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Primeiras notas sobre o fórum temático das aulas 6 e 7
Em primeiro lugar, Metodologia Científica não deve ser vista como estudo de métodos de pesquisa para se fazer um trabalho. Ela deve estar muito além disso por isso fizemos um percurso anterior como uma viagem ao mundo do conhecimento que começou com a curiosidade humana e a necessidade de sobrevivência.
Num processo educativo, visa-se atender às demandas da sociedade e o “aprendiz” (uso essa palavra porque acredito que todos somos aprendizes em cada momento que vivemos) precisa para se inserir em qualquer campo ser um cidadão crítico e comprometido com a renovação dos saberes e, principalmente, com princípios éticos no uso dos conhecimentos.
O segundo passo é a questão da leitura e, nesse caso, vou explicar mais um pouquinho, pois minha formação é em Letras e o texto e a análise textual e temática são imprescindíveis para a formação de um ser pensante e crítico. A leitura é uma atividade interativa e pressupõe criação de sentidos. A alfabetização ou as técnicas de leitura não são suficientes, se não estivermos predispostos a observar curiosamente o mundo que nos rodeia e de que devemos fazer parte como integrantes ativos e políticos (político no sentido de preocupado com uma interação saudável entre as pessoas). A leitura é uma atividade que nos leva a valorizar experiências e conhecimentos.
“A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a linguagem. Não se trata de extrair informação, decodificando letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica estratégia de seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível proficiência. É o uso desses procedimentos que possibilita controlar o que vai sendo lido, permitindo tomar decisões diante de dificuldades de compreensão, avançar na busca de esclarecimentos, validar no texto suposições feitas.” (PCN’s?/Secretaria de Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998, p.60-70)
O assunto é tão importante que consta como habilidade a ser desenvolvida em Língua Portuguesa no Ensino Fundamental, portanto nossas crianças e adolescentes não deveriam sair da Escola sem ter atingido os conhecimentos e percebido as vantagens de uma análise textual. Para compreender o texto temos que fazer inferências, isto é, ter conhecimentos de mundo que permitam ler no texto o que não está escrito diretamente (os implícitos) que somente serão validados se estiverem dentro das possibilidades e pistas deixadas no texto pelo autor e contextualizadas.
Análise temática:
Determinar o tema-problema, a ideia central e as ideias secundárias;
refazer a linha de raciocínio do autor, ou seja, reconstruir o processo lógico do pensamento do autor;
evidenciar a estrutura lógica do texto, esquematizando a sequência de ideias.
Exemplo:
Tema: Estudo da unidade no Brasil
Problema: Como manter a unidade num país de território tão extenso?
Tese: Formação de uma sociedade de ideias para manter uma unidade cultural no país.
Raciocínio: Se o Japão, território arrasado pela 2a guerra, pôde se tornar uma nação política e industrialmente avançada, o Brasil com tanta riqueza material e humana também pode formar uma sociedade participativa e rica, se cuidarmos de sua estrutura social e cultural.
Ideias secundárias: construção de escolas que atendam às especificações pretendidas, formação de profissionais conscientes de que depende deles um futuro melhor, levar a população a refletir quanto às atitudes políticas e éticas.
Depois do processo de leitura e organização dos documentos é preciso partir para a redação científica.
A mais importante preocupação deve ser: elaboração dos parágrafos para expressar as várias etapas do raciocínio. A redação exige o domínio prático da leitura técnica relativa ao assunto a ser discutido. O texto deve ser feito em forma própria (paráfrase dos resultados das leituras: escrita com suas próprias palavras) e se houver algum tipo de transcrição, esta deverá seguir as orientações da ABNT.
A análise textual permite ao leitor perceber no vocabulário apresentado pelo autor a visão de conjunto de ideias, a doutrina trabalhada, os fatos e os implícitos contextuais.
O projeto de pesquisa
As orientações desse projeto tiveram como base o livro “Metodologia da pesquisa. Conceitos e Técnicas” de Marco Antonio F. da Costa e Maria de Fátima Barrozo da Costa. Rio de Janeiro: Editora Interciência. 2001.
Os exemplos e interferências foram da autora dessa apostila.
Quantas páginas deve ter um projeto?
Normalmente, o número de páginas de um projeto de pesquisa varia em função de seu objetivo e finalidade.
Projetos de graduação e de especialização: entre 5 e 15 páginas.
Projetos de mestrado: entre 10 e 20 páginas.
Projetos de doutorado: entre 20 e 30 páginas.
Elaborar um projeto de pesquisa tem como objetivo definir uma questão e a forma pela qual será pesquisada. Funciona como uma proposta de trabalho, uma carta de intenções. Nenhum projeto é definitivo, poderá ser modificado durante sua execução.
Em geral, tem três partes:
Elementos pré-textuais:
Capa;
Folha de rosto;
Dedicatória;
Sumário.
Outros elementos podem aparecer, tais como: epígrafe, listas de tabelas, quadros, figuras. Apêndices e anexos. (Não são obrigatórios).
Corpo do projeto
Introdução (problema e questão(s) de pesquisa);
Justificativa;
Hipóteses (quando for o caso);
Objetivos (geral e específicos);
Referencial teórico;
Metodologia;
Definição de termos (quando for o caso);
Limitação da pesquisa;
Cronograma.
Elementos pós-textuais
Referências bibliográficas: livros, artigos, sites etc., utilizados para a elaboração do projeto.
Apêndices: material do próprio autor, que facilitam a compreensão do texto.
Anexos: materiais de terceiros que facilitam a compreensão do projeto.
O tema
Escolher um tema nada mais é que escolher um assunto, delimitado, sobre o qual será definido um problema de pesquisa. O pesquisador deve gostar do assunto, ter com ele compromisso, para que haja qualidade na pesquisa.
Exemplos:
A importância da gestão ambiental nas empresas brasileiras.
A publicidade e o compromisso ético com o consumidor.
O papel do jornalismo como motivador da aquisição de cultura.
O marketing político: verdade ou falácia.
Educação: como resolver esta questão?
Violência urbana: quem tem culpa?
O título
O título deve refletir a pesquisa como um todo. Deve ser claro, preciso e, se possível, deve informar a natureza da pesquisa. É aconselhável que seja escolhido depois de adiantada a pesquisa para que se saiba o rumo preciso do trabalho. Pode ser burocrático ou criativo.
Exemplo:
Título burocrático: O marketing político e o eleitor.
Título criativo: Que rei sou eu?
O problema
Toda pesquisa deve ser alvo de reflexão. Que problema será resolvido ou receberá contribuição para ser solucionado? Há questões que precisam ser esclarecidas quanto ao assunto?
A escolha do problema, assim como o tema, decorre da experiência do pesquisador e do seu ambiente de trabalho. O caminho a ser seguido pode ser o do questionamento ideológico ou descoberta de curiosidades.
Como introduzir o problema?
Se todos os cidadãos tivessem acesso a uma educação de qualidade, haveria menos pobreza e violência? Esta é a pergunta que não quer calar. Essa questão tão discutida em época de eleição e imediatamente esquecida depois, continua, no entanto, a fazer falta na casa dos eleitores, mesmo daqueles que não têm noção da importância dela na vida de todos. Educação é um processo contínuo e ininterrupto e a crescente transformação dos conhecimentos obriga a uma atualização permanente daqueles que devem estar inseridos numa comunidade cidadã.
Como formular uma questão sobre o assunto para que seja respondida na pesquisa.
Que fatores são responsáveis pela falta da educação continuada?
Qual a percepção dos indivíduos quanto à qualidade da educaçãoque recebem?
Que medidas resolveriam o mais rapidamente possível o acesso à educação?
O que é educação para a maioria das pessoas?
Regras para a formulação de problemas:
Deve servir como um instrumento para a obtenção de novos conhecimentos;
Deve ter aplicabilidade social;
Deve ser delimitado;
Deve ser claro e preciso;
Deve refletir uma vivência do pesquisador.
*Quando escrevemos, queiramos ou não, nós projetamos uma imagem. A partir daquilo que dizemos e da forma como o fazemos, as pessoas passam a imaginar quem somos. Dependendo do texto, as pessoas acharão que o redator é inteligente ou limitado, agradável ou desagradável como pessoa, humilde ou presunçoso, alegre ou triste, cooperativo ou egoísta, etc. Pode ser que na essência ele seja humilde, mas que no texto pareça presunçoso. É aí que reside o problema: as pessoas vão achá-lo presunçoso e vão agir como se o fosse. Se o redator, por outro lado, transmitir uma imagem de inteligência e competência, vão respeitá-lo por isso e estarão mais propensas a aceitar as recomendações que fizer. Formada a imagem, ela passa a afetar o comportamento das pessoas em relação ao redator. Se ele projetou a imagem de uma pessoa pouco inteligente, os outros tenderão a perceber com facilidade seus erros de raciocínio e a desprezar qualquer indício de que ele pensa corretamente. Há uma frase que sintetiza tudo isso: ‘Para os outros você é aquilo que comunica’. (NEIVA & ROSA. Redigir & Convencer. Edição revisada e ampliada. São Paulo: Editora STS, 2000, p.11.)
*Este é um tipo de citação direta com mais de 3 linhas. Não é preciso o uso de aspas e a citação deve estar em fonte 10 ou 11.
As dificuldades observadas na escrita de profissionais de diferentes áreas para obtenção de clareza e objetividade em seus textos vêm causando muita preocupação em estudiosos da língua portuguesa. É cada vez mais freqüente encontrarmos textos truncados, incoerentes e, por outro lado, muita gente não está atenta para os benefícios que pode tirar de um bom texto.
Ao refletirmos sobre esses fatos, surgiram as seguintes questões:
Como conscientizar as pessoas de que a capacidade de redigir se torna fundamental para o crescimento na carreira?
Como elaborar um programa de educação que vise formar um indivíduo que saiba projetar uma imagem de eficiência através de seu texto escrito e/ou oral?
A justificativa
É o porquê da pesquisa.
Justificar um projeto de pesquisa é de extrema importância, porque mostra de que forma os resultados obtidos poderão contribuir para a solução ou melhor compreensão do problema formulado. São fatores importantes na justificativa: os sociais, os políticos, a aplicabilidade. Os motivos que levaram o pesquisador à escolha do assunto visam buscar soluções/sugestões para o problema proposto.
Exemplo:
Com esse estudo, teremos a oportunidade de demonstrar que uma boa capacidade de expressão pode levar um profissional a desenvolver uma imagem de excelência. A capacidade de redigir com eficácia pode ser uma arma poderosa quando usada adequadamente. O indivíduo que domina seu idioma é capaz de realizar-se melhor em sua vida profissional, social ou pessoal.
O resultado deste trabalho, por centrar-se na qualificação do texto escrito e nos benefícios que este pode trazer à imagem de profissionais de qualquer área, visa contribuir para a elaboração de políticas voltadas para o processo Educação-Trabalho-Sucesso.
TRABALHO ACADÊMICO
Trata-se de uma modalidade de trabalho escrito que versa sobre tema único, elaborado individualmente, e que visa a cumprir, pelo menos, um dos seguintes objetivos:
Reapresentar estudo sobre determinado tema em forma de compilação (reunião de textos);
Opinar sobre determinado ponto de vista relativo a um assunto;
Questionar parte de um enfoque dado a certo tema;
Apresentar bibliografia específica comentada sobre algum assunto;
Estudar certo assunto com vistas a polemizar enfoque vigente;
Analisar texto(s) literário(s) ou não-literário(s) com apoio bibliográfico atualizado;
Desenvolver raciocínio prospectivo (com vistas ao futuro). 
Este texto deve destacar a fidelidade ao objetivo de quem o solicitou e a adequação quanto às informações.
A finalidade do texto é definida pelo leitor, e não pelo redator, daí a necessidade de quem vai escrever saber com precisão quais os objetivos (o que se pretende?; qual o nível de profundidade esperado das informações?; deve-se apenas relatar ou é necessário dar opiniões, sugestões, recomendações?).
A redação do texto deve servir para a tomada de decisões. É de se supor, então, que as informações sejam suficientes para a eficácia do projeto.
Qualidades genéricas:
fidelidade (relato dos ângulos essenciais, registro preciso de fatos, números,
 detalhes );
facilidade de compreensão (clareza na exposição, uso de palavras conhecidas,
frases não muito longas, apresentação gráfica e visual límpida, correto ordenamento de idéias, inexistência de ambigüidade);
coerência (ligação correta entre premissas e conclusões, justificativas devidamente amparadas por informações, raciocínios explícitos e corretos,
separação entre fatos e opiniões);
finito (apresentação de todas as informações relevantes para as demandas do
leitor, ausência de raciocínios ou informações "subentendidos" ou implícitos;
oportunidade (entrega em tempo adequado, atualidade de dados);
relevância (apresentação apenas das informações importantes);
destaque (separação e ênfase sobre os tópicos mais importantes, ordenamento
do texto de tal modo que o que é importante seja rapidamente assimilado e não seja esquecido, observância das demais qualidades da redação, incluindo a elegância).
PROCESSO DE MONTAGEM 
1. definição dos objetivos
2. plano do texto e roteiro de trabalho
3. pesquisa
4. organização das informações
5. redação
6. revisão
Definidos os objetivos, definir o plano do texto, isto é, uma espécie de índice do que vai ser apresentado (seqüência dos assuntos, tópicos a serem incluídos, importância e nível de detalhes que se pretende em cada tópico). É bastante desejável discutir o plano com o solicitante, quando possível.
Com base no plano do texto, estabelecem-se as fontes de busca de informações. A pesquisa bem-feita é o segredo de um projeto eficiente, já que ele vai alimentar o conteúdo do texto, O redator não deve, pois, ser apressado, descuidado ou negligente quando se trata da busca e verificação das informações.
Algumas regras:
registrar precisamente cada informação, voltando à fonte para cada nova busca quando algo ficar incerto;
anotar com clareza cada informação, facilitando o trabalho de consulta posterior;
registrar as informações efetivamente importantes (processo de seleção entre vários dados).
REDAÇÃO
O redator já planejou o que dizer, em que seqüência, e, além disso, já dispõe das
informações para o texto. É necessário agora pegar o fio da meada, levar o texto para o
caminho certo, expressando aquilo que deseja do modo mais eficiente possível. O segredo
para isso é a redação mental, isto é, vislumbrar mentalmente o texto antes de começar a escrita propriamente dita; isso pode ser feito com cada capítulo, tópico e até parágrafo.
Cuidados:
-desvio: não se desviar da questão.
-excesso: deve-se buscar o equilíbrio, evitando demonstrar entusiasmo por um determinado e único tópico.
-síntese imprópria: é o contrário do excesso e ocorre quando o redator resolve liquidar um assunto e sintetiza demais, eliminando fatos importantes.
-variação imprópria: não usar estilos ou modos de organizar o conteúdo em diferentes
partes do texto e pode incorrer no erro de um trabalho ‘carnavalesco' .
Revisão:
1. substituição de palavras por outras mais adequadas;
2. colocação de frases na ordem direta; 
3. reordenação de parágrafos, com eventuais cortes;
4. apuro no estilo em determinadas passagens;
5. correção ortográfica e gramatical;
6. uniformização entre tópicos;
7. padronização de tratamento no emprego de maiúsculas, aspas, grifos;
8. inclusão de quadros ou ilustraçõesem partes em que eles se mostrarem necessários.
Tente fazer com que cada unidade do texto seja atraente, cative o leitor logo no início da leitura e retenha a atenção até o fim. Faça um texto completo e autônomo, no sentido de tomar um assunto inteiro com início, meio e fim. 
OBSERVAÇÕES
Evite paginar o texto durante a fase de preparação; faça-o a lápis, manualmente. A paginação definitiva só deve ocorrer após a última revisão.
Somente quando essa paginação estiver pronta é que você poderá estabelecer definitivamente:
Sumários;
Quadros;
Índices.
Seu objetivo deve ser a apresentação clara e rigorosa de um texto bem escrito, em estilo irrepreensível e, é claro, sem erros de ortografia.
Segundo a NBR 14724 (ABNT, 2002d), os textos dos trabalhos acadêmicos devem ser digitados em papel branco, formato A4 (210mm X 297 mm).
As folhas devem apresentar margens esquerda e superior de 3cm e direita e inferior de 2cm.
Todo o texto do trabalho acadêmico deve ser digitado com espaço duplo. O espaço simples é usado nas citações longas, nas notas de rodapé, entre as linhas de uma referência, nas legendas das ilustrações e tabelas.
A fonte a ser utilizada deve ser tamanho 12 para o texto e menor(10 ou 11) para as citações longas, notas de rodapé, paginação, legenda e fonte das ilustrações e tabelas.
Os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede e sucede por dois espaços duplos.
O indicativo numérico que precede o título de uma seção é alinhado à esquerda, separado por um espaço. Os títulos sem indicativo numérico, como errata, os agradecimentos, listas, resumos, sumário, referências, glossário, apêndice(s), anexo(s) e índice(s) devem ser centralizados na página.
Duas opções se apresentam para o parágrafo: o tradicional a 2 cm da margem esquerda ou o moderno, com o texto todo na margem esquerda e o parágrafo marcado por dois espaços entre eles.
A importância de organizar a documentação
Na trajetória acadêmica, o estudante deve adquirir a competência para o planejamento dos estudos e sua capacidade de organização de leituras, anotações e pesquisas que irão fazer a diferença em sua formação profissional e intelectual.
No projeto final é importante o aluno saber fazer um resumo crítico de sua pesquisa. O resumo crítico é uma avaliação, um julgamento pessoal do leitor sobre o texto, seu conteúdo, a relevância de suas informações, a metodologia e a lógica de demonstração utilizadas, a linguagem do autor, sua clareza, seu estilo. 
Citação e comentário: princípios de utilização e sugestões.
Não iniciar texto e parágrafo com citação. Não é uma regra, mas fazê-lo pode evidenciar falta de personalidade do autor do texto. Faça sempre uma introdução original.
Sempre comentar a citação feita, tirando dela o máximo de conseqüências. A prática da citação, seguida do comentário explicativo ou parafrástico mostra o efetivo entendimento dos trechos citados e reforça o raciocínio. Não comentar uma citação pode deixar transparecer dificuldade de fazê-lo, deixando esse trabalho para o leitor.
Há duas possibilidades de uso da citação:
Indutiva: a citação serve de exemplo ou de justificativa de algo que foi dito anteriormente, ou seja, o autor do texto (o estudante, o pesquisador) faz uma afirmação original, de sua própria autoria, sobre determinado assunto, e faz uma citação de trecho de outro autor, sobre o mesmo assunto, para reforçar a sua argumentação. A citação do trecho do outro autor servirá de exemplo e de fundamentação para a sua própria afirmação anterior que surge como original.
Dedutiva: o estudante introduz citação de trecho de algum autor. Da citação, tiram-se conclusões e conseqüências que permitem a continuidade do texto, ou seja, primeiro é apresentada uma citação e, em seguida, são apresentados desenvolvimentos e conclusões sobre a mesma.
Referência de documentos eletrônicos
Quando se tratar de trecho extraído da Internet, deve-se fazer a referência completa, em nota de rodapé, da base eletrônica consultada, como no exemplo abaixo:
De acordo com Fávero1, a liderança deve ser fruto de um longo aprendizado no trabalho com equipes. Liderar não é apenas dar ordens e, através do uso da autoridade, fazer cumpri-las. Um bom líder é aquele que sabe delegar e, ainda assim, garantir que suas orientações mais importantes serão cumpridas naturalmente.
Na nota de rodapé, virá a referência abaixo:
1 http://www.favero.com.br
Notas de rodapé
Este recurso é usado geralmente com dois objetivos:
fazer uma referência bibliográfica. Enviar o leitor para uma referência bibliográfica de autor citado no texto ou em casos de citação de citação.
1 Arte Retórica, Livro Terceiro, Capítulo II, p. 208 
ou
1Referimos-nos à obra A Estilística, de José Lemos Monteiro, São Paulo: Ática.
2 Graciliano Ramos, Angústia, Rio de Janeiro? São Paulo, O Globo/Folha de S. Paulo, 2003, p.19.
3 Idem, p.83.
4 Idem, ibidem.
abrir notas explicativas. Alguma informação complementar ou comentário que se queira fornecer ao leitor, mas que não se queira inserir no corpo do texto. Geralmente explica ou comenta algo presente no corpo do texto.
* Aberto aos visitantes
	Baseado em relatório do Direc/Ibama, jan./2000.
*Professor da Fundação Escola Guignard de Belo Horizonte e autor de diversas obras sobre festas populares brasileiras.
Como observa França et al. (2001), “Os trabalhos acadêmicos constituem o produto de leituras, observações, investigações, reflexões e críticas desenvolvidas nos cursos de graduação e pós-graduação”. 
Os trabalhos finais, de modo geral, possuem a característica de serem monográficos, ou seja, sua característica principal é a abordagem de um único tema (Monos= um só e graphein=escrever).
Para a realização de um trabalho desta natureza, deve-se, portanto, definir uma idéia, um problema, uma questão, um tema ou assunto, sobre o qual o aluno irá trabalhar e pesquisar. Uma vez definido o assunto ou tema do trabalho e de recorrer ao estudo bibliográfico, o aluno-pesquisador deve ler cuidadosamente todo o material, fazer anotações dos trechos mais importantes, resumir parte dos textos lidos e preparar sua documentação a fim de que seu trabalho seja bem fundamentado e o mais completo possível. 
Se o material pesquisado for muito volumoso, o pesquisador deve fazer uma seleção, optando por aquelas que estiverem relacionadas de forma mais específica e direta com o assunto do trabalho.
Fase de pesquisa
O que é pesquisa?
Procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. É desenvolvida a partir de conhecimentos disponíveis e a utilização de métodos, técnicas e outros procedimentos científicos.
Inicialmente deve-se formular um problema a ser pesquisado exaustivamente até a satisfatória apresentação de resultados.
A introdução
A introdução deve conter apenas uma visão global do trabalho e da pesquisa realizada, apresentando o tema do trabalho (de que se trata), os objetivos (a finalidade do trabalho e da pesquisa), sua justificativa (a importância de uma tal pesquisa) e suas partes (é hábito no final da introdução, em seu último parágrafo, explicitar as partes do trabalho, ou seja, dizer como ele irá se desenvolver após a introdução.
 Por exemplo, “Em primeiro lugar, faremos uma exploração das teorias que tratam do assunto pesquisado, em seguida as examinaremos à luz da atualidade e, por último, avaliaremos sua importância para as empresas modernas e sua aplicabilidade. A segunda parte deste trabalho é destinada a uma conclusão geral sobre a pesquisa realizada.”
Desenvolvimento
Em um trabalho acadêmico, o desenvolvimento, de modo geral, é a parte mais substancial do texto e pode se desdobrar em vários subtópicos ou até mesmo em capítulos. É importante que, no desenvolvimento do trabalho, o autor demonstre os conhecimentos que adquiriu ao realizar seu levantamento bibliográfico, utilizando-se das anotações feitas e dos resumos. Aqui, o autor do trabalho fará a chamada “revisão de literatura”, nome dado ao levantamentoda literatura básica sobre o assunto ou tema do trabalho, resumindo os resultados de estudos feitos por outros autores que consultou. Deve apresentar, de forma cronológica, a evolução do tema na literatura especializada, partindo dos autores mais antigos para os mais modernos. Se o trabalho necessitar também de uma parte de análise de dados, ou seja, se não for trabalho apenas teórico, tanto a parte de descrição de métodos de coleta de dados, como a de descrição dos dados e a análise dos mesmos fazem parte do desenvolvimento e devem ser separados em capítulos ou subtópicos. O desenvolvimento de um trabalho científico ou acadêmico pode, portanto, comportar várias partes: revisão de literatura; descrição dos métodos de coleta e de análise de dados; descrição dos resultados; discussão e análise dos resultados.
Conclusão
Trata-se da síntese final do trabalho. A conclusão deve estar em harmonia com tudo o que foi anteriormente relatado no trabalho. Deve voltar um pouco ao tema inicial e às justificativas dadas na introdução. Se houver hipóteses levantadas na introdução ela deve também ser retomada na conclusão, analisada, discutida e criticada à luz dos dados levantados e relatados no desenvolvimento.A conclusão deverá, sobretudo, sintetizar os resultados já relatados no desenvolvimento e apreciá-los racionalmente, avaliando a importância dos dados obtidos ou dos estudos feitos, as conseqüências desses dados ou desses estudos para a ciência ou para uma área específica de estudos acadêmicos, sua importância prática para as organizações ou para a vida das pessoas etc. A conclusão deve, além de oferecer uma apreciação geral e racional sobre os estudos realizados no trabalho acadêmico ou na pesquisa realizada, apresentar uma apreciação crítica e até pessoal do mesmo. Na conclusão, o autor deve apresentar os problemas de natureza acadêmica que encontrou ao realizar a pesquisa (por exemplo: insuficiência de dados, de bibliografia, a respeito do assunto, falta de uma literatura mais moderna e mais abrangente, dificuldade na aplicação de teorias demasiadamente teóricas e pouco práticas, contradições encontradas etc.).
Anexos:
No final do trabalho, o autor deve anexar os documentos comprobatórios ou complementares, tabelas, gráficos, figuras e outros documentos que, no interior do texto principal, quebrariam a lógica da exposição. Se for necessário, no interior do trabalho, o autor poderá enviar o leitor para algum documento contido no anexo. (exemplo; Conforme ANEXO... se for necessário numere os anexos em ordem de aparecimento no trabalho)
Formatação
Espaço: duplo ou 1,5 para o texto principal e espaço simples para citações textuais longas.
Parágrafo: justificado em todo o texto.
Margem esquerda: 3cm
Margem direita: 3 cm
Margem superior: 2,5 cm
Margem inferior: 2,5 cm
Recuo primeira linha: 1,25 cm
Recuo à direita para citações textuais longas 4 a 5 cm
Notas de rodapé: apenas para referências bibliográficas de citações textuais ou notas explicativas, numeradas automaticamente.
Tamanho da fonte para notas de rodapé: 10
Numeração de páginas: centralizada a partir da segunda página.
Lista bibliográfica: no final.
Paginação: em algarismos arábicos, observando-se uma distância de aproximadamente 2 cm da extremidade superior do papel, não se usando nenhum tipo de pontuação ou sinal antes ou após o número. A numeração começa a ser digitada na primeira página de texto, computando-se, porém na contagem, as páginas preliminares ao texto desde a folha de rosto. As páginas de abertura de capítulos e partes do trabalho são contadas e não numeradas.
Referências bibliográficas: (Exemplo)
Livros
EMEDIATO, Wander. A fórmula do texto: redação, argumentação, e leitura. São Paulo: Geração Editorial, 2004. 
FRANÇA, Júnia Lessa et al. Manual para normalização de publicações técnico-científicas. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.
Referências de monografias, dissertações ou teses.
Referências publicações periódicas (artigos de revistas, de jornais)
Referências eletrônicas (internet)
 SOBRENOME, Nome. Título. Fonte (se for publicado). Disponível em: endereço eletrônico. Acesso em: dia mês(abreviado) ano.
FRANÇA, Júnia Lessa. Manual para normalização de publicações técnico-científicas/ Júnia Lessa França, Ana Cristina de Vasconcellos; colaboração: Maria Helena de Andrade Magalhães, Stella Maris Borges, 7.ed., Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2004.
Sobre referências:
São digitadas na margem esquerda usando-se espaço simples (um) entre linhas e espaço duplo para separar as referências entre si;
As referências podem ser ordenadas pelo sistema alfabético (ordem alfabética de entrada);
A paginação deve ser colocada em evidência, preferencialmente no ângulo superior, dentro da margem direita, em algarismos arábicos, observando-se uma distância aproximada de 2 cm da extremidade superior do papel, não se usando nenhum tipo de pontuação ou sinal antes ou após o número;
Devem-se incluir os dados completos do documento efetivamente consultado;
Alguns casos: escrever (sic) para indicar um erro gráfico ou de outra natureza encontrado no texto original. Significa: assim mesmo (para indicar que estava assim no texto original da citação;
Termos, expressões e abreviaturas latinas, embora devam ser evitadas, uma vez que dificultam a leitura. Essas expressões só devem ser usadas quando fizerem referência às notas de uma mesma página ou em páginas confrontantes e devem ser grafados em itálico:
Apud: citado por, conforme, segundo. 
Ex.: JAKOBSON; HALLE, 1956 apud KATAMBA, 1989, p. 49.
Ibidem ou Ibid: na mesma obra (várias citações de um mesmo documento, variando apenas a paginação)
Ex.: 1 LEACH, 1957, p. 163.
 2 Ibidem, p. 165.
Idem ou Id. = do mesmo autor. (substitui o nome, quando se tratar de citação de diferentes obras do mesmo autor.
Ex.1 FURTADO, 1972.
 2 idem, 1969, p. 45.
Opus citatum ou Op. Cit. = na obra citada.
Ex.: GATTES, 1972, p. 222.
Passim= aqui e ali; em vários trechos ou passagens.
Ex.: PRADO, 1971, p.34-72 passim
Cf. = confira, confronte. (faz referência a trabalhos de outros autores ou a notas do mesmo autor.
Ex.: Cf. SALVADOR, 1980, p. 30-31.
 Cf. nota 3 deste capítulo.

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