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08 - Títulos de Crédito.Contratos Empresariais

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�LFG – EMPRESARIAL – Aula 08 – Prof. Alexandre Gialluca – Intensivo II – 23/10/2009
Títulos de Crédito
	
7.	DUPLICATA – Lei 5.474/68
	Eu queria que você anotasse esse conceito importante de duplicata:
	“Duplicata é um título de crédito à ordem extraído pelo vendedor ou prestador de serviço, que visa à documentar o saque fundado sobre crédito decorrente de compra e venda mercantil ou prestação de serviços, que tem como pressuposto a extração de uma fatura.”
	Vamos tentar entender isso aí. Primeiro nós vimos que duplicata é uma ordem de pagamento. E se é ordem de pagamento, tem aquela estrutura que nós analisamos. Tem a figura do sacador, que é aquele que dá a ordem, tem a figura do sacado, que é aquele que recebe a ordem e a figura do tomador beneficiário que é o “primeiro credor” dessa duplicata. Só que essa ordem de pagamento tem que ser analisada com esse dado importantíssimo: a duplicata é um título causal. E por que é um título causal? Porque só pode ser emitida mediante ocorrência de uma dessas causas: compra e venda mercantil ou então uma prestação de serviços.
	Então, temos que entender as figuras do tomador, sacado e sacador com base na informação de que é um título causal. E por que isso? Porque você tem que saber quem é o sacador. E quem vai ser o sacador? Então presta atenção. Vamos pegar o exemplo da compra e venda. Você tem uma empresa que vende aço e eu tenho uma empresa que faz elevadores e comprei 1 tonelada de aço da sua empresa. Todo contrato de compra e venda ou de prestação de serviço, é necessária a emissão de uma fatura, que é obrigatória. Mas a emissão de duplicata não é obrigatória. Isso e pergunta de prova. Emissão de duplicata não é obrigatória. Eu emito duplicata se eu quiser. O que eu tenho que emitir é uma fatura que vai corresponder a um crédito referente a essa compra e venda que foi realizada. Desse crédito decorrente da fatura, nós podemos extrair uma duplicata que pode corresponder a esse crédito relacionado na fatura. Então, você emite uma duplicata para que você possa cobrar esse crédito decorrente da fatura. Uma das formas que existe para se cobrar esse crédito relacionado na fatura é emitindo uma duplicata. Quando você emite a duplicata (que não é obrigatória, repito), você pode cobrar a fatura por meio dela e tem a seguinte situação: alguém vai ter que dar a ordem. E quem é esse alguém? É o vendedor. Ele vendeu a mercadoria e agora quer receber o valor da fatura. Então, ele vai dar uma ordem para o comprador pagar para quem, se foi ele que entregou a mercadoria? Para ele, vendedor, receber. O sacador da ordem (vendedor) deu uma ordem para aquele que comprou a mercadoria pagar determinada quantia, num determinado dia, para ele mesmo, vendedor.
	E se fosse prestação de serviço? Eu dou uma ordem para quem recebeu a prestação do serviço efetuar o pagamento para mim, que sou o prestador de serviço. Quer dizer que o sacador só pode ser o vendedor ou o prestador do serviço? Pergunta de concurso: o sacador de uma duplicata sempre será o vendedor ou o prestador do serviço? Exatamente! Sempre! Sempre, porque a duplicata só pode ser emitida mediante uma compra e venda mercantil ou uma prestação de serviço.
	Agora, grifa no conceito a expressão: “que tem pressupostos uma fatura” porque, leia-se, a duplicata representa o crédito relacionado em uma fatura. Magistratura?PR, MG já fez a seguinte pergunta: você pode colocar numa duplicata uma ordem para pagar duas ou mais faturas ou a duplicata só pode representar uma única fatura? Vamos o art. 2º, § 2º, da Lei 5474/
	§ 2º Uma só duplicata não pode corresponder a mais de uma fatura.
	Então, a duplicata só pode representar uma única fatura. Ela está sempre representando uma única compra e venda, uma única prestação de serviço. Isso cai em prova! Mas eu posso ter uma fatura que tenha várias duplicatas? Como assim? Vamos imaginar uma compra e venda no valor de 100 mil reais. Aí eu emitir uma fatura dessa compra e venda. Será que eu posso emitir mais de uma duplicata? Vamos supor que eu tenha dividido esse valor em 4 vezes, em 4 parcelas de 25 mil reais. Eu posso emitir 4 duplicatas, cada uma com um vencimento diferente. Uma fatura pode ter várias duplicatas. Cuidado com isso, que é pegadinha de concurso, para você não errar a questão.
	Nós temos, na duplicata, a figura do sacador, do sacado e do tomador beneficiário. Quando analisamos letra de cambio vimos que se o sacado concordar com a ordem do pagamento, ele vai dar um ato chamado de aceite. Até dei o exemplo do Renato que deu o aceite e se tornou o devedor principal. Então, o sacado, quando concorda com essa ordem de pagamento, dá um ato cambiário chamado de aceite. Vimos isso na aula passada. E qual é a dúvida? E o mais importante sobre duplicata vem agora: na letra de cambio, vimos que o aceite é facultativo. O sacado não está obrigado a dar o aceite. E na duplicata? Será que é obrigatório? Na letra de câmbio, eu disse que o sacador dá uma ordem para o sacado. Se o sacado recusar o aceite, vimos que temos que ignorar o sacado e que um dos efeitos dessa recusa é tornar o sacador o devedor principal. Se o sacado dá o aceite, ele é o devedor principal, mas se ele recusa o aceite, temos que ignorá-lo (é como se ele não existisse), ele não tem obrigação cambiária nenhuma em quem vai ser responsabilizado é o sacador.
	Isso é possível na duplicata? Utilizando o mesmo mecanismo da letra de câmbio para a duplicata teríamos a seguinte situação: o sacado recusa o aceite e o sacador vai ser o devedor principal? Mas quem é o sacador? É o vendedor que entrega uma mercadoria ou serviço e torna-se devedor princi8pal dele mesmo? Não é possível! Por isso que na duplicata, eu quero que você anote em letras garrafais: O ACEITE É OBRIGATÓRIO NA DUPLICATA. Você vai lembrar de mim. Na letra de cambio, ele é facultativo. Na duplicata é obrigatório. Não dá para não saber isso!
	Então, quer dizer que o sacado que é aquele que comprou a mercadoria ou recebeu a prestação do serviço está obrigado a dar o aceite. Há alguma situação em que ele pode se recusar? 
	Hipóteses legais de recusa do aceite:
	São hipóteses taxativas. Não tem nenhuma outra. Sem ao estiver presente uma dessas hipóteses. Ele tem que dar o aceite e não pode recusar. São três hipóteses previstas nos arts. 8.º e 21, da Lei de Duplicata. 
	a)	Em caso de avaria/não recebimento da mercadoria/não prestação dos serviços.
	b)	Em caso de vício/defeito de quantidade ou qualidade do produto ou serviço.
	c)	Divergências quanto a prazo, preço e condições de pagamento.
	Nessas três hipóteses, o sacado pode não dar o aceite, mas tem que justificar: “não dou o aceite em razão da divergência de valores”. “Não dou o aceite porque há diferença na quantidade”. “Não dou o aceite porque não concordo com o prazo.” Não basta não dar o aceite. Ele tem que motivar a recusa do aceite.
	Como funciona a duplicata? Se você tem uma compra e venda ou prestação de serviço, a lei exige que você emita uma fatura da qual poderá ser extraída uma duplicata. Se isso acontecer, quando a duplicata for emitida, preenchida, criada, o que vai acontecer? Eu criei o título. Fiz a duplicata no computador e tudo o mais. Está pronto. Depois da criação da duplicata, a lei diz que eu tenho 30 dias para fazer a remessa dessa duplicata para o sacado. E quem é ele? Aquele que comprou a mercadoria ou recebeu a prestação do serviço. Então, emitiu a duplicata, eu tenho 30 dias para fazer a remessa. O sacado, a princípio, tem que concordar com o aceite, mas poderá fazer a recusa do aceite, desde que motive a recusa na forma do que você anotou. O sacado tem dez dias para devolver a duplicata para o sacador.
	“Após a emissão da duplicata, o sacador terá prazo de 30 dias para fazer a remessa dessa duplicata ao sacado. O sacado, ao receber a duplicata, terá prazo de 10 dias para dar o aceite ou recusá-lo de forma motivada, e devolver a duplicata ao sacador.”
	Então, em dez dias ele tem que dar ou recusar o aceite e devolver a duplicata ao sacador.Por que essa informação é importante? Porque nós temos três modalidades de protesto na duplicata e sabendo isso, fica fácil de lembrar na hora da prova. Para o seu estudo ficar legal, coloque o seguinte: tudo o que vimos na aula passada sobre o endosso e sobre o aval também ser aplica para duplicata. Tudo o que vimos: endosso parcial nulo, endosso em preto, em branco, endosso póstumo, etc. Tudo o que se aplica ao endosso na letra de câmbio, também se aplica à duplicata. E o aval, é mesma coisa? Sim. Tudo o que vimos sobre aval, endosso, na aula passada, se aplica também para a duplicata. Mas Alexandre, tem alguma diferença do que a gente já viu na aula passada? Tem. Vencimento. E quais são os tipos de vencimento de uma letra? À vista, com data certa, a certo termo de vista e pode ser a termo de data. Esses são os tipos de vencimento de uma letra de câmbio. E a duplicata? A duplicata, ou é a à vista ou é com data certa. Significa que, com relação ao vencimento, ano tem mais diferença. Não pode ser a certo termo de vista ou a certo termo de data. Ou a duplicata é à vista ou ela em data certa. 
	Uma questão interessante sobre a duplicata é a seguinte: muita gente não sabe o que é uma triplicata. A triplicata é a segunda via da duplicata. Só que o que temos que saber? Art. 23, da Lei de Duplicata, diz o quê? Que eu só posso emitir triplicata nas hipóteses definidas na lei:
		Art. 23. A perda ou extravio da duplicata obrigará o vendedor a extrair triplicata, que terá os mesmos efeitos e requisitos e obedecerá às mesmas formalidades daquela.
	Então, só tem extração de triplicata em caso de perda ou extravio. Só nesses dois casos é que a lei permite a emissão da segunda via da duplicata que se chama de triplicata.
	A questão que mais cai na prova é essa do aceite obrigatório. Se você prestar 5 provas, uma delas, no mínimo tem. Outra questão que cai muito: modalidades de protesto na duplicata. Nós temos aula só de protesto no intensivo III, mas aqui a gente tem que colocar esse tema. Quais são as modalidades de protesto? São três:
Protesto por falta de aceite
Protesto por falta de devolução
Protesto por falta de pagamento
	Vocês, vão, sozinhos, responder quando cabe cada um. Olha como é fácil quando a gente já sabe o mecanismo: 
1º Caso:	 Depois que eu emiti a duplicata, eu tenho 30 dias para fazer a remessa ao sacado que, ao receber a duplicata, é obrigado a dar o aceite no prazo de 10 dias. Se não der o aceite, recusar o aceite, terá que motivar. Só que você fez a remessa no prazo de 30 dias, o sacado não deu o aceite, devolveu a duplicata e não disse por que não deu o aceite. O que eu faço? Protesto por falta de aceite. Ele tinha que dar o aceite ou recusar motivadamente. Não fez nem um e nem outro, então, eu protesto por falta de aceite
2ª Caso: 	O sacado recebe a duplicata e tem que devolver em dez dias. Passado o prazo da duplicata sem devolução, o que eu faço? Protesto por falta de devolução. 
3º Caso: 	Quantos dias eu tenho para fazer a remessa? 30. E para o sacado devolver? 10. ele devolve com o aceite, mas não faz o pagamento na data do pagamento. Aí eu protesto por falta de pagamento.
	Então, são três modalidades de protesto na duplicata. Onde está isso? No art. 13, da Lei de Duplicata.
	Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite, de devolução ou de pagamento. 
	
	Só que quando uma duplicata não teve o seu pagamento, nós podemos ajuizar ação de execução. Para receber uma duplicata não paga dentro do prazo prescricional, tem ajuizar uma ação de execução. O que o examinador pergunta em prova? Se é possível a execução de duplicata sem aceite. É possível executar uma duplicata que não teve aceite? E a resposta é dada pela própria Lei de Duplicata, no art. 15, II. Eu posso, sim, só que preciso preencher os requisitos da lei. E quais são eles?
1º Requisito:	Tem que ter protesto – Duplicata sem aceite, eu só posso executar se tem protesto
2º Requisito (pegadinha de prova):	Tem que ter comprovante da entrega da mercadoria ou da prestação de serviços.
	Tem que ter um comprovante que a mercadoria foi entregue ou que o serviço foi prestado. A pegadinha está no examinador, na hora da prova perguntar: “para a execução de uma duplicata sem aceite é necessário:” E traz na alternativa: “Protesto e contrato de compra e venda ou contrato de prestação de serviço.” Contrato comprova entrega de mercadoria ou que o serviço foi prestado? Não! Para executar uma duplicata você não precisa de contrato. O que você precisa, se ela não tem aceite, é o comprovante apenas de que a mercadoria foi entregue ou de que o serviço foi prestado. Não há necessidade de contrato. É só o protesto e comprovante. Aquele canhotinho que você assina quando a mercadoria é entregue é o conhecimento de transporte, o conhecimento de frete. Aquele conhecimento de transporte comprova que a mercadoria foi entregue.
	Agora, no tocante à prestação do serviço é complicado porque eu tenho que fazer outro tipo de prova. Vai depender da questão. Imagina uma universidade que quer executar uma duplicata, vai ter que comprovar que o aluno estava presente na sala, que fez prova. O cara é fotógrafo e tem todas as fotos do aniversário. Aquilo é o comprovante de que o serviço foi prestado. Então, você precisa de comprovante e protesto.
		Art. 15. A cobrança judicial de duplicata ou triplicata será efetuada de conformidade com o processo aplicável aos títulos executivos extrajudiciais, de que cogita o Livro II do Código de Processo Civil ,quando se tratar: 
		I - de duplicata ou triplicata aceita, protestada ou não;
		II - de duplicata ou triplicata não aceita, contanto que, cumulativamente:
		a) haja sido protestada;
		b) esteja acompanhada de documento hábil comprobatório da entrega e recebimento da mercadoria;
		c) o sacado não tenha, comprovadamente, recusado o aceite, no prazo, nas condições e pelos motivos previstos nos artigos 7º e 8º desta Lei.
	Além disso, o que temos que saber também? Temos que conhecer um pouco a respeito do cheque.
8.	CHEQUE – Lei 7.357/85
	
	O cheque é um título que cai direto em prova. Não preciso nem dizer pra vocês. Mas o bom do cheque é que as questões já são manjadas. Não há muita saída para o examinador, a não ser aquilo que já vem sendo perguntado. É um tema sobre o qual não há como viajar.
	Eu quero que você anote o seguinte:
	“Cheque é uma ordem de pagamento à vista, incondicional, contra um banco, em razão de provisão que o emitente possui junto ao sacado, proveniente essa de contrato de depósito bancário ou de abertura de crédito.”
	Se o cheque é uma ordem de pagamento à vista, ele tem a figura do sacador, do sacado e do tomador/beneficiário. É uma ordem de pagamento, portanto, tem essa estrutura. É importante conhecermos quem é quem no cheque.
	O sacador é o correntista que, por ter um contrato de depósito bancário ou de abertura de crédito, ele dá uma ordem para o banco que vai ser o sacado. O sacador dá esse ordem para o sacado efetuar o pagamento daquele tipo para o tomador beneficiário que é o “primeiro credor” daquele cheque.
	O que temos que saber sobre o cheque? Bastante coisa. É muito comum, hoje em dia, que a loja preencha o cheque para você ou seja, quem preenche, nesse caso, é o credor do cheque que está preenchendo. Aí o examinador pergunta: “credor pode preencher cheque em branco”. Muitas vezes você assina e deixa o cheque em branco para o credor preencher (normalmente usa aquela maquininha). É algo comum e você vai acabar dizendo que sim, mas tem algum suporte legal para isso? Súmula 387, do STF:
	STF Súmula nº 387 - DJ de 12/5/1964 – A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto.
	Então, se o credor preencher na forma que ele convencionou com você, tudo bem. Não tem problema. Então, ele pode preencher título em branco, desde que tenha boa-fé. É o que diz a Súmula 387.
	Quando você tem o cheque, com as figuras do sacador, do sacado e do tomadorbeneficiário, tem uma pergunta de prova que você tem que conhecer e que tem a ver com esse papo de aceite que a gente já viu na letra de câmbio e na duplicata.. Vamos tentar aplicar o aceite para o cheque. Se eu emitir um cheque aqui agora, dando uma ordem para o banco pagar para você 1000 reais, o banco poderia dizer que não concorda em pagar, que não aceita esse pagamento? Não. Havendo uma relação contratual existente entre sacador e sacado, nessa relação contratual, apresentado o cheque para pagamento, tendo provisão de fundo, o banco tem que pagar o cheque. Significa o quê? Que o cheque não admite aceite. O cheque não admite a figura do aceite. Cheque não admite aceite.
	 Vimos que o cheque é uma ordem de pagamento. Só que é ordem de pagamento à vista. Então, com relação ao vencimento, qual é o tipo de vencimento do cheque? Só pode ser à vista. Tem cheque a certo termo de vista ou a certo termo de data? Não. Só pode ser à vista. E o cheque pré-datado, também chamado de pós-datado? Não vamos perder tempo discutindo se é pré ou pós. Se você faz uma compra na loja e coloca no cheque: “bom para 25/11/09”. O cheque não é uma ordem de pagamento à vista? Como se considera o “bom para”? Vamos ao art. 32, da Lei do Cheque:
		Art. 32 O cheque é pagável à vista. Considera-se não-escrita qualquer menção em contrário.
	Então, quando o examinador pergunta na prova: o que é o “bom para” no direito empresarial, você vai responder: “é considerado como não escrito.” Por isso que se eu pego o cheque na loja hoje e hoje mesmo o dono da loja apresentar o cheque para pagamento, o banco paga o cheque, mesmo sendo pré ou pós-datado para o dia 25/11. por que? Porque para o banco o que prevalece é a lei do cheque. O banco ignora o “bom para” e paga o cheque. O examinador pode perguntar: “se o sujeito deposita antecipadamente o cheque “bom para” dali a um mês e o cheque volta por falta de provisão de fundos, o credor vai poder protestar o cheque?” eu sei que é injusto, mas o cheque é ordem de pagamento à vista. Se não foi pago, eu posso protestar e executar o cheque. Agora, se esse protestou ou a execução está rompendo, violando a boa-fé contratual, aí é outra história. Se eu vou comprar numa loja que deveria apresentar o cheque só dali a um mês e ela apresenta hoje, ela agiu com deslealdade, com desonestidade, violando a boa-fé contratual.eu não esperava, não tinha expectativa de que a loja agisse dessa forma. Esse rompimento da boa-fé vai gerar um dano moral. Protestar eu posso, executar eu posso, agora isso vai, certamente, gerar um dano moral. Mas não que você não possa fazer. Eu posso executar, mas não tem convém. Isso, inclusive, foi sumulado pelo STJ. Súmula 370, do STJ, super recente:
	STJ Súmula nº 370 - DJe 25/02/2009 - Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado.
	Significa que você não precisa comprovar o dano, que o dano é presumido. Você não tem que comprovar o dano. Isso já era jurisprudência do STJ. Tanto é que o MP do Pará perguntou isso antes da súmula sair.
	Ainda sobre a questão do cheque. Você, sacador, dá uma ordem para o banco efetuar aquele pagamento para o tomador beneficiário. Só que, pode ocorrer a seguinte questão: você emite um cheque. O banco, por uma falha administrativa, retirou numerário de sua conta. No dia seguinte, o banco percebeu o erro e devolveu a quantia, só que naquele dia que o banco tirou o dinheiro, foi apresentado um cheque para pagamento que voltou por falta de provisão. Mas foi uma devolução indevida porque a princípio tinha fundo disponível. Só não tinha por falha administrativa do banco que devolveu indevidamente o cheque. Quando a devolução é devida? Quando não tem fundo disponível. Agora, quando tem fundo, a devolução é indevida, exceto por algumas situações como valores ilegíveis ou não bate a assinatura. A devolução indevida do cheque perfeito é tão comum na atividade bancária que o STJ resolveu editar uma súmula de agosto de 2009, para resolver a questão:
		STJ Súmula 388 - DJe 01/09/2009 - A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral.
	AGU, PFN, cuidado! Essas súmulas recentes são as bolas da vez. Tem que saber. Gera dano moral.
	E com relação ao endosso, ao aval, como isso acontece quanto ao cheque? Tudo o que vimos na aula passada sobre letra de cambio no tocante ao endosso, também se aplica ao cheque. Só que aqui eu quero fazer uma observação. Por enquanto eu só vi uma questão em prova a respeito desse assunto. Eu achei até que fosse algo que fosse despencar mas em concurso nem sempre a gente encontra especialistas fazendo prova de direito empresarial. A informação é a seguinte (que passa despercebida por muita gente): Na época da CPMF, nós tínhamos o motivo ou alínea 36, que era da devolução do cheque por mais de um endosso. Significava que, com a CPMF só era admitido um endosso no cheque. Não era possível dar mais de um endosso no cheque. Se eu tivesse mais de um endosso, esse cheque voltava por motivo 36, alínea 36. por que isso? O Rogério me dá um cheque e eu endosso esse cheque para o Renato (então, não recolhia CPMP), o Renato endossava o cheque para o LFG (então, não recolhia CPMF). Todo mundo, então, ficava fazendo circular o cheque para não recolher CPMF. Como a CPMF não foi prorrogada, significa que não há mais limite de endosso para o cheque. Então, a observação sobre endosso era essa.
	E aval? Tudo o que vimos em letra de câmbio se aplica para o cheque no tocante ao aval. Cheque pode ter aval e pode ser total ou parcial. Eu não estou acostumado a ver aval em cheque. Mas vai trabalhar na factoring para você ver aval em cheque. Isso está no art. 29, da Lei do Cheque:
	Art. 29 O pagamento do cheque pode ser garantido, no todo ou em parte, por aval prestado por terceiro, exceto o sacado, ou mesmo por signatário do título.
	Cuidado que tem aval no cheque! E o aval pode ser total ou parcial. Mas ainda sobre aval, eu quero fazer um comentário importante que tem caído nas provas. O aval, você já anotou na aula passada, é um ato tipicamente cambial. Ou seja, uma obrigação cambiária, que só assume no título de crédito. Onde eu quero chegar? Você só pode responsabilizar o avalista, aquele que garante o pagamento, enquanto se fala de cambial. Se aquele é um título cambial, você pode responsabilizar o avalista. Se o título deixa de ser cambial, ele não é mais uma obrigação cambiária e se é assim, o avalista não é mais responsável. E quando o título deixa de ser cambial? Quando o título está prescrito. Então, onde isso tem caído nas provas? “Se o cheque voltou por falta de fundos, que ação vou ajuizar?” Ação de execução? Mas e se está prescrito? Recomenda-se que você ajuíze a ação monitória: Súmula 299, do STJ:
	STJ Súmula nº 299 - DJ 22.11.2004 - É admissível a ação monitória fundada em cheque prescrito.
	Então, recomenda-se que você ajuíze ação monitória. Mas a pergunta que eu quero fazer é a seguinte: na execução do cheque, eu posso executar o avalista? Posso. E na monitória? Que é aquela ação utilizada para o cheque prescrito, eu posso entrar com ação monitoria contra o avalista de um cheque? E aí vem o STJ e diz: não. Se o cheque está prescrito, a monitória não pode ser contra o avalista. Vamos ao Resp 200492:
REsp 200492 / MG - Relator - Ministro EDUARDO RIBEIRO - T3 - TERCEIRA TURMA - DJ 21/08/2000 - Ementa - Ação monitória. Cheque prescrito. Avalista. Prescrito o cheque, desaparece a relação cambial e, em conseqüência, o aval. Permanece responsável pelo débito apenas o devedor principal, salvo se demonstrado que o avalista se locupletou.
	Então, significa que não se pode ajuizar monitória em face do avalista. Só é possível a execução. Avalista não pode ser cobrado por ação monitória porque o aval é relação tipicamente cambial. Continuando: qual é o prazo de apresentação do cheque? Esse não é o prazo prescricional, mas o prazo que você deve apresentar para pagamento. E é muito simples:
30 dias – Se for para a mesma praça.
60 dias – Se for em praça diferente.
	Mas esse prazo écontado a partir de quando? A partir da data de emissão do cheque. Se o local de emissão é Florianópolis e a agência pagadora é Campinas – praça diferente (prazo de 60 dias). Se o cheque tivesse sido emitido em Campinas, mesma praça. Vamos usar o exemplo de Florianópolis. Eu fui ao restaurante e paguei com o cheque de Campinas. O dono do restaurante esqueceu e só apresentou o cheque ao banco em 120 dias. O banco paga? Paga. Se o banco, mesmo assim, paga, para que serve o prazo para apresentação? Se o banco paga o cheque, para que serve o prazo de apresentação? Qual é a finalidade dele? Há duas principais finalidades do prazo de apresentação.:
1ª Finalidade do prazo de apresentação:	Dar início ao prazo prescricional
2ª Finalidade do prazo de apresentação:	Art. 47, II, da Lei do Cheque: só é possível executar endossante de cheque se o cheque for apresentado dentro do prazo legal.
	Art. 47 Pode o portador promover a execução do cheque: II - contra os endossantes e seus avalistas, se o cheque apresentado em tempo hábil e a recusa de pagamento é comprovada pelo protesto ou por declaração do sacado, escrita e datada sobre o cheque, com indicação do dia de apresentação, ou, ainda, por declaração escrita e datada por câmara de compensação.
	Eu sou o emitente do cheque. Eu dei uma ordem e quem dá a ordem é o devedor principal do cheque. Eu dei uma ordem para o banco pagar para fulano. E fulano endossa o título para Maria. Fulano passa a ser o endossante, o corresponsável pelo pagamento desse cheque. Significa que se Maria depositar o cheque e o cheque voltar por falta de fundos, Maria vai poder executar quem ela quiser. Ela pode executar o Alexandre, que é o emitente do cheque e pode executar o Fulano, que é o endossante do cheque. Mas se ela quiser executar o endossante, ela vai ter que apresentar o cheque dentro do prazo de apresentação. Se ela perder esse prazo, ela não pode mais executar Fulano. Mas aí surgiu a dúvida: e o emitente, ela pode executar, mesmo tendo perdido o prazo para apresentação. Isso gerou uma dúvida na doutrina e a edição de uma súmula pelo STF, a Súmula 600:
	
	STF Súmula nº 600 - DJ de 5/1/1977 - Cabe ação executiva contra o emitente e seus avalistas, ainda que não apresentado o cheque ao sacado no prazo legal, desde que não prescrita a ação cambiária.
	Então, eu posso executar, sim, o emitente. O sacador pode ser executado, mesmo se você perdeu o prazo de apresentação. Quem você não pode executar é o endossante.
	Então, essas são as finalidades do prazo de apresentação doa cheque (30 e 60 dias, mesmas praças e praças diferentes, respectivamente).
	Quando nós tratamos de cheque é importante você conhecer uma questão que já caiu muitas vezes: sustação de cheque. Quando se fala em sustação, você tem que saber que o examinador pode estar falando de uma expressão genérica ou específica. Isso porque o gênero sustação admite contraordem, também chamada de revogação ou então a chamada oposição que também é chamada de sustação. Então, a expressão sustação pode ser um gênero ou pode ser uma espécie. A contraordem ou revogação, você encontra no art. 35, da Lei do Cheque e a oposição ou sustação, no art. 36. E há uma diferença, sim, entre eles. Qual é essa diferença. Vamos ao art. 35. Na contraordem ou revogação, olha o que diz o art. 35:
		Art. 35 O emitente do cheque pagável no Brasil pode revogá-lo, mercê de contra-ordem dada por aviso epistolar, ou por via judicial ou extrajudicial, com as razões motivadoras do ato.
		Parágrafo único - A revogação ou contra-ordem só produz efeito depois de expirado o prazo de apresentação e, não sendo promovida, pode o sacado pagar o cheque até que decorra o prazo de prescrição, nos termos do Art. 59 desta Lei.
	Emitente: só quem emitiu. Só pode ser realizada pelo emitente e ela só produz efeito depois do prazo de apresentação. Isso é raro. Se você tem um cheque furtado, roubado, não é essa a ordem que você dá. Isso aqui só vai produzir efeitos depois de passado o prazo de apresentação que é 30 ou 60 dias. Para quê você usa isso? Para controle bancário. Já aconteceu isso com você? Você dá um cheque aí o camarada passa 30 dias e não deposita o cheque. Aí você liga pro cara depositar e o cara não deposita. Aí você esqueceu do cheque. Quando você esquece o cheque, você perde o controle e quando o cara apresenta o cheque, ele acaba voltando por falta de fundos porque você já não estava mais contando com a apresentação. Então, para que você tenha o controle, o que você faz? Contraordem ou revogação, significando que se você apresenta o cheque dentro do prazo, o banco vai te pagar numa boa. Se você perdeu o prazo, o banco não paga mais. Aí você vai ter que procurar de novo o sacador do cheque para revogar a revogação ou para que te dê um novo cheque para que ele possa controlar. Então, é só para fins de controle bancário. É bem mais raro do que a oposição ou sustação.
(Intervalo)
		Art. 36 Mesmo durante o prazo de apresentação, o emitente e o portador legitimado podem fazer sustar o pagamento, manifestando ao sacado, por escrito, oposição fundada em relevante razão de direito.
		§ 1º A oposição do emitente e a revogação ou contra-ordem se excluem reciprocamente.
		§ 2º Não cabe ao sacado julgar da relevância da razão invocada pelo oponente.
	Na oposição ou sustação é diferente: é o emitente ou também o portador legitimado podem fazer sustar e não precisa esperar o decurso do prazo. O que significa o caput do art. 36? que tanto o emitente quanto o portador legitimado podem pedir a sustação ou oposição que vai ocorrer, mesmo durante o prazo de apresentação. É o caso mais corriqueiro, é o exemplo do cheque que foi furtado. É essa modalidade que você usa de sustação, porque pode ser realizada mesmo durante o prazo de apresentação. É a sustação também chamada de oposição. E aí o portador legitimado também pode. Então, vamos imaginar: eu comprei um imóvel de você e você me paga com cheque. Eu, portador legitimado, tenho esse cheque. Se eu não conseguir localizar você, eu, portador legitimado, posso fazer a sustação porque tenho como provar que aquele cheque foi usado para pagar o imóvel que me pertencia. Então, essa é a diferença com relação à contraordem e revogação.
	Ainda sobre o pagamento do cheque, duas observações que caem direto em prova (dê um destaque no seu caderno):
1ª Observação (art. 38, § único): 	É até difícil falar isso porque na prática, não ocorre. Eu tenho vários amigos que trabalham em banco e ninguém nunca viu. É uma situação extremamente rara. Mas cai na prova. Está na lei e tem que saber. O Renato me deu um cheque de mil reais, eu vou tentar descontar, mas o caixa me diz assim: “olha, na conta só tem 250. você vai assinar um documento que recebeu 250 porque eu não vou poder ficar com o cheque, já que você ainda é credor de 750. portanto, fique com o cheque e com o dinheiro.” Será que o portador do cheque pode recusar pagamento parcial do cheque? Será que isso é possível? Art. 28, § único:
		Art. 38 O sacado pode exigir, ao pagar o cheque, que este lhe seja entregue quitado pelo portador.
		Parágrafo único. O portador não pode recusar pagamento parcial, e, nesse caso, o sacado pode exigir que esse pagamento conste do cheque e que o portador lhe dê a respectiva quitação.
	O portador não pode recusar pagamento parcial. Então, ele tem que receber aquela parte. Quer dizer que eu posso exigir pagamento parcial? Não. A lei diz que se o banco fizer o pagamento parcial você é obrigado a aceitar. Essa é uma norma que acaba não utilizada porque envolve sigilo bancário. Na prática, raramente isso vai ocorrer. Mas está na lei, cai na prova e você tem que saber.
2ª Observação: Conta conjunta – Marido e mulher, João é casado com Maria e têm uma conta-conjunta. João emite um cheque sem fundos. O que acontece? Você quer protestar o cheque e depois ajuizar ação de execução. Contra quem você ajuíza essa ação? Quem você protesta, se só João emitiu o cheque sem fundo? O que diz o STJ? Que na conta-conjunta existe a solidariedadeativa. Como assim? No sentido de que ambos podem movimentar a conta. Solidariedade ativa. Mas para o STJ, não há solidariedade passiva. Ou seja, só responderá pelo cheque quem emitiu o cheque. Só o emitente do cheque é que deve ser protestado e que deve ser executado. Então, há solidariedade ativa, mas não há solidariedade passiva. REsp 336632:
REsp 336632 / ES - Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR - T4 - QUARTA TURMA - DJ 31/03/2003 
COMERCIAL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO MONITÓRIA. AUTORA. NOME DE FANTASIA SEMELHANTE À DENOMINAÇÃO CORRETA. ILEGITIMIDADE ATIVA AFASTADA. CHEQUES. CO-TITULARIDADE DE CONTA BANCÁRIA CONJUNTA. INSUFICIÊNCIA DE FUNDOS. ILEGITIMIDADE PASSIVA DO CORRENTISTA NÃO EMITENTE DA CÁRTULA. LEI N. 7.357/85, ART. 51.
I. Mera discrepância, inclusive diminuta, entre o nome da empresa credora mencionado no cheque e a sua denominação social verdadeira, não constitui motivo para afastar a sua legitimidade ativa para a cobrança, via monitória, do valor devido.
II. Ilegitimidade passiva, contudo, do esposo da emitente da cártula, posto que na qualidade de co-titular de conta corrente conjunta, inobstante possua legitimidade para movimentar os fundos de que também é proprietário, não o torna co-responsável pelas dívidas assumidas por sua esposa individualmente, em face da emissão de cheques destituídos de cobertura financeira, pelos quais somente ela responde.
III. Precedentes do STJ.
IV. Recurso especial conhecido em parte e provido, para excluir o recorrente da lide.
	Foi a esposa, aqui, que emitiu o cheque sem fundo. Significa, pessoal, que se você ajuizar a ação em face dos dois, um deles será parte ilegítima. Haverá ilegitimidade passiva. 
	No tocante ao cheque, o que a gente tem que saber agora? Depois de tudo o que a gente viu, a gente tem que ver os tão exigidos em prova prazos prescricionais dos títulos de crédito.
9.	PRAZOS PRESCRICIONAIS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
	Aqui, eu vou fazer uma tabela para tratar de todos esses prazos prescricionais ao mesmo tempo. 
	
	
	DEVEDOR PRINCIPAL/ AVALISTA
	CO-DEVEDOR/ AVALISTA
	DIREITO DE REGRESSO
	LC e NP
	3 anos contados do vencimento
	1 ano contado do protesto
	6 meses: - pagamento
 - demandado
	Duplicata
	3 anos contados do vencimento
	1 ano contado do protesto
	1 ano: - pagamento
 - demandado
	Cheque
	6 meses*
	6 meses**
	6 meses: - pagamento
 *** - demandado
	* 6 meses contados do fim do prazo de apresentação (30 dias + 6 meses ou 60 dias + 6 meses)
** 6 meses contados do protesto (art. 47, II). O protesto pode ser substituído por uma declaração do banco sacado ou por uma declaração da câmara de compensação (é o carimbo que está no verso do cheque)
*** 6 meses do pagamento ou de quando demandado
	
	Esses prazos, até caem em prova, mas não caem tanto quanto o prazo do cheque, que, impressionante, como cai em prova! O prazo do cheque sempre será de 6 meses. Só que aí tem um problema. Só saber prazo, não adianta nada. Tem que saber a partir de quando se conta. 
	Na prova (olha como é pegadinha) pode cair: “o prazo prescricional de seis meses do cheque é contado”: “da data do vencimento?” “do protesto?” “da data de emissão?” “da data de apresentação?” É assim que cai na prova. E tem muita gente que acha que é da data da emissão e tem muita gente que acha que é da data de apresentação. E não é nem um, nem outro. É “do fim do prazo de apresentação”. Então, se contam 6 meses do fim do prazo de apresentação. Pouco importa o dia que você apresentou. Se você apresentou no 12º, no 15º, no 20º dia... Tanto faz. Eu conto 30 dias mais 6 meses ou 60 dias mais 6 meses do fim do prazo de apresentação. 
	Observação: art. 47, II, da Lei do Cheque. O que diz esse dispositivo? Que o protesto poderá ser substituído por uma declaração do banco sacado ou por uma declaração da câmara de compensação. Aquele carimbo que aparece no verso do cheque que voltou por falta de fundos é uma declaração da câmara de compensação. Essa declaração substitui o protesto para fins de execução. Então, você não precisaria do protesto. Para quê eu protesto o cheque, então? Se não tem essa finalidade, para que serve? 
	Art. 47 Pode o portador promover a execução do cheque:
	II - contra os endossantes e seus avalistas, se o cheque apresentado em tempo hábil e a recusa de pagamento é comprovada pelo protesto ou por declaração do sacado, escrita e datada sobre o cheque, com indicação do dia de apresentação, ou, ainda, por declaração escrita e datada por câmara de compensação.
	O grande objetivo de protestar o cheque, além de coibir de forma legítima o devedor a efetuar o pagamento, é interromper o prazo prescricional: art. 202, III, do Código Civil. O que diz lá? Que o protesto interrompe o prazo prescricional. Então, a grande vantagem de hoje você protestar o cheque, é que ele interrompe o prazo prescricional. 
	Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: III - por protesto cambial;
	Então, esses são os prazos prescricionais dos títulos de crédito. Essa tabelinha é importantíssima e você vai usar ela pelo resto da sua vida. Não é só para concurso não. Depois que você passar, eu tenho certeza que você vai ter que recorrer a ela várias vezes.
	Encerramos aqui o assunto títulos de crédito e vamos começar a falar, então, de alguns contratos empresariais.�
CONTRATOS EMPRESARIAIS
	Nós aqui daremos um especial destaque para o contrato de alienação fiduciária que é um dos contratos que mais caem, leasing, franquia, factoring e representação comercial. São cinco contratos que vamos analisar.
1.	CONTRATO DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA
	O contrato de alienação fiduciária merece comentários que são de suma importância. Quando eu falo de alienação fiduciária, dentro do direito empresarial, trata-se de alienação fiduciária de bem móvel porque bem imóvel é matéria de direito civil. Dentro do direito empresarial nós tratamos de alienação fiduciária de bem móvel. E de alienação fiduciária ocorrida no mercado de capitais.
	Vamos ver o que diz o Código Civil sobre o assunto. Nós temos um capítulo dentro do Código Civil sobre propriedade fiduciária, mas não é esse capítulo que se aplica à alienação fiduciária de bens móveis no mercado de capitais porque para essa operação aplica-se, não o Código Civil, mas o DL 911/69. Por que? Porque a operação ocorreu no mercado de capitais. E quando eu sei que essa operação ocorreu no mercado de capitais e, portanto, aplica-se o DL 911? 
	“Quando o credor for uma instituição financeira em sentido amplo ou um consórcio.”
	Quando isso acontece, nessa operação, incide o DL 911/69. Então, se eu fiz lá um contrato de confissão de dívida com o meu primo que me devia dinheiro e pedi uma garantia, isso vai ser com base no Código Civil (porque entre particulares). Mas quando o credor é uma instituição financeira em sentido amplo, aí não posso aplicar o Código Civil, mas o DL 911/69. Porém, mesmo na operação de mercado de capitais, eu vou aplicar o Código Civil de forma subsidiária. Ou seja, quando o decreto-lei não tratar de algum tema, eu tenho que recorrer ao Código Civil.
	Vamos falar um pouco sobre esse contrato de alienação fiduciária. Ele é chamado de contrato de caráter instrumental. O contrato de alienação fiduciária é chamado de contrato de caráter instrumental. E por que de caráter instrumental? Porque é utilizado para instrumentalizar, para viabilizar um outro contrato que, na maioria das vezes, será um contrato de compra e venda com financiamento. 
	Então, vamos dar um exemplo para você entender essa operação. Eu, Alexandre, vou até uma instituição financeira e tomo emprestado um valor para comprar um carro: 50 mil reais. Eu sou o devedor deste empréstimo. Aqui ocorreu um mútuo. O banco seria o mutuante e eu o mutuário. Por que eu sou mutuário? Porque estou recebendo o empréstimo. Mas o banco pediu algo como garantia para conceder esse empréstimo. Mas eu não tenho nada. Não tenho carro, não tenho imóvel. Só tenho o carro que estou comprando.Então, eu vou alienar em confiança. Alienação fiduciária significa alienar em confiança. Eu vou alienar em confiança para o credor. Então, eu vou ser o devedor fiduciante. Por quê? Eu recebi um empréstimo, mas agora estou alienando em confiança. Então a nomenclatura modifica: eu sou fiduciante, não sou fiduciário. Quem recebe em confiança é o credor, que será o fiduciário. Então, a primeira coisa que você tem que saber sobre contrato de alienação fiduciária é a nomenclatura porque o examinador vira e mexe pergunta de outra forma para você errar a questão. Credor fiduciante, não. É credor fiduciário e devedor fiduciante. Está alienando o bem em confiança. 
	Quando você aliena em confiança, você está transferindo para o credor a chamada propriedade resolúvel. Então, na prova, cuidado! Não é propriedade plena ou domínio pleno. Se tiver só propriedade está errado também porque a propriedade é resolúvel. E por que isso? Porque estamos diante de uma condição resolutiva. À medida que o devedor que dá o empréstimo, que dá as prestações, a propriedade deixa de ser do banco (do credor) e volta a ser do devedor. Por isso, é propriedade resolúvel, haverá uma condição resolutiva. 
	Mas em que pese o credor ter a propriedade, quem é que vai desfrutar do bem? Sou eu. Então, eu tenho a chamada posse direta do bem. Aqui ocorre o fenômeno do desdobramento da posse e se eu tenho a posse direta, o banco vai ter a posse indireta. Então, eu tenho posse direta e o credor tem propriedade resolúvel e posse indireta. Então, essa é a estrutura da relação fiduciária. É isso que cai na prova. Então, o que o examinador pergunta: 
	“Na propriedade fiduciária:
	a) o devedor fiduciante tem posse direta e o credor fiduciário tem propriedade e posse indireta – Errado porque não tem propriedade. Tem propriedade resolúvel.
	b) o credor fiduciante – Errou porque não é credor fiduciante. É credor fiduciário.
	c) o credor fiduciário tem propriedade resolúvel e posse direta – Errou porque posse direta ele não tem. Tem posse indireta.”
	É assim que você tem que lembrar da estrutura do contrato de alienação fiduciária.
	Quando se fala de alienação fiduciária o que temos que saber? Que o contrato de alienação fiduciária pode se dar por meio instrumento público ou por meio de instrumento particular. Mas o mais importante que você saiba é o seguinte: só será constituída a propriedade fiduciária com o registro do contrato. Só haverá a constituição da propriedade fiduciária com o registro do contrato de alienação fiduciária. Quando se faz o registro? Ele é feito de acordo com a Lei 6.015/73, no art. 129, V (Lei de Registros Públicos). De acordo com essa lei, o contrato de alienação fiduciária tem que ser levado para registro no registro de títulos e documentos. É o famoso Cartório RTD. 
	Só que tem uma exceção importante que cai na prova: a do art. 1.361, § 1º, do Código Civil, que se aplica de forma subsidiária:
	§ 1º Constitui-se a propriedade fiduciária com o registro do contrato, celebrado por instrumento público ou particular, que lhe serve de título, no Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, ou, em se tratando de veículos, na repartição competente para o licenciamento, fazendo-se a anotação no certificado de registro.
	Então, quando se tratar de veículo, não é no RTD. O registro tem que ser feito no órgão competente para licenciamento. Foi uma questão que caiu na prova para Delegado Civil em São Paulo. E qual é o órgão competente? O Detran. É no Detran que se faz o registro do contrato de alienação fiduciária para veículo, já que é o Detran o órgão competente para o licenciamento. 
	Só que aí, no final do ano passado, teve uma polêmica muito interessante. Será que não há não duplicidade de registro para veículo automotor, ou seja, eu fazer o registro no RTD e também no Detran? Essa discussão chegou no STJ que se pronunciou da seguinte forma: para o STJ o simples registro no Detran é suficiente para dar publicidade ao ato. Não há necessidade de duplicidade de registro. Fazer no RTD e no Detran também. Só no Detran é suficiente, conforme dispõe o art. 1.361, § 1º, do Código Civil. 
	Uma questão caiu no MP/AP e no MP/SP: será que eu posso substituir a alienação fiduciária sobre bem que já faz parte do meu patrimônio? Não um bem que ainda vou comprar. Eu posso fazer propriedade fiduciária sobre bem que já faz parte do meu patrimônio? Posso. Onde está isso? Súmula 28, do STJ:
	STJ Súmula nº 28 - DJ 08.10.1991 - O contrato de alienação fiduciária em garantia pode ter por objeto bem que já integrava o patrimônio do devedor.
	Aliás, soabre alienação fiduciária tem um monte de súmula. E o que cai em prova são as súmulas. 
	Imagine a seguinte situação: se o devedor quitar as prestações, a propriedade deixa de ser do credor e volta a ser dele. Mas se ele não pagar as prestações, o que o credor pode fazer? Quais são as opções que o credor tem? Ele tem a possibilidade de ajuizar ação de busca e apreensão que não é aquela medida do código de processo civil. É uma ação autônoma prevista no DL 911/69.
	Mas além da busca e apreensão, nós temos também a possibilidade da ação de execução. Então, cuidado. Não é só busca e apreensão. Nós temos também a possibilidade de execução. São duas opções. Eu executo o contrato, que é um título executivo extrajudicial ou então ajuízo uma ação de busca e apreensão.
	Então vamos tratar um pouco dessa busca e apreensão. Há várias súmulas hoje do STJ e vamos conhecer todas elas a partir de agora. Essa busca e apreensão tem alguns detalhes interessantes. 
	Se você ajuizar a ação de busca e apreensão, você precisa de algo mais que só a busca e apreensão, você precisa também comprovar a mora. É importante que você saiba que a mora se dá com o vencimento. Venceu, já está em mora. Mas é preciso comprovar a mora. E como se faz isso? Ou você comprova a mora com o protesto desse contrato ou com uma notificação. Essa notificação (o STJ diz que é imprescindível – Súmula 72) precisa trazer os valores do débito? Não preciso. Súmula 245. 
	STJ Súmula nº 72 - DJ 20.04.1993 - A comprovação da mora é imprescindível à busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente.
	STJ Súmula nº 245 - DJ 17.04.2001 - A notificação destinada a comprovar a mora nas dívidas garantidas por alienação fiduciária dispensa a indicação do valor do débito.
	De acordo com essa súmula, eu não preciso comprovar os valores da notificação. Só que tem um detalhe que é o seguinte: para que serve a notificação? O juiz só vai dar a liminar de busca e apreensão se for comprovada a mora. Se não for comprovada a mora, o juiz não dá a liminar. É o que diz o art. 3.º, do DL 911/69. Mas o juiz concedeu a liminar, foi feita a busca e apreensão do bem. E qual a finalidade dessa busca e apreensão? Eu pego o bem e vendo. O dinheiro da venda é utilizado para o pagamento da dívida. Pergunto a vocês: como eu posso vender esse bem? Tem que ser sempre por medida judicial? Eu posso vender extrajudicialmente? O art. 2º do decreto-lei diz assim:
	Art. 2º No caso de inadimplemento ou mora nas obrigações contratuais garantidas mediante alienação fiduciária, o proprietário fiduciário ou credor poderá vender a coisa a terceiros, independentemente de leilão, hasta pública, avaliação prévia ou qualquer outra medida judicial ou extrajudicial, salvo disposição expressa em contrário prevista no contrato, devendo aplicar o preço da venda no pagamento de seu crédito e das despesas decorrentes e entregar ao devedor o saldo apurado, se houver.
	Não precisa de leilão, hasta pública, avaliação prévia, ou qualquer outra medida judicial. Se eu quiser vender diretamente para um terceiro, eu posso vender, sem problema. Mas qual é a grande inovação da lei? Antes, eu só podia vender depois de uma decisão judicial. Agora, não. Agora, olha o que diz o decreto-lei, no § 1º, do art. 3º:
	§ 1º Cinco dias após executada a liminar mencionada no caput, consolidar-se-ão a propriedade e a posse plena e exclusiva do bem no patrimônio do credor fiduciário, cabendoàs repartições competentes, quando for o caso, expedir novo certificado de registro de propriedade em nome do credor, ou de terceiro por ele indicado, livre do ônus da propriedade fiduciária. (Alterado pela L-010.931-2004)
	A liminar de busca e apreensão foi executada. Cinco dias depois, o credor passa a ter propriedade plena e posse plena do bem. Cinco dias depois de executada a liminar, o credor passa a ter propriedade e posse plena do bem. Significa o quê? Que aquele bem já integra o patrimônio do credor e, portanto, ele já pode vender 5 dias depois de executada a liminar! Isso foi para facilitar a vida dos bancos.
	Eu não posso apresentar contestação? Pode! Qual é o prazo? Quinze dias. Mas é um prazo específico contado da execução da liminar. Art. 3º, § 3º:
	§ 3º O devedor fiduciante apresentará resposta no prazo de quinze dias da execução da liminar. (Alterado pela L-010.931-2004)
	Eu tenho aqui a liminar, cinco dias depois da liminar eu já posso vender e, da mesma contagem, eu tenho 15 dias para contestar. Vamos imaginar que eu conteste no 15º dia, só que a venda se deu no 5º dia. E eu comprovo que paguei. E mostro os comprovantes. Isso acontece! E agora, se o bem já foi vendido? O juiz vai julgar a ação improcedente. Por quê? Porque você pagou! E quando julga a ação improcedente, o que o juiz faz? “Devolva o carro”. Mas o carro já foi vendido. E agora? Nesse caso, o devedor vai ter direito à devolução do que ele já pagou e mais uma multa em seu favor. Sabe qual é o valor da multa? Art. 3º, § 6º:
	§ 6º Na sentença que decretar a improcedência da ação de busca e apreensão, o juiz condenará o credor fiduciário ao pagamento de multa, em favor do devedor fiduciante, equivalente a cinqüenta por cento do valor originalmente financiado, devidamente atualizado, caso o bem já tenha sido alienado. (Alterado pela L-010.931-2004)
	
	Então, se o carro já foi alienado, o devedor tem uma multa em seu favor. Hoje em dia, se você não dá nada, financia em 60 meses, você teria direito a 50% do valor total. A lei foi muito coerente. Isso impossibilita que o credor venda rapidamente o bem. A lei diz: “você pode vender, mas prudência, porque se você vender e ação for julgada improcedente, você vai pagar uma multa que não é nada leve.”
	Lembra que eu falei que o bem é vendido para pagamento da dívida? Vamos imaginar o seguinte: o bem foi vendido por 18 mil reais. Só que o saldo devedor é de 28 mil. O que eu faço? Vou abater o valor da venda e ficou um saldo remanescente de 10 mil reais. O que diz aí? Que quando você paga a dívida e, com o valor da venda, sobra um dinheiro, esse dinheiro tem que ser devolvido para o devedor. Então, vamos supor. A venda foi de 35 mil, o saldo era 28. Pagou a dívida, devolve 7 mil reais para o devedor. Quando o valor da venda bate com o valor do saldo devedor, fica elas por elas. 
	Mas a questão é: foi feita a venda, abateu do saldo devedor, ainda tem saldo devedor remanescente. Ainda tem uma dívida. Como você faz para receber essa dívida? Vamos supor que o saldo remanescente seja de 10 mil reais. A execução é possível? Sim, é possível a execução, se a venda for uma venda judicial. Mas a gente viu que não está obrigado a fazer venda judicial. A venda pode ser independentemente de leilão, de hasta pública e, o que é pior, eu posso fazer a venda independentemente de avaliação prévia. Então, significa que essa venda pode ser uma venda extrajudicial e quando isso acontece a gente fica muito refém da situação. Imagine o seguinte que o seu saldo remanescente seja de 20 mil reais. Só foi obtido com a venda o valor de 7 mil reais. Como é que ele vai comprovar isso, que só obteve isso? Quando a venda é judicial, o juiz está acompanhando a alienação. Acompanha o pagamento. Aqui, o pagamento é extrajudicial e venda extrajudicial dá muita margem para fraude. Tem que ter comprovação. Não basta só alegar. Então, significa que quando a venda é uma venda extrajudicial, ela não comporta execução. Quando a venda é extrajudicial, o saldo remanescente não pode ser objeto de execução. Não tem liquidez. Falta a liquidez. Mas como eu faço para cobrar? Aí vem o STJ e edita uma súmula, a Súmula 384, de maio de 2009:
	STJ Súmula 384. Cabe ação monitória para haver saldo remanescente oriundo de venda extrajudicial de bem alienado fiduciariamente em garantia. Rel. Min. Fernando Gonçalves, em 27/5/2009.
	Não vai haver execução porque não há liquidez, mas eu posso cobrar, então, por meio de ação monitória. Mas a expressão chave é “venda extrajudicial”. Se o examinador perguntar sobre a súmula na hora da prova, o que ele vai perguntar? Sobre ação monitória relacionada à venda extrajudicial porque se a venda for judicial, o meio é a execução. Então, cuidado para não cair em pegadinhas.
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