Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Universidade Anhanguera de São Paulo - Unidade Santo André Curso: Arquitetura e Urbanismo Turma: Disciplina: Desenho de Arquitetura II Professores: Eliane Correa Henrique Silvana Matos e Ana Mello Assunto: Circulação vertical: Cálculo e tipologia de escadas; rampas. Data: Fev/2015 2 CIRCULAÇÃO VERTICAL Definição : A circulação vertical tem função de vencer os desníveis em geral e/ou entre pavimentos consecutivos, possibilitando o livre acesso e circulação entre estes. A circulação vertical faz-se por meio de ESCADAS, de RAMPAS e de ELEVADORES. 3 REPRESENTAÇÃO DE ESCADAS Definição : É um equipamento ou obra, disposta em uma série de degraus, destinados a dar acesso à diferentes níveis de uma construção ou terreno Para projeto de uma escada devem ser levados em consideração diversos aspectos.......são eles: 1. técnicos, 2. arquitetônicos e 3. observar a sua adequação à legislação. Banzo 4 PARTES DE UMA ESCADA 1. Piso – é a parte horizontal do degrau (p), destinado a receber o pé; 2. Espelho – é a parte vertical do degrau, que une dois pisos consecutivos na escada, perpendicular ao piso (h), pode ser vazado ou cheio; 3. Bocel – é a saliência (balanço do piso sobre o espelho (b); 4. Banzo – é a peça ou viga lateral de uma escada; 5. Degrau – conjunto de piso e espelho consecutivos de uma escada. Na nossa cidade, a legislação a ser atendida é compreendida pelo código de Edificações e pela Norma de proteção contra incêndio. Altura da escada (H): Corresponde a altura de dois níveis sucessivos de pavimento = pé direito + espessura da laje com o piso acabado. A altura(H) de cada degrau e a profundidade de sua base (B) devem estar enquadrados dentro de determinados valores limites e a relação entre estes dois valores deve ser adequada ao passo médio das pessoas. Patamar: Elemento intermediário de descanço ou para mudança de direção da escada, plano de largura igual a da escada. Segundo, Lei 11.228/92 do decreto 32.329/92 – Código de obras e edificacóes: Será obrigatório patamares intermediários sempre que: a) A escada vencer desnível superior a 3,25m b) Houver mudança de direção Deverão atender as seguintes dimensões mínimas: a) Privativa: ter no mínimo 0,80m de largura. b) Coletiva: os patamares de escadas coletivas deverão ter dimensões mínimas de 1,20m, sem mudança de direção ou com a largura da escada quando houver mudança de direção, de forma a não reduzir o fluxo de pessoas. Corrimão: Apoio lateral contínuo à uma distância fixa do piso do degrau, utilizado como segurança e auxilio para quem sobe ou desce a escada, serve de apoio para as mãos. Segundo o Decreto 32.329/92 (PMSP), as escadas deverão dispor de corrimão com altura entre 0.80m a 1,00m, conforme as seguintes especificações: a) apenas de uma lado, para a largura inferior a 1,00m; 5 b) De ambos os lados para escada igual ou superior a 1,00m; c) Itermediário, quando a largura for a 2,40, de forma a garantir a largura mínima de 1,20m para cada lance. Para auxilio aos deficiente visuais, os corrimãos das escadas coletivas, se possível, deverão ser continuas, sem interrupção nos patamares, prolongando-se, pelo menos 0,30m do início e do término da escada. Sentido da escada: a seta indicará sempre o sentido da subida. 6 7 TIPOS DE ESCADAS a) Marinheiro b) escamoteável 8 DIMENSIONAMENTO DE ESCADA Dados experimentais fizeram concluir que a altura mais recomendável para o espelho de uma escada é de 0,18m. A profundidade deve ter no mínimo 0.25m. Segundo Blondell, arquiteto francês que estabeleceu uma fórmula empírica que permite calcular, a largura do piso em função do espelho e vice- versa. Fórmula: 2e + p= 0,64 ou seja, 2x e(altura do espelho) + largura do piso. 1) Cálculo do piso (p) P= 0,62 – 2e P= 0,62 – 2x 0,18 P= 0,62 – 0,36 P= 0,26 (largura do piso) CONFORTO DAS ESCADAS Obtida em função do passo humano. Fórmula: 0,60 < 2e + p < 0,65m 2) Cálculo da altura do espelho (e) e= 0,62 – p 2 Escada privativa restrita: e < 0,20m e p > 0,20m; Escada privativa: e < 0,19m e p > 0,25m; Escada coletiva: e < 0,18m e p > 0,27m; 9 De acordo com o Decreto 32.329 da PMSP: Os degraus deverão ter espelho (e) e largura (p) dispostos a assegurar a passagem com altura livre de 2,00m CÁLCULO DE ESCADAS Quantidade de degraus considerar: Altura do pé-direto e espessura da laje Soma-se a altura do pé-direito + espessura da laje e divide-se pela altura máxima permitida para espelhos. Exemplo: pé-direto: 2.70m espessura da laje: 0,15m Altura desejável para o espelho: 0.,18m 2,70 + 0,15 = 2,85 : 0,18 = 15,83 Sempre arredondar para mais, ou seja, 16 espelhos Altura correta dos espelhos Divide-se o pé-direto total de 2,85m pela quantidade de degraus que é 16 285 : 16 = 0,178m de altura de espelho Neste caso, nunca se arredonda o valor. 10 11 12 13 14 15 16 Escada reta 17 Escada de três lances Escada tipo ܨ 18 Escada tipo ܨ 19 Escada helicoidal 20 Escada helicoidal 21 RAMPAS A rampa é um plano inclinado que se utiliza para a circulação de pessoas, de cargas ou de veículos. Deve ser previsto patamar de descanso em condições semelhantes às da escada. As inclinações máximas das rampas são determinadas por normas, de acordo com o seu uso/destino na edificação. Para uso de pedestres a inclinação ideal é de 8 a 10%. Para uso de automóveis a inclinação máxima deve ser de 20%. Existe lei, que obriga, e normas técnicas que orientam os projetos para a acessibilidade das pessoas portadoras de deficiências ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação. 22 LEI 10.098, de 19/12/2000 –ACESSIBILIDADE CAPÍTULO IV- DA ACESSIBILIDADE NOS EDIFÍCIOS PÚBLICOS OU DE USO COLETIVO Art. 11. A construção, ampliação ou reforma de edifícios públicos ou privados destinados ao uso coletivo deverão ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessíveis às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. ... II –Pelo menos um dos acessos ao interior da edificação deverá estar livre de barreiras arquitetônicase de obstáculos que impeçam ou dificultem a acessibilidade de pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida; III –Pelo menos um dos itinerários que comuniquem horizontal e verticalmente todas as dependências e serviços do edifício, entre si e com o exterior, deverá cumprir os requisitos de acessibilidade de que trata esta Lei; Sua utilização é, assim, obrigatória em locais que devam ser acessíveis a pessoas limitadas em sua capacidade de locomoção, como: idosos, enfermos e portadores de deficiências, ou ainda, permitir a circulação de equipamentos dotados de rodas. Dessa forma, escolas, hospitais, clubes, cinemas, teatros, museus, e edifícios públicos, de uma maneira geral, devem dispor de rampas (ou elevadores), de forma a garantir o acesso a qualquer pessoa. 23 Por destinarem-se preferencialmente às pessoas limitadas em sua capacidade de locomoção, o projeto de uma rampa deve considerar, cuidadosamente, aspectos como: . inclinação compatível, . piso anti-derrapante, . corrimãos duplos, .corrimãos com terminações arredondadas. As rampas são pouco utilizadas em residências, mas largamente aplicadas em escolas, hospitais, edifícios esportivos, mercados, etc., onde a circulação intensa justifica sua utilização. As rampas permitem o acesso entre diferentes níveis de uma edificação e, embora exijam um espaço muito maior que as escadas, são mais confortáveis, suaves e seguras que as mesmas. 24 DIMENSIONAMENTO: Rampas de lance reto: A inclinação das rampas deve ser calculada da seguinte forma: Se i=10%: Para cada 100cm linear sobe-se 10cm em altura: Neste caso, para subir 3m de altura (h=3,00) são necessários 30m de rampa, pois 3m= 10% de 30m , e mais o comprimento do patamar. Devem ser previstos, ainda, patamares nos extremos de uma rampa, bem como patamares intermediários a cada 1,50 metros de elevação. Na rampa helicoidal o comprimento, para efeito de cálculo , é o do eixo médio, portanto medido na metade da largura. 25
Compartilhar