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A VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR - UM ESTUDO DA PSICOLOGIA NA VARA DA VIOLENCIA DE CACHOERINHA

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A violência intrafamiliar: um estudo da psicologia na 
Vara da Violência de Cachoeirinha 
INTRODUÇÃO 
A violência doméstica ou intrafamiliar caracteriza-se 
por toda a ação ou omissão que prejudique o bem-
estar, a integridade física, psicológica ou a liberdade e 
o direito ao pleno desenvolvimento de um membro da 
família (Batista, 2003; Cesca, 2004; Gonçalves, 2005; 
Morgado, 2005). Tendo em vista as diferentes 
interfaces que cercam o tema, esse trabalho apresenta 
um projeto de pesquisa criado em parceria com a Vara 
de Violência do Fórum do município de Cachoeirinha, 
RS/BR, com o núcleo de Psicologia Jurídica do CESUCA - 
Faculdade Inedi. O objetivo desse projeto é de 
investigar a prevalência e a cronicidade da violência 
intrafamiliar ocorridas entre casais, encaminhados pelo 
judiciário, que desejam reconstituir sua relação 
conjugal de forma saudável. 
METODOLOGIA 
Os participantes serão casais encaminhados pelo 
judiciário que já possuem registro e queixa judicial na 
Vara da Violência de pelo menos um episódio de 
violência conjugal e deverão assinar o termo de 
consentimento livre e esclarecido. A pesquisa 
encontra-se na primeira etapa, a de construção de 
instrumentos e de revisão de literatura acerca do tema 
e foi avaliada pelo Comitê de Ética da Instituição. Os 
instrumentos utilizados foram, em partes, criados pelo 
grupo com base na literatura e a avaliação decorrerá 
de 4 encontros, divididos em: entrevista inicial com o 
casal; aplicação dos testes psicológicos: HTP e BENDER, 
aplicados individualmente; o Inventário de 
Identificação e Resolução de Conflitos, com o objetivo 
de conhecer a dinâmica da relação conjugal, este 
também aplicado a cada cônjuge separadamente, e 
por fim será elaborado junto com o casal um parecer 
que será encaminhado à Vara da Violência como 
material de apoio na resolução do caso. 
DISCUSSÃO 
Do ponto de vista jurídico, a Lei Maria da Penha (nº 11340) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei nº.069, 1990) 
concretizam possibilidades de ação e viabilizam garantias de rompimento da escalada da violência. No entanto, ainda se 
percebe que a maior parte das famílias não recebe apoio e proteção adequados para enfrentar e reverter o problema (Cesca, 
2004). A partir dos dados obtidos ao longo da pesquisa, acredita-se proporcionar um diálogo e construção de um processo de 
negociação de diferenças entre os cônjuges, a fim de um acordo que seja baseado na mediação familiar e que previna um novo 
episódio de violência, auxiliando o judiciário nesse importante momento de negociação. A interdisciplinaridade e parcerias de 
diferentes profissionais devem ser efetivadas e fortalecidas a fim de traçarem recursos e alternativas que contemplem as 
especificidades das famílias. Nesse sentido, faz-se necessário investigar a violência doméstica ou intrafamiliar na cidade de 
Cachoeirinha, RS/BR e o contexto do qual faz parte, a fim de problematizar a realidade da violação dos direitos humanos e de 
políticas públicas voltadas às mulheres, crianças e adolescentes, bem como criar propostas de intervenção e de prevenção junto 
às famílias nesse contexto 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Batista, F. (2003). Violência doméstica: um problema de saúde pública entre quatro paredes. Em: Rigonatti, S. P. Temas em Psiquiatria 
Forense e Psicologia Jurídica. São Paulo: Vetor. 
BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente. São Paulo: Cortez, 1990 
BRASIL. Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006. 
Cesca, T. (2004). O papel do psicólogo jurídico na violência intrafamiliar: possíveis articulações. Psicologia & Sociedade, 16(3), 41-46. 
Gonçalves, H. S. Psicologia Jurídica no Brasil. Rio de Janeiro: NAU Ed. (pp. 309- 339). 
Morgado, R. (2005). Mulheres em situação de violência doméstica: limites e possibilidades de enfrentamento. Em: Brandão, E. P., 
*Bruna Athanazio - CESUCA/BRASIL 
*Érica Cardoso - CESUCA/BRASIL 
*Fernanda Costa - CESUCA/BRASIL 
*Jamyly Rodrigues - CESUCA/BRASIL 
*Jéssica Endruweit - CESUCA/BRASIL 
*Magda Pereira - CESUCA/BRASIL 
**Márcia W. Franco - CESUCA/BRASIL 
***Débora S. de Oliveira - CESUCA/BRASIL 
*Graduandas do curso de Psicologia do CESUCA - Faculdade Inedi 
**Psicóloga Drª em Educação, Docente no Curso de Psicologia do CESUCA e orientadora do Projeto 
*** Psicóloga Drª em Psicologia, Docente no Curso de Psicologia do CESUCA e coordenadora do Projeto 
V Congresso Internacional de Psicologia da Criança e do Adolescente "Família: comunicação e intervenção"

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