Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CORROSÃO METÁLICA OXIDANDO A CADA DIA... ◊ Meios corrosivos ◊ Atmosfera ◊ Água ◊ Solo Tópico de aula ◊ Mecanismos de corrosão ◊ Químico ◊ Eletroquímico ◊ Corrosão galvânica ◊ Corrosão por concentração iônica ◊ Corrosão por aeração diferencial ◊ Corrosão seletiva ◊ Corrosão eletrolítica MEIOS CORROSIVOS ATMOSFERA ÁGUA SOLO Meios corrosivos mais comuns ATMOSFERA Responsável por aproximadamente 50% dos custos totais das perdas por corrosão. Ação corrosiva depende, principalmente, dos seguintes fatores: ◊ Umidade relativa (UR); ◊ Poluentes (particulados e gases). CORROSÃO ATMOSFÉRICA – UMIDADE RELATIVA Classificação: ◊ Seca: atmosfera isenta de umidade. ◊ Não há formação de filme de eletrólito na superfície. ◊ Ocorre lenta oxidação do metal. ◊ Mecanismo químico. ◊ Úmida: UR abaixo de 100%. ◊ Forma-se um filme fino de eletrólito. ◊ Velocidade depende da UR, dos poluentes atmosféricos e da higroscopicidade dos produtos de corrosão. ◊ Molhada: UR de aproximadamente 100%. ◊ Condensação na superfície metálica, como por exemplo, chuva e névoa salina. ATMOSFERA Influência da UR na ação corrosiva da atmosfera sobre Fe: UR Corrosão do Fe Baixa (nula) Média (~60%) Lenta Alta (>70%) Acelerada Sob a influência de SO2 (poluente) ATMOSFERA Influência da UR na ação corrosiva da atmosfera sobre Fe: Curva UR (%) 1 58 2 70 3 80 4 89 5 94 6 97 Sob a influência de NaCl (poluente) CORROSÃO ATMOSFÉRICA – POLUENTES ◊ Gases: ◊ CO2 e CO: provenientes da queima de combustíveis, em presença de H2O formam H2CO3. Ataque: carbonatação de concreto. ◊ Presença de NOx e SOx: chuva ácida e corrosão severa de estruturas metálicas. ◊ SO2 e SO3: corrosivos mais comuns de atmosferas industriais. Provenientes da queima de combustíveis. + HNO3O2NO H2O4 3 2 4+ + 424 H2ONO2 O2 HNO3+ SO2 H2O H2SO3+ + H2SO4H2OSO3 SO2 H2O H2SO4++ 1/2O2 ◊ NO2 e NO: provenientes da exaustão de automóveis ou da combinação de N2 e O2 atmosféricos. CORROSÃO ATMOSFÉRICA – POLUENTES ◊ Corrosão severa de aço-carbono na presença de NOx e SOx (NO, NO2 atuam como catalisadores na formação do H2SO4): Fe + H2SO4 FeSO4 H2+ + H2OFeSO4H2SO4+Fe2 2 + O2 2 2 2FeSO4 + O21/2 H2SO4+ Fe2(SO4)3 H2O+ e FeSO4 2H2O+ Fe(OH)2 H2SO4+ Fe2(SO4)3 + H2O6 Fe(OH)32 + H2SO43 SO22 + + + + +NO NO2 O2 H2O H2SO42 NO2NO +2 SO2 + ½ O2 SO3 SO3 + H2O H2SO4 Fe + SO2 + O2 FeSO4 2FeSO4 + ½ O2 + 5H2O 2Fe(OH)3 + 2H2SO4 2Fe + 2H2SO4 + O2 2Fe2SO4 + 2H2O CORROSÃO ATMOSFÉRICA – POLUENTES ◊ Particulados: ◊ Deposição de material metálico de natureza química diferente (formação de pilha de corrosão galvânica); ◊ Deposição de material não metálico (SiO2 – aeração diferencial e corrosão localizada); ◊ Deposição de substâncias higroscópicas (CaCl2, MgCl2); ◊ Deposição de sais que são eletrólitos fortes (NaCl, (NH4)2SO4); ◊ Deposição de partículas sólidas (carvão) que podem reter gases corrosivos e formar ácidos (H2SO4, HNO3, H2S). Influência da ação conjunta de SO2 e carvão sobre a corrosão atmosférica do ferro Carvão + SO2 SO2 Carvão Classificação da ação corrosiva da atmosfera (de acordo com a corrosão relativa de aço-carbono) Atmosfera Corrosão Relativa Rural 1-9 Marinha 38 Industrial 50-65 Industrial fortemente poluída 100 CORROSÃO EM PRESENÇA DE ÁGUA ◊ A corrosão de materiais metálicos em contato com a água vai depender dos contaminantes presentes na mesma. ◊ Contaminantes: ◊ Sais dissolvidos: NaCl, FeCl2, MgCl2 etc. ◊ Geralmente, aceleram os processos corrosivos pela presença de eletrólito forte (aumento de condutividade). ◊ Gases dissolvidos: O2 (principal agente oxidante), N2 (NOx), CO2 (H2CO3), Cl2(HCl), H2S etc. ◊ Geralmente, aceleram a corrosão pela diminuição do pH; ◊ Outros: sólidos suspensos Al2O3, CaO etc. SOLO COMO MEIO CORROSIVO ◊ É de grande importância, considerando as enormes extensões de tubulações enterradas (oleodutos, gasodutos, tanques de combustível) e a heterogeneidade do meio. ◊ Velocidade de corrosão: não é muito influenciada por pequenas variações na composição ou estrutura do material metálico, sendo mais influente a natureza do solo (características físico-químicas): ◊ Umidade; ◊ Acidez; ◊ Presença de sais; ◊ Presença de gases (aeração); ◊ Resistividade elétrica (condutividade), etc. MECANISMOS DE CORROSÃO MECANISMOS DE CORROSÃO ◊ No estudo de processos corrosivos devem ser consideradas, em conjunto, as seguintes variáveis: ◊ Material metálico; ◊ Meio corrosivo; ◊ Condições operacionais. ◊ Os conhecimentos teórico e prático dessas variáveis permitirá indicar o material mais adequado para ser utilizado em determinados equipamentos ou instalações. MECANISMOS DE CORROSÃO ◊ De acordo com o meio corrosivo e o material, existem diferentes mecanismos: ◊ Mecanismo eletroquímico: reações químicas que envolvem transferência de carga ou elétrons através de uma interface ou eletrólito. ◊ Corrosão em água ou soluções aquosas; ◊ Corrosão atmosférica; ◊ Corrosão no solo. ◊ Mecanismo químico: reações químicas diretas entre material metálico, ou não metálico, com o meio corrosivo, não havendo geração de corrente elétrica. ◊ Corrosão de materiais não metálicos; ◊ Corrosão de metais, em temperaturas elevadas, por gases e ausência de umidade (corrosão seca). Ataque de metais, como níquel, por CO com formação de Carbonila de Niquel (Ni(CO4), líquido volátil Ataque de metais, como ferro, alumínio e cobre, por cloro em temperaturas elevadas, com formação dos respectivos cloretos Outros: ataque da borracha por ozônio, deterioração de concreto por sulfato EXEMPLOS DE MECANISMO QUÍMICO MECANISMO ELETROQUÍMICO ◊ Na corrosão eletroquímica, elétrons são cedidos em determinada região e recebidos em outra, formando uma pilha de corrosão. ◊ Etapas: ◊ Processo anódico: passagem de íons para a solução. ◊ Processo catódico: recepção de elétrons, na área catódica, pelos íons ou moléculas existentes na solução. ◊ Deslocamento dos elétrons e íons: transferência dos elétrons da região anódica para a catódica pelo circuito metálico e uma difusão de ânios e cátions na solução eletrolítica (ponte salina). Avaliação da intensidade do processo de corrosão - no cargas dos íons que passam à solução no anodo ou - no cargas dos íons que se descarregam no catodo ou - no elétrons que migram do anodo para o catodo. MECANISMO ELETROQUÍMICO ◊ Reações anódica e catódica. Reação anódica M M n+ ne - + Oxidação do metal Reações catódicas nH + ne - H2n/2+ Redução do íon H + (meio ácido) (meio neutro ou básico) Redução do oxigênio + n/2H2O ne - (meio ácido) n/4O2 + nOH - nH + +O2n/4 ne - H2On/2+ Fe Fe 2+ + 2e - 2e - +Zn 2+ Zn Al Al 3+ + 3e - Reações anódicas MECANISMO ELETROQUÍMICO ◊ Natureza química do produto de corrosão: o produto de corrosão será formado pelos íons resultantes das reações anódica e catódica. Mn+ + nOH- M(OH)n Exemplo:corrosão do ferro. Produtos de corrosão (meio básico) +Fe 2+ 2OH - Fe(OH)2 Produtos de corrosão (meio ácido) FeCl22Fe 2+ + SO4 2- Cl - +Fe 2+ FeSO4 Reação no anodo 2e - +Fe 2+ Fe Reação no catodo H2O O2 OH - 2e - + +1/2 2 Região intermediária Fe(OH)22OH - Fe 2+ + Sofre transformações e forma a ferrugem (Fe2O3.H2O) 26 Corrosão Galvânica Ocorre quando dois materiais metálicos, com diferentes potenciais, estão em contato em presença de um eletrólito. Exemplo: Fe acoplado com outros metais e imersos em solução aquosa de NaCl 1% Segundo metal Corrosão no seg. metal (mg) Corrosão no ferro (mg) Mg 3104,3 0,0 Al 105,9 9,8 Pb 3,6 183,2 Ni 0,2 181,1 Cu 0,0 183,1 Trocadores de calor com feixe de tubos de aço inoxidável e chicanas ou separadores de aço carbono: corrosão severa das chicanas ou separadores Corrosão Galvânica - Exemplos Corrosão em componente de liga de alumínio, anodo, fixado com parafuso de latão, catodo Corrosão Galvânica - Exemplos Placa de alumínio em contato com solução de CuSO4 Início da reação entre Al e CuSO4 Reação predominante em pontos da placa de alumínio Corrosão Galvânica do Alumínio em solução de CuSO4 Corrosão Galvânica - Exemplos Cobre: resultante da reação 2Al + 3CuSO4 → Al2(SO4)3 + 3Cu. Cobre depositado sobre a placa de alumínio Corrosão na placa de alumínio, observada após retirada do cobre depositado, confirmando a predominância em partes da placa onde ocorreu esse depósito. Formas de Proteção • Uso de inibidores de corrosão • Isolamento elétrico dos materiais de nobrezas diferentes (Neoprene,Teflon, entre outros) • Aplicação de revestimentos protetores: pintura, tanto no anodo como no catodo • Uso de materiais com nobrezas próximas. • Proteção catódica 32 Ocorre quando um material metálico está imerso em soluções eletrolíticas com diferentes concentrações de íons. Na pilha formada, a região anódica é aquela onde a concentração do íon metálico é menor. A forma de corrosão é aquela por contato ou em frestas ou ainda corrosão por crevice (cavidades). Corrosão por Concentração Iônica Formas de Proteção • Usar massas de vedação, ou selantes, à base de silicones, epóxi, poliuretana em locais onde possa haver formação de frestas e presença de eletrólito. • Fazer homogeneização do eletrólito, afim de se chegar a uma mesma concentração em todas as regiões de um equipamento. 34 Material metálico imerso em regiões diferentemente aeradas, constituindo tipo freqüente de heterogeneidade que conduz à formação de uma pilha de aeração diferencial. Corrosão por Aeração Diferencial Área anódica Área catódica Fe Fe2+ + 2e H2O + 2e - + ½ O2 2OH - Casos: estruturas metálicas colocadas no mar, tubulações parcialmente enterradas, chapas superpostas e em presença de umidade. Corrosão localizada: pites ou alveolar Tubulação Parcialmente Enterrada Corrosão por Aeração Diferencial Faixa do costado interno de tanque de ácido sulfúrico concentrado, apresentando corrosão logo abaixo da linha de nível. Corrosão por Aeração Diferencial Formas de Proteção • Usar apoio com pequena área de contato, como apoio tubular de aço ou polipropileno. • Procurar, limitado pelas dimensões, usar tanques ou reservatórios apoiados em pilares e não no solo. • Reforço na interface solo-atmosfera quando se tem tubulações com trechos aéreos e enterrados. • Revestimentos na faixa de variação de maré e zona de respingos. 38 Algumas ligas sofrem uma deterioração que se realiza em um dos seus componentes, permanecendo intacto o restante. Ocorrência: ferro fundido, latões, ligas de Cu-Ni e de Cu-Al. Corrosão Seletiva 39 Grafítica: ocorre no ferro fundido cinzento a temperatura ambiente. O Fe sofre corrosão, restando a grafite intacta. Pilha: Fe/Condutor eletrolítico/Grafite 2 Fe-C + nH2O + 3/2 O2 → Fe2O3.nH2O + C Corrosão Seletiva 40 Dezincificação: ocorre principalmente em latões (ligas Cu- Zn), em soluções salinas estagnadas e com maior intensidade em soluções ligeiramente ácidas. Corrosão Seletiva 41 Correntes elétricas que abandonam o seu circuito normal (correntes de fuga) e quando atingem instalações metálicas enterradas podem ocasionar corrosão na superfície. Como as intensidades dessas correntes são maiores do que as originadas nas pilhas naturais da própria estrutura metálica, a corrosão resultante poderá ser mais intensa e de alta velocidade. Forma de corrosão localizada, ocorrendo perfuração na parede metálica. Fontes de corrente de fuga: sistema de tração eletrificada (trem, metro, bonde), instalações de solda elétrica, sistemas eletroquímicos industriais, etc. Corrosão Eletrolítica Perfurações em trecho de adutora de água potável ocasionadas por correntes de fuga. FIM DA AULA!
Compartilhar