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Simulado Prova Saúde Coletiva 
 
Questões 1-16 
 
1) Descentralização: A descentralização é o processo de redistribuição de poder e 
responsabilidade entre os diferentes níveis de governo (federal, estadual e municipal). Isso 
significa que a gestão da saúde, incluindo a tomada de decisões, a alocação de recursos e 
a execução de ações, passa a ser compartilhada entre as esferas governamentais. O 
objetivo é garantir que as decisões sejam tomadas o mais próximo possível do local onde 
os problemas de saúde ocorrem, promovendo maior eficiência e eficácia na gestão. 
Regionalização: A regionalização consiste na organização dos serviços de saúde em áreas 
geográficas definidas, com base em critérios epidemiológicos, demográficos e 
socioeconômicos. A ideia é que, ao organizar os serviços por região, seja possível 
identificar as necessidades de saúde da população local e planejar ações e serviços mais 
adequados. A regionalização também permite a criação de redes de referência e 
contra-referência, em que os pacientes podem ser encaminhados para serviços de maior 
complexidade quando necessário. 
Hierarquização: A hierarquização estabelece níveis de complexidade dos serviços de 
saúde, desde a Atenção Básica até a alta complexidade. A hierarquização garante que os 
pacientes tenham acesso a serviços de saúde adequados ao seu nível de necessidade, 
com os serviços de maior complexidade sendo oferecidos em hospitais e centros de 
referência. Por exemplo, a atenção básica é o primeiro nível de contato com o sistema de 
saúde, enquanto a alta complexidade inclui serviços como cirurgias e internações em 
hospitais de referência. 
2) Universalidade: A saúde é um direito de todos e o SUS garante o acesso a todos os 
serviços de saúde, sem discriminação, independentemente da condição social, econômica 
ou de qualquer outro fator. 
 Equidade: A busca por reduzir as desigualdades e garantir que as pessoas tenham 
acesso aos serviços de saúde de acordo com suas necessidades específicas, 
considerando que as necessidades de saúde podem variar entre diferentes grupos 
populacionais. 
 Integralidade: A atenção à saúde é integral, desde a promoção da saúde e 
prevenção de doenças até o tratamento, reabilitação e cuidados paliativos. A integralidade 
também implica na articulação entre diferentes áreas, como saúde, educação, assistência 
social, entre outras, para garantir uma atuação mais ampla e efetiva. 
 
 
3) O Movimento da Reforma Sanitária foi uma luta social que buscou democratizar o acesso 
à saúde no Brasil, especialmente durante a ditadura militar. Caracterizou-se por: 
Defesa da Saúde como Direito Social: O movimento defendia que a saúde deveria ser um 
direito de todos e um dever do Estado, garantido por políticas públicas e não como um 
serviço comercial. 
Universalização do Acesso: Propunha que todos os cidadãos tivessem acesso à saúde de 
forma igualitária e sem discriminação, independentemente de sua condição social ou 
econômica. 
Integralidade das Ações e Serviços: A Reforma Sanitária defendia que a atenção à saúde 
fosse integral, abordando não apenas a doença, mas também os determinantes sociais da 
saúde, como a pobreza, a educação e a alimentação. 
Descentralização da Gestão: Defendia a descentralização da gestão da saúde para que os 
serviços fossem mais próximos das comunidades e tivessem mais participação popular. 
Participação Social: Enfatizava a importância da participação da sociedade civil na gestão e 
no controle dos serviços de saúde, por meio de mecanismos como as conferências 
nacionais e regionais de saúde. 
Reestruturação do Setor Saúde: O movimento buscava uma reforma do setor saúde, com a 
criação de um sistema único, unificado e universal, que garantisse a qualidade e a eficiência 
dos serviços. 
 
4) O Movimento Sanitarista, no contexto brasileiro, foi um movimento social que surgiu na 
década de 1970, em oposição ao sistema de saúde existente, que era considerado 
mercantilista e desigual. O objetivo principal do movimento era promover a democratização 
do acesso à saúde, a universalização dos serviços e a integralidade das ações de saúde. 
5) ) A 8ª Conferência Nacional de Saúde ocorreu em 1986, entre 17 e 21 de março. A 
conferência foi um marco histórico, sendo a primeira aberta à participação da sociedade e 
resultando na criação do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Principais características: 
Participação popular: A 8ª CNS foi a primeira a envolver amplamente a sociedade na 
discussão e definição das políticas de saúde. 
Base para a Constituição de 1988: O relatório final da conferência serviu de base para o 
capítulo sobre Saúde na Constituição Federal, garantindo o direito à saúde como um direito 
fundamental. 
Criação do SUS: A conferência consolidou a ideia de um sistema de saúde público, 
universal e gratuito, que seria implementado posteriormente com o SUS. 
Temas principais: A conferência debateu a saúde como direito, a reformulação do Sistema 
Nacional de Saúde e o financiamento setorial. 
Princípios do SUS: Foram definidos os princípios básicos do SUS, como universalidade, 
integralidade, equidade, controle social e descentralização administrativa. 
 
6) As Leis Orgânicas da Saúde no Brasil são a Lei nº 8.080/1990 e a Lei nº 8.142/1990. A 
Lei nº 8.080/1990 estabelece as condições para a promoção, proteção e recuperação da 
saúde, organização e funcionamento dos serviços de saúde, enquanto a Lei nº 8.142/1990 
regula a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e as 
transferências de recursos financeiros para a área da saúde. 
 
Lei nº 8.080/1990: 
Objeto: Regulamenta o Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecendo as diretrizes para 
promoção, proteção e recuperação da saúde, além da organização e funcionamento dos 
serviços de saúde. 
Lei nº 8.142/1990: 
Objeto: Regula a participação da comunidade na gestão do SUS, estabelecendo as formas 
de participação dos usuários, trabalhadores e gestores na formulação das políticas e ações 
de saúde. 
 
 
 
7) Campanhas de promoção de saúde e prevenção de doenças são ações estratégicas de 
comunicação e educação que visam informar e conscientizar a população sobre temas 
relacionados à saúde, incentivando hábitos saudáveis e a busca por cuidados médicos. A 
meta é melhorar a qualidade de vida, reduzir a incidência de doenças e promover um 
estado de bem-estar geral. 
Público-Alvo: 
População em geral: As campanhas de saúde pública são dirigidas à população em geral, 
buscando atingir o maior número possível de pessoas. 
Grupos específicos: Dependendo do tema, as campanhas podem ser direcionadas a grupos 
específicos, como crianças, adolescentes, mulheres, idosos, trabalhadores, etc. 
Comunidades: As campanhas podem ser voltadas para comunidades, visando promover a 
saúde e a qualidade de vida em áreas específicas. 
Profissionais de saúde: Em alguns casos, as campanhas podem ser direcionadas aos 
profissionais de saúde, visando aprimorar seus conhecimentos e práticas. 
 
 
8) REDE CEGONHA: A Rede Cegonha é uma iniciativa do Governo Federal no âmbito do 
Sistema Único de Saúde (SUS) que visa garantir um cuidado materno-infantil de qualidade, 
humanizado e seguro para mulheres e crianças. Esta rede se concentra na atenção à 
gravidez, ao parto, ao pós-parto, ao recém-nascido e à criança até dois anos de idade, com 
o objetivo de promover o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada. 
 
 
BRASIL SORRIDENTE: O "Brasil Sorridente" é um programa de saúde bucal, parte do 
Sistema Único de Saúde (SUS), que tem como objetivo promover a saúde bucal e reduzir a 
desigualdade de acesso a cuidados odontológicos em todo o país. 
ACADEMIA DA SAUDE: O Programa Academia da Saúde (PAS) é uma estratégia do 
Ministério da Saúde para promover a saúde e o cuidado, com foco em atividade física, 
alimentação saudável e educação em saúde. O PAS busca fortalecer a Atenção Básica e 
integrar o cuidado com a população, oferecendoatividades em espaços públicos 
específicos, chamados polos. 
ESTRATEGIA DE SAUDE DA FAMILIA: A Estratégia de Saúde da Família (ESF) é um 
modelo assistencial da Atenção Básica que visa organizar e fortalecer a rede de saúde, 
focando no cuidado integral e na prevenção de doenças. Ela promove um atendimento mais 
próximo e personalizado às famílias, por meio de equipes multiprofissionais que atuam em 
um território específico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9) Em detalhe, as principais características do PSF/ESF incluem: 
Acesso a serviços de saúde de forma descentralizada: As unidades básicas de saúde, 
como as Unidades de Saúde da Família (USF), são o ponto de entrada para os serviços de 
saúde, levando a atenção primária aos locais mais próximos da população. 
Trabalho em equipe multidisciplinar: As equipes de saúde da família (ESF) são compostas 
por profissionais de diferentes áreas, como médicos, enfermeiros, auxiliares de 
enfermagem, agentes comunitários de saúde e, em alguns casos, profissionais de saúde 
bucal. 
Foco no cuidado integral e contínuo: O PSF/ESF visa atender às necessidades de saúde de 
todas as famílias, independentemente da idade ou condição de saúde, oferecendo cuidados 
preventivos, curativos e de reabilitação. 
Acompanhamento e visitas domiciliares: As equipes de saúde da família visitam as famílias 
em seus domicílios para identificar riscos, promover hábitos saudáveis, educar sobre a 
prevenção de doenças e acompanhar casos específicos. 
Enfoque na promoção da saúde: Além do atendimento clínico, o PSF/ESF promove ações 
de educação em saúde, orientação sobre estilos de vida saudáveis e atividades de 
prevenção de doenças. 
Comunicação e vínculo com a população: A equipe de saúde da família busca estabelecer 
uma relação de confiança com a população, criando um ambiente de diálogo e participação. 
Planificação e acompanhamento: O trabalho do PSF/ESF é baseado em planos de ação 
que são monitorados e avaliados periodicamente para garantir a eficácia e a qualidade dos 
serviços. 
Atenção à realidade local: As ações do PSF/ESF são adaptadas às necessidades e 
características específicas da comunidade onde atuam. 
Rede de atenção integrada: O PSF/ESF se articula com outros serviços de saúde, como 
hospitais e centros de referência, para garantir o acesso aos níveis de complexidade 
necessários para cada situação. 
 
10) Acessibilidade: A Atenção Básica deve ser acessível a todos, independentemente de 
sua condição socioeconômica ou local de residência. A população deve ter fácil acesso aos 
serviços de saúde, como Unidades Básicas de Saúde (UBSs), por meio de transporte, 
horários de atendimento e logística. 
Coordenação do Cuidado: A Atenção Básica deve coordenar o cuidado, ou seja, articular a 
atenção prestada em diferentes níveis de complexidade. Em caso de necessidade, deve 
encaminhar os pacientes para os serviços de referência, como hospitais ou centros 
especializados, e garantir que o paciente receba o acompanhamento adequado ao longo do 
processo de saúde. 
Vínculo com a População: As equipes de saúde da Atenção Básica devem estabelecer um 
vínculo com a população, conhecendo a realidade local, as necessidades de saúde e as 
características dos indivíduos e famílias. Esse vínculo permite a promoção da saúde e a 
prevenção de doenças, com base na confiança e no acompanhamento individualizado. 
Continuidade do Cuidado: A Atenção Básica deve garantir a continuidade do cuidado, ou 
seja, o acompanhamento contínuo dos pacientes ao longo do tempo, em diferentes etapas 
da vida. Isso inclui o controle de doenças crônicas, a prevenção de agravos e a atenção aos 
casos agudos. 
Integralidade da Atenção: A Atenção Básica deve oferecer uma atenção integral, 
considerando a dimensão biológica, psicológica, social e cultural do paciente. Isso inclui 
ações de promoção da saúde, prevenção de doenças, diagnóstico e tratamento, reabilitação 
e cuidados paliativos. 
 
 
11) Os determinantes de saúde são fatores que afetam, positiva ou negativamente, o estado 
de saúde de indivíduos e populações. São influências que podem aumentar ou diminuir a 
probabilidade de adoecer ou de morte prematura, e que podem ser agrupados em diversas 
categorias. 
 
 
12) Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde é um estado de completo 
bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças ou enfermidades. Já 
a doença é definida como um desvio ou alteração do estado normal de saúde, caracterizado 
por sinais e sintomas específicos que afetam um ser vivo. 
 
13) A participação popular é crucial no SUS por fortalecer a democracia, garantir o direito à 
saúde de forma equitativa e democrática, e melhorar a qualidade dos serviços de saúde. A 
participação popular permite que a população se envolva na gestão do SUS, na formulação 
de políticas públicas, no acompanhamento e controle das ações e serviços de saúde, e na 
fiscalização do uso dos recursos públicos. 
 
14) O Sistema Único de Saúde (SUS) é financiado de forma tripartite, com recursos da 
União, Estados e Municípios. A União, por meio do Ministério da Saúde, contribui com 
recursos da seguridade social e impostos. Estados e Municípios também destinam parte de 
suas receitas próprias de impostos e transferências para o SUS. 
 
15) As Redes de Atenção à Saúde (RAS) são estruturas organizadas que conectam e 
coordenam serviços de saúde, garantindo que os usuários tenham acesso a cuidados de 
qualidade, desde a Atenção Primária até a alta complexidade. Elas são importantes porque 
buscam otimizar a utilização dos recursos e promover a continuidade do cuidado, evitando a 
fragmentação do atendimento. 
Atenção Primária à Saúde (APS): É a porta de entrada preferencial do Sistema Único de 
Saúde (SUS) e o centro de comunicação da rede. Atua na prevenção, promoção e 
tratamento de doenças, além de coordenar o acesso aos demais níveis de atenção. 
Atenção Secundária: Oferece serviços de média complexidade, como consultas 
especializadas e procedimentos ambulatoriais. 
Atenção Terciária: Fornece serviços de alta complexidade, como internações hospitalares e 
tratamento de doenças complexas. 
Outros Pontos de Atenção:Incluem serviços como atenção domiciliar, atenção em saúde 
mental e atenção às urgências e emergências. 
 
 
16) O Pacto pela Saúde foi criado em 22 de fevereiro de 2006, através da Portaria GM/MS 
nº 399, e tinha como objetivo consolidar o Sistema Único de Saúde (SUS) e definir as 
diretrizes para a sua gestão, articulação interfederativa e implementação de políticas de 
saúde. Defendia o fortalecimento do SUS como um sistema universal, integral e equânime, 
buscando melhorar a qualidade dos serviços de saúde e a eficiência na gestão. 
O que defendia: 
Consolidação do SUS: 
O Pacto buscava garantir que o SUS fosse um sistema universal, integral e equânime, com 
acesso a serviços de saúde de qualidade para toda a população brasileira. 
Fortalecimento da gestão: 
O Pacto estabeleceu diretrizes para a gestão do SUS, com foco em melhoria dos processos 
e instrumentos de gestão para maior eficiência e qualidade. 
Articulação interfederativa: 
O Pacto promoveu a articulação entre os três níveis de governo (União, Estados e 
Municípios) para garantir a implementação das políticas de saúde de forma conjunta e 
harmonizada. 
Prioridades em saúde: 
O Pacto definiu prioridades para a atuação do SUS, como a saúde do idoso, controle do 
câncer de colo de útero e de mama, redução da mortalidade infantil e materna, e 
fortalecimento da resposta às doenças emergentes e endemias. 
Atenção básica à saúde: 
O Pacto valorizou a atenção básica como porta de entrada para o sistema de saúde e 
priorizou a saúde da família como modelo de atenção básica.

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