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Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ LCB – Departamento de Ciências Biológicas Professor Marcílio de Almeida – Anatomia Vegetal Relatório Final do Semestre Por Joice Mara Zanini e Naydja Moralles Maimone Parte I - Embriões O embrião, juntamente com o tegumento e o endosperma, são os constituintes da semente. Sua formação ocorre a partir do zigoto diplóide (proveniente da fusão do microgameta com a oosfera), que primeiramente se divide em duas células. A célula mais externa, encostada à micrópila, por divisões sucessivas, forma o suspensor, uma espécie de ‘ancorador’ do embrião, que é ligado ao endosperma e dele absorve nutrientes. A célula mais interna, por divisões sucessivas, forma o embrião, que dará origem à futura planta. Embrião de Flamboyant sp. Meristema fundamental Procâmbio Epicótilo Cotilédones Protoderme Coifa Meristema radicular Comentário O epicótilo, também conhecido como plúmula, é o meristema caulinar do embrião. A protoderme e o procâmbio originarão, respectivamente, a epiderme e o câmbio vascular. O meristema fundamental dará origem aos tecidos fundamentais parênquima, colênquima e esclerênquima. A função da coifa é proteger o meristema radicular. Embrião de Mamona (Ricinus communis) Coifa Meristema apical radicular Protoderme Procâmbio Meristema fundamental Epicótilo Cotilédones Células de reserva Comentário Cotilédones são as primeiras folhas a surgir quando a semente germina. Nas angiospermas, podem estar presentes em número de um (monocotiledôneas) ou dois (dicotiledôneas). A mamona, o Citrus sp. e o Flamboyant sp. são plantas dicotiledôneas, enquanto o milho é uma planta monocotiledônea. Embrião de Milho (Zea mays) Albúmen Escutelo Pericarpo aderido a semente Coleóptilo Plúmula Epicótilo Radícula Mesocótilo Coleorriza Protocâmbio Comentário Coleorriza e Coleóptilo são estruturas protetoras da radícula e da plúmula, respectivamente. O Escutelo é um cotilédone maciço conectado ao endosperma e funciona na absorção de reservas do mesmo. Mesocótilo é o nome dado ao primeiro nó interpolado dos embriões das gramíneas, que separa a bainha do cotilédone. Embrião de Citrus sp. Cotilédones Epiderme Traço de pro câmbio Epicótilo Meristema fundamental Traço de pro câmbio Meristema fundamental Comentário Uma semente pode ser albuminada, quando suas reservas se encontram separadas dos cotilédones, ou exalbuminada, quando as reservas são transferidas para dentro dos cotilédones. O embrião de Citrus sp. é visivelmente exalbuminado, assim como o Flamboyant sp., a mamona e o milho são exemplos de embriões albuminados. Parte II - Flores A flor, estrutura reprodutora característica das plantas denominadas espermatófitas ou fanerogâmicas, é um ramo determinado que porta esporófilos. A estrutura que contem a flor é denominada pedicelo. O pedicelo sustenta o receptáculo floral, que é a parte do ramo em que são sustentados os elementos florais. Muitas flores podem incluir um par de apêndices estéreis, as sépalas e as pétalas, além das partes férteis, os estames (cujo coletivo é androceu) e os carpelos (cujo coletivo é gineceu). Flor de Citrus sp. Pedúnculo floral Receptáculo floral Sépala Óvulo Ovário Estilete Estigma Pétala Estame Filete Comentário Os estames são microsporófilos. As partes que o compõem são o filete e a antera, que contém quatro sacos polínicos. Os carpelos são megasporófilos que podem abrigar um ou mais óvulos. Na maioria das flores o carpelo se encontra dividido em ovário, que abriga os óvulos, estigma, que recebe o pólen, e estilete, que conecta o estigma ao ovário. Flor de Eucalipto (Eucalyptus sp.) Funículo Saco embrionário Micrópila Núcleo Tegumento interno Tegumento externo Comentário A fecundação nas plantas geralmente ocorre da seguinte maneira: um grão de pólen, ao atingir o estigma de uma flor de mesma espécie, é estimulado a se desenvolver por substâncias indutoras presentes no estigma. O pólen forma um longo tubo, o tubo polínico, que cresce pistilo adentro até atingir o óvulo. Este possui um pequeno orifício nos tegumentos, denominado micrópila, por onde o tubo polínico penetra. Pelo interior do tubo polínico deslocam-se duas células haplóides, os núcleos espermáticos, que são os gametas masculinos. No interior do óvulo há uma célula haplóide especial, a oosfera, que corresponde ao gameta feminino. A oosfera situa-se em posição estratégica dentro do óvulo, bem junto a pequena abertura denominada micrópila. O tubo polínico atinge exatamente a micrópila ovular e um dos dois núcleos espermáticos do pólen fecunda a oosfera, originado o zigoto, que dará origem ao embrião. Parte III - Raízes A raiz é o órgão da planta que geralmente cresce dentro do solo, fixando a planta e absorvendo a água e os sais minerais necessários ao metabolismo. O precursor da raiz no embrião, a radícula, é o primeiro órgão a se desenvolver no ato da germinação da semente. Nas dicotiledôneas e Gimnospermas, esta raiz primordial desenvolve-se e torna-se a raiz principal, da qual a maior parte do sistema radicular é derivado: é a raiz axial. Já em monocotiledôneas, a radícula se degenera e todas as raízes brotam a partir da base do caule, sendo conhecidas neste caso como raízes adventícias ou fasciculadas. Raiz de Cana-de-Açúcar (Saccharum sp.) Parênquima cortical Endoderme Xilema Floema Colênquima Epiderme Pelos absorventes Comentário A epiderme das raízes jovens tem função de absorver água e sais minerais, e essa tarefa é facilitada com a presença dos pelos radiculares. O desenvolvimento das raízes é centrípeto, ou seja, de fora para dentro: o protoxilema é o primeiro a se desenvolver, voltado para o lado exterior, seguido pelo metaxilema, mais interior. O número de projeções do xilema primário varia entre as espécies. As monocotiledôneas, como é o caso da cana, apresentam várias projeções: são poliarcas. As dicotiledôneas geralmente apresentam duas (diarca), três (triarca) ou quatro (tetrarca) projeções. A cana-de-açúcar apresenta cilindro vascular oco. Raiz de Milho (Zea Mays) Córtex Epiderme Floema Xilema Parênquima medular Endoderme Comentário Córtex é a camada externa do caule e da raiz das plantas em estágio primário e monocotiledôneas, limitada externamente pela epiderme e internamente pelo periciclo. É formada principalmente por células indiferenciadas, na maior parte grandes células de parênquima. A medula é a camada parenquimática central encontrada nas raízes de algumas monocotiledôneas. A raiz do milho é notadamente poliarca e apresenta cilindro vascular oco. Raízes de monocotiledôneas não apresentam crescimento secundário. Raiz em Estágio Primário de Amora Epiderme Cilindro vascular Córtex periciclo metaxilema endoderma protoxilema floema 1ªário procâmbio Comentário O cilindro vascular da raiz é formado pelos tecidos vasculares e mais uma ou mais camadas circundantes de células que constituem o periciclo. Em plantas que apresentam crescimento secundário o periciclo, juntamente com o procâmbio, darão origem ao câmbio vascular. A amoreira é notadamente dicotiledônea. Sua raiz em estágio primário apresenta cilindro vascular sólido com três arcos de xilema primário, e é portanto triarca. Raiz em Estágio Secundário de Algodão (Gossypium sp.) Xilema primário Xilema secundário Fibras floemáticas Câmbio Comentário O crescimento secundário consiste na formação de tecidos condutores secundários e de uma periderme e somente ocorre nas dicotiledôneas não arbustivas e nas gimnospermas. O câmbio vascular é o tecido meristemático responsável pela produção do xilema secundário (para o lado de dentro) e do floema secundário (para o lado de fora) Raiz em Estágio Secundário de Videira (Vitis sp.) Fibras floemáticas Xilema secundário Xilema primário Raio parenquimático Câmbio Periderme Felogênio Comentário A formação da periderme se dá após o início do surgimento do xilema e floema secundários. O câmbio da casca, ou felogênio, produz súber para o lado externo e feloderme para o lado interno da raiz. Estes três tecidos (súber, felogênio e feloderme) formam a periderme, cuja função é promover impermeabilização e proteção mecânica. Raiz em Estágio Secundário de Feijoeiro (Phaseolus Vulgaris) Periderme Raio Parenquimático do Xilema Xilema Primário Xilema Secundário Câmbio Vascular Floema Secundário Comentário Em algumas raízes, como é o caso do feijoeiro, são formados raios nos tecidos vasculares secundários. Estes raios consistem em células parenquimáticas que se estendem radialmente. O floema primário é comprimido durante o desenvolvimento da raiz e desaparece, o xilema primário pode permanecer. Raiz em Estágio Secundário de Guanxuma (Sida sp.) Floema secundário Xilema secundário Câmbio Fibras do Floema Comentário O crescimento secundário da raiz provoca um rompimento em seu corpo primário, uma vez que o xilema e o floema primário são separados pela síntese de xilema e floema secundários pelo câmbio vascular. Com o aumento dos tecidos secundários, o floema primário é comprimido e desaparece. Fibras de floema primário podem remanescer e serem distinguidas. Parte IV - Caules O caule é um órgão vegetativo das plantas vasculares, geralmente com fototropismo positivo, responsável pela condução da água e minerais das raízes para as folhas via xilema e das substâncias produzidas nas folhas via floema para as demais partes da planta. Forma e serve como suporte para as folhas e as estruturas reprodutoras. Podem ser anatomicamente bem diferentes e apresentar outras funções distintas, como armazenamento de reservas nutritivas (tubérculos). Caule de Abóbora (Cucurbita sp.) Floema Metaxilema Protoxilema Floema Feixe vascular esclerênquima Parênquima cortical Colênquima Comentário A figura anterior mostra um caule de abóbora em estágio primário. Os tecidos vasculares primários se apresentam como um cilindro de feixes isolados separados pelo parênquima cortical. O desenvolvimento dos caules, ao contrário do das raízes, é centrífugo, ou seja, ocorre de dentro para fora. A abóbora apresenta caule oco. Caule de Algodão (Gossypium sp.) Medula Câmbio Xilema Floema Parênquima cortical Súber Felogênio Feloderme Periderme Comentário Pode-se observar a presença de um córtex e de uma medula no caule de algodão. Nas gimnospermas e nas dicotiledôneas não arbustivas continua ocorrendo espessamento nas regiões onde não há mais alongamento. Este crescimento em espessura se deve a atividade dos meristemas laterais câmbio vascular e felogênio. Pode-se afirmar que o caule de algodão se encontra no início do estágio secundário. A periderme está iniciando seu desenvolvimento. Caule de Videira (Vitis sp.) Medula Xilema Córtex Câmbio Floema Epiderme comentário O caule de videira apresentado na imagem anterior encontra-se em pleno desenvolvimento dos sistemas secundários. Ainda não houve a formação da periderme. Caule de Gerânio Epiderme Parênquima cortical Medula Xilema Procâmbio Floema Comentário O caule de gerânio demonstrado na figura anterior encontra-se em estágio primário. Os tecidos vasculares formam um cilindro oco contínuo. Medula do Caule de Pinus sp. Medula Xilema secundário Duto resinífero Comentário Em algumas coníferas, como é o caso do Pinus, os tecidos vasculares aparecem como um cilindro vascular oco dentro do tecido fundamental. A região mais interna deste tecido é chamada medula, formada principalmente por células parenquimáticas. Caule de Pinus sp. Duto resinífero Epiderme Felogênio Feloderme Xilema secundário (somente traqueídes) – lenho homogêneo Floema secundário Câmbio Comentário O caule de Pinus não apresenta elementos de vaso. As traqueídes são as células condutoras (o lenho, neste caso, é homogêneo). As células parenquimáticas do sistema axial podem estar associadas a dutos resiníferos, que secretam resina. Estes dutos podem estar presentes tanto no sistema axial como no radial. A resina protege a árvore do ataque de fungos e de besouros. Caule de Guanxuma (Sida sp.) Epiderme Parênquima cortical Floema secundário Câmbio Xilema secundário Medula Ductos de Mucilagem Comentário O caule de guanxuma mostrado anteriormente encontra-se no início do estágio secundário. Pode-se notar que a periderme começa a se desenvolver Também é possível reparar na presença de ductos de mucilagem, tanto na medula quanto no córtex Caule de Guanxuma (Sida sp.) Floema secundário Câmbio Xilema secundário Medula Súber Felogênio Feloderme Comentário O caule de guanxuma mostrado na imagem anterior encontra-se em estágio secundário, já com seus tecidos vasculares em estágio secundário e com periderme desenvolvida. É possível notar a presença dos raios parenquimáticos tanto no xilema quanto no floema Caule de Milho (Zea mays) Epiderme Parênquima Feixe vascular Comentário No caule de milho, os feixes vasculares fechados formam um sistema de cordões espalhados por todo o tecido parenquimático. Os feixes se encontram mais abundantemente distribuídos na porção do caule mais próxima a epiderme. Aí, sua bainha também costuma ser maior. Feixe Vascular do Caule de Milho (Zea mays) Parênquima Bainha de esclerênquima Metaxilema Protoxilema Floema primário Lacuna de protoxilema Esclerênquima Elemento crivoso Célula companheira Comentário O floema dos feixes vasculares do milho se desenvolve a partir das células mais externas do procâmbio, e o xilema, das mais internas. O protoxilema e o protofloema são distendidos e destruídos ao longo do desenvolvimento da planta. Na figura anterior é possível observar a lacuna deixada pelo protoxilema. O feixe maduro contém dois grandes elementos de vasos do metaxilema e o metafloema, e é totalmente envolvido por uma bainha de células de esclerênquima. Parte V - Sistema Vascular O sistema vascular é constituído pelo xilema (lenho) e pelo floema (líber). Esse sistema foi um importante fator evolutivo na conquista do ambiente terrestre. Possibilitou à planta melhor e mais rápido transporte de substâncias, sustentação e capacidade de atingir grandes alturas. Sistema Vascular de Ipê (Tabebuia sp.) Esfregaço do Xilema Elemento de vaso Traqueíde Fibrotraqueíde Comentário As principais células condutoras do xilema são os elementos traqueais, divididos em dois tipos: traqueídes e elementos de vaso. São células alongadas que têm parede secundária podem ter pontuações em suas paredes. Além disso, contêm perfurações, orifícios da parede celular. Sistema Vascular de Pinus Fibras Libriformes Pontoações Comentário As fibras libriformes têm formato muito alongado e possuem pontuações diminutas. Muitas fibras do xilema, apesar de apresentarem paredes grossas e lignificadas, se encontram vivas na maturidade e exercem função de armazenamento de reservas e sustentação. Sistema Vascular de Eucalipto (Eucalyptus sp.) Traqueídes Comentário As traqueídes são células menos especializadas que o elementos de vaso. As gimnospermas somente possuem este tipo de elemento condutor. Os elementos de vaso são mais eficientes no transporte de água porque entre eles ela pode fluir livremente através das perfurações. Entretanto, as traqueídes são mais seguras para a planta pois a água que flui entre elas precisa atravessar suas membranas, que podem reter até as menores bolhas de ar que eventualmente se formem. Parte VI - Folhas As folhas são órgãos das plantas especializados na captação de luz e trocas gasosas com a atmosfera para realização da fotossíntese e da respiração. Os principais componentes foliares são a bainha, parte que se prende ao caule, o pecíolo, que fica entre a bainha e o limbo, e o limbo, que é a parte principal da folha. Existem espécies de plantas que não possuem pecíolo ou nem o pecíolo nem a bainha. Na folha do fumo faltam o pecíolo e a bainha e o limbo prende-se diretamente no caule. Na folha do milho falta o pecíolo e a bainha é bem desenvolvida e fica em volta do caule. Epiderme de Cravina (Dianthus plumarius) Estômato Ostíolo Célula companheira Célula guarda Célula guarda Célula da epiderme comum (sem estômato) Comentário Como se pode observar na epiderme de cravina, as células epidérmicas das folhas encontram-se compactadas e são cobertas por uma cutícula cuja função é diminuir as perdas de água. O estômato é a estrutura celular que tem a função de realizar trocas gasosas entre a planta e o meio ambiente e grande parte da transpiração vegetal. Epiderme de Trapoeiraba (Commelina sp.) Ostíolo Células guarda Células companheiras Célula epidérmica comum Comentário As células guarda encontram-se sempre em pares, com as concavidades voltadas uma para a outra, e possuem forma reniforme (que lembra um rim). A zona da parede celular que rodeia a abertura do estômato é geralmente mais espessa que a zona que se encontra em contacto com as outras células da epiderme. Dá-se o nome de ostíolo à abertura delimitada pelas células guarda e células companheiras são as que delimitam as fronteiras do estômato. Folha de Espirradeira (Nerium sp.) Xilema Floema Epiderme adaxial Epiderme abaxial Parênquima paliçádico Parênquima lacunoso Parênquima Colênquima Comentário Pode-se notar que na folha de Espirradeira existem várias camadas de células na epiderme (epiderme multisseriada). Esta é uma das adaptações desta planta ao clima quente e seco. O mesófilo apresenta um grande volume de espaços intercelulares e cloroplastos, e é especializado para a fotossíntese. Encontra-se diferenciado em parênquima paliçádico (formado por células mais compactas colunares) e parênquima lacunoso (formado por células de formato irregular e espaçadas entre si). Folha de Espirradeira (Nerium sp.) Cripta Tricomas Estômatos Comentário Na imagem anterior, destaca-se uma estrutura foliar chamada cripta, que é uma depressão repleta de pelos epidérmicos que ocorre na superfície abaxial da folha. Na maioria das plantas xerófitas, os estômatos se encontram espalhados dentro das criptas. Esta adaptação auxilia na redução da perda de água através da folha. A folha de espirradeira pode ser classificada como dorsi-ventral, pois o parênquima paliçádico somente ocorre rente a superfície adaxial. As folhas de vegetais que o apresentarem também rente a superfície abaxial, com parênquima lacunoso entre os dois, são classificados como isolaterais. Folha (Acículas) de Pinus Canal de resina Bainha do feixe Floema Xilema Parênquima braciforme Epiderme esclerificada Floema Tecido de transição Epiderme esclerificada Comentário A folha de Pinus é também denominada acícula. Possui epiderme esclerificada, característica que auxilia a evitar a perda excessiva de água pela transpiração. O parênquima braciforme possui cloroplastos e projeções que delimita lacunas. Entre o feixe e a bainha do feixe existe um tecido de transição. As folhas de Pinus, assim como seu caule, possuem ductos resiníferos. Folha de Café (Coffea sp.) Parênquima medular Xilema Floema Nervura central de feixe vascular Floema Xilema Epiderme da face adaxial Epiderme da face abaxial Parênquima lacunoso Parênquima paliçádico Feixe vascular Comentário O mesófilo das folhas é percorrido por um sistema de feixes vasculares. Na maioria das dicotiledôneas, como é o caso do cafeeiro, estes feixes se encontram em padrão ramificado, também conhecido como reticulado. As nervuras contém xilema e floema de origem inteiramente primária. Comumente o xilema ocorre do lado superior da nervura e o floema do lado inferior, formando como que uma continuação dos padrões do caule. Folha de Citrus sp. Xilema Floema Parênquima lacunoso Parênquima paliçádico Epiderme da face adaxial Esclerênquima Epiderme da face abaxial Estômato Câmara estomática Colênquima Comentário Na imagem anterior podemos notar a presença de uma câmara estomática logo acima ao estômato. Trata-se do espaço interno do estômato, delimitado pelas células companheiras e pelas células guarda. A abertura e o fechamento dos estômatos está relacionada a uma série de fatores, como a disponibilidade de água e a luz incidente. Basicamente, quando as células guarda se encontram túrgidas o estômato se abre e quando estas células se encontram plasmolisadas, o estômato se fecha. Folha de Eucalipto (Eucalyptus sp.) Câmaras de secreção bem desenvolvidas Epiderme da face adaxial Estômatos abertos Xilema Floema Parênquima paliçádico Epiderme da face abaxial Parênquima lacunoso 74 Comentário Assim como as outras plantas da família Myrtaceae, as folhas de eucalipto são repletas de glândulas que segregam óleo. Na imagem anterior é possível observar com clareza as câmaras de secreção. O mesofilo das folhas de eucalipto é heterogêneo, ou seja, o parênquima se encontra dividido em paliçádico e lacunoso. Folha de Milho (Zea mays) Tricoma Células buliformes Epiderme da face adaxial Parênquima Clorofiliano Feixe vascular Epiderme da face abaxial Comentário Em contrapartida às folhas de dicotiledôneas, a maior parte das folhas de monocotiledôneas, como é o caso do milho, tem nervuras de tamanhos semelhantes que se estendem paralelamente ao longo do eixo e o mesófilo é homogêneo. O tecidos vasculares das nervuras são circundados por células de parênquima em uma ou mais camadas, formando a bainha do feixe. A bainha assegura que nenhuma parte do feixe fique exposta exerce controle sobre as substâncias que entram e saem dos tecidos vasculares. As células buliformes são células especializadas da epiderme, maiores que as demais, que acumulam água. Estão envolvidas no dobramento ou enrolamento das folhas de gramíneas.
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