Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
* * Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências da Saúde Neuromotor – Fisiologia 18 de Novembro de 2011 Integrantes: Álisson Kopp, Amanda Nascimento, Beatriz Durlacher, João Pedro Signori, Karine Vielmo, Laís De David. * ÍNDICE Anatomia geral Neuroanatomia da visão Histologia ocular Fisiologia da visão Neurofisiologia central Patologias da visão Epidemiologia Bibliografia * ANATOMIA GERAL DO OLHO * * * * * * * * * * * * * * * NEUROANATOMIA DA VISÃO * * * * HISTOLOGIA OCULAR * Função Neural da Retina CIRCUITO NEURAL: Principais tipos celulares neurais: Fotorreceptor: esbastonetes e cones, que transmitem sinais para a camada plexiforme externa. Sinapse com células bipolares e horizontais. Células horizontais: transmitem sinais horizontalmente na camada plexiforme externa em direção às células bipolares. Células bipolares: transmitem os sinais verticalmente para a camada plexiforme interna. Sinapse com as células ganglionares e amácrinas. Células amácrinas: transmitem sinais diretamente a partir das células bipolares para as células ganglionares, ou horizontalmente, dentro da camada plexiforme interna. Células ganglionares: sinais de saída da retina em direção ao encéfalo, através do nervo óptico. Células interplexiformes: sinais retrógrados. * * * FISIOLOGIA DA VISÃO * Refração: A luz refletida pelos objetos chega aos olhos,passando através da Córnea, Pupila, Cristalino, até chegar a Retina onde a cena visual é focada. * Camadas Retinianas * Células Fotorreceptoras Bastonetes: (120 milhões) Contém 1 fotopigmento chamado Rodopsina. Funcionam melhor no escuro ou luz fraca( Visão Escotópica). Sensibilidade ao contraste. Não conseguem sinalizar diferenças de cores. Não Funcionam em condições Fototópicas(Luz) ,devido a decomposição da Rodopsina na presença de luz. Localizam-se mais na PERIFERIA da Retina. * Cones: (6 milhões) Apresentam 3 tipos de fotopigmentos, para discriminar comprimentos de onda na faixa do AZUL,VERDE,VERMELHO. Funcionam melhor a luz do dia (Visão Fototópica). Localizam-se em maior nº na parte central da retina. Na Fóvea (região central da Retina) só existem CONES. * * Transdução Fotoquímica Fotorreceptor Energia Luminosa Alterações do Potencial de Membrana. Fototransdução nos Bastonetes: Fotopigmento= Rodopsina, é sintetizada a partir da OPSINA (proteína) e RETINAL(lipídeo), derivado da VIT A. ESCURO, o retinal 11-CIS Retinal CLARO 11-Trans-Retinal. * Ciclo Visual da Rodopsina * A luz tem como função modificar a conformação da Rodopsina 11-CIS 11-TRANS • Quando isso acontece, a OPSINA e o RETINAL se separam,e a OPSINA se descolore ( Púrpura para Amarelo pálido). E a Rodopsina se torna Ativa. • Essa decomposição causa alteração na condutância Iônica do Fotorreceptor e provoca um potencial receptor HIPERPOLARIZANTE para reajustar a liberação de GLUTAMATO na fenda. * Quando a tira citoplasmática está desenrolada, ela revela sítios ativos! * Importância da VITAMINA A Constiuti-se como Via Metabólica na Transformação RETINAL TODO- TRANS para 11 CIS-RETINAL, reativando a RODOPSINA. É encontrada livre no citoplasma do bastonete. CEGUEIRA NOTURNA: A deficiência da VITAMINA A, faz com que o RETINAL TODO-TRANS não se transforme em 11 CIS RETINAL, assim a RODOPSINA torna-se DESATIVADA. Isso caracteriza uma dificuldade extrema de visão à noite. * Fototransdução Cascata Química no Bastonete: Fóton Cis-Retinal MetarrodopsinaII RodopsinaTransducina Fosfodiesterase Fosfodiesterase Hidrolisa GMPc Fecha canais de Sódio 1s Rodopsina cinase Inativa Metarrodopsinall Abre canais de Sódio * * Hiperpolarização no Bastonete Membrana do bastonete no Escuro (-40mV) Excitado com a Luz Máxima (-70,-80mV) = Hiperpolarizado, acontece o fluxo direto de CORRENTE ELÉTRICA (Condução Eletrotônica) até o terminal nervoso. Diminui a liberação de Glutamato (neurotransmissor inibitório) que ocorria na ausência de luz. * Só ocorre Potencial de Ação nas Células Ganglionares, que transmitem sinais visuais até o encéfalo. * * Fototransdução nos Cones Quando ocorre hiperpolarização nos bastonetes e a luz continua incidindo sobre ele (Sol brilhante), a resposta torna-se SATURADA. A visão passa a depender diretamente dos Cones. A única diferença na transdução consiste no tipo de OPSINA. * Visão de Cor pelos Cones Análise de cor tem início na retina. Não é inteiramente função do encéfalo Depende da ativação dos pigmentos de cada cone= AZUL,VERDE,VERMELHO O encéfalo atribui Cores aos objetos com base em uma comparação de leitura (FOTOMÉTRICA)dos 3 tipos de Cones. 3 Cones igualmente ativos = BRANCO * Um tipo de cone de cor excita a célula ganglionar, pela via excitadora direta, por uma célula bipolar despolarizante. Outro tipo de cone inibe a célula ganglionar pela via inibidora indireta, por uma célula bipolar hiperpolarizante. Cada tipo de célula ganglionar de contraste de cor é excitado por uma cor, mas inibido pela “cor oponente”. A análise de cor * Mecanismo Tricolor de Detecção das Cores Relação de estimulação da luz monocromática laranja: 99:42:0 Amarela: 83:83:0 Azul: 0:0:97 * Via Visual Dos Cones • Neurônios e fibras que conduzem sinais dos cones são maiores que os dos bastonetes. Valocidade é de duas a cinco vezes maior. Via direta: Cone Célula Bipolar Célula ganglionar Nervo Óptico • Células horizontais transmitem os sinais inibidores lateralmente na camada plexiforme externa, e as células amácrinas na camada plexiforme interna. * Via Visual nos Bastonetes • Via direta: • Células horizontais e amácrinas tem conectividade lateral. • Tanto bastonetes quanto cones liberam glutamato nas sinapses com células bipolares. Bastonetes Célula bipolar Célula amácrima Célula ganglionar Nervo óptico * * Inibição Lateral Saídas das células horizontais são sempre inibitórias. A conexão lateral produz inibição lateral. Assegura a transmissão de padrões visuais com contraste visual adequado em direção ao sistema nervoso central. Algumas células amácrinas provavelmente também produzam inibição lateral. * Tipos de Células Ganglionares •Células w Maioria Bastonetes Periferia V=8m/s •Células X 1 Cone V=14m/s •Células Y Maiores de todas V=50m/s * Adaptação Ao Escuro Transição da visão diurna com base nos Cones, para a noturna com base nos Bastonetes. Não é Instantâneo (20 min). Dilatação das Pupilas(mais luz). Regeneração da (Vit A Retinal e opsina) Rodopsina para uma configuração anterior ao desbotamento e o ajuste da função da retina. Mais bastonetes para cada célula Ganglionar. * Adaptação à Claridade Grande proporção de agentes fotoquímicos fica reduzida a retinal e opsinas. Grande parte do retinal é convertida em vitamina A. Sensibilidade do olho à luz fica reduzida * MECANISMO DE ACOMODAÇÃO É o mecanismo controlado pelo sistema PARASSIMPÁTICO que permite a mudança de FORMA do cristalino, para aperfeiçoamento da imagem; Quando olhamos um objeto de perto precisamos desviar mais os raios pois eles chegam na córnea sob um ângulo maior, assim podemos ajustar o cristalino para focar os raios sobre a retina; * PARASSIMPÁTICO NERVO CILIAR CONTRAÇÃO MUSCULO CILIAR DISTENDE OS LIGAMENTOS CURVATURA CRISTALINO ACOMODAÇÃO * CONTRAÇÃO E RELAXAMENTO DOS MÚSCULOS CILIARES Acomodação visual Quando músculo se contraem, os ligamentos relaxam e tensionam menos o cristalino que sofre uma curvatura; Do contrário,quando músculo relaxa, cristalino fica tensionado e mais plano; Músculo ciliar = fibras circulares e fibras meridionais; * * Acuidade visual • É a capacidade do olho de reconhecer dois pontos/fontes luminosas, medida pelo ângulo menor que um certo limite aparecerão ao observador. • Dois pontos situados num ângulo menor do que o limite aparecerão como um só. / mais perto dafóvea, melhor. • Para esse fenômeno ocorrer são necessários fatores ópticos, retinianos e fatores relacionados a estímulos (brilho, iluminação do fundo, etc...). * NERVOS AUTONOMOS DO OLHO PARASSIMPÁTICO: Fibra pré-ganglionares que se originam no núcleo de Edinger-westphal passam no 3º nervo até o gânglio ciliar (atrás do olho) – sinapse com neurônios pós ganglionares – sinapse com nervos ciliares. Nervos ciliares excitam: •Músculo ciliar (controla a acomodação do cristalino) •Esfíncter da íris (controla a constrição pupilar = miose) SIMPÁTICO: Inervação se origina nas células do corno intermediolateral da T1 da medula espinhal, então as fibras simpáticas entram na cadeia simpática e sobem para o gânglio cervical superior – sinapse com neurônios pós-ganglionares que se propagam ao longo de artérias (carótida e outras) até chegarem ao olho. Fibras simpáticas excitam: •Fibras radiais da íris /músculo dilatador da íris( dilatação pupilar= midríase) •Músculos extraoculares do olho * Controle Pupilar pelo Sistema Nervoso Parassimpático Inicia-se no mesencéfalo, no núcleo de Edinger-Westphal, de onde saem as fibras que vão acompanhar o III nervo e que atingem o gânglio ciliar na órbita e deste a musculatura concêntrica da pupila, responsável pela miose, constrição pupilar. O sistema nervoso parassimpático funciona por meio de estímulos luminosos, compondo o reflexo fotomotor abaixo descrito. * * DIÂMETRO PUPILAR A íris é responsável por controlar a quantidade de luz que entra no olho, que é aumentada na escuridão e diminuída à luz do dia; Isso é feito através do reflexo pupilar que envolve conexões entre a retina e os neurônios do tronco encefálico que controlam os músculos que contraem a pupila (inervação essa tanto simpática quanto parassimpática) * Reflexo FOTOMOTOR: A luz atinge a retina e as fibras do nervo e tracto óptico – mesencéfalo, onde fazem sinapse nos chamados núcleos pré-tectais, localizados na altura dos colículos superiores no tecto mesencefálico – sinapse no núcleo parassimpático do nervo oculomotor, núcleo de Edinger-Westphal – partem fibras parassimpáticas que compõem o III nervo – gânglios ciliares, de onde partem fibras em direção à pupila = constrição. Assim, o chamado reflexo fotomotor tem uma via aferente (II nervo craniano), uma integração (mesencefálica) e uma via eferente (III nervo craniano). Luz – nervo óptico – núcleos pré-tectais – Impulsos secundários – núcleo acessório parassimpático de Edinger-westphal – voltam pelo nervo oculomotor – contração do esfíncter da pupila. * Controle Pupilar pelo Sistema Nervoso Simpático O primeiro neurônio origina-se no hipotálamo (diencéfalo), passando por todo o tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo) e avança pela medula cervical. De lá parte o segundo neurônio, que forma o plexo simpático e faz sinapse no gânglio cervical superior. O terceiro neurônio da via envolve a carótida, com a qual retorna com o ramo do nervo trigêmeo (oftálmico). Ao atingir o olho inerva musculatura radial da pupila, responsável pela midríase, dilatação pupilar. * * LESÕES PUPILARES Lesão do sistema nervoso simpático em qualquer ponto desta via pode gerar a chamada síndrome de Claude Bernard-Horner, caracterizada por miose ipsilateral à lesão. Contudo, a associação de lesão do sistema nervoso simpático com o parassimpático pode gerar outras alterações pupilares. EX: sífilis e algumas encefalites que bloqueie a via inibitória dos núcleos de Edinger-westphal (neurônios pré-tectais parassimpáticos responsável por fazer a constrição da pupila), assim as áreas permanecerão ativadas anormalmente em miose. Lesão do sistema nervoso parassimpático impede também um bloqueio de sua inibição ou uma super-excitação causando uma midríase ou miose anormal. EX: Causas tóxico-metabólicas: intoxicação por álcool, por atropina (dilatadas e sem reflexo fotomotor). * VIAS NEURAIS PARA CONTROLE DOS MOVIMENTOS OCULARES • Núcleos do tronco cerebral para o III, o IV e o VI par de nervos cranianos e suas conexões com os nervos periféricos para os músculos oculares • Também há interconexões entre os núcleos do tronco cerebral por meio do trato nervoso chamado de fascículo longitudinal medial – ex. do centro de equilíbrio do corpo – núcleos vestibulares). Movimentos de fixação dos olhos: Mecanismo de fixação voluntaria (encontrar o objeto de interesse) – controlado por um campo localizado nas regiões corticais pré-motoras dos lobos frontais. Mecanismo de fixação involuntária (mantém os olhos fixados no objeto após encontrá-lo) – controlado por áreas visuais secundárias do córtex occipital (através de um mecanismo de feedback negativo que impedem a imagem de sair do centro da fóvea) * * NEUROFISIOLOGIA CENTRAL * Retina Nervo óptico Quiasma óptico Trato óptico - Metade das fibras da retina nasal do olho esquerdo e metade das fibras temporais do olho direito Núcleo Geniculado dorsolateral Córtex Primário - Área calcarina do lobo occiptal e posteriormente Córtex Secundário. Caminho óptico: * * • No Quiasma óptico, metade dos Axônios das células ganglionares cruza para o lado contralateral,e a outra metade permanece do lado ipsilateral. Nasal Medial(retina) CONTRALATERAL Temporal Lateral(retina) IPSILATERAL * NÚCLEO GENICULADO DORSOLATERAL = CORPO GENICULADO LATERAL Fica situado no tálamo. As fibras decussadas no quiasma prosseguem separadamente de cada olho. Possui 6 camadas. Fibras distribuídas de 2 jeitos: Parte lateral da retina – projeção ipsilateral – 2, 3 e 5 (em verde) Parte medial da retina – projeção contralateral – 1, 4 e 6 (em azul) * As células da Retina projetam-se para o Núcleo Geniculado Lateral: Células ganglionares Y grandes (de condução rápida e imagem sem cor /preto e branco), projetam-se para as camadas Magnocelulares (1,2) do LGN. Células ganglionares X pequenas e médias (de condução lenta e imagem com cor), projetam-se para as camadas parvocelulares (3,4,5,6) do LGN. * * CORTEX VISUAL Córtex visual primário Áreas visuais secundárias * Os Neurônios do LGN se projetam para o Córtex Visual Primário (V1) • O Córtex Visual Primário (V1) é parte do lobo occipital, situado na parte de trás do cérebro e principalmente na sua porção medial (parte de dentro do cérebro),ao redor da fissura calcarina. • O Córtex Visual= Área V1= Área 17 de Brodman= Córtex occipital=Córtex Estriado A Área V1 também é conhecida como córtex estriado devido a camada 4 ser mais escura e se assemelhar a ‘’estriações’’. * A Área V1,assim como todo córtex,possui uma camada externa de substância cinzenta (neurônios e conexões) e uma camada interna branca (fibras=axônios). A substância cinzenta se divide em 6 CAMADAS. Os neurônios do LGN se projetam para a camada 4 da substância cinzenta da área V1. * Esses Blobs de cores que ficam entre v1 e associassões são áreas primárias para decifrar cores. MAGNOCELULARES chegam a SUBCAMADA 4C alfa. PARVOCELULARES chegam a SUBCAMADA 4C beta. * * Córtex visual secundário ou área da associação visual A informação Visual é enviada do Córtex Visual primário para a área V2 e depois para o Córtex V3. Sinais secundários são transmitidos a estas áreas: Área 18 de Brodmann, chamada de área visual II ou V-2 Em cada uma dessas áreas, a retina é representada de forma invertida (espelhada),em relação à área anterior. Logo após a área V-3 e assim por diante, em geral a sua importância está na dissecação e análise dos vários aspectos da imagem visual, características básicas a cada estímulo visual (cor,forma,tamanho...). * Para onde vai a informação visual depois dos Córtices V2 E V3? Da área associativa V3,a via visual divide-se em 2 vias principais: 1. A VIA VENTRAL dirige-se para baixo ao lobo temporal inferior (LTI), reconhece O QUE É O OBJETO, detalhes visuais, especificamente cores, texturas, reconhecimento de letras, etc. 2. A VIA DORSAL dirige-se para cima em direção ao lobo parietal posterior (LPP), reconhece ONDE ESTÁO OBJETO, analisa essa posição em 3D, a forma física grosseira da cena visual e o movimento a cada momento do objeto. * * Mudança de cor do olho na infância Nos primeiros dias de vida, a cor dos olhos do bebê não é muito definida. Isso acontece porque a quantidade de melanina ainda é reduzida na íris de recém-nascidos e é ela a responsável por produzir o efeito de cor dos nossos olhos. A cor dos olhos do bebê muda entre 3 e 6 meses de idade, mantendo-se inalterada após esta época. Ela depende da quantidade de melanina geneticamente projetada para o bebê, porém existem alguns fatores que podem interferir na cor ao logo da vida. Um exemplo é o medicamento bimatoprosta, usado para tratar o glaucoma, que pode alterar a cor íris clara (azul/verde) para castanho. Algumas doenças ou alterações genéticas como as uveítes (inflamações na úvea) e o albinismo também afetam a cor. O albino pode ter o olho cor de rosa, tão pouca é a pigmentação da sua íris. * Há como mudar a cor do olho esteticamente? •Uma técnica desenvolvida pelo oftalmologista Kahn realiza em seu consultório uma cirurgia que muda a cor dos olhos do paciente. Para obter esse resultado é feito um corte nos olhos e, por meio dele, é inserida uma lente colorida sobre a íris. •Muita gente já se animou com a ideia, afinal, seria o fim das lentes de contato coloridas. Mas, segundo a maioria dos oftalmologistas brasileiros, essa técnica ainda não é totalmente segura e pode causar problemas sérios e irreversíveis. “Os riscos de glaucoma, inflamações no olho e descompensação da córnea são enormes, além da cegueira que também não pode ser descartada”, afirma. •Mas se essa cirurgia é mesmo tão comprometedora, por que é realizada? Virgilio explica que no Panamá as leis são mais permissivas que no restante do mundo. “Lá, por exemplo, não é exigido que se façam pesquisas experimentais, nem mesmo testes em humanos antes que um procedimento médico seja oferecido à população”, explica. •Esta cirurgia não pode ser associada a outros procedimentos oftalmológicos, como a cirurgia de catarata, em que uma lente é implantada no olho e substitui o cristalino. “Este é um procedimento seguro. Para ser realizado, foram feitos testes por oftalmologistas em todo o mundo”, explica. •No Brasil, a cirurgia que muda a cor dos olhos é considerada experimental e não recebeu a aprovação da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). * PATOLOGIAS DA VISÃO * CONJUTIVITE O QUÊ É: • Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular e o interior das pálpebras. Quando a conjuntiva se irrita ou inflama, os vasos sangüíneos que a abastecem alargam-se e tornam-se muito mais proeminentes, causando então a vermelhidão do olho. CAUSA: Infecciosas; Alergias; Má condições de higiene; SINTOMAS: Ardência e coceira na região ocular Sensação de corpo estranho (areia ou de ciscos) Olhos vermelhos e sensíveis principalmente à claridade Pálpebras inchadas. Secreção clara * Conjutivite Inflamação da conjutiva * Tratamento A maioria dos casos de conjuntivite, os sintomas e a doença passam em 10 dias, sem que seja necessário qualquer tipo de tratamento. Medicações (pomadas ou colírios) Se for alérgica, deve-se usar medicamentos que inibam o processo inflamatório * Glaucoma O que é? O glaucoma é uma doença ocular que está entre as principais causas de cegueira irreversível no mundo. Ao deteriorar o nervo óptico- principalmente por elevar a pressão intraocular, o glaucoma reduz o campo de visão do portador sem que este sinta dor ou incômodo. A cegueira definitiva ocorre quando o nervo é destruído por completo. * * Sintomas: Início: assintomática Clarões ou pontos negros ,conhecidos por “moscas volantes” Imagem ondulada ou sombra ou cortina escura que fecha o campo de visão. Tratamento: Uso de colírios; Aplicação de laser; e Cirurgia. * * ESTRABISMO O que é? Estrabismo é um defeito visual no qual os olhos estão desalinhados; isto é, apontam para direções diferentes. É uma condição que afeta cerca de 4% da população Subtipos: Constantes Intermitentes:Ora alinhados e ora desviados Latentes: Só é possível verificar com testes oculares * Tratamento: Óculos; Em crianças “forçar” a reacomodação (Profissional ortoptista). Cirurgia: mudança da posição ou encurtamento de um dos músculos do olho desviado * Famosos Estrábicos: * Retinopatia Diabética *PRINCIPAL CAUSA DE CEGUEIRA NO BRASIL* O que é? Doença na qual o aumento dos níveis de açúcar no sangue (glicemia) - que caracteriza o diabetes - causa alterações nos pequenos vasos sanguíneos da retina no interior do olho. Os vasos alterados deixam sair líquido e sangue para a retina, reduzindo a visão. * * Sintomas: Início: Assintomática Avançado: perda da visão Tratamento: -Controle dos níveis de açúcar no sangue (controle da diabetes). -Fotocoagulação com laser argônio ( “laser verde) * * DESLOCAMENTO DE RETINA O que é? Processo ocasionado pelo tracioamento da retina que pode causar sua ruptura e seu conseqüente descolamento. * Deslocamento de Retina Causas: A doença geralmente ocorre após os 40 anos. Histórico familiar de deslocamento de Retina. Pessoas com miopia ou glaucoma e as que se submeteram à cirurgia de catarata. Acidentes que resultem em pancadas e ferimentos na cabeça ou olho. Tumores, infecções ou complicações do diabetes. * Sintomas: Clarões ou pontos negros conhecidos por “moscas volantes”. Imagem ondulada ou uma sombra escura que fecha o campo de visão. * Tratamentos Cirurgia Bolha de gás: injeta no interior do olho uma bolha de gás absorvível pelo organismo, empurrando o rasgo da retina contra o globo ocular. * Astigmatismo O que é? É uma deformação de um dos dois eixos da curvatura da córnea, provocando uma distorção tanto para longe quanto para perto, pela formação de imagens em pontos diferentes da retina. * * Sintomas? Visão borrada; Fadiga; Dores de cabeça. Fotofobia Lacrimejo Tratamento? Óculos ou lentes de contato ; Cirurgia refrativa * * Catarata O que é? Catarata é o processo de opacificação do cristalino, um problema que acomete milhões de pessoas e figura como a maior causa de cegueira tratável no mundo. * Sintomas: O primeiro é o embaçamento da visão ( que pode se tornar mais intenso em determinados momentos); Presença de halos ao redor das luzes à noite; O aumento da miopia; visão dupla ou sombras na visão. * Em casos mais avançados, uma mancha visível pode se formar no centro da pupila. * Tratamento: A cirurgia é o único tratamento eficaz e pode ser realizada por meio de duas técnicas: 1- Extração extracapsular ; 2- Facoemulsificação. Ambas com implante intra-ocular de lente. A cirurgia consiste na substituição do cristalino que, na doença, muda a transparência deste e adquire tonalidade que faz com que a visão fique embaçada. Hoje a cirurgia de catarata é segura e raramente apresenta complicações. A maioria dos pacientes operados apresenta melhora visual após a sua realização. * Normal Catarata * Miopia O que é? A Miopia é a condição em que os olhos podem ver objetos que estão perto, mas não são capazes de enxergar claramente os objetos que estão longe. * * Sintomas: Vista “embaçada” para enxergar objetos que estão distantes. Tratamento: Óculos ou lentes de contato (côncavas). Cirurgia a laser Ceratotomia radial * * Degeneração Macular O que é? A mácula é um ponto no centro da retina, responsável pela visão central usado para a leitura e para outras tarefas refinadas. Sintomas: Dificuldade para leitura e os trabalhos feitos de perto (“refinados”); Se a visão periférica não estiver comprometida por outros problemas, é possível ver os objetos que ficam ao lado da mancha provocada pela degeneração macular. Observação: a doença é mais propícia em pessoas com histórico familiarde problemas na retina * Degeneração Macular: * Tipos: Seca(atrófica) . É provocada por uma alteração degenerativa nos tecidos da mácula, levando a uma perda lenta e gradual da visão central. Úmida(exsudativa) É potencialmente mais grave que a forma seca, ocorrendo quando vasos sangüíneos anormais se formam no fundo do olho. Esses novos vasos sangüíneos extravasam fluido ou sangue, prejudicando a visão central. A perda de visão nesses casos pode ser rápida e grave. * Tratamento: Aconselhamento alimentar ( uso de suplementos constituídos de minerais e vitaminas antioxidantes -A, E, C, zinco, betacaroteno, selênio – que podem impedir a progressão da doença. Cirurgia oftalmológica por intermédio do laser (para retirada das membranas); Terapia anti-angiogênica * * Hipermetropia O que é? A impossibilidade da pessoa hipermétrope é maior para perto, mas atinge a visão de longe.Pode ser causada pela curva muito baixa da córnea ou do tamanho do olho ser pequeno no plano horizontal. * * Sintomas: Dor e cansaço ocular; Dificuldades de concentração, de leitura e de executar tarefas que necessitem visão de perto; Visão “embaçada” principalmente para objetos próximos. Tratamento: Óculos ou lentes de contato (convexas) . Para a visão de perto o olho utiliza a acomodação normal. * * Daltonismo (discromatopsia ou discromopsia) O que é? Corresponde à incapacidade de diferenciar todas ou algumas cores, principalmente o verde do vermelho. Essa incapacidade normalmente tem origem genética, mas pode também surgir devido a outras causas, como por exemplo lesões no olho ou no cérebro. Ocasionada pela menor quantidade ou por alterações dos cones. Ocorrência: A doença é muito mais predominante em homens do que mulheres, uma vez que esta ligada ao cromossomo X e é recessiva. * Tipos: O tipo mais comum: de daltonismo é aquele em que a pessoa não distingue o vermelho do verde. Aquilo que, para uma pessoa é normal, é verde ou vermelho, para esse daltônico é cinzento em várias tonalidades. -Em número menor, existem daltônicos que confundem o azul e o amarelo. Um tipo raro de daltonismo é aquele em que as pessoas são completamente "cegas" para as cores: seu mundo é em preto, branco e cinzento. * Teste de Daltonismo Normal:74 Daltônico:21 * Presbiopia ou “Vista Cansada” O que é? É a perda da capacidade de acomodação e focalização só para perto devido a idade e que, naturalmente, ocorre nos seres humanos, sejam eles míopes, hipermetropes ou astigmatas. * * Sintomas: Leitor afasta o seu objeto para poder enxergar Tratamento: Uso de óculos de leitura. A cirurgia para correção de presbiopia já está em fase de testes, mas ainda não apresenta resultados satisfatórios. * * Epidemiologia no Brasil * Cegueira 0,3% da população em regiões de boa economia e com bons serviços de saúde; 0,6% da população em regiões de razoável economia e com pobres serviços de saúde; 0,9% da população em regiões de pobre economia e com pobres serviços de saúde; 1,2% da população em regiões de muito pobre economia e com muito pobres serviços de saúde. * Cegueira no Adulto As quatro maiores causas são: A catarata; O glaucoma; O diabetes (via retinopatia diabética e suas complicações) ; e A degeneração macular relacionada à idade. * Cegueira Infantil Causas: Anomalias do desenvolvimento; As infecções transplacentárias e neonatais (como exemplo, a toxoplasmose, a rubéola, a sífilis); A prematuridade; Os erros inatos do metabolismo; As distrofias; Os traumas ; e Os tumores. * Retinopatia Diabética Maior causa de cegueira no país. No Brasil, 7,8% da população é diabética e cerca de 50% das pessoas diabéticas) têm o risco de desenvolver retinopatia diabética. * Vícios de Refração Miopia: Maior que 1 dioptria = 1D. 16% da população geral. A miopia degenerativa representa cerca de 10% da população miópica. Significa que o Brasil, com 170 milhões de habitantes, tem 27 milhões de míopes e 2,7 milhões de pessoas com miopia degenerativa. Hipermetropia: Maior que 1 dioptria. 34% da população geral.. * Presbiopia: para os 45.464.321 brasileiros acima dos 40 anos de idade. Emetropia (Normalidade da visão): 50% da população geral. * Catarata Senil Ainda é considerada a maior causa de cegueira no mundo. Incidência é de 17.6% nas pessoas entre 55 e 65 anos; 47.1% no grupo entre 65-74 e 73.3% nos pacientes acima de 75 anos. * Glaucoma É a terceira maior causa de cegueira no Brasil. O tipo mais freqüente é o glaucoma crônico de ângulo aberto. Sua incidência é de 1-2% na população geral. Aumenta após os 40 anos, podendo chegar a 6-7% após os 70 anos. * Descolamento de Retina Estudos epidemiológicos bem conduzidos apontam uma incidência anual de cerca 1:15.000 na população geral. As associações mais comuns ao descolamento de retina são a miopia (40-55%) e os traumas(10-20%). * Estrabismo Incidência de 3 a 5% na população geral; É uma das maiores causas de ambliopia na criança. * Bibliografia http://www.visaoinstitutos.com.br/patologias http://www.cbv.med.br/home/txt_leigos.asp http://www.miopia.com.br/ http://www.laboratoriorigor.com.br/deficiencias.html http://www.oticasbifocal.com.br/Hipermetropia.asp http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/astigmatismo/ http://www.iretina.com.br/errosrefrativos.asp http://www.ceofro.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=87&Itemid=90 Frank H. Netter, átlas de anatomia humano – Rio de janeiro – Elshcier, 2011. Prometheus, atlas de anatomia: cabeça e neuroanatomia – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. *Guyton, Bear, Netter (várias edições). *
Compartilhar