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História da Psicologia Industrial/Organizacional Objetivo • Conhecerr a trajetória histórica da Psicologia Industrial / Organizacional (I/O). Primeiros Anos da Psicologia I/O (1900-1916 • A Psicologia Industrial nasce nos EUA, com bases utilitaristas, de adaptação do homem ao trabalho: – psicólogos começam a estudar atividades cotidianas (ex.: o trabalho); – engenheiros industriais buscam melhorar a eficiência e produtividade dos operários; – psicólogos começam a aplicar conhecimentos à propaganda; – testes de inteligência, personalidade e outros são desenvolvidos e aplicados em diversos contextos. Primeiros Anos da Psicologia I/O (1900-1916) • Frank Gilbreth (1868-1924) e Lillian Gilbreth (1878-1972) – Engenheiros: – Pioneiros dos estudos de tempos e movimentos na produção industrial. – Chamaram atenção dos engenheiros para o “fator humano” na indústria. – Lillian trabalhou também a favor dos direitos civis e da reabilitação de portadores de deficiências. Imagens: Wikimedia Commons e NORTHWESTERN UNIVERSITY Primeiros Anos da Psicologia I/O (1900-1916) • Walter Dill Scott (1869-1955) – Psicólogo: – Estuda a psicologia aplicada à propaganda e a eficiência no trabalho. Imagens: Wikimedia Commons e NORTHWESTERN UNIVERSITY Alumni News 5 Primeiros Anos da Psicologia I/O (1900-1916) • Fredrick Taylor (1856-1915) – Engenheiro: – Preocupado com aumento da eficiência e produtividade e prosperidade dos funcionários, desenvolve os princípios da administração científica. Imagens: Wikimedia Commons e NORTHWESTERN UNIVERSITY Alumni News Primeiros Anos da Psicologia I/O (1900-1916) • Princípios da Administração Científica de Taylor: – analisar cientificamente cada tarefa e determinar a melhor forma de realizá-la; – selecionar a melhor pessoa para cada trabalho; – treinar e fornecer incentivos financeiros para os trabalhadores realizarem melhor as tarefas; – dividir tarefas e responsabilidades: gestores planejam e controlam, operários executam. Primeiros Anos da Psicologia I/O (1900-1916) • Hugo Münsterberg (1863-1916) – Psicólogo: – Aplica princípios da psicologia experimental, dos estudos de percepção e atenção no trabalho. – Münsterberg fez análises sistemáticas dos processos de trabalho, seleção de pessoal e vendas. Imagem: Wikimedia Commons 8 EUA na Primeira Guerra Mundial (1917-1918) • Contribuições da psicologia norteamericana para o esforço de guerra: – seleção dos soldados; – análise de problemas de motivação, disciplina e moral das tropas; – desenvolvimento de testes e medidas psicológicas; – avaliação de soldados com testes de inteligência e destreza; – avaliações de desempenho de oficiais. Período entre Guerras (1919-1940) Difusão da Psicologia Industrial • Difusão da Psicologia Industrial: – pesquisas de Psicologia Aplicada nas universidades; – aplicação nas empresas para reduzir absenteísmo e aumentar a produtividade. • Aplicação da Psicometria: – difusão dos testes vocacionais; – difusão dos testes de seleção e avaliação. • Aplicação do Behaviorismo: – propaganda (marketing); – treinamento; – remuneração, motivação e incentivos. 10 Período entre Guerras (1919-1940) Estudos de Hawthorne • Equipe de Elton Mayo e outros (Univ. de Harvard) conduziram estudos na fábrica Hawthorne da Western Eletric Co. entre 1924-1933: – O aumento da produtividade não está relacionado com o nível de intensidade da luz (como era esperado); – Fatores “humanos”, tais como desejo de agradar, medo de represálias etc., afetavam bastante a produtividade; – “Efeito Hawthorne”: depois que passa a novidade da mudança no ambiente, a produtividade volta ao normal. Período entre Guerras (1919-1940) Estudos de Hawthorne • Pesquisadores descobriram: – a importância dos grupos e regras informais de trabalho; – a importância de ouvir e conhecer as atitudes dos funcionários; – os benefícios de uma supervisão compreensiva e apoiadora. • Descobertas contribuíram para o movimento das “relações humanas” na década de 50. 12 EUA na Segunda Guerra Mundial (1941-1945) • Aplicação de novos instrumentos de seleção e avaliação psicológica em 12 milhões de soldados. • Desenvolvimento de novos testes de aptidão, desempenho, estresse situacional, entre outros. • Aprimoramento da seleção e treinamento de pilotos, com base em estudos do seu comportamento nos voos. • Otimização dos equipamentos para tornar as tarefas mais fáceis e seguras (Ergonomia). 13 Período Pós-Guerra até a Década de 60 • Universidades passam a oferecer regularmente cursos pós-graduação em Psicologia Industrial/Organizacional. • Grande aumento das pesquisas em Psicologia I/O. • Movimento das relações humanas: ênfase nas necessidades individuais, nas relações sociais e no estudo dos grupos. • Influências da Psicologia Social e da Sociologia. • Especialização da área. Décadas de 70 e 80 • Mudanças na sociedade, nas organizações e nas pessoas: – novas tecnologias (TI e comunicações); – reestruturações organizacionais; – expansão do terceiro setor; – mudanças no mercado de trabalho; – globalização, competição; – crises (Petróleo). Décadas de 70 e 80 • Movimento dos direitos civis nos EUA: críticas ao uso discriminador dos testes e instrumentos de avaliação. • Críticas ao behaviorismo. • Influência de novas correntes: cognitivismo, psicanálise, humanismo, etc. • Demanda por prática mais “humanizadoras” que considerem a subjetividade. Décadas 90 até hoje • Difusão das pesquisas sobre: – Clima e cultura organizacional; – Estresse no trabalho e Psicopatologia do trabalho; – Qualidade e satisfação no trabalho; – Gestão participativa, grupos e equipes; – Agressão e assédio sexual/moral no trabalho. • Importância crescente da Psicologia Organizacional. Psicologia I/O no Brasil Décadas de 30 a 60 • Manoel B. Lourenço Filho (1897-1970) – implanta os primeiros serviços de Orientação Vocacional e cria o Instituto de Organização Racional do Trabalho (IDORT), em SP (1931). • Emílio Mira y Lopez (1986-1964); – criação do Instituto Superior de Orientação Profissional (ISOP), FGV, Rio de Janeiro, 1947; • Reconhecimento e institucionalização da Psicologia como profissão em 1962. Imagem: Arquivo Univ. Barcelona ( www.ub.es ) Psicologia I/O no Brasil Décadas de 70 em diante • Contribuições da Psicologia Organizacional, Institucional e do Trabalho e novas demandas para os Psicólogos das Organizações: “o psicólogo das organizações é chamado para atuar (...) também em áreas estratégicas: avaliação de clima e cultura; administração de processos de mudança e desenvolvimento organizacional; participação no planejamento estratégico e na elaboração de políticas; consultorias internas e resolução de conflitos organizacionais em todos os níveis; atuação junto à área de negócios; e assessoria direta à presidência (...) elaboração de programas de qualidade de vida dos funcionários; planejamento de carreira, (re)orientação profissional e programas de aposentadoria; ergonomia e segurança no trabalho; atuação junto a sindicatos; consultorias externas e terceirizações; atuação em meio a instituições de ensino e cooperativas.” (Tractenberg, 2000). Questões • De que forma a Psicologia Oganizacional contribuiu para a melhoria da produtividade organizacional e saúdedo trabalhador? Bibliografia • MUCHINSKY,Paul M.; Psicologia Organizacional. São Paulo: Pioneira Thomson, 2004.
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