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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online. 
 
 
 
 
1º Bloco 
I. Direitos e Garantias Fundamentais: Direitos Individuais: 
 Direito à Segurança. 
2º Bloco I. Continuação de Direito à Segurança. 
3º Bloco I. Remédios Constitucionais. 
4º Bloco I. Continuação de Remédios Constitucionais 
5º Bloco I. Exercícios Relativos ao Encontro. 
 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
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I. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS: DIREITOS INDIVIDUAIS 
 DIREITO À SEGURANÇA 
Princípio da personalidade da pena 
Este princípio garante que a pena imputada a quem comete um crime só será aplicada ao próprio criminoso: 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do 
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor 
do patrimônio transferido; 
A pena é pessoal, não podendo ser passada para outra pessoa. Contudo, o dispositivo em questão permite que a 
responsabilidade pela reparação do dano e o perdimento de bens originadas do crime poderão ser estendidas aos 
sucessores e contra eles executadas até o limite do patrimônio transferido. Veja que o dever de reparar não restringe 
o patrimônio dos herdeiros, apenas alcança o patrimônio transferido a título de herança. Ressalte-se que o dever de 
reparar limitar-se-á ao limite do for transferido. Significa dizer que: se o dano a ser reparado for de R$ 100.000,00 e o 
patrimônio transferido for de R$ 50.000,00, os herdeiros ficarão obrigados a entregarem apenas os R$ 50.000,00 
haja vista ser este o limite do patrimônio transferido. 
Penas proibidas e permitidas 
Estes dois incisos são bastante cobrados em prova, onde os examinadores costumam misturar as penas que são 
permitidas com as que são proibidas: 
 XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: 
a) Privação ou restrição da liberdade; 
b) Perda de bens; 
c) Multa; 
d) Prestação social alternativa; 
e) Suspensão ou interdição de direitos. 
XLVII - não haverá penas: 
a) De morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
b) De caráter perpétuo; 
c) De trabalhos forçados; 
d) De banimento; 
e) Cruéis. 
Não preciso nem dizer que estas penas precisam ser decoradas. Cumpre-nos ainda esclarecer algumas penas 
proibidas: 
1. Pena de caráter perpétuo – é a pena por toda a vida. A pessoa fica presa até a morte. 
2. Banimento – é a expulsão do país aplicada ao brasileiro. 
Princípio da individualização da pena 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo 
do apenado; 
Este dispositivo traz uma regra muito interessante, o princípio da individualização da pena. Significa que a pessoa 
quando cumprir sua pena deve cumpri-la em estabelecimento e condições compatíveis com a sua situação. Se 
mulher, deve cumprir com mulheres; se homem cumprirá com homens; se reincidente, com reincidentes; se réu 
primário com réus primários; e assim por diante. O ideal que cada situação possua um cumprimento de pena 
adequado que propicie um melhor acompanhamento do poder público e melhores condições para a ressocialização. 
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Regras sobre prisões 
São vários os dispositivos constitucionais que se referem às prisões: 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária 
competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente 
e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a 
assistência da família e de advogado; 
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; 
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de 
obrigação alimentícia e a do depositário infiel; 
Como destaque para sua prova, gostaria de enfatizar o disposto no inciso LXVII, o qual prevê duas formas de 
prisão civil por dívida: 
1. Devedor de pensão alimentícia 
2. Depositário infiel 
Apesar da Constituição Federal apresentar estas duas possibilidades de prisão civil por dívida, o STF tem 
entendido que só existe uma: a prisão do devedor de pensão alimentícia. Isto significa que o Depositário Infiel não 
poderá sem preso. Esta é a inteligência da Súmula Vinculante nº 25: 
É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito. 
Desta forma, o candidato tem que ter muito cuidado com esta questão em prova: se te perguntarem conforme a 
Constituição Federal, responda segundo a Constituição Federal. Mas se te perguntarem à luz da Jurisprudência, 
responda conforme o entendimento do STF. 
TÓPICO ESQUEMATIZADO 
 
 
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I. CONTINUAÇÃO DE DIREITO À SEGURANÇA 
Extradição 
Fruto de acordo internacional de cooperação, a extradição permite que determinada pessoa seja entregue a outro 
país para que seja responsabilizada pelo cometimento de algum crime. Existem duas formas de extradição: 
1. Extradição Ativa – quando o Brasil pede para outro país a extradição de alguém. 
2. Extradição Passiva – quando algum país pede para o Brasil a extradição de alguém. 
A Constituição Federal preocupou-se em regular a extradição passiva por meios dos incisos LI e LII do artigo 5º 
conforme se depreende a leitura abaixo: 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da 
naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; 
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; 
De acordo com a inteligência destes dispositivos, três regras podem ser adotadas em relação à extradição 
passiva: 
1. Brasileiro Nato – nunca será extraditado. 
2. Brasileiro Naturalizado – será extraditado em duas hipóteses: 
a) Crime comum cometido antes da naturalização; 
b) Comprovado envolvimento com o tráfico ilícito de drogas, antes ou depois da naturalização. 
3. Estrangeiro – poderá ser extraditado salvo em dois casos: 
a) Crime político; 
b) Crime de opinião. 
Alguns princípios que regem a extradição no país: 
1. Principio da especialidade – o extraditando só poderá ser processado e julgado pelo crime informado no pedido 
de extradição. 
2. Comutação da pena – o país requerente deverá firmará
um compromisso de comutar a pena prevista em seu 
país quando a pena a ser aplicada for proibida no Brasil. 
3. Dupla tipicidade – sé extradita se a conduta praticada for considerada crime no Brasil e no país requerente. 
TÓPICO ESQUEMATIZADO 
 
 
 
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Princípio da presunção da inocência 
Também conhecido como princípio da não-culpabilidade, esta regra de segurança jurídica garante que ninguém 
poderá ser condenado sem antes haver uma sentença penal condenatória transitada em julgado. Ou seja, uma 
sentença judicial condenatória definitiva: 
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; 
Identificação criminal 
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; 
A Constituição garante que não será identificado criminalmente quem possuir identificação pública capaz de 
identificá-lo. Contudo, a lei 12.037/2009 prevê hipóteses onde será possível a identificação criminal mesmo de quem 
apresentar outra identificação: 
Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando: 
I. O documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação; 
II. O documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado; 
III. O indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si; 
IV. A identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária 
competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da 
defesa; 
V. Constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações; 
VI. O estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado 
impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais. 
Ação penal privada subsidiária da pública 
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; 
Em regra, nos crimes de ação penal pública, o titular da ação penal é o Ministério Público. Contudo, havendo 
omissão ou mesmo desídia por parte do órgão ministerial, o ofendido poderá promover a chamada Ação Penal 
Privada Subsidiária da Pública. Este tema encontra-se disciplinado no artigo 29 do Código de Processo Penal: 
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo 
ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do 
processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, 
retomar a ação como parte principal. 
I. REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS 
Iniciamos agora o estudo dos chamados Remédios Constitucionais, matéria muito cobrada em prova de concurso. 
Os remédios constitucionais são espécies de garantias constitucionais que visam proteger determinados direitos e 
até outras garantias fundamentais. São poderosas ações constitucionais que estão disciplinadas no texto da 
Constituição, e que passaremos analisar agora. 
Habeas Corpus 
Sem sobra de dúvida, este remédio constitucional é o mais importante para sua prova haja vista a sua utilização 
para proteger um dos direitos mais ameaçados do indivíduo: a liberdade de locomoção. Vejamos o que diz o texto 
constitucional: 
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou 
coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; 
 
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É essencial para sua prova, conhecer os elementos necessários para a utilização desta ferramenta. 
Primeiro, deve-se compreender que o Habeas Corpus é utilizado para proteger a liberdade de locomoção. 
Cuidado com isso em prova, pois ele não tutela qualquer liberdade, mas apenas a liberdade de locomoção. 
Outro ponto fundamental é que ele poderá ser utilizado tanto de forma preventiva quanto de forma repressiva. 
Habeas Corpus preventivo é aquele utilizado para prevenir a violência ou coação à liberdade de locomoção. 
Habeas Corpus repressivo é utilizado para reprimir a violência ou coação a liberdade de locomoção, ou seja, é 
utilizado quando a restrição da liberdade de locomoção já ocorreu. 
Perceba que não se trata de qualquer tipo de restrição à liberdade de locomoção que caberá o remédio, mas 
apenas aquelas cometidas com ilegalidade ou abuso de poder. 
Nas relações processuais que envolvem a utilização do Habeas Corpus, é possível identificar a participação de 
três figurantes: 
1. Impetrante – O impetrante é a pessoa que impetra a ação. Quem entra com a ação. A titularidade desta 
ferramenta é Universal, pois qualquer pessoa pode impetrar o HC. Não precisa sequer de advogado. Sua 
possibilidade é tão ampla que não precisa possuir capacidade civil ou mesmo qualquer formalidade. Este 
remédio é desprovido de condições que impeçam sua utilização da forma mais ampla possível. Poderá impetrar 
esta ação tanto uma pessoa física quanto jurídica. 
2. Paciente – é quem está doente, e a doença aqui é a restrição da liberdade de locomoção. O paciente é quem 
teve a liberdade de locomoção restringida. Ele será o beneficiário do habeas corpus. Pessoa jurídica não pode 
ser paciente de habeas corpus, pois a liberdade de locomoção é um direito incompatível com sua natureza 
jurídica. 
3. Autoridade Coatora – é quem restringiu a liberdade de locomoção com ilegalidade ou abuso de poder. Poderá 
ser tanto uma autoridade privada quanto uma autoridade pública. 
Outra questão interessante que está prevista na Constituição é a gratuidade desta ação: 
LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os atos necessários ao 
exercício da cidadania; 
 A Constituição proíbe a utilização deste remédio constitucional em relação às punições disciplinares militares. 
É o que prevê o artigo 142, § 2º: 
§ 2º - Não caberá "habeas-corpus" em relação a punições disciplinares militares. 
Contudo, o STF tem admitido o remédio quando impetrado por razões de ilegalidade da prisão militar. Quanto ao 
mérito da prisão, deve-se aceitar a vedação Constitucional, mas em relação a legalidade da prisão, prevalece o 
entendimento de que o remédio seria possível. 
Também não cabe habeas corpus em relação às penas pecuniárias, multas, advertências ou ainda, nos 
processos administrativos disciplinares e no processo de Impeachment. Nestes casos o não cabimento deve-se ao 
fato de que as medidas não visam restringir a liberdade de locomoção. 
Por outro lado, a jurisprudência tem admitido o cabimento para impugnar inserção de provas ilícitas no processo 
ou quando houver excesso de prazo na instrução processual penal. 
Por último, cabe ressaltar que o magistrado poderá concedê-lo de ofício. 
 
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I. CONTINUAÇÃO DE REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS 
Habeas Data 
O habeas data cuja previsão está no inciso LXXII do artigo 5º tem como objetivo proteger a liberdade de
informação: 
LXXII - conceder-se-á "habeas-data": 
a) Para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou 
bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; 
b) Para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. 
Duas são as formas previstas na constituição para utilização deste remédio: 
1. Para conhecer a informação; 
2. Para retificar a informação. 
É importante ressaltar que só caberá o remédio em relação às informações do próprio impetrante. 
As informações precisam estar em um banco de dados governamental ou de caráter público, o que significa que 
seria possível entrar com um habeas data, contra um banco de dados privado desde que tenha caráter público. 
Da mesma forma que o habeas corpus, o habeas data também é gratuito: 
LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os atos necessários ao 
exercício da cidadania. 
Mandado de Segurança 
O mandado de segurança é um remédio muito cobrado em prova em razão dos seus requisitos: 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas-
corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente 
de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; 
Como se pode ver, o mandado de segurança será cabível proteger direito líquido e certo desde que não 
amparado por habeas corpus ou habeas data. O que significa dizer que será cabível desde que não seja para 
proteger a liberdade de locomoção e a liberdade de informação. Este é o chamado caráter subsidiário do mandado 
de segurança. 
O texto constitucional exigiu também para a utilização desta ferramenta, a ilegalidade e o abuso de poder 
praticado por autoridade pública ou privada, desde que esteja no exercício de atribuições do poder público. 
O mandado de segurança possui prazo decadencial para ser utilizado: 120 dias. 
Existe também o mandado de segurança coletivo: 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
a) Partido político com representação no Congresso Nacional; 
b) Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo 
menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados. 
Observadas as regras do mandado de segurança individual, o mandado de segurança coletivo possui alguns 
requisitos que lhe são peculiares: os legitimados para propositura. 
 
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São legitimados para propor o mandado de segurança coletivo: 
1. Partidos políticos com representação no Congresso Nacional – para se ter representação no Congresso 
Nacional basta um membro em qualquer uma das casas. 
2. Organização sindical 
3. Entidade de classe 
4. Associação desde que legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano. 
Observe que o requisito de um ano de funcionamento só se aplica às associações. 
TÓPICO ESQUEMATIZADO 
 
Mandado de Injunção 
O mandado de injunção é uma ferramenta mais complexa para se entender. Vejamos o que diz a Constituição: 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício 
dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. 
O seu objetivo é suprir a omissão legislativa que impede o exercício de direitos fundamentais. Algumas normas 
constitucionais para que produzam efeitos dependem da edição de outras normas infraconstitucionais. Estas normas 
são conhecidas por sua eficácia como normas de eficácia limitada. Isso mesmo, o mandado de injunção visa corrigir 
a ineficácia das normas com eficácia limitada. 
Todas as vezes que um direito deixar de ser exercido pela ausência de norma regulamentadora, será cabível este 
remédio. 
No que tange a efetividade da decisão deve-se esclarecer a possibilidade de adoção por parte do STF de duas 
correntes doutrinárias: 
1. Teoria concretista geral – o Poder Judiciário concretiza o direito no caso concreto aplicando seu dispositivo com 
efeito erga omnes, para todos os casos iguais; 
2. Teoria concretista individual – o Poder judiciário concretiza o direito no caso concreto aplicando seu dispositivo 
com efeito inter partes, ou seja, apenas com efeito entre as partes. 
TÓPICO ESQUEMATIZADO 
 
 
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Ação popular 
A ação popular é uma ferramenta fiscalizadora utilizada como espécie de exercício direto dos direitos políticos. 
Por isso que só poderá ser utilizada por cidadãos. Veja o que diz o inciso LXXIII do artigo 5º: 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público 
ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e 
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
Além da previsão constitucional, esta ação encontra-se regulamentada pela lei 4.717/65. Perceba que seu 
objetivo consiste em proteger o patrimônio público, a moralidade administrativa, o meio ambiente e o patrimônio 
historio e cultural. 
O autor não precisa pagar custas judiciais ou ônus da sucumbência, salvo se tiver de má-fé. 
TÓPICO ESQUEMATIZADO 
 
EXERCÍCIOS REFERENTES AO 4º ENCONTRO 
1. O ordenamento constitucional veda o envio compulsório de brasileiros ao exterior, que caracterizaria a pena de 
banimento, assim como proíbe a retirada coativa de estrangeiros do território nacional, que caracterizaria a pena 
de expulsão. 
2. Inexiste pena de morte, no Brasil, em qualquer hipótese. 
3. Nenhum cidadão brasileiro pode ser extraditado. 
4. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação no Congresso 
Nacional. 
5. Suponha que, por falta de norma regulamentadora, Joaquim, brasileiro nato, residente e domiciliado no Brasil, 
depare-se com a inviabilidade de exercer prerrogativas inerentes à cidadania. Nessa hipótese, Joaquim deve 
ajuizar ação popular. 
6. A pena de caráter perpétuo somente poderá ser instituída se aprovada previamente em plebiscito. 
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7. A extradição de brasileiro naturalizado é autorizada para crime praticado após a naturalização. 
8. Para serem resguardados os agentes policiais e os delegados de polícia contra eventuais retaliações por parte 
das pessoas que eles prendem, os presos não têm direito à identificação dos responsáveis pela sua prisão. 
9. Qualquer partido político pode impetrar mandado de segurança coletivo para proteção de direito líquido e certo. 
10. O habeas data é o instrumento adequado para afastar ilegalidade de privação do direito de liberdade. 
11. Para propositura de ação popular, o autor deve demonstrar a plenitude do exercício de seus direitos políticos. 
12. A lei penal poderá retroagir para beneficiar o réu. 
13. Associação com seis meses de constituição pode impetrar
mandado de segurança coletivo. 
14. Se um brasileiro nato viajar a outro país estrangeiro, lá cometer algum crime, envolvendo tráfico ilícito de 
entorpecentes, e voltar ao seu país de origem, caso aquele país requeira a extradição desse indivíduo, o Brasil 
poderá extraditá-lo. 
15. O habeas corpus pode ser impetrado tanto contra ato emanado do poder público como contra ato de particular, 
sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção. 
16. Segundo posição atual do STF, as únicas hipóteses aceitas de prisão civil, no direito brasileiro, são a do devedor 
de alimentos e a do depositário infiel. 
17. Conceder-se-á habeas data para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante ou 
à de terceiros, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público. 
GABARITO 
1 - ERRADO 
2 - ERRADO 
3 - ERRADO 
4 - CORRETO 
5 - ERRADO 
6 - ERRADO 
7 - CORRETO 
8 - ERRADO 
9 - ERRADO 
10 - ERRADO 
11 - CORRETO 
12 - CORRETO 
13 - ERRADO 
14 - ERRADO 
15 - CORRETO 
16 - ERRADO 
17 - ERRADO

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