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TÉCNICA DE PREPARO CAVITARIO 3 E 4

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Técnica de Preparos
Cavitários e restauração
Classe III e IV
Identificar as características de cavidades classe III e IV e saber como restaurá-las
Cavidade classe III: é a que envolve as faces proximais de dentes anteriores, sem
envolvimento do ângulo incisal.
Cavidade classe IV: é a que envolve as faces proximais dos dentes anteriores com
comprometimento do ângulo incisal.
Quando você decidir por restaurar um dente com resina composta, principalmente se for dente anterior
que exige estética, precisa selecionar a cor da resina composta antes de realizar o preparo cavitário. Isso
porque como o paciente fica bastante tempo com a boca aberta, ocorre desidratação do dente e este ficará
com a cor mais clara no momento da restauração. Dessa forma, para selecionar corretamente a cor da resina
composta, você precisa fazer isso antes que ocorra a desidratação do dente e não no momento da
restauração. Caso contrário, sua restauração ficará perceptível ao ter cor discrepante da cor do dente re-
hidratado.
É importante salientar alguns cuidados para restaurações classe III e IV, pois utilizam resina
composta:
Pacientes fumantesl
Pacientes que ingerem bebidas/alimentos pigmentadosl
Pacientes bruxômanosl
Oclusão do pacientel
Saúde periodontall
Higiene bucall
Propriedades do materiall
Expectativa do pacientel
Você deve continuar a respeitar os princípios do preparo cavitário e trabalhar de acordo com o
seguinte protocolo clínico:
1. Procedimentos iniciais:
Realizar teste de vitalidade pulpar: para verificar a ausência de comprometimento endodôntico (vocêl
aprenderá na disciplina de endodontia)
Realizar tomada radiográfica: radiografia periapical para avaliar a extensão da lesão de cárie/restauraçãol
deficiente
Fazer profilaxia: com pedra pômes e água para eliminar resíduos, manchas extrínsecas e placa bacteriana.l
Selecionar a cor da resina composta: sem isolamento absoluto, de preferência, sob luz natural, utilizar umal
escala de cor (da Vita é a mais utilizada) úmida para fazer a pré-seleção da cor do dente, que também deve
estar úmido. Para verificar se a cor da resina está compatível com a cor do dente, polimerizar uma pequena
porção da resina composta sobre o dente, sem sistema adesivo.
Analisar da oclusão: para verificar os contatos oclusais originais, para que possa reproduzi-los após al
restauração
Realizar a anestesia locall
Fazer o isolamento do campo operatório: prioritariamente deve ser feito o isolamento absoluto. Ol
isolamento relativo deve ser visto como alternativa, e não como rotina.
2. Abertura e contorno da cavidade
Para remover esmalte cariado, utilizar instrumento cortante rotatório (ponta diamantada esférica:
#1012, #1014) em alta rotação com refrigeração à água. O diâmetro deve ser compatível com o tamanho da
lesão. Caso não consiga acessar a lesão de cárie em dentina com a cureta, você precisará remover esmalte
sadio e ampliar a cavidade, como forma de conveniência. Lembre-se que você precisa proteger o dente
vizinho com tira de matriz metálica. Por razões estéticas, é importante remover manchas nesse momento.
Você tem três possibilidades para conseguir acessar a lesão de cárie que está na proximal: pela face
proximal, pela face palatina ou pela face vestibular.
a) Acesso pela face proximalSempre que possível você deve optar por esse acesso para preservar
estrutura dental sadia.É possível acessar a lesão diretamente pela face proximal, sem desgastar as faces
palatina e vestibular, quando houver espaço entre os dentes (ex: diastema), ou quando o dente adjacente tiver
uma restauração provisória. É possível fazer um afastamento dental com cunha ou borracha ortodôntica, por
exemplo, como forma de conveniência.
b) Acesso pela face palatinaCaso não seja possível realizar o acesso pela face proximal ou quando
houver comprometimento da face palatina, você optará por acessar a lesão de cárie desgastando a face
palatina para conservar esmalte vestibular e obter melhor estética. Além disso, há a possibilidade de
manutenção do esmalte vestibular sem apoio dentinário.
c) Acesso pela face vestibularÉ bastante difícil camuflar a interface entre a resina composta e o dente
na face vestibular.
É bastante comum observar uma linha entre eles. Por isso, você deve evitar acessar a lesão de cárie na
proximal desgastando a face vestibular.
Você optará por esse acesso quando a cárie envolveu a face vestibular, ou para substituir restaurações
insatisfatórias pré-existentes, ou ainda quando a forma de contorno para acesso palatino envolver área de
tensões.
Por razões estéticas, você precisa fazer um bisel no ângulo cavo-superficial vestibular, pois assim
você conseguirá suavizar a transição entre dente e material restaurador. Utilize ponta diamantada em alta
rotação em ângulo de 30° a 45° com extensão de 0,25 a 1mm na face vestibular.
Tipos de acesso à lesão cariosa na proximal (proximal, palatino, vestibular)
3. Remoção da cárie
Para remover dentina cariada amolecida, utilizar curetas de dentina com tamanho compatível com a
cavidade, da periferia para o centro. Para remover dentina cariada endurecida, utilizar ICR esférico de aço
em baixa rotação, de maior diâmetro possível (1/4, ½, 1, 2, 4 ou 8).
4. Forma de resistência
A cavidade estará pronta assim que terminar de remover a lesão de cárie, podendo haver esmalte sem
suporte dentinário. Como você vai utilizar instrumentos cortantes rotatórios esféricos, os ângulos diedros já
estarão arredondados. Se for possível, manter o ponto de contato e extender o preparo o mínimo possível
para vestibular.
5. Forma de retenção
Não é preciso nenhum desgaste no preparo cavitário para dar retenção à resina, pois ela se adere às
estruturas dentárias através do sistema adesivo.
6. Limpeza da cavidade
A limpeza deve ser compatível com a proteção pulpar (só sistema adesivo, CIV + sistema adesivo,
cimento de hidróxido de cálcio + CIV + sistema adesivo, hidróxido de cálcio pró-análise + cimento de
hidróxido de cálcio + CIV + sistema adesivo) e serve para melhorar a adesão ao remover restos dentinários,
óleo lubrificante do motor, por exemplo.
Restauração
Para a restauração de uma classe III, você precisa:
a) recortar e contornar uma matriz de poliéster e adaptá-la entre os dentes, e depois posicionar a cunha
de madeira para estabilização e fixação da matriz. A cunha permite um afastamento dental e adaptação do
material à parede gengival, mas não devem interferir no contorno proximal.
b) aplicar o sistema adesivo. Se utilizar a técnica de condicione e lave de dois passos: aplicar o ácido
fosfórico entre 35 e 37% por 15s em dentina e 30s em esmalte, lavar abundantemente, secar suavemente,
aplicar duas camadas de primer/Bond sob agitação, sempre volatilizando o solvente, e fotopolimerizar por
10s.
c) levar a resina composta com espátula, com cuidado para não inserir bolhas de ar. Utilizar a técnica
incremental oblíqua para minimizar o fator C e a contração de polimerização. Esculpir com espátula e
finalizar colocando a matriz por cima da restauração, promovendo lisura, por exemplo. Fotopolimerizar cada
incremento por no mínimo 20 segundos. Alguns autores indicam colocar uma bolinha de algodão úmida
sobre a restauração por 10 minutos para hidratá-la. Ao final, remover o isolamento absoluto.
d) realizar o acabamento removendo os excessos mais grosseiros e as interferências oclusais. Utilizar
pontas diamantadas de granulação fina e extra-fina, brocas multilaminadas, discos de lixa flexíveis; pontas
de silicone impregnadas com abrasivo, tiras de lixa nas proximais com cuidado para não romper o ponto de
contato.
e) o polimento geralmente é realizado em sessão posterior para refinar o acabamento até obter o brilho
da restauração. Utilizar discos de lixa Sof-lex ou Super Snap, pontas de borracha impregnadas por abrasivo,
pasta diamantada ou gel com auxílio de discos de feltro para brilho.
f) é possívelainda fazer um glazeamento da restauração para fechar microfendas geradas pelos
processos de acabamento e proteger a restauração durante a fase de maturação da polimerização, resultando
em maior longevidade da restauração.
Restauração classe III - acesso palatino
A restauração de uma cavidade classe IV pode ser feita da mesma maneira que uma restauração classe
III. Caso você troque uma restauração insatisfatória que possui a anatomia do dente:
a) pode confeccionar uma muralha de silicone antes de remover a restauração. Essa muralha irá
auxiliá-lo a construção da parede palatina, e permitir a referência da altura e contorno incisal.
b) remover a restauração insatisfatória, o que já determina o preparo cavitário.
c) posicionar a muralha por palatino, bem adaptada ao dente e iniciar a restauração, construindo
primeiro a parede palatina.
d) remover a muralha e reconstruir a dentina e o esmalte perdidos com as cores de resina
correspondentes: cores opacas para dentina e translúcidas para esmalte.
e) ao inserir a última camada na vestibular, pode utilizar um pincel para texturizar a superfície
f) realizar o acabamento e polimento como na restauração classe III.
Substituição de restauração classe IV deficiente
Quiz 
 1
Onde deve ser realizado o bisel?
Na borda incisal de uma cavidade classe IV
No ângulo cavossuperficial da face vestibular
No ângulo cavossuperficial da face palatina
No ângulo cavossuperficial da face proximal, mesial e/ou distal
Referências
Busato, A.L.S. Dentística: filosofia, conceitos e prática clínica. Porto Alegre: Artes Médicas, 2005.
Baratieri, L.N.; Monteiro Jr., S; et al. Odontologia Restauradora – Fundamentos e Técnicas. São Paulo:
Santos, 2010.

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