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FACULDADE PITÁGORAS– CAMPUS JUNDIAI
	CURSO DE GRADUAÇÃO 
	DISCIPLINA: Homem, Cultura e Sociedade
	2° Semestre 2011
	Professor : Paulo S. Ribeiro e-mail: paulosilvino@gmail.com
	Aula 02
	Leitura para esta e a próxima aula.
ARANHA, Maria Lúcia de arruda. Filosofando: Introdução à filosofia. 3ª ed. São Paulo: Moderna, 2003. Cap. 10 p.118 – 127. (Não ler o item 8) Ler também Cap. 12.
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2008. p. 38-44 (não ler o trecho “Os campos do conhecimento filosófico”). Ler também, p. 46 à p. 50 (não ler Filosofia Contemporânea)
(Continuação) Unidade 01 – o que é o homem enquanto um ser pensante (formação do pensamento ocidental) 
2 : O pensamento pré-socrático (Parmênides e Heráclito)
Como vimos, um contexto de valorização do pensamento racional foi o que condicionou um questionamento das explicações míticas. Assim, começa a busca por uma explicação de cunho racional de tudo, da natureza e do homem. Surge a filosofia.
De origem grega, a palavra filosofia significa amigo da sabedoria (philos = amigo e Sophia = conhecimento). Basicamente ela é um exercício de reflexão e de busca de respostas para explicar a natureza e as coisas intrinsecamente humanas. 
Os primeiros filósofos são os chamados Pré-Socráricos (final do século VII ao final do século V a.C) . É no período pré-socrático em que o pensamento ocidental começa a se dirigir ao conhecimento filosófico.
A preocupação mais importante se dava em relação à origem e essência das coisas. Isto é, queriam entender a ARCHÉ, o princípio ORDENADOR das coisas. Busca-se a physis, a qual não pode ser conhecida pela percepção sensorial, mas apenas pelo pensamento.
Ou seja, estes pensadores desejavam compreender a natureza, isto é, a relação homem/natureza. Procuravam a RACIONALIDADE CONSTITUTIVA DO UNIVERSO. Logo, tinham uma preocupação com a cosmologia
Muitos são os chamados pensadores pré-socráticos, à exemplo de Tales de Mileto, Anaximandro de Mileto, Heráclito de Éfeso e Parmênides de Eléia, entre outros. 
Contudo, vamos nos ater à dois deles: Heráclito e Parmênides. Estes dois pensadores são pólos extremos do pensamento filosófico como veremos a seguir.
Heráclito: Segundo este filósofo, todas as coisas estão em constante mudança, em constante transformação.
Todas as coisas mudam sem cessar, e o que temos diante de nós num momento já não será mais a mesma coisa no momento seguinte. Segundo ele, “nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio”, pois na segunda vez nem nós nem o rio são a mesma coisa.
Ele afirma que o ser é múltiplo, não apenas no sentido da multiplicidade das coisas, mas é múltiplo por ser composto por oposições internas.
Para ele haveria uma unidade fundamental de todas as coisas (assim como para outros pré-socráticos), mas trata-se de uma unidade de tensões opostas. Ele vê no conflito entre os opostos a causa do movimento. O movimento se daria pela luta dos contrários. Haveria uma harmonia nesta luta de forças opostas.
O dinamismo de todas as coisas pode bem ser representado pela metáfora do fogo, forma visível da instabilidade, símbolo da eterna agitação do devir, o fogo eterno e vivo, que ora se acende e ora se apaga.
Parmênides: Opõe-se a visão de Heráclito. Na verdade, Parmênides vai afirmar que tudo é imóvel . Para ele é absurdo pensar que uma coisa pode ser e não ser ao mesmo tempo.
Segundo ele: O “SER” É E O “NÃO SER” NÃO É.
Parmênides defendia a existência de dois caminhos para a compreensão da realidade. O primeiro é o da Filosofia, da razão, da essência. O segundo é o da crendice, da opinião pessoal, da aparência enganosa, que ele considerava a “via de Heráclito” (COTRIM, G. Fundamentos da Filosofia. São Paulo Ed. Saraiva, 1995, p. 91).
Para ele o ser é imóvel, único , infinito e imutável. Ele não nega que o movimento exista porque os seres nascem e morrem, mudam de lugar e se expõe em infinita multiplicidade.
Contudo, essa percepção da mudança apenas se dava no mundo do sensível, o qual é ilusório, é opinião. Apenas no mundo inteligível é que encontramos a verdade, isto é, pela evidência conseguida pela razão: 
O QUE É, É – E NÃO PODE DEIXAR DE SER. Tal afirmação seria puro princípio lógico.
Além do “O QUE É” apenas poderia existir, diferente dele, “O QUE NÃO É” – o que seria absurdo, pois significaria atribuir existência ao não ser, impensável e indivisível. 
3 - O pensamento clássico
 3.1 - Sócrates x sofistas (racionalismo x relativismo)
Sofistas: São os primeiros filósofos do período socrático (final do século V e todo o século IV a.C).
Começam uma valorização de um enfoque antropológico das preocupações filosóficas que abrange a moral e a política. Podemos citar alguns nomes como Protágoras e Górgias.
Eram sábios e professore que vendiam seu conhecimento aos jovens. Suas posições foram criticadas pela tradição filosófica, considerando-os como oportunistas e sem compromisso com a verdade, apenas preocupando em convencer o interlocutor.
Os sofistas favoreceram o surgimento de concepções filosóficas relativistas sobre as coisas. Segundo essas concepções, não haveria uma verdade única, absoluta. Tudo seria relativo ao homem, ao momento, a um conjunto de fatores e circunstancias (COTRIM, G. Fundamentos da Filosofia. São Paulo Ed. Saraiva, 1995, p. 101). Assim, os Sofistas podem ser chamados de RELATIVISTAS.
Considerando a importância da política neste contexto, os sofistas ensinavam aos jovens como serem bons de retórica e argumentação no debate político, valorizando sobretudo a lógica. Contudo, embora os discursos fossem lógicos, não estavam preocupados com a moral da mesma forma como se veria mais a frente, mas produziam discursos vazios.
Seus críticos diziam que os sofistas corrompiam os jovens, pois faziam o ERRO e a MENTIRA valer tanto quanto a verdade.
Mesmo assim, é possível fazer algumas observações quantos às contribuições dos sofistas, a exemplo da contribuição à democracia e da valorização da idéia do homem como capaz de produzir um discurso lógico através do exercício da razão.
Sócrates: É considerado um marco do pensamento filosófico (469 a 399 a. C). Por isso, os pensadores que o precedem são chamadoS de pré-socráticos e os que vêm em seguida de pós-socrático.
Vai afirmar que cabe ao homem conhecer-se a si mesmo. (CONHECE-TE A TI MESMO).
Suas principais idéias foram divulgadas por seu discípulo mais ilustre, Platão (o qual estudaremos na sequência). 
A partir do pressuposto “só sei que nada sei”, que consiste justamente na sabedoria de reconhecer a própria ignorância, inicia a busca pelo saber.
Pelo método de desenvolver diálogos críticos com seus interlocutores, Sócrates questionava-os quanto às suas verdades, quanto à suas próprias certezas, colocando-as em “xeque”. Assim, considerava-se um verdadeiro “parteiro de almas” ao ajudar no nascimento de novas idéias, libertando indivíduos presos à uma visão deturpada da realidade.
Podemos dizer que Sócrates era à favor da depuração do pensamento, buscando a definição do conceito. Ele busca algo UNIVERSAL, isto é, que possa valer enquanto verdade para todos.
Assim, ele questionava: o que é o bem? O que é o belo? O que é a piedade? Para que a riqueza? Ele provocava o questionamento pela ironia e conduzia os alunos a construírem suas respostas pela maiêutica.
Tentou unir o saber ao fazer, a consciência intelectual à consciência prática ou moral.(COTRIM, G. Fundamentos da Filosofia. São Paulo Ed. Saraiva, 1995, p. 103). Nasce o intelectualismo moral, o homem sabendo o que é o “bem”, ele poderá agir corretamente.
Essa postura questionadora de Sócrates com relação às verdades de seu tempo contribui para que se tornasse inimigo de pessoas poderosas, as quais o condenariam à morte por corromper a juventude com suas idéias. 
Ainda podemos dizer que Sócrates privilegia as questões morais, buscando compreendero que é a coragem, a covardia, a justiça, etc.
Sócrates desejava compreender o que é o “logos” (a razão que se dá algo) das coisas, isto é, o conceito de algo. Ao pedir o logos da justiça, ele quer saber a definição de justiça. Assim, Sócrates pode ser visto como RACIONALISTA.
Reafirmação das diferenças entre sofistas e Sócrates (relativismo versus racionalismo)
A diferença entre os Sofistas e Sócrates se dá pelo fato de que os Sofistas aceitam a validade das opiniões e das percepções sensoriais, trabalhando com elas para produzirem argumentos de persuasão (convencimento), enquanto que Sócrates consideram as opiniões como fonte de erro, mentira e falsidade, formas que jamais alcançariam a verdade plena da realidade.
Os Sofistas cobravam para ensinar, vendo a filosofia como profissão. Sócrates dizia que isso era absurdo, sendo a filosofia uma atividade do homem livre.
Os Sofistas “sabem tudo” e transmitem seu saber. Sócrates afirma que nada sabe, havendo a necessidade de se buscar a verdade.
Atividade 02
Responda as questões abaixo, discutindo-as em grupo.
Comente as divergências fundamentais entre Parmênides e Heráclito sobre a realidade do ser.
Caracterize as preocupações fundamentais do pensamento Pré-Socrático.
Diferentemente do período pré-socrático, marcado por preocupações quanto à essência das coisas, qual a preocupação no Período Socrático (entre Sofistas e Sócrates)? 
Comentem alguns pontos importantes que marcam as diferenças entre o pensamento Sofista e o pensamento de Sócrates. 
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