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Universidade Federal de Ouro Preto
Departamento de Direito
Disciplina: Teoria Geral do Processo – Prof. Thais Pimenta Moreira
Resumo e Atividades de Fixação
UNIDADE 03 - TGP - TEORIA GERAL DA PROVA
1. PROVA JUDICIÁRIA:
É o meio utilizado pela parte , para demonstrar ao julgador , da existência de fatos relevantes que interessam à lide e que foram alegados e discutidos anteriormente convencendo-o de que são verdadeiros.Não se busca pela prova a certeza absoluta , quase impossível , mas a certeza relativa suficiente para a convicção do magistrado.
2. PROVAR/INSTRUIR: 
Significa demonstrar de algum modo a certeza de um fato ou a veracidade de uma afirmação. “No direito não ganha quem tem razão; ganha quem tem prova”. (Des. Francis Selwin Davis, do TJSP)
3.CONCEITO: 
Prova é o instrumento através do qual se forma a convicção do juiz a respeito da ocorrência ou inocorrência dos fatos controvertidos no processo. Ou, como definia as Ordenações Filipinas (Liv. III, Tít. 63) "a prova é o farol que deve guiar o juiz nas suas decisões", sobre as questões fáticas.
4. DISCRIMINAÇÃO: 
	Em princípio, dado que se procura demonstrar a ocorrência ou a inocorrência de pontos duvidosos de fato relevantes para a decisão judicial, não haveria limitações ou restrições à admissibilidade de quaisquer meios para a produção de provas.
	A experiência, contudo, indica que não é aconselhável a total liberdade na admissibilidade dos meios de provas, ora porque não se fundam em bases científicas suficientemente sólidas para justificar sua aceitação (soro da verdade, mensagens mediúnicas, p.ex.), ora porque dariam margem a manipulações e fraudes (é o caso da prova exclusivamente testemunhal para demonstrar a existência de um contrato de certo valor acima - CPC, art. 401; ora porque implicariam em ofensa à própria dignidade de quem lhes ficasse sujeito, representando constrangimento pessoal inadmissível (tortura, narcoanálise, detector de mentiras, estupefacientes, etc.). 
	O CPP contém implícita a adoção do princípio da liberdade de provas (art. 155); e o CPC prevê que todos os meios legais, assim como quaisquer outros não especificados em lei, desde que moralmente legítimos, "são hábeis para provar a verdade dos fatos em que se funda a ação ou a defesa (art. 332). 
5. MEIOS DE PROVA: 
	O Código de Processo Civil, prevê os seguintes meios de provas: 
o depoimento pessoal das partes (Art. 342 ao 347);
da confissão (art.348 ao 354);
da exibição de documento ou coisa (art. 355 ao 363);
da prova documental (art. 364 ao 399);
da prova testemunhal (art.400 a 419);
da prova pericial (art. 420 ao 439);
da inspeção judicial (art.440 ao 443) 
	Além das provas assinadas acima, outros meios legais, não especificados no Código, desde que moralmente legítimos, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa.
	Discutiu-se muito na doutrina e na jurisprudência sobre a aceitação das provas obtidas ilicitamente. Defendia-se, em nome da verdade real, a admissão das provas ilícitas que demonstrassem a ocorrência ou inocorrência de determinados fatos controvertidos e relevante, com a eventual responsabilização de quem, a pretexto de conseguir a prova, praticasse ilícito civil, penal ou administrativo.
	A CF de 1988, entretanto, pôs cobro a essas discussão declarando textualmente "inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meio ilícito" (art. 5º, inc. LVI).
6. OBJETO DA PROVA: 
Se constitui nos fatos alegados , e cuja prova se mostre relevante e pertinente ao julgamento do processo. Ao juiz cabe indeferir a produção de prova inútil (art.130).
7. HÁ FATOS QUE NÃO DEMANDAM PROVA: 
Conforme artigo 334, incisos I a IV, CPC: 
os fatos notórios: que são de conhecimentos do público em geral; 
o fato afirmado por uma das partes e confessado pela outra; 
os fatos incontroversos, ou seja, foi alegado por uma das partes, e não questionado pela outra; 
os fatos em cujo favor milita presunção de veracidade, e que não admite prova em contrário.
8. ÔNUS DA PROVA: 
	Nos termos da lei processual (art. 333, do CPC), cabe ao autor, o ônus da prova do fato constitutivo do seu direto (inciso I), e o réu, do fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor (inciso II). 
	O Juiz, por seu turno, dentro do modelo processual adotado no país, depende da provação das partes, para a produção das provas, atribuindo-lhes o valor que merecem, decidindo, de conformidade com o resultado da prova, e o efeito que as mesmas produzirem para a sua convicção íntima. 
	Não poderá o juiz, decidir contra as provas produzidas nos autos, mesmo sabendo por ouvir falar, ou tendo tomado conhecimento por qualquer meio de comunicação, que o fato ocorreu desta ou daquela maneira, já que está vinculado ao material probatório existente nos autos. (VERDADE FORMAL) 
	A esse princípio norteador da valoração das provas dá-se o nome de PERSUASÃO RACIONAL ou LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO.
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