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metodologia cientifica unidade 1

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Daisy Libório e Lucimara Terra
Metodologia
científica
03
Sumário
CAPÍTULO 1 – Informação Científica................................................................................05
Introdução ....................................................................................................................05
1.1 Tipos de conhecimento .............................................................................................05
1.1.1 O ato de conhecer ..........................................................................................05
1.2 Conceito de ciência e método ...................................................................................07
1.2.1 O método científico .........................................................................................07
1.2.2 A pesquisa científica ........................................................................................09
1.2.3 Tipos de trabalhos científicos ............................................................................10
1.2.4 A redação técnico-científica .............................................................................11
1.3 Fontes de informação ...............................................................................................12
1.3.1 As distintas fontes de informação ......................................................................12
1.4 Citação, referenciação científica e direitos autorais ......................................................13
1.4.1 Citações .........................................................................................................13
1.4.2 Tipos de citações .............................................................................................14
1.4.3 Indicação de autores na citação .......................................................................15
1.4.4 Referenciação .................................................................................................16
Síntese ..........................................................................................................................20
Referências Bibliográficas ................................................................................................21
Capítulo 1 
05
Introdução
Você já percebeu que os materiais que você geralmente utiliza para realizar os seus trabalhos 
universitários possuem uma organização especial das informações? Que a linguagem utilizada 
nesses materiais é bem diferente das obras literárias que você costuma ler? Que todas as infor-
mações apresentadas possuem um contexto e que a comprovação e fundamentação dos dados 
é algo frequente nesses materiais? A disciplina de Metodologia Científica visa a dar a você um 
suporte à sua produção acadêmica, conforme os padrões utilizados pela comunidade científica 
e de acordo com as normas divulgadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. 
Mais que um guia para que você elabore os seus trabalhos acadêmicos e científicos, esta disci-
plina visa a fornecer um panorama sobre o fazer científico, a sua importância para o desenvolvi-
mento da sociedade como um todo, apresentando também a sua evolução.
Este capítulo traz informações sobre o conhecimento científico e a sua formação, bem como 
outros tipos de conhecimentos, também válidos e importantes para a evolução do homem em 
sociedade. Apresenta como a ciência se sistematizou ao longo do tempo e a contribuição das 
universidades como um espaço intrinsecamente científico e laico. Também serão abordados os 
conceitos de ciência e método científico, os diferentes tipos de trabalhos científicos, os fatores 
que fazem parte da elaboração de uma pesquisa científica e o estilo de redação do material cien-
tífico. As diferentes fontes de informação científica – primárias, secundárias e terciárias também 
serão discutidas. Além disso, serão apresentados os recursos de padronização da ABNT quanto 
às citações, referências e atribuição da autoria. 
Tenha uma boa leitura e um ótimo período de estudos!
1.1 Tipos de conhecimento
Ao entrar na vida acadêmica, você se deparou com diversos tipos de trabalhos científicos. Esses 
trabalhos possuem uma organização própria, com termos, técnicas e modos de apresentar argu-
mentos bem específicos. A metodologia científica é aplicada às produções acadêmicas e possui 
regras e disposições próprias na aquisição, transformação e transmissão do conhecimento, como 
veremos nesta disciplina. Veja agora os diferentes tipos de conhecimento e mais especificamente 
como o conhecimento científico tem impacto na sua vida.
1.1.1 O ato de conhecer
O conhecimento, ou cognoscere, que em latim significa “ato de conhecer”, é um conceito muito 
amplo. Há muitas formas de o homem conhecer o mundo e a si mesmo e utilizar esses entendi-
mentos para o desenvolvimento da sociedade. Todas as culturas possuem formas de conhecer as 
coisas e transmitir as suas descobertas. 
Entre as formas mais comuns de conhecimento, está o conhecimento sensorial ou sensível, cien-
tífico, artístico, filosófico, a sabedoria popular, teológico ou religioso, etc. – e todas essas formas 
de conhecer e sistematizar a compreensão devem ser respeitadas. Em muitos monumentos his-
tóricos das grandes civilizações, são encontrados registros de diferentes tipos de conhecimento, 
muitas vezes descritos em conjunto.
Informação Científica
06 Laureate- International Universities
Metodologia científica
Figura 1 – Conhecimento egípcio: convergência da arte, ciência, religião e política.
Fonte: Shutterstock (2015).
Já o conhecimento científico é pautado por método inquisitivo, que utiliza provas observáveis, 
empíricas e mensuráveis, cujo método se baseia na coleta de dados por meio de observação e 
experimentação, na formulação de hipóteses e teses. Segundo Lakatos e Marconi (2009, p. 7), 
o conhecimento científico é real (factual), pois analisa as ocorrências ou fatos, isto é, com toda 
“forma de existência que se manifesta de algum modo”. É sistemático, pois compreende o saber 
de maneira ordenada, formando um sistema de ideias (teoria), “e não conhecimentos dispersos 
e desconexos” (LAKATOS; MARCONI, 2009, p. 7). É importante entender que o conhecimento 
científico não é infalível ou unânime: novas descobertas e o desenvolvimento de técnicas podem 
reformular algo que já havia sido comprovado pela ciência.
A investigação científica se inicia quando se descobre que os conhecimentos existentes, 
originários quer das crenças do senso comum, das religiões ou da mitologia, quer das teorias 
filosóficas ou científicas, são insuficientes e imponentes para explicar os problemas e as dúvidas 
que surgem. (LAKATOS; MARCONI, 2009, p. 30).
Se você parar para pensar, boa parte das coisas que você consome, por exemplo, é produzi-
da com conhecimentos oriundos das investigações científicas: as vacinas e remédios que você 
utiliza, as fibras que compõem a sua roupa, a diversidade de alimentos que chega até a sua 
mesa, a tecnologia empregada em seus aparelhos eletrônicos, por exemplo. O método cientí-
fico contribui no trato de problemas e processos do dia a dia ou de demandas que envolvem o 
desenvolvimento humano como um todo. Assim, o conhecimento torna-se uma premissa para o 
desenvolvimento humano, bem como a pesquisa para a consolidação da ciência.
NÃO DEIXE DE VER...
O filme Luz, trevas e método científico, produzido pelo Instituto de Bioquímica Médica 
(Laboratório de Bioenergética) da UFRJ, com apoio do CNPq, apresenta de forma sim-
ples o fazer científico, concebido a partir de uma estruturação sistemática e necessária, 
mas também como algo comum em diferentes momentos do cotidiano.
07
1.2 Conceito de ciência e método
Todo fazer científico possui regras, métodos e direcionamentos que se desenvolveram por muitos 
séculos e com a contribuição de muitos pesquisadores. Você veráo que é de fato ciência e como 
ela está organizada, tendo em vista que a universidade é a instituição fomentadora e desenvol-
vedora da pesquisa científica. Observe também os diferentes tipos de trabalhos científicos e o 
modo de produzi-los, por meio das boas práticas de redação científica.
1.2.1 O método científico
O método científico pode ser definido como um conjunto de regras básicas empregadas em uma 
investigação científica, com o objetivo de obter resultados, de forma imparcial e confiável. O 
método científico é resultado da contribuição de pensadores de todos os momentos históricos – a 
ideia de sistematizar o saber é oriunda da Grécia Antiga e vem sendo revista e analisada por mui-
tos pensadores – como René Descartes (1596-1650), que, na obra Discurso o Método, discute 
importantes conceitos que permeiam toda a trajetória da ciência até hoje. O filósofo costumava 
dizer que, para compreender o todo, basta compreender as partes, o que exemplifica bem uma 
das formas do método científico, que averigua uma questão por etapas, de forma sistemática e 
racional, chamada de método dedutivo. 
Figura 2 – René Descartes, um dos precursores modernos do método científico.
Fonte: Shutterstock (2015).
Francis Bacon (1561-1626), por exemplo, foi o primeiro a defender a experimentação como 
fonte de conhecimento e um dos responsáveis pela base do empirismo. Foi ele quem atribuiu ao 
conhecimento um caráter mais funcional, e afirmava que apenas a investigação científica poderia 
garantir o desenvolvimento do homem e o domínio deste sobre a natureza. O filósofo ficou co-
nhecido por propor o método indutivo (CHAUÍ, 2010). Posteriormente, muitos outros teóricos lan-
çaram luz sob a questão do método científico, que hoje pode ser concebido por etapas distintas:
08 Laureate- International Universities
Metodologia científica
Observação
HipótesePublicação
ExperimentaçãoConclusão
TesteResultados
Figura 3 – Resumo das etapas do método científico.
Fonte: Elaborada pela autora (2015).
Para elucidar melhor essas etapas, podemos entender da seguinte forma. Confira a seguir!
•	 Observação – A partir da observação de algum sistema ou situação, o cientista formula 
uma questão do seu interesse. A observação científica é sistemática e controlada, a partir 
de fatos verificáveis.
•	 Hipótese – O cientista busca uma possível resposta para explicar o fenômeno observado. 
Estas são as afirmações prévias para explicar os fenômenos.
•	 Experimentação – Para verificar se a hipótese é realmente verdadeira, o cientista irá 
realizar experimentos controlados, medir os dados, confirmar ou não as hipóteses – se são 
ou não verdadeiras e prováveis.
•	 Tese – O cientista elaborará um conjunto de fatos alinhados e hipóteses organizadas. 
Buscará dados e argumentos que comprovem a sua tese. O cientista pode fazer novos 
experimentos, novas observações, reciclar as hipóteses e análise lógica.
•	 Resultados – Ele verificará se os resultados atingidos corroboram as teorias.
•	 Conclusões – Ele deve apresentar as conclusões alcançadas com a pesquisa científica.
•	 Publicação – O cientista apresentará a pesquisa, seu desenvolvimento e os resultados 
à comunidade científica, publicando o conteúdo ou apresentando-o para a análise, de 
forma organizada.
09
CASO
Charles Darwin (1809-1882) visitou as ilhas Galápagos, a oeste do Equador, e observou várias 
espécies de tentilhões, pássaros comuns no local, e cada uma destas estava adaptada de ma-
neira única ao seu habitat. O cientista, contudo, constatou, por meio da observação, diferenças 
entre os bicos dos tentilhões, indispensáveis na busca por alimentos. Ficou surpreso como tantas 
espécies de tentilhão coabitavam uma mesma área geográfica, tão diminuta. 
Darwin, então, passou a questionar: o que levou à diversidade de tentilhões das ilhas Galápa-
gos? Darwin formulou a hipótese de que a diversidade desse tipo de ave era resultado de uma 
mesma espécie matriz, que se desenvolveu de formas diferentes em distintos ambientes. 
Em seguida, Darwin deduziu que houve uma luta pela sobrevivência e pela adaptação das es-
pécies observadas. Darwin conhecia a obra Ensaio sobre o princípio da população, do cientista 
Thomas Robert Malthus (1766-1834), que fala sobre a sobrevivência e o crescimento populacio-
nal das espécies – havia um controle natural para que os tentilhões fossem verificados daquela 
maneira. Darwin fez testes comparativos em grupo experimental de tentilhões. Na análise das 
informações que coletou, chegou à conclusão de que o isolamento geográfico, o ambiente eco-
lógico e a competição entre as espécies de tentilhão contribuíram para a seleção dessas espécies 
– ele desenvolveu, dessa forma e em grosso modo, a sua teoria da seleção natural e evolução. 
Darwin levou quase 20 anos analisando todos esses dados recolhidos em Galápagos antes de 
incluí-los na sua teoria de seleção natural, publicada em seu livro A origem das espécies e a 
seleção natural (1859).
1.2.2 A pesquisa científica
A pesquisa, seja para fins profissionais ou científicos, amplia os horizontes e apresenta diretrizes 
fundamentais que podem contribuir para o desenvolvimento do conhecimento (OLIVEIRA, 2002). 
Ao pesquisador, cabem as habilidades para a utilização das técnicas de análise, a compreensão 
dos métodos científicos e os procedimentos com o objetivo de encontrar respostas para as per-
guntas formuladas – para isso, ele utilizará conhecimentos teóricos e práticos.
Durante sua vida acadêmica, você utilizará métodos e procedimentos baseados na racionalidade 
e comprovação, a partir de um planejamento eficaz de pesquisa e de critérios e instrumentos me-
todológicos adequados, que passem credibilidade e confiança no processo e apresentação dos 
resultados atingidos. O mesmo ocorre em sua vida profissional! Para que você possa se manter 
atualizado em sua área, será preciso recorrer às obras científicas, pois elas são alteradas fre-
quentemente para abordar as discussões, teorias e práticas mais atuais. Saiba que a universidade 
por si só é um espaço voltado ao desenvolvimento das atividades científicas e está estruturada 
pela tríade Ensino, Pesquisa e Extensão.
•	 Ensino – Desenvolver processos de ensino de qualidade.
•	 Pesquisa – Estimular a investigação científica às respostas necessárias ao desenvolvimento 
da sociedade.
•	 Extensão – Atender às demandas da comunidade local, prestando serviços e assistências, 
bem como interagindo com a comunidade em que está inserida.
Você também já compreendeu que a ciência exige um método específico. O método da pesquisa 
varia conforme o tipo de trabalho que o pesquisador irá desenvolver. Os resultados da pesquisa 
podem ser encontrados sob a forma de um trabalho técnico-científico, publicados em revistas e 
periódicos científicos, eventos (como congressos, palestras, seminários, etc.) e em muitos outros 
veículos.
10 Laureate- International Universities
Metodologia científica
Você compreendeu o que é ciência? Conforme Lakatos e Marconi (2009), a ciência é 
um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente, 
sistematizados e verificáveis, que fazem referências a objetos da mesma natureza. Mas 
o que leva o homem a fazer ciência? É a necessidade de compreender as relações 
existentes além das aparências sensíveis dos objetos, fatos ou fenômenos, além das 
percepções sensoriais e do senso comum.
NÓS QUEREMOS SABER!
1.2.3 Tipos de trabalhos científicos
Mesmo que você reconheça diferenças entre os tipos de trabalhos científicos, é possível verificar 
que há semelhanças e até mesmo um padrão entre estes. Todos os modelos possuem uma mesma 
divisão: introdução, desenvolvimento e conclusão. Vejamos alguns tipos de trabalhos científicos 
com os quais você irá se deparar ao longo do seu percurso acadêmico.
•	 Trabalhos	de	graduação – Você elaborarádiversos trabalhos como este, para diferentes 
disciplinas. Eles servem para motivar o raciocínio lógico, proporcionar uma revisão 
bibliográfica e situar o acadêmico com a pesquisa científica.
•	 Trabalhos	de	 conclusão	 curso – Conhecidos como TCC – Trabalho de Conclusão de 
Curso ou TC – Trabalho de Curso, são monografias sobre um determinado assunto. 
Trata-se de uma oportunidade de comprovação de assimilação de conteúdo, uma revisão 
bibliográfica, sem aprofundada capacidade investigativa.
•	 Monografia – É um trabalho científico realizado na obtenção do título de especialista em 
cursos lato sensu, bem como exigido em alguns cursos de graduação. Segundo Medeiros 
(2000), as monografias servem para comprovar o grau de graduação, as dissertações 
para a titulação de mestre e as teses para o grau de doutor – os formatos de texto, 
contudo, são bem similares.
•	 Dissertação – Trata-se de um trabalho direcionado aos cursos pós-graduação stricto 
sensu (mestrado) e supõe a reflexão sobre um determinado tema, de forma ordenada e 
fundamentada, com completude e informações. Tem caráter experimental ou de exposição 
de um estudo científico retrospectivo (NBR 14724, 2011).
•	 Tese – Corresponde a um trabalho de conclusão de pós-graduação strictu senso 
(doutorado), com apresentação de um avanço significativo em determinada área do 
conhecimento, um estudo original.
•	 Artigo	científico – Tem a função de levar ao conhecimento do público um novo assunto 
ou abordagem, aspectos ainda não explorados, com publicação de autoria declarada. 
As afirmações apresentadas devem ser baseadas em evidências e com argumentações 
fundamentadas. O artigo científico pode também refutar ideias e fatos, apresentar soluções 
e sondagem de opinião. Pode ser um artigo original (com temas e abordagens próprias) 
ou artigo de revisão (resumindo, analisando e discutindo informações já publicadas) (NBR 
6022, 2003).
11
1.2.4 A redação técnico-científica
O texto técnico-científico caracteriza-se por abordar as temáticas relativas à ciência, com teorias 
e instrumentos próprios, a fim de levar a questão à discussão, na área para a qual o texto se re-
mete. Você já deve ter notado que a redação científica não é parecida com os textos jornalísticos 
ou publicitários, por exemplo. 
O estilo seguido pelos textos científicos possui uma linha de raciocínio em nível culto ou padrão 
da língua, considerando as regras gramaticais e ortográficas, os estilos de cada área de co-
nhecimento e a normatização técnica. Dessa forma, é importante ressaltar que o estilo do texto 
científico será determinado pela natureza do raciocínio científico, conforme a área do saber em 
que se situa o seu trabalho (SEVERINO, 2002). 
Um artigo científico pressupõe que o autor expresse o que sabe sobre o tema, que utilize os 
recursos da língua de forma direta e clara, sem rebuscamentos ou linguagem coloquial. Muitas 
vezes, os jargões técnicos ajudam na compreensão do leitor (SECAF, 2004).
Na hora de produzir o seu material acadêmico, considere os princípios básicos da comunicação 
técnica: 
•	 Objetividade – Aborde os assuntos de forma simples, evitando os floreios linguísticos, 
evitando os significados dúbios e palavras de difícil compreensão. Evite desvios e 
considerações irrelevantes ou pessoais.
•	 Clareza – Não deixe margens para interpretações adversas. 
•	 Precisão – Utilize termos específicos e vocabulário bem direcionado para afirmar as suas 
suposições, sem usar termos prolixos.
•	 Imparcialidade – Evite ideias preconcebidas. No momento em que você assumir uma 
posição, ampare o seu texto com fatos, evidências e dados alcançados com a sua pesquisa.
•	 Encadeamento – É preciso encadear os parágrafos, tópicos e capítulos, por meio de 
um desenvolvimento lógico. Harmonize cada parágrafo com o anterior e o posterior – o 
mesmo vale para os capítulos e tópicos.
•	 Impessoalidade – Escreva o seu texto de modo impessoal, na terceira pessoa. Em vez 
de usar termos como “a minha pesquisa tem o objetivo de”, utilize “esta pesquisa tem o 
objetivo de”.
•	 Concisão – Construa o máximo de texto com o mínimo de palavras. Se preciso, reescreva 
várias vezes o seu texto para verificar repetições de ideias e palavras.
•	 Coerência – Trata-se de seguir a sequência de ideias previamente destacada logo na 
introdução do trabalho. Crie o seu texto científico com um ordenamento lógico entre os 
temas.
O que é concisão? Entende-se como a capacidade de sintetizar as ideias, de expor o 
máximo com o mínimo de palavras, de forma harmônica. Muitos acadêmicos sentem 
dificuldades no começo das suas produções científicas quanto à concisão. É preciso 
praticar para alcançar um ótimo teor científico e um texto direto e articulado.
NÓS QUEREMOS SABER!
12 Laureate- International Universities
Metodologia científica
1.3 Fontes de informação
Como você já deve saber, para produzir um material científico, é preciso recorrer às diferentes 
fontes de informação. Uma fonte de informação pode ser qualquer recurso que consiga respon-
der a uma demanda de informação de uma pesquisa ou de um usuário.
Conheça agora as fontes de informação que servem para a construção do trabalho científico.
1.3.1 As distintas fontes de informação
No meio acadêmico, essas fontes são divididas em três grupos distintos, mas que se relacionam 
entre si.
•	 Fontes	 primárias – São aquelas que o autor usará diretamente para a elaboração 
do material, por exemplo, teses, normas técnicas, artigos, legislação, livros, relatórios 
científicos, TCCs, patentes, dissertações, teses, entre outros. 
•	 Fontes	secundárias – São aquelas que apresentam a participação de um segundo autor, 
como as bibliografias, as enciclopédias, as publicações ou periódicos de indexação e 
resumos, os artigos de revisão, catálogos, etc. Elas auxiliam o acesso ao conhecimento 
das fontes primárias.
•	 Fontes	 terciárias – São as bibliografias de bibliografias, catálogos de bibliotecas, 
diretórios, e outros recursos similares. Possuem a função de guiar o pesquisador às fontes 
primárias e secundárias.
E como identificar as fontes certas para o seu trabalho? Primeiramente, é preciso identificar o tipo 
de material que você pretende produzir (projeto, monografia, tese, dissertação, etc.). Veremos 
os tipos de trabalhos mais adiante. Em seguida, identifique o tema da pesquisa e defina quais 
materiais irá utilizar na pesquisa – impressos, digitalizados, bases de dados, etc. A próxima etapa 
chama-se comutação bibliográfica, ou seja, a localização e obtenção do material. Durante a 
pesquisa das fontes de informação, é comum aparecerem novos temas, abordagens que você 
não havia considerado inicialmente e até mesmo a mudança dos termos-chaves da pesquisa 
para conceitos mais assertivos. Essas mudanças fazem parte do processo científico.
KAKU, M. A	física	do	futuro: como a ciência moldará o destino humano e o nosso coti-
diano em 2100. Rio de Janeiro: Rocco, 2012. Esse livro faz uma previsão de como será 
a vida das pessoas em 2100, baseada em 300 entrevistas feitas pelo autor a cientistas 
de todas as áreas do conhecimento e de todas as partes do mundo. É uma ótima forma 
de compreender o avanço da ciência.
NÃO DEIXE DE LER...
13
1.4 Citação, referenciação científica e direitos 
autorais
Como você pôde perceber, a construção de um material científico faz uso de diversas fontes, 
opiniões, argumentos e contribuições de outros especialistas. A pesquisa científica utiliza obriga-
toriamente os conteúdos produzidos e apresentados pela comunidade científica para continuar 
se desenvolvendo. E para utilizar referências no seu texto científico, o pesquisador precisa dar 
credibilidade e sustentar as suas posições a partir das evidências apresentadas por outras pesso-
as, em um processo colaborativo e gratificante.
Para citar ou referenciar esses materiais, é precisofazer uso das normas técnicas adequadas ao 
texto científico, a fim de identificar e contemplar corretamente a autoria e garantir os direitos 
autorais, identificar as fontes de informação utilizadas no processo e organizar o conteúdo e a 
disposição das informações. As referência e citações fazem parte de qualquer tipo de trabalho 
acadêmico e fundamentam o seu desenvolvimento.
1.4.1 Citações
As citações servem para fundamentar o trabalho científico, creditando as afirmações apresen-
tadas com posicionamento de autoridades no assunto de determinada área do conhecimento, 
apresentar ideias, aspectos metodológicos, resultados e interpretações sobre os assuntos. Con-
forme a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas (NBR 10520, 2002, p. 1), uma cita-
ção nada mais é que “uma menção de uma informação extraída de outra fonte”. 
Trata-se de uma inserção de informações de outras fontes no texto acadêmico, que ilustram ou 
esclarecem um determinado assunto. É preciso lembrar que não se trata de uma mera cópia ou 
paráfrase, e sim um conteúdo exclusivo. Vale dizer também que não é possível fazer pesquisa 
científica sem citações que a corroboram. 
Diante do que você estudou até o momento sobre as citações, consegue visualizar os 
principais problemas relacionados às citações? O excesso de citações pode descarac-
terizar o trabalho acadêmico. A apropriação de ideias sem citar as fontes pode incidir 
em plágio e desconsiderar a pesquisa. A falta de conexão entre as fontes pode trazer 
problemas na interpretação do conteúdo. E a documentação inadequada pode impedir 
que o leitor faça buscas próprias sobre as ideias apresentadas.
NÓS QUEREMOS SABER!
E como citar as fontes no texto? As citações devem ocorrer de modo organizado, seguindo o 
estilo do autor, mas contemplando os critérios adotados pela publicação ou instituição à qual 
o trabalho científico está vinculado. Os formatos de citações podem ser encontrados na NBR 
10520 (2002, p. 3) – esse documento afirma que as citações devem seguir um sistema de cha-
mada: numérico ou autor-data.
•	 Sistema	numérico – Composto por numeração sequencial, com algarismos arábicos, com 
fonte citada na nota de rodapé e conforme a normatização das referências bibliográficas.
•	 Sistema	autor-data – A listagem completa das citações pode ser acessada em ordem 
alfabética nas referências bibliográficas do trabalho científico. No corpo do texto, 
apresenta-se o sobrenome do autor ou nome da instituição, seguido da data e da página 
14 Laureate- International Universities
Metodologia científica
em que se encontra o trecho citado. Esse padrão é o utilizado pela nossa instituição. Veja 
o exemplo abaixo!
Segundo Freire (2011, p. 32), a libertação e a autonomia das forças opressoras “não chegarão 
pelo acaso, mas pela práxis de sua busca; pelo conhecimento e reconhecimento da necessidade 
de lutar por ela”.
1.4.2 Tipos de citações
Para ilustrar e fundamentar o seu texto, você poderá utilizar diferentes tipos de citações, o que 
torna o trabalho mais completo: há citações diretas e indiretas, longas e curtas, a citação da 
citação, entre outros tipos.
•	 Citação	direta	curta – Conforme a normatização técnica NBR 10520 (2002, p. 2), trata-
se de uma transcrição literal da parte da obra do autor consultado – nesse caso, você 
deve respeitar a redação, a ortografia e a pontuação original. É aplicada em citações 
com até três linhas.
Exemplo:
Sobrenome do autor ou autores (data, número da página) – conteúdo citado entre aspas.
Conforme Malhotra et al. (2001, p. 155), a pesquisa qualitativa é a “metodologia de pesquisa 
não estruturada e exploratória, baseada em pequenas amostras, que proporciona percepções e 
compreensão do contexto do problema”.
Você pode ainda informar os dados de autoria no final da citação, ainda dentro do 
parágrafo.
Exemplo:
A pesquisa qualitativa é a “metodologia de pesquisa não estruturada e exploratória, baseada 
em pequenas amostras, que proporciona percepções e compreensão do contexto do problema” 
(Malhotra et al., 2001, p. 155).
•	 Citação	direta	longa – Para citações de mais de três linhas, é preciso transcrevê-las em 
parágrafo único, com recuo de 4 centímetros da margem esquerda, espaçamento simples, 
sem aspas e em fonte 10. Confira o exemplo!
A ascensão e o estabelecimento dessa extraordinária forma de leitura que chamamos de revista 
em quadrinhos se deu ao longo de mais de 60 anos. As revistas em quadrinhos evoluíram 
rapidamente da compilação das tiras pré-publicadas em jornais para as histórias completas e 
originais e, depois, para graphic novels. Esta última transformação impôs uma necessidade de 
sofisticação literária por parte do escritor e do artista maior do que nunca. (EISNER, 2008, p.7).
•	 Citação	direta	–	a	citação	da	citação – Quando a citação é parte do texto encontrado, 
ou seja, quando o autor está também citando algum outro autor, caso não tenha acesso 
ao documento informado, usa-se a expressão apud, que significa “citado por”. A ordem 
da citação é a seguinte: autor do documento não consultado, seguido da expressão apud 
(sem itálico), e o autor da obra consultada.
[...] o signo tem uma natureza triádica, quer dizer, ele pode ser analisado: em si mesmo, nas 
suas propriedades internas, ou seja, no seu poder para significar; na sua referência àquilo que 
ele indica, se refere ou representa; e nos tipos de efeitos que está apto a produzir nos seus 
receptores, isto é, nos tipos de interpretação que ele tem o potencial de despertar nos seus 
usuários. (PIERCE apud SANTAELLA, 2002, p. 5).
15
•	 Citação	direta	com	omissão – Quando não é necessário apresentar o trecho completo 
na citação, caso não altere o sentido, pode ser expressa apenas parte do texto, utilizando 
as reticências em colchetes: [...]. Confira! 
Os aprendizes não são mais vistos como objetos, mas sim como sujeitos do processo de 
aprendizagem. Sua aprendizagem não consiste mais em receber e processar o conhecimento 
oferecido, mas em debater ativamente com um objeto de aprendizagem que eles mesmos 
selecionaram em um contexto que é definido a partir da interação simultânea com outros 
estudantes e no qual eles mesmos desenvolvem ou alteram estruturas cognitivas individuais. [...] 
Os professores não se concentram mais em apresentar conteúdos cognitivos selecionados e 
sistematizados, mas em ‘descobrir e dar forma a ambientes de aprendizagem estimulantes que 
permitem aos alunos criarem suas próprias construções’. (PETERS, 2004, p. 104).
•	 Citação	indireta – Mantendo o sentido original do texto, você pode citar ideias de um 
ou mais autores do texto, ou de uma obra inteira. Nesse caso, você expressará a ideia 
original do texto, sem aspas ou recuos das citações diretas. Sempre, no final do parágrafo, 
cite entre parênteses o sobrenome do autor e a data.
No período neolítico, por exemplo, não havia recursos materiais tais como há hoje, mas já havia 
a mentalidade de dilapidação e aprimoramento e o desejo de usufruir as reservas sem se preo-
cupar com o futuro, por puro prazer. Dessa forma, é possível afirmar que a experiência do luxo 
antecede inclusive a produção sistematizada de objetos de luxo (LIPOVETXKY; ROUX, 2005).
1.4.3 Indicação de autores na citação
A autoria das obras citadas também possui alguns aspectos a serem considerados. O que acon-
teceria se, por exemplo, você se deparasse com um livro com mais de dois autores? Como iria 
referenciá-lo em seu trabalho científico? Veja a seguir algumas destas situações:
•	 Citação	 com	 um	 autor – Nesse caso, não há mistérios. Cita-se o trecho, direta ou 
indiretamente, com data e página.
Kuazaqui (2000, p. 186) define o marketing como sendo uma “ciência humana que, por meio 
da pesquisa de mercado, procura identificar, quantificar e qualificar as necessidades de um de-
terminado mercado”.
•	 Citação	com	dois	autores – Citam-seos autores pelos sobrenomes, separando-os por 
ponto e vírgula, com data e página, ou se estão citados no corpo do texto, apresentam-se 
os autores por sobrenomes interligados pela letra “e”.
Segundo Swarbrooke e Horner (2002, p. 226), “a indústria do turismo necessita de dados de 
pesquisa para uma série de finalidades”. 
Você pode ainda inserir a citação com dois autores da seguinte forma:
“A indústria do turismo necessita de dados de pesquisa para uma série de finalidades” (Swar-
brooke; Horner, 2002, p. 226). São dados que auxiliam a identificar as oportunidades para o 
desenvolvimento do produto, estabelecer preços de acordo com a concorrência e com a dispo-
nibilidade do consumidor.
•	 Citação	com	mais	de	três	autores – Apresenta-se apenas o primeiro autor em ordem 
alfabética, seguido da expressão et al. (com ponto e sem itálico), com data – e página 
quando a citação for direta.
As pessoas, quando estão dormindo, não estão inativas (CARDOSO et al., 1997).
16 Laureate- International Universities
Metodologia científica
1.4.4 Referenciação
As referências bibliográficas são obrigatórias em qualquer trabalho científico. Elas seguem um 
padrão bem fácil de lidar e devem ser feitas conforme as normas da ABNT. As referências podem 
ter uma ordenação alfabética, cronológica e sistemática (por assunto). 
Para todos os outros casos de referenciação que você não encontrar neste material, 
sugerimos a leitura da NBR 6023 na íntegra: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS. NBR	6023: informação e documentação – referências – elaboração. Rio 
de Janeiro, 2002.
NÃO DEIXE DE LER...
Para fins de padronização, sugerimos a adoção da ordenação alfabética ascendente. Veja agora 
algumas situações de referenciação!
•	 Livro – Iniciam-se pelo sobrenome do autor (em maiúsculas) e, em seguida, os prenomes 
deste. Deve conter o título da obra, o subtítulo, a edição, o local de publicação, a editora 
e o ano de publicação.
Exemplo com um autor:
MARX, Karl. O	capital: crítica da economia política. São Paulo: Civilização Brasileira, 2006. 
Exemplo com dois ou três autores:
SMITH, P. L.; RAGAN, T. J. Instructional	design. Toronto: John Wiley & Sons, 1999.
•	 Livro	 com	 autores	 de	 nomes	 estrangeiros – Autores espanhóis e com sobrenomes 
separados por traços são referenciados citando os sobrenomes em maiúsculas.
SÁNCHES GAMBOA, Silvio Ancizar. Pesquisa	em	educação: métodos e epistemologias. Cha-
pecó: Argos, 2007.
MERLEAU-PONTY, Maurice. O	visível	e	o	invisível. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 1992.
•	 Livro	com	mais	de	três	autores – Usa-se a mesma regra para as citações. Apresenta-se 
o sobrenome do primeiro autor na ordem alfabética, seguido da expressão et al., o título 
do livro (em negrito), o subtítulo (sem negrito, inclusive os dois pontos), a edição, o local, 
a editora e o ano.
BRITO, Edson Vianna et al. Imposto	de	renda	das	pessoas	 físicas: livro prático de consulta 
diária. 6. ed. atual. São Paulo: Frase Editora, 1996. 
•	 Livro	com	autor	organizador – Uma obra pode ter diversos autores e um deles ser o 
organizador ou coordenador.
Exemplo:
BOSI, Alfredo (Org.). O	conto	brasileiro	contemporâneo. 3. ed. São Paulo: Cultrix, 1978. 
17
•	 Entidades – Cita-se, nesse caso, em maiúsculas, o nome da entidade, o título (em 
negrito), o subtítulo (sem negrito, inclusive os dois pontos), a edição, o local, a editora e 
o ano de publicação. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM. Centro de Estudos em Enfermagem. Informações	
sobre	pesquisas	e	pesquisadores	em	Enfermagem. São Paulo, 1916. 
•	 Entidades	governamentais – No caso de entidades governamentais, inicia-se com o 
país em maiúsculas, a entidade (ministério, secretarias, etc.), o título (em negrito), o 
subtítulo (sem negrito, inclusive os dois pontos), a edição, o local, a editora e o ano de 
publicação. 
BRASIL. Ministério do Trabalho. Secretaria de Formação e Desenvolvimento Profissional. Educa-
ção	profissional: um projeto para o desenvolvimento sustentado. Brasília: Sefor, 1995. 
•	 Teses,	dissertações	e	trabalhos	acadêmicos – São descritas nas referências bibliográficas 
na seguinte estrutura:
SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título. Ano. Número de folhas e volumes. Tese, disserta-
ção ou trabalho acadêmico (grau e área) – Unidade de ensino, Instituição, Local: data.
RODRIGUES, M. V. Qualidade	de	vida	no	trabalho. 1989. 180 f. Dissertação (Mestrado em 
Administração) – Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Federal de Minas Gerais, 
Belo Horizonte, 1989.
•	 Enciclopédias – As enciclopédias são referenciadas de forma mais simples, seguindo este 
formato:
NOME DA ENCICLOPÉDIA. Local de publicação: Editora, ano.
ENCICLOPÉDIA DA TECNOLOGIA. São Paulo: Planetarium, 1974.
•	 Artigo	de	jornal – Você pode referenciar o jornal como um todo ou o artigo de um jornal 
– com autor definido ou não. 
Exemplo de referência de jornal ao todo:
FOLHA DE SÃO PAULO, 12 jan. 2009.
Exemplo de artigo de jornal com autor definido:
SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título do artigo. Título	do	jornal, Cidade, data (dia, mês, 
ano). Suplemento (quando houver), número da página, coluna (quando houver).
ADES, C. Os animais também pensam: e têm consciência. Jornal	da	Tarde, São Paulo, 15 abr. 
2001, p. 4D.
Exemplo de artigo de jornal sem autor definido:
TÍTULO do artigo (apenas a primeira palavra em maiúscula). Título	do	jornal, Cidade, data (dia, 
mês, ano). Suplemento (quando houver), número da página, coluna (quando houver).
EFEITOS da lei seca. Jornal	Folha	de	São	Paulo, São Paulo, 14 mar. 2009. Opinião, p. 2.
18 Laureate- International Universities
Metodologia científica
•	 Revistas	e	periódicos – Você pode referenciar a revista como um todo, uma coleção de 
revistas ou um artigo – como ou sem autor definido.
Exemplo de referência da revista como um todo:
NOME DA REVISTA. Local de publicação: editora, número do volume (v. ____), número do exem-
plar (n. ____), mês. Ano. ISSN (quando informado).
DINHEIRO. São Paulo: Ed. Três, n. 148, 28 jun. 2000.
Exemplo de referências de artigos publicados em periódicos:
SOBRENOME, Prenome. Título do artigo. Título	do	periódico, Local de publicação (cidade), n. 
do volume, n. do fascículo, páginas inicial-final, mês (abreviado), ano.
SAVIANI, Demerval. A universidade e a problemática da educação e cultura. Educação	Brasilei-
ra, Brasília, v. 1, n. 3, p. 35-58, maio/ago. 1979.
•	 Jurisdição – Refere-se aos documentos jurídicos.
Título (especificação da legislação, número e data). Ementa. Dados da publicação.
BRASIL, Constituição (1988). Constituição	da	República	Federativa	do	Brasil. Brasília: Sena-
do, 1988.
•	 Internet – As referências retiradas da internet devem ser descritas informando o endereço 
completo da página ou site (URL), bem como a data de acesso.
SOBRENOME, Prenomes. Título: subtítulo (se houver). Disponível em: <endereço da URL>. 
Acesso em: dia mês (abreviado) ano.
FARBIARZ, Jackeline Lima; FARBIARZ, Alexandre. Uma	abordagem	dialógica	do	Design	Ins-
trucional. Disponível em: <http://www.dad.puc-rio.br/nel/artigos/06-farbiarz-ped.pdf>. Aces-
so em: 18 nov. 2012.
•	 Anais – Refere-se ao registro histórico de um evento.
NOME DO EVENTO, Número do evento, ano de realização. Local. Título. Local: Editora, ano de 
publicação. Número de páginas ou volume.
SIMPÓSIO DE GESTÃO DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. 21. São Paulo, SP. Anais. São Paulo: 
Novembro de 2000.
•	 Entrevistas – As entrevistas podem ser publicadas ou não, com referenciação adequada 
para os dois casos.
Exemplo de entrevista publicada:
SOBRENOME, Prenomes do entrevistado. Título do tema. Local, data. Nota sobre a entrevista no 
veículo de comunicação. A	quem	a	entrevista	foi	concedida	(em	negrito).
LATTES, César. História da ciência. Campinas, SP, 1997. Superinteressante, ano 11, n. 5, p. 36-
37, maio 1997. Entrevistaconcedida	a	Omar	Paixão.
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Exemplo de entrevista não publicada:
SOBRENOME, Prenomes do entrevistado. A	quem	a	entrevista	 foi	 concedida	 (em	negrito). 
Local, dia mês (abreviado) ano.
SILVA, Adelino. Entrevista	concedida	a	Juliana	Motta. Curitiba, 24 jan. 2015.
NÃO DEIXE DE VER...
Acesse a Plataforma Lattes do CNPq. Nela, estão cadastrados pesquisadores de todas 
as áreas do conhecimento. Você pode também conhecer melhor as instituições, gru-
pos e financiadores de pesquisas científicas no Brasil, obter notícias e atualizações e 
cadastrar o seu currículo acadêmico. A plataforma possui esse nome devido aos feitos 
científicos de Cesare Mansueto Giulio Lattes, também conhecido como César Lattes 
(1924-2005), um físico brasileiro que contribuiu com a descoberta do méson pi. Lattes 
era formado em matemática e física e foi um dos físicos brasileiros mais conhecidos e 
referenciados. Ele ajudou a criar o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e 
Tecnológico (CNPq), um dos principais órgãos desse gênero no Brasil. Disponível em: 
<http://lattes.cnpq.br/>.
20 Laureate- International Universities
Síntese
•	 Neste capítulo, você pôde compreender melhor os conceitos de ciência e pesquisa 
científica, observando também que todo material científico é padronizado por meio de 
normas e regras.
•	 Você observou que a ciência e a metodologia científica possuem grande importância no 
desenvolvimento da sociedade, em todos os segmentos. 
•	 Toda pesquisa científica possui etapas distintas, como observação, hipótese, 
experimentação, teste, análise, conclusões e, finalmente, publicação dos resultados.
•	 Outro ponto abordado foram as diferentes fontes de informação e a forma adequada de 
buscar fundamentação teórica em lugares distintos.
•	 A redação científica possui algumas exigências, como impessoalidade, clareza, coerência, 
concisão, precisão, objetividade, imparcialidade e encadeamento.
•	 Você também pôde compreender melhor como ocorrem as citações de outros trabalhos 
científicos no texto, os diferentes tipos de referências e atribuição da autoria.
Síntese
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Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR	6022: informação e documentação – 
artigos em publicação periódica científica impressa. Rio de Janeiro, 2002.
______. NBR	10520: informação e documentação: citações em documentos – apresentação. 
Rio de Janeiro, 2002.
______. NBR	14724: Trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2011.
CHAUÍ, M. Convite	à	filosofia. São Paulo: Ática, 2010.
Lakatos, E. M.; Marconi, M. A. Metodologia	Científica. São Paulo: Atlas, 2009.
OLIVEIRA, S. L.. Metodologia	científica	aplicada	ao	Direito. São Paulo: Thomson, 2002.
PINHEIRO, L. V. R. P. Fontes ou recursos de informação: categorias e evolução conceitual. Pes-
quisa	Brasileira	em	Ciência	da	Informação	e	Biblioteconomia. Rio de Janeiro, v.1, n.1, 
2006. Disponível em: <http://www.ibict.br/pbcib/include/getdoc.php?id=76&article=251&mo
de=pdf>. Acesso em: 14 maio 2015.
SECAF, V. Artigo	científico: do desafio à conquista. 3. ed. São Paulo: Green Forest do Brasil, 
2004. 
SEVERINO, A. J. Metodologia	do	trabalho	científico. 22. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
Bibliográficas

Outros materiais