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Fundamentos de biomecânica dos tecidos e a neurofisiologia 3

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Fundamentos de 
biomecânica dos tecidos e 
a neurofisiologia
Prof Astrogildo Mavignier
Tecido conectivo
 O tecido conectivo é o mais abundante e está presente em todas as 
áreas do organismo
 O tecido conectivo dá suporte fibroso paras as vísceras, órgãos e 
músculos, e envolve fibras, fascículos e ventre musculares (epimísio, 
perimísio e endomísio)
 Funciona como barreira mecânica e química e ainda conduz vasos e 
nervos
Tecido conectivo
 Como tendão ou ligamento, o tecido conectivo permite a função 
locomotora, pois confere ao corpo a estabilidade contra a gravidade, 
mediante a distribuição constante de forças de tendão e compressão.
 O AUMENTO DA TENSÃO EM UM COMPONENTE DA ESTRUTURA VAI GERAR 
MUDANÇAS ADAPTATIVAS VISANDO NOVAMENTE AO EQUILÍBRIO 
(DONATELLI E Wooden, 1994)
Os componentes do tecido conectivo 
são:
 Colágeno e elastina, secretadas pelas células presentes nos diversos 
tecidos conectivos conjuntivos (fibroblastos, condroblastos)
 Matriz extracelular; água e glicosaminoglicanas (GAG)
Propriedade mecânica do tecido 
conectivo
 Elasticidade
 Viscoelasticidade
 Plasticidade 
Elasticidade 
 Capacidade de um material retornar ao seu comprimento e forma 
originais após a retirada de uma carga (Engles, 2001)
Viscoelasticidade 
 A grande maioria dos tecidos biológicos exibe uma deformação e 
recuperação graduais quando eles são submetidos à aplicação e 
retirada de uma carga
Plasticidade 
 Implica a deformação permanente dos tecidos biológicos e está 
associada a situações patológicas onde ocorre lesão estruturas (Norkin; 
Levangie, 2001) 
Plasticidade x Remodelação tecidual
 Plasticidade - envolve ocorrência de lesão estrutural e ruptura de fibras 
musculares
 Remodelação tecidual – acarreta modificações na estrutura do tecido, 
com alterações do número de sarcômeros em série e/ou em paralelo
Sensação de dor
 A dor é uma sensação temida, pois pode representar a doença, o sofrimento 
e até a morte
 Também é sinal de alerta, protegendo o organismo contra danos
 A sensação de dor pode vir ou não acompanhada de reações 
neurovegetativas, tais como sudorese, pele fria e úmida, taquicardia, vômitos, 
diarreia
 Para se defender da dor, o organismo cria um aumento de tônus (fenômeno 
defensivo que leva à diminuição da excitação dos nociceptores) e provoca a 
instalação de posições antálgicas 
Sensopercepção
 Junção de SENSAÇÃO e PERCEPÇÃO
 Sensação – são fontes básicas por meio das quais conhecemos o mundo 
esterno e o nosso próprio corpo
 São impressões do meio ambiente o u do meio interno captadas pelos 
receptores sensoriais e levadas ao SNC pelos nervos periféricos
 Percepção – é um processo de codificação, organização e interpretação 
dos dados sensoriais pelo SNC
 Constitui a representação de uma forma que possui caráter simbólico
Esquema e imagem corporal
 Esquema corporal – é uma representação integral e segmentar que o 
indivíduo possui de si mesmo (Novaes, 1975)
 Imagem corporal – é a síntese da história afetiva do indivíduo
 O ESQUEMA CORPORAL é o interprete da imagem (Dolto, 1984)
Alguns princípios do tratamento 
sensoperceptivo
 O despertar da sensorialidade
 A unidade corporal
 Uma visão integrada
 A participação ativa
 A responsabilidade pelo 
tratamento
 A qualidade, e não a repetição 
mecânica 
 O respeito ao ritmo de cada um
 A harmonização do tônus 
 A simetria 
 A busca da postura e do gesto 
próprio 
Terapia Manual
 Osteopatia
 Kabat (FNP)
 Bobath
 Alongamento neural
 RPG
 Cyriax
 Quiropraxia
 Maiteland
 Pold
 etc
Pompage
 Termo trazido do francês sem tentativa de tradução
 É uma manobra capaz de tensionar lenta, regular e progressivamente um 
segmento corporal.
 Coloca sob tensão todo e qualquer tecido elástico aí contido
 POMPAGE – é o procedimento de tratamento fascial por excelência
Objetivos da pompage
 Circulatório
 Relaxamento muscular
 Combater a degeneração cartilaginosa
Indicações 
 Encurtamento muscular
 Flogístico
 Artrose
 Ganho de amplitude
 Lubrificação/hidratação
Manipulação e Mobilização 
 Manipulação – é definida como 
exame ou tratamento pelas 
mãos.
 Manipulação articular – técnica 
específica na qual a cápsula 
articular é alongada por meio de 
uma manobra brusca na 
articulação. 
 Essa definição é tão ampla que 
permite incluir qualquer técnica 
manual aplicada à articulação 
em uma disfunção que 
movimente as duas superfícies, 
uma em relação a outra.
Manipulação e Mobilização:
inclui-se
 Manipulação articular no sentido mais restrito; 
 A mobilização articular, um movimento lento e passivo feito em uma 
superfície articular;
 Energia muscular – técnica em que a articulação é movimentada pela 
contração ativa do músculo do paciente
Manipulação Articular
 Pode ser definida como uma técnica de terapia manual envolvendo o 
movimento de uma superfície articular em relação à outra, realizada sobre 
uma estrutura articular que apresenta disfunção ao exame físico
Manipulação Articular
 Há evidências de que técnicas manuais eram usadas na Tailândia em 2000 
a.C., assim como no Egito.
 Hipócrates usava tração manual no tratamento de deformidades da coluna
 Nos EUA e na Europa, durante os anos 1800, práticos chamados de 
bonesetters* desenvolveram toda uma prática de técnicas de manipulação 
articular
 Embora ignorassem muitas das bases anatômicas e fisiológicas da 
manipulação, esses práticos usavam uma série de técnicas que 
frequentemente eram bem-sucedidas no alívio da dor e na regressão da 
deformidade
* os que colocam ossos no lugar
Quiropraxia e Osteopatia 
 Originam-se no início do século 20
 Técnicas que se assemelham as utilizadas pelos bonesetters
 ambas baseiam-se na premissa de que a doença, incluindo os distúrbios 
da coluna, deve-se à disfunção vertebral
Quiropraxia e Osteopatia
 Os quiropráticos enfatizam o 
papel dos nervos espinhais na 
causa da doença
 Os osteopatas enfatizam o papel 
das artérias vertebrais
Quiropraxia e Osteopatia
 Os quiropráticos reconhecem, 
hoje em dia, que muitas doenças 
não podem ser curadas pelas 
manipulações da coluna e 
limitam o tratamento às 
disfunções dessa região
 Os osteopatas continuam a usar 
a manipulação como um 
complemento no tratamento, 
mas expandiram seu treinamento 
para incluir o tratamento 
oferecido pelos médicos
Quiropraxia e Osteopatia
 Apesar de poucos médicos acreditarem que há uma relação direta entre 
disfunção da coluna e doença, existe algum reconhecimento do papel 
da disfunção vertebral na causa de distúrbios não –vertebrais.
 Muitos profissionais acreditam que, quando um elemento do sistema 
esquelético, articular ou miofascial, está em disfunção, ocorrem alterações 
nos sistemas vascular, linfático neural
Quiropraxia e Osteopatia
 As especificidades da ligação entre manipulação e disfunção sistêmica 
não estão ainda bem definidas; contudo, na prática clínica são 
observados alguns exemplos, como as queixas dos pacientes de tonturas 
após manipulações leves da cervical alta, consideradas como 
relacionadas a alterações neurológicas sistêmicas devidas às técnicas de 
manipulação.
Osteopatia 
Indicações 
 Aumento da extensibilidade articular
 Correção de falhas de posicionamento
 Nutrição
 Controle da dor/relaxamento muscular
 Compressão meniscoide
 Redução de hérnia de disco
 Benefícios psicológicos 
Precauções 
 Qualquer lesão sem diagnóstico
 Ancilose articular
 Hipermobilidade articular(se as técnicas que levam a articulação pela 
primeira parada de tecido forem levadas em conta, a menos que esteja 
sendo tratada uma falha de posicionamento)
Avaliação 
 Todos os pacientes devem passar por uma avaliação antes de qualquer 
tratamento, incluindo-se o tratamento com manipulação articular
A avaliação deve compreender:
 Histórico completo
 Exame físico com inspeção
 Palpação
 Análise da amplitude de 
movimento
 Mobilidade intra-articular
 Avaliação neurológica
 Avaliação de força e testes 
especiais apropriados
 Rx se existirem
 Sinais e sintomas devem ser 
consistentes como o diagnóstico 
e deve ser desenvolvido um 
plano de assistência completo, 
do paciente, a extensão da lesão 
e as questões médicas
Mobilidade intra-articular
 É importante para o desempenho de todas as técnicas de manipulação 
articular
 A análise da mobilidade articular é iniciada colocando o paciente em 
posição de repouso ou p posição frouxa
 A posição e repouso normalmente é adotada por uma articulação com 
disfunção por dar mais conforto.
Avaliação da mobilidade intra-
articular
 A mobilidade intra-articular é analisada movimentando-se uma das 
superfícies articulares na direção oposta ou perpendicular à articulação
 Identificação do plano de tratamento*
 Movimentar passivamente qualquer um dos ossos em uma direção que 
seja perpendicular ao plano de tratamento constitui uma análise de 
mobilidade intra-articular com tração ou separação e mover qualquer 
osso em uma direção paralela ao plano de tratamento constitui uma 
oscilação ou deslizamento na análise da mobilidade intra-articular
* as direções são identificadas pela identificação da superfície articular côncava, ela se moviemnta se a superfície côncava é parte 
do osso que se move, e permanece imóvel quando a superfície convexa que se move
Mobilidade intra-articular
Princípios para uma manipulação
 O paciente não deve exibir proteção muscular e deve estar o mais 
relaxado possível
 O profissional deve ser eficiente com a mecânica corporal e deve ficar 
em pé com uma base de suporte larga. A força para a manipulação deve 
estar o mais próximo possível do centro de gravidade do profissional. A 
força deve ser dirigida idealmente para baixo. Se não é possível uma 
força para baixo, deve-se tentar uma força dirigida horizontalmente. Isso é 
especialmente importante ao tratar grande articulações e menos 
significativo ao avaliar articulações pequenas da mão e pé. O profissional 
deve usar seu peso para auxiliar a força de manipulação sempre que 
possível
Princípios para uma manipulação
 A articulação deve ser avaliada na posição de repouso se o paciente for 
capaz de permanecer nessa posição. Caso contrário, a articulação deve 
ser avaliada na posição de repouso real*
 O profissional deve segurar o paciente firmemente, sem provocar dor
 O osso deve estar estabilizado com a mão do profissional ou outra parte 
do corpo, uma cinta, um calço ou pela mesa de tratamento
 O outro osso é manipulado com a mão do profissional
 Tanta a força estabilizadora quanto a força de manipulação devem estar 
o mais próximo possível da superfície articular para controlar o movimento 
de perto
* posição que mais se aproxima da posição de repouso em virtude de dor ou limitação de movimento
Princípios para uma manipulação
 A dor do paciente deve ser monitorizada durante a análise e deve ser feitas 
modificações apropriadas com base na resposta à dor
 O movimento acessório deve ser analisado, comparando-se com a 
articulação correspondente no outro lado do corpo sempre que possível
 Deve ser feito somente um movimento por vez. Por exemplo, o profissional não 
deve manipular um osso em deslizamento dorsal a partir de uma posição 
deslizada ventralmente, pois é mais difícil analisar o movimento dessa maneira
 Deve ser manipulada apenas uma articulação por vez
 Cada técnica serve tanto com o avaliação quanto como tratamento; desse 
modo, o profissional está sempre fazendo considerações durante o tratamento.
 Análises formais devem ser feitas antes e depois do tratamento
Inibição muscular
(Técnica de inibição neuromuscular integrada)
 Travell e Simons demonstraram a clara conexão entre a atividade do 
ponto-gatilho miofascial e uma ampla variedade de problemas oriundos 
da dor e aberrações do sistema nervoso simpático
 Melzack e Wall confirmam que existe poucos problemas de dor crônica 
que não têm atividade de ponto-gatilho miofascial como um 
componente, mas este age, em muitos casos, como o principal fator de 
manutenção da dor
Pontos-gatilho
 Localizam-se nos músculos tensos por causa de uma variedade de fatores, 
inclusive desequilíbrio postural (Barlow, 1959, Goldthwaite, 1949) 
 fatores congênitos (deformação das fáscias por causa de distorção 
craniana [Upledger, 1983], 
 problemas de uma perna ser mais curta que a outra, hemipelve pequena, 
etc.), 
 padrões de uso excessivo profissional ou de lazer (Rolf, 1977),
 estados emocionais que se refletem nos tecidos moles (Latey 1986)
 envolvimento referido/reflexo das vísceras que produzem facilitação em 
segmentos paraespinhais (Beal 1983, Korr 1976) e trauma.
Aplicação 
 A aplicação da pressão inibidora pode envolver:
 O cotovelo
 O polegar
 O dedo
 Pressão mecânica (barra em T de madeira ou borracha)
 Fricção cruzada da fibra
Aplicação da TINI
 Através da combinação dos métodos de inibição direta (Pressão leve, 
contínua ou em um padrão de mobilizar ou paralisa) com o conceito de 
esforço/contra-esforço e da TEM, uma orientação específica ao s tecidos 
moles disfuncionais pode ser obtida
TINI
Posturologia
 é um método de correção de desequilíbrios corporais relacionados com a 
postura e com disfunções ortopédicas que tenham origem nos pés.
 É o campo da fisioterapia que estuda as alterações posturais através da 
análise dos pés.
 Essa técnica, de origem francesa, auxilia na prevenção e no tratamento 
terapêutico através da prescrição de palmilhas posturais e mecânicas.
Podoposturologia
 As palmilhas posturais podem ser utilizadas no tratamento e prevenção de 
dores na região lombar, quadril, joelho, tornozelo e pé.
 As palmilhas mecânicas servem para dar apoio, corrigir deformidades e 
melhorar a função dos pés
Baropodometria
Plataforma de força que permite 
mensurar a distribuição das pressões 
plantares. 
Posdoposturologia
Podoscópio Plantigráfo
Imagem do podoscópio
Palmilhas 
Elementos da palmilhas- Peças podais
 São elementos necessários para o ajuste biomecânico da palmilha 
postural ou propcetiva
RPG
 Reeducação Postural Global
 Trabalha com posturas de tratamento 
 Alongamento das cadeias musculares
RPG – as posturas de tratamento
 Interesses principais:
1. Ela oferece a possibilidade de colocar o paciente seja em posição de 
decúbito dorsal, seja em carga (sentado ou de pé)
2. Ela permite ao terapeuta intervir manualmente de modo mais específico 
no nível de um segmento ou de outro
RPG
Indicações terapêuticas
 Problemas morfológicos
 Lesões articulares
 Problemas pós-traumáticos 
 Patologias neurológicas espásticas
 Patologias respiratórias
Referências
 ALMEIDA, Laís Cristina. Reeducação postural e sensoperceptiva: 
fundamento teórico e prático. Rio de Janeiro; MedBook, 2006.
 BIENFAIT, Marcel. Estudo e tratamento do esqueleto fibroso: fáscias e 
pompages. 2.ed. São Paulo: Summus, 1999.
 ________________. As bases da fisiologia da terapia manual. São Paulo: 
Summus, 2000.
 CHAITOW, Leon. Técnicas neuromusculares modernas: técnicas 
avançadas para tecidos moles.São Paulo: Manole, 2001.
 EDMOND, Susan L. Manipulação e Mobilização: técnicas para membros e 
coluna. São Paulo: Manole, 2000.
 SOUCHAR, Philippe. RPG. Reeducação postural global: o método. 4ª 
tiragem. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.

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