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CAMPUS ARARANGUA
LICENCIATURA EM FÍSICA SEGUNDO MÓDULO
Epistemologia e História das Ciências Prof: Lucas Piras
César Destro dos Santos e Jefferson Ferreira dos Santos 7
Introdução
Procuraremos apresentar as idéias centrais dos seguintes epistemólogos da ciência: Karl Popper, Thomas S. Kuhn, Imre Lakatos, Paul Feyerabend. Antes, apresentaremos conceitos básicos do indutivismo, pois foi em oposição a ele que surgiram as chamadas epistemologias do século XX.
Esse debate foi tão rico que deu origem, a partir das últimas décadas do século passado, a um novo campo de pesquisa em ensino de ciências, particularmente em ensino de Física, sobre as influências, a contribuição e o processo de transformação dessas visões no ensino e aprendizagem das ciências.
Biografia
 Nascido em Londres, em 22 de janeiro de 1561, Ele reconfigurou toda a ciência moderna esse processo de construção da ciência moderna é muito próxima de como fizemos a ciência hoje em dia vem de Francis Bacon, do método dele que e chamado de empírico-indutivo esse método e importante porque coloca como critério da verdade a experiência, e ao coloca como critério da verdade a experiência esse método traz para gente duas considerações importantes .
Novum Organum e uma critica a obra de Aristóteles, obra essa onde Aristóteles tenta compreender a ordem do Universo, Francis bacon ira propor uma nova configuração para isso, ele Reinterpretar as idéias de Aristóteles , fazendo assim uma critica ao Organon de Aristóteles.
The Advancement of Learning Traz o comprometimento de Bacon com a evolução da Ciência buscando sempre o progresso , e o progresso sempre pensando nesse domínio da ciência sobre a natureza e levando ao desenvolvimento social . Esse pensamento de Bacon na passagem do século XVI pro XVII, ele acreditava que a ciência teria um propósito, precisaria ser uma ciência mais pratica . Pra ele de nada ajudaria ter ideias metafísicas, como pesar em Deus em mundos imaginários, tentar entender como funciona o ser . 
Todos esses pensamentos seriam muito pouco prático Bacon acreditava que os filósofos da antiguidade acabaram se perdendo nesses pensamentos. Ele busca o fundamento de uma ciência mais pratica mais lógica, mais objetiva, e sempre buscando a criação de uma lei geral .A ciência poderia ter alguns limites e teríamos que tentar escapar, assim nasci a Teoria Dos Ídolos , uma critica a natureza conhecimento ,e esses Ídolos seriam distrações que poderiam prejudicar o processo cientifico empírico-indutivo .O motivo pelo qual os ídolos poderiam prejudicar seria que quando se esta fazendo a experiência você se distraí se não criar uma norma especifica , se você divaga se pensamento você talvez não chegue ao um resultado próximo da verdade.
Era preciso ficar atento e não se desviar da verdade, de acordo com a teoria dos Ídolos aviam 4 principais maneira de se desviar eram elas :
Ídolos da tribo: Assim como em uma grande tribo o ser humano tem distrações que destorcem a realidade, há sempre um cuidado, pois o aspecto humano pode influenciar negativamente na experiência. Por isso a necessidade de fugirmos dessa parcialidade às vezes.
Ídolos da Caverna: A idéia da caverna representa que a pessoalidade que todo ser humano possui possa interferir negativamente na experiência.Como a idéia de uma pessoa que deixa de fazer algum experimento porque vai contra seu gostos
Ídolos do foro: A linguagem precisar ser a mais clara, objetiva ,e precisa , precisa que tudo esteja nomeado classificado, e precisa de uma boa comunicação mais direta entre os membros que fazem o experimento.
Ídolos do teatro: São criticas aos filósofos do passado como Platão, pois de nada adiantaria para a ciência pratica lógica objetiva você se perder em considerações como o mundo das idéias, o mundo material, a natureza do ser,quando o que realmente importa no método empírico- indutivo e você chegar a resultados.
Etapas do Método Empírico- Indutivo
As etapas do método baseado na experiência que será induzida, para que se possam testar os resultados. Isso e muito parecido com o que fazemos hoje em laboratórios. 
Se os cientistas querem estudar um fenômeno, e esse já aconteceu então eles tentam induzi-lo em laboratório para que seja possível estudá-lo não esperam acontecer novamente para realizar as experiências, e justamente esse e o objetivo da indução. Você induz uma experiência, a observa, você analisa para tentar encontra alguma regularidade. Exemplo disso seria um teste de um calmante em alguns ratos. Apos aplicar o calmante em um grupo de ratos observasse que todos morreram, então a alguma regularidade todos os ratos que receberam o calmante morreram então a doze usada pode estar errada. Após interpretar os resultados obtidos diminuiu-se a dose e nada ocorre então ira se fazendo o teste ate encontrar um resultado satisfatório. E analisando esse resultado e ai então se lança uma dose segura generalizando criando uma lei geral para a aplicação do que estava sendo testado em laboratório.
Essa seria a forma segura segundo Bacon para se tentar compor o conhecimento chegando a leis gerais partindo da Experiência, Observação, Regularidade, Analise Generalização.
Falhas da Teoria
1ª se a validação de uma hipótese científica se desse por verificação empírica o numero de observações seria infinito
2ª as observações também devem ser repetidas sob diversas condições diferentes
3ª Sem contar que a observação também não pode ser 100% segura pois depende do observador,duas pessoas diferentes observando uma mesma coisa irão interpretar aquilo diferentemente,tudo depende do conhecimento, das expectativas, da formação cultural, estado e diversos outros fatores mais subjetivos do observador em questão. 
Karl Raimund Popper (Viena, 28 de Julho de 1902 — Londres, 17 de Setembro de 1994) foi um filósofo da ciência austríaco naturalizado britânico. É considerado por muitos como o filósofo mais influente do século XX a tematizar a ciência. Ele é talvez mais bem conhecido pela sua defesa do falsificasionismo como um critério da demarcação entre a ciência e a não-ciência, e pela sua defesa da sociedade aberta.
A filosofia de Popper critica a forma de proceder por indução. Esta permitiria apenas uma semelhança de regularidade que proporcionaria uma coletânea de fatos que impossibilita que se refute uma teoria. Popper formulou um novo método. É o modelo hipotético-dedutivo. Para Popper, a busca do conhecimento não se dá a partir da simples observação de fatos. Na verdade, esta nova concepção pressupõe um interesse do sujeito em conhecer determinada realidade que o seu quadro de referências já não mais satisfaz. Por isso, a mera observação não é levada em conta, mas sim uma observação intencionalizada, orientada e seletiva que busca criar um novo quadro de referências.
É assim que surge o modelo hipotético-dedutivo. A partir da seleção do objeto a ser observado, e verificado a insuficiência do quadro de referências, o cientista formula uma hipótese geral da qual se deduzem conseqüências que permitem a possibilidade de uma experiência. Aqui já não mais é necessário verificar para atribuir significado, isto é, verdade ou falsidade, mas a tentativa é de refutar a teoria que permite o estabelecimento de um conhecimento e a possibilidade de seu desenvolvimento. É o critério da Falseabilidade.
Falseabilidade
A possibilidade de uma teoria ser refutada constituía para o filósofo a própria essência da natureza científica. Assim, uma teoria só pode ser considerada científica quando é falseável, ou seja, quando é possível prová-la falsa.Segundo Popper, o que não é falseável ou refutável não pode ser considerado científico. As teorias da gravitação universal de sir Isaac Newton são científicas, por que além de se enquadrarem na definição ao propor equações simples que descrevem os modelos cósmicos gravitacionais, também é possível se fazer previsões acertadas com base nelas. E as teorias de Newton também são falseáveis.Tanto que o foram, quando Albert Einstein com sua Teoria da Relatividade demonstrou que a mecânica newtoniana não era válida em velocidades próximas à da luz.
Para Popper, os limites da ciência se definem claramente. A ciência produz teorias falseáveis que serão válidas enquanto não refutadas. O clássico experimento do eclipse, no qual Einstein provou que a luz era afetada pelos campos gravitacionais e o experimento posterior, que provou que cronômetros de altíssima precisão postos em alta velocidade em relação à Terra apresentavam pequenos atrasos quando comparados a cronômetro idêntico mantido imóvel na superfície, trouxe a ciência aos novos tempos em que o tempo não mais era absoluto.
Mesmo assim, as teorias de Newton continuam válidas para a maioria das aplicações cotidianas, quando a influência da velocidade pode ser considerada desprezível para as aplicações práticas.Por outro lado, seguindo as definições e o conceito da falseabilidade de Popper, a astrologia de horóscopo moderna não pode ser considerada científica.
Todo o gigantesco arcabouço da mecânica newtoniana, o mais prestigiado modelo científico de todos os tempos, foi falseado por dois experimentos simples e uma equação magistral (E=mC²). Mas não existem experimentos possíveis que possam falsear a teoria de que a posição de determinados corpos celestes afetam a vida de pessoas nascidas em determinado período de determinada forma.
A abrangência das previsões e a falta de um modelo simples e claro que as expliquem tornam a astrologia de horóscopo não falseável e, portanto, não científica.
As explicações científicas e a lógica dedutiva
Uma das tarefas da ciência é a explicação. Ao longo da história da prática da explicação, muitos métodos e tipos diferentes foram tidos como aceitáveis, mas todos eles têm algo em comum: consistem todos de uma dedução lógica.
Qualquer explicação envolve no mínimo um enunciado universal (lei) que, combinada com as condições específicas, permite deduzir o que se deseja explicar. Apenas condições específicas não são suficientes para se produzir uma explicação. Por exemplo, se quisermos explicar o aumento da resistência elétrica de um fio de cobre pela elevação da temperatura, podemos supor um enunciado universal que afirma que os condutores metálicos possuem resistência variando com a temperatura. Lei: a resistência elétrica dos condutores metálicos varia com a temperatura. Condições específicas: a temperatura do fio de cobre variou de 20° C para 6° C. Conclusão: a resistência elétrica deste fio de cobre variou. Obviamente que esta não é a única explicação possível.
 Outras explicações mais profundas e complexas recorreriam a leis e condições específicas sobre a estruturada matéria, justificando o fenômeno macroscópico (a variação da resistência) a partir deste nível microscópico. Uma explicação desta ordem envolveria uma longa cadeia dedutiva.Outras tarefas da ciência, como a derivação de predições e aplicações técnicas.A derivação de predições parte do suposto conhecimento das leis e das condições específicas, obtendo-se algo que ainda não foi observado. Nas aplicações técnicas são especificados os resultados a serem obtidos, como, por exemplo,construção de uma ponte, e são admitidas certas leis e teorias relevantes. O que se procura então são condições específicas que possam ser tecnicamente realizadas.
A lógica dedutiva desempenha um papel de grande importância no conhecimento científico. Segundo Popper, ela é:
Transmissora da verdade.
Retransmissora da falsidade.
Não-retransmissora da verdade.
Sendo verdadeiras as leis e as condições específicas, será necessariamente verdadeira a conclusão. Ela retransmite a falsidade, ou seja, se a conclusão é falsa, então uma ou mais premissas são falsas.Ela não retransmite a verdade, ou seja,sendo a conclusão verdadeira, poderá ser parcialmente ou totalmente falso .Em outras palavras, de premissas falsas é possível se obterem conclusões verdadeiras.Essas três propriedades da lógica dedutiva podem ser exemplificadas através do raciocínio dedutivo:
Primeira premissa: todos os A são B.
Segunda premissa: X é A.
Conclusão: X é B.
A transmissão da verdade das premissas para a conclusão ocorre no
Seguinte exemplo onde as premissas são verdadeiras:
Primeira premissa: todos os metais são condutores elétricos.
Segunda premissa: o cobre é metal.
Conclusão: o cobre é condutor elétrico.
A retransmissão da falsidade da conclusão para as premissas ocorre no seguinte exemplo onde a conclusão é falsa porque a segunda premissa é falsa:
Primeira premissa: todos os metais são condutores elétricos.
Segunda premissa: o vidro é metal.
Conclusão: o vidro é condutor elétrico.
A não-retransmissão da verdade da conclusão para as premissas ocorre no seguinte exemplo onde a primeira premissa e a conclusão é verdadeira e a segunda premissa é falsa:
Primeira premissa: todos os metais são condutores.
Segunda premissa: o carvão é metal.
Conclusão: o carvão é condutor elétrico.
A estrutura dedutiva das explicações científicas e as propriedades da lógica dedutiva são importantes para a filosofia da ciência de Popper, em especial no método crítico exposto mais adiante.
Criticas ao falsiasionismo
Problema 1- O resultado do experimento é, em si mesmo, imbuído de teoria e sujeito a erro. Sem um critério que defina que observação deve ser aceita em um determinado experimento, não é possível tomar a decisão de refutar a hipótese com confiança. 
Solução apresentada: a aceitação de observações ou proposições básicas é sustentada por argumentos que justificam as pressuposições dos dados experimentais (conhecimento experimental). 
Problema 2- O procedimento que leva à obtenção do resultado do experimento é repleto de hipóteses auxiliares (premissas). Caso não se defina se essas premissas são válidas, um resultado que não coincida com a previsão da hipótese pode indicar apenas que há problemas em alguma das premissas.
Solução apresentada: a eliminação de fatores auxiliares baseia-se em argumentos de que o o experimento é suficientemente controlado.
Problema 3- Normalmente, a hipótese não aponta para um uma observação específica, mas para uma afirmação sobre a probabilidade de um resultado. Ou seja, as hipóteses que interessam não são universais, mas probabilísticas. Nesses casos, observações distintas das previsões não contradizem a hipótese, mesmo que as premissas associadas ao experimento sejam adequadas e a observação seja confiável.
Solução apresentada: a falsificação de afirmações probabilísticas é realizada por testes estatísticos normalmente usados pelos cientistas.
Problema 4- Caso o resultado do experimento coincide com a previsão, não há motivos para se admitir que a hipótese não refutada tenha uma qualidade melhor que uma hipótese que jamais foi testada. Assumir o contrário é incorrer no problema da indução.
Solução apresentada: caso a hipótese passe por um teste severo (definido como um teste com alta probabilidade de encontrar erro na hipótese caso ela seja falsa), ela teria uma qualidade diferente de uma hipótese que jamais foi testada.
Imre Avrum Lipschitz (1922-1974), nasceu Hungria em 22 de novembro de 1922, judeu, se formou em física, matemática e filosofia lhe dando cargo intelectual para criar sua própria teoria científica. Para fugir da perseguição nazista mudou seu sobrenome para Molnár. Durante a segunda guerra mundial se tornou um comunista ativo e alterou novamente seu sobrenome para Lakatos. Pós segunda guerra mundial continuou seus estudos e se graduou doutor em 1948 pela universidade de Debrecen. Trabalhou como oficial sênior no Ministério da Educação Hungáro, por desentendimentos dentro do partido comunista Imre esteve preso de 1950 a 1953 sob a alegação de revisionismo. Depois da União Sovietica foi à Inglaterra e concluiu doutorado em filosofia pela Universidade de Cambridge em 1961.
Lakatos leva em consideração que as ideias de Karl Popper definem o mais importante desenvolvimento filosófico do século XX e dá grande importânciaàs criticas de Kuhn e Feyerabend. Ele tem como o objetivo utilizar de sua teoria epistemológica trazer uma resolução lógica ao fazer científico. Ou seja, Imre concorda com Popper contra as concepções de que as mudanças científicas não devem ser governadas por regras racionais.
A Teoria de Imre Lakatos, conhecida como “metodologia dos programas de pesquisa científica (MPPC)”, consiste em um “núcleo firme” onde se encontra uma teoria inabalável, irrefutável pelos demais cientistas e um “cinturão protetor”, sendo ele um conjunto de teorias auxiliares que se moldam aos fatos, observados fazendo com que uma revolução de científica prematura seja evitada, esse conjunto, núcleo e cinturão, denomina-se “programa de pesquisa”. Ele também divide os programas de pesquisa em duas categorias sendo elas “progressivo” e “regressivo”; um programa é dito como progressivo quando o mesmo prevê fatos e tais fatos são comprovados e é dito regressivo quando não prevê fatos ou tais fatos não são comprovados.
Quando anomalias são constatadas pelos pesquisadores do programa a “heurística positiva” de certa forma orienta no que se deve ser alterado nas teorias do cinturão protetor para que o problema seja resolvido e o programa continue válido.
"A heurística positiva consiste num conjunto parcialmente articulado de sugestões ou palpites sobre como mudar e desenvolver as 'variantes refutáveis‘ do programa de pesquisa, e sobre como modificar e sofistificar o cinto de proteção 'refutável' " (Lakatos, 1979; p. 165).
Lakatos afirma que a “Heurística negativa” proíbe a falsificação do núcleo firme diante de qualquer anomalia, tal falsificação cairá sobre as teorias auxiliares que compõem o cinturão protetor, desse modo o programa de pesquisa não será descartado apenas uma teoria auxiliar, outra tomará seu lugar ou a mesma será alterada.
O programa de pesquisa de Isaac Newton tem como núcleo firme as leis do movimento e como teorias do cinturão protetor o modelo do sistema solar tal qual foi rejeitado para que o Sol fosse um ponto fixo por infringir a terceira leia de Newton que afirma que toda ação tem uma reação igual e contrária. 
Thomas Kuhn tem um papel muito grande para a história da ciência, essa ciência produzida em um determinado contexto social histórico, coisas que para Popper não eram importantes. No início em cada canto particular da ciência existe a o que Kuhn chama de pré-ciência, isso seria um conjunto vasto de teorias tentando explicar o fenômeno que e objeto daquela ciência. Nesse momento da pré-ciência não existe uma teoria que seja hegemônica, em um determinado momento uma ou mais dessas teorias começam a conquistar essa hegemonia e começa a ser mais aceita nem um determinado campo, e ai acontece a passagem da pré-ciência para a ciência normal. 
Essa ciência normal e definida pela vigência de um determinado paradigma,ele e mais que uma concepção teórica ,as os métodos favoritos para observar a realidade empírica sobre a teoria. Nesse momento os cientistas já não tem as discussões que existiam naquele campo na pré-ciência. Kuhn observou que as ciências físicas não possuíam o nível de desacordo sobre fundamentos que se caracterizava nas ciência sociais , essa grande diferença fez com que Kuhn pesquisasse mais sobre essas discussões endêmicas nas ciências sociais, as discussões sobre seus fundamentos da concepção de mundo que esta por traz dela.
Nesse momento Kuhn considera que ciência após essa passagem ganha foco, e os problemas são definidos de forma mais precisa, e os cientistas passam a se ocupar com a resolução de “Quebra-Cabeças”. E o que será esses Quebra-Cabeças? Trata-se de problemas que estão diretamente ligados a algum campo da Ciência, e que tem uma solução que os membros daquela comunidade cientifica devem encontrar. 
Porem em algum determinado momento o campo da ciência começa apresentar certos problemas, o que sugere que o paradigma esta quebrado, e esse e um momento de crise e revolução cientifica. Neste momento os cientistas começam a observar as anomalias que o paradigma era incapaz de resolver. Um exemplo disso e Concepção anterior a Copérnico, Tolomeu no sobre o sistema geocêntrico criava problemas do ponto de vista de adaptação de um calendário conveniente, o calendário Juliano que existiu antes do calendário gregoriano ele criava uma discrepância a cada 128 anos, depois veio Copérnico e então foi adotado com certa resistência em alguns países principalmente os que estavam sobre a Reforma Protestante adotaram o calendário gregoriano que também não e perfeito, pois possui uma perda a cada 3 mil anos .
Do ponto de Vista pratico essas anomalias começam a afetar um determinado campo da ciência, esse e um momento de grande insegurança profissional, pois passam a aparecer diferentes versões da teoria paradigmática, e em algum momento uma dessas teorias passa a ter hegemonia dentro de um determinado campo.
Para Kuhn existem dois tipos de descobertas, as descobertas paradigmáticas e as anômalas, a paradigmática é uma descoberta esperada, é achar uma coisa que já existia e não se sabia da sua existência, enquanto a descoberta anômala não é esperada dentro daquele paradigma, ou seja, é uma anomalia. 
Uma descoberta paradigmática se dá quando um cientista vai buscas novas espécies de borboletas e encontram novas espécies, esse era um resultado esperado, mas se esse mesmo cientista acha fadas, esta é uma descoberta anômala, pois o paradigma da biologia atual não explica a existência de fadas, então se este cientista quiser estudar fadas ele terá que criar um novo paradigma que explica as fadas e criar novas instituições como órgãos de fomento e universidades com o propósito de estudar as fadas, lembrando que isso faz parte do processo de uma revolução cientifica onde este cientista achou uma anomalia, a ciência entrou em crise e houve a criação de um novo paradigma que vai competir por adeptos com o antigo e poderá então substituí-lo por completo caracterizando assim a revolução científica.
No dizer de Kuhn, a crise é quem desempenha um papel importante para as revoluções científicas, pois quando não há crise a solução dos problemas anômalos é ignorada, mesmo porque a comunidade científica oferece resistências à emergência de novas teorias e acaba concebendo modificações ad hoc da sua teoria tentando preservá-la. Outra condição necessária para que uma comunidade científica abandone uma teoria que ganhou status de paradigma é a existência de teorias alternativas para substituí-la.
Há condições necessárias para a emergência de um novo paradigma, ou para uma revolução científica: 
1. Existir insatisfação com o paradigma vigente, resultante de muitas anomalias sérias;
 2. A existência de um novo paradigma inteligível plausível (que parece resolver anomalias do velho paradigma e que gerará muitas pesquisas dentro de um novo período de ciência normal.
Tais condições são necessárias, mas não suficientes. Para mudança de paradigmas é mais uma questão de conversão do que de lógica. Há muitos fatores envolvidos em uma revolução científica. Que, embora em alguns períodos da história do desenvolvimento científico tenha, de fato, ocorrido revoluções, e esses momentos foram ampla e adequadamente explorados por Kuhn.
Talvez seja equivocado afirmar que a ciência somente avança através de revoluções esporádicas e entendidas como uma mudança radical, capaz de gerar o abandono de um conjunto de crenças e métodos em favor de outro. Não é um acontecimento esporádico e repentino, que rompe o diálogo entre os cientistas. a ciência desenvolve-se nas comunidades de cientistas que, a todo momento, criticam, avaliam, julgam as novas idéias num processo lento e evolutivo.
Biografia
	Paul Karl Feyerabend (1924-1994), austríaco, doutor em física, graduou-se no ensino médio em 1942, em seguida ingressou nas forças armada alemãs, após treinamento para iniciantes foi designado para França. Pós termino da Guerra trabalhou um tempo em uma cidade alemã chamada Apolda escrevendo peças de teatro. tornou àViena para estudar história e sociologia o que não satisfez o desejo de Karl que em decidiu estudar física, foi quando conheceu um físico chamado Felix Ehrenhaft que com suas experiências influenciaram com muita intensidade sua a visão sobre a natureza da ciência. Em meados de 1955, Feyerabend conhece um aluno de Popper, Lakatos. Eles planejaram publicar um diálogo, no qual Lakatos defenderia uma visão racionalista da ciência e Feyerabend a atacaria. A morte repentina de Lakatos em 1974 pôs fim ao plano.
Sua Visão
Feyerabend pregava uma certa diversidade metodológica e defendia uma visão anarquista da epistemologia, explicada em sua principal obra “Contra o Método”, na qual ele expõe uma irracionalidade nas regras racionalistas. Paul afirma com grande ênfase que as teorias científicas surgem, em sua maioria, de formas irracionais, tornando a própria ciência irracional, apesar de a comunidade científica exigir uma teoria racional. Ele defende também que as teorias científica podem vir de meios não racionais, o que pode validar a teoria Marxista que por não ser falseável não era considerada científica.
De certa forma podemos dizer que, segundo a teoria de Feyerabend, que não importa como são feitas e estudadas estudas as teorias, não necessita ser de uma forma racional, apenas que seja organizada de forma racional ao concluir para que seja aceita pela comunidade científica, “Vale tudo na ciência” tal frase dita por um professor de epistemologia da ciência, doutorando em ensino de física pela UFRGS, reforça a de forma simples a explicação anteriormente dada.
Episódio Histórico
Uma nova teoria concebida através dos preceitos de Paul segue uma linha irracional, ou seja, negando as atuais teorias reacionais, desencadeando assim uma revolução científica. Revoluções cientificas advindas de teorias criadas de formas irracional podemos destacar a de Galileu Galilei sobre o Sistema Solar Heliocêntrico se opondo ao sistema em vigor na época que era o Sistema Solar Geocêntrico de Aristóteles, o qual era considerado racional e a ideia de que o Sol na realidade estivesse no centro era considerado irracional, apesar de se apoiar nas ideias de Copérnico. Por essa negação as ideias consideradas racionais criou grandes desavenças com a Igreja Católica que o ameaçou de tortura e morte. Tal episódio é bem ilustrado em um trecho do filme “A Vida de Galileu” de 1975.
Referencias
http://www.if.ufrgs.br/~lang/Textos/LAKATOS.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imre_Lakatos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_Feyerabend
TELICHEVESKY, L. Gravação da Aula: https://goo.gl/rHCQaB
FEYERABEND E O PLURALISMO METODOLÓGICO* de Anna Carolina Krebs Pereira Regner Cad.Cat.Ens.Fis., v.13,n3: p.231-247, dez.1996.
	IFSC Campus Araranguá Licenciatura em Física César Destro e Jefferson Ferreira

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