Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Imunopatologia Defesas inespecíficas: pele, mucosas, inflamação, fagocitose e febre. Atuam sem contato prévio com o agressor. Defesas específicas: imunidade adquirida. É preciso haver um primeiro contato com o agente agressor. Imunidade Sistema imune tem função básica de proteção e o papel é reconhecer a presença no organismo de substâncias estranhas. A partir disso ele vai eliminar, limitar o dano do agente agressor. Quando há um desvio desse mecanismo, aparecerão as doenças relacionadas a imunidade. Três tipos de processo: - Reações de hipersensibilidade; - Doenças por auto-imunidade; - Doenças por imunodeficiência: AIDS (imunodeficiência secundária). Resposta Imunológica Entra no organismo de material estranho -> processamento do antígeno (macrófagos, APCs) -> apresentação aos linfócitos -> resposta imune celular ou resposta imune humoral (em vezes simultâneas). Resposta imune celular - É mediada por linfócitos T; - Efeito citotóxico direto; - Liberação de citocinas; - Modulação: linfócitos T auxiliares (ativam a resposta) e linfócitos T supressores (desativam a resposta). Receptor antígeno-específico. Outras moléculas – CD4 e CD8. São proteínas na superfície celular dos linfócitos. TCD4 positivo, alvo do HIV, que são os controladores mestres da resposta imunológica. O linfócito T só reconhece antígeno que está na superfície da célula. Não é capaz de se ligar à antígenos solúveis. Resposta imunológica humoral - Mediada por anticorpos. Estimulação antigênica recruta os linfócitos B que vão virar plasmócitos secretores de imunoglobulinas. Antígeno: qualquer substância que pode ligar-se de forma específica a uma molécula de anticorpo ou ao receptor de células T: proteínas, açúcares, carboidratos, fosfolipídios, hormônios... Determinantes antigênicos ou epítopos: porção da molécula em que vai ocorrer a ligação do anticorpo ou do linfócito T. Vacinas: tira-se a toxicidade, mas se mantém o epítopo. O indivíduo recebe o antígeno e o corpo produz anticorpos. Anticorpos (imunoglobulinas). Gamaglobulinas que conferem imunidade. Produzidas por linfócitos B ou plasmócitos, desempenham importante papel no reconhecimento e eliminação de antígenos. Antígenos de Histocompatibilidade Moléculas da superfície celular cuja função é ligar-se a fragmentos peptídicos de proteínas estranhas para apresenta-los aos linfócitos T. Complexo de histocompatibilidade humano – MHC Antígeno leucocitário humano – HLA Classe I ou Classe II Classe I: todas as células nucleadas do corpo. Classe II: células relacionadas ao sistema imune: linfócitos, células dendríticas. A variação nesse sistema é um dos principais problemas no transplante de órgãos. Características da resposta imune - Especificidade; - Diversidade; - Memória: vacinação; - Discriminação “Self” e “Non-self”: base do desenvolvimento das doenças auto-imunes. Reações de hipersensibilidade Há uma ativação exacerbada do sistema imunológico que leva à lesões no tecido. Quatro tipos: nas três primeiras é ativada a resposta humoral, já no quarto tipo é celular. Hipersensibilidade tipo I: alergia. As outras não são caracterizadas como uma doença específica. Hipersensibilidade tipo I Hipersensibilidade imediada, alergia, anafilaxia. Mastócitos teciduais, basófilos circulantes, anticorpos da classe IgE. Todo antígeno que estimula a produção de IgE é alérgeno. Minutos após a segunda infecção. Mecanismo: Na primeira exposição, o indíviduo vai passar pela etapa de sensibilização: antígeno estimulou o linfócito B a se transformar em plasmócito e produzir anticorpo. A IgE se uniu a superfície dos mastócitos. Segunda etapa: segunda exposição ao antígeno. O antígeno vai se ligar à superfície dos mastócitos ou basófilos (à IgE): vai haver degranulação, liberação dos mediadores primários: aminas vasoativas (histamina, serotonina, heparina) e fatores quimiotáticos para neutrófilos e eosinófilos, mediadores secundários (prostaglandinas). Vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular e contração do músculo liso. Intesidade depende do grau de sensibilização e via de inoculação. Antígenos endovenosos comumente levam ao choque anafilático. Anafilaxia local ou atopia: mais comum Afeta 10% da população. O fator genético-hereditário é frequente. Formas clínicas mais comuns: rinite, conjuntivite alérgica, asma brônquica e alergia alimentar. Hipersensibilidade do tipo II ou reação citotóxica. O antígeno vai ser destruído junto com a célula, pois está na superfície da célula. IgG ou IgM. 5 a 8 horas após a segunda exposição. Eritoblastose fetal e rejeição de implantes. Dois mecanismos básicos que levam à destruição celular: 1 – Citoxicidade mediada por células dependente de anticorpos: pra que seja atraído macrófago ou célula NK tem de haver a ligação de antígeno e anticorpo. Quem ativa a destruição celular é o macrófago ou a célula NK. Apoptose. 2 – Citotoxicidade dependente do complemento: ativação do complemento pela via clássica. Destruição da célula por lise osmótica. Hipersensibilidade do tipo III Anticorpos da classe IgG ou IgM. Diferença II: antígeno na forma solúvel. Complexo antígeno anticorpo = gera reação inflamatória que leva à lesão tecidual.. Ativação complemento e plaquetas. São atraídos neutrófilos para o local, liberação das enzimas citolíticas, ativação das plaquetas. Vai provocar lesão tecidual naquela área que está o complexo antígeno anticorpo. Forma localizada: reação de Arthus. Forma sistêmica: doença do soro (lúpus). 2 a 8 horas após segunda exposição. Eritema polimorfo (lábios, úlceras hemorrágicas, usa-se corticoides, antiinflamatórios), lúpus eritematoso (generalizada, sistêmica). Hipersensibilidade do tipo IV Hipersensibilidade tardia. Linfócitos e Macrófagos. Mecanismos: - Lesão mediada por macrófagos ativados (reação tuberculina): interferon gama (citocina). Liberação de citocinas pelos macrófagos, citocinas que fazem maior recrutamento de macrófagos. Vai se formar o granuloma característico da tuberculose. Teste de mantu: sempre vai possuir um grau de positividade, por conta da BCG. - Citotoxicidade mediada pela célula T: linfócitos T citolíticos ativados. 24 – 72 horas após segunda exposição. Envolvidas nas reações por contato: dermatites por contato. Doenças por auto-imunidade Quebra da reposta imunológica: reconhecimento do que é próprio e não próprio. Se o sistema imunológico reconhecer que o DNA é um agente estranho, todas as células vão ser afetadas. Gravidade: se o tipo celular é específico ou não. Influência de fatores genético-hereditários. R.H do tipo II: anemia hemolítica auto-imune, pênfigo vulgar. R.H do tipo III: lúpus eritematoso. R.H. do tipo IV: tireoidite de Hashimoto: doença que afeta mulheres em que há uma destruição de origem auto-imune da tireóide. Com o passar do tempo as afetadas passam a sofrer deficiência de hormônios tireoideanos. Não precisa saber muito; pênfigo vulgar: produção anormal de auto-anticorpos dirigidos contra a desmogleína, uma glicoproteína da célula epidérmica que é um componente dos desmossomos, levando à formação de bolhas intra-epiteliais. Clinicamente: bolhas que podem acontecer na pele e na mucosa. O rompimento dessas bolhas levam à úlcera. Distribuídas simetricamente na pele ou mucosa. Diagnóstico através de biópsia. Doenças por imunodeficiência - Imunodeficiência primária: agamaglobulinemia congênita (ausência de linfócitos B) ou aplasia tímica congênita (LT não está presente, a criança morre rapidamente, por qualquer infecção por vírus). - Imunodeficiência secundária: síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Guilherme Wendlant – ATO 2015-11
Compartilhar