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PROFESSOR Camila Amaro Conforto Ambiental I 1. Topografia 2. Revestimento do solo 3. Urbanização – ilhota térmica Absorção de calor é menor, quanto maior for a inclinação dos raios solares. 8h – 16h Horários simétricos Intensidade do Sol Temperatura Campo Grande – Umidade relativa do ar. Campo Grande: Temperatura Os ventos de noroeste-leste, noroeste-nordeste, noroeste-norte, norte-leste e norte-noroeste, ocorrem em todos os meses do ano. Nestas direções o sentido noroeste é o que mais predomina na região. Campo Grande: Vento Campo Grande: Umidade NEVE E CHUVA O ANO TODO – PEQUENA VARIAÇÃO DIURNA E VENTOS SEVEROS BAIXO ÍNDICE DE CHUVAS – TEMPERATURA MÁX. 10 A 15˚C/ MÍN. -30˚C AMPLITUDE TÉRMICA SIGNIFICATIVA ENTRE AS ESTAÇÕES DO ANO UMIDADE RELATIVA DO AR ELEVADA CÉU ENCOBERTO NA MAIOR PARTE DO ANO VERÕES SECOS E INVERNOS RELATIVAMENTE SECOS – 33 A 37˚C – NOTURNA 18 A 20˚C TEMPERATURA NO INVERNO – SUPERIOR A 0˚C UMIDADE, ÍNDICE DE CHUVAS E TEMPERATURAS ELEVADOS DURANTE TODO O ANO VARIAÇÃO DIURNA DE 8˚C TEMP. MÁX. 40 A 50˚C E TEMP. MÍN. 10 A 25˚C BAIXA QUANTIDADE DE CHUVA ANNUAL VEGETAÇÃO: FILTRO DO AR E RESFRIAMENTO EVAPORATIVO PEQUENAS ABERTURAS PARA MINIMIZAR GANHOS DE CALOR SOLAR DIRETO •VARIÁVEIS CLIMÁTICAS •VARIÁVEIS HUMANAS •VARIÁVEIS ARQUITETÔNICAS EFEITOS DESTES FATORES NA ARQUITETURA E EM SUA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA CONFORTO PARA OS USUÁRIOS •SISTEMAS DE CLIMATIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL •ESTRATÉGIAS NATURAIS DE AQUECIMENTO, RESFRIAMENTO E IL. NATURAIS •LIMITES DE EXEQUIBILIDADE •CUSTO/ BENEFÍCIO DE CADA SOLUÇÃO •SE AS ESTRATÉGIAS NATURAIS FOREM AS MAIS ADEQUADAS = BIOCLIMATOLOGIA (APLICA OS ESTUDOS DO CLIMA ÀS RELAÇÕES COM OS SERES VIVOS). •CONHECENDO OS CONCEITOS BÁSICOS QUE ENVOLVEM O CLIMA E O CONFORTO, PODE-SE COMPREENDER A IMPORTÂNCIA DA BIOCLIMATOLOGIA APLICADA À ARQUITETURA. O gráfico psicrométrico expressa a relação positiva entre a temperatura do ar e a pressão de vapor, mostrando quanto de vapor o ar pode reter para cada nível de temperatura do ar. A curva mostra a relação entre Tar (Temperatura do ar – TBS e TBU) e ES (máximo de vapor d´água que o ar pode reter – UA e UR). A temperatura de bulbo seco é a temperatura mais alta, alcançada apenas quando não existe umidade no ar. A temperatura de bulbo úmido é a temperatura mais baixa que pode ser alcançada apenas pela evaporação da água. É a temperatura que se sente quando a pele está molhada e está exposta a movimentação de ar. Ao contrário da temperatura de bulbo seco, a temperatura de bulbo úmido é uma indicação da quantidade de umidade no ar. É a razão entre g de vapor/ kg de ar seco. É o máximo de vapor de água que o ar pode reter dividido pela condição real de vapor d`’agua no ar. 1 – ZONA DE CONFORTO NAS CONDIÇÕES DELIMITADAS POR ESTA ZONA HAVERÁ UMA GRANDE PROBABILIDADE DE QUE AS PESSOAS SE SINTAM EM CONFORTO TÉRMICO NO AMBIENTE INTERIOR. UMIDADE RELATIVA – 20% A 80% TEMPERATURA – 18˚C (evitando o impacto do vento) A 29˚C (controlar incidência de rad. Solar sobre as pessoas). 2 – VENTILAÇÃO: se a temp. interna for superior a 29˚C ou a UR for superior a 80%, a ventilação pode melhorar a sensação térmica. No clima quente e úmido, a ventilação cruzada é a estratégia mais simples a ser adotada, fazendo, porém, que a temperatura interior acompanhe a variação da temperatura exterior. A ventilação é aplicável até o limite de 32˚C, pois a convecção tornam esta estratégia indesejável. •Espaços exteriores amplos. •Evitar barreiras edificadas para favorecer a boa distribuição do movimento do ar. •Em regiões onde a Temp. diurna é maior que 29˚C e a UR é inferior a 60%, o Resfriamento convectivo noturno é mais adequado. Esta estratégia é aplicada principalmente em regiões áridas, onde a temperatura diurna é de 30˚C a 36˚C e a tempreatura noturna se situa por volta de 20C. Mesmo que seja mais confortável, a ventilação diurna é indesejável nesta situação, pois implica calor adicional a ser armazenado na edificação, aumentando a temperatura interior noturna. O princípio bioclimático se resume a controlar a ventilação durante o dia para reduzir o ingresso de ar quente e incrementar a ventilação noturna, aproveitando o ar mais fresco para resfriar o interior. Em regiões áridas, onde a temp. diurna é superior a 36˚C a ventilação noturna não é suficiente para o conforto. As soluções arquitetônicas mais utilizadas são: ventilação da cobertura, ventilação cruzada, ventilação sob a casa e o uso de captadores de vento, todas fartamente ilustradas em diversas bibliografias. 3 – RESFRIAMENTO EVAPORATIVO A evaporação da água pode reduzir a temperatura e aumentar a UR de um ambiente (direta ou indireta). O uso de vegetação, de fontes d`água ou de outros recursos que resultem na evaporação da água diretamente no ambiente que deserja resfriar constituem- se em formas de resfriamento evaporativo. Um tipo de forma indireta: tanques de água sombreados no telhado. Neste caso, a temperatura da água inicialmente é igual à do ambiente interior. Com a evaporação, a água perderá calor, diminuindo a temperatura do teto e, assim, a temp. média radiante interior. Pode ser aplicada em edificações de um pavimento ou no último andar de edificações de vários pavimentos. 4 – MASSA TÉRMICA PARA RESFRIAMENTO A utilização de componentes construtivos com inércia térmica (capacidade térmica) superior faz com que a amplitude da temperatura interior diminua em relação aà exterior, ou seja, os picos de temperatura verificados externamente não são percebidos internamente. Esta solução é indicada para clima quente e seco onde a temperatura atinge valores muito altos durante o dia e extremamente baixos durante a noite. O calor armazenado na estrutura térmica da edificação durante o dia é devolvido ao ambiente somente à noite, quando as temperaturas externas diminuem. De forma complementar, a estrutura térmica resfriada durante a noite mantém-se fria durante a maior parte do dia , reduzindo as temperaturas interiores nestes períodos Outros componentes são a massa térmica da terra ou emprego de materiais isolantes nas contruções. 5 – RESFRIAMENTO ARTIFICIAL Deve ser utilizado quando as estratégias de ventiação, resfriamento evaporativo e massa térmica não proporionam as condições desejadas de conforto. RECOMENDAD QUANDO: TBU > 44˚C TBS > 24˚C 7 – MASSA TÉRMICA COM AQUECIMENTO SOLAR Situada entre 14 ˚C e 20 ˚C, pode-se utilizar a massa térmica junto ao aquecimento solar passivo ou o aquecimento solar passivo com isolamento térmico. A primeira alternativa pode compensar as baixas temperaturas pelo armazenamento de calor solar, que fica retido nas paredes da edificação e pode ser devolvido ao interior nos horários mais frios, geralmente a noite. Na segunda opção, pode-se evitar as perdas de calor da edificação para o exterior (normalmente mais acentuadas pela cobertura e aberturas) enquanto se aproveitam os ganhos de calor internos (pessoas, aparelhos elétricos, cozinha, banho), aumentando a temperatura interior. 6 – UMIDIFICAÇÃO Quando a temperatura do ar for inferior a 27˚C e umidade relativa inferior a 20%, haverá desconforto devido a secura do ar. Melhora a sensação de conforto ainda que posso produzir um efeito de resfriamentoevaporativo indesejável. As baixas taxas de renovação doa r permitem manter o vapor d`’agua a níveis confortáveis com mínima evaporação e resfriamento. Alguns recursos simples podem ser utilizados no intetior dos ambientes, como a utilização de recipientes com água e a hermeticidade das aberturas, que ajuda a conservar o vapor proveniente das plantas e das atividades domésticas. 9 – AQUECIMENTO ARTIFICIAL Em locais muito frios, com temperaturas inferiores a 10,5˚C, em que a estratégia de aquecimento solar passivo não seja suficiente. Isolamento as paredes e coberturas dos ambientes aquecidos para evitar perdas de calor para o ambiente externo. 8 – AQUECIMENTO SOLAR PASSIVO Entre 10,5˚C e 14˚C, o uso de aquecimento solar passivo é o mais indicado. Nesta região é recomendado o isolamento térmico do edifício de forma mais rigorosa, pois as perdas de calor tenderao a ser muito grandes. Recomenda-se que a edificação possua superfícies envidraçadas orientadas para o Sol e aberturas reduzidas nas fachadas que não recebem insolação para evitar a perda de calor. Exemplos: Orientação NORTE permite controle da radiação solar. CORES que maximizem o ganho de calor. Uso de ABERTURAS ZENITAIS controláveis (para poder fechar a noite). Painéis refletores externos Parede Trombe – pintada de preto – ar - vidro Coletores de calor no telhado Estufa CARTA BIOCLIMÁTICA PARA CURITIBA CARTA BIOCLIMÁTICA PARA NATAL CARTA BIOCLIMÁTICA PARA BRASÍLIA AVALIAÇÃO BIOCLIMÁTICA PELAS NORMAIS CLIMATOLÓGICAS VALORE MENSAIS DE: •MÉDIA, MÉDIA DAS MÁXIMAS, MÉDIA DAS MÍNIMAS, MÁXIMA E MÍNIMA ABSOLUTA DE TEMPERATURA DO AR (LINHA VERTICAL) •UMIDADE RELATIVA DO AR. (CURVA). •ESCOLHE-SE UM MÊS •TRAÇA-SE A CARTA PSICOMÉTRICA •REPETE-SE O PROCEDIMENTO PARA OS DOZE MESES DO ANO – OBTEM-SE DOZE RETAS. •COM ISSO, OBTEM-SE A INDICAÇÃO VISUAL DO COMPORTAMENTO CLIMÁTICO DA CIDADE. A – QUANTIDADE DE VAPOR D`’AGUA NO AR B-C – LINHA CORRESPONDENTE AO MÊS B-C – LINHA CORRESPONDENTE AO MÊS AVALIAÇÃO BIOCLIMÁTICA PELAS NORMAIS CLIMATOLÓGICAS PARA OBTER EFETIVIDADE DE CADA ZONA BIOCLIMÁTICA: •MEDE-SE O COMPRIMENTO TOTAL DAS DOZE LNHAS •MEDEM-SE AS PORÇÕES DE LINHAS QUE E ENCONTRAM DENTRO DE CADA ZONA BIOCLIMÁTICA (ZONA DE CONFORTO, ZONA DE VENILAÇÃO, ETC) •OBTÉM-SE O SOMATÓRIO CORRESPONDENTE A CADA ZONA •OS PERCENTUAIS DE CONFORTO TÉRMICO E DE CADA ESTRATEGIA SÃO OBTIDOS PELA COMPARAÇÃO DOS RESPECTIVOS SOMATÓRIOS COM O COMPRMENTO TOTAL DAS DOZE LINHAS Dada a residência abaixo localizada em Porto Alegre, indique, usando a Carta Psicrométrica, retirada do Analysis Bio, quais as estratégias bioclimáticas mais adequadas. Indique também soluções de projeto para cada estratégia. Analysis Bio: O Analysis Bio indicou as estratégias de uso da ventilação em 23,4% do ano para evitar o desconforto por calor e o uso da massa térmica/aquecimento solarem 33,7% das horas do ano e aquecimento solar passivo em 11,7% das horas do ano para evitar o desconforto por frio. 1. Para proporcionar a ventilação cruzada: •Aumentar a área de vidro da parede norte da sala de estar e abrir janelas na parede sul. •Alterar a janela do quarto 1 para a parede norte, e abrir uma janela estreita na porção sul da parede externa do quarto 1. •Transferir as janelas da suíte da parede sul para as paredes leste e oeste. 2. Para proporcionar o aquecimento solar com massa térmica: •As paredes têm 25cm, esta medida já promove o uso de massa térmica. É necessário que haja incidência de radiação solar nestas paredes. As paredes sul receberão menos sol, as paredes oeste irão fornecer mais sol. •Transferir a janela da sala de jantar para a parede norte, onde se tem mais controle Desempenho térmico de edificações da radiação solar. O mesmo irá ocorrer com a janela da parede norte do quarto 1. •A instalação de um domo com iluminação zenital na circulação é desejável, desde que haja controle da radiação solar. A radiação solar incidente durante o inverno deve incidir sobre a parede mais espessa do quarto 2, promovendo o aquecimento. 3. Para proporcionar o aquecimento solar passivo: •As janelas, ao serem transferidas para as paredes norte, poderão ter um sombreamento que permita que o sol não entre no verão mas que penetre nos ambientes no inverno. •Deve-se projetar um dispositivo para evitar que a radiação solar do verão venha a incidir sobre o vidro do domus. No inverno, quando o sol está mais baixo, esta radiação é desejável. •As janelas oeste da suíte e do quarto 2 devem ser sombreadas com brises ou outro dispositivo de proteção que permita que a radiação solar penetre no ambiente no inverno e seja evitada no verão. A figura abaixo mostra as modificações na planta:
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