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Aulas 01 a 06 - Teoria Geral do Direito Falimentar 1ª avaliação

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AULAS 1 A 6_TG DO DIREITO FALIMENTAR_1ª AVALIAÇÃO
DIREITO EMPRESARIAL II:
INTRODUÇÃO
1. FALÊNCIA - ORIGEM ETIMOLÓGICA DO TERMO
Deriva do verbo fallere - faltar, enganar;
Expressão “quebra” – Usado em tempos distantes. Código Comercial brasileiro de 1851;
Termo “bancarrota” - Banco rotto, banco quebrado, falência ou quebra criminosa.
2. FALÊNCIA: BREVE RELATO HISTÓRICO
	Para uma melhor compreensão do instituto em tela (causas, efeitos, procedimentos), é útil se recorrer, ainda que de forma superficialmente, aos subsídios históricos.
	Esse fenômeno não é a-histórico, resulta de um longo processo evolutivo, com uma sucessão de institutos condicionados ao modo de produção econômico predominante.
	Em sua evolução, até a atualidade, o Direito Concursal passou por quatro fases distintas:
Direito concursal => regulador da execução dos bens do devedor;
Direito concursal => judicialização da execução concursal;
Direito concursal => caráter preventivo do estado de liquidação;
Direito concursal => recuperação da empresa em crise.
Direito Romano Arcaico
Manus injectio – Instituto draconiano. Execução incide sobre a própria pessoa do devedor (submissão, cárcere privado e até escravidão do devedor);
Lex Paetelia Papiria – Sistema de constrição patrimonial. Execução força da condenação pecuniária (através da venditio bonorum).
Direito Romano Tardio
Surgimento: 1 - administração da massa, 2 - assembléia de credores, 3 - classificação dos créditos, 4 - revogação das fraudes do credor, 5 - Par conditio omnium creditorum.
Idade Média
Estatuto das corporações medievais - origina o instituto da falência. Restringe caráter privado da execução.
=> BALANÇO DO CONCURSO CREDITÍCIO ATÉ A IDADE MÉDIA
Não privativa dos mercadores;
Caráter penal;
Evolução gradual de execução pessoal à constrição patrimonial;
Primeiras acordanças preventivas da liquidação.
Direito Português:
Ordenações Filipinas – cuidaram-se das quebras dos mercadores;
Alvará Real (1756, Lisboa) – criou-se um processo peculiar aos negociantes falidos.
Direito Francês:
Código Savary (1673, França) – disciplinou-se o regime de insolvência, sem, contudo, particularizar os comerciantes.
Códigos de Napoleão Bonaparte (primeira década do século XIX) - 
Regime de insolvência particular aos comerciantes;
Cisão legislativa do direito privado empresarial, por meio dos códigos de Napoleão Bonaparte, o Civil e o Comercial.
Idade Contemporânea
Decreto-lei n.º 7.661/45 – Antiga Lei de Falências e Concordatas
Liquidação do devedor, sob a supervisão do Estado Juiz;
Solução drástica.
Lei 11.101/05 – Nova Lei de Falência
Resultado:
Da paulatina unificação do Direito Privado
Da Interpretação do Direito Público e Privado,
Da valoração dos direitos fiscal, do consumidor, previdenciário e financeiro;
Nova Perspectiva. Soluções mais fecundas, racionais e menos drásticas;
Atende melhor à necessidade de estabilização do mercado. 
3. FALÊNCIA: NOÇÕES BÁSICAS
Patrimônio do DEVEDOR => garantia do CREDOR
Patrimônio do devedor > dívidas = execução individual (justo)
Patrimônio do devedor < dívidas = execução individual (injusto)
Execução concursal => obrigatória quando o (ATIVO) < (PASSIVO)
Par conditio creditorum (“igualdade na condição de credores”)
Princípio básico do direito falimentar;
Execução concursal obrigatória;
Garantia de paridade de satisfação de crédito para credores de uma mesma categoria.
Crédito comercial
Exerce função especial na economia (na sociedade, conseqüentemente);
Recebe tutela (proteção) especial por parte do direito - maior segurança para as atividades comerciais, gerando estabilidade.
	Execução concursal do devedor empresário ≠ Execução concursal do devedor civil
FALÊNCIA = execução concursal do devedor empresário (tratamento mais benéfico em relação ao devedor civil).
Vantagens exclusivas do devedor empresário
Recuperação da empresa – por meio do plano de recuperação da empresa (aprovado ou homologado judicialmente);
Extinção das obrigações – pagamento de mais de 50% dos créditos quirografários, depois de realizado todo o ativo (Art. 158, II, Lei n.º 11.101/05).
4. FALÊNCIA: Natureza jurídica
Direito concursal - preceitos de diferentes ramos do direito;
Simpósio de 1958 (Porto Alegre) - parte integrante do direito comercial e não do direito processual.
5. FALÊNCIA – CONCEITO
Ângulos distintos:
Econômico: estado patrimonial - C. Sampaio de Lacerda (Manual de direito falimentar, p. 11) – “é a condição daquele que, havendo recebido uma prestação a crédito, não tenha à disposição, para a execução da contraprestação, um valor suficiente, realizável no momento da contraprestação.”
Jurídico: execução concursal contra o devedor empresário ou sociedade empresarial. Do ponto de vista jurídico, falência é um processo de execução coletiva contra o devedor comerciante.
COELHO, Manual de Direito Comercia. 2007, pg. 308: “A falência é a execução concursal do devedor empresário”.
A falência é um tratamento mais benéfico do devedor exercente de atividade econômica sob forma de empresa, em relação ao tratamento das demais pessoas.
6. PRINCÍPIOS DO REGIME CONCURSAL EMPRESARIAL
Princípio da viabilidade da empresa em crise:
Dicotomia entre as empresas economicamente viáveis e as inviáveis;
Aferição de viabilidade = ativo e passivo, faturamento anual, nível de endividamento, tempo de constituição e outras características da empresa ( fatores endógenos);
Relevância socioeconômica da atividade etc. (fatores exógenos).
Princípio da prevalência do interesse dos credores
Não obstante o interesse social do empreendimento, a solução proporcional do passivo sempre será o norte do procedimento adotado;
Contudo, a manutenção da empresa pode ser a chave para o atendimento adequado das pretensões creditícias.
Princípio da publicidade dos procedimentos
Transparência = publicidade + clareza + objetividade
Pressupõe fiscalização permanente e zelosa por parte do órgão do judiciário, do administrador da massa, dos diversos corpos creditícios, e do representante do Ministério Público.
Princípio da par conditio creditorum
Tratamento equitativo dos créditos;
Regente de todos os processos concursais;
Diz respeito à proporcionalidade na consideração dos créditos, não nivelamento.
 Princípio da conservação e maximização dos ativos
A realização das finalidades do processo de insolvência demanda que os ativos da empresa devedora sejam preservados e, se possível, valorizados.
Princípio da conservação da empresa viável 
A atividade empresarial afeta o mercado e a sociedade;
Só deve ser liquidada a empresa inviável, ou seja, aquela que não comporta uma reorganização eficiente ou não justifica o desejável resgate.
7. FALÊNCIA: DEVEDOR SUJEITO
Decreto-lei n.º 7.661/45 – Antiga Lei de Falências e Concordatas
Sistema Falimentar restrito – comerciantes (art. 1º “Considera-se falido o comerciante [...]”);
Lei 11.101/05 – Nova Lei de Falência
Esta lei disciplina a RJ/REJ e FAL do empresário e a sociedade empresária;
Art. 2º - esta lei não se aplica:
I – empresa pública e sociedade de economia mista;
II - instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores.
Também não se aplica: ao profissional liberal e à sua sociedade de trabalho.
8. INSOLVÊNCIA
Sentido jurídico ≠ sentido patrimonial;
PASSIVO > ATIVO (acepção patrimonial);
Hipóteses legais de decretação de falência (acepção jurídica) – art. 94, NLF:
Impontualidade injustificada (art. 94, I e § 1º, Lei n. 11.101/05):
Obrigação líquida;
Superior a 40 salários mínimos
Execução frustrada (art. 94, II, Lei n. 11.101/05):
Sem pagamento, depósito ou nomeação de bens à penhora;
Qualquer quantia.
Atosde falência.(art. 94, III, Lei n. 11.101/05):
Práticas suspeitas previstas em lei (liq. precipitada, neg. simul., etc.)
Independe de título vencido;
Credor deve demonstrar legítimo interesse (parte legítima).
Autofalência (arts. 97, I, e 105, Lei n. 11.101/05) – devedor requer em juízo sua falência;
Não apresentação de plano de recuperação em prazo legal (art. 73, II);
Descumprimento de plano de recuperação (arts. 73, IV, e 94, III, “g”).
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR RAIMUNDO SÁ
CURSO: DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL II
PROF.: FRANCISCO XAVIER LOPES JÚNIOR
VII PERÍODO / ___________
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