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PRISÕES CAUTELARES As medidas cautelares buscam garantir o normal desenvolvimento do processo e, como consequência a eficaz aplicação do poder de penar. O risco no processo penal decorre da situação de liberdade do sujeito passivo. Perigo ao normal desenvolvimento do processo (fuga, destruição da prova), em virtude do estado de liberdade do sujeito. O processo penal poder ser de conhecimento ou execução, inexistindo um processo penal cautelar. O que se tem são medidas cautelares penais a serem tomadas no curso da investigação preliminar, do processo de conhecimento e até mesmo no processo de execução. Como todas as medidas cautelares implicam severas restrições na esfera dos direitos fundamentais do imputado, exigem estrita observância do principio da legalidade e da tipicidade do ato processual por consequência. Hoje estão autorizadas as previstas no art. 319 e 320, um rol taxativa. PRINCIPIOS Jurisdicionalidade e motivação Toda e qualquer prisão cautelar somente pode ser decretada por ordem judicial fundamentada. A prisão em flagrante é pré-‐cautelar, pode ser feita por qualquer pessoa do povo ou autoridade judicial. Em qualquer caso, fundamentando sua decisão, art. 93, IX, CF e art. 315 CPP. Art. 5, LIV, CF, ninguém será privado de liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. A jurisdicionalidade está consagrada no art. 5, LXI, CF. Art. 283, CPP: Ninguém poderá ser preso por qualquer outra autoridade que não a judiciária. Eventual ilegalidade deverá ser remediada pela via HC, art. 648, III, CPP. Contraditório Art. 282, $3 “a parte contraria...”. Refere-‐se a intimação do imputado, porem o dispositivo não diz pra que fim a intimação. O ideal seria para uma audiência. Isso não se aplicaria em caso de prisão preventiva fundada em risco de fuga, sob pena de ineficácia da medida. Tal contraditório dependera das circunstancias do caso concreto. O descumprimento das medidas do art. 319, exigira, como regra, o contraditório prévio a substituição, cumulação ou mesmo revogação da medida. Provisionalidade O desaparecimento de qualquer uma das fumaças impõe a imediata soltura do imputado. O desprezo pela provisionalidade conduz a uma prisão cautelar ilegal. Art. 282, $ 4 e 5. A prisão preventiva ou quaisquer das medidas alternativas poderão ser revogadas ou substituídas, a qualquer tempo, no curso do processo ou não, desde que desapareçam os motivos que as legitimam, bem como poderão ser novamente decretadas, desde que surja a necessidade. • Toda prisão cautelar deveria ser temporária, até porque não pode assumir contornos de pena antecipada. Excetuando-‐se a prisão temporária, nenhuma possui duração determinada em lei. Sumula 52 STJ: cria um termo final anterior a prolação da sentença. Incompatível com a direito fundamental de ser julgado em um prazo razoável. Excepcionalidade Art. 282, $6. Art. 310, II. Consagra a prisão preventiva como ultimo instrumento a ser utilizado. O art. 282 menciona os princípios da necessidade e adequação (no fundo trata-‐se de proporcionalidade) das medidas cautelares. Proporcionalidade Vai nortear a conduta do juiz frente ao caso concreto, pois devera ponderar a gravidade da medida imposta com a finalidade pretendida, sem perder de vista a densidade do fomus comissi delicti e do periculum libertatis. A adequação da medida cautelar deve ser apta aos seus motivos e fins. Logo, se alguma das medidas do art. 319 se mostrar apta e menos onerosa para o imputado, ela deve ser adotada. Prisão -‐> ultima ratio. Art. 283, $ 1. Atentar para eventual sanção e àquela imposta como medida cautelar, para impedir que o imputado seja submetido a uma medida cautelar mais gravosa do que a sanção porventura aplicada ao final. Atenção para evitar aplicar uma prisão em crimes praticados sem violência ou grave ameaça a pessoa, em que a eventual pena aplicada terá de ser, necessariamente, substituída por pena restritivas de direito. Proporcionalidade entre a medida cautelar e a pena a ser aplicada. PRISAO EM FLAGRANTE Arts. 301 ss. Pre-‐cautelar. Flagrância = visibilidade do delito. Ideias de coisas percebidas enquanto ocorrem. O fumus commissi delicti é inequívoco. Essa detenção devera ser submetida ao crivo judicial no Max em 24hrs. Art. 306. Precisamente pq o flagrante é uma medida precária, não esta dirigida a garantir o resultado final do processo. Apenas destina-‐se a colocar o detido a disposição do juiz para que adote ou não uma verdadeira medida cautelar. Está justificada nos casos excepcionais, de necessidade e urgência. Art. 302. A prisão em flagrante é uma medida pré-‐cautelar, de natureza pessoal, cuja precariedade vem marcadapela possibilidade de ser adotada por particulares ou autoridade policial, e que somente esta justificada pela brevidade de sua duração e o imperioso dever de analise judicial em ate 24hrs, onde cumprira ao juiz analisar sua legalidade e decidir sobre a manutenção da prisão ou não. Caso não esteja presente o periculum libertatis para justificar a prisão preventiva ou não sendo ela necessária e proporcional, devera o juiz conceder a liberdade provisória, mediante fiança ou não, e ainda, se necessário cumular com uma ou mais medidas cautelares previstas no art. 319. Espécies de flagrante Art. 302. I) Sujeito está praticando o verbo nuclear, a prisão poderá evitar a própria consumação. Durante o inter criminis sem te-‐lo percorrido integralmente. Ex: preso enquanto subtrai art. 155. II) Já cessou a pratica do verbo nuclear do tipo penal. Dependendo da situação o imediato socorro poderá evitar a consumação. III e IV) são mais frágeis. Quase-‐flagrante ou flagrante impróprio. III) 3 fatores: perseguição – exige continuidade, lapso mínimo. Logo após – pequeno intervalo entre a pratica do crime e o inicio da perseguição. Situação que faça presumir a autoria – extraída de elementos, como estar na posse de objetos, reconhecimento de vitimas... IV) Encontrar – deve ser causal e não causal. Encontrar de quem procurou. Ex: detido em barreira ROTINEIRA não há flagrância. Requisito de tempo mais dilatado. Logo depois. Presunção de autoria. Flagrante em crime permanente: art. 303. Crime permanente: o crime não esta concluído com a realização do tipo, a situação típica se prolonga no tempo conforme a vontade do autor. Ex: sequestro, violação de domicilio. Enquanto durar a permanência, pode o agente ser preso em flagrante delito, pois considera-‐se que o agente “está cometendo a infração penal”. Art. 33, Lei 11.343/2006, deposito ou guardar drogas. Art. 5, XI, CF: Enquanto o delito estiver ocorrendo poderá a autoridade policial proceder à busca, a qualquer hora do dia ou da noite, independente da existência de mandado judicial. Crimes habituais: exigem a pratica reiterada e com habitualidade daquela conduta descrita no tipo. Ex: exercício ilegal da medicina art. 282 CP. A maioria não aceita a tentativa nesses crimes, logo é inviável definir-‐se quando o agente está cometendo a infração ou quando acabou de comete-‐la, pois um ato isolado é um indiferente penal. Portanto, se a policia surpreende alguém cometendo um ato de curandeirismo, isso é atípico e, portanto, não há flagrante delito. Posição majoritária, no sentido de que não existe possibilidade de prisão em flagrante por crime habitual. Legalidade dos flagrantes FORJADO: ilegal. Quando é criada uma situação fática de flagrância delitiva para tentar legitimar a prisão. Situação de fato que é falsa. Ex: enxerto de substancias entorpecentes. PROVOCADO: ilegal. Quando existe uma indução, um estimulo para que o agente cometa um delito exatamente para ser preso. Delito putativo por obra do agente provocador. Uma cilada, encenação teatral. Ex: policial fazendo se passar por usuário induz alguém a vender-‐lhe a substancia. Penalmente aplica-‐se a regra do crime impossível, art. 17 CP. PREPARADO: ilegal. Pois também vinculado a existência de um crime impossível. A preparação do flagrante é tão meticulosa e perfeita que em momento algum o bem jurídico tutelado é colocado em risco. Sumula 145, STF: não há crime quando a preparação do flagrante pela policia torna impossível a sua consumação. ESPERADO: tem sua legalidade ou ilegalidade aferida ao caso concreto. Pode-‐se estar diante de um crime impossível, sum. 145 STF. OU, quando a policia não induz ou instiga ninguém, apenas coloca-‐se em campana e logra prender o agressor ou ladrão a prisão é valida. PROTELADO/DIFERIDO: art. 2, II, Lei 9.034/95. Só pode ser aplicado aos casos de organizações criminosas e autoriza a policia a retardar sua intervenção para realizar-‐se em momento posterior, excepcionando-‐se os arts. 301 e 302 CPP. Retarda-‐se para por exemplo ter acesso aos demais membros... Lei 9.099, art. 69, pu: não existe prisão em flagrante em crime de menos potencial ofensivo. Ação penal publica condicionada a representação: existindo prisão em flagrante e iniciante o inquérito com o auto de prisão em flagrante é nesse momento que deve ser feito a representação, não podendo o inquérito iniciar sem ela. Procedimento Após a detenção devera o preso ser apresentado à autoridade policial. A demora injustificada poderá constituir crime de abuso de autoriadade (agentes do estado) ou constrangimento ilegal, sequestro, cárcere privado (particular). Art. 304. Interrogatório do acusado: Imprescindível a presença do defensore o direito de silencio. Não se vê qualquer empecilho ao advogado formular perguntas ao detido. Ao final será dado ao preso a nota de culpa, com o motivo da prisão, assinando ele o respectivo recibo. Formalizado e finalizado o auto de prisão em flagrante devera ser remetido ao juiz competente. Art. 322 CPP. Poderá a autoridade policial conceder fiança imediatamente e antes de enviar o autor de prisão em flagrante para o juiz, nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a quatro anos. Garantias judiciais e legalidade da prisão Art. 306, CPP. Art. 5, LXI, LXII, LXIII, LXIV, LXV, LXVI, CF. LXI, restringe a prisao em dois casos: • Flagrante delito; • Ordem judicial escrita e fundamentada; A inobservância do art. 306 (comunicação), conduz a ilegalidade da prisão em flagrante, devendo deixar de homologar o auto de prisão em flagrante e relaxar a prisão por ilegalidade formal. Igual postura devera ser adotada quando for inobservado o o art. 5, LXIII, LXIV. A decisão judicial sobre o auto de prisão em flagrante Art. 310. 1º momento: analisar o aspecto formal, legalidade e ilegalidade, requisitos do art. 302... Se legal = homologa. Se ilegal = relaxa. 2º momento: homologando a prisão em flagrante deve enfrentar a necessidade ou não da prisão preventiva, a concessão da liberdade provisório com ou sem fiança e a eventual imposição de medida cautelar diversa. Logo, para que o agente permaneça preso ou submetido a qualquer medida cautelar, é imprescindível uma decisão judicial fundamentada. Para isso, a fundamentação deve apontar – alem do fumus commissi delicti eo periculum libertatis – os motivos pelos quais o juiz entendeu inadequadas e insuficientes as medidas do art. 319. O principal problema é a existência do periculum libertatis, pois existem diversas formas de se evitar o risco de fuga como determinar cumulativamente a fiança + comparecimento periódico + proibição de ausentar-‐se da comarca... Art. 310, pu: não se pode exigir para tanto prova plena da excludente de ilicitude, in dúbio pro réo. Art. 300: os presos provisórios deverão ficar separados daqueles que já estiverem definitivamente condenados. Art. 300, pu: tanto quando cometer crime em razão de sua atividade como em crimes comuns. Necessidade de processo ainda que exista prisão em flagrante: a evidencia da verdade não basta para afirmação da verdade. A convicção, como o saber é datada; uma convicção hoje, pode cair perfeitamente por terra amanha. A apresentação espontânea, ainda que seja formalizada a prisão em flagrante, deve ser sopesada pois afasta o periculum libertatis. * Quanto as medidas cautelares diversas, art. 319, não pode-‐se esquecer que são medidas substitutivas, alternativas à prisão preventiva. E se não cabe prisão preventiva, não há sentido em decretar-‐se uma medida cautelar diversa. Art. 301, Lei 9.503/97. Condutor que presta socorro não terá prisão em flagrante. Inteligente pois é crime culposo que não importa em prisão preventiva, art. 313 CPP. PRISAO PREVENTIVA Pode ser decretada no curso da investigação preliminar ou do processo, inclusive após a sentença condenatória recorrível. Somente pode ser decretada por juiz ou tribunal competente, a partir de prévio pedido expresso do MP ou mediante representação da autoridade policial. E pode ser de oficio, art. 311, desde que no curso da ação penal. O art. 311, faz referencia que pode ser a prisão preventiva requerida pelo querelante, porem tem-‐se que analisar junto com o art. 313, I, onde não cabe prisão preventiva quando a pena for igual ou inferior a 4 anos, o que é incompatível com as ações penal privada, nas quais o apenamento é inferior ao exigido pelo art. 313, I. O querelante do art. 311 é o da ação penal privada subsidiaria da publica, art. 29, CPP. Requisito da prisão preventiva • Fumus commissi delicti (fumaça da existência de um crime significa a probabilidade razoável). Art. 312: “prova da existência do crime e indicio suficiente de autoria”. Sem duvida que a analise do elemento subjetivo do tipo é essencial, pois sem a tipicidade, ilicitude e culpabilidade, não haveria prisão preventiva. Bastaria a inexistência de dolo (não cabe prisão preventiva em crime culposo). Alem do fumus commissi delicti, a prisão preventiva exige uma situação de perigo ao normal desenvolvimento do processo, representada pelo * periculum libertatis. Fundamento da prisão preventiva • Periculum libertatis Art. 312, primeira parte: “poderá ser decretada como garantia da ordem publica, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quandohouver prova da existência do crime e indicio suficiente de autoria”. Garantia da ordem publica, da ordem econômica: conceitos vagos, geralmente usados no clamor social, abalo social. Conveniência da instrução: tutela da prova ou o normal prosseguimento do processo. Assegurar a aplicação da lei penal: risco de fuga (não pode ser presumido), busca resguardar a eficácia da sentença. Art. 312, pu: mesmo em caso de descumprimento, deve atentar-‐se a proporcionalidade para modificação/revogação. • Nos crimes dolosos cuja pena máxima é superior a 4 anos E exista fumus commissi delicti e periculum libertartis, poderão ser utilizadas as medidas cautelares diversas ou, se inadequadas e insuficientes, a prisão preventiva; • Nos crimes dolosos cuja pena máxima é igual ou inferior a 4 anos E exista fumus commissi delicti e periculum libertartis, somente poderá haver decretação de medida cautelar diversa; • Nos crimes dolosos cuja pena máxima é igual ou inferior a 4 anos, em que exista fumus commissi delicti e periculum libertartis, e exista uma das situações dos incisos II e III do art. 313, poderá ser decretada medida cautelar diversa ou, excepcionalmente a prisão preventiva. O art. 313, I procurou estabelecer coerência com o art. 44 CP. Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: I -‐ nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: I -‐ aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; NESSE CASO SERA SUBSTITUIDA POR RESTRITIVAS DE DIREITO. NÃO DEVE HAVER PRISAO POIS NO FIM TBM NÃO HAVERA. II -‐ o réu não for reincidente em crime doloso; III -‐ a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. § 1o (VETADO) § 2o Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. § 3o Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime. § 4o A pena restritiva de direitos converte-‐se em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo da pena privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão. § 5o Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da execução penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-‐la se for possível ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior. Concurso de crimes Sum. 723 STF Sum. 243 STJ O art. 313 deve sempre ser conjugado com o art. 312. Art. 313, III: sempre no contexto de coabitação da violência domestica. Mas deve ter adequação ao inciso I. DAS MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS Quando pode ser empregada a medida cautelar diversa: • A qualquer tempo, no curso da investigação ou do processo, quando se fizer necessária a medida de controle; • A qualquer tempo, no curso da investigação ou do processo, como medida alternativa à prisão preventiva já decretada e que se revele desproporcional ou desnecessária à luz da situação fática de perigo; • Aplicada juntamente com a liberdade provisória, no momento da homologação da prisão em flagrante pelo juiz, como medida de contracautela; • A qualquer tempo está permitida a cumulação das medidas alternativas quando se fizer necessário. Espécies de medidas cautelares diversas Art. 319. PRISAO DOMICILIAR Arts. 317 e 318. Por motivos pessoais do agente, de natureza humanitária. A demonstração poderá ser feita pela via documental ou pericia medica. É substitutiva da prisão preventiva, estanto, portanto, submetida aos mesmos requisitos e princípios. DECRETACAO OU MANUTENCAO DA PRISAO PREVENTIVA QUANDA DA SENTENCA RECORRIVEL Art. 393 (não pode ser lido isolado); Art. 387, pu. Deve analisar seguindo a lógica do art. 312. Desconectados estão o poder de prender e o direito de recorrer.Pode o imputado ter respondido o processo em liberdade e depois da sentença sofrer prisão preventiva. Não é a tendência lógica mas pode. E também pode aplicar o art. 319. O contrario também pode ocorrer. Ele pode ter sido preso preventivamente, para a tutela da prova e agora, passado o fundamento ser colocado em liberdade. Sum. 9 STJ. Caso a sentença absolva o réu, deve ser ele colocado imediatamente em liberdade, ou cessar as medidas cautelares diversas, art. 386, pu, I e II. Igual na decisão de pronuncia. Art. 413. PRISAO PREVENTIVA E RECURSO ESPECIAL E EXTRAORDINARIO Interposto um dos recursos pode o réu continuar em liberdade, mesmo não tendo efeito suspensivo o recurso, visto que não pode existir prisão obrigatória pelo simples fato de o tribunal de segundo grau ter proferido decisão. A única opção de prisão é a preventiva do art. 312, da mesma forma poderá aplicar o art. 319. Com isso, a presunção de inocência e o direito de recorrer em liberdade abrangem esses recursos. Art. 637. PRISAO TEMPORÁRIA Há aplicação do art. 282, I e II – necessidade e adequação. Lei 7.960/89. Prisão para averiguações. Trata-‐se de uma prisão cautelar para satisfazer o interesse da policia, sob o manto da imprescindibilidade para as investigações do inquérito. O que se faz é permitir que a policia disponha, ao contrario da prisão preventiva, em que o sujeito fica em estabelecimento prisional. A prisão temporária lhes da plena autonomia, inclusive para que o detido fique preso na própria delegacia de policia. É a única prisão cautelar que tem prazo de duração em lei. Prazo com sanção. Art. 2, $ 7, sob pena de abuso de autoridade. Será decretada pelo juiz, mediante requerimento do MP ou representação da autoridade policial. Não poderá ser decretada de oficio. Devera ser fundamentada. Prazos: • 5 dias prorrogáveis por mais 5 – extrema e comprovada necessidade; • Sendo crime hediondo, 30 dias, prorrogáveis por mais 30. Art. 2, $3. A própria autoridade policial pode coloca-‐lo em liberdade antes de findo o prazo. Não poderá ser decretada a prisão temporária quano já estiver concluído o inquérito policial. A prisão temporária tem uma cautelaridade voltada para a investigação preliminar e não para o processo. Prisão finalisticamente dirigida à investigação. O fumus commissi delicti esta previsto no inciso III, art. 1. Alem de ser crime previsto no art. 14 da lei. O periculum libertatis é distorcido para atendre a imprescindibilidade para as investigações do inquérito. Os incisos do art. 1 devem ser interpretados em conjunto. O inciso I e III são complementares. PRISAO ESPECIAL É uma forma de prisão cautelar com especial forma de cumprimento. Algumas pessoas gozam de prerrogativa de serem recolhidas a locais distintos da prisão comum. Art. 295. Não havendo estabelecimento especial jurisprudência entende que pode ser domiciliar. Advogados, jurados... PRISAO CIVIL E ADM.= não existem mais. LIBERDADE PROVISORIA Art. 310, pu. Art. 319. Relaxamento da prisão preventiva e em flagrante: sinônimo de ilegalidade, que não atenda os requisitos legais, com a consequente liberdade plena do agente. Revogação prisão preventiva ou da medida cautelar diversa: quando não mais subsistem os motivos que legitimaram a segregação ou a restrição imposta. Vinculada com a provisionalidade. Concessão de liberdade provisória com ou sem fiança: art. 310, III. Situa-‐se antes da prisão preventiva e após a prisão em flagrante. A liberdade provisória vincula-‐se a prisão em flagrante, mas há possibilidade do art. 334, devido ao art. 319, VIII. É alternativa a prisão preventiva. Pode ela: • Liberdade provisória com fiança; • Liberdade provisória com fiança e outra medida art. 319; • Liberdade provisória sem fiança, mas com outra medida art. 319; • Liberdade provisória sem fiança, mas com obrigação de comparecer a todos os atos do processo, art. 310, pu. Art. 321. • Liberdade provisória com fiança, fixada de acordo com o art. 325; • Liberdade provisória com fiança e outra medida art. 319; • Liberdade provisória sem fiança, porque o réu não tem condições de paga-‐la, art. 350, impondo-‐lhe o art. 327 e 328 e ainda se necessário medida cautelar diversa, art. 319. DA FIANÇA É uma contracautela, uma garantia patrimonial, e que se destina inicialmente ao pagamento das despesas processuais, multa e indenização, em caso de condenação, mas também como fator inibidor da fuga. Relação de proporcionalidade da gravidade do crime e às possibilidades econômicas do imputado. Art. 336. Declarada extinta a punibilidade pela prescrição, a fiança prestada continuara respondendo pelas custas processuais e indenização pelo dano.Mas respondera apenas pelo dano fixado na sentença penal, art. 387, IV. Duas atuações: • Aplicada no momento da concessao da liberdade provisória, art. 310, e vinculada a ela. • Como medida cautelar diversa, art. 319. Art. 310, III = depois da prisão em flagrante terá liberdade provisória com ou sem fiança. Crimes inafiançáveis: ainda assim poderá ter liberdade provisória mediante a imposição de uma ou mais medidas cautelares diversas. Art. 319, VIII. Pode ser aplicada em qualquer momento, nos termos do art. 334. Valor: binômio GRAVIDADE/POSSIBILIDADE Arts. 325 e 326, 330. Quem pode conceder? • Autoridade judicial e policial (art. 322). Art. 335. Dispensa do pagamento: art. 350. Reforço: art. 340. Deve observar a possibilidade, art. 350. Destinação: art. 336, 337. Art. 387. IV. Cassação: arts. 338 e 339. Devera ser devolvida ao imputado. Não se impõe prisão automática pela cassação. Quebramento: art. 341. Acarretara perda de metade do valor e caberá ao juiz decidir sobre a imposição de outras medidas cautelares, ou a prisão preventiva, art. 343. Perda: art. 344. Serve para vincular o imputado ao processo. CRIMES INAFIANCAVEIS Art. 323,324. Art. 324: IV: incompatível prisão e fiança, são excludentes. O texto constitucional consagra liberdade provisória sem fiança no art. 5, LXVI. A inafiançabilidade gera: • A impossibilidade de concessão de liberdade provisória com fiança por parte da autoridade policial; • A liberdade provisória ficara sujeita a imposição de outras medidas cautelares, art. 319. Fiança e liberdade provisória são institutos distintos, de modo que, quando se veda a fiancao não se proíbe, necessariamente a concessão de liberdade provisória. è Cabe liberdade provisória nos crimes hediondos.
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