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Disciplina: Mecânica da Partícula (MP) Aula 5 – Dinâmica: As Três Leis de Newton do Movimento Curso: Engenharia/Básico prof. Gilberto F. de Lima Dinâmica Estudo das origens dos diversos tipos de movimentos. Procura explicar o porquê de um movimento ter determinadas características (retilíneo, curvilíneo, uniforme, uniformemente variado, variado qualquer, oscilatório, etc.) 1) Força: é todo agente capaz de mudar a velocidade de um objeto (em módulo, e/ou direção, e/ou sentido), ou seja capaz de acelerar esse objeto. A Força também é uma grandeza vetorial, quer dizer que ela tem módulo, direção e sentido (𝐹 ). Forças surgem da interação (influência mútua) entre objetos, decorrente de alguma propriedade deles que acaba então se revelando (massa gravitacional, carga elétrica, spin, etc.). É preciso então que hajam pelo menos dois objetos para haver uma interação. Força não têm substância, concretude, não é algo palpável ou visível, ou seja, não é matéria. Só podemos perceber e medir os seus efeitos. Conceitos Básicos Para a Física, a força não é atributo de um único objeto. Nenhum objeto têm ou possui força por si só. Objetos apenas exercem forças uns sobre outros, por isso é necessário a presença de pelo menos dois objetos distintos para que alguma força se manifeste. Forças também são capazes de produzir deformações, seja temporariamente (regime elástico), seja permanentemente (regime plástico). Veja nos vídeos a seguir exemplos de deformações produzidas em interações entre objetos. Bola de golfe atingindo parede de aço (deformação elástica: reversível) https://www.youtube.com/watch?v=aMqM13EUSKw (Acessado em 09/10/2015.) Bala atingindo parede rígida (deformação plástica: permanente) https://www.youtube.com/watch?v=vP5ms24AIxY (Acessado em 09/10/2015) 𝑅 = 𝐹 𝑖 𝑛 𝑖=1 Força Resultante (𝑭𝑹) ou Resultante de Forças (𝑹) ou Força Total (𝑭𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍) É a soma vetorial de todas as forças atuantes num dado objeto. ou ou 𝐹 𝑅 = 𝐹 𝑖 𝑛 𝑖=1 𝐹 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐹 𝑖 𝑛 𝑖=1 Observação: a) A Massa Inercial NÃO corresponde à QUANTIDADE DE MATÉRIA de um objeto. A medida da quantidade de matéria é feita através da grandeza chamada NÚMERO DE MOLS. Mas, obviamente, a massa inercial é diretamente proporcional à quantidade de matéria. 2) Inércia: é a resistência da matéria a modificar seu movimento (estado cinemático), ou seja, é a resistência a mudar sua velocidade (sofrer aceleração). É uma propriedade geral da matéria, junto com o Volume e a Gravidade. 3) Massa Inercial ou Massa (m ou M): é o coeficiente de inércia. É uma medida da quantidade de inércia de um objeto para fins de comparação com outros. Ou seja, é uma medida da resistência de um corpo em modificar seu estado cinemático. As unidades de medida de massa mais utilizadas são: o quilograma (kg); o grama (g) e a libra (lb). As Três Leis de Newton do Movimento 1ª.) Princípio da Inércia 2ª.) Lei Fundamental da Dinâmica 3ª.) Lei da Ação e Reação Isaac Newton (inglês, 1643 – 1727) 1ª.) Princípio da Inércia: se não houver força resultante agindo sobre um objeto então ele terá um movimento retilíneo uniforme (MRU). Na ausência de força resultante, se o objeto já está em movimento ele assim permanecerá, com uma velocidade constante e uma trajetória retilínea. Se estava em repouso, continuará parado (velocidade constante, mas nula). Este princípio nos diz, portanto, que NÃO É PRECISO HAVER FORÇAS ATUANDO PARA QUE UM OBJETO SE MANTENHA EM MOVIMENTO. A força só é necessária para mudar o movimento, mudar a velocidade. A recíproca também é verdadeira: se há mudança de velocidade (aceleração) de um objeto, em intensidade e/ou em direção, então há uma força resultante atuando. Atenção: mesmo que hajam várias forças atuando simultaneamente sobre um objeto, não necessariamente ele terá sua velocidade modificada. Se a resultante dessas forças for nula, então a velocidade do objeto permanecerá constante e a sua trajetória retilínea (MRU). Atenção Reparem que a INÉRCIA e, consequentemente, a MASSA INERCIAL são definidas em função da FORÇA APLICADA, já que elas são a resistência (inércia) e sua medida (massa) à variação de velocidade induzida por essa força. Já o PRINCÍPIO DA INÉRCIA é definido na AUSÊNCIA DE FORÇA RESULTANTE. Nesse caso, o objeto move-se em MRU. Corriqueiramente se diz: “o ônibus parou e seus passageiros foram impelidos para a frente POR INÉRCIA”. Rigorosamente falando esta afirmação está errada. Na verdade, os passageiros continuaram em frente devido ao PRINCÍPIO DA INÉRCIA, pois não haviam ainda sofrido a ação de uma força que os obrigasse a desacelerar e parar. Apenas quando se seguram firmemente em algum apoio no ônibus é que sofrem a ação de uma força e mudam a sua velocidade. Galileu Galilei (italiano, 1564 - 1642) Abriu os caminhos para o entendimento do princípio da Inércia. Veja a seguir algumas demonstrações do Princípio da Inércia. Sete exemplos do Princípio da Inércia https://www.youtube.com/watch?v=T1ux9D7-O38 (Acessado em 07/10/2015) Moeda sobre cartão http://www.youtube.com/watch?v=diKIY8ldQqM, acessado em 27/10/2014 https://www.youtube.com/watch?v=6cshO1UcBd8, acessado em 27/10/2014 Moeda na boca da botija https://www.youtube.com/watch?v=exqEq_S6rZ4, acessado em 26/10/2014 Moeda na borda do copo Garrafas empilhadas https://www.youtube.com/watch?v=zxM62qGivGc, acessado em 27/10/2014 Várias demonstrações https://www.youtube.com/watch?v=xJZhl_BEgQ0, acessado em 26/10/2014 Kung Fu da Inércia https://www.youtube.com/watch?v=d6REUROBhTY, acessado em 26/10/2014 Os ovos e a régua https://www.youtube.com/watch?v=GV1sAN2GosY, acessado em 27/10/2014 Toalha e louças https://www.youtube.com/watch?v=gVSpo8rMpbs, acessado em 26/10/2014 O princípio da inércia é a principal causa de ferimentos em acidentes automobilísticos conforme se pode atestar no vídeo a seguir. http://www.youtube.com/watch?v=P1SQQvquStI, acessado em 26/10/2014 Crash Use o cinto de segurança e obrigue os demais passageiros a usarem também. Respeite os limites de velocidade, a legislação e as demais sinalizações de trânsito. Pois não há tribunal para recorrer da 1ª. lei de Newton. Portanto: O princípio da inércia também é o responsável pelo famoso efeito “saindo pela tangente”. Para qualquer objeto descrever uma trajetória curvilínea é preciso que ele esteja sob a ação de uma força que o obrigue a modificar sua trajetória. Quando uma força exerce esse papel diz-se que ela é uma Força Centrípeta. Se em algum instante essa força deixar de atuar, o objeto não mudará de trajetória, não “fará a curva”, e passará a mover-se em trajetória retilínea na direção e no sentido que tinha naquele momento. Ou seja, “sairá pela tangente”. Veja os vídeos a seguir. Saindo pela tangente https://www.youtube.com/watch?v=xiYRScSSSuU (Acessado em 07/10/2015) Ainda saindo pela tangente : a “FUNDA” (uma arma) https://www.youtube.com/watch?v=g_-DTqag8dY (Acessado em 23/10/2015.) Diversão:Coiote sujeito ao princípio da inércia, mas imune à força da gravidade. Só em desenho animado! O princípio da inércia não é válido em todos os referenciais, apenas naqueles chamados de “Referenciais Inerciais”. Referencial inercial é todo aquele que se move em MRU em relação a outros referenciais. Um observador num referencial acelerado (não-inercial) não considera o princípio da inércia válido. Para ele, um objeto tem sua velocidade alterada mesmo na ausência de forças resultantes. Imagine a seguinte situação: você está no vagão de um trem jogando uma bola para cima e esperando que ela volte para sua mão. Enquanto o trem estiver se movendo com velocidade constante (ou parado, o que dá na mesma), a brincadeira dará certo, no entanto, se o veículo acelerar (aumentar ou reduzir sua velocidade, mesmo que suavemente), a bola não retornará mais diretamente para você. Por exemplo, se o trem desacelerar, a bola cairá um pouco à sua frente porque no instante em que foi lançada ela tinha a mesma velocidade horizontal do trem, mas este foi desacelerando enquanto a bola lançada ainda tem a velocidade anterior que era maior, com isso ela avançará em relação à posição em que foi lançada. De teu ponto de vista é como se uma força fantasmagórica tivesse surgido do nada e desviado a trajetória de sua bola, mas essa “força” não é devida a qualquer interação identificável (pois há Ação mas não há Reação), por isso ela é chamada de “Força Fictícia”, “Pseudo-força” ou “Força de Inércia”. Ela só existe naquele seu referencial acelerado, e parece desafiar o princípio da inércia , afinal tudo te indica que um objeto não permaneceu em seu estado de movimento mesmo na ausência de forças reais, mas, de fato, o efeito é devido justamente a ele conforme constata um observador localizado fora do trem e em MRU. Situação semelhante será observada se você estiver tentando jogar a bola enquanto gira num carrossel. Jamais ela retornará diretamente à sua mão, pois, logo após lançar a bola você já terá a direção de sua velocidade desviada pela rotação, enquanto que a velocidade da bola terá a direção do instante em que ela foi lançada (ela estará saindo pela tangente). Portanto, desencontro total! Vocês estarão se movendo em direções distintas instantaneamente e a brincadeira falhará. Novamente, a bola parece ter sofrido a ação de uma força oculta, não real, levantando suspeitas sobre a validade do princípio da inércia, mas isso só de teu ponto de vista, pois quem estiver fora do carrossel, num referencial inercial, verá a 1ª. lei de Newton em plena atuação e explicando toda a situação para ele. 2ª.) Lei Fundamental da Dinâmica: A razão entre a força aplicada num objeto e aceleração que ele adquire é CONSTANTE, ou seja, dado um certo objeto: Essa relação constante entre força e aceleração num dado objeto é usada então como uma medida da sua inércia, ou seja, corresponde à sua MASSA INERCIAL: Por exemplo: Observou-se que num certo objeto a aplicação das seguintes forças resultava nas seguintes acelerações correspondentes: 𝐹1 𝑎1 = 𝐹2 𝑎2 = 𝐹3 𝑎3 = ⋯ = 𝐹𝑛 𝑎𝑛 = constante 𝐹 𝑎 = 5 1 = 7,5 1,5 = 10 2 = ⋯ = 25 5 = 5 𝐹 𝑎 = 𝑚 Atenção: Isto não é uma definição de força. Força NÃO É a mesma coisa que massa vezes aceleração. A Força depende do tipo de interação existente entre os objetos. Esta relação significa apenas que uma força produz uma aceleração em sua mesma direção e sentido, 𝑎 = 𝐹 𝑚 Chegamos assim à formulação bastante conhecida da 2ª. Lei de Newton: 𝐹 ⟹ 𝑎, cuja intensidade é diretamente proporcional à dessa força, e inversamente proporcional à massa inercial do objeto em que é aplicada: 𝐹 = 𝑚. 𝑎 Este resultado permite definir a unidade de medida de força: 𝐹 = 𝑚. 𝑎 = 𝑘𝑔 ∙ 𝑚 𝑠2 = newton (N) Portanto, 1 N é a força necessária para produzir uma aceleração de 1 m/s2 num objeto de massa 1 kg. Outra unidade comum de força é o “dina”, que corresponde a; 𝐹 = 𝑚. 𝑎 = 𝑔 ∙ 𝑐𝑚 𝑠2 = dina Então, 1 dina é a força necessária para produzir uma aceleração de 1 cm/s2 num objeto de massa 1 grama (1 g). Podemos constatar que: 1 N = 𝑘𝑔 ∙ 𝑚 𝑠2 = 1000 𝑔 ∙ 100 𝑐𝑚 𝑠2 = 105 𝑔. 𝑐𝑚 𝑠2 = 105 dina Ou seja: 1 N = 105 dina ⟹ 1 dina = 10−5 N Outra unidade de força bastante utilizada também é o quilograma-força (kgf). 1 kgf corresponde à força da gravidade (Peso) sobre uma massa de 1 kg na superfície da Terra. 1 kgf = 9,8 N Em geral arredondamos este valor para: 1 kgf = 10 N Se a força resultante sobre uma partícula for constante (não variar com o tempo, nem com a posição e nem com a velocidade), então a aceleração produzida também será constante, originando-se então um MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO (MUV): A aceleração de um objeto é determinada pela FORÇA RESULTANTE nele aplicada: 𝐹 𝑅 = 𝐹 𝑖 = 𝑛 𝑖=1 𝑚. 𝑎 Isto implica que a aceleração terá a mesma direção e o mesmo sentido da força resultante, e que sua intensidade (módulo) dependerá da razão entre o valor dessa força ( 𝐹 𝑅 ) e a massa inercial do objeto em que ela atua: 𝑎 = 𝐹 𝑅 𝑚 ⟹ 𝑎 = 𝐹𝑅 𝑚 𝐹𝑅 = constante ⟹ 𝑎 = constante (MRUV) 𝐹 𝑅 = 𝐹 𝑖 = 𝑛 𝑖=1 0 ⟹ 𝑎 = 0 ⟹ v = constante (MRU) A) Se: Este é o próprio Princípio da Inércia (1ª. Lei de Newton) em notação algébrica. A recíproca também é verdadeira. Se: v = constante (MRU, incluindo v = 0) ⟹ 𝑎 = 0 ⟹ 𝐹 𝑅= 𝐹 𝑖 = 𝑛 𝑖=1 0 B) Agora lembremos da primeira condição para equilíbrio estático dos corpos (em repouso, parados): 𝐹 𝑅 = 𝐹 𝑖 = 𝑛 𝑖=1 0 Contudo esta é apenas uma condição NECESSÁRIA, mas não SUFICIENTE. Ela só garante que o corpo não será acelerado. Além dela, é preciso que vo = 0, ou seja que o objeto já estivesse parado para continuar com essa velocidade constante. C) Se repentinamente a força resultante que atua sobre um objeto em movimento deixar de agir, ele passará a mover-se em linha reta e com a velocidade que tinha no instante da interrupção da força/aceleração. Ou seja, passa a ter um MRU e com a velocidade constante igual ao último valor adquirido durante a fase acelerada (sai pela tangente). Novamente, é o princípio da Inércia dando as ordens. 3ª.) Lei da Ação e Reação: As forças aparecem sempre aos pares (ação e reação), com cada membro desse par situado num dos corpos/sistemas interagentes. Tais forças têm mesma intensidade, mesma direção, mas sentidos opostos. Forças atrativas Forças repulsivas −𝑭 𝑭 A B −𝑭 𝑭 A B A cada força (ação) aplicada num objeto/sistema corresponde uma outra força (reação) de mesma intensidade, mesma direção, mas de sentido oposto e que atua sobre o outro objeto/sistema que participa da interação. Numa colisão entre um carro e um trem, quem sofre a maior força? Resposta: ambos sofrem a ação de forças de mesma intensidade e mesma direção, mas de sentidos opostos. Porém, como a massa do carro é menor que a do trem, sua aceleração será maior (e sua deformação também). Pergunta Uma velha “pegadinha” relacionada ao princípio da Ação e Reação” é o seguinte argumento que mostraria uma suposta falha em suas conclusões: “Se alguém empurra um carro mas este o empurra de volta com uma força de igual intensidade,então nenhum dos objetos sairia do lugar. Mas, sabemos que é possível empurrar um carro, então o princípio é falso.” FPC –FPC FPC é a força entre Pessoa e Carro, e vice-versa. FPC –FPC A solução desse aparente paradoxo (contradição) está no fato de que o sistema carro-pessoa não está isolado. Eles estão interagindo com o chão, formando então um sistema carro-pessoa-chão. Isto implica que a pessoa empurra o carro com as mãos, mas simultaneamente empurra também o chão para trás com os pés procurando caminhar, o piso então reage e aplica sobre a pessoa a mesma força mas em sentido contrário, impulsionando-a para a frente junto com o carro. FPC –FPC –Ft,Pc Ft,Pc –Ft,Cc Ft,Cc Ft,Pc é a força entre a Pessoa e o chão, e vice-versa. Ft,Cc é a força entre o Carro e o chão, e vice-versa. Já o pneu do carro, ao girar, empurra também o chão para trás que reage e também impulsiona o pneu, e o carro, para a frente. Se o sistema pessoa-carro estivesse totalmente isolado (flutuando no espaço, por exemplo), ou seja, consistisse apenas desses dois corpos sem interação com mais nada, então realmente não seria possível à pessoa manter-se conectada ao carro e empurrando-o. FPC –FPC Ela só conseguiria dar um único empurrão (impulso) no veículo e ambos se afastariam um do outro simultaneamente e com velocidades distintas pois, devido à diferença de massas, sofreriam acelerações diferentes. Em sua época (1687), o próprio Isaac Newton foi confrontado com uma contestação similar mas relacionada à tração animal (não havia carros): “segundo a sua 3ª. lei, seria impossível um cavalo arrastar uma pedra pois esta lhe aplicaria uma força contrária”. A resposta é a mesma dada para o sistema carro-pessoa: o sistema cavalo-pedra não está isolado. Eles estão em interação com o solo. Fcc é a força do cavalo sobre a corda e vice-versa; Fcp é a força da corda sobre a pedra e vice-versa; Fcs é a força do cavalo sobre o solo e vice-versa (a força motriz); Fps é a força da pedra sobre o solo e vice-versa. Forças Internas são aquelas cujo par Ação-Reação está contido dentro do próprio sistema, ou seja, atuam entre os seus próprios componentes. Por isso elas não podem acelerar o conjunto como um todo pois seus efeitos sobre ele se cancelam (ação numa parte, reação noutra parte, mas do mesmo sistema). Elas atuam apenas para manter a coesão do sistema, os seus integrantes unidos. Forças Externas são aquelas cuja Ação se dá sobre o sistema, mas a Reação se aplica a algum elemento fora dele. Assim sendo, a resultante das forças externas sobre o sistema pode não ser nula e elas podem então acelerá-lo. Apenas uma resultante de forças Externas não nula acelera um sistema. Em geral consideramos apenas os objetos que se movem, ou que podem se mover, como sendo o sistema em estudo. Nos exemplos anteriores, eles seriam o pessoa-carro e o cavalo-pedra, sendo o chão tratado então como um elemento/objeto/ambiente/meio/sistema externo. Nesses casos, devemos fazer uma distinção entre forças Internas e forças Externas. Te falei que a 3ª. lei de Newton funcionava! Ação, Reação e Diversão e ainda saiu pela tangente. A engenhoca do Coiote é viável sim, mas não com aquele ventiladorzinho, é claro. O ventilador estabelece uma interação entre o invento do personagem e o meio externo, no caso o ar. O ventilador suga o ar e o arremessa contra a vela. Ao bater nela, o ar lhe exerce uma força que impulsiona o engenho, ao mesmo tempo o ar é rebatido pela vela para trás. Pura Ação e Reação. Aerobarcos Com um ventilador adequado, um sistema como aquele funcionaria. Hovercrafts Veículos que flutuam sobre um “colchão” de ar. Ação, Reação e Deformação Ainda bem que essa deformação é elástica (reversível). A bola deforma o rosto do atleta, mas o rosto dele também deforma a bola. https://www.youtube.com/watch?v=XjwO9InuFJk (Acessado em 09/10/2015) Bolada na cara em câmera lenta Todo cuidado é pouco! Desafios newtonianos 3) Para onde vai uma lata furada? Fazendo um furo em uma lata A que tem ar comprimido, o ar sai para a direita e a lata para a esquerda. Isso todo mundo sabe. Considere agora uma lata B dentro da qual se faz o vácuo. Fazendo um furo nessa lata B o ar entra da direita para a esquerda. Depois que o ar enche a lata B, o que acontece com ela? a) Move-se para a direita. b) Move-se para a esquerda. c) Não se move. Para onde vai uma lata furada? c) A lata não se move. Ação e Reação. Observando que o ar que entra na lata empurra a parede interna para a esquerda, nota-se que a força total para a esquerda é igual à força total para a direita (veja o desenho de cima). Haverá um pequeno deslocamento no momento em que o ar começa a entrar mas, logo as forças se equilibram e a lata para. Agora volte ao exemplo da lata de ar comprimido (desenho de baixo) e veja que, nesse caso, a lata se desloca. Bibliografia 1) “Fundamentos da Física”, vol. 1 – Mecânica; autores: David Halliday, Robert Resnick e Jearl Walker; 4ª. edição (1996); LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. 2) http://www.seara.ufc.br/ http://www.seara.ufc.br/tintim/fisica/tintimfisica.htm http://www.seara.ufc.br/tintim/fisica/satelites/tintim3.htm http://www.seara.ufc.br/tintim/fisica/coriolis/tintim11.htm (Acessado em 14/11/2015). 3) http://www.feiradeciencias.com.br/ (Acessado em 14/11/2015). 4) Curso de Física Básica, vol. 1 – Mecânica; autor: Herch Moysés Nussenzveig; 1ª. edição (1981); Editora Edgard Blücher Ltda. 5) “Einstein – Relatividade desmistificada”; http://www.portalpositivo.com.br/ (Acessado em 10/09/2005). 6) Notas de aula de Mecânica da Partícula – Teoria e Laboratório, Ciclo Básico do curso de Engenharia da Universidade Paulista - UNIP; autores: Arduíno Francesco Lauricella, Brasílio Camargo Brito Filho, Francisco Xavier Sevegnani, Pedro Américo Frugoli e Roberto Gomes Pereira Filho; 2º. semestre/2013; Kaizen Copiadora, Livraria e Papelaria Ltda.
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