Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Material Curso Técnico em Redes de Computadores – Uninove Prof.: Edinei Pires / Laboratório de Redes O que é Internet “É uma rede de computadores mundial, isto é, uma rede que interconecta milhões de equipamentos de computação em todo o mundo” Kurose, 2006 Histórico a Internet Em 1960- Leonard Kleinrock é um engenheiro e cientista da computação que publica o primeiro trabalho sobre comutação de pacotes no MIT Massachusetts Institute of Technology e contribuiu com com ARPANET; Em 1970- Surgimento de novas redes de comutação de pacotes: ALOHANET; Telnet; Redes SNA da IBM; _ Entre 1980 e 1990- Aproximadamente 200 máquinas estavam conectadas à ARPAnet; _ Década de 1990: Explosão da internet. ARPANet, acrônimo em inglês de Advanced Research Projects Agency Network (ARPANet) do Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América, foi a primeira rede operacional de computadores à base de comutação de pacotes, e o precursor da Internet, pode-se dizer, a "mãe" da Internet. Desenvolvida pela agência Americana ARPA (Advanced Research and Projects Agency - Agência de Pesquisas em Projetos Avançados) em 1969, tinha o objetivo de interligar as bases militares e os departamentos de pesquisa do governo americano. Esta rede teve o seu berço dentro do Pentágono e foi batizada com o nome de ARPANET ou ARPANet. Todos os padrões da internet são desenvolvidos pela IETF (Internet Engineering Task Force- Força de Trabalho de Engenharia de Internet); Os documentos padronizados IETF são denominados RFC´s (Request for Comments- Pedido de Comentários) Definem protocolos como TCP, IP,IGRP, OSPF, HTTP e SMTP. ISP (Internet Service Providers - Provedores de Serviçoes de internet) : É uma empresa que fornece acesso à Internet, em geral, mediante o pagamento de uma taxa. As maneiras mais comuns de conectar-se com um ISP são usando uma linha telefônica (dial-up) ou uma conexão de banda larga (cabo ou DSL). Muitos ISPs prestam serviços adicionais, por exemplo, contas de email, navegadores da Web e espaço para criar um site. O que são Protocolos? São regras que definem o formato, ordem das mensagens enviadas e recebidas pelas entidades da rede; e ações tomadas quando da transmissão ou recepção de mensagens. _ Controlam o envio e recebimento de mensagens. ex., TCP, IP, HTTP, FTP,PPP. Modelo Cliente/Servidor A maioria das aplicações da Internet utilizam o modelo de interação chamado “cliente/servidor”. – “Cliente” é um programa (software) executado em um host que solicita informações a outro programa, normalmente através da rede. Exemplos de programa cliente: “navegador” Web (Internet Explorer, Firefox). – “Servidor” é um programa que fica em espera, aguardando solicitações de clientes e que fornece os dados solicitados quando recebe uma solicitação de um cliente (Ex. de servidor: servidores Web Apache e IIS). Modelo Peer to Peer (P2P) Outro modelo de interação entre hosts em uma rede é o chamado Peer to Peer (Ponto a Ponto), frequentemente abreviado como P2P. Os programas que operam utilizando esse modelo são, ao mesmo tempo, cliente e servidor. Exemplo de serviço P2P: compartilhamento de arquivos tipo(Emule,Utorrent, Lime wire, entre outros aplicativos ). Tipos de equipamentos na topologia de rede. Os equipamentos hub, switch e roteador são dispositivos que possibilitam a conexão de computadores em redes. Abaixo segue a diferença entre esses dispositivos e explicará o que cada equipamento faz e indicará quando usar cada um. Hub O hub é um dispositivo que tem a função de interligar os computadores de uma rede local. Sua forma de trabalho é a mais simples se comparado ao switch e ao roteador: o hub recebe dados vindos de um computador e os transmite às outras máquinas. No momento em que isso ocorre, nenhum outro computador consegue enviar sinal. Sua liberação acontece após o sinal anterior ter sido completamente distribuído. Em um hub é possível ter várias portas, ou seja, entradas para conectar o cabo de rede de cada computador. Geralmente, há aparelhos com 8, 16, 24 e 32 portas. A quantidade varia de acordo com o modelo e o fabricante do equipamento. Hubs são dispositivos de camada 1 (física) no modelo OSI, e funcionam como repetidores de sinal elétrico. Quando um pulso chega em uma das portas do hub, ele retransmite este pulso para todas as outras portas, criando um único domínio de colisão. Caso o cabo de uma máquina seja desconectado ou apresente algum defeito, a rede não deixa de funcionar, pois é o hub que a "sustenta". Também é possível adicionar um outro hub ao já existente. Por exemplo, nos casos em que um hub tem 8 portas e outro com igual quantidade de entradas foi adquirido para a mesma rede. Hubs são adequados para redes pequenas e/ou domésticas. Havendo poucos computadores é muito pouco provável que surja algum problema de desempenho. Switch 3Com SuperStack 3 Switch 4400 48 Portas. O switch é um aparelho muito semelhante ao hub, mas tem uma grande diferença: os dados vindos do computador de origem somente são repassados ao computador de destino. Isso porque os switchs criam uma espécie de canal de comunicação exclusiva entre a origem e o destino. Dessa forma, a rede não fica "presa" a um único computador no envio de informações. Isso aumenta o desempenho da rede já que a comunicação está sempre disponível, exceto quando dois ou mais computadores tentam enviar dados simultaneamente à mesma máquina. Essa característica também diminui a ocorrência de erros (colisões de pacotes, por exemplo), os switches trabalham na camada 2 (enlace) no modelo OSI, com capacidade de identificar a origem e destino do frame (MAC Address). Cada porta do switch é considerada um domínio de colisão. Quando um host transmite, apenas o host destino recebe o frame, esta característica dos switches permite que vários hosts transmitam simultaneamente, aproveitando melhor a banda da rede. Os switches devem ser transparentes aos protocolos que operam em níveis mais altos. Isto significa que, independentemente do protocolo, eles transmitem ou descartam quadros independentemente do protocolo usado na rede. Assim como no hub, é possível ter várias portas em um switch e a quantidade varia da mesma forma. O hub está cada vez mais em desuso. Isso porque existe um dispositivo chamado "hub switch" que possui preço parecido com o de um hub convencional. Trata-se de um tipo de switch econômico, geralmente usado para redes com até 24 computadores. Para redes maiores mas que não necessitam de um roteador, os switchs são mais indicados. Roteadores Cisco 1841 Mikrotik RB433 Os roteadores (ou routers) acima são equipamentos utilizado em redes de maior porte. Ele é mais "inteligente" que o switch, pois além de poder fazer a mesma função deste, também tem a capacidade de escolher a melhor rota que um determinado pacote de dados deve seguir para chegar em seu destino. É como se a rede fosse uma cidade grande e o roteador escolhesse os caminhos mais curtos e menos congestionados. Daí o nome de roteador. Existem basicamente dois tipos de roteadores: Estáticos: este tipo é mais barato e é focado em escolher sempre o menor caminho para os dados, sem considerar se aquele caminho tem ou não congestionamento; Dinâmicos: este é mais sofisticado (e consequentemente mais caro) e considera se há ou não congestionamento na rede. Ele trabalha para fazer o caminho mais rápido, mesmo que seja o caminho mais longo. De nada adianta utilizar o menor caminho se esse estiver congestionado. Muitos dos roteadores dinâmicossão capazes de fazer compressão de dados para elevar a taxa de transferência. Os roteadores são capazes de interligar várias redes e geralmente trabalham em conjunto com hubs e switchs. Ainda, podem ser dotados de recursos extras, como firewall, por exemplo. Domínio de colisão Numa rede de computadores, o domínio de colisão é uma área lógica onde os pacotes podem colidir uns contra os outros, em particular no protocolo Ethernet. Quanto mais colisões ocorrerem menor será a eficiência da rede. Um domínio de colisão pode existir num único segmento da rede (como numa rede em barramento) ou numa porção ou total de uma rede maior (note-se que a utilização de hubs faz propagar o domínio de colisão a todos os seus segmentos). Em redes Ethernet, ao utilizar um hub, temos uma topologia lógica de barramento e as estações comportam-se como se estivessem todas ligadas a um único meio físico. Isso simplifica a transmissão de dados e reduz o investimento em equipamentos intermediários, mas em compensação traz um grave problema: as colisões de pacotes que ocorrem sempre que duas (ou mais) estações tentam transmitir dados ao mesmo tempo. Mesmo para quem quer montar uma rede pequena, conectando, por exemplo, três computadores, o uso de "hubs switch" se mostra cada vez mais viável. Isso porque o preço desses equipamentos está praticamente equivalente aos dos hubs. Ainda, se você for compartilhar internet em banda larga, um hub switch pode proporcionar maior estabilidade às conexões, ao procurar hubs, switchs ou até mesmo roteadores, dê preferência a equipamentos de marcas conhecidas. Isso pode evitar transtornos no futuro. A utilização de roteadores é voltada a redes de empresas (redes corporativas). Além de serem mais caros (se bem que é possível até mesmo usar um PC com duas placas de rede como roteador), tais dispositivos também são mais complexos de serem manipulados e só devem ser aplicados se há muitos computadores na rede. No entanto, muitos usuários de acesso à internet por ADSL (Vivo Speedy, Net Virtua e Oi Velox ) conseguem usar seus modems (se esses equipamentos tiverem esse recurso) como roteador e assim, compartilham a conexão da internet com todos os computadores do local, sem que, para tanto, seja necessário deixar o computador principal ligado. Basta deixar o modem/roteador ativado. Modelo OSI e TCP/IP - Cenário das redes no final da década de 70 e início da década de 80: 1. - Grande aumento na quantidade e no tamanho das redes 2. - Redes criadas através de implementações diferentes de hardware e de software 3. - Incompatibilidade entre os diversos fornecedores de soluções em redes A International Organization for Standardization (ISO) reconheceu a necessidade da criação de um modelo de rede para ajudar os desenvolvedores a implementar redes que poderiam comunicar-se e trabalhar juntas (interoperabilidade). Em 1984 a ISO lançou o modelo de referência OSI, representado por 7 camadas, para que os pacotes de dados trafeguem de uma origem até um destino usando a mesma linguagem, ou protocolo. Porque um modelo em camadas? Decompõe as comunicações de rede em partes menores e mais simples. Padroniza os componentes de rede, permitindo o desenvolvimento e o suporte por parte de vários fabricantes. Possibilita a comunicação entre tipos diferentes de hardware e de software de rede. Evita que as modificações em uma camada afetem as outras, possibilitando maior rapidez no seu desenvolvimento. A camada “n” em um computador se comunica com a camada n em outro computador. As regras e convenções usadas nessa comunicação são conhecidas coletivamente como o protocolo da camada “n” A camada somente precisa conhecer o seu protocolo e como solicitar serviços para acamada inferior Camada 7 – Aplicação: A camada de Aplicação também chamada de Camada 7 do modelo OSI é a responsável pela interface entre o aplicativo e o protocolo de comunicação. Alguns dos protocolos implementados nessa camada estão listados a seguir: HTTP, SMTP, FTP, SSH, RTP, Telnet, SIP, RDP, IRC, SNMP, NNTP, POP3, IMAP, BitTorrent, DNS e Ping sendo está a camada que possui mais protocolos implementados. Camada 6 – Apresentação: A camada de Apresentação também conhecida com camada de Tradução é responsável pela conversão do dados recebidos da camada de Aplicação e que serão transmitidos pela rede, convertendo os dados num formato entendido pelo protocolo que está sendo utilizado. Alem da conversão de dados esta camada pode realizar as funções de compressão e criptografia dos dados que serão enviados. Camada 5 – Sessão A Camada de Sessão é responsável por permitir que duas aplicações em computadores diferentes estabeleçam uma sessão de comunicação. Na transmissão as aplicações definem como será feita a transmissão dos dados, e colocam marcações nos dados que estão sendo transmitidos para ter controle em caso de falhas na rede, com isso o transmissor sabe quais dados devem ser reenviados. Esta transmissão de dados pode ser feita de duas formas Half-duplex ou Full-duplex. Na Half-duplex a conexão interliga somente duas estações na rede, havendo um canal ponto-a-ponto entre elas, quando um nó transmite o outro recebe, um de cada vês; na Full-duplex uma estação pode estabelecer um canal entre vários hosts na rede a fim de enviar uma mensagem em broadcast para as demais estações. Um dos protocolos usado nessa camada é o RPC (Remote Procedure Call) que trata as sincronizações (checkpoints) de transferência de arquivos. Camada 4 – Transporte No processo de envio esta camada é responsável por dividir em pacotes os dados recebidos da Camada de Sessão e após repassa os dados para a Camada de Rede. No receptor esta camada é responsável por pegar os pacotes recebidos da Camada de Rede e remontar o dado original para enviá-lo à Camada de Sessão. O processo de montagem dos pacotes recebidos inclui o controle de fluxo (colocar os pacotes recebidos em ordem, caso tenham chegados fora de ordem) e correção de erros, o que geralmente é controlado através do envio para o transmissor de um pacote de reconhecimento (acknowledge), informando que o pacote foi recebido com sucesso. Esta camada também é responsável por separar as camadas de nível de aplicação (Camadas 5 a 7) das camadas de nível físico (Camadas de 1 a 3). Alguns dos protocolos dessa camada incluem: TCP (Transmission Control Protocol), UDP(User Datagram Protocol), RTP(Real-time Transport Protocol), SCTP(Stream Control Transmission Protocol). Camada 3 – Rede A Camada de Rede é responsável pelo endereçamento dos pacotes, convertendo endereços lógicos em endereços físicos, de forma que os pacotes consigam chegar corretamento ao destino. Esta camada também determina a rota (roteamento) que os pacotes irão seguir até chegar o destino, baseada em fatores como condições de tráfego da rede e prioridades. Está camada é a responsável por definir como fragmentar um pacote em tamanhos menores tendo em vista o MTU (Maximum Transmision Unit) da rede utilizada. Alguns dos protocolos usados nessa camda são: IP, ICMP, ARP, RARP, IGMP, RIP, OSPF Os protocolos da Camada de Rede podem ser classificados em 3 grupos: Protocolos Roteáveis, Protocolos de Roteamento e Protocolos Não-Roteáveis, a seguir será detalhado cada um deles. * Protocolos Roteáveis: São protocolos que especificam o endereçamento lógico referente à camada inter-rede. Os endereços especificados por estes protocolos são utilizados para a decisão de encaminhamento de um pacote. Alguns exemplo desses protocolos são o IP, IPX e o AppleTalk. * Protocolos de Roteamento: São responsáveis pelo preenchimento da tabela de roteamento. Esses protocolosespecificam como as rotas serão aprendidos e divulgadas a outros roteadores, por isso são protocolos utilizados pelos roteadores. Alguns dos protocolos são o RIP (Routing Information Protocol) e o OSPF (Open Shortest Path First). * Protocolos Não-Roteáveis: Um protocolo não-roteável é um protocolo que não pode ser encaminhado por roteadores. Geralmente isso ocorre com protocolos que não rodam sobre um protocolo de camada 3 (Rede). Alguns exemplos de protocolos não-roteaveis são: NetBIOS e o NetBEUI. Camada 2 – Enlace ou Link de Dados Esta camada pega os dados recebidos da camada de Rede e os transforma em quadros que serão enviados pela rede, adicionando informações como o endereço da placa de rede de origem, o endereço da placa de rede de destino, dados de controle, os dados em si e o CRC. No receptor esta camada é responsável pela verificação dos dados recebidos, refazendo o CRC. Se os dados estão corretos, é enviado uma confirmação de recebimento (chamada de acknowledgeou simplesmente ack). Caso essa confirmação não seja recebida, a camada de enlace do transmissor reenvia o quadro, já que ele não chegou até o receptor ou então chegou com os dados corrompidos. Alguns dos protocolos usados nessa camada são: PPP (Point-to-Point Protocol), HDLC (High- Level Data Link Control) e o ADCCP (Advanced Data Communication Control Procedures). Camada 1 – Camada Física A Camada Física é responsável por converter os quadros enviados pela Camada de Enlace em sinais compatíveis com o meio que serão transmitidos, como por exemplo sinais elétricos para um meio elétrico, ou sinais luminosos para fibra óptica. Pilhas de Protocolos O modelo TCP/IP de encapsulamento busca fornecer abstração aos protocolos e serviços para diferentes camadas de uma pilha de estrutura de dados (ou simplesmente pilha). No caso do modelo inicial do TCP/IP, a pilha é constituída por quatro camadas: Camada Exemplo 4 - Aplicação (5ª, 6ª e 7ª camada OSI) HTTP, HTTPS, FTP, DNS, RTP Essa parte contem todos os protocolos para um serviço específico de comunicação de dados em um nível de processo-a-processo (por exemplo: como um web browser deve se comunicar com um servidor da web). [protocolos de routing como BGP e RIP, que, por uma variedade de razões, são executados sobre TCP e UDP respectivamente, podem também ser considerados parte da camada de aplicação] 3 - Transporte (4ª camada OSI) TCP, UDP, SCTP Essa parte controla a comunicação host-a-host. [protocolos como OSPF, que é executado sobre IP, podem também ser considerados parte da camada de rede] 2 - Internet (3ª camada OSI) Para TCP/IP o protocolo é IP, MPLS Essa parte é responsável pelas conexões entre as redes locais, estabelecendo assim a interconexão. [protocolos requeridos como ICMP e IGMP é executado sobre IP, mas podem ainda ser considerados parte da camada de rede; ARP não roda sobre IP] 1 - Rede (Interface com Rede) (1ª e 2ª camada OSI) Essa é a parte conhecida como física pois trata-se das tecnologias usadas para as conexões como: Ethernet, Wi-Fi,Modem, etc. No modelo OSI, essa camada também é física, porém, é dividido em duas partes: física e enlace de dados. A física é a parte do hardware e a enlace de dados é a parte lógica do hardware; mac address. Simplex Transmissões Simplex, Half-Duplex e Full-Duplex Simplex: A comunicação simplex é quando temos um dispositivo transmissor e outro dispositivo receptor, sendo que este papel não se inverte no período de transmissão. A transmissão tem sentido unidirecional, não havendo retorno do receptor. Podemos ter um dispositivo transmissor para vários receptores, e o receptor não tem a possibilidade de sinalizar se os dados foram recebidos. Full-Duplex: A comunicação duplex é quando temos um dispositivo transmissor e outro receptor, sendo que os dois podem transmitir dados simultaneamente em ambos os sentidos (a transmissão é bidirecional). Poderíamos entender uma linha full-duplex como funcionalmente equivalente a duas linhas simplex, uma em cada direção. Como as transmissões podem ser simultâneas em ambos os sentidos e não existe perda de tempo com turn-around (operação de troca de sentido de transmissão entre os dispositivos), uma linha full-duplex pode transmitir mais informações por unidade de tempo que uma linha half-duplex, considerando-se a mesma taxa de transmissão de dados. Half-Duplex: A comunicação half duplex é quando temos um dispositivo Transmissor e outro Receptor, sendo que ambos podem transmitir e receber dados, porém não simultaneamente, a transmissão tem sentido bidirecional. Durante uma transmissão half-duplex, em determinado instante um dispositivo A será transmissor e o outro B será receptor, em outro instante os papéis podem se inverter. Por exemplo, o dispositivo A poderia transmitir dados que B receberia; em seguida, o sentido da trasmissão seria invertido e B transmitiria para A a informação se os dados foram corretamente recebidos ou se foram detectados erros de transmissão. A operação de troca de sentido de transmissão entre os dispositivos é chamada de turn-around e o tempo necessário para os dispositivos chavearem entre as funções de transmissor e receptor é chamado de turn- around time. Endereço IP O endereço IP, de forma genérica, é uma identificação de um dispositivo (computador, impressora, etc) em uma rede local ou pública. Cada computador na internet possui um IP (Internet Protocol ou Protocolo de internet) único, que é o meio em que as máquinas usam para se comunicarem na Internet. Para um melhor uso dos endereços de equipamentos em rede pelas pessoas, utiliza-se a forma de endereços de domínio, tal como "www.uninove.br". Cada endereço de domínio é convertido em um endereço IP pelo DNS (Domain Name System). Este processo de conversão é conhecido como "resolução de nomes", os endereços da internet são mais conhecidos pelos nomes associados aos endereços IP (por exemplo, o nome www.uninove.br está associado ao IP 186.251.39.102 ). Para que isto seja possível, é necessário traduzir (resolver) os nomes em endereços IP. O endereço IP, na versão 4 do IP (IPv4), é um número de 32 bits oficialmente escrito com quatro octetos (Bytes) representados no formato decimal como, por exemplo, "192.168.1.10". A primeira parte do endereço identifica uma rede específica na Internet, a segunda parte identifica um host dentro dessa rede. Devemos notar que um endereço IP não identifica uma máquina individual, mas uma conexão à Internet. Assim, um gateway conectado a n redes tem n endereços IP diferentes, um para cada conexão. Os endereços IP podem ser usados tanto para nos referir a redes quanto a um host individual. Por convenção, um endereço de rede tem o campo identificador de host com todos os bits iguais a 0 (zero). Podemos também nos referir a todos os hosts de uma rede através de um endereço por difusão, quando, por convenção, o campo identificador de host deve ter todos os bits iguais a 1 (um). Um endereço com todos os 32 bits iguais a 1 é considerado um endereço por difusão para a rede do host origem do datagrama. O endereço 127.0.0.1 é reservado para teste (loopback) e comunicação entre processos da mesma máquina. O IP utiliza três classes diferentes de endereços. A definição de tipo de endereço classes de endereços deve-se ao fato do tamanho das redes que compõem a Internet variar muito, indo desde redes locais de computadores de pequeno porte, até redes públicas interligando milhares de hosts. Classe Faixa de endereços de IP NotaçãoCIDR Número de Redes Número de IPs IPs por rede Classe A 10.0.0.0 – 10.255.255.255 10.0.0.0/8 128 16.777.216 16.777.214 Classe B 172.16.0.0 – 172.31.255.255 172.16.0.0/12 16.384 1.048.576 65 534 Classe C 192.168.0.0 – 192.168.255.255 192.168.0.0/16 2.097.152 65.535 254 Esquema de cores para montar cabo de rede RJ45 cabo UTP (Unshilded Twisted Par) A crimpagem de um cabo de rede é muito simples, você saber a sequência correta de cores e ter as ferramentas necessárias para executar o serviço. Para montar o cabo você precisará de: Alicate de crimpagem; Jack RJ45 Cabo RJ45 Deve-se seguir a sequência de cores correta para montar o cabo de rede padrão UTP. Padrão EIA/TIA 568B Cross Over Esta sequência é a do cabo mais comum, aquele usado para ligar seu PC ao modem de banda larga ou ao roteador. MDI - MDIX O MDI (Medium Dependent Interface) é o que efetua a conexão física e elétrica ao cabeamento de par trançado. O MDIX é o MDI "crossover". O MDI se conecta ao MDIX por cabo direto (combinação dos pares idênticas nas duas pontas - ou T568a ou T568b). Quando conectamos entre duas interfaces MDI, como entre dois switches, deve-se utilizar um cabo cross-over, isto é, padrão T568b numa ponta e T568a na outra. O Auto MDI/MDIX, você não precisa se preocupar com os cabos crossover. Partindo deste princípio, você define uma padrão a utilizar (T568b ou T568a) em todo seu cabeamento e pronto. (Lembrando que sempre se deve utilizar o padrão mais recente como 568b) Complemento: Os pares devem enviar os bits para o receptor, isto é, o Tx (transmissor) envia para o Rx (receptor). Portanto, o Tx deve estar conectado ao Rx da outra porta e vice-versa. O cross-over faz isso, impedindo que o Tx envie para o Tx da outra porta e que o Rx fique conectado ao Rx. O auto MDI/MDIX faz esta conversão, equipamentos de qualidade, quando são auto MDI/MDIX, em cada porta, aparece uma letra X. Por exemplo, a porta 1, seria 1x. Ilustração MDI/MDIX Manual: Com crossover ou auto MDI/MDIX Rx ------ Tx Tx ------ Rx Com direto e sem auto MDI/MDIX: Rx ------ Rx Tx ------ Tx • Placas de Rede (NIC) A placa de rede é também chamada de adaptador de rede ou NIC (Network Interface Card) é um dispositivo de hardware responsável pela comunicação entre os computadores de uma rede. Velocidades: 10/100 Mbps e 1000/10000 Gbps • Cabo UTP (Unshielded Twisted Pair) ou Par Trançado sem Blindagem: é o mais usado atualmente tanto em redes domésticas quanto em grandes redes industriais devido ao fácil manuseio, instalação, permitindo taxas de transmissão de até 100 Mbps com a utilização do cabo CAT 5. É o mais barato para distâncias de até 100 metros. Para distâncias maiores empregam-se cabos de fibra óptica. Sua estrutura é de quatro pares de fios entrelaçados e revestidos por uma capa de PVC. Pela falta de blindagem este tipo de cabo não é recomendado ser instalado próximo a equipamentos que possam gerar campos magnéticos (fios de rede elétrica, motores, inversores de freqüência) e também não podem ficar em ambientes com umidade.) • Cabo STP (Shield Twisted Pair) ou Par Trançado Blindado: É semelhante ao UTP. A diferença é que possui uma blindagem feita com a malha metálica. É recomendado para ambientes com interferência eletromagnética acentuada. Por causa de sua blindagem possui um custo mais elevado. Caso o ambiente possua umidade, grande interferência eletromagnética, distâncias acima de 100 metros ,ou seja, exposto ao sol ainda é aconselhável o uso de cabos de fibra ótica. Conectores: Jack, RJ45, RJ11, BNC Conector BNC: Utilizado em cabo coaxial Conector RJ45: Utilizado em cabos UTP Conector RJ11: Utilizado para telefonia Keystone Jack: Conector fêmeo do RJ45 Especificações e características de tipos de cabos Designação Meio Físico Segmento máximo Velocidade de transferencia Topologia 10Base-5 Coaxial 500m 10Mbps Bus (Barramento) 10Base-2 ThinCoaxial (RG-58 A/U) 185m 10Mbps Bus (Barramento) 10Base-T Categoria 3 (UTP) 100m 10Mbps Estrela 1Base-5 Categoria 3 (UTP) 100m 1Mbps Estrela 10Base-FL Fiber-optic multimode 62.5/125 fiber 2000m (full- duplex) 10Mbps Estrela 100Base-TX Categoria 5,6,7 (UTP) 100m 100Mbps Estrela 100Base-FX Fiber-optic- multimode 62.5/125 fiber 400 metros (Half- Duplex) 2000 m (full- duplex) 100 Mbps (200 Mb/s full-duplex mode) Estrela 1000Base-SX Fiber-optic multimode 62.5/125 fiber 260m 1Gbps Estrela 1000Base-LX Fiber-optic- multimode 62.5/125 fiber or monomode fiber 440m (multimode) 10000 m (singlemode) 1Gbps Estrela 1000Base-T Category5 100m 1Gbps Estrela Tipos de cabos - UTP: Unshielded Twisted Pair - Par Trançado sem Blindagem: - STP: Shielded Twisted Pair - Par Trançado Blindado - Categoria do cabo 3 (CAT3): É um cabo não blindado usado para dados de até 10Mbits com a capacidade de banda de até 16 MHz. Foi muito usado nas redes Ethernet criadas nos anos noventa (10BASET). Ele ainda pode ser usado para VOIP, rede de telefonia e redes de comunicação 10BASET e 100BASET4. - Categoria do cabo 5 (CAT5): Usado em redes fast ethernet em frequências de até 100 MHz com uma taxa de 100 Mbps. - Categoria do cabo 5e (CAT5e): É uma melhoria da categoria 5. Pode ser usado para frequências até 125 MHz em redes 1000BASE-T gigabit ethernet. Ela foi criada com a nova revisão da norma EIA/TIA-568-B. - Categoria do cabo 6 (CAT6): Definido pela norma ANSI EIA/TIA-568-B-2.1 possui bitola 24 AWG e banda passante de até 250 MHz e pode ser usado em redes gigabit ethernet a velocidade de 1Gbps. - Categoria: CAT 6a: É uma melhoria dos cabos CAT6. O a de CAT6a significa augmented (ampliado). Os cabos dessa categoria suportam até 500 MHz e podem ter até 55 metros no caso da rede ser de 10Gbps, caso contrario podem ter até 100 metros. Para que os cabos CAT 6a sofressem menos interferências os pares de fios são separados uns dos outros, o que aumentou o seu tamanho e os tornou menos flexíveis. Essa categoria de cabos tem os seus conectores específicos que ajudam à evitar interferências.
Compartilhar