendo averiguar qual deles morreu
primeiro, presumir-se-ão simultaneamente
mortos.
• Morte Civil: Herdeiro afastado da herança por
indignidade, será dito com “morto fosse”, mas
conserva sua personalidade para os demais atos
da vida civil.
- Legislação Militar: aquele que perde seu posto e
patente, a família obterá o direito de receber pensões.
 
? DA AUSÊNCIA
Pessoa que deixa o domicilio sem deixar notícias suas e
nem representante ou procurador que administre seus
bens. Juiz abre requerimento de qualquer interessado ou
do Ministério Público, declara ausência e nomeará
curador provisório. (Art. 22 a 39, CC)
• Curadoria dos bens do ausente (art. 22 a 25,
CC): desaparecimento recente e possibilidade de
retorno do ausente, preserva os bens por ele
deixados, nomeando um curador
Nomeação de curador para Desaparecimento recente Possibilidade de retorno do
os bens do ausente ausente
 
Juiz (fixará limites dos deveres e obrigações do curador),
Curador (zelar pela administração e conservação dos bens
do ausente), Nomeação (respeitar o art.25, CC)
• Sucessão provisória (art.26 a 36, CC):
Preservação dos bens, quando existe ainda que
remota a possibilidade de que este volte para
retomar o que é seu de direito. Preocupação com
os herdeiros e credores, menos para o ausente. É
como se o ausente estivesse morto. Os legítimos
interessados são:
- O cônjuge não separado judicialmente, os herdeiros
presumidos (legítimos ou testamentários), aquele que
tenha direito a algum bem do ausente (donatário) e
credores de obrigações vencidas e não pagas.
 
• Sucessão definitiva (art. 37 a 39, CC):
Decorrido 10 anos do transito em julgado da
sentença concessiva, os interessados abrem uma
sucessão definitiva do ausente.
 
 
DIREITOS DA PERSONALIDADE
 
CF, Art 5, X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem
das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação.
 
Direitos da personalidade são direitos subjetivos
conferidos a todas as pessoas naturais, com o intuito de
proteger sua integridade física, moral e intelectual.
Impõe a todas as pessoas o dever legal de não causar
dano, não violar integridade dos outros.
• Integridade Física (vida, alimentos, próprio corpo
vivo ou morto, corpo alheio vivo ou morto,
partes separadas do vivo ou morto)
• Integridade Moral (honra, recato, segredo
profissional e doméstico, identidade pessoal,
familiar e social.
• Integridade Intelectual (liberdade de pensamento,
autoria cientifica, artística e literária)
 
? DIREITO DA PERSONALIDADE
• Os inatos (naturalista) direito à vida e à
integridade física e moral.
• Os adquiridos (positivista) decorrem do status
individual.
Direito da personalidade são direitos inerentes à condição
de pessoa, com fundamento no princípio da dignidade
humana.
Direito de esquecimento: possibilidade reconhecida as
todas as pessoas de restringir o uso de fatos pretéritos
ligados a si, mas especificamente no que tange ao modo e
a finalidade com que são lembrados esses fatos passados.
É o direito de impedir que dados fatos pessoais de outrora
sejam revividos.
• Características dos direitos da personalidade
- INTRANSMISSIBILIDADE E
IRRENUNCIABILIDADE: Indisponibilidade, uma pessoa
não pode desfrutar em nome de outra. Bens como honra,
liberdade, etc.
- IMPRESCRITIBILIDADE: não se extinguem pelo uso
ou decurso do tempo, a reparação por dano moral (é a
lesão a um interesse que visa a satisfação de um bem
jurídico extrapatrimonial) não é imprescritível, ela
prescreve. PRETENSÃO À REPARAÇÃO está sujeita aos
prazos prescricionais estabelecidos em lei.
- IMPENHORABILIDADE: Inerente à pessoa humana e
dela inseparáveis. São indisponíveis e por isso não podem
ser penhorados
- ABSOLUTIVISMO: caráter absoluto, todos devem
respeitar referidos direitos.
- NÃO-SUJEIÇÃO A DESAPROPRIAÇÃO: são inatos a
pessoa e se ligam a ela de modo indestacável.
-NÃO-LIMITAÇÃO: ilimitado o número de direitos da
personalidade, não são taxativos.
- VITALICIEDADE: acompanham a pessoa até sua morte,
vitalícios. Após a morte alguns direitos são resguardados
como o respeito ao morto, a sua honra ou memória.

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