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Aula_1_Epidemiologia_ALUNO

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ATUAÇÃO DO 
FARMACÊUTICO NA 
ATENÇÃO SECUNDÁRIA 
Prof. MSc. Lucieny Miguel 
EPIDEMIOLOGIA 
2 
Epidemiologia 
Ciência que utiliza métodos quantitativos para o 
estudo dos problemas de saúde. 
O que tem haver a Epidemiologia 
com a Atuação do Farmacêutico 
na Atenção Secundária? 
 
• Capacidade que uma unidade de saúde tem para prestar assistência. 
Diferentes tipos: 
Primária (1ª) ou Básica: generalista; baixa complexidade 
tecnológica; foco na promoção e prevenção. 
Secundária (2ª): maior nível tecnológico; mais especialistas; médio 
nível de complexidade. 
Terciária (3ª): alto nível tecnológico e alta complexidade; muito 
especializado. 
Introdução: Níveis de Atenção à Saúde 
Intervenção ou atuação do profissional de saúde. 
Introdução: Níveis de Prevenção 
Primária (1ª): prevenir que a doença ocorra (ex: saneamento, 
vacinas, etc.). 
Secundária (2ª): diagnóstico e tratamento; prevenir mais agravos 
durante a doença. 
Terciária (3ª): reabilitar e reinserir na sociedade; prevenir que a 
doença reincida. 
9 
EPI = Sobre; DEMO = População; LOGOS = Tratado 
“Epidemiologia” - Estudo do que afeta a população 
 
 
Epidemiologia: Conceitos 
 
10 
•Ciência que estuda quantitativamente a distribuição dos 
fenômenos de saúde/doença, e seus fatores condicionantes e 
determinantes, nas populações humanas, com o objetivo de 
prevenção e controle. 
 
•Alguns autores também incluem na definição que a 
epidemiologia permite ainda a avaliação da eficácia das 
intervenções realizadas no âmbito da Saúde Pública. 
História da epidemiologia 
 Origem das observações de Hipócrates feitas há 
mais de 2000 anos de que fatores ambientais 
influenciam a ocorrência de doenças. 
 
 Somente no século XIX que a distribuição das 
doenças em grupos humanos específicos passou 
a ser medida em larga escala. 
História da Epidemiologia 
 A abordagem epidemiológica que compara os 
coeficientes (ou taxas) de doenças em subgrupos 
populacionais tornou-se uma prática comum no final 
do século XIX e início do século XX. 
 
 A sua aplicação foi inicialmente feita visando o 
controle de doenças transmissíveis e, 
posteriormente, no estudo das relações entre 
condições ou agentes ambientais e doenças 
específicas 
História da Epidemiologia 
 Na segunda metade do século XX, esses métodos 
foram aplicados para doenças crônicas não 
transmissíveis tais como doença cardíaca e 
câncer, sobretudo nos países industrializados. 
 
Primeiras observações epidemiológicas 
 
 John Snow identificou o local de moradia de cada pessoa 
que morreu por cólera em Londres entre 1848-49 e 
1853-54 , onde notou: 
- evidente associação entre a origem da água utilizada 
para beber e as mortes ocorridas. 
 A partir disso, Snow comparou o número de óbitos por 
cólera em áreas abastecidas por diferentes companhias e 
verificou que a taxa de mortes foi mais alta entre as 
pessoas que consumiam água fornecida pela companhia 
Southwark. 
A epidemiologia 
A epidemiologia é uma ciência fundamental para 
a saúde pública. 
 
A epidemiologia tem dado grande contribuição à 
melhoria da saúde das populações. 
 
 A epidemiologia é essencial no processo de 
identificação e mapeamento de doenças 
emergentes. 
A epidemiologia 
 Snow com base em sua investigação construiu a teoria 
sobre a transmissão das doenças infecciosas em geral e 
sugeriu que a cólera era disseminada através da água 
contaminada. 
 
Dessa forma, foi capaz de propor melhorias no 
suprimento de água, mesmo antes da descoberta do 
micro-organismo causador da cólera; além disso, sua 
pesquisa teve impacto direto sobre as políticas públicas 
de saúde. 
A epidemiologia 
O trabalho de Snow relembra que medidas de 
saúde pública, tais como melhorias no 
abastecimento e saneamento, contribui de 
forma efetiva para a saúde das populações. 
Demonstrou também que, desde 1850, 
estudos epidemiológicos têm identificado 
medidas apropriadas a serem adotadas em 
saúde pública. 
Problema Epidemiológico 
Em epidemiologia, o problema tem origem 
quando doenças acometem grupos humanos. 
 
É a necessidade de remover fatores ambientais 
contrários à saúde ou de criar condições que a 
promovam, que determina a problemática 
própria da epidemiologia. 
 
Alvo do estudo epidemiológico 
 É sempre uma população humana, que pode ser definida 
em termos geográficos ou outro qualquer. 
 Exemplo: um grupo específico de pacientes 
hospitalizados ou trabalhadores de uma indústria pode 
constituir uma unidade de estudo. 
 
Geralmente, a população utilizada em um estudo 
epidemiológico é aquela localizada em uma determinada 
área ou país em um certo período de tempo. 
Especificidade da epidemiologia 
Fornecer os conceitos, o raciocínio e as técnicas para 
estudos populacionais, no campo da saúde. 
 Como a doença se distribui segundo as características 
das pessoas, lugares e épocas consideradas? 
 Que fatores estão relacionados à ocorrência da doença 
e sua distribuição na população? 
 Que medidas devem ser tomadas a fim de prevenir e 
controlar a doença? 
Qual o impacto das ações de prevenção e controle sobre 
a distribuição da doença? 
Divisões da epidemiologia 
 Doenças infecciosas e enfermidades carenciais; 
 Doenças crônico-degenerativas e outros danos à saúde; 
 Os Serviços de Saúde (cobertura e qualidade dos 
serviços); 
 Epidemiologia Ambiental e Ocupacional; 
 Epidemiologia do Adolescente (idoso, criança, 
mulheres...); 
 Epidemiologia Comunitária ou Hospitalar; 
 Epidemiologia Clínica ou Social... 
Bases da pesquisa epidemiológica atual 
A Epidemiologia é interdisciplinar, envolvendo vários outros 
saberes, destacando-se três eixos básicos: 
AS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – contribuem para melhor descrever 
e classificar as doenças (a Clínica, a Patologia, Microbiologia, 
Imunologia); 
 AS CIÊNCIAS SOCIAIS – para compreensão da determinação 
social da doença (Sociologia, Antropologia, Demografia, 
Psicologia, Economia); 
 A ESTATÍSTICA – fornece o instrumental necessário à 
quantificação das informações de saúde e sua interpretação. 
Em associação com a Informática. 
 
Aplicações da epidemiologia 
Descrever o aspecto clínico das doenças e sua história 
natural. 
Identificar fatores de risco e grupos de risco. 
Prever tendências. 
Avaliar os serviços de saúde. 
Testar a eficácia e o impacto de estratégias de intervenção. 
 
Propostas da epidemiologia 
Identificar e entender o agente causal e fatores 
relacionados aos agravos à saúde. 
Identificar e explicar os padrões de distribuição 
geográfica das doenças. 
Estabelecer metas e estratégias de controle. 
Estabelecer medidas preventivas. 
Auxiliar o planejamento e desenvolvimento de serviços 
de saúde. 
Prover dados para a administração e avaliação dos 
serviços de saúde. 
 
EPIDEMIOLOGIA 
CLÍNICA 
25 
Faz predições sobre pacientes individuais utilizando a 
contagem de eventos clínicos em grupos de pacientes 
semelhantes. 
 
Objetiva o desenvolvimento e a aplicação de métodos de 
observação clínica, com o objetivo de orientar a tomada de 
decisão clínica com as melhores evidências disponíveis. 
“MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS” 
Epidemiologia Clínica 
 
Epidemiologia clínica 
 A epidemiologia também se preocupa com a 
evolução e o desfecho (história natural) das 
doenças nos indivíduos e nos grupos 
populacionais. 
 A aplicação dos princípios e métodos 
epidemiológicos no manejo de problemas 
encontrados na prática médica com pacientes, 
levou ao desenvolvimentoda epidemiologia 
clínica. 
Clínica Epidemiologia 
Faz diagnóstico do indivíduo Identifica níveis de saúde-doença 
Aplica exames Aplica métodos de verificação 
Formula hipótese diagnóstica Formula hipóteses de causalidade 
Conclui diagnóstico Elabora ações e programas de saúde 
Inicia tratamento Implementa ações e programas de 
saúde 
Faz avaliação clínica Faz avaliação do impacto das ações nos 
níveis de saúde-doença da população 
 
Uma paciente que tinha Doença de Parkinson, usou 
amantadina durante uma epidemia de influenza. Seu 
neurologista observou melhora dos sintomas 
neurológicos. 
Epidemiologia Clínica: Exemplo 
 
Contudo, apesar da eficácia da Amantadina na prevenção 
da influenza ter sido demonstrada em ensaios clínicos, 
pacientes que recebiam esse fármaco apresentavam muitos 
efeitos adversos sobre o SNC (ansiedade, insônia, 
alucinações etc.) 
Epidemiologia Clínica: Exemplo 
 
Novos ensaios clínicos demonstraram que a Rimantadina, 
fármaco de estrutura assemelhada, teria a mesma eficácia 
contra influenza, porém com menos efeitos colaterais. 
Esses achados contribuíram para a abordagem das duas 
doenças. 
Epidemiologia Clínica: Exemplo 
 
EPIDEMIOLOGIA 
& 
NÚMEROS 
34 
Os Coeficientes (ou taxas) resumem em alguns números 
uma série de dados que se tornariam confusos ou de difícil 
interpretação, se analisados de outra forma. 
Os Coeficientes mais utilizados são os de Incidência, 
Prevalência e Mortalidade. 
Epidemiologia & Números 
 
 
Epidemiologia 
 
Tradicionalmente dividida: 
Descritiva: estuda a freqüência e a distribuição 
dos parâmetros de saúde ou de fatores de risco 
das doenças nas populações. 
Analítica: testa hipóteses de relações causais 
Estado de saúde das populações 
 
A epidemiologia é frequentemente utilizada para 
descrever o estado de saúde de grupos 
populacionais. 
 O conhecimento da carga de doenças que 
subsiste na população é essencial para as 
autoridades em saúde. 
Conhecimento da carga das doenças 
Esse conhecimento permite melhor utilização de 
recursos através da identificação de programas 
curativos e preventivos prioritários à população. 
Em algumas áreas especializadas, tais como na 
epidemiologia ocupacional e ambiental, a ênfase 
está no estudo de populações com exposições 
muito particulares. 
Estado de saúde da população 
Medir saúde e doença 
Medir saúde e doença é fundamental para a 
prática da epidemiologia. 
 Diversas medidas são utilizadas para caracterizar 
a saúde das populações. 
 O estado de saúde da população não é 
totalmente medido em muitas partes do mundo, 
e essa falta de informações constitui um grande 
desafio para os epidemiologistas. 
Medidas de saúde 
Existe dificuldade de medir saúde 
Para avaliar o nível de saúde de uma população 
buscam-se os dados negativos (não-saúde): 
MORTE, DOENÇA E AGRAVOS 
Medindo a falta de saúde 
“Saúde é um estado de completo bem-estar 
físico, mental e social e não apenas a mera 
ausência de doença”. 
O termo “doença” compreende todas as 
mudanças desfavoráveis em saúde, incluindo 
acidentes e doenças mentais. 
Várias medidas da ocorrência de doenças são 
baseadas nos conceitos fundamentais de 
incidência e prevalência. 
Medindo a falta de saúde 
Um importante fator a considerar no cálculo das medidas 
de ocorrência de doenças é o total de pessoas expostas, ou 
seja, indivíduos que podem vir a ter a doença. Idealmente, 
esse número deveria incluir somente pessoas que são 
potencialmente suscetíveis de adquirir a doença em 
estudo. 
Por exemplo, os homens não deveriam ser incluídos no 
cálculo da ocorrência de câncer de colo uterino. 
População de risco no estudo de 
carcinoma de colo uterino 
População de risco 
As pessoas susceptíveis a determinadas doenças 
são chamadas de população em risco e podem ser 
estudadas conforme fatores demográficos, 
geográficos e ambientais. 
Por exemplo, acidentes de trabalho só ocorrem 
entre pessoas que estão trabalhando. Assim, a 
população em risco é constituída somente por 
trabalhadores. 
Risco e Fator de Risco 
Devido ao seu caráter eminentemente observacional, a 
lógica de base da moderna epidemiologia estrutura-se 
em torno de um conceito fundamental – RISCO - e de 
um conceito correlato – FATOR DE RISCO. 
 
De modo simplificado podemos dizer que o objeto da 
epidemiologia é “o risco e seus determinantes”. 
 
Risco 
É o conceito epidemiológico do conceito 
matemático de probabilidade. 
É a probabilidade de ocorrência de uma doença, 
agravo, óbito ou condição relacionada à saúde 
(incluindo cura, recuperação ou melhora), em uma 
população ou grupo, durante um período 
determinado. 
 
Risco 
 É estimado sob a forma de uma proporção (razão entre 
duas grandezas, na qual o numerador se encontra 
necessariamente contido no denominador). 
 
 A definição epidemiológica de risco compõe-se 
obrigatoriamente de três elementos: 
– ocorrência de casos de óbito-doença-saúde (numerador) 
– base de referência populacional (denominador) 
– base de referência temporal (período) 
Fator de risco 
Pode ser definido como o atributo de um grupo 
da população que apresenta maior incidência de 
uma doença ou agravo à saúde em comparação 
com outros grupos definidos pela ausência ou 
menor exposição a tal característica. 
 
Fator e marcador de risco 
 Fator de risco – cujo efeito pode ser prevenido 
(sedentarismo, obesidade, fumo, colesterol sérico, 
contraceptivos orais para a doença coronariana) 
 
Marcadores de risco – atributos inevitáveis, já dados, 
cujo efeito encontra-se, portanto, fora da 
possibilidade de controle (sexo e grupo étnico para 
d.coronariana). 
 
Fontes de informação 
Sistemáticas: 
- Censos demográficos 
-Sistemas de informação em saúde 
-Registros de doenças, policiais, etc. 
Assistemáticas: 
-Levantamentos especiais (população total ou amostra) 
 -Dados primários e dados secundários 
FIM!!!!

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