Buscar

Administração de Materiais - ETAPI

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 92 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 92 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 92 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO 
DE MATERIAISDE MATERIAISDE MATERIAISDE MATERIAIS 
ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO 
DE MATERIAISDE MATERIAISDE MATERIAISDE MATERIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO 
DE MATERIAISDE MATERIAISDE MATERIAISDE MATERIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA: Administração de Materiais 
 
 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
PRÓ-REITORIA DE ENSINO 
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇAO À DISTÂNCIA 
ESCOLA TÉCNICA ABERTA DO PIAUÍ - ETAPI 
CAMPUS TERESINA CENTRAL 
 
PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
Luiz Inácio Lula da Silva 
 
MINISTRO DA EDUCAÇÃO 
Fernando Haddad 
 
GOVERNADOR DO ESTADO 
Wellington Dias 
 
REITOR DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E 
TECNOLOGIA 
Francisco da Chagas Santana 
 
SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DO MEC 
Carlos Eduardo Bielschowsky 
 
COORDENADORIA GERAL DA UNIVERSIDADE ABERTA DO 
BRASIL 
Celso Costa 
 
SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PIAUÍ 
Antonio José Medeiros 
 
COORDENADOR GERAL DO CENTRO DE EDUCAÇÃO 
ABERTA A DISTÂNCIA DO INSTITUTO FEDERAL DE 
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 
Elanne Cristina Oliveira dos Santos 
 
SUPERITENDÊNTE DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NO ESTADO 
Eliane Mendonça 
 
ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO 
Claudete de Jesus Ferreira da Silva 
João Alves Almeida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caro (a) Cursista, 
 
Seja muito bem vindo à disciplina ADMINISTRAÇÃO DE 
MATERIAIS! 
Este é o seu livro-texto que trás até você um conteúdo claro e 
objetivo dos principais pontos relacionados a atividade de gestão 
e administração dos recursos materiais que toda e qualquer 
empresa necessita. 
Este texto foi preparado e elaborado para atender ao 
ensino e aprendizado dos estudantes que participam do programa 
Escola Técnica Aberta do Brasil (e-Tec Brasil), vinculado à Escola 
Técnica Aberta do Piauí (ETAPI) do Instituto Federal de 
Educação, Ciências e Tecnologia do Piauí (IFPI), em parceria 
com as Prefeituras Municipais dos respectivos pólos: Alegrete do 
Piauí, Batalha, Monsenhor Gil e Valença do Piauí. 
 
 
Boas Vindas! 
 
AUTOR 
 
 
Professor João Alves Almeida, é graduado em 
Administração de Empresas e pós graduado em marketing. 
Possui larga experiência profissional em empresas públicas e 
privadas nos mais diferentes segmentos, tendo trabalhado em 
empresas comerciais e industriais de diferentes ramos de 
atividade, exercendo cargos de gerência e diretoria. Atualmente é 
professor de cursos de graduação e pós-graduação e consultor 
de empresas. 
 
 
 
 
 
 
 
AULA I – INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
2. AMPLITUDE DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
 
4. EVOLUÇÃO E MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS NA ÁREA DE 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
5. PRINCIPAIS DESAFIOS DO ADMINISTRADOR DE MATERIAIS 
NA EMPRESA ATUAL 
 
6. CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS 
 
7. ESPECIFICAÇÃO DE MATERIAIS 
 
8. PADRONIZAÇÃO 
 
9. CODIFICAÇÃO DE MATERIAIS 
 
 
 
AULA II – NOÇÕES BÁSICAS DE COMPRAS 
 
 
1. NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE COMPRA 
 
2. PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES DO SETOR DE COMPRAS 
 
3. ETAPAS DO PROCESSO 
 
4. MODALIDADES DE COMPRAS 
 
5. CADASTRO DE FORNECEDORES 
 
6. CONCORRÊNCIA 
 
7. CONTRATAÇÃO 
 
8. DILIGENCIAMENTO (FOLLOW-UP) 
 
9. RECEBIMENTO 
 
10. REGULARIZAÇÃO 
 
 
 
AULA III – ALMOXARIFADO 
 
 
1. ALMOXARIFADO 
 
2. ARMAZENAGEM 
 
3. UTILIZAÇÃO DE PALLETS 
 
4. ESTRUTURAS MÉTÁLICAS PARA ARMAZENAGEM 
 
5. ESCOLHA E MONTAGEM DO PEDIDO 
 
6. FUNÇÕES DA ARMAZENAGEM APÓS A SEPARAÇÃO DE 
PEDIDOS 
 
 
 
AULA IV – DISTRIBUIÇÃO FÍSICA E LOGÍSTICA 
 
 
1. INTRODUÇÃO À DISTRIBUIÇÃO FÍSICA 
 
2. SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO FÍSICA 
 
3. INTERFACES DA DISTRIBUIÇÃO COM OUTRAS ÁREAS 
ADMINISTRATIVAS 
 
4. TRANSPORTES 
 
5. CUSTOS DE DISTRIBUIÇÃO 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Conteúdo 
 
Índice Geral 
 
1. INTRODUÇÃO 7 
1. NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE COMPRA 7 
INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 14 
1.0 INTRODUÇÃO 15 
1.2.0 AMPLITUDE DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 15 
1.2.1 CONCEITOS PRÁTICOS DE ADMINISTRAÇÃO 16 
1.2.1.2 Os dez mandamentos da boa administração 16 
1.2.2 As empresas e seus recursos 16 
1.2.3 As empresas e a administração de materiais 16 
1.2.4 O administrador de materiais 17 
1.2.5 Procedimentos fundamentais de administração de materiais 17 
1.2.6 AMPLITUDE DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 18 
1.2.6.1 Cadastramento 18 
1.2.6.2 Gestão 19 
1.2.6.3 Compras 19 
1.2.6.4 Recebimento 19 
1.2.6.5 Almoxarifado 19 
1.2.6.6 Inventário físico 19 
1.3.0 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 19 
ORGANOGRAMA GERENCIAL TRADICIONAL 19 
SISTEMA MODERNO DE GERENCIAMENTO 20 
1.4.0 EVOLUÇÃO E MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS NA ÁREA DE 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 20 
1.4.1 A logística e a administração de materiais 20 
ORGANOGRAMA LÓGISTICO PARA ADMINISTRAÇÃO DE 
MATERIAIS 21 
1.4.2 Técnicas de administração japonesas 22 
1.4.3 Informática 22 
1.5.0 Principais desafios do administrador de materiais na empresa atual 22 
1.6.0. CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS 23 
1.6.1 Conceito 23 
1.6.2 Tipos de classificação 23 
1.6.3 Classificação quanto ao tipo de demanda 23 
1.6.3.1 Materiais de estoque 23 
1.6.3.2 Materiais não de estoque 24 
1.6.4 Classificação em materiais críticos 25 
1.6.5 Classificação quanto a perecibilidade 25 
1.6.6 Classificação quanto à periculosidade 26 
1.6.7 Classificação quanto à possibilidade de fazer ou comprar 26 
1.6.8 Classificação quanto ao tipo de estocagem 26 
1.6.9 Classificação quanto à dificuldade de aquisição 26 
1.6.10 Classificação quanto ao mercado fornecedor 27 
1.7.0 ESPECIFICAÇÃO DE MATERIAIS 27 
1.7.1 DEFINIÇÃO 27 
1.7.2 OBJETIVO 27 
1.7.3 CRITÉRIOS SOBRE A DESCRIÇÃO 28 
1.7.4 ESTRUTURA E FORMAÇÃO DA ESPECIFICAÇÃO 28 
1.7.5 TIPOS PADRONIZADOS DE ESPECIFICAÇÃO 29 
1.7.6 NORMALIZAÇÃO 30 
1.7.6.1 Vantagens da normalização 30 
1.7.6.2 Definição 30 
1.8.0 PADRONIZAÇÃO 32 
1.8.1 Definição 32 
1.8.2 Objetivos da padronização 32 
1.8.3 Vantagens da padronização 32 
1.9.0. CODIFICAÇÃO DE MATERIAIS 33 
1.9.1 Conceito 33 
1.9.2 Objetivo 33 
1.9.3 Características da codificação 33 
1.9.4 Principais sistemas de codificação 34 
1.9.4.1 Sistema de Codificação Alfabético 34 
1.9.4.2 Sistema de codificação numérico 34 
1.9.4.3 Sistema de codificação alfanumérico 35 
1.9.4.4 Sistema de Codificação Decimal Simplificado 35 
1.9.4.5 Código de barras 36 
NOÇÕES BÁSICAS DE COMPRAS 38 
2.0 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE COMPRA 39 
2.1 Organização do Setor de compras 39 
2.2 Principais atribuições do setor de compras 40 
2.2.1 Cadastro de Fornecedores 40 
2.2.2 Processamento 40 
2.2.3 Compras Locais 41 
2.2.4 Compras por Importação 41 
2.2.5 Diligenciamento (follow-up) 41 
2.3 Etapas do processo 41 
2.4.0 Modalidades de Compra 42 
2.4.1 Compra Normal 42 
2.4.2 Compra em emergência 42 
2.5.0. CADASTRO DE FORNECEDORES 42 
2.5.1 Critérios de cadastramento 43 
2.5.2 Procedimentos para cadastro 44 
5.5.3 Aprovação de cadastro 46 
5.5.4 Seleção de fornecedores 46 
5.5.5 Avaliação de fornecedores 46 
2.6.0 CONCORRÊNCIA 47 
2.6.1 Modalidades de coleta de preços 47 
2.6.2 Dispensa de concorrência 47 
2.6.3 Condições gerais da concorrência 48 
2.6.4 Etapas da concorrência 49 
2.7.0. CONTRATAÇÃO 49 
2.8.0 DILIGENCIAMENTO (FOLLOW-UP) 50 
2.8.1 Procedimentos para diligenciamento 51 
2.8.2 Modalidades de diligenciamento 51 
2.8.2.1Atuação preventiva 51 
2.8.2.2 Atuação curativa 52 
2.8.3Procedimentos especiais 52 
2.9.0. RECEBIMENTO 52 
2.9.1 ENTRADA DE MATERIAIS53 
2.9.2 CONFERÊNCIA QUANTITATIVA 53 
2.9.3 CONFERÊNCIA QUALITATIVA 54 
2.9.3.1 Modalidades de inspeção de materiais 54 
2.9.3.2 Roteiro seqüencial de inspeção 54 
2.10.0 REGULARIZAÇÃO 55 
2.10.1 Documentos envolvidos na regularização 55 
2.10.2 Processamento 55 
2.10.3 Devolução ao fornecedor 55 
2.10.4 Motivos de reclamação e/ou devolução ao fornecedor 56 
3.0 ALMOXARIFADO 58 
3.1.1 Conceito 58 
3.1.2 Objetivos 58 
3.1.3 Atividades do almoxarifado 58 
3.1.4 Eficiência do almoxarifado 59 
3.1.5 Organização do almoxarifado 59 
3.2 ARMAZENAGEM 59 
3.2.1.Objetivos 59 
3.2.2 Arranjo Físico (layout) 60 
3.2.3. Critérios de Armazenagem 62 
3.2.4 Utilização cúbica e acessibilidade 63 
3.3.0.UTILIZAÇÃO DE PALLETS 65 
3.3.1. Vantagens 65 
3.3.2. Dificuldades 65 
3.3.3. Classificação 66 
3.3.3.1. Tipos 66 
3.3.3.2. Seleção 66 
3.3.3.3. Materiais para fabricação 66 
3.4.0 Estruturas metálicas para armazenagem 67 
3.4.1 Outros tipos de estrutura porta-pallet 68 
3.4.1.1 Drive-in 68 
3.4.1.2 Drive-trhough 69 
3.4.1.3 Armazenagem dinâmica 69 
3.4.1.4 Push back 69 
3.4.2 Armazenagem pelo sistema flow rack 70 
3.4.3 Estrutura cantilever 70 
3.5.0 Localização do estoque 71 
3.5.1. Estocagem em função das características do material 72 
3.5.2. Métodos de Localização de estoque 72 
3.5.3. Estocagem centralizada ou descentralizada 73 
3.5.4. Sistema de Localização de materiais dentro do depósito 74 
3.6.0. Escolha e montagem do pedido 75 
3.7.0. Funções da armazenagem após a separação de pedidos 76 
3.7.1 Acumulação de itens 76 
3.7.2 Embalagem 76 
3.7.3 Formação de cargas 77 
3.7.4 Expedição 77 
3.7.5 Croos-docking 78 
4.0 INTRODUÇÃO À DISTRIBUIÇÃO FÍSICA 40 
4.1.1 Canais de distribuição 40 
4.1.2. Classificação 41 
4.2.0 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO FÍSICA 41 
4.2.1 Atividades do sistema de distribuição física 41 
4.2.2 Natureza dos produtos a transportar 42 
4.2.3 Estrutura para a distribuição 42 
4.3.0 INTERFACES DA DISTRIBUIÇÃO COM OUTRAS ÁREAS 
ADMINISTRATIVAS 43 
4.3.1 Marketing 43 
4.3.2 Produção 43 
4.3.3 Logística 43 
4.4.0 TRANSPORTES 43 
4.4.1. O administrador de transportes 43 
4.4.2 As principais funções do departamento de transporte 43 
4.4.3. Tipos de frota de transporte 44 
4.4.4. Seleção da modalidade de transporte 44 
4.4.5. Influência da localização da empresa no transporte 44 
4.4.6. Meios de transporte 44 
4.5.0 Transporte ferroviário 45 
4.5.1 Transporte rodoviário. 45 
4.5.2 Transporte aéreo 46 
4.5.3Transporte hidroviário 47 
4.5.4 Transporte Dutoviário (Tubulação) 47 
4.6.0 CUSTOS DE DISTRIBUIÇÃO 48 
4.6.1 Origens dos recursos de transporte 48 
4.6.2 Conceito de custo total 48 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 : Fluxograma da Administração de Materiais .......................... 18 
Figura 2 - Organograma Tradicional ..................................................... 19 
Figura 3 - Organograma moderno de Administração de Materiais ........ 20 
Figura 4 - Organograma logístico. ........................................................ 21 
Figura 5 - Modelo de código de barras adotado no Brasil. .................... 36 
Figura 6 – Charge - piada.com ............................................................. 37 
Figura 7 - Fluxograma do processo de compras. ................................... 39 
Figura 8 - Atividades do setor de compras. ........................................... 40 
Figura 9 - Modelo de solicitação de compra. ........................................ 41 
Figura 10 - Modelo de ficha de cadastro de fornecedor ......................... 44 
Figura 11 - Modelo de Ficha de cotação de preços................................ 47 
Figura 12 - Ficha de compra de material ............................................... 49 
Figura 13 - Ficha de autorização de fornecimento de material............... 50 
Figura 14 - Fluxograma das atividades do almoxarifado. ...................... 58 
Figura 15 - layout ................................................................................. 61 
Figura 16 - Planta baixa com layout de um armazém ............................ 62 
Figura 17 - pallet. ................................................................................ 65 
Figura 18 - tipos de pallets ................................................................... 66 
Figura 19 - : empilhadeira com garfo frontal......................................... 67 
Figura 20 - estrutura metálica porta-pallet convencional. ...................... 68 
Figura 21 - estrutura metálica porta-pallet drive-in. .............................. 68 
Figura 22 - : estrutura metálica porta-pallet para armazenagem dinâmica.69 
Figura 23 - estrutura metálica porta-pallet tipo push-back. .................... 70 
Figura 24 - estrutura de armazenagem do tipo flow rack. ...................... 70 
Figura 25 - estrutura metálica do tipo cantilever. .................................. 71 
Figura 26 - estrutura metálica do tipo cantilever. .................................. 71 
Figura 27 - : sistema cross docking ....................................................... 78 
Figura 28 - alternativas de sistemas de distribuição............................... 78 
Figura 29 - esquema básico de distribuição. .......................................... 40 
Figura 30 - atividades envolvidas na distribuição. ................................. 40 
Figura 31 - distribuição dos tipos de transporte no Brasil. ..................... 45 
Figura 32 - Transporte ferroviário de cargas. ........................................ 45 
Figura 33 - caminhão-baú, opção de transporte rodoviário de cargas. ... 46 
Figura 34 - avião-cargueiro. Opção de transporte aéreo de cargas ......... 46 
Figura 35 - navio-cargueiro. Opção de transporte hidroviário ............... 47 
Figura 36 - oleodutos ou gasodutos. ..................................................... 47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Índice de Figuras 
 
 
 
14 
 
O
b
je
ti
v
o
s 
 
 
 
1 Aula INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
Meta da Aula 
Levar o aluno a entender o que é 
a Administração de Materiais e 
compreender a sua importância 
para a administração das 
empresas. 
Ao final desta aula, você deverá ser 
capaz de: 
• Compreender os principais 
conceitos de Administração de 
Materiais. 
• Entender as principais tendências 
da Administração de Materiais. 
• Conhecer como se faz a 
classificação, a especificação e a 
codificação de materiais. 
 
15 
 
1.0 INTRODUÇÃO 
 
O objetivo principal da Administração de materiais é 
determinar quando e quanto adquirir, para repor o estoque. 
Como a formação de estoque é ponto crucial, surge 
imediatamente a pergunta: “por que sempre há falta de 
materiais?”, já que a empresa sempre procura, ao mesmo tempo: 
 
- Manter o nível operacional da empresa; 
- Suprir os consumidores por meio de adequado 
atendimento; 
- Manter os investimentos em estoques em níveis ideais. 
 
Os problemas relacionados com gerenciamento de 
estoques estão principalmente ligados à ação: o que deve ser 
feito para controlar o equilíbrio e estabelecer ações apropriadas? 
Por que devemos ter estoques? O que afeta o equilíbrio dos 
estoques que mantemos? Para isso é preciso: 
 
- Atingir o equilíbrio ideal entre estoque e consumo; 
- Inter-relacionar-se com as outras atividades afins; 
- Fazer com que todo o gerenciamento de materiais (gestão, 
compras e armazenagem), seja considerado como 
atividade integrante do Sistema de Abastecimento; 
- Racionalizar a manipulação dos insumos materiais 
(matérias-primas, materiais secundários e outros) através 
de uma coordenação específica. 
 
A Administração de Materiais coordena todas essas 
atividades através do estabelecimento de normas, critérios e 
rotinas operacionais, buscando manter todo o sistemafuncionando harmonicamente. Esse funcionamento depende das 
seguintes atividades: 
 
- Cadastramento, que compreende as atividades de 
classificar, especificar e codificar; 
- Gerenciamento de estoque, que compreende as atividades 
de formação do estoque; 
- Obtenção do material, que compreende a atividade de 
comprar; 
- Guarda do material, que compreende as atividades de 
receber, armazenar, conservar e distribuir. 
 
 
1.2.0 AMPLITUDE DA ADMINISTRAÇÃO DE 
MATERIAIS 
 
 
16 
 
1.2.1 CONCEITOS PRÁTICOS DE ADMINISTRAÇÃO 
 
1.2.1.2 Os dez mandamentos da boa administração 
1- Análise do mercado; 
2- Perfil do público; 
3- Compras e estoques; 
4- Custos e formação de preços; 
5- Fluxo de caixa; 
6- Ponto de equilíbrio; 
7- Planejamento tributário; 
8- Estrutura comercial; 
9- Política de recursos humanos; 
10- Informática. 
 
1.2.2 As empresas e seus recursos 
Recurso é o meio pelo qual a empresa realiza suas 
operações. Os principais recursos empresariais são: 
a. Recursos materiais; 
b. Recursos financeiros; 
c. Recursos humanos; 
d. Recursos mercadológicos; 
e. Recursos administrativos. 
 
1.2.3 As empresas e a administração de materiais 
 
 
EMPRESAS EXISTENTES 
 
 
CARACTERÍSTICAS 
 
1. Industriais 
 
 
a. Compram matérias-primas. 
b. Transformam as matérias-primas 
em produtos acabados. 
c. Vendem os produtos acabados às 
empresas comerciais. 
 
 
1. Comerciais 
 
 
Compram e vendem produtos acabados. 
 
 
2. Prestadoras de serviços 
 
 
Não compram nem vendem materiais. 
Quadro 01: Os tipos de empresas e a relação com Administração de Materiais. 
 
 
ENTRADA 
 
 
SAÍDA 
 
CONTROLE 
 
REPOSIÇÃO 
 
Por compra. 
 
 
Por venda 
 
Efetivação. 
 
Por compra. 
 
Por fabricação 
interna. 
 
 
Por utilização 
interna 
(manutenção). 
 
 
Cálculo de níveis. 
 
Por fabricação 
interna. 
 
 
17 
 
Por transferência 
(entre filiais). 
 
Processamento. 
Quadro 02: Movimentação de estoque nas empresas. 
 
1.2.4 O administrador de materiais 
O administrador é o profissional a quem cabe o gerenciamento, o 
controle e a direção de empresas na área de sua habilitação, 
buscando os melhores resultados em termos de lucratividade e 
produtividade. O administrador prevê, planeja, organiza, 
comanda e controla o funcionamento da máquina administrativa 
provada ou pública, visando aumentar a produtividade, 
rentabilidade e controle de resultados. Determina os métodos 
gerais de organização e planeja a utilização eficaz de mão-de-
obra, equipamentos, material, serviços e capital. Orienta e 
controla as atividades de organização, conforme os planos 
estabelecidos e a política adotada, bem como as normas 
previstas nos regulamentos da empresa. Elabora rotinas de 
trabalho, tendo em vista a implantação de sistemas que devem 
conduzir a melhores resultados com menores custos, o que 
demanda a utilização de organogramas, fluxogramas e outros 
instrumentos de trabalho. 
 
1.2.5 Procedimentos fundamentais de administração de materiais 
 
 
PROCEDIMENTO 
 
 
ESCLARECIMENTO 
O que deve ser comprado Implica a especificação de compra, 
que traduz as necessidades da 
empresa. 
Como deve ser comprado Revela o procedimento mais 
recomendável. 
Quando deve ser comprado Identifica a melhor época. 
Onde deve ser comprado Implica o conhecimento dos melhores 
segmentos de mercado. 
De quem deve ser comprado Implica o conhecimento dos 
fornecedores da empresa. 
Por que preço deve ser comprado Evidencia o conhecimento da evolução 
dos preços no mercado. 
Em que quantidade deve ser 
comprado 
Estabelece a quantidade ideal, por 
meio da qual haja economia na 
compra. 
Quadro 03: Procedimentos fundamentais de Administração de Materiais. 
 
Os principais motivos que justificam atenção especial à função 
abastecimento são: 
a) Inúmeros órgãos dependem de seu desempenho; 
b) Necessidade de gerenciar grande variedade de itens, 
geralmente em consideráveis quantidades, ao menor risco de 
falta e ao menor custo possível; 
c) A exigência de grande número de informações, rápidas e 
precisas, a qualquer instante; 
 
18 
 
d) Os estoques representam parcela razoável do ativo, isso os 
torna uma inversão demasiadamente vultosa para que seja 
ignorada, pois muitas vezes, os lucros ficam retidos nos 
estoques excessivos. 
 
Dessa forma, podemos definir: 
a) Material: todas as coisas contabilizáveis que entram como 
elementos constituídos ou constituintes na linha de atividade 
de uma empresa; 
b) Administração de Materiais: planejamento, coordenação, 
direção e controle de todas as atividades ligadas à aquisição 
de materiais para a formação de estoques, desde o momento 
de sua concepção até seu consumo final. 
 
1.2.6 AMPLITUDE DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 : Fluxograma da Administração de Materiais 
Fonte: Viana, 2000, p.42. 
 
1.2.6.1 Cadastramento 
Visa cadastrar os materiais necessários à manutenção e ao 
desenvolvimento da empresa. Implica o reconhecimento perfeito 
de sua classificação, estabelecimento de codificação e 
determinação da especificação, objetivando a emissão de 
CADASTRAMENTO 
Classificação 
Codificação 
Especificação 
Padronização 
catalogação 
 
INVENTÁRIO 
FÍSICO 
 
REQUISIÇÕES 
DE MATERIAIS 
ALMOXARIFADO 
Armazenagem 
distribuição 
 
RECEBIMENTO 
Físico 
Contábil 
 
GESTÃO 
Níveis de 
ressuprimento 
equilíbrio entre 
estoque e 
consumo 
COMPRAS 
Concorrência 
julgamento 
diligenciamento 
SOLICITAÇÃO PARA: 
incluir itens no estoque e pedidos de compra 
 
US
UÁ
R
IO
S 
DE
 
M
A
TE
R
IA
IS
 
 
19 
 
catálogo para utilização dos envolvidos nos procedimentos de 
Administração de Materiais. 
 
1.2.6.2 Gestão 
Visa ao gerenciamento dos estoques por meio de técnicas 
que permitam manter o equilíbrio com o consumo, definindo 
parâmetros e níveis de ressuprimento e acompanhando sua 
evolução. 
 
1.2.6.3 Compras 
Tem por finalidade suprir as necessidades da empresa 
mediante a aquisição de materiais e/ou serviços, provenientes 
das solicitações dos usuários, objetivando identificar no mercado 
as melhores condições comerciais e técnicas. 
 
1.2.6.4 Recebimento 
Visa garantir o rápido desembaraço dos materiais 
adquiridos pela empresa, zelando para que as entradas reflitam a 
quantidade estabelecida, na época certa, ao preço contratado e 
na qualidade especificada nas encomendas. 
 
1.2.6.5 Almoxarifado 
Visa garantir a fiel guarda dos materiais confiados pela 
empresa, objetivando sua preservação e integridade até o 
consumo final. 
 
1.2.6.6 Inventário físico 
Visa ao estabelecimento de auditoria permanente de 
estoques em poder do Almoxarifado, objetivando garantir a plena 
confiabilidade e exatidão de registros contábeis e físicos. 
 
1.3.0 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
 
ORGANOGRAMA GERENCIAL TRADICIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 - Organograma Tradicional 
Gerenciamento 
e controle de 
estoques 
Produção Finanças Comercial Compras 
ÓRGÃOS 
SUPERIORES 
 
20 
 
Fonte: Viana, 2000, p.44. 
 
 
 
 
SISTEMA MODERNO DE GERENCIAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 - Organograma moderno de Administração de Materiais 
Fonte: Viana, 2000, p.44. 
 
1.4.0 EVOLUÇÃO E MUDANÇAS 
SIGNIFICATIVAS NA ÁREA DE 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
 
1.4.1 A logística e a administração de materiais 
Logística é uma operação integrada para cuidar desuprimentos e distribuição de produtos de forma racionalizada, o 
que significa planejar, coordenar e executar todo o processo, 
visando à redução de custos e ao aumento da competitividade da 
empresa. 
 
“A logística empresarial trata de todas atividades de 
movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos 
desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de 
consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam 
os produtos em movimento, com o propósito de providenciar 
níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável”. 
Ronald H. Ballou. 
 
 
 
 
Gestão 
Materiais Finanças Comercial Produção 
ÓRGÃOS 
SUPERIORES 
Compras 
Almoxarifado 
 
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORGANOGRAMA LÓGISTICO PARA ADMINISTRAÇÃO DE 
MATERIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4 - Organograma logístico. 
Fonte: Viana, 2000, p. 46. 
 
O papel estratégico da logística na empresa: 
- Funções reguladoras do ciclo logístico: Suprimentos e 
distribuição física. 
- Composto logístico: administração de compras, 
planejamento de estoques, movimentação e armazenagem 
de materiais e transportes. 
 
A composição dos custos logísticos: 
- Movimentação e armazenagem + estoque + transporte. 
 
Significância dos custos logísticos: 
- Custo industrial básico = 70%. 
- Custos logísticos = 30%. 
 
Administração de 
Materiais 
Inventário Físico 
Compras 
Cadastro de 
Fornecedores 
Compras Locais 
Compras por 
Importação 
Follow-up 
Diligenciamento 
Distribuição 
Almoxarifado 
Recebimento 
Armazenagem 
Venda de 
Inservíveis 
Gestão de 
Estoques 
Cadastramento 
de Materiais 
Previsão de 
Consumo 
 
22 
 
1.4.2 Técnicas de administração japonesas 
Sistema Kanban ou Filosofia de Perda Zero – norma de completa 
eliminação de qualquer tipo de perda, fundamentada em que a 
perda eleva o custo desnecessariamente, devendo-se produzir 
sem perdas, com a melhor qualidade e ao menor custo. 
Just in time – é a produção na quantidade necessária, no 
momento necessário, para atender à variação de vendas com 
mínimo de estoque em produtos acabados, em processos e em 
matéria-prima. 
 
Jidoka – ou autocontrole é um controle visual, em que cada 
operador poderá controlar sua qualidade e sua produção com 
um mínimo de perdas. 
 
1.4.3 Informática 
- Internet; Intranet; Extranet. 
 
1.5.0 Principais desafios do administrador de 
materiais na empresa atual 
Problema de manutenção do estoque 
- Encomendas em quantidades maiores elevam o estoque 
médio e o custo de mantê-lo; 
- Manter um estoque custa os juros sobre o capital 
empatado; 
- Também custam as despesas de manutenção física: 
aluguel de armazéns, salários dos funcionários envolvidos; 
- Para reduzir os custos de manutenção deve-se 
encomendar aos fornecedores entregas menores e mais 
freqüentes; 
- Contudo, estas também têm seu custo; 
- A produção prefere preparar a maquinaria menos vezes e 
de fabricar volumes maiores; 
- O setor financeiro quer reduzir o custo da manutenção do 
estoque por meio da fabricação freqüente de pequenos 
lotes e produção quer fabricações prolongadas e 
espaçadas; 
- A maneira de resolver o problema é a determinação de um 
lote de tamanho economicamente correto: lote econômico 
de compra. 
 
O futuro da Administração de materiais é: 
- Qualidade total, via a praticidade e a economia; 
- Disseminação da informática; 
O futuro do gerenciamento de estoques é administrar estoque 
nenhum. 
 
23 
 
1.6.0. CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS 
 
1.6.1 Conceito 
A classificação é o processo de aglutinação de materiais 
por características semelhantes. 
 
A classificação deve considerar os seguintes atributos: 
- abrangência: deve tratar de uma gama de características 
em vez de reunir apenas materiais para serem 
classificados; 
- flexibilidade: deve permitir interfaces entre os diversos tipos 
de classificação, de modo que se obtenha ampla visão do 
gerenciamento de estoques; 
- praticidade: a classificação deve ser direta e simples. 
 
1.6.2 Tipos de classificação 
Existem várias formas de classificação de materiais, sendo 
as principais: 
- Quanto ao tipo de demanda; 
- Materiais críticos; 
- Quanto a perecibilidade; 
- Quanto à periculosidade; 
- Quanto à possibilidade de fazer ou comprar; 
- Quanto aos tipos de estocagem; 
- Quanto a dificuldade de aquisição; 
- Quanto ao mercado fornecedor. 
 
1.6.3 Classificação quanto ao tipo de demanda 
A classificação por tipo de demanda pode ser dividida em: 
 
- Materiais de estoque; 
- Materiais não de estoque. 
 
1.6.3.1 Materiais de estoque 
São materiais que devem existir em estoque e para os 
quais são determinados critérios e parâmetros de ressuprimento 
automático, com base na demanda prevista e na importância para 
a empresa. Os critérios de ressuprimento fixados para esses 
materiais possibilitam a renovação do estoque sem a participação 
do usuário. 
 
Os materiais de estoque são classificados: 
- Quanto à aplicação; 
- Quanto ao valor do consumo anual; 
- Quanto à importância operacional. 
 
A - Quanto à aplicação 
A1. Materiais produtivos – são todos os materiais ligados 
direta ou indiretamente ao processo de fabricação; 
 
24 
 
A2. matérias-primas – materiais básicos e insumos que 
constituem os itens iniciais e fazem parte do processo 
produtivo da empresa; 
A3. produtos em fabricação – também denominados materiais 
em processamento, são os que estão sendo processados ao 
longo do processo produtivo da empresa; 
A4. produtos acabados – são os produtos constituintes do 
estágio final do processo produtivo, já prontos; 
A5. materiais de manutenção – materiais de consumo, com 
utilização repetitiva, aplicados em manutenção; 
A6. materiais improdutivos – todo e qualquer material não 
incorporado às características do produto fabricado; 
A7. Materiais de consumo geral – materiais de consumo, com 
utilização repetitiva, aplicados em diversos setores da 
empresa, para fins que não sejam de manutenção. 
 
B – Quanto ao valor do consumo anual 
Método pelo qual se determina a importância dos materiais 
em função do valor expresso pelo próprio consumo em 
determinado período. Utiliza-se como ferramenta de classificação 
a Curva ABC ou Curva de Pareto. Os materiais são classificados 
em A, B ou C: 
- Materiais A: materiais de grande valor de consumo; 
- Materiais B: materiais de médio valor de consumo; 
- Materiais C: materiais de baixo valor de consumo. 
 
C – Quanto à importância operacional 
Adota-se a classificação da importância operacional, 
visando identificar materiais imprescindíveis ao funcionamento da 
empresa; 
 
C1. Materiais X: materiais de aplicação não importante, com 
possibilidade de uso de similar existente na empresa; 
C2. Materiais Y: materiais de importância média, com ou sem 
similar na empresa; 
C3. Materiais Z: materiais de importância vital sem similar na 
empresa, cuja falta acarreta a paralisação de uma ou mais fases 
operativas. 
 
Em se tratando de empresa industrial, a seleção XYZ pode 
ser facilitada por meio das seguintes indagações: 
a. Material é imprescindível ao equipamento? 
b. Equipamento pertence à linha de produção? 
c. Material possui similar? 
 
1.6.3.2 Materiais não de estoque 
São materiais de demanda imprevisível para os quais não 
são definidos parâmetros para o ressuprimento automático. São 
características desses materiais: 
- Inexistência de regularidade de consumo; 
 
25 
 
- Aquisição somente é efetuada a partir da solicitação do 
usuário; 
- São comprados para utilização imediata; 
- São debitados no centro de custode aplicação; 
- Podem ser comprados para uso posterior, ficando 
temporariamente estocado no almoxarifado. 
 
1.6.4 Classificação em materiais críticos 
São materiais de reposição específica de um equipamento 
ou de um grupo de equipamentos iguais, cuja a demanda não é 
previsível e cuja decisão de estocar é tomada com base na 
análise de risco que a empresa corre, caso esses materiais não 
estejam disponíveis quando necessário. 
 
Os materiais críticos podem ser identificados da seguinte 
forma: 
 
 
 
Por problemas de obtenção 
Material importado 
Existência de um único fornecedor 
Escassez no mercado 
Material estratégico 
De difícil fabricação ou obtenção 
 
Por razões econômicas 
Material de elevado valor 
Material com elevado custo de armazenagem 
Material com elevado custo de transporte 
 
Por problemas de armazenagem e 
transporte 
Material perecível 
Material de alta periculosidade 
Material de elevado peso 
Material de grandes dimensões 
Por problemas de previsão Material com utilização de difícil previsão 
 
Por razões de segurança 
Material para equipamento vital da produção 
Material de reposição de alto custo 
 
Quadro 04: Classificação de materiais críticos. 
Fonte: Viana, 2000, p.56. 
 
1.6.5 Classificação quanto a perecibilidade 
É o critério de classificação pelo qual o material é adquirido 
em função da probabilidade ou não de perecer ou de desaparecer 
suas propriedades físico-químicos. 
 
Esse critério permite tomar as seguintes medidas: 
a. determinar lotes de compra mais racionais; 
b. programar revisões periódicas para detectar falhas de 
estocagem; 
c. selecionar adequadamente os locais de estocagem; 
d. utilizar técnicas adequadas de manuseio e transporte; 
e. orientar os funcionários quanto aos cuidados a serem 
observados. 
 
Os materiais podem ser classificados em: 
- perecíveis; 
- não perecíveis. 
 
26 
 
 
Os materiais perecíveis podem ser classificados ainda: 
- pela ação higroscópica; 
- pela limitação do tempo; 
- instáveis; 
- voláteis; 
- por contaminação pela água; 
- por contaminação por partículas sólidas; 
- pela ação da gravidade; 
- por queda, colisão ou vibração; 
- pela mudança de temperatura; 
- pela ação da luz; 
- por ação de atmosfera agressiva; 
- pela ação de animais. 
 
1.6.6 Classificação quanto à periculosidade 
Visa identificar materiais que, por suas características 
físico-químicas, possuam incompatibilidade com outros, 
oferecendo riscos à segurança durante o manuseio, transporte e 
armazenagem desses materiais. 
 
1.6.7 Classificação quanto à possibilidade de fazer ou comprar 
Essa classificação determina quais os materiais que poderão ser 
recondicionados, fabricados internamente ou comprados. O custo 
de recuperação de um material deve ser inferior ao de compra de 
um novo. 
 
1.6.8 Classificação quanto ao tipo de estocagem 
Os materiais podem ser agrupados: 
- estocagem permanente: deve sempre existir saldo no 
almoxarifado; 
- estocagem temporária: materiais que necessitam ficar 
estocados no almoxarifado durante determinado tempo até 
sua utilização. 
 
1.6.9 Classificação quanto à dificuldade de aquisição 
As dificuldades na obtenção de materiais podem provir de: 
- fabricação especial; 
- escassez no mercado; 
- sazonalidade; 
- monopólio ou tecnologia exclusiva; 
- logística sofisticada; 
- importações. 
 
Quanto à dificuldade de aquisição, os materiais podem ser 
classificados em: 
- F – fácil aquisição; 
- D – difícil aquisição. 
 
Os principais benefícios desse tipo de classificação são: 
- dimensionar os níveis de estoque; 
 
27 
 
- selecionar o método a ser adotado para ressuprimento; 
- propiciar maior experiência aos compradores. 
 
1.6.10 Classificação quanto ao mercado fornecedor 
Os materiais desse grupo classificação em função do: 
- mercado nacional; 
- mercado estrangeiro; 
- materiais em processo de nacionalização. 
 
1.7.0 ESPECIFICAÇÃO DE MATERIAIS 
Depende da especificação o ressuprimento necessário às 
atividades da empresa, evitando a compra de materiais em 
desacordo com as necessidades. O sucesso de uma boa 
especificação depende de: 
- existência de catalogação de nomes, que deve ser 
padronizada; 
- estabelecimento de padrões de descrição; 
- existência de programa de normalização de materiais. 
 
1.7.1 DEFINIÇÃO 
São definições de especificação: 
“É a descrição das características de um material, com a 
finalidade de identificá-lo e distingui-lo de seus similares”. 
 
“É a representação sucinta de um conjunto de requisitos a serem 
satisfeitos por um produto, um material ou um processo, 
indicando-se, sempre que for apropriado, o procedimento por 
meio do qual se possa determinar se os requisitos estabelecidos 
são atendidos”. 
 
“É a definição dos requisitos globais, tanto gerais como mínimos, 
que devem obedecer aos materiais, tendo em vista a qualidade e 
a segurança deles”. 
 
“É o tipo de norma que se destina a fixar condições exigíveis para 
aceitação e/ou recebimento de matérias-primas, produtos semi-
acabados, produtos acabados etc”. Conselho Nacional de 
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Conmetro. 
 
1.7.2 OBJETIVO 
Os principais objetivos da especificação são: 
- facilitar às tarefas de coleta de preços; 
- facilitar a negociação empreendida pelo comprador com o 
fornecedor; 
- cuidados no transporte; 
- identificação; 
- inspeção; 
- armazenagem; 
- preservação dos materiais; 
 
28 
 
- fixar os requisitos e características exigíveis na fabricação 
e no fornecimento de materiais; 
- eliminação de dúvidas que porventura se apresentem na 
identificação de um material. 
 
1.7.3 CRITÉRIOS SOBRE A DESCRIÇÃO 
A descrição deve ser concisa, completa e permitir a 
individualização; deve-se abolir a utilização de vocábulos 
referentes a marcas comerciais, gírias e regionalismos. 
 
Os requisitos para a montagem da especificação devem 
ser: 
- descrição sumária e objetiva; 
- termos técnicos adequados e usuais; 
- critérios de qualidade para determinado uso. 
 
A descrição padronizada de um material obedece aos 
seguintes critérios: 
- a denominação deverá ser sempre no singular; 
- a denominação deverá prender-se ao material 
especificamente e não a sua forma ou embalagem, 
apresentação ou uso; 
 
Exemplo: 
Barra de aço – errado; 
Aço em barra – certo; 
 
- utilizar denominações únicas para materiais da mesma 
natureza; 
- utilizar abreviaturas devidamente padronizadas. 
 
1.7.4 ESTRUTURA E FORMAÇÃO DA ESPECIFICAÇÃO 
A especificação é montada por meio da seguinte estrutura: 
a. Nome básico: trata-se do primeiro termo da especificação. 
Exemplos: 
a. lâmpada; 
b. sabão. 
b. Nome modificador: trata-se do termo complementar. 
Exemplos: 
a. lâmpada incandescente; 
b. lâmpada fluorescente; 
c. sabão em pó; 
d. sabão líquido. 
 
c. Características físicas: são informações detalhadas sobre 
as propriedades físicas e químicas dos materiais, tais 
como: densidade, peso específico, granulometria, 
viscosidade, dureza, resistência. Deve apontar tolerâncias 
das propriedades indicadas, métodos de análise dessas 
propriedades, padrões ou normas a serem observadas 
(ABNT, DIN, ANSI, SAE etc.). 
 
29 
 
 
d. Unidade metrológica: são informações referentes à 
unidade de fornecimento do material, a unidade de controle 
adotada pela empresa, bem como o fator de conversão da 
unidade de fornecimento para a unidade de controle. 
 
e. Medidas: são desenhos dimensionais e tolerâncias limites 
de qualidade para fabricação e aceitação pelo consumidor, 
bem como outras medidas: capacidade, potência (HP), 
freqüência (HZ), corrente (A), tensão (V) etc. 
 
f. Características de fabricação: indicaros processos de 
fabricação, detalhes de construção ou execução. 
 
g. Características de operação: garantias exigidas, testes a 
serem executados durante o processo de produção e 
testes de aceitação. 
 
h. Cuidados com relação ao manuseio e armazenagem; 
 
i. Embalagem: visa a integridade do material evitando perdas 
até o consumo final. 
 
1.7.5 TIPOS PADRONIZADOS DE ESPECIFICAÇÃO 
A fim de garantir a homogeneidade da descrição e garantir 
que os materiais de um mesmo grupo contenham as mesmas 
informações na mesma seqüência, faz-se necessário a 
padronização da especificação. Esta poderá ser: 
a) Conforme amostra: utilizada quando há dificuldades em 
detalhar as características do material. 
b) Por padrão e características físicas: utilizada quando se 
trata de materiais que possuam normas técnicas ou 
quando há condições de fornecer todos os dados 
conhecidos de um material. 
 
- Exemplo: parafuso métrico, cabeça sextavada, em 
aço classe de resistência 5.6 (ABNT-EB-168), 
cadmiado, diâmetro 6,00 mm, passo 1,00 mm, 
comprimento 16 mm, corpo todo roscado, 
acabamento grosso, conforme norma ABNT PB-40. 
 
c) Por composição química: utilizada quando há exigências 
de teor predeterminado para os componentes químicos do 
material. 
- Exemplo: sulfato, amônia, para análise, solução 
10% H2S; 
d) Por marca de fábrica: utilizada quando se deseja garantir a 
qualidade do material, aceitando-se a marca como padrão. 
Pode ser aceito ou não equivalente. 
- Exemplo: rolamento SKF 3210, ou equivalente; 
 
30 
 
e) Conforme desenho: utilizada quando a forma e as 
características do material são complexas, não havendo 
possibilidade de especificação por nenhum dos tipos 
descritos. No desenho, estão contidas todas as dimensões 
e características, inclusive o tipo de matéria-prima para 
fabricação. 
 
1.7.6 NORMALIZAÇÃO 
A norma é fruto do consenso, de acordo firmado entre 
partes. A empresa não foge a essa regra, carece de normas, 
desde as de cunho absolutamente administrativo até as normas 
técnicas. 
 
1.7.6.1 Vantagens da normalização 
As principais vantagens da normalização são: 
- simplificação; 
- intercambialidade; 
- comunicação; 
- adoção racional de símbolos e códigos; 
- economia geral; 
- segurança; 
- defesa do consumidor; 
 
As principais vantagens técnicas da normalização são: 
- menor tempo utilizado no planejamento; 
- maior segurança e menor possibilidade de diferenciações 
pelo uso de produtos normalizados; 
- menor possibilidade de falhas técnicas na seleção; 
- economia de tempo par o processo técnico de produção; 
- simplificação das decisões pelos responsáveis; 
- simplificação nos entendimentos entre projetistas, 
montadores e engenheiros de produção; 
- menor tempo de preparação do pessoal técnico; 
- simplificação dos métodos de montagem em conformidade 
com as normas; 
- limitação de correções no decorrer da produção; 
- asseguramento da intercambialidade e reutilização de 
peças, desempenhos, embalagens e gabaritos de 
verificação, processos e produtos melhorados; 
- eliminação de preconceitos que possam surgir pela 
programação mal elaborada; 
- possibilidade de cálculos mais econômicos. 
 
1.7.6.2 Definição 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), na 
NB-0, definiu norma como: 
“É a classe de norma técnica que constitui um conjunto 
metódico e preciso de preceitos destinados a estabelecer 
regras para execução de cálculos, projetos, fabricação, obras, 
serviços ou instalações, prescrever condições mínimas de 
segurança na execução ou utilização de obras, máquinas ou 
 
31 
 
instalações, recomendar regras para elaboração de outras 
normas e demais documentos normativos”. 
 
Pela Resolução nº 03/76 e amparado pela Lei nº 5.966, de 11-
12-1973, o conselho Nacional de Metrologia, Normalização e 
Qualidade Industrial – Conmetro – define Norma Brasileira: 
 
“É o documento elaborado segundo procedimentos e 
conceitos emanados do sistema Conmetro, e demais 
documentos legais dela decorrentes. De acordo com a sua 
classificação, s normas brasileiras são resultantes de um 
processo de consenso nos diferentes Fóruns do sistema, 
cujo universo abrange o Governo, o setor produtivo, o 
comércio e os consumidores. As normas brasileiras em 
suas prescrições visam a obter: 
 
a. defesa dos interesses nacionais; 
b. racionalização na fabricação ou produção e na troca 
de bens e serviços, por meio de operações 
sistemáticas e repetitivas; 
c. proteção dos interesses dos consumidores; 
d. segurança de pessoas e bens; 
e. uniformidade dos meios de expressão e 
comunicação”. 
 
As normas diferem quanto à forma e ao tipo, dependendo dos 
aspectos particulares de um assunto a ser abordado. Os tipos de 
norma são: 
a. procedimento ou norma propriamente dita; 
b. especificação; 
c. padronização; 
d. método de ensaio; 
e. terminologia; 
f. simbologia; 
g. classificação. 
 
Os níveis de elaboração ou aplicação das normas podem ser: 
a. nível individual; 
b. nível de empresa; 
c. nível de associação; 
d. nível nacional; 
e. nível regional; 
f. nível internacional. 
 
A normalização envolve os seguintes princípios: 
a. a normalização é essencialmente um ato de simplificação; 
b. a normalização é uma atividade social, bem como 
econômica, e sua promoção deve ser fruto da cooperação 
mútua de todos os interessados; 
 
32 
 
c. a simples publicação de uma norma tem pouco valor, a 
menos que ela possa ser publicada; logo, a aplicação pode 
acarretar sacrifícios de poucos para o benefício de muitos. 
 
1.8.0 PADRONIZAÇÃO 
 
1.8.1 Definição 
É a análise de materiais a fim de permitir seu intercâmbio, 
possibilitando, assim, redução de variedades e conseqüente 
economia. 
 
É uma forma de normalização que consiste na redução do 
número de tipos de produtos ou componentes, dentro de uma 
faixa definida, ao número que seja adequado para o atendimento 
das necessidades em vigor em sua ocasião. 
 
De acordo com a ABNT, na NB-0: 
“É a classe de norma técnica que constitui um conjunto metódico 
e preciso de condições a ser feitas, com o objetivo de uniformizar 
formatos, dimensões, pesos ou outras de elementos de 
construção, materiais, aparelhos, objetos, produtos industriais 
acabados, ou, ainda, de desenhos e projetos”. 
 
Entende-se padronização como sinônimo de simplificação. 
 
1.8.2 Objetivos da padronização 
a) Diminuir o número de itens no estoque em aspectos 
técnicos e econômicos para a empresa; 
b) Simplificação de materiais, eliminando os tipos ineficientes 
evitando o desperdício; 
c) Permitir a compra em grandes lotes; 
d) Diminuir o trabalho de compras; 
e) Diminuir os custos de estocagem; 
f) Reduzir a quantidade de itens estocados; 
g) Adquirir materiais com maior rapidez; 
h) Evitar a diversificação de materiais de mesma aplicação; 
i) Obter maior qualidade e uniformidade. 
 
1.8.3 Vantagens da padronização 
a) Reduzir o risco de falta de materiais no estoque: reduzindo 
variedades, gerenciam-se menores quantidades de itens 
com maiores quantidades o que diminui o valor do 
imobilizado em estoque e os perigos de obsolescência; 
b) Permitir compra em grandes lotes: ampliando o poder de 
compra pela aquisição de maiores quantidades de menos 
itens, a padronização reduz o número de concorrências, as 
compras mais eficientes e possibilita, inclusive, a obtenção 
de preços mais convenientes; 
 
33 
 
c) Reduzir a quantidade de itens no estoque: reduzindo as 
variedades, consegue-se diminuir o custo de 
armazenamento, simplificar os meios de estocagem, 
melhorando o layout e diminuindo o espaço físico. 
 
 
1.9.0. CODIFICAÇÃO DE MATERIAIS 
 
1.9.1 Conceito 
È a representação por meio de um conjunto de símbolos 
alfanuméricos ousimplesmente numéricos que traduzem as 
características dos materiais, de maneira racional, metódica e 
clara, para se transformar em linguagem universal de materiais na 
empresa. Nada mais é do que uma variação da classificação de 
materiais. 
 
Consiste em ordenar os materiais da empresa segundo um 
plano metódico e sistemático, permitindo pela simples execução 
de um número, uma letra ou uma combinação de números e 
letras, a pronta identificação de um entre vários materiais 
existentes no almoxarifado. 
 
O código é secreto, só entendendo-o quem possuir o Plano 
de Codificação. Não há padronização definida para o 
estabelecimento do Plano de Codificação, o qual pode ser 
desenvolvido a critério de cada interessado. 
 
1.9.2 Objetivo 
Tem por objetivo propiciar aos envolvidos a solicitação de 
materiais por seu código, em lugar do nome habitual, e possibilitar 
a utilização de sistemas automatizados de controle, objetivando: 
 
a. Facilitar a comunicação interna na empresa no que se 
refere a materiais e compras; 
b. Evitar a duplicidade de itens no estoque; 
c. Permitir as atividades de gestão de estoques e compras; 
d. Facilitar a padronização de materiais; 
e. Facilitar o controle contábil dos estoques. 
 
1.9.3 Características da codificação 
Uma codificação é boa quando a simples visualização do 
código por aqueles que o manuseiam permite identificar, de modo 
geral, o material. Da combinação da codificação com a 
especificação obtém-se o Catálogo de materiais. 
 
O sistema de codificação selecionado deve possuir as 
seguintes características: 
 
 
34 
 
a. Expansivo: o sistema deve possuir espaço para a inserção 
de novos itens e para a ampliação de determinada 
classificação; 
b. Preciso: o sistema deve permitir somente um código para 
cada material; 
c. Conciso: o sistema deve possuir o mínimo possível de 
dígitos para definição dos códigos; 
d. Conveniente: o sistema deve ser facilmente compreendido 
e de fácil aplicação; 
e. Simples: o sistema deve ser de fácil utilização. 
 
1.9.4 Principais sistemas de codificação 
Os principais sistemas de codificação são: 
- alfabético; 
- numérico; 
- alfanumérico; 
- decimal simplificado ou universal. 
 
 
 
 
Exemplos: 
ARTIGO SISTEMA DE CODIFICAÇÃO ALFABÉTICO NUMÉRICO ALFANUMÉRICO DECIMAL 
Régua de 
madeira de 
30cm 
RM/A 670.000 RM/620 1.03.001 
Régua de 
madeira de 
50cm 
RM/B 670.001 RM/621 1.03.002 
Régua 
plástica de 
30 cm 
RP/A 680.002 RP/720 1.04.001 
Quadro 05: Sistemas de codificação de materiais 
Fonte: Trigueiro, 2001, p. 24. 
 
1.9.4.1 Sistema de Codificação Alfabético 
Consiste em utilizar letras ou combinações de letras para a 
identificação simbólica dos materiais. Exemplo: 
RM – Régua de Madeira 
RM/A – Régua de Madeira de 30 cm 
 
Esse sistema é pouco usado por ser difícil de memorizar e 
possuir pouca possibilidade de, com o crescimento do número de 
itens, continuar a ser aplicado. 
 
1.9.4.2 Sistema de codificação numérico 
É aquele que utiliza numeral para a identificação de cada 
elemento de classificação. É mais utilizado devido a sua 
facilidade de concepção, bem como o grande número de 
materiais que poderão ser codificados.Exemplo: 
CPF: 420516573-00 
CNPJ: 01006330/000166 
 
35 
 
 
1.9.4.3 Sistema de codificação alfanumérico 
É o sistema que se caracteriza pela combinação de letras 
com algarismos. Exemplo: 
Placa de automóvel: LVF-5636 
 
1.9.4.4 Sistema de Codificação Decimal Simplificado 
Procura identificar os seus conjuntos genéricos (grupo) e 
os subconjuntos genéricos (subgrupos), bem como seus 
respectivos elementos (materiais), por seqüências numéricas 
individuais. Sua estrutura é a seguinte: 
 
1ª 2ª 3ª 
Aglutinadora Individualizada Descritiva 
 
 
a) Aglutinadora 
É o chamado grupo chave que designa o agrupamento de 
materiais. Exemplo: 
 
1- matéria-prima 
2- material secundário 
3- material inflamável 
4- material de higiene e limpeza 
5- material de expediente 
 
b) individualizada 
Identifica cada um dos materiais que constam do primeiro 
grupo. 
 
c) Descritiva 
É aquela que servirá para identificar o material codificado, 
dado as características específicas. Exemplo: 
 
1ª CHAVE 2ª CHAVE 
 
3ª CHAVE 
 
05 – Material de 
escritório 00 – borracha 000 – borracha p/ desenho 
 
002 – borracha p/ lápiz 
 
 
004 – borracha p/ máquina 
 
 02 - lápis 000 – lápis preto NB n°1 
 
 
002 – lápis p/ desenho 
 
 
004 – lápis vermelho n°1 
 
 04 - régua 000 – régua de madeira 30cm 
 
 
002 – régua de plástico 50cm 
 
 
36 
 
 
Assim, para requisitar ou identificar a borracha para máquina, 
utilizamos o código: 05.00.004. 
 
05 00 004 
GRUPO CLASSE CÓDIGO DE IDENTIFICAÇÃO 
 
1.9.4.5 Código de barras 
Símbolo composto por barras paralelas de larguras e 
espaçamentos variados, e que apresenta por vantagens: 
- Aperfeiçoar a alimentação de dados; 
- Rapidez em operações com grande número de itens; 
- Economia; 
- Aplicação no armazenamento, em compras e em vendas; 
- Financeiras; 
- Dispensa de etiquetação e re-etiquetação de cada produto 
com o preço; 
- Exeqüibilidade de operações de descontos sobre 
determinados itens ou promoções. 
 
 
 
 
 
 Figura 5 - Modelo de código de barras adotado no Brasil. 
Fonte: Internet. 
 
QUESTÕES E EXERCÍCIOS 
1. Como a Administração de Materiais afeta e é afetada pelas 
outras áreas da Administração (finanças, marketing, 
produção, recursos humanos e sistemas de informação)? 
 
2. Que problemas ou dificuldades você considera que uma 
empresa poderá enfretar na implantação de uma correta 
gestão de materiais? 
 
 
37 
 
3. Qual é a importância da classificação de materiais? 
 
4. Faça uma relação de 20 produtos industrializados que são 
comprados com freqüência na sua casa. Identifique em 
suas embalagens a numeração do código de barras. Em 
seguida, identifique o código do país, do fabricante e do 
produto. Compare a sua lista com a de seus colegas de 
curso e verifique as semelhanças e diferenças entre as 
listas. 
 
Para saber mais, consulte: 
- www.eanbrasil.com.br 
- Assista ao vídeo: www.youtube.com: tec-módulo III gestão 
de pequenas empresas 09 (1 de 2) e (2 de 2). 
 
 
 
 
Fonte: www.piada.com 
 
 Figura 6 – Charge - piada.com
 
38 
 
O
b
je
ti
v
o
s 
 
 
 
 
2 Aula NOÇÕES BÁSICAS DE COMPRAS 
Meta da Aula 
Fazer o aluno compreender a 
importância da função compras e 
a correta aplicação de suas 
etapas. 
Ao final desta aula, você deverá ser 
capaz de: 
- Reconhecer a importância da 
organização de compras. 
- Conhecer as principais ferramentas 
de compras. 
- Realizar corretamente a contratação 
de fornecedores. 
 
39 
 
 
2.0 NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE COMPRA 
O ato de comprar inclui as seguintes etapas: 
a. determinação do que, de quanto e de quando comprar; 
b. estudo dos fornecedores e verificação de sua capacidade 
técnica, relacionando-os para consulta; 
c. promoção de concorrência, para a seleção do fornecedor 
vencedor; 
d. fechamento do pedido, mediante autorização de 
fornecimento ou contrato; 
e. acompanhamento ativo durante o período que decorre 
entre o pedido e a entrega; 
f. encerramento do processo, após recebimento do material,, 
controle da qualidade e da quantidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7 - Fluxograma do processo de compras. 
Fonte: Viana, 2000, p.173. 
 
2.1 Organização do Setor de compras 
Alguns princípios fundamentais devem ser considerados na 
organização do setor: 
a. autoridade para compra; 
b. registro de compras;c. registro de preços; 
d. registro de fornecedores. 
 
Para complementar a organização deve-se visar os objetivos da 
administração de materiais: 
a. material na especificação; 
b. qualidade e quantidade desejadas; 
c. melhor preço de mercado; 
d. prazo desejado. 
 
Outras atividades estão relacionadas à compra: 
a. Pesquisa: 
- estudo de mercado; 
Negociação 
Adjudicação 
do pedido 
Diligenciamento 
(follow-up) 
Pedido de 
compra 
Processamento 
da compra 
Cadastro de 
fornecedores 
Recebimento 
Julgamento Concorrência 
 
40 
 
- estudo de materiais; 
- análise de preços; 
- investigação das fontes de fornecimento; 
- vistoria dos fornecedores. 
 
b. Aquisição: 
- análise das cotações; 
- entrevistas com vendedores; 
- promoção de contratos, sempre que possível, em 
substituição aos processos individuais; 
- negociação; 
- efetivação das encomendas. 
 
As principais atribuições do setor de compras são: 
a. manter atualizadas as informações dos fornecedores 
cadastrados; 
b. efetuar as licitações, de conformidade com as 
necessidades da empresa, identificando no mercado as 
melhores condições comerciais; 
c. garantir o cumprimento das cláusulas contratuais, mediante 
diligenciamento; 
d. manter atualizados os registros necessários à atividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8 - Atividades do setor de compras. 
Fonte: Viana, 2000, p.175. 
 
2.2 Principais atribuições do setor de 
compras 
 
2.2.1 Cadastro de Fornecedores 
É o órgão responsável pela qualificação, avaliação e desempenho 
de fornecedores de materiais e serviços. 
 
2.2.2 Processamento 
Órgão responsável pelo recebimento dos documentos referentes 
aos pedidos de compra e montagem dos respectivos processos. 
 
Compras 
Cadastro de 
fornecedores 
Compras 
locais 
Processamento Compras por 
importação 
Diligenciamento 
 
41 
 
2.2.3 Compras Locais 
A diferença fundamental nessas atividades é a formalidade no 
serviço público e a informalidade na iniciativa privada. As leis nºs 
8.666/93 e 8.883/94 formalizam as licitações no serviço público. 
 
2.2.4 Compras por Importação 
Envolvem a participação de especialistas em comércio exterior e 
estão expostas a contínuas modificações de regulamentos. 
2.2.5 Diligenciamento (follow-up) 
Atividade que objetiva garantir o cumprimento das cláusulas 
contratuais, com especial atenção para o prazo de entrega 
acordado, acompanhando, documentando e fiscalizando as 
encomendas pendentes em observância aos interesses da 
empresa. 
 
 
 
. 
Figura 9 - Modelo de solicitação de compra. 
Fonte: Trigueiro, 2001, p. 35. 
 
2.3 Etapas do processo 
 
As principais fases do fluxo básico da compra são: 
a) preparação do processo – recebimento dos documentos e 
montagem do processo de compra; 
b) planejamento da compra – indicação de fornecedores e a 
elaboração de condições gerais e específicas; 
c) seleção de fornecedores – seleção para a respectiva 
concorrência em função da sua avaliação de desempenho; 
d) concorrência – expedição de consulta, abertura, análise e 
avaliação de propostas e negociação; 
 
42 
 
e) contratação – julgamento da concorrência, negociação com 
o fornecedor vencedor e a adjudicação do pedido; 
f) controle de entrega – ativação, por meio do 
diligenciamento do fornecedor envolvido, o recebimento do 
material e o encerramento do processo. 
 
 
 
2.4.0 Modalidades de Compra 
 
2.4.1 Compra Normal 
Procedimento adotado quando o prazo for compatível para 
obter as melhores condições comerciais e técnicas na aquisição 
de materiais, por meio de todas as etapas. É a mais vantajosa, 
pois permite ao comprador o estabelecimento de condições 
ideais para a empresa. 
 
2.4.2 Compra em emergência 
Acontece quando a empresa falha na elaboração do 
planejamento ou no atendimento de necessidade oriunda de 
problemas operacionais. Observa-se a perda de várias etapas 
fundamentais, o que torna a compra em emergência 
desvantajosa, porque os preços obtidos são elevados em relação 
aos da compra normal. 
2.5.0. CADASTRO DE FORNECEDORES 
São atribuições do cadastro de fornecedores: 
- qualificar e avaliar o desempenho dos fornecedores de 
materiais e serviços; 
- acompanhar a evolução do mercado; 
- subsidiar as informações e tarefas do comprador; 
- efetuar a manutenção dos dados cadastrais; 
- pontuar cada fornecedor com méritos e deméritos durante 
as fases de consulta e fornecimento. 
 
As premissas do cadastro de fornecedores são: 
- preço; qualidade; prazo. 
 
Essas premissas determinam a atuação do setor: 
- ter registrado fornecedores cujos produtos ou serviços 
possam ser de interesse efetivo ou potencial da empresa; 
- garantir um plantel de fornecedores com padrão acima do 
mínimo necessário; 
- despertar o interesse do fornecedor em manter-se 
atualizado perante as metas da empresa; 
- antecipar-se às necessidades de aquisição da empresa. 
 
 
43 
 
2.5.1 Critérios de cadastramento 
A quantidade de empresas mantidas no cadastro varia em função 
do número e da diversidade dos materiais consumidos. Esse 
número não deve ser tão reduzido e nem tão elevado, mantendo 
uma quantidade equilibrada. Os critérios para cadastramento 
são: 
 
a) Critérios políticos 
São definidos pela administração da empresa, tendo como 
fatores: estabelecimento de prioridades para cadastramento 
de empresas da região ou do Estado, prioridade nas consultas 
a empresas de pequeno a médio porte etc. 
 
b) Critérios técnicos 
Envolvem as carências de abastecimento, na procura de 
desenvolvimento de novas alternativas de fornecimento. 
 
c) Critérios legais 
Aplicados exclusivamente às empresas estatais, autárquicas e 
do serviço público. 
 
 
 
44 
 
 
Figura 10 - Modelo de ficha de cadastro de fornecedor 
Fonte: Trigueiro, 2001, p. 37. 
 
2.5.2 Procedimentos para cadastro 
Basicamente, os fatores de decisão para inclusão de 
fornecedores fundamentam-se: 
- na estabilidade econômico-financeira; 
- na idoneidade comercial; 
- na capacidade produtiva; 
- na capacidade técnica; 
- na tradição no mercado. 
 
Os critérios para cadastramento envolvem duas fases distintas: 
a. fase inicial – análise preliminar; 
b. fase final – análise complementar. 
 
a) Fase inicial – análise preliminar 
Consiste na análise sumária e rápida dos documentos 
preliminares apresentados pelo interessado no cadastramento. 
Para tanto, os interessados devem apresentar: 
 
45 
 
a. ato constitutivo da empresa, estatutos ou contrato social e 
alterações; 
b. atestados de capacidade técnica e/ou de fornecimento a 
outras empresas de ramo e porte equivalente; 
c. atestados de capacidade e idoneidade financeira; 
d. cópias dos dois últimos balanços; 
e. linha de produtos e/ou serviços oferecidos. 
 
Com esses documentos a empresa compradora poderá realizar 
as seguintes análises: 
 
a1) Análise social 
Verifica-se seu objetivo, capital e composição acionária. Com 
isso procura-se evitar o cadastro de empresas que em cuja 
composição acionária constem funcionários da empresa que está 
cadastrando; sócio e ex-sócio de empresas excluídas do cadastro 
por falta grave; sócio de empresa já cadastrada para a mesma 
linha de materiais etc. 
 
a2) Análise econômico-financeira 
É constatada por meio de balanços, referências bancárias e 
cartas de crédito, cadastrando apenas empresas tidas como 
solventes. 
 
a3) Análise técnica preliminar 
É realizada com base nos atestados de capacidade técnica e na 
relação de equipamentos, visando constatar a tradição comercial 
da empresa, o interesse nos materiais e serviços oferecidos, a 
necessidade ou não de visita técnica, a qualificaçãode produtos 
ou testes de materiais. 
 
b) Fase final – análise complementar 
Procede-se à análise complementar para as empresas aprovadas 
na fase preliminar, definindo ou não o registro. 
 
b1) Análise jurídica 
É realizada utilizando-se as certidões positivas dos cartórios de 
feitos executivos, certidões negativas de falência ou concordata e 
inscrições fiscais de âmbito federal, estadual e municipal. 
 
 
b2) Análise técnica conclusiva 
Sendo necessária, realiza-se a visita técnica, em companhia de 
especialistas no campo envolvido, por meio da qual obtêm-se os 
seguintes elementos para avaliação: 
a. recursos humanos: quantidade, qualidade e 
especialização; 
b. recursos materiais: maquinário, ferramental e instalações; 
c. organização: programação, controle da produção, 
segurança e lay-out; 
d. produção: capacidade, flexibilidade e diversificação; 
 
46 
 
e. controle de qualidade: recebimento, produção e produto. 
 
5.5.3 Aprovação de cadastro 
Depois de coletar os dados dos fornecedores a empresa deve 
efetuar a análise do conceito técnico do fornecedor: 
- Deficiente – não deverá obter registro; 
- Regular – poderá vir a ser registrada; 
- Bom e excelente – deverão ser cadastradas. 
 
5.5.4 Seleção de fornecedores 
São os seguintes os critérios de seleção: 
- O fornecedor da última compra deve sempre ser indicado; 
- Não indicar fornecedores com atrasos na entrega; 
- Evitar consultas em grupos reduzidos de fornecedores; 
- Priorizar as consultas aos fabricantes; 
- Evitar a consulta a fornecedores com baixo índice de 
cotação. 
 
5.5.5 Avaliação de fornecedores 
Os fornecedores devem ser constantemente e sistematicamente 
avaliados por meio dos seguintes critérios: 
a) Desempenho comercial; 
b) Cumprimento de prazos de entrega; 
c) Qualidade do produto; 
d) Desempenho do produto em serviço. 
 
a) Desempenho comercial 
São os seguintes aspectos: 
- Coleta de preços: número de respostas às consultas e 
obediência as condições gerais de fornecimento. 
- Cumprimento das condições contratuais: condições de 
pagamento, reajustes de preços, preços propostos e ética 
comercial. 
 
b) Cumprimento dos prazos de entrega 
O fornecedor é avaliado quanto a: 
- Cumprimento dos prazos de entrega; 
- Presteza no atendimento de emergências. 
 
c) Qualidade do produto 
O fornecedor é avaliado por meio da quantidade de devoluções 
efetuadas. 
 
d) Desempenho do produto em serviço 
O fornecedor é avaliado por meio das ocorrências de 
desempenho insatisfatório no serviço. 
 
 
47 
 
2.6.0 CONCORRÊNCIA 
Concorrência é o procedimento inicial para a aquisição de 
materiais e serviços, por meio de consulta formal ao mercado, 
compreendendo a expedição de consulta aos fornecedores, 
abertura, análise e avaliação das propostas. 
 
2.6.1 Modalidades de coleta de preços 
A coleta de preços pode ser: 
- normal; 
- em emergência; 
- para contratação mediante autorização de fornecimento; 
- para contratação por longo prazo. 
 
 
 
Figura 11 - Modelo de Ficha de cotação de preços 
Fonte: Trigueiro, 2001, p. 44. 
 
2.6.2 Dispensa de concorrência 
A dispensa de concorrência é admitida quando: 
- aquisições de pequenos valores; 
- conveniência administrativa; 
- concorrência sem resposta; 
- concorrência com preços superiores aos do mercado; 
- fornecedor exclusivo; 
- compra de imóvel. 
 
 
48 
 
2.6.3 Condições gerais da concorrência 
 
a) Preço 
Os preços unitários deverão ser cotados por item e incluir 
todas e quaisquer despesas e ônus. O proponente deve 
indicar expressamente se o preço cotado é reajustável. 
 
b) Alternativas 
Cotações para materiais similares aos discriminados ou 
alternativas de execução de serviços deverão ser 
apresentadas à parte. 
 
c) Garantia 
O proponente deverá garantir o produto ou serviço contra 
defeitos de fabricação, de material ou de execução, por 
período mínimo adequado a cada situação. 
 
d) Aceitação do material 
A aceitação do material está condicionada à conferencia de 
quantidade e de qualidade. Caso o material não seja 
aprovado, os encargos de frete e seguro, de ida e volta, 
correrão por conta do fornecedor. 
 
e) Outras condições 
Serão desqualificadas as propostas sem prazo de entrega, 
manuscrita, sem assinatura, entregue fora do prazo 
estabelecido, com preços ilegíveis ou sujeitos a qualquer tipo 
de confirmação posterior a critério do proponente, por ocasião 
da eventual encomenda ou da entrega, ou, ainda, que deixem 
de atender a quaisquer das exigências contidas nas 
instruções. 
 
f) Informações adicionais 
Algumas empresas, conforme o caso, costumam adotar a 
prática de indicar preço-teto ou preço de referência: 
 
- Preço-teto: é o preço máximo estipulado para aquisição. 
- Preço de referencia: é o preço mencionado como 
parâmetro formalmente ou informalmente. 
 
 
 
49 
 
 
 
Figura 12 - Ficha de compra de material 
Fonte: Trigueiro, 2001, p. 38. 
 
2.6.4 Etapas da concorrência 
a) Montagem do processo; 
b) Estipulação de datas de devolução e de abertura; 
c) Expedição e endereçamento; 
d) Recepção das propostas dos fornecedores; 
e) Abertura; 
f) Avaliação; 
g) Negociação; 
h) Adjudicação. 
 
2.7.0. CONTRATAÇÃO 
A adjudicação representa a garantia mútua por meio da 
celebração do contrato de compra firmado entre comprador e 
vendedor. Utilizam-se os seguintes instrumentos para a 
adjudicação: 
- autorização de fornecimento; 
- contrato de longo prazo. 
 
 
50 
 
 
Figura 13 - Ficha de autorização de fornecimento de material 
Fonte: trigueiro, 2001, p.46. 
 
2.8.0 DILIGENCIAMENTO (FOLLOW-UP) 
A criação do setor de diligenciamento serve para a prevenção de 
eventuais desvios, objetivando garantir o cumprimento do prazo 
de entrega acordado, monitorando, fiscalizando, acompanhando e 
documentando as encomendas pendentes nos respectivos 
fornecedores. 
 
A atuação do diligenciamento pauta-se na localização e 
antecipação de problemas, no intuito de evitar surpresas 
desagradáveis, cobrando e oferecendo alternativas para os 
inevitáveis atrasos, que a empresa não pode suportar, por meio 
de contratações com outros fornecedores. 
 
O diligenciamento permite e possibilita que a empresa trabalhe: 
- com estoques relativamente mais baixos; 
- por meio de riscos mínimos de falta de material; 
- com menor imobilização de capital. 
 
51 
 
 
O termo inglês follow-up significa seguir, acompanhar, agendar, 
daí sua aplicação na área de compras. 
 
O diligenciamento tem os seguintes objetivos: 
a) atingir e manter esquema de acompanhamento das 
encomendas para informar, sistematicamente, a situação 
de cada material em fase de aquisição; 
 
b) atingir e manter esquema de acompanhamento que 
possibilite o cumprimento dos prazos de entrega acordados 
e posicionando a situação das encomendas de materiais 
cujos estoques estejam críticos; 
 
c) atingir e manter o fluxo de informações ao comprador e ao 
cadastro de fornecedores relativas ao desempenho obtido 
no cumprimento dos prazos de entrega estabelecidos e ao 
grau de dificuldade provocado no diligenciamento. 
 
2.8.1 Procedimentos para diligenciamento 
O grau de acompanhamento pode ser estabelecido em função 
dos seguintes fatores: 
a) possibilidade de falta no estoque do material em aquisição; 
b) natureza da compra: normal, urgente, de emergência; 
c) curva de consumo; 
d) necessidade do usuário. 
 
2.8.2 Modalidades de diligenciamento 
Na gestão de estoques não se admite atraso, mas sim tolerância 
nos prazos de entrega, para evitar a ruptura do estoque e garantir 
a continuidade do abastecimento, pois a tolerância é inferior ao 
nível de emergência. Assim, o diligenciamento atua de três 
maneirasdiferenciadas: 
a) atuação preventiva; 
b) atuação curativa; 
c) procedimentos especiais. 
 
2.8.2.1Atuação preventiva 
O objetivo da atuação preventiva é evitar que ocorram atrasos na 
entrega de materiais encomendados que normalmente são: 
- materiais a vencer; 
- carteira de encomendas por fornecedor; 
- encomendas em aberto por fornecedor. 
 
Nesses casos devem ser avaliados: 
- a totalidade da carteira do fornecedor; 
- as encomendas a vencer nos próximos 15 dias; 
- a necessidade de convocar o fornecedor a prestar 
esclarecimentos; 
 
52 
 
- as solicitações de prorrogação de prazos de entrega em 
função da posição do saldo físico, da tradição de consumo 
e da necessidade da empresa; 
- os problemas de ordem técnica ou comercial. 
 
2.8.2.2 Atuação curativa 
O seu objetivo é evitar que os atrasos, quando ocorrerem, sejam 
longos, de tal forma que o atraso médio das encomendas 
vencidas seja curto, para não ocorrer a ruptura do estoque, 
analisando: 
- número de itens vencidos por fornecedor; 
- atraso individual das encomendas; 
- atraso médio do fornecedor. 
 
2.8.3Procedimentos especiais 
Outros procedimentos, dependendo da empresa, podem vir a ser 
adotados para atender a necessidades particulares: 
- ativação de materiais para reformas; 
- ativação de materiais para reparos; 
- ativação de materiais críticos. 
 
Os instrumentos para acompanhar essas encomendas são: 
- relação geral de materiais para reformas, reparos gerais ou 
críticos; 
- relatório de materiais a vencer nos próximos 15 dias; 
- relatório de materiais vencidos; 
- relatório de materiais por fornecedor. 
 
2.9.0. RECEBIMENTO 
A atividade de recebimento intermedia as tarefas de compra e 
pagamento ao fornecedor, sendo de sua responsabilidade a 
conferência dos materiais destinados à empresa. São atividades 
básicas do recebimento: 
a. Coordenar e controlar as atividades de recebimento e 
devolução de materiais; 
b. Analisar a documentação recebida, verificando se a 
compra está autorizada; 
c. Confrontar os volumes declarados na Nota Fiscal e no 
Manifesto de Transporte com os volumes a serem 
efetivamente recebidos; 
d. Proceder a conferência visual, verificando condições de 
embalagem quanto a possíveis avarias na carga 
transportada e, se for o caso, apontando as ressalvas de 
praxe nos respectivos documentos; 
e. Proceder à conferência quantitativa e qualitativa dos 
materiais recebidos; 
f. Decidir pela recusa aceite ou devolução, conforme o caso; 
g. Providenciar a regularização da recusa, devolução ou da 
liberação de pagamento ao fornecedor; 
 
53 
 
h. Liberar o material desembaraçado para estoque no 
Almoxarifado. 
 
 
São vantagens do uso do sistema de recebimento: 
a. Racionalização e agilização, no âmbito operacional, das 
rotinas e procedimentos, em todos os segmentos do 
processo; 
b. Maior integração com os sistemas envolvidos; 
c. Estabelecimento de critérios administrativos mais 
adequados, para tratamento de pendências; 
d. Minimização das ocorrências de erros no processamento 
das informações. 
 
A análise do Fluxo de Recebimento de Materiais permite dividir a 
função em quatro fases: 
- 1ª fase: entrada de materiais; 
- 2ª fase: conferência quantitativa; 
- 3ª fase: conferência qualitativa; 
- 4ª fase: regularização. 
 
2.9.1 ENTRADA DE MATERIAIS 
Representa o início do processo de recebimento, tendo como 
propósito efetuar a recepção dos veículos transportadores, 
proceder à triagem da documentação suporte do recebimento, 
encaminha-los para descarga e efetuar o cadastramento dos 
dados pertinentes ao sistema. 
 
a) Recebimento na portaria da empresa 
• Cadastramento dos dados de recepção. 
 
b) Recebimento no almoxarifado 
• Está voltada para a conferência de volumes; 
• Posicionamento do veículo no local exato de descarga; 
• Providenciar equipamento e material de descarga 
necessários. 
 
b1) Etapas do Recebimento no almoxarifado 
a. Exame de avarias e conferência de volumes. 
b. Recusa de recebimento. 
c. Liberação do Transportador. 
d. Descarga. 
 
2.9.2 CONFERÊNCIA QUANTITATIVA 
É a atividade que verifica se a quantidade declarada pelo 
fornecedor na Nota Fiscal corresponde à efetivamente recebida. 
Dependendo da natureza dos materiais envolvidos, estes podem 
ser contados utilizando-se um dos seguintes métodos: 
1. Manual: para casos de pequenas quantidades. 
2. Por meio de cálculo: para os casos que envolvem embalagens 
padronizadas com grandes quantidades. 
 
54 
 
3. Por meio de balanças contadoras: para casos que envolvem 
grande quantidade de pequenas peças, como parafusos, 
porcas ou arruelas. 
4. Pesagem: para materiais de maior peso ou volume, a 
pesagem pode ser feita com o veículo transportador sobre 
balanças. 
5. Medição: em geral, as medições são efetuadas por meio de 
trenas. 
6. Critérios de tolerância. 
 
2.9.3 CONFERÊNCIA QUALITATIVA 
Atividade também conhecida como Inspeção técnica que visa 
garantir a adequação do material ao fim a que se destina. A 
análise de qualidade é efetuada por meio da confrontação das 
condições contratadas na autorização de fornecimento com as 
condições consignadas na nota fiscal pelo fornecedor e examina 
os itens a seguir: 
a. Características dimensionais; 
b. Características específicas; 
c. Restrições de especificação. 
 
2.9.3.1 Modalidades de inspeção de materiais 
a. Acompanhamento durante a fabricação: torna-se 
conveniente, por questões de segurança operacional, 
acompanhar in loco todas as fases de produção. 
b. Inspeção no fornecedor, produto acabado: por interesse da 
empresa compradora, será feita a inspeção do produto 
adquirido acabado em cada respectivo fornecedor. 
c. Inspeção por ocasião do recebimento: a inspeção dos 
materiais adquiridos pela empresa será feita por ocasião 
dos respectivos recebimentos. 
 
2.9.3.2 Roteiro seqüencial de inspeção 
 
a) Documentos para inspeção 
a. Especificação de compra do material e alternativas 
aprovadas durante o transcorrer do processo de aquisição. 
b. Desenhos e catálogos técnicos. 
c. Padrão de inspeção. 
 
b) Seleção do tipo de inspeção 
Se total ou por amostragem, em conformidade com a Norma 
ABNT NB-309, utilizando-se conceitos estatísticos. 
 
c) Preparação do Material para inspeção 
Retirar a proteção ou embalagem que envolve o material. 
 
d) Análise visual 
Objetiva verificar sem a ajuda de instrumentos, o acabamento do 
material para detectar defeitos. 
 
 
55 
 
e) Análise dimensional 
Objetiva verificar, utilizando instrumentos de medição, as 
dimensões dos materiais em análise. 
• Ensaios 
Os ensaios comprovam a qualidade, resistência mecânica, 
balanceamento, desempenho, funcionamento etc. 
a. Ensaios mecânicos: ensaios destrutivos. 
b. Ensaios elétricos. 
 
• Testes 
Os testes não destrutivos visam garantir a sanidade interna do 
material. 
 
• Consulta ao usuário do material 
 
• Resultado final 
É a liberação ou recusa do material analisado. 
 
2.10.0 REGULARIZAÇÃO 
Caracteriza-se pelo controle do processo de recebimento, pela 
confirmação da conferência qualitativa e quantitativa, por meio do 
laudo de inspeção técnica e da confrontação quantidades 
conferidas versus faturadas, respectivamente, para decisão de 
aceitar ou recusar e, finalmente, pelo encerramento do processo. 
 
2.10.1 Documentos envolvidos na regularização 
a. Nota fiscal. 
b. Conhecimento de transporte rodoviário de carga. 
c. Documento de contagem efetuada. 
d. Parecer da inspeção. 
e. Especificação da compra. 
f. Catálogos técnicos. 
g. Desenhos. 
 
2.10.2 Processamento 
O material liberado deverá ser processado mediante o documento 
de Comunicação de Recebimento. Esse documento dará origem 
as seguintes situações:

Outros materiais