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Manutenção de Subestações

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Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 1 
 
 
Sumário 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução......................................................................................................................... 02 
Tipos de Subestações....................................................................................................... 05 
Equipamentos................................................................................................................... 07 
� Ramal de Entrada......................................................................................................07 
� Pára-Raios.................................................................................................................07 
� Disjuntores..................................................................................................................08 
� Chaves Seccionadores...............................................................................................13 
� Transformador............................................................................................................16 
Transformadores para Instrumentos................................................................................. 26 
Instrumentos de Medição.................................................................................................. 30 
Procedimentos de Segurança para Manobras.................................................................. 31 
� Programações para Manobras de Estações Primárias..............................................31 
� Seqüência de operação de uma subestação........................................................... 32 
Procedimento de Segurança em Manutenção Elétrica..................................................... 35 
� Planejamento.............................................................................................................36 
� Aterramento Temporário........................................................................................... 36 
Procedimento Prático para Manutenção de Cabine.......................................................... 37 
� Manutenção Preventiva / Corretiva........................................................................... 37 
� Procedimentos, Verificações e ensaios.................................................................... 37 
� Pára-Raios................................................................................................................ 38 
� Seccionador................................................................................................................38 
� Disjuntores.................................................................................................................38 
� Transformador.......................................................................................................... 39 
Anexos Instrumentos de Ensaios....................................................................................... 41 
� Ohmimetro..................................................................................................................41 
� Megôhmetro...............................................................................................................41 
� TTR.............................................................................................................................41 
� Analisador de Potência (Doble)..................................................................................42 
� Teste de Rigidez Dielétrica (Teste de Óleo)...............................................................42 
Bibliografia........................................................................................................................ 43 
Anexos.............................................................................................................................. 44 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 2 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Subestações é o local onde são reunidos conjuntos de equipamentos e componentes 
responsáveis pela operação e manobra de parte de um circuito elétrico; possibilitando 
efetuar-se alteração na configuração e no valor de tensão da transmissão. Podendo-se 
elevar, Estação Elevadora de Tensão, ou baixar, Estação Abaixadora de Tensão. Como 
exemplos de subestação podemos citar as próximas usinas geradoras, (estação 
elevadora), já que as tensões de gerações são em torno de 12 a 20Kv e, no entanto estes 
valores precisam ser elevados para 88, 138, 230, 440, 760 KV em função das perdas na 
transmissão. Temos ainda a ETT Estação Transformadora de Transmissão que recebe 
tenção de transmissão e baixa para 88/138 Kv, e distribui para as (Concessionária) ETDs 
Estação Transformadora de Distribuição, que baixa para tensão de distribuição ex.: 3.8, 
6.5, 13.8, 20, KV etc. (conforme a concessionária), e para as estações as ETCs Estações 
Transformadoras de Consumidor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 3 
 Caminho da energia da geração ao consumo 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 4 
Estação primária de consumidor industrial é o conjunto de componentes de entrada 
consumidora em tensões acima de 36.2KV, compreendendo instalações elétricas e civis, 
destinada a alojar a medição, proteção e a transformação. Este conjunto de componentes 
deve atender a demanda da empresa, analizando-se sempre a flexibilidade (modificações 
do sistema), acessibilidade, quanto à manutenção corretiva e preventiva, confiabilidade 
quanto à proteção e a operação, e segurança tanto para os equipamentos quanto para o 
pessoal envolvido. 
 
 
 
 
 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ETC Estação consumidora industrial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 5 
 
 
 
Posto primário é o conjunto de componentes de entrada consumidora em 
tensão primária de distribuição, compreendendo instalações elétricas e civis, 
destinada a alojar a medição, proteção e facultativamente a 
transformação.Entrada do consumidor ponto de recebimento da concessionária. 
 
Posto Secundário / distribuição ponto de derivação e distribuição (normalmente de 
media ou baixa tensão) 
 
Tipos de Postos Primários 
Quanto ao tipo o posto primário pode ser classificado de: 
 
Simplificado: Com previsão para demanda máxima final 300 kVA, e com apenas um único 
transformador trifásico com potência máxima de 300 KVA. A medição é efetuada na baixa 
tensão e a proteção geral das instalações, no lado de alta tensão, esta proteção pode ser 
através de fusível sem necessidade, portanto de relé. Elas podem ser internas, (abrigada 
alvenaria) externas, (ao tempo, planta forma) ou 
Conjunto blindado. 
 
 
 Posto primário simplificado alvenaria 
 
 
 
 
Tipos de subestações 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 6 
 
 
 
Convencional: Quando a unidade consumidora tiver potência total instalada superior a 
75kw devem possuir medição do lado da alta tensão, a proteção geral através de disjuntor 
com desligamento automático, e acionamento através de relés. Podendo ser abrigada em 
alvenaria ou conjunto blindado, as entradas podem ser aéreas ou subterrâneas.Posto primário convencional em chapa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cubículo de proteção Cubículo de medição 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 7 
 
 
 
 
 
Equipamentos 
 
 
 
 
Ramal de Entrada 
 
É o conjunto de condutores, com respectivos materiais necessários a sua fixação e 
interligação elétrica do ponto de entrega aos terminais da subestação do consumidor. 
O ramal de entrada pode ser definido diferentemente, em função do tipo de subestação. 
 
• Ramal de entrada aéreo: 
É aquele constituído de condutores nus suspensos em estruturas para instalações 
aéreas. 
 
• Ramal de entrada subterrâneo: 
É aquele constituído de condutores isolados instalados dentro de eletroduto 
diretamente enterrado no solo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cabo de media tensão 
 
Pára-Raios: 
É destinado a proteger os equipamentos de um circuito contra surto de tensão 
transitória provocado por descargas elétricas atmosféricas, e/ou eventos e anomalias. 
 
Tipos: 
• Cabo para-raio. 
• Para-raio tipo haste reta (Franklin, Gaiola de faraday). 
• Para-raio tipo válvula. 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 8 
 
 
Situado acima dos condutores de uma linha aérea o cabo para-raio tem a finalidade de 
protegê-la contra descargas atmosféricas direta e atenuar a indutância da linha. 
 
Instalado nas partes mais altas das construções o pára-raio tipo hastes retas, 
constituídas por uma haste metálica reta mais captor, ou gaiola de Faraday tem a 
função de proteger a instalação civil contra descargas elétricas atmosféricas. 
 
Conectado a terra e em paralelo com o circuito, os pára-raios tipo válvula são os 
utilizados nas estações, com objetivo de proteger os equipamentos elétricos do circuito. 
Com um tubo isolante que internamente possuí elementos de proteção, composto por 
cilindros metálicos (centelhadores), isolados entre si e o elemento zinco. Que em 
condições normais isola a linha a terra. Ao receber um valor de tensão superior, 
provocado por descarga elétrica atmosférica ou eventual anomalia (surto de tensão ele 
forma um caminho de baixa impedância a terra descarregando-se e protegendo os 
equipamentos do circuito). 
 Para raio Tipo válvula. 
 
 
Disjuntores 
São equipamentos destinados a interromper a corrente elétrica de um circuito, em 
condições normais ou anormais (subcorrente ou curto-circuito). 
 
Tipos: Definimos um disjuntor pelo seu meio de extinção do arco elétrico. Qualquer que 
seja este meio deve-se analisar as seguintes situações: aumento rápido do arco elétrico, o 
resfriamento deste arco e o restabelecimento da rigidez dielétrica. Estes fatores são 
fundamentais para a definição do tipo do disjuntor, são eles: grande volume (gvo), de óleo, 
pequeno volume de óleo (pvo), sopro magnético, vácuo, e gás. 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 9 
 
Disjuntores a óleo: São disjuntores que utilizam óleo isolante como elemento de extinção 
do arco elétrico. Existem dois tipos de disjuntores a óleo, grande volume de óleo e pequeno 
volume de óleo, o que os diferencia são a quantidades do óleo utilizado, o tamanho físico e 
alguns detalhes construtivos. 
 
 
 
Disjuntor a óleo em media tensão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 10 
 
Disjuntores á sopro magnético: São disjuntores que utilizam um campo magnético e ar 
comprimido, para a extinção do arco elétrico. Uma bobina é introduzida no caminho do arco 
e como conseqüência limita a corrente elétrica, formando um campo eletromagnético, que 
com a ajuda de um sopro de ar comprimido (conseguida através do acionamento de um 
pistão), direciona o arco para dentro de uma câmara de amianto (câmara corta arco), onde 
o mesmo é fracionado e extinto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 11 
 
Disjuntores a vácuo: São disjuntores que utilizam o vácuo para a extinção do arco 
elétrico. Podemos dizer que este sistema é um dos mais econômicos em função de: No 
vácuo não há decomposição de gases, e as câmaras hermeticamente fechadas sobre 
pressão eliminam o efeito do meio ambiente, mantendo dielétrico permanente. Sem a 
queima e sem as oxidações dos contatos é garantida uma resistência de contato baixa, 
prolongando a vida útil do equipamento. 
A câmara de extinção é um recipiente vedado de porcelana ou vidro vitrificado, com dois 
contatos internos que ao serem acionados fecham-se, auxiliado por dois foles. Não é 
possíveis a manutenção destes contatos, e a duração controlada deles é em torno de vinte 
anos ou trinta mil operações (dependendo do fabricante). 
 
 Disjuntor a vácuo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 12 
 
Disjuntores a gás: São disjuntores que utilizam gás para extinção de arco elétrico. 
Geralmente este gás é o Hexafluoreto de Enxofre (SF6), um gás que em condições 
normais é altamente dielétrico, inerte, não inflamável, não tóxico e inodoro, isto torna o 
disjuntor mais eficaz, já que não há desgaste dos contatos, diminuindo, assim, os custos 
com manutenção. Outro ponto importante é com a característica dielétrica, o gás SF6 
quando colocada em tubos sobre pressão diminui a distância entre as parte energizadas, 
compactando as estações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Disjuntor a vácuo 
 
 
 
Acionamento dos disjuntores: Basicamente os disjuntores de media tensão são 
acionados por meio de molas. Nesse sistema existe um motor que se encarrega de 
comprimir a mola de ligar, deixando o disjuntor em condições de ser ligado, através do 
comando elétrico ou pelo ligar manual. Ao ligarmos o disjuntor a mola de ligar descarrega, 
fechando o disjuntor e carregando a mola de desligar, deixando a mesma tencionada e em 
condições de desligar o disjuntor, bastando para isto liberarmos sua trava (bico de 
papagaio), através do comando elétrico ou trip mecânico. Desta forma todas as vezes que 
ligarmos um disjuntor, a mola de desligar se tencionará, deixando, portanto o disjuntor 
pronto para desligar. Já em alta tesão os disjuntores podem ter seus acionamentos através 
de mola, pneumático, hidráulico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 13 
Controle: O disjuntor pode ser controlado de três maneiras distintas: manualmente, 
eletricamente e automaticamente. O controle manual é feito no próprio disjuntor através 
do mecanismo de ligar ou desligar manual (devemos evitar este acionamento por questão 
de segurança). O desligar manual quando acionado, atua diretamente na trava de 
sustentação do bastão de acionamento, liberando em seguida e desligando o disjuntor. O 
controle elétrico é feito através de manopla ou botoeiras, podendo ser local (no cubículo 
ou próprio disjuntor), ou remoto (telecomando). O controle automático é realizado por 
relés de proteção. Uma vezoperado o relé, teremos a energização da bobina de desligar, 
que por sua vez liberará a mola de desligar forçando a abertura do contato do disjuntor. 
 
 
 
Mecanismo do disjuntor 
 
 
Chaves Seccionadores 
São dispositivos destinados a realizar manobras de seccionar e isolar um circuito elétrico 
sem cargas (sem corrente). Em condições normais e com seus contatos fechados, elas 
devem ser capazes de manter a condução de sua corrente nominal, inclusive de curto-
circuito, sem sobre-aquecimento. Basicamente o seccionador é uma extensão do condutor 
que se desloca quando acionado abrindo e fechando, através dos contatos fixo e móvel. 
Normalmente seu controle é manual, através de alavanca ou bastão ou varão. 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 14 
 
Os seccionadores podem ser: 
 
Tripolar comando único, cada faca é munida de um isolador, para a sustentação do 
contato fixo e outro para sustentação do braço de acionamento (varão), um eixo rotativo, 
que quando acionado através de alavanca manual, bastão, varão provoca o fechamento ou 
abertura simultânea das três facas contato móvel.(em alta tensão elas podem ser com 
controle manual ou motorizado) 
 
 
 
Já o Seccionador interruptor tripolar de media tensão, possui um dispositivo 
destinado a abrir e fechar um circuito sob carga é projetado para ser instalado em 
ambiente abrigado, ou seja, em cubículos, o arco elétrico é extinto dentro de uma 
câmara os contatos são acionados com auxilio de molas para acelerar a abertura e o 
fechamento. 
 
 
 
 
 
 Seccionador com abertura em carga 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 15 
 
Chave fusível (para media tensão) também conhecida como Chave Mattews. Tais chaves 
executam tanto a função normal de comando sem carga, quanto à de proteção perante um 
curto circuito, pela queima do fusível. Que em condições normais também, faz a vez de 
contato móvel. A operação desta chave é idêntica a chave faca unipolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Temos ainda chaves faca unipolares (em media tensão) nesta, a operação de abertura e 
fechamento é realizada manualmente, através de um bastão isolante, cada fase é acionada 
individualmente. 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 16 
 
Transformador 
É uma máquina estática que por meio de indução eletromagnética, transfere energia 
elétrica de um circuito (primário), para outros circuitos (secundário e/ou terciário), mantendo 
a mesma freqüência, mas geralmente com valores de tensões e correntes diferentes. Eles 
podem ser a óleo ou a seco. Quanto à classificação os transformadores podem ser 
classificados de elevador, eleva a tensão do enrolamento secundário em relação ao 
primário, abaixador, abaixa a tensão do enrolamento secundário em relação ao 
enrolamento primário. Quanto aos tipos podem ser monofásico ou trifásico. Quanto à 
ligação os transformadores podem ser ligados em estrela, triângulo (delta) ou zig-
zag. Normalmente nas estações primárias, os transformadores são trifásicos, abaixadores 
e suas ligações são em triângulo (enrolamento primário), estrela (enrolamento secundário). 
 
 
 
 Transformador trifásico 
 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 17 
 
Seus Principais Componentes são: 
 
Enrolamento, Bobinas. 
(Primário e secundário) são condutores elétricos enrolados ordenadamente sobre um 
núcleo de ferro. O enrolamento primário está sempre conectado a fonte de energia, já o 
enrolamento secundário é sempre conectado a carga e sua fonte de energia é induzida do 
primário. Na pratica a relação de transformação depende exclusivamente do número de 
espiras na bobina primaria (N1) e secundaria (N2). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 18 
 
Núcleo 
A importância do núcleo no transformador é grande, pois é através dele que flui o fluxo 
magnético do enrolamento primário para o secundário. É composta de chapas de ferro-
silicio isolada sobreposta uma sobre a outra formando um bloco de ferro concentrado. 
Tanto as bobinas como o núcleo, devem estar isoladas entre si, para isto são empregados 
papel, papelão e verniz, e para sua sustentação, madeira, todo este material deve esta bem 
fixo e prensado para evitar ruídos e vibração. 
 
Óleo Isolante 
Em geral os transformadores de média e alta tensão são imersos em óleo isolante, que tem 
a finalidade de proporcionar um meio isolante entre as partes energizadas, e como 
transferência de calor do núcleo para o exterior do tanque, os principais líquidos usados 
como meio isolante são, o ascarel, (hoje proibido seu uso, devido à agressão que o mesmo 
provoca ao meio ambiente), silicone e o óleo isolante mineral derivado do petróleo 
 
Tanque principal 
É através do tanque que o calor transferido do núcleo e do enrolamento através do óleo 
isolante, é liberado. Os tanques são confeccionados em chapas de ferro reforçados, já que 
sua função também é de sustentação da parte ativa do transformador. 
 
Radiadores 
Os radiadores são fixados na parte externa do tanque, e tem como finalidade ajudar na 
refrigeração do óleo isolante, transferindo o calor para fora do tanque. São confeccionados 
em chapas, com paletas abertas em suas extremidades, o que possibilita o movimento do 
óleo em seu interior, recebendo o óleo com temperatura mais elevada na parte superior, e 
retornando o óleo com temperatura menor pela parte inferior. 
 
Tanque de Expansão, (Balonete). 
O balonete é utilizado com a finalidade de compensar as variações do volume do óleo no 
tanque, em decorrência da mudança de temperatura no interior do transformador, em 
função da carga e a temperatura ambiente. Instalado na parte externa e no ponto mais alto 
do transformador, o balonete recebe o volume de óleo após sua dilatação, e o libera após 
sua contração, ajudado pelo deslocamento do óleo, para o tanque, através de gravidade 
(geralmente o volume do óleo no balonete deve ficar em torno de 25 a 50% de sua 
capacidade). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 19 
 
Indicador de nível de óleo 
Tem a finalidade de indicar o volume de óleo no interior do tanque. Pode ser instalado na 
extremidade do balonete ou no próprio tanque (quando o transformador não possuir 
balonete). Em transformadores com balonete o nível do óleo vem acompanhado de um 
contato (tipo micro-chave), com finalidade de sinalizar com alarme, caso o volume do óleo 
atinja ponto critico para a operação do transformador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Indicador de nível 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 20 
Secador de Ar (Tubo de Silica-Gel)O ar que entra e sai do balonete, acompanhando as variações do volume de óleo, passa 
pelo secador de ar, deixando nele a umidade. O ar que entra vem do meio ambiente, traz 
consigo umidade e sujeira, esta não deve chegar até o óleo para não contamina-lo, vindo a 
diminuir sua propriedade dielétrica. O secador de ar é um tubo que vai até a parte superior 
do balonete, e com uma quantidade de cristais de silica-gel, que possui a propriedade de 
absolver a umidade. Quando em condições normais a silica-gel é de cor azul, após sua 
saturação, pela absorção da umidade, ela muda de cor, adquirindo a tonalidade rosa, 
podendo ser recuperada após ser aquecida em estufas. Já a sujeira, é retida em outro 
recipiente com óleo localizado na parte inferior do tubo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Secador de ar tubo de sílica-gel 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 21 
 
 
 
Termômetro 
Como já vimos, o transformador como máquina tende a sofrer aquecimento durante seu 
funcionamento. Esta temperatura deve ser acompanhada e controlada para não provocar 
um desgaste maior nas partes internas do mesmo. Como o óleo é um elemento de 
transmissão da temperatura no interior do transformador, este controle é feito através do 
termômetro de óleo. O termômetro consiste de um bulbo contendo mercúrio, que ao sofrer 
aquecimento se expande através de um tubo capilar pressionando os ponteiros que 
registram a temperatura. Normalmente no termômetro de temperatura do óleo existe um 
ponteiro para registrar a temperatura, outro com contato, para acionar os ventiladores, 
(caso o transformador tenha refrigeração forçada). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Indicador de temperatura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 22 
 
 
Imagem Térmica (Termômetro do Enrolamento) 
É uma proteção contra alta temperatura nos enrolamentos do transformador. Como é no 
enrolamento que o processo de transformação da tensão acontece, também é lá o ponto 
mais quente do equipamento, e o que mais rápido aquece (esta temperatura é relacionada 
à carga do transformador). É fundamental o controle desta temperatura, já que quando ela 
atinge valores elevados deteriora o material isolante, como vimos anteriormente. O 
termômetro assim como o bulbo e o tubo capilar são idênticos ao de óleo, a diferença 
fundamental, está no processo de medição desta temperatura, como o custo da leitura 
direta é alto, opinou-se, pela leitura indireta através da relação carga/temperatura. É 
instalado um transformador de corrente (TC) em série com o enrolamento principal do 
transformador, seus terminais secundários estão ligados também em série com uma 
resistência. A resistência fica dentro de uma cuba com óleo. Com o aumento de carga no 
transformador, a corrente elétrica que circula no enrolamento tende a aumentar, 
aumentando também no TC, que por sua, vez aquecem a resistência e o óleo da cuba, 
dilatando o mercúrio do tubo capilar, provocando, portanto o deslocamento do ponteiro no 
termômetro. Quando esta temperatura atinge valores elevados, um contato é acionado 
emitindo alarmes, caso a temperatura persista em aumentar, o transformador é desligado 
através de um outro contato, que aciona o sistema de proteção desligando o disjuntor e 
isolando o transformador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem térmica. 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 23 
 
 
 
 
 
Tubo de Explosão – Válvula de alivio 
O tubo de explosão tem como finalidade proteger 
o transformador contra sobre pressões excessivas 
que possam ocorrer no seu interior, devido à 
Formação de um arco elétrico,ou queima de isolante, 
o tipo mais simples e mais utilizado,consiste de 
um tubo curvado,montado na tampa superior 
do transformador que ao sofrer a pressão interna 
rompe uma membrana de vidro, vindo a despressurizar 
o tanque. Atualmente nos transformadores de alta tensão 
estes tubos estão sendo substituídos por 
válvula de segurança (válvula de alivio). 
 
 
 Válvula de alivio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 24 
 
Relê de Gás (Buchholz) 
É um dispositivo com a finalidade de proteger os transformadores imersos em óleo e com 
conservador (balonete), contra defeitos internos, que se fazem sentir por movimento brusco 
do óleo ou curto-circuito. Com o curto-circuito, a uma queima do material isolante, dentro do 
transformador, gerando bolha de gases (algumas vezes inflamável). Localizado entre o 
tanque e o balonete, o relé é equipado com duas bóias (balancim) uma para registrar baixo 
e passageiro fluxo de gases ou ar, o qual aciona um alarme sonoro ou luminoso, a outra 
bóia quando acionada pelo alto e constante fluxo de gases ou ar, desliga o transformador 
através do disjuntor, isolando e evitando sua queima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Reler de Gás. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 25 
Buchas, Isoladores. 
 
A função básica das buchas ou isoladores nos equipamentos elétricos é proporcionar um 
isolamento elétrico entre o condutor energizado e a carcaça do equipamento. Os materiais 
mais empregados na sua construção são porcelana e vidro. Quanto as característica 
podem ser: rígidos e de suspensão. Quanto à forma eles são: isolador de pino, pedestal, 
suporte e de passagem. 
 
 Sistema De Refrigeração 
 
Para evitar que a temperatura nos transformadores atinja valores perigosos aos 
isolamentos, utilizam-se processos de resfriamento, tais como: refrigeração natural 
(ONAN), ventilação forçada (ONAF), circulação forçada do óleo (OFAF) e refrigeração 
à água (OFWF). Nos transformadores de média tensão, os sistemas, mais usados são: 
refrigeração natural, que é feita pela circulação natural do óleo, que retira o calor do 
conjunto núcleo-bobina, transferindo-o ao meio ambiente. Este processo é chamado 
“liquido natural” (ONAN). E o transformador é classificado como transformador a banho de 
óleo, ou auto-refrigeração. O outro sistema é a ventilação forçada, nestes casos existem 
ventiladores fixos nos radiadores, com a finalidade de aumentar a circulação do ar nos 
radiadores, aumentando a transferência do calor do óleo para o exterior do tanque. Este 
processo é chamado “Líquido com ventilação forçada” (ONAF) e o transformador é 
classificado como transformador á banho de óleo, com resfriamento por ventilação. 
 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 26 
 
 
Transformadores Para 
Instrumentos 
 
 
 
São transformadores especiais cuja finalidade é alimentar os aparelhos de medição 
(voltímetro, amperímetro, wattímetro, etc.), e proteção (relés). São transformadores 
abaixadores de tensão (TP) e corrente (TC), os quais recebem tensão e correnteda rede e 
baixa para valores de leitura dos instrumentos e alimentação dos relés. Estas tensões 
normalmente estão entre 110, 120 ou 220 v. Os transformadores de corrente estão ligados em 
série com a rede, e seus valores secundários normalmente são de cinco ampéres, já os 
transformadores de potencial são ligados em paralelo com o circuito. 
 
 
 
Transformador de potencial. Transformador de corrente. 
 
Noções De Proteção 
O objetivo básico da instalação de um sistema de proteção nos equipamentos elétricos 
consiste em detectar os defeitos e isola-los o mais rápido possível, sem perturbar outros 
equipamentos não defeituosos. 
Um bom sistema de proteção sempre esta coberto por outro sistema de apoio, chamado 
proteção de retaguarda. Os sistemas elétricos exigem dispositivos de proteção com 
altíssimo grau de confiabilidade e precisão, chamado relé de proteção. 
 
 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 27 
Toda a proteção deve prever os seguintes requisitos; 
 
Exatidão na operação 
A proteção só deve atuar, de uma maneira definitiva, quando as condições do sistema que 
foram impostas para sua operação ocorrerem; fora disso ela permanece inativa e não deve 
ser afetada por condições perturbadoras. 
 
Seletividade de operação 
A atuação da proteção só deve acontecer de modo a selecionar o equipamento ou a zona 
de proteção com anomalia isolando-os do resto do sistema sem pertubar os outros 
equipamentos não defeituosos. 
 
Sensibilidade de operação 
A proteção deve atuar de modo a visualizar a anomalia dentro das situações impostas 
(predefinida) sem aliteração de valores 
 
Rapidez de operação 
O relê deve operar o mais rapidamente possível de modo a diminuir os danos que são 
causados pela permanência do defeito na rede circuito 
 
 Relê de Proteção 
A finalidade principal do relê é detectar uma anomalia (defeitos) e comandar os dispositivos 
de proteção, desligando e isolando a área protegida. Os relês são ajustados para valores 
nominais de tensão e corrente, sempre ligado a um transformador de corrente (TC) ou de 
tensão (TP). Sua identificação é por numero que vai de 1 a 100. Os componentes internos 
do relê são: Elementos sensíveis, que percebe a grandeza a ser controlada. Elemento 
de comparação, que compara a grandeza controlada, com o valor de ajuste. Elemento de 
comando, que executa os comandos, ex. desarme do disjuntor, sinalização, etc. 
 
Quanto a sua construção os relés podem ser: 
 
Eletromecânico 
 
• Robustez; 
• Simplicidade construtiva para funções simples; 
• Durabilidade (40 a 50 anos); 
• Baixo custo de aquisição; 
• Impossibilidade de autodiagnóstico; 
• Alto custo de manutenção; 
• Dificuldade construtiva para funções mais complexas. 
 
Estático 
 
• Bons recursos para funções mais complexas; 
• Baixo tempo de operação e rearme; 
• Baixo custo de manutenção; 
• Maior fragilidade ao meio ambiente; 
• Ausência de autodiagnóstico; 
• Maior custo de aquisição. 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 28 
 
Microprocessados 
 
• Baixo custo de manutenção; 
• Autodiagnóstico; 
• Bom desempenho global; 
• Recursos para otimização, interface e serial/paralelo; 
• Menor dimensão; 
• Maior fragilidade. 
 
Ação direta 
 
• Robustez; 
• Simplicidade construtiva para funções simples; 
• Baixo custo de aquisição; 
• Impossibilidade de autodiagnóstico; 
• Alto custo de manutenção. 
 
A) Subcorrente Primária 
 
Seu principio de funcionamento acontece em função de um campo eletromagnético criado 
pela corrente que circula na bobina localizada no pólo do disjuntor. 
Quando circula uma corrente alta pela bobina haverá atração do núcleo com intensidade 
suficiente para movimentar o mecanismo de desligar o disjuntor 
 
B) Fluidodinâmico (Relé de ação direta com retardo a liquida) 
 
• Robustez; 
• Simplicidade construtiva para funções simples; 
• Baixo custo de aquisição; 
• Impossibilidade de autodiagnóstico; 
• Alto custo de manutenção; 
• Dificuldade construtiva para funções mais complexas; 
• Baixa exatidão. 
 
. 
 
Sua atuação é idêntica ao reler acima, 
(Sobrecorrente Primário) 
usando fluido ou liquido para retardo 
em função do pico de corrente no 
momento de ligar o disjuntor 
 
 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 29 
 
 
Quanto à classificação e tempo de atuação, são instantâneos quando circula uma 
corrente suficiente na bobina, e seus contatos fecham rapidamente e automaticamente. 
Temporizado, neste o fechamento dos contatos é feito através do sistema indutivo que 
aciona um relógio ou um disco, fazendo girar e fechando os contatos (quando 
eletromecânico). Nos relés microprocessados a contagem do tempo é feita por meio de um 
timer. 
 
Nas estações primárias, os principais relés são: 
 
•••• 50 - Relé de sobrecorrente instantâneo. Opera instantaneamente para uma corrente 
acima de um valor predeterminado; 
•••• 51 - Relé de sobrecorrente temporizado em circuito de CA. Opera com uma 
característica de tempo definida ou uma característica de tempo inverso, quando a 
corrente ultrapassa o pré-fixado em circuito de corrente alternada; 
•••• 27 - Relé de Subtensão. Opera para um dado valor de tensão abaixo daquele 
predeterminado; 
•••• 59 - Rele de sobre tensão. Opera para um dado valor de tensão acima daquela 
predeterminada. 
•••• 49 - Relé térmico para máquina ou transformador. Opera quando a temperatura 
excede um valor pré-determinado; 
•••• 26 - Relé térmico. Opera para um dado valor de temperatura acima daquele 
predeterminado. 
•••• 63 - Relé de pressão de líquido, gás ou vácuo. Opera para um dado valor de pressão 
de liquido ou gás, ou para uma dada taxa de variação destes valores. Exemplo Relé 
Buchholz. 
•••• 71 - Relé de nível de gás ou líquido. Opera para determinados valores de nível de gás 
ou liquido ou para taxa de variação destes valores. 
•••• 86 - Relé de bloqueio de religamento. Opera eletricamente, com rearme manual ou 
elétrico, de modo a desligar e bloquear um equipamento no caso de ocorrência de 
condições anormais. 
•••• 87 - Relé diferencial. Opera em função das diferenças provenientes do desequilíbrio 
existente entre duas ou mais corrente ou outras grandezas elétricas quaisquer, 
medidas nos pontos extremos da área protegida. 
•••• 83 - Relé de controle seletivo / transferência automática. Opera para selecionar 
automaticamente certas fontes e condições de em um equipamento ou ainda para 
realizar automaticamente uma operação de transferência. 
•••• 59 - Relê de Sobre Tensão Opera para um dado valor de tensão acima daquele 
Predeterminado 
•••• 79 - Rele de religamento automático. Opera para religar automaticamente um circuito 
através de chave. 
 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 30 
 
 
 
Instrumentos de medição 
 
 
 
 
A uma necessidade do acompanhamento das medidas elétricas. Através delas são 
resolvidos problemas, exemplos: remanejamento de cargas, ampliação do sistema, 
sobrecargas, sobre-tensão, conferencia de desligamento, etc. Os instrumentos de medição 
são aparelhos utilizados para medirem diversas grandezas elétricas, tais como tensão, 
corrente, freqüência, etc. Normalmente nas estações são conectados a TP’s e ou TC’s em 
virtude dos valores medidos. Os instrumentos podem ser classificados como: 
Acumuladores. São aqueles que registram valor acumulado de grandezas medidas, desde 
o momento de sua instalação ou de tempo predeterminado. (Medidor de energia ativa e 
reativa). Indicadores. São aqueles que em qualquer momentoindicam o valor nominal ou 
pico da grandeza medida. Podem ser de leitura direta ou registrador gráfico. (Amperímetro, 
fasímetro, voltímetro, frequencímetros). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 31 
 
 
 
 
Procedimento de Segurança 
para Manobras 
 
 
 Objetivo 
 
O principal objetivo é apresentar conceitos básicos no procedimento correto do 
planejamento, execução das tarefas de manobra e operação de uma estação de energia, 
visando garantir a segurança do equipamento e pessoal envolvido. 
 
Programações para Manobras de Estações Primárias 
• Operação de subestações 
 
De acordo com a NR-10, a operação de subestação deverá ser efetuada por pessoas 
autorizadas e capacitada com treinamento prévio e que estejam familiarizados com o 
sistema energético. 
Há dois tipos básicos de operação: 
A - Operação de emergência. 
B - Operação programada. 
 
Com exceção da manobra de emergência, em media e alta tensão é essencial que seja 
feita uma programação prévia e uma lista de procedimentos á serem executados, para 
assegurar que a operação de manobra será feita corretamente. De acordo com as normas, 
esta autorização deve constar a aprovação do engenheiro ou responsável pelas estações e 
pessoal envolvido. Quando no caso de emergência após a manobra os responsáveis 
devem ser informados através de relatório citando os motivos da manobra e as condições 
dos equipamentos. 
 
Na autorização deve constar: 
 
1 - Motivo da manobra; 
2 - Horário de inicio da manobra; 
3 - Se há interrupção; 
4 - Se a interrupção é total ou parcial; 
5 - Quais os setores afetados; 
6 - Quais componentes que serão manobrados; 
7 - Tempo total de duração; 
8 - Solicitante da manobra; 
9 - Responsável(s) pela manobra(s) (operador); 
10 - Em caso de entrega para manutenção quem da manutenção irá executa-la; 
11 - Data e horário que o circuito será devolvido para religamento; 
12 - Responsável que irar liberar o circuito; 
13 - Quais diagramas a serem consultados para manobra; 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 32 
 
Na operação de emergência 
 
Após concluída a manobra de emergência deverá ser emitido relatório constando todas as 
seqüências de operação já realizadas, o motivo do desligamento, e os reles operados. 
Nos caso de curto circuito indicar o local em que este aconteceu e quais as medidas 
adotadas. 
 
Seqüência de operação de uma subestação: 
• Desligamento completo (Programado) 
 
1- Planejamento; 
2- Conferir equipamento; 
3- Desligar disjuntor principal através do acionamento elétrico, na falta, acionamento 
mecânico; 
4- Conferir equipamento; 
5- Abrir seccionadora na proteção e trava-la na posição desligada; 
6- Abrir seccionadora na medição da concessionária e trava-lo conforme item anterior; 
7- Abrir seccionadora do poste, quando necessário.(Esta operação é realizada pela 
concessionária); 
8- Verificar equipamentos; 
9- Sinalizar (Avisos de perigo com: barreiras, placas, etc.); 
10- Elaborar relatório. 
 
Caso seja para manutenção deve-se: 
A- Executar teste de tensão usando o testador de tensão 
B- Executar Aterramento temporário; 
C- Isolar a área. 
 (Verificar Item, Procedimentos de segurança para manutenção); 
 
OBS. 
Desligar os circuitos de AT e BT sempre pelos disjuntores e nunca pelas seccionadoras. 
Os disjuntores são feitos para suportar surto de carga e até curtos circuitos, portanto é 
elemento responsável pelo perfeito desligamento ou religamento de toda carga da 
subestação. 
Quando há diversos disjuntores de Alta Tensão, estes deverão preferencialmente ser 
desligados primeiro e por último o principal. 
 
• Religamento completo (Programado) 
 
OBS. No Religamento completo programado, a operações devem ser inversas ao 
desligamento seguindo passo a passo. 
 
Caso o desligamento seja para manutenção, deve-se verificar se: 
A - Todas as ferramentas, equipamentos e pessoal foram retirados do local; 
B - O Aterramento temporário foi retirado; 
C - Os equipamentos e o sistema de proteção estão em ordem; 
 D - As telas de proteção ou todas as portas estão no local e fechadas. 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 33 
• Execução da Manobra 
 
1 - Verificar Equipamentos; 
2 - Fechar o seccionador do poste, caso tenha sido aberta; 
3 - Fechar seccionador na medição da concessionária e trava-la na posição ligada; 
4 - Fechar seccionadora da proteção e trava-la conforme item anterior; 
5 - Conferir equipamento; 
6 - Ligar o disjuntor principal através do acionamento elétrico, na falta acionamento 
mecânico; 
7 - Conferir equipamento; 
8 - Ligar os disjuntores secundários ou os de BT’s. 
 
• Desligamento Automático 
 
Nas subestações pode haver desligamentos automáticos por diversos motivos como segue: 
1 - Falta de fase no circuito de alimentação; 
2 - Interrupção total do circuito de alimentação; 
3 – Sobre-corrente na subestação; 
4 - Curto-circuito; 
5 - Aquecimento do transformador; 
6 - Falta de óleo no transformador; 
7 - Gás inflamável no transformador. 
 
 
Qualquer desligamento desta natureza requer um religamento o qual é considerada 
operação de emergência. 
O religamento poderá ser feito por qualquer operador devidamente credenciado, desde 
que os seguintes pontos sejam verificados: 
 
1 - Motivo de desligamento; 
2 - Condições do equipamento; 
3- Segurança absoluta da possibilidade de religamento (vide item cuidados especiais no 
religamento de subestações); 
4 - Existência dos equipamentos auxiliares da manobra; 
5 - Segurança para o operador. 
 
OBS. 
• Nenhum operador será obrigado a religar uma subestação, se as condições supra 
não forem satisfeitas e deverá, em caso de dúvidas, recorrer ao Engenheiro ou 
responsável o qual autorizará ou não o religamento. 
 
• É proibido efetuar quaisquer serviços de reparos nas partes vivas de uma 
subestação, ou seja, em seus componentes de média/alta tensão, quando 
estiverem energizados. Poderão ser efetuados reparos nos equipamentos auxiliares 
de manobra, o que deverá ser feito com autorização do engenheiro ou responsável, 
e deve-se dar cuidados especiais de trabalho e segurança. 
 
• Não é permitido alterar regulagens de Reles sem autorização de engenheiro ou 
responsável. 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 34 
 
• Não é permitido efetuar manobras de subestações sozinho, sempre deverá haver 
mais de uma pessoa credenciada no recinto durante as manobras.( NR – 10 item 
10.7.3) 
 
• É terminantemente proibido fazer manobras em subestações sem o equipamento de 
proteção (luvas, bastões, isolantes e tapetes de borracha, etc.). Todos estes 
equipamentos devem ter resistência dielétrica de conforme a classe de tensão e 
estar de acordo com a NR-6 as luvas de segurança devem estar com luvas de 
proteção mecânica, e acondicionada em local apropriado. 
 
• De conformidade com os novos regulamentos internacionais, os disjuntores de 
media/alta tensão deverão ter acionamento por molas pré-carregadas manualmente 
ou por motor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 35 
 
 
 
 
 
 
Procedimento de Segurança 
Em Manutenção Elétrica 
 
 
 
Objetivo 
O principal objetivo é apresentar conceitos básicos no procedimento correto, do 
planejamento e execução das tarefas em manutenção de posto primário e secundário, 
visando garantira segurança dos equipamentos e pessoal envolvido. 
 
Na execução de trabalhos que envolvam serviços de risco por choque elétrico, as 
pessoas devem esta autorizada e capacitada, ter conhecimento: dos riscos do choque 
elétrico, dos equipamentos de proteção coletiva (EPC) e proteção individual (EPI), assim 
como ter recebido treinamentos técnicos, treinamento de primeiros socorros, e ter 
conhecimento das normas de segurança NR-10. Itens; 10.7. e 10.8.1,3, 8.1. da NR-10. 
 
Todo equipamento seccionado dentro de um posto primário, só é considerado 
desenergizado para efeito de manutenção quando o mesmo estiver: desligado, isolado, 
travado (mecanicamente e eletricamente), sinalizado, testado e aterrado. (NR-10 item 
10.5 
 
O posto primário durante a manutenção, deve estar desobstruído de peças alheias ao 
serviço. É necessário verificação; dos EPC, e se os mesmos estão nos locais adequado, 
se as portas de emergências e ou de acesos estão livres, e se os extintores de incêndio 
(CO2 ou pó químico) estão carregados e dentro do período de uso. 
 
Após receber a comunicação da conclusão da manobra pelo operador, o responsável pelo 
serviço de manutenção deve conferir a manobra com todos da equipe, verificando se os 
equipamentos sob suas responsabilidade estão isolados, sinalizados, bloqueado elétrico e 
mecânico, e se necessário afastado. (Esta conferência deve ser acompanhada do 
diagrama da estação). 
 
Obs. Nos equipamentos travados com cadeado as chaves devem ficar com o responsável 
pelo serviço e em local visível a todos. 
 
Em consumidor primário, com circuitos internos, e diversos postos de transformador e ou 
geradores particulares, devem ser adotados especiais cuidados contra risco de acidentes 
de corrente de retorno. 
Após o desligamento total da cabine é necessária a espera de trinta minutos para ser 
descarregados as correntes capacitivas, principalmente as estações com capacitores. 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 36 
 
 Planejamento 
 
É o ato de preparar antecipadamente a execução dos serviços a serem realizados, 
definindo um plano ou roteiro das diversas etapas, para se ter conhecimento clara sobre, 
o que fazer, porque fazer, como fazer, quando fazer, e quem devem fazer. 
 
Cabe ao responsável o planejamento do serviço a ser executado, distribuindo a tarefas, 
analisando sempre a necessidade do serviço com o numero de profissional. Verificar o 
uso e condições dos EPI, ter a certeza que toda equipe esta a par do que fazer, para que 
fazer, de que maneira fazer. Lembra sempre que, a execução de um mesmo serviço, nem 
sempre será a mesma, e que as tarefas fora de rotina devem ter uma atenção especial. 
 
As ferramentas a serem usadas devem ser adequadas às tarefas e estarem em condições 
de uso, o local deve estar limpo e com ventilação e iluminação adequada. Solvente e 
matérias abrasivos devem ser tratados e estocados com cuidados, e longe de fogo. 
Máquinas girantes devem ter proteção evitando contato com o corpo e a roupa. 
 
Aterramento temporário 
 
A manutenção em equipamentos desligados nos apresenta a primeira vista, como uma 
condição aparentemente segura para os trabalhos a ser realizado. Entretanto estes 
equipamentos podem ser energizado indevidamente por diversos fatores, tais como: 
Tensões estáticas, tensões indutiva, tensões capacitavas, erro na manobra, contato 
acidental com outro ponto energizado, descargas atmosféricas, e religamento acidental. 
Nestes casos o aterramento temporário, se constitui como a principal proteção das 
pessoas envolvida na manutenção. Esta proteção é oferecida pelo conjunto de 
aterramento, que ao ser instalado de forma adequada e com as especificações e 
seqüência correta, protege o homem de manutenção contra fatores a cima, desviando a 
corrente elétrica por um caminho de resistência ôhmica menor que a do ser humano. 
Obs. Antes do aterramento deve-se fazer o teste de tensão usando o detector de tensão. 
 
 
Aterramento Temporário 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 37 
 
 
 
 
 
Procedimento Prático Para 
Manutenção de Cabine 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
Nos equipamentos elétricos se faz necessária a manutenção, para que os mesmo possam 
estar sempre disponível, prolongando sua vida útil, Esta manutenção deve obedecer a 
critérios pré-estabelecido, pelo fabricante e o setor de engenharia da empresa. Nestes 
critérios deve-se considerar; Local de instalação dos equipamentos, quantidade de 
operação, periodicidade, condições físico-químico, tensão e carga dos equipamentos. 
 
Manutenção preventiva 
 
É todo controle, conservação, e restauração em um item programado seguindo os 
critérios pré-estabelecidos, e com a finalidade de mantê-los em condições satisfatórias de 
operações ou contra possíveis ocorrências que possam aumentar sua indisponibilidade. 
 
Manutenção corretiva 
 
É toda manutenção em um item indisponível ou não com ou sem restrição que vise 
reparar falha ou defeito. 
 
Em todas as manutenções deve ser constituído um relatório, analisando-se o estado dos 
equipamentos e os valores de ensaios físico-químicos, as alterações detectadas em 
relação aos relatórios anteriores, devem ser analisadas se estão dentro dos valores pré-
estabelecido. 
 
Procedimento, verificações e ensaios 
 
Cada fabricante pode ter seu procedimento diferenciado, o que vamos passar são os 
procedimentos, verificações, ensaios e seqüência básica, podendo ser usado para todos 
os equipamentos. 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 38 
 
Pára-raios. 
 
Verificações: 
Nos pára-raios è necessário verificarmos as condições dos isoladores, se não existe 
trincas ou rachaduras, os conectores devem ser reapertados, evitando aquecimento. 
 
Obs. O cuidado deve ser redobrado caso o para-raio esteja próximo do cabo da 
concessionária, pois o mesmo pode estar energizado. 
 
Seccionador. 
 
Verificações: 
No seccionador é necessário verificar a simultaneidade das fases o estado dos contatos: 
fixo e móvel. Deve-se reapertar, limpar e lubrificar, as articulações, varão partes rotativas 
e contatos. Nos isoladores verificar se não existe trinca ou rachadura, os mesmos devem 
estar limpos e bem fixos. 
Ensaios: 
Os ensaios mecânicos consistem basicamente da abertura e fechamento. 
Os ensaios elétricos trás um diagnostico bem, mas técnico do equipamento por isto se faz 
necessário o seu acompanhamento. Ele consiste de: 
 
Resistência dielétrica 
Para o ensaio de resistência se isolação o instrumento é o megômetro.(Ver anexo 
instrumento de ensaios). 
 
Resistência de contato 
Para ensaios de resistência de contato o instrumento usado é o ôhmimetro, (Ver anexo 
instrumento de ensaios). 
 
Disjuntores. 
 
Verificações: 
No mecanismo de acionamento, deve-se verificar o estado geral das molas, travas, motor, 
engrenagem, articulações, dispositivo de carregamento de mola, indicadores de posição, 
contador de operação, bobina de ligar, desligar e de mínima tensão. O mecanismo deve 
ser limpo e lubrificado, tomando cuidado com a lubrificação para não haver excesso. 
Nas câmaras de extinção, é necessário verificar se existe trinca ou rachaduras. 
Caso tenha acesso verificar o estado dos contatos e sua simultaneidade, os contatos 
também devem ser limpos, reapertados e lubrificados. É necessário também à verificação 
nos blocos de terminas, fiações e isoladores; e se os mesmos não possuem trincas ou 
rachaduras. Os contatos de rolete devem ser limpos e lubrificados. Caso o disjuntor seja a 
óleo verifica o respiro, e o indicador de nível de óleo. 
Ensaios: 
Os ensaios mecânicos consistembasicamente da abertura e fechamento, mecânico e 
elétrico, local e remoto. 
Os ensaios elétricos trás um diagnostico bem, mas técnico do equipamento por isto se faz 
necessário o seu acompanhamento. Ele consiste de: 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 39 
Simultaneidade dos contatos 
Para ensaios de simultaneidade percursos e penetração dos contatos o instrumento 
usado oscilógrafo 
 
Obs. Nos disjuntores a pequeno volume, o óleo deve ser substituído. 
 
Transformador 
 
Verificações: 
Nos transformadores deve-se verificar: se não existem vazamentos, (na caixa, radiadores 
e balonete) e se os registros dos mesmos estão abertos. Verifica-se, o nível do óleo do 
balonete, condições da silica-gel (caso esteja rosada substitui-la), ventiladores, isoladores 
(buchas), ligações a terra. Na caixa de fiação é necessário verificar, limpar, e reapertar os 
blocos de fiação, chaves térmicas e contadores. 
 
Ensaios: 
Termômetro 
O ensaio consiste no aquecimento de óleo em uma cuba onde deve ser colocados o bulbo 
capilar e um outro termômetro, para referencia. É feita a comparação da evolução da 
temperatura entre os dois. Neste ensaio verifica-se também, o automatismo dos 
ventiladores, os alarmes de temperatura, e o desligamento do disjuntor. 
 
Nível de óleo 
Em função da diversidade de fabricante e de sua forma construtiva; fica difícil definirmos 
uma regra básica para este ensaio por mais, simples que seja. Vale salientar sua 
importância, pois é através dele que vamos detectar problema de falta de óleo no 
balonete. Via de regra os indicadores de níveis de óleo e composto de uma bóia e uma 
micro-chave, ao fecharmos a mesma emitirá alarme. 
 
Rele buchholz 
Não é possível detectar gases inflamáveis, em uma manutenção preventiva já que na 
manutenção preventiva pré supunha que o transformador esteja sem gases. Mais e 
possível verificar a atuação das duas bóias (balancim de alarme e o de desligamento). 
Este ensaio é feito no esvaziamento do óleo no rele, que pode ser conseguido através de 
bombeamento de ar no rubinete superior, (o mesmo utilizado para retirar amostra de 
gases para ensaios). Após o esvaziamento de uma parte do óleo no relé, o alarme é 
acionado, em seguida ocorre o desligamento do disjuntor. 
 
Ensaio de resistência dielétrica 
Para este ensaio os instrumentos utilizados são o megômetro e o fator de potência 
(Doble) (ver anexo instrumento de medição). 
 
Relação de transformação 
Para este ensaio o instrumento utilizado é o TTR (ver anexo instrumento de medição). 
 
Os ensaios com o óleo 
Deve ser feito em laboratórios, na sua retirada deve-se ter o cuidado de verificar: A 
temperatura ambiente, já que o óleo no transformador esta com a temperatura, mas 
elevada que a do meio ambiente, e esta pode contaminar o óleo da amostra trazendo um 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 40 
resultado diferente no ensaio, o local (registro) da retirado de amostras deve ser limpo, 
deixando escorrer um pouco ate sair o óleo do cano. O frasco de amostra deve estar 
limpo, e esterilizado e sem umidade. Os ensaios feitos em 
Laboratórios são: rigidez dielétrica, umidade, acidez, tensão interfacial, cor, cromatografia, 
viscosidade, ponto de fulgor. 
 
Cabine (cubículo) 
 
Verificações: 
Nos cubículos é necessário verificar: resistência de aquecimento, lâmpadas de 
sinalização, estado geral da pintura, (corrosão), reles e contadores, fusível e chaves 
termomagnéticas, ligações a terra, blocos de ligações, contatos de rolete, amperímetro, 
voltímetro, wattímetro, plug de controle. Os mesmos devem ser limpos, reapertados, e 
substituído quando necessários. Nos barramentos deve-se verificar a isolação, se não 
existem indícios de aquecimentos e corrosões, se necessário fazer ensaio de resistência 
dielétrica. Caso tenha guilhotina, verificar se estão fechando e abrindo corretamente. 
 
Transformadores de instrumentos (TC) (TP) 
 
Verificações: 
Nos TP e TC, deve-se verificar se não estão trincados, ou com indícios de vazamentos, os 
terminais primários, secundários e terra, devem esta bem fixo. Os TP e TC devem ser 
limpos, e bem fixado as estruturas. 
 
Ensaios: 
Ensaios de resistência dielétrica (megômetro) 
 
Cabos de alimentação 
 
Verificações: 
Nos cabos verifica-se; indícios de aquecimento, condições da isolação, condições das 
terminações; confere-se as conexões das fases e do terra; os isoladores devem estar, 
limpos, e bem fixados. 
 
Ensaios: 
Resistência dielétrica, (megômetro). 
 
Obs. Todas estas verificações, e ensaios devem constar da folha de inspeção. 
 
Verificações finais 
 
Deve-se verificar se todos os pontos desconectados foram conectados, retirar o 
aterramento temporário, retirar as ferramentas, instrumentos de ensaios, sujeiras, 
estopas, e resto de matérias e peças, as grades de proteção e tampas dos cubículos 
devem estar fixas, conectadas ao aterramento e bem ajustadas evitando vibrações. As 
pessoas não envolvidas na manobra devem ser retiradas do local. O operador deve fazer 
sempre uma inspeção visual antes da manobra, e esta deve ser feita de forma inversa ao 
desligamento. 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 41 
 
 
 
Anexo: Instrumentos de 
Ensaios 
 
 
 
Ôhmimetro 
 
É usado para medir baixa resistência de contato. O seu princípio de funcionamento é 
baseado no fato que quando uma corrente percorre um condutor, ha perda devido ao 
aquecimento. No entanto os condutores elétricos não requerem ensaios quando estão em 
serviços, por outro lado, juntas e conexões, oferecem problemas, já que neste ponto a 
dificuldade da passagem da corrente elétrica é maior. O ôhmimetro por sua vez nos traz a 
situação destas conexões. Nos disjuntores suas leituras são entre as buchas, (1 e 2), (3 e 
4), (5 e 6) e com o disjuntor desenergizado e fechado . 
 
Megômetro. 
Megger é o instrumento usado para medir resistência de isolação, permitindo detectar, 
diagnosticar e evitar falhas nos equipamentos elétricos. Seu principio de funcionamento 
tem como base, que, aplicando-se uma tensão de corrente continua a um isolante, a 
corrente que circula através do mesmo tem três componentes distintas: A corrente de 
carga de capacitância, natural do material sob ensaio. Corrente de absorção dielétrica 
circula através do corpo do material. E a corrente de fuga através do isolante, esta 
corrente tem dois componentes importante, um significando fuga através da superfície do 
material e o outro do próprio isolante, baseado nestes fatores o megger nos trás uma 
leitura precisa dos valores de resistência dielétrica do material isolante. Nos disjuntores os 
ensaios são feitos para detectar fuga de corrente entre buchas e câmaras; (entrada e 
saída) e entre bucha e câmaras ao corpo do disjuntor. Já no transformador, é verificada 
através do megômetro a resistência dielétrica entre, buchas e enrolamento primário e 
secundário, com o tanque, e entre os enrolamentos primários e secundários. Nos cabos e 
barramentos os ensaios são em relação à terra e entre fases. A tensão de ensaio e acima 
de 2500 V. Por este motivo deve-se ter o cuidado com choques elétricos, principalmente 
nos cabos devido à corrente capacitiva, após os ensaios deve-se esperar descarregar os 
cabos.Outro fato é verificar a tensão nominal do equipamento sob ensaio deve ser 
compatível a do instrumento. 
 
TTR 
 
O TTR è o instrumento utilizado para medir com precisão relação entre espiras de um 
transformador. Sendo o transformador uma máquina magnética e que trabalha com uma 
proporção entre enrolamentos, podemos pela medição da relação entre os mesmos 
avaliar como esta à situação dos enrolamentos, analisando a continuidade deste.Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 42 
 
Analisador de Potência (Doble) 
 
O analisador de isolação elétrica (doble) é projetado para teste de isolação no campo pela 
medida dos voltamperes e perdas de watts, sob uma tensão aplicada. Assim como o 
megger, sua finalidade é detectar falhas ocasionais na isolação com uma maior precisão. 
O aparelho verifica a isolação elétrica de buchas, potheads, disjuntores, para raios, 
transformadores, óleo isolantes, cabos, etc. 
 
Teste de Rigidez Dielétrica. (Teste de Óleo) 
 
A rigidez dielétrica exprime a capacidade de um material de suportar esforços da corrente 
elétrica sem sofrer danos. Este instrumento analisa esta rigidez no óleo. Através de dois 
eletrodos, simula-se a realidade de um arco elétrico dentro de um equipamento, em 
condições especificas. Seu resultado é obtido em volt. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 43 
 
 
 
Bibliografia 
 
 
 
Manual de Equipamentos Elétrico 
João Mamede. 
 
Noções de Proteção do Sistema Elétrico. 
Apostila Eletropaulo. 
 
Tecnologia dos Equipamentos de Estações. 
Apostila Eletropaulo Benjamim Ferreira de Barros. 
 
Fornecimento de energia elétrica em tensão primaria de distribuição. 
Eletropaulo - LIG – 2004 
 
Instalações elétricas de media tensão 
NBR - 14039 2003 
 
Segurança em instalações e Serviços com eletricidade 
NR-10 M.T.E. 07\12\2004 
 
Catálogos de Fabricantes. 
Westinghouse, General Electric, ABB, Megabrás Siemens Beghim 
 
Elaboração 
Senai “Jorge Mahfuz” 
Instrutores: 
Benjamim Ferreira de Barros 
André Luiz Bonani 
 
Revisada e Adequação Equipe Técnica em 13/12/05 
Instrutores: 
Benjamim Ferreira de Barros 
Ricardo Luis Gedra 
 
Digitação e diagramação 
Irene Bueno Siqueira 
Karen Regina de Barros 
 
Esta apostila faz parte do curso de manutenção de cabina. Sendo elaborada com os 
conceitos básicos de orientação para o curso, portanto ela por se só não complementa as 
necessidades dos profissionais da área na execução das tarefas acima. 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
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Anexos 
 
 
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
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Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
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Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
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LB SERVIÇOS E COMERCIO DE EQUIPAMENTOS ELETRICOS LTDA
CENTRO DE TREINAMENTO SENAI "JORGE MAHFUZ"
DIAGRAMA UNIFILAR DE ALTA TENSÃO
BENJAMIM BARROS - RICARDO GEDRA - REINALDO BORELLI - MARIO AUGUSTO
7,5 / 9,375 MVA
Nº 37074
ITEL
TR-2
3
V
27
KW VArh KWh cos ϕ A
3
3
87
3
50
N
26
49
63
71
86 1 - TR-2
86
 
1 
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TR
-
2Vn = 15 KV
In = 800 A
500 MVA
BARRA DE 13,8 KVIn = 600 A
7,5 / 9,375 MVA
Nº 37074
ITEL
TR-1
3
V
27
KW VArh KWh cos ϕ A
3
3
87
3
50
N
26
49
63
71
86 1 - TR-1
86
 
1 
-
 
TR
-
1Vn = 15 KV
In = 800 A
500 MVA
BARRA DE 88 KV
ISOLADA PARA 138 KV
2
RDTD
27
V
RDTD
27
V
1
3
3N86 1 BA 8886 BA 883 N
3
83
Vn = 138 KV
In = 600 A
Vn = 138 KV
In = 600 A
Vn = 138 KV
In = 600 A
Vn = 138 KV
In = 600 A
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86 1 TR 1 e 2
86 1 BA 88
86 1 TR 1 e 2
SIEMENS
Vn = 145 KV
In = 2000 A
SIEMENS
Vn = 145 KV
In = 2000 A
MEDIÇÃO ELETROPAULO
74027401
0,8 A 0,8 A
In
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va
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Intertravamento Eletrico
Conceitos Básicos de Segurança, Operação e Manutenção de Subestações; 
 49 
 
 
INTERTRAVAMENTO ELÉTRICO
3
26 49 63 71
71634926
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8
9
PARA RAIOS POLIMÉRICO
CHAVE MATHEUS
BUCHAS DE PASSAGEM
CHAVE SECCIONADORA TRIPOLAR DE ABERTURA SIMULTANEA
TRANSFORMADOR DE CORRENTE
TRANSFORMADOR DE POTENCIAL - 800 VA
RELE DE SOBRE CORRENTE DE AÇÃO INDIRETA
DISJUNTOR A ÓLEO - 15 KV 
TRANSFORMADOR DE POTENCIA
LEGENDA

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