Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS Escola de Ciências da Saúde ECS Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia Doenças Transmissíveis A expressão “doença transmissível” é termo técnico de uso generalizado e definido pela organização Pan-americana de saúde (OPAS): “É qualquer doença causada por um agente infeccioso específico, ou seus produtos tóxicos, que se manifesta pela transmissão deste agente ou de seus produtos, de uma pessoa ou animal infectado ou de um reservatório a um hospedeiro suscetível, direta ou indiretamente por meio de um hospedeiro intermediário, de natureza vegetal ou animal, de um vetor ou do meio ambiente inanimado”. Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia A expressão doença transmissível pode ser sintetizada como doença cujo agente etiológico é vivo e é transmissível. São doenças transmissíveis aquelas em que o organismo parasitante pode migrar do parasitado para o sadio, havendo ou não uma fase intermediária de desenvolvimento no ambiente. Doenças Transmissíveis Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia A Coordenação de Vigilância Epidemiológica de Agravos Transmissíveis é responsável pela linha de cuidado a portadores de agravos de notificação compulsória, tendo como objetivo avaliar a situação de saúde da população do município a partir dos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN. APRESENTAÇÃO Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia Doenças Transmissíveis Doenças transmissíveis - transmissão do agente causador vivo entre dois hospedeiros •Estímulo – doença – 3 formas para que ocorra Infecção Infestação Absorção de produtos tóxicos do agente Entrada e Desenvolvimento/ Multiplicação do agente no hospedeiro Alojamento, com ou sem desenvolvimento e reprodução de artrópodes na superfície do corpo ou nas vestes Refere-se aos casos onde não ocorre infecção, ou seja, são toxinas produzidas fora do hospedeiro Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia Portaria nº 2.325/GM Em, 8 de dezembro de 2003 Define a relação de doenças de notificação compulsória para todo o território nacional. O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de suas atribuições, e tendo em vista o disposto no art. 8º, inciso I, do Decreto nº 78.231, de 12 de agosto de 1976, e na Portaria nº 95/2001 do Ministério da Saúde, que regulamentam a notificação compulsória de doenças no País, e ainda considerando a necessidade de regulamentar os fluxos e a periodicidade dessas informações Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia Portaria nº 2.325/GM Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia Define as terminologias adotadas em legislação nacional, conforme o disposto no Regulamento Sanitário Internacional 2005 (RSI 2005), a relação de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional e estabelece fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde. PORTARIA Nº 104, DE 25 DE JANEIRO DE 2011 Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia PORTARIA Nº 104, DE 25 DE JANEIRO DE 2011 I - Doença: significa uma enfermidade ou estado clínico, independentemente de origem ou fonte, que represente ou possa representar um dano significativo para os seres humanos; II - Agravo: significa qualquer dano à integridade física, mental e social dos indivíduos provocado por circunstâncias nocivas, como acidentes, intoxicações, abuso de drogas, e lesões auto ou heteroinfligidas; III - Evento: significa manifestação de doença ou uma ocorrência que apresente potencial para causar doença; Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia IV - Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional - ESPIN: é um evento que apresente risco de propagação ou disseminação de doenças para mais de uma Unidade Federada - Estados e Distrito Federal - com priorização das doenças de notificação imediata e outros eventos de saúde pública, independentemente da natureza ou origem, depois de avaliação de risco, e que possa necessitar de resposta nacional imediata; e PORTARIA Nº 104, DE 25 DE JANEIRO DE 2011 Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia V - Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional - ESPII: é evento extraordinário que constitui risco para a saúde pública de outros países por meio da propagação internacional de doenças e que potencialmente requerem uma resposta internacional co-ordenada. PORTARIA Nº 104, DE 25 DE JANEIRO DE 2011 Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia Lista de Notificação Compulsória - LNC Lista de Notificação Compulsória Imediata - LNCI Lista de Notificação Compulsória em Unidades Sentinelas- LNCS PORTARIA Nº 104, DE 25 DE JANEIRO DE 2011 Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. 14 1. Acidentes por animais peçonhentos; 2. Atendimento antirrábico; 3. Botulismo; 4. Carbúnculo ou Antraz; 5. Cólera; 6. Coqueluche; 7. Dengue; 8. Difteria; 9. Doença de Creutzfeldt-Jakob; 10. Doença Meningocócica e outras Meningites; 11. Doenças de Chagas Aguda; 12. Esquistossomose; 13. Eventos Adversos Pós-Vacinação; 14. Febre Amarela; 15. Febre do Nilo Ocidental; 16. Febre Maculosa; 17. Febre Tifóide; 18. Hanseníase; 19. Hantavirose; 20. Hepatites Virais; Lista de Notificação Compulsória – LNC Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. 15 21. Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana -HIV em gestantes e crianças expostas ao risco de transmissão vertical; 22. Influenza humana por novo subtipo; 23. Intoxicações Exógenas (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados); 24. Leishmaniose Tegumentar Americana; 25. Leishmaniose Visceral; 26. Leptospirose; 27. Malária; 28. Paralisia Flácida Aguda; 29. Peste; 30. Poliomielite; 31. Raiva Humana; 32. Rubéola; Lista de Notificação Compulsória – LNC Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. 16 33. Sarampo; 34. Sífilis Adquirida; 35. Sífilis Congênita; 36. Sífilis em Gestante; 37. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS; 38. Síndrome da Rubéola Congênita; 39. Síndrome do Corrimento Uretral Masculino; 40. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao Coronavírus (SARS-CoV); 41. Tétano; 42. Tuberculose; 43. Tularemia; 44. Varíola; e 45. Violência doméstica, sexual e/ou outras violências. Lista de Notificação Compulsória –LNC Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. 17 Lista de Notificação Compulsória Imediata – LNCI Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia I - Caso suspeito ou confirmado de: 1. Botulismo; 2. Carbúnculo ou Antraz; 3. Cólera; 4. Dengue nas seguintes situações: - Dengue com complicações (DCC), - Síndrome do Choque da Dengue (SCD), - Febre Hemorrágica da Dengue (FHD), - Óbito por Dengue - Dengue pelo sorotipo DENV 4 nos estados sem transmissão endêmica desse sorotipo; 5. Doença de Chagas Aguda; 6. Doença conhecida sem circulação ou com circulação esporádica no território nacional que não constam no Anexo I desta Portaria, como: Rocio, Mayaro, Oropouche, Saint Louis, Ilhéus, Mormo, Encefalites Eqüinas do Leste, Oeste e Venezuelana, Chikungunya, Encefalite Japonesa, entre outras; Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. 18 Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia Lista de Notificação Compulsória Imediata – LNCI 7. Febre Amarela; 8. Febre do Nilo Ocidental; 9. Hantavirose; 10. Influenza humana por novo subtipo; 11. Peste; 12. Poliomielite; 13. Raiva Humana; 14. Sarampo; 15. Rubéola; 16. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao Coronavírus (SARS-CoV); 17. Varíola; 18. Tularemia; e 19. Síndrome de Rubéola Congênita (SRC). Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. 19 Lista de Notificação Compulsória Imediata – LNCI Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia II - Surto ou agregação de casos ou óbitos por: 1. Difteria; 2. Doença Meningocócica; 3. Doença Transmitida por Alimentos (DTA) em embarcações ou aeronaves; 4. Influenza Humana; 5. Meningites Virais; 6. Outros eventos de potencial relevância em saúde pública. Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. 20 Lista de Notificação Compulsória Imediata – LNCI Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia III - Doença, morte ou evidência de animais com agente etiológico que podem acarretar a ocorrência de doenças em humanos, destaca-se entre outras classes de animais: 1. Primatas não humanos 2. Eqüinos 3. Aves 4. Morcegos Raiva: Morcego morto sem causa definida ou encontrado em situação não usual, tais como: vôos diurnos, atividade alimentar diurna, incoordenação de movimentos, agressividade, contrações musculares, paralisias, encontrado durante o dia no chão ou em paredes. 5. Canídeos Raiva: canídeos domésticos ou silvestres que apresentaram doença com sintomatologia neurológica e evoluíram para morte num período de até 10 dias ou confirmado laboratorialmente para raiva. Leishmaniose visceral: primeiro registro de canídeo doméstico em área indene, confirmado por meio da identificação laboratorial da espécie Leishmania chagasi. 6. Roedores silvestres Peste: Roedores silvestres mortos em áreas de focos naturais de peste. Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. 21 Lista de Notificação Compulsória em Unidades Sentinelas – LNCS Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia 1. Acidente com exposição a material biológico relacionado ao trabalho; 2. Acidente de trabalho com mutilações; 3. Acidente de trabalho em crianças e adolescentes; 4. Acidente de trabalho fatal; 5. Câncer Relacionado ao Trabalho; 6. Dermatoses ocupacionais; 7. Distúrbios Ostemusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) 8. Influenza humana; 9. Perda Auditiva Induzida por Ruído - PAIR relacionada ao trabalho; 10. Pneumoconioses relacionadas ao trabalho; 11. Pneumonias; 12. Rotavírus; 13. oxoplasmose adquirida na gestação e congênita; e 14. Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho. Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia Fluxograma de envio de dados ENDEMIA X EPIDEMIA X PANDEMIA Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia Doença localizada em um espaço limitado denominado “faixa endêmica”. Endemia é uma doença que se manifesta apenas numa determinada região, de causa local. Resumindo: endemia é qualquer doença que ocorre apenas em um determinado local ou região, não atingindo nem se espalhando para outras comunidades. ENDEMIA Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia EPIDEMIA Doença infecciosa e transmissível que ocorre numa comunidade ou região e pode se espalhar rapidamente entre as pessoas de outras regiões, originando um surto epidêmico. Ocorre por causa de um grande desequilíbrio (mutação) do agente transmissor da doença ou pelo surgimento de um novo agente (desconhecido). Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia PANDEMIA É uma epidemia que atinge grandes proporções, podendo se espalhar por um ou mais continentes ou por todo o mundo, causando inúmeras mortes ou destruindo cidades e regiões inteiras. Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia RESUMINDO Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia VAMOS CALCULAR????? Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia MORBIDADE: conjunto dos indivíduos que adquirem doenças (ou determinadas doenças) num dado intervalo de tempo em uma determinada população. A morbidade mostra o comportamento das doenças e dos agravos à saúde na população. MORTALIDADE: conjunto dos indivíduos que morreram num dado intervalo do tempo. Representa o risco ou probabilidade que qualquer pessoa na população apresenta de poder vir a morrer ou de morrer em decorrência de uma determinada doença. Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia SUBCONJUNTOS DA MORBIMORTALIDADE Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia Mortalidade = O/P Incidência (e prevalência) de doença = D/P Incidência (e prevalência) de infecção = I/P Patogenicidade = D/I Virulência = G/D Letalidade = O/D INDICADORES EPIDEMIOLOGICOS Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia INDICADOR DE MORBIDADE (COEFICIENTE) Relação entre indivíduos sãos e doentes Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia INDICADOR DE MORTALIDADE (COEFICIENTE) Probabilidade de qualquer pessoa da população de morrer, em determinado local e tempo Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia • Mortalidade geral • Mortalidade geral por causas • Mortalidade por sexo • Mortalidade materna – 68,7 obitos maternos/100.000 nascidos vivos – BR 2008 • Mortalidade infantil COEFICIENTES DE MORTALIDADE Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina:Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia COEFICIENTES DE MORTALIDADE Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia • % de doentes que vai a óbito • Relação entre morbidade e mortalidade • Gravidade COEFICIENTE DE LETALIDADE Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia CALCULEM!!!!!! Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia Em uma propriedade de terminação do Frigorifico Silva,1000 bovinos foram colocados em confinamento a 30 dias atrás. No dia zero, dois animais apresentavam sinais respiratórios. No ultimo mes, apareceram outros 8 casos de distúrbio respiratório (dados hipotéticos). 1. Calcule o coeficiente de prevalência no dia zero e no dia 30 em percentagem. Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia Analise a tabela que expressa a taxa de mortalidade infantil no Brasil e marque (V) para as afirmativas corretas e (F) para as falsas. Profa. Lucieny de Faria Souza , MSc. Disciplina: Atuação do Farmacêutico na Atenção Secundária Farmácia a) De 1930 a 2010, o Nordeste foi a Região brasileira que registrou os mais altos índices de mortalidade infantil. b) Atualmente (2010), a taxa de mortalidade infantil da Região Norte é de 24,2 para cada mil nascidos vivos. Essa média foi atingida pela Região Sul entre 1990 a 2000. c) Nos últimos 20 anos, o Sudeste conseguiu reduzir a taxa de mortalidade infantil em aproximadamente 50%, se comparado com 1990. d) A Região Sul sempre apresentou as menores taxas de mortalidade infantil do país. e) As taxas de mortalidade infantil do Sul e do Sudeste estão abaixo da média nacional, enquanto a taxa do Centro-Oeste está acima da média brasileira. V V F F F
Compartilhar