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BOLETIM DE JURISPRUDÊNCIA Nº 111
JURISPRUDÊNCIA DAS TURMAS RECURSAIS
RECURSOS CÍVEIS
SUMÁRIO
AÇÃO COMINATÓRIA – ENTREGA DE PRODUTO DIVERSO DO ADQUIRIDO 
– PREÇO PROMOCIONAL IRRELEVANTE – DIGNIDADE DO CONSUMIDOR..4
AÇÃO DE COBRANÇA – CHEQUES PRESCRITOS – ENDOSSO NÃO 
CARACTERIZADO.............................................................................................................5
AÇÃO DE COBRANÇA – CORRETAGEM – COMISSÃO INDEVIDA......................5
AÇÃO DE REPARAÇÃO CIVIL – PRESTAÇÃO FALHA DE SERVIÇO DE 
ADVOCACIA........................................................................................................................5
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS – QUEDA DE MURO E DE OUTDOORS EM 
BOXES DE CAMELÔS – PREVISIBILIDADE DO EVENTO – LUCROS 
CESSANTES.........................................................................................................................6
AÇÃO DE RESTITUIÇÃO – TAXA DE CONDOMÍNIO – OBRIGAÇÃO DO 
PROPRIETÁRIO – CLÁUSULA CONTRATUAL – LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ.........6
ACIDENTE DE TRÂNSITO – GRATUIDADE JUDICIÁRIA FORMULADA EM 
SEDE RECURSAL – DEFERIMENTO.............................................................................7 
ACIDENTE DE TRÂNSITO – REQUISITOS PARA O DANO MORAL.....................7
ACIDENTE DE VEÍCULO – CULPA DO CONDUTOR – RESPONSABILIDADE 
SOLIDÁRIA DO EMPREGADOR – CONVERSÃO À ESQUERDA – CONTRA 
MÃO.......................................................................................................................................7
AGIOTAGEM ALEGADA NÃO COMPROVADA – PROVA TESTEMUNHAL 
INÓCUA – CERCEAMENTO DE DEFESA NÃO VERIFICADO.................................8
ART. 475, J, CPC – ENUNCIADO FONAJE 105 – TRÂNSITO EM JULGADO DA 
SENTENÇA...........................................................................................................................8
ART 658-B DO CPC – ART 53 DA LEI 9.099/95 – ADJUDICAÇÃO DE BEM 
PENHORADO – DESISTÊNCIA........................................................................................9
BOLETIM DE OCORRÊNCIA POLICIAL LAVRADO POSTERIORMENTE, 
FORA DO LOCAL – PROVA INSUFICIENTE – FATOS NÃO COMPROVADOS...9
CANCELAMENTO DE PROTESTO – DANO MORAL – DÉBITO INEXISTENTE – 
DESCONTO DE TÍTULO – ENDOSSO TRASLATIVO.................................................9
CHEQUE – ENDOSSO – ENDOSSATÁRIO DE BOA-FÉ – AUTONOMIA E 
INOPONIBILIDADE DA RELAÇÃO SUBJACENTE....................................................9 
CHEQUE PRESCRITO – COMPROVAÇÃO DA “CAUSA DEBENDI” - 
DESNECESSIDADE...........................................................................................................10
COMPRA E VENDA DE IMÓVEL – FINANCIAMENTO E ALIENAÇÃO 
FIDUCIÁRIA EM GARANTIA – DEVOLUÇÃO DE PARCELAS - IMPOSSÍVEL.10
CONSÓRCIO – RESCISÃO CONTRATUAL – DEVOLUÇÃO DAS PARCELAS 
PAGAS – MOMENTO – DEDUÇÕES PERMITIDAS..................................................11
DANO MORAL – CONTA INATIVA – DÉBITO POR TAXAS E ENCARGOS – 
PRÁTICA ABUSIVA - RELAÇÃO DE CONSUMO......................................................11
DANO MORAL – EXCESSIVO TEMPO EM FILA DE BANCO – VIOLAÇÃO DA 
DIGNIDADE DO USUÁRIO.............................................................................................12
DANO MORAL – INSCRIÇÃO EM CADASTRO DE RESTRIÇÃO APÓS 
DECLARAÇÃO JUDICIAL DE INEXISTÊNCIA DE DÍVIDA...................................12
DANO MORAL – INSCRIÇÃO NO SPC – DESOBEDIÊNCIA À DETERMINAÇÃO 
JUDICIAL - DOLO............................................................................................................12
DANO MORAL – INSTITUIÇÃO FINANCEIRA – JULGAMENTO ANTECIPADO 
– CERCEAMENTO DE DEFESA – RECURSO PROVIDO.........................................13
DANO MORAL – INTERRUPÇÃO INDEVIDA DE ENERGIA ELÉTRICA – 
CONSTRANGIMENTO.....................................................................................................13 
DANO MORAL – PACOTE TURÍSTICO – DEPORTAÇÃO – CDC.........................13
DANO MORAL – RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO BANCO ELIDIDA POR 
CULPA DO AUTOR – FALSIDADE IDEOLÓGICA DE DOCUMENTO..................14
DANO MORAL – VEÍCULO ADQUIRIDO EM LEILÃO – ENTREGA DE 
DOCUMENTAÇÃO COM ATRASO DE 1 ANO...........................................................15
DECRETAÇÃO DE REVELIA SEM APRECIAÇÃO DO PEDIDO DE 
ADIAMENTO DA AUDIÊNCIA PREVIAMENTE APRESENTADO........................15 
EMBARGOS À ARREMATAÇÃO – MANDATO VERBAL – HASTA PÚBLICA – 
AVALIAÇÃO – IMPUGNAÇÃO......................................................................................15 
ENVIO E UTILIZAÇÃO DE CARTÃO DE CRÉDITO NÃO COMPROVADOS – 
ÔNUS DO FORNECEDOR – INSCRIÇÃO NO SPC INDEVIDA – DANO 
MORAL...............................................................................................................................15
EXECUÇÃO – FEITO EXTINTO POR FALTA DE BENS PENHORÁVEIS – 
EXISTÊNCIA DE BENS – SATISFAÇÃO PARCIAL DO CRÉDITO........................16
EXPURGOS INFLACIONÁRIOS – PROVA PERICIAL DESNECESSÁRIA – 
LEGITIMIDADE DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA1.................................................16
INDENIZAÇÃO – DANO MATERIAL – LEITE PERDIDO - INTERRUPÇÃO DE 
ENERGIA ELÉTRICA – CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR...............................17
MEDIDOR ALTERADO – RESPONSABILIDADE DO PROPRIETÁRIO – 
“QUANTUM DEBEATUR” – APURAÇÃO PELOS DOZE ÚLTIMOS MESES.......17
MÓVEIS QUE GUARNECEM RESIDÊNCIA – IMPENHORABILIDADE DO BEM 
DE FAMÍLIA......................................................................................................................18
MULTA – ART. 475, J, DO CPC – INÍCIO DO PRAZO PARA CUMPRIMENTO 
DA SENTENÇA – ENUNCIADO FONAJE 105..............................................................18
PEDIDO DE CONDENAÇÃO DO RÉU NO VALOR MÍNIMO DE 40 SALÁRIOS 
MÍNIMOS – MERA IRREGULARIDADE.....................................................................19
PROLAÇÃO DE DUAS SENTENÇAS – PRECLUSÃO – COISA JULGADA 
FORMAL – PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA..............................................19
RESCISÃO DE CONTRATO POR PEDIDO UNILATERAL......................................20
REVISÃO CONTRATUAL – CARTÃO DE CRÉDITO – PRETENSÃO 
CONSTITUTIVA – CLÁUSULAS ABUSIVAS – CAPITALIZAÇÃO MENSAL......20
REVISÃO DE CONTRATO – CARTÃO DE CRÉDITO – JUROS 
REMUNERATÓRIOS – TAXA SUPERIOR A 12% AO ANO – LEGALIDADE......21
SEGURO - CLÁUSULA LIMITATIVA DE COBERTURA – VALIDADE – 
LUCROS CESSANTES DE TERCEIROS NÃO ACOBERTADOS.............................21 
SEGURO DE RESIDÊNCIA –FURTO/ROUBO QUALIFICADO – CLÁUSULA 
RESTRITIVA DE DIREITOS – ART. 54, § 4º, CDC.....................................................21
SEGURO OBRIGATÓRIO – SÚMULA 09 DA TURMA RECURSAL DE 
DIVINÓPOLIS – RECURSO PROTELATÓRIO – LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ.........22
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA – INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO 
JUIZADO ESPECIAL........................................................................................................22 
SPC – INSERÇÃO DE INADIMPLENTE POR IMOBILIÁRIA – DANO MORAL 
INEXISTENTE...................................................................................................................22
SUSPENSÃO PENAL – RÉU QUE JÁ OBTEVE TRANSAÇÃO.................................22
VALE-TRANSPORTE – PRAZO DE VALIDADE -......................................................23 
VENDA DE PASSAGEM DE ÔNIBUS DÚPLICE – PERMANÊNCIA NO 
TERMINAL RODOVIÁRIO SEM ASSISTÊNCIA........................................................23
VENDA DE PONTO EM FEIRA LIVRE – PAGAMENTO REALIZADO APÓS 
TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE – NEGÓCIO CUMPRIDO 
INTEGRALMENTE...........................................................................................................23AÇÃO COMINATÓRIA – ENTREGA DE PRODUTO DIVERSO DO ADQUIRIDO 
– PREÇO PROMOCIONAL IRRELEVANTE – DIGNIDADE DO CONSUMIDOR
AÇÃO COMINATÓRIA – ENTREGA DE PRODUTO DIVERSO DO ADQUIRIDO – 
OBRIGAÇÃO DE TROCA – PREÇO PROMOCIONAL IRRELEVANTE – TROCA POR 
PRODUTO DE MESMA ESPÉCIE E QUALIDADE – OFENSA À DIGNIDADE DO 
CONSUMIDOR – DANO MORAL CONFIGURADO
Se o produto adquirido não correspondeu ao efetivamente entregue, óbvia a obrigação de 
corrigir a conduta. 
A troca do produto entregue erroneamente deverá ser feita por produto de mesma espécie e 
qualidade, em perfeitas condições, à escolha da Recorrente, ex vi art. 461-A, do CPC.
Ninguém está sujeito a receber coisa diversa da que escolheu e pagou. O bônus e o ônus da 
atividade comercial exercida pela Recorrida devem ser por ela assumidos, não podendo 
transferir ao consumidor frustrações e sucessivos enganos, exigindo, por certo, uma 
verdadeira perda de tempo, desgaste físico e emocional em filas de órgão públicos e do 
próprio Judiciário. O descaso no tratamento deve ser fortemente repreendido, 
reconhecendo-se o abalo psíquico da Recorrente e o grave atentado à sua dignidade como 
consumidora. Recurso conhecido e provido. Sem ônus de sucumbência.(3ª Turma Recursal 
/ Uberlândia – Rec. 0702.08.472381-7 – Rel. Maria Elisa Taglialegna. J.24/09/08).
AÇÃO DE COBRANÇA – CHEQUES PRESCRITOS – ENDOSSO NÃO 
CARACTERIZADO
AÇÃO DE COBRANÇA – CHEQUES PRESCRITOS – ILEGITIMIDADE PASSIVA 
AFASTADA – ENDOSSO NÃO CARACTERIZADO – PROVA DA INEXISTÊNCIA 
DE RELAÇÃO JURÍDICA/CAUSA SUBJACENTE – ÔNUS DOS EMBARGANTES – 
RECURSO NÃO PROVIDO.( 2ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.08.496968-3 – 
Rel. César Aparecido de Oliveira. J. 22/10/08).
AÇÃO DE COBRANÇA – CORRETAGEM – COMISSÃO INDEVIDA
IMPROCEDÊNCIA – AÇÃO DE COBRANÇA – CORRETAGEM – COMISSÃO 
INDEVIDA. Improcede o pedido de comissão de corretagem quando não obtido o 
resultado útil e efetivo da venda do imóvel. (1ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 
0702.08.450061-1 – Rel. Yeda Monteiro Athias. J. 31/07/08).
AÇÃO DE REPARAÇÃO CIVIL – PRESTAÇÃO FALHA DE SERVIÇO DE 
ADVOCACIA
AÇÃO DE REPARAÇÃO CIVIL – PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE ADVOCACIA – 
FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO – DEVER DE REPARAR – SENTENÇA 
REFORMADA
Recebendo a procuração, o advogado tem o dever contratual de propor e acompanhar o 
processo em toadas as suas fases, observando os prazos e cumprindo as imposições do 
patrocínio, como seja: falar nas oportunidades devidas, comparecer às audiências, 
apresentar as provas cabíveis, agir na defesa do cliente, e no cumprimento das legítimas 
instruções recebidas.
Se a Recorrida não cumpriu o compromisso assumido quando da formalização do contrato 
de prestação de serviços de advocacia, tal fato constitui falha na prestação de serviço, 
passível de reparação civil.
É cabível reparação por danos morais quando, por erro inescusável ou culpa grave, o 
advogado ofende o patrimônio subjetivo do seu cliente e representado e lhe causa reações 
anímicas ou psicológicas indesejáveis e danosas.
Inexistindo parâmetro legal, coube à jurisprudência delinear os contornos observáveis pelo 
magistrado na árdua tarefa de quantificar o dano. Em suma, a indenização deve ser tal que 
alcance o objetivo reparatório e exerça função inibitória, sem que cause enriquecimento à 
vítima.Recurso conhecido e provido. Sem ônus de sucumbência. (3ª Turma Recursal / 
Uberlândia – Rec. 0702.08.496923-8 – Rel. Maria Elisa Taglialegna. J. 24/09/08).
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS – QUEDA DE MURO E DE OUTDOORS EM 
BOXES DE CAMELÔS – PREVISIBILIDADE DO EVENTO – LUCROS 
CESSANTES
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS – QUEDA DE MURO E DE OUTDOORS EM 
BOXES DE CAMELÔS – DESERÇÃO – NÃO OCORRÊNCIA – EMBARGOS 
DECLARATÓRIOS QUE INTERROMPEM O PRAZO DE RECURSO – 
INTEMPESTIVIDADE NÃO CONFIGURADA – EXAME DE PROVA NA 
SISTEMÁTICA DOS JUIZADOS ESPECIAIS – DANOS MATERIAIS E MORAIS – 
CASO FORTUITO OU MOTIVO DE FORÇA MAIOR – PREVISIBILIDADE DO 
EVENTO – LUCROS CESSANTES – CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS – 
INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 54 E 43 DO STJ. RECURSOS PARCIALMENTE 
PROVIDOS.
Cabe à Turma Recursal a apreciação de pedido de justiça gratuita em sede recursal, uma 
vez que o acesso ao Juizado independerá em primeiro grau de jurisdição, do pagamento de 
custas, taxas ou despesas (Lei 9099/95, art. 54), não sendo razoável exigir o prévio preparo 
como condição para análise do pedido de gratuidade. Os embargos declaratórios, 
conhecidos ou não providos, interrompem o prazo para interposição do Recurso Inominado. 
Na dicção dos artigos 5º e 6º, da LJE, o Juiz togado, assim como o árbitro (art. 25), tem 
liberdade muito maior, em relação ao processo tradicional, para valorar as provas trazidas à 
colação, por intermédio de aplicação de regras técnicas ou de experiência comum. A 
previsibilidade de ocorrência da catástrofe afasta a tese de caso fortuito ou motivo de força 
maior e a ausência de prova de que o evento tenha ocorrido por circunstância diversa, 
obriga o causador do dano à indenização dos danos materiais que possam ser aferidos. O 
ressarcimento dos lucros cessantes só é possível quando estes restarem devidamente 
comprovados, não se admitindo a recomposição por mera expectativa. Cuidando de ação de 
indenização decorrente de ato ilícito extracontratual, os juros moratórios devem incidir a 
partir da data do evento danoso nos termos da Súmula 54 do STJ. Por sua vez, a correção 
monetária deve incidir a partir da data do efetivo prejuízo nos termos da Súmula 43 do 
também do STJ. (2ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.08.535917-3 – Rel. César 
Aparecido de Oliveira. J. 17/12/08)
AÇÃO DE RESTITUIÇÃO – TAXA DE CONDOMÍNIO – OBRIGAÇÃO DO 
PROPRIETÁRIO – CLÁUSULA CONTRATUAL – LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
AÇÃO DE RESTITUIÇÃO – TAXA DE CONDOMÍNIO – OBRIGAÇÃO DO 
PROPRIETÁRIO – CLÁUSULA CONTRATUAL NO MESMO SENTIDO – RECURSO 
PROVIDO – RECURSO ANTERIOR PROTELATÓRIO – LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ 
RECONHECIDA. Em regra, a obrigação “propter rem” decorre da coisa e recai sobre o 
titular do domínio. Em casos excepcionais, previstas em contrato ou decorrente da lei, a 
obrigação pode ser transferida do proprietário para terceiro. Provado nos autos que o 
“habite-se” foi concedido após o período em que o promissário-comprador arcou com a 
taxa de condomínio, torna-se imperioso reconhecer que pagou dívida de responsabilidade 
da promitente-vendedora, fazendo jus ao reembolso. Extrai-se da conduta do Recorrente 
que o primeiro recurso inominado teve o único propósito de postergar o desfecho da lide, 
reputando-se tal conduta como litigância de má-fé, ainda que tenha sido vencedor na 
demanda. Recurso provido e aplicada pena por litigância de má-fé. (3ª Turma Recursal / 
Uberlândia – Rec. 0702.07.360785-6 – Rel. Maria Elisa Taglialegna. J. 27/08/08).
ACIDENTE DE TRÂNSITO – GRATUIDADE JUDICIÁRIA FORMULADA EM 
SEDE RECURSAL – DEFERIMENTO 
AÇÃO DE REPARAÇÃO CIVIL – ACIDENTE DE TRÂNSITO – GRATUIDADE 
JUDICIÁRIA FORMULADA EM SEDE RECURSAL – POSSIBILIDADE – 
DEFERIMENTO – PROVA DA CULPA PELO EVENTO – SENTENÇA MANTIDA.
 Sobrevindo interesse recursal, havendo taxas e custas no âmbito da Turma Recursal e 
sendo a Lei nº 1.060/50 expressa em permitir que os benefícios sejam pleiteados a qualquer 
momento, impõe-se deferir a Gratuidade Judiciária ao Recorrente. 
Comprovada a culpa pelo acidente de trânsito, conforme prova oral colhida em 
audiência, é de prevalecer a sentença de primeiro grau.
 Recurso conhecido e improvido. Sucumbência suspensa em razão da Gratuidade 
Judiciária.(3ª Turma Recursal /Uberaba – Rec. 0702.08.450084-3 – Rel. Maria Elisa 
Taglialegna.J.24/09/08)
ACIDENTE DE TRÂNSITO – REQUISITOS PARA O DANO MORAL
INDENIZAÇÃO – ACIDENTE DE TRÂNSITO – DANO MORAL CONFIGURADO. O 
acidente de trânsito do qual decorrem apenas danos materiais aos veículos envolvidos, 
constitui mero aborrecimento, pois se trata de situação que faz parte da vida cotidiana e não 
traz maiores consequências ao indivíduo. Entretanto, quando o acidente de trânsito resulta 
em ofensa física, restam configurados os danos morais, pois, neste caso, as consequências 
do fato atingem a esfera íntima da vítima, causando-lhe dor, aflição, angústia e sensações 
negativas, a ponto de romper seu equilíbrio psicológico. (1ª Turma Recursal / Uberlândia – 
Rec. 0702.08.450130-4 – Rel. Yeda Monteiro Athias. J. 31/07/08).
ACIDENTE DE VEÍCULO – CULPA DO CONDUTOR – RESPONSABILIDADE 
SOLIDÁRIA DO EMPREGADOR – CONVERSÃO À ESQUERDA – CONTRA 
MÃO
ACIDENTE DE VEÍCULO – CULPA DO CONDUTOR – RESPONSABILIDADE 
SOLIDÁRIA DO EMPREGADOR – LEGITIMIDADE PASSIVA PARA A CAUSA – 
CONVERSÃO À ESQUERDA INVADINDO CONTRA MÃO DIRECIONAL – 
INOBSERVÂNCIA DE REGRAS DO TRÂNSITO – CONDENAÇÃO MANTIDA EM 
DANOS MATERIAIS E MORAIS.
Aquele que invade contra mão direcional para converter à esquerda numa rua de mão dupla 
e acaba provocando abalroamento em outro veículo que trafegava pela sua mão direcional, 
responde pelo evento, tanto na ordem material quanto por eventualmente, dano moral. 
Sentença mantida em seus termos. (Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 0223.08.24355-1 
– Rel. José Maria dos Reis. J.03/11/2008).
AGIOTAGEM ALEGADA NÃO COMPROVADA – PROVA TESTEMUNHAL 
INÓCUA – CERCEAMENTO DE DEFESA NÃO VERIFICADO
AÇÃO DE COBRANÇA – ALEGAÇÃO DE AGIOTAGEM NÃO COMPROVADA – 
PROVA TESTEMUNHAL INÓCUA – CERCEAMENTO DE DEFESA NÃO 
VERIFICADO – ÔNUS DA PROVA QUE INCUBE AO DEVEDOR – PRESCRIÇÃO 
CORRETAMENTE AFASTADA – AUSÊNCIA DE OFENSA À LEI DE USURA. 
Compulsando detidamente os autos, tenho que, a prova testemunhal, isoladamente, não 
revelaria condições para eximir a recorrente do pagamento da cártula juntada às fls. 04, de 
forma que, embora não conste à apreciação expressa quanto a sua produção, o 
indeferimento da oitiva pretendida não implica em cerceamento de defesa. Neste particular, 
é importante frisar, embora seja de elementar conhecimento, que, cabe ao juiz, de ofício ou 
a requerimento da parte, determinar a produção das provas necessárias ao esclarecimento 
da controvérsia, e indeferir aquelas outras que possam ser tidas como inócuas ou 
irrelevantes. Ademais, em razão do princípio do livre convencimento motivado, que vigora 
no sistema processual civil pátrio, compete ao julgador presidir a instrução processual, 
podendo afastar as provas que não contribuem para a solução do conflito de interesses. 
Portanto, em se tratando de empréstimo doméstico, logo sem ofensa à Lei de Usura, há que 
se prevalecer à força executiva da cártula, cuja prescrição, por não ter alcançado a sua 
exigibilidade, foi corretamente afastada pelo douto Juiz monocrático. RECURSO 
CONHECIDO E IMPROVIDO. CONDENAÇÃO DA RECORRENTE NAS CUSTAS E 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. (2ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 
0702.07.360667-6 – Rel. José Luiz de Moura Faleiros. J. 21/08/2007).
ART. 475, J, CPC – ENUNCIADO FONAJE 105 – TRÂNSITO EM JULGADO DA 
SENTENÇA
A multa legal estatuída no art. 475, J, do CPC, aplicável ao cumprimento das sentenças 
proferidas em sede dos Juizados Especiais, incide somente depois de operado o trânsito em 
julgado da sentença e não da simples prolação do decisório que instituiu a obrigação de 
valor. Inteligência do enunciado FONAJE 105. Decisão reformada para excluir a aplicação 
da multa e diante do levantamento perpetrado pelo credor, dar por extinto o cumprimento 
da sentença, ante a satisfação do débito. Recurso provido. ( Turma Recursal / Ipatinga – 
Rec. 0313.08.262606-7 – Rel. Evaldo Elias Penna Gavazza. J. 13/11/08).
ART 658-B DO CPC – ART 53 DA LEI 9.099/95 – ADJUDICAÇÃO DE BEM 
PENHORADO – DESISTÊNCIA
A TEOR DO QUE DISPÕE O ART. 658-B DO CPC, EM PERFEITA SINTONIA COM O 
PRECONIZADO NO ART. 53 DA LEI 9.099/95, A ADJUDICAÇÃO DE BENS 
PENHORADOS CONSIDERA-SE PERFEITA E ACABADA COM A LAVRATURA E 
ASSINATURA DO AUTO PELO JUIZ, ADJUDICANTE, PELO ESCRIVÃO, E, SE 
PRESENTE, PELO EXECUTADO. CONSUMADO O ATO DE ADJUDICAÇÃO, QUE 
REFLETE EM SI, DESDE JÁ UMA FORMA DE QUITAÇÃO DO DÉBITO A 
DESCOBERTO, NO TODO OU EM PARTE, INJURÍDICA A DESISTÊNCIA 
ULTERIOR DO ADJUDICANTE. SEGURANÇA CONCEDIDA PARA AFASTAR 
JUÍZO DE ADMISSÃO DE DESISTÊNCIA DE ADJUDICAÇÃO VÁLIDA E EFICAZ, 
BEM COMO DETERMINAR O DESBLOQUEIO DE VALORES QUE ULTRAPASSAM 
OS LIMITES DA DÍVIDA INADIMPLIDA. MANDADO DE SEGURANÇA PROVIDO 
PARCIALMENTE. (1ª Turma Recursal / Ipatinga – Rec. 0.0313.07.237926-3 – Rel. 
Evaldo Elias Penna Gavazza. J. 14/08/08).
BOLETIM DE OCORRÊNCIA POLICIAL LAVRADO POSTERIORMENTE, 
FORA DO LOCAL – PROVA INSUFICIENTE – FATOS NÃO COMPROVADOS
Indenização. Fatos não comprovados. Boletim de Ocorrência Policial lavrado 
posteriormente, fora do local do suposto furto. Prova insuficiente. Ônus da prova da 
Recorrente. Improcedência da ação mantida. (3ª Turma Recursal – Rec. 0024.07.412618-6 
– Rel. Genil Anacleto Rodrigues Filho. J. 14/02/07)
CANCELAMENTO DE PROTESTO – DANO MORAL – DÉBITO INEXISTENTE – 
DESCONTO DE TÍTULO – ENDOSSO TRASLATIVO
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – CANCELAMENTO DE PROTESTO C/C 
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – DÉBITO INEXISTENTE – OPERAÇÃO 
BANCÁRIA DE DESCONTO DE TÍTULO – ENDOSSO – TRASLATIVO E NÃO 
ENDOSSO-MANDATO – VALOR DOS DANOS MORAIS COMPATÍVEL
Em caso de celebração de contrato de desconto de título pela instituição bancária 
caracteriza-se o endosso-traslativo, que transfere a propriedade do título, tornando o banco 
solidariamente responsável e não endosso-mandato. Protesto indevido decorrente da 
inexistência dos débitos figurativos nos títulos de crédito. Dano moral procedente e fixado 
de forma a não caracterizar enriquecimento ilícito. Recurso improvido. (Turma Recursal / 
Betim – Proc. 0125.07.125358-0 – Rel. Dirceu Walace Baroni. J. 20/09/07).
CHEQUE – ENDOSSO – ENDOSSATÁRIO DE BOA-FÉ – AUTONOMIA E 
INOPONIBILIDADE DA RELAÇÃO SUBJACENTE 
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZATÓRIA 
POR DANOS MORAIS – CHEQUE – ENDOSSO – O ENDOSSATÁRIO DE BOA-FÉ 
NÃO RESPONDE PELOS DANOS ADVINDOS DA RELAÇÃO ORIGINÁRIA – 
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA E DA INOPONIBILIDADE DA RELAÇÃO 
SUBJACENTE- RECURSO IMPROVIDO – SENTENÇA MANTIDA. 
1) Não pode o endossatário ser responsabilizado, se de boa-fé, protestou o título para 
resguardar seu direito de regresso, em caso de inadimplemento, art. 22 c/c art. 25 da Lei 
7.357/85. É o chamado princípio da inoponibilidade aos terceiros de boa-fé das exceções da 
relação subjacente (decorrente do princípio da abstração).
2) O terceiro de boa-fé que age no exercício regular de um direito, desde que inexistam 
provas a derrubar a presunção de boa-fé lhe conferida pelo endosso, não pode ser obrigado 
a ressarcir os danos advindos da relação subjacente.(3ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 
0702.08.472376-7 – Rel. Édila Moreira Manosso).
CHEQUE PRESCRITO – COMPROVAÇÃO DA “CAUSA DEBENDI” - 
DESNECESSIDADE
AÇÃO DE COBRANÇA – CHEQUE PRESCRITO – COMPROVAÇÃO DA “CAUSA 
DEBENDI” – DESNECESSIDADE – RECURSO PROVIDO – REFORMA DA 
SENTENÇA. No caso de ação de cobrança em que a dívida se comprova através de cheque 
prescrito, é desnecessário que o autor comprove a origem da dívida, ou seja, a “causa 
debendi”, pois o cheque comprova um crédito, independentemente do negócio previamente 
entabulado. De outro lado, cabe a recorrido oônus de comprovar a ausência de 
ilegitimidade da causa que originou a emissão do título em questão. (1ª Turma Recursal / 
Divinópolis – Rec. 0223.08.252942-9 – Rel. José Maria dos Reis. J. 03/11/08).
COMPRA E VENDA DE IMÓVEL – FINANCIAMENTO E ALIENAÇÃO 
FIDUCIÁRIA EM GARANTIA – DEVOLUÇÃO DE PARCELAS - IMPOSSÍVEL
CONTRATOS DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL MEDIANTE FINANCIAMENTO 
E ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA – IMPOSSIBILIDADE DE 
RESTITUIÇÃO DAS PARCELAS PAGAS.
Nos contratos de compra e venda imóvel mediante financiamento e alienação fiduciária em 
garantia, instituída nos termos da Lei nº 9.514/1997, a exemplo do que ocorre nos contratos 
de financiamentos habitacional, regidos pelo Decreto-lei 70/66, as parcelas pagas pelo 
comprador inadimplente somente serão restituídos se houver saldo remanescente, após a 
venda ou adjudicação do bem aplicação de seu produto sobre o saldo devedor. (1ª Turma 
Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.08.450010-8 – Rel. Yeda Monteiro Athias. J. 26/06/08).
CONSÓRCIO – RESCISÃO CONTRATUAL – DEVOLUÇÃO DAS PARCELAS 
PAGAS – MOMENTO – DEDUÇÕES PERMITIDAS
CONSÓRCIO – RESCISÃO CONTRATUAL – DEVOLUÇÃO DAS PARCELAS 
PAGAS – MOMENTO – DEDUÇÕES PERMITIDAS – TAXA DE ADMINISTRAÇÃO – 
SEGURO – É certo que a interpretação literal da cláusula contratual, que estipula o tempo 
da devolução, de fato leva à conclusão de que a restituição das parcelas pagas ao 
consorciado desistente, seria devida apenas depois de decorridos sessenta dias do 
encerramento do grupo. Noutro lado, reconheço que, em termos gerais, as administradoras 
de consórcio redigem propostas de adesão com intuito de celebrar acordos que lhe sejam 
benéficos, aumentando suas vantagens e seu poder coativo, o que culmina no desequilíbrio 
contratual, autorizando a intervenção do Judiciário, para restabelecer o equilíbrio entre as 
partes. Importante acentuar que tal entendimento não acarreta consequências prejudiciais 
aos demais consorciados, porquanto, se por um lado, o afastamento do participante provoca 
uma diminuição de ingresso de capital no grupo, por outro, fica reduzido o encargo no 
mesmo grupo, que terá de entregar um bem a menos, sendo de se considerar, ainda, a 
possibilidade de substituição do retirante. Ademais é cediço que os valores recebidos são 
s.m.j., utilizados pela administradora, que, ainda, negocia a quota com terceiro, pelo valor 
atualizado do bem além de receber os mesmos valores anteriormente pagos pelo 
participante desistente, também atualizados. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO – 
CONDENAÇÃO DO RECORRENTE EM CUSTAS, TAXAS E HONORÁRIOS. (2ª 
Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.08.497042-6 – Rel. José Luiz de Moura Faleiros. 
J. 22/10/08).
DANO MORAL – CONTA INATIVA – DÉBITO POR TAXAS E ENCARGOS – 
PRÁTICA ABUSIVA - RELAÇÃO DE CONSUMO
Não é possível em sociedade avançada como a nossa, tolerar o contra-senso de mandar 
reparar o menor dano patrimonial e deixar sem reparação o dano moral. Isso importaria em 
olvidar que os sistemas de responsabilidade são, em essência, o meio de defesa do fraco 
contra o forte, e supor que o legislador só é sensível a interesses materiais. A tolerância é 
necessária ao convívio diário não pode ultrapassar o bom senso. Conta inativa. Rescisão do 
contrato operada. Débito exclusivamente de taxas e encargos. Impossibilidade. Relação de 
consumo. Não se pode admitir que instituição financeira cobre taxas e tarifas de 
manutenção de conta-salário inativa, agregando-lhe, ainda, encargos decorrentes do suposto 
inadimplemento. Tal conduta caracteriza-se como prática abusiva, vedada pelo CDC, pelo 
que são devidos os danos morais quando comprovada a negativação do nome da correntista 
nos cadastros de proteção ao crédito Súmula 197, STJ. Débito inexistente. Cadastramento 
indevido. Dano moral decorrente de inscrição irregular em cadastros de inadimplentes. 
(Turma Recursal / Ipatinga – Rec. 0313.08.262664-6 – Rel. Carlos Roberto de Faria. 
J.11/12/08).
DANO MORAL – EXCESSIVO TEMPO EM FILA DE BANCO – VIOLAÇÃO DA 
DIGNIDADE DO USUÁRIO
AÇÃO DE REPARAÇÃO CIVIL POR DANOS MORAIS – EXCESSIVO TEMPO DE 
ESPERA EM FILA DE ESTABELECIMENTO BANCÁRIO – COMPROVAÇÃO – 
FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO BANCÁRIO – VIOLAÇÃO DA DIGNIDADE 
DO USUÁRIO – DANO MORAL CONFIGURADO.
A dignidade pessoal do consumidor, enquanto usuário do serviço bancário, foi atingida pela 
péssima prestação de serviço e lentidão no atendimento da instituição financeira, 
ocasionadas mais pela insuficiência de pessoal destinado ao atendimento nos caixas, do que 
por fluxo imprevisível de pessoas.
Indiscutível que o fato caracterizador de espera e de cansaço físico e emocional impingidos 
ao usuário, é aviltante e afrontoso à dignidade daquele, configurador de dano moral, e não 
de mero transtorno ou dissabor.
O valor da indenização na reparação civil tem caráter compensatório e pedagógico.
Recurso conhecido e parcialmente provido. Sem ônus de sucumbência.(3ª Turma Recursal / 
Uberlândia – Rec. 0702.08.496982-4 – Rel. Maria Elisa Taglialegna. J. 24/09/08).
DANO MORAL – INSCRIÇÃO EM CADASTRO DE RESTRIÇÃO APÓS 
DECLARAÇÃO JUDICIAL DE INEXISTÊNCIA DE DÍVIDA
NEGATIVAÇÃO OCORRIDA APÓS DECLARAÇÃO JUDICIAL DE INEXISTÊNCIA 
DE DÍVIDA A JUSTIFICÁ-LA AUSÊNCIA DE PROVA DE NEGÓCIO JURÍDICO 
SUBJACENTE – ATO ILÍCITO CARACTERIZADO – NEGATIVAÇÃO INDEVIDA – 
DANOS MORAIS PRESUMIDOS – VALOR MODERADO. A inscrição do nome do 
consumidor após decisão judicial declarando a inexistência de débito a justificá-la, não ó 
caracteriza ato ilícito, mas também afronta a decisão judicial. Não havendo efetiva 
comprovação do dano moral, mas demonstrado que a negativação se deu de forma injusta, a 
indenização deverá ocorrer em patamar moderado, como já determinado na sentença. (4ª 
Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.08.497046-7 – Rel. João Elias da Silveira).
DANO MORAL – INSCRIÇÃO NO SPC – DESOBEDIÊNCIA À DETERMINAÇÃO 
JUDICIAL - DOLO
DANO MORAL – INSCRIÇÃO INDEVIDA NO CADASTRO DE INADIMPLENTES 
APÓS DECISÃO JUDICIAL SUSPENDENDO O ATO – DEFEITO NA PRESTAÇÃO 
DE SERVIÇO E DESOBEDIÊNCIA À DETERMINAÇÃO JUDICIAL – DOLO – 
REPARAÇÃO DEVIDA – VALOR FIXADO DE ACORDO COM A SITUAÇÃO DOS 
AUTOS – SENTENÇA MANTIDA – RECURSO IMPROVIDO. Aquele que toma 
providência de lançar o nome de seu cliente no cadastro de inadimplentes indevidamente, 
presta serviço defeituoso e, portanto, comete ato ilícito. De outro lado, se já tem uma ordem 
judicial determinando a suspensão do lançamento e esta não é obedecida age de maneira 
dolosa e deve reparar o dano moral causado, com um valor, inclusive, compatível com o ato 
de desobediência cometido. Sentença mantida em seus termos. (Turma Recursal / 
Divinópolis – Rec. 0223.08.243621-1 – Rel. José Maria dos Reis. J. 03/11/2008).
DANO MORAL – INSTITUIÇÃO FINANCEIRA – JULGAMENTO ANTECIPADO 
– CERCEAMENTO DE DEFESA – RECURSO PROVIDO
INDENIZAÇÃO – DANO MORAL – INSTITUIÇÃO FINANCEIRA – FALHA NA 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO – JULGAMENTO ANTECIPADO – CERCEAMENTO DE 
DEFESA CARACTERIZADO. RECURSO PROVIDO. O julgamento antecipado, quando 
ausentes as condições para tanto, caracteriza cerceamento de defesa, porquanto impede a 
parte do cumprimento do seu ônus. Impossibilidade de se impedir a produção de prova e 
julgar a lide improcedente com base justamente na falta dessa mesma prova. (2 ª Turma 
Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.08.496980-8 – Rel César Aparecido de Oliveira. J. 
22/10/08).
DANO MORAL – INTERRUPÇÃO INDEVIDA DE ENERGIA ELÉTRICA – 
CONSTRANGIMENTO 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – INTERRUPÇÃO INDEVIDA DO 
FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA – ATO ILÍCITO CONFIGURADO – 
CONSTRANGIMENTO – DEVER DE INDENIZAR – QUANTUM INDENIZATÓRIO 
FIXADO PRUDENTEMENTE– DATA DE INÍCIO DA INCIDÊNCIA DE CORREÇÃO 
MONETÁRIA E JUROS.
—A interrupção indevida do fornecimento de energia elétrica traz repercussão quanto à 
honra objetiva e subjetiva da pessoa, além de acarretar diversos constrangimentos, 
gerando direito à indenização por dano moral, que é presumível.
—Na fixação da indenização por danos morais, deve-se levar em consideração sua 
gravidade objetiva, a personalidade da vítima, sua situação familiar e social, a 
gravidade da falta e as condições do autor do ilícito; e deve servir como desestímulo ao 
lesante e compensação à vítima, tendo finalidade educativa e evitando enriquecimento 
ilícito.
—O valor da indenização por danos morais somente pode ser corrigido monetariamente 
e acrescidos de juros a partir da data da sentença que o fixou, já que somente a partir daí 
é que a obrigação passa a existir.
(1ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.08.450080-1 – Rel. Edison Magno de 
Macêdo).
DANO MORAL – PACOTE TURÍSTICO – DEPORTAÇÃO – CDC
AÇÃO CÍVEL – INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS – PACOTE 
TURÍSTICO DEPORTAÇÃO – CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – FALHA 
NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO NÃO COMPRADA – RESTITUIÇÃO E REPARAÇÃO 
INDEVIDAS – INFORMAÇÕES. DANO. NEXO CAUSAL – PROVAS – SENTENÇA 
MANTIDA.
Para que o turista ingresse no Continente Europeu são exigidos os seguintes documentos: 1) 
passaporte válido; 2) passagem de ida e volta; 3) comprovante de que possui renda 
suficiente para se manter no Continente durante o período da viagem e, por fim, 4) 
comprovante de reserva de hotel ou endereço onde ficará hospedado. A meu ver, a 
deportação, no caso concreto, não decorreu de erro na reserva de hotéis, ou da sua própria 
ausência, mas sim, da conclusão das Autoridades Portuguesas, no sentido de que, o 
propósito do recorrente era o de se instalar em um dos Países da Europa, com finalidade 
permanente e intuito laborativo, porquanto, era absolutamente dispensável do ponto de 
vista técnico a reserva de hotel na cidade de Lisboa, posto que, o local, naquela primeira 
oportunidade, seria apenas o posto fixo de conexão e não de instalação provisória dos 
passageiros da aeronave, que só ocorre, como cediço, em casos extremos, a exemplo do que 
se vê quando há longos atrasos dos voos conexos; mau tempo; acidentes aéreos ou 
infortúnios congêneres. Noutro lado, vê-se que o recorrente não se desincumbiu do ônus da 
prova que lhe toca, pois inexistem provas, ou mesmo indícios, no sentido de que, a reserva 
do hotel, na cidade de Lisboa, tenha sido contratada junto aos recorridos. Aqui, é bom 
salientar que a prova testemunhal, por si só, desacompanhada de comprovante de reservas 
de hotel, e indicação precisa das datas caracterizadoras do vício na prestação de serviços, e, 
por consequência, não dá ensejo ao deferimento do pedido reparação moral e material. É de 
elementar conhecimento que a obrigação de indenizar se condiciona à comprovação da 
existência do dano, da conduta culposa ou dolosa do agente e do nexo de causalidade entre 
o ato e o resultado lesivo. Conforme acertadamente consignado na sentença, o recorrente 
não logrou êxito em comprovar o fato constitutivo do direito pleiteado, vez que, inexiste 
nexo de causalidade entre sua deportação e a conduta adotada pelos recorridos, qual seja, a 
venda de passagens; reservas de hotéis nas cidades solicitadas, bem como o efetivo 
financiamento do valor empregado. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 
CONDENAÇÃO DO RECORRENTE NAS CUSTAS, TAXAS E HONORÁRIOS 
ADVOCATÍCIOS. (2ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.08.422953-4 – Rel. José 
Luiz de Moura Faleiros. J. 26/05/08).
DANO MORAL – RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO BANCO ELIDIDA POR 
CULPA DO AUTOR – FALSIDADE IDEOLÓGICA DE DOCUMENTO
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – INCLUSÃO 
INDEVIDA NO SPC DE PESSOA QUE NÃO FIRMOU RELAÇÃO JURÍDICA – 
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO BANCO ELIDIDA POR CULPA DO 
NEGATIVADO QUE NÃO DEU PUBLICIDADE NECESSÁRIA AO EXTRAVIO DE 
SEUS DOCUMENTOS PROPICIANDO A FEITURA DE OUTROS FORMALMENTE 
PERFEITOS MAS IDEOLOGICAMENTE FALSOS POR TERCEIRO, IMPOSSÍVEIS 
AO HOMEM MÉDIO DE DETECTÁ-LOS, COM OS QUAIS FOI ABERTA A CONTA 
CORRENTE PARA COMETIMENTO DE FRAUDES – RECURSO PROVIDO PARA 
DECOTAR O DANO MORAL. (Turma Recursal / Betim – Rec. 0027.07.129746-2 – Rel. 
Dirceu Walace Baroni. J. 20/09/07).
DANO MORAL – VEÍCULO ADQUIRIDO EM LEILÃO – ENTREGA DE 
DOCUMENTAÇÃO COM ATRASO DE 1 ANO
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – VEÍCULO 
ADQUIRIDO EM LEILÃO – ENTREGA DE DOCUMENTAÇÃO – 
RESPONSABILIDADE CONTRATUAL DO PALÁCIO DOS LEILÕES – VALOR 
MANTIDO – RECURSO IMPROVIDO. O Palácio dos Leilões prevê em seu contrato 
social responsabilidade pela entrega da documentação de veículo adquirido em leilão. A 
mora de 1 ano no fornecimento, porém, enseja danos morais, cujo valor de R$ 2.200,00 
deve ser mantido considerando a extensão do prejuízo, o grau de culpa e a potencialidade 
econômico-financeira das partes. ( 2ª Turma Recursal / Betim – Rec. 0027.07.129748-8 – 
Rel. Dirceu Walace Baroni. J. 20/09/07)
DECRETAÇÃO DE REVELIA SEM APRECIAÇÃO DO PEDIDO DE 
ADIAMENTO DA AUDIÊNCIA PREVIAMENTE APRESENTADO 
DECRETAÇÃO DE REVELIA SEM APRECIAÇÃO DO PEDIDO DE ADIAMENTO 
DA AUDIÊNCIA PREVIAMENTE APRESENTADO – CERCEAMENTO DE DEFESA
A decretação da revelia do réu, sem a devida apreciação do pedido de adiamento da 
audiência de instrução, apresentada tempestivamente, configura cerceamento de defesa. (1ª 
Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.08.496928-7 – Rel. Yeda Monteiro Athias. J. 
25/09/08)
EMBARGOS À ARREMATAÇÃO – MANDATO VERBAL – HASTA PÚBLICA – 
AVALIAÇÃO – IMPUGNAÇÃO 
PROCESSO CIVIL – EMBARGOS À ARREMATAÇÃO – JUIZADO ESPECIAL – 
MANDATO VERBAL – CONHECIMENTO DA REALIZAÇÃO DA HASTA PÚBLICA 
PELO DEVEDOR – IRREGULARIDADES INEXISTENTES – IMÓVEL PENHORADO 
– AVALIAÇÃO – IMPUGNAÇÃO – DIVERGÊNCIA EXISTENTE ENTRE O IMÓVEL 
PENHORADO E O IMÓVEL A QUE SE REFERE O LAUDO DE AVALIAÇÃO 
APRESENTADO – SENTENÇA CONFIRMADA. (2ª Turma Recursal / Divinópolis – 
Rec. 0223.06.200603-4 – Rel. Ana Kelly Amaral Arantes. J. 13/10/08).
ENVIO E UTILIZAÇÃO DE CARTÃO DE CRÉDITO NÃO COMPROVADOS – 
ÔNUS DO FORNECEDOR – INSCRIÇÃO NO SPC INDEVIDA – DANO MORAL
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C COMINATÓRIA C/C 
INDENIZATÓRIA – REMESSA DE CARTÃO DE CRÉDITO ADICIONAL – ENVIO E 
UTILIZAÇÃO DO CARTÃO NÃO COMPROVADOS – ÔNUS DA PROVA QUE CABE 
AO FORNECEDOR DO SERVIÇO – INCLUSÃO DO NOME DO TITULAR DO 
CARTÃO EM CADASTROS RESTRITIVOS DE CRÉDITO – DANO MORAL PURO – 
OBRIGAÇÃO DA ADMINISTRADORA COM RELAÇÃO À EXCLUSÃO E AO 
ADIMPLEMENTO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL – FIXAÇÃO COM 
PARCIMÔNIA – RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO . O envio de cartão de 
crédito adicional a consumidor, sem prova da solicitação prévia, ofende o disposto no 
artigo 39 do CDC. A parte não pode ser compelida a fazer prova negativa, razão pela qual 
cabe ao fornecedor do produto o ônus probatório da remessa do cartão e dos débitos. Não 
se incumbindo do seu ônus, verifica-se o comportamento ilícito e culposo do banco 
recorrente, que procedeu cobranças indevidas, ensejando a inscrição do nome do Recorrido 
em cadastro de proteção ao crédito, por dívida não contraída, cabe a exclusão do nome de 
cadastros de inadimplentes e condenação ao pagamento de indenização por danos morais, 
inegavelmente sofridos. A reparação do dano moral puro independe de prova do prejuízo 
sofrido, que é ínsito ao fato ofensivo à honra ou a dignidade da pessoa, e no caso foi fixado 
com parcimônia, sem ofensa aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade.(2ª 
Turma Recursal – Rec. 0702.08.535865-4 – Rel. César Aparecido de Oliveira. J. 17/12/08)
EXECUÇÃO – FEITO EXTINTO POR FALTA DE BENS PENHORÁVEIS – 
EXISTÊNCIA DE BENS – SATISFAÇÃO PARCIAL DO CRÉDITO
EXECUÇÃO DE SENTENÇA – EXTINÇÃO DO FEITO POR FALTA DE BENS A 
SEREM PENHORADOS EM REFORÇO – IMPOSSIBILIDADE – EXISTÊNCIA DE 
BENS PENHORADOS DENTRO DOS AUTOS – SATISFAÇÃO PARCIAL DO 
CRÉDITO – RECURSO PROVIDO.
Existindo bens penhorados dentro dos autos, ainda que insuficientes para garantia total do 
crédito, é necessário o prosseguimento da ação até a satisfação do mesmo. Recurso provido. 
(1ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.05.200146-9 – Rel. Edison Magno de 
Macêdo. J. 26/06/08).
EXPURGOS INFLACIONÁRIOS – PROVA PERICIAL DESNECESSÁRIA – 
LEGITIMIDADE DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA
AÇÃO DE COBRANÇA – EXPURGOS INFLACIONÁRIOS – PLANOS 
ECONÔMICOS – PROVA PERICIAL – DESNECESSIDADE – LEGITIMIDADE DA 
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA – COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM – 
SENTENÇA MANTIDA.
Desnecessária a prova pericial para apurar o percentual efetivamente aplicado sobre os 
saldos de poupança, bastando simples cálculo aritmético para apuração do quantum 
condenatório, com aplicação do índice que por ventura vier a ser entendido como correto 
no julgado.
A relação contratual que embasa a presente demanda existiu entre a instituição financeira e 
o cliente bancário, competindo àquela a correta aplicação das normas legais sobre correção 
monetária, bem como de decisão judicial que disponha de modo diverso.
Conforme jurisprudência iterativa dos Tribunais, a responsabilidade do Banco Central está 
restrita a depósitos superiores a NCZ$ 50.000,00 quando da implantação do Plano Collor, 
eis que neste caso os valores foram transferidos à disponibilidade da Autarquia.
O índice do plano econômico conhecido como Collor I é aplicável à correção de caderneta 
de poupança mantida à época, devendo ser utilizado pelas instituições financeiras o IPC de 
maio e junho de 1990 (44,80% e 7,87%).
A incidência de juros remuneratórios sobre o valor não corrigido é conseqüência natural do 
julgado, não se tratando de excesso em relação ao pedido inicial.
Recurso conhecido e improvido. Honorários de sucumbência fixados em 20% (vinte por 
cento) do valor atualizado da condenação.(3ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 
0702.08.472398-1 – Rel. Maria Elisa Tagilalegna. J. 24/09/08).
INDENIZAÇÃO – DANO MATERIAL – LEITE PERDIDO - INTERRUPÇÃO DE 
ENERGIA ELÉTRICA – CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR - 
INDENIZAÇÃO – DANO MATERIAL – IMPOSSIBILIDADE DE RESFRIAMENTO E 
ENTREGA DE LEITE – INTERRUPÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA – DESCARGAS 
ATMOSFÉRICAS – FATO PREVISÍVEL E INERENTE À PRESTAÇÃO DE 
SERVIÇOS DA CONCESSIONÁRIA – RESPONSABILIDADE OBJETIVA QUE NÃO 
ESTÁ CIRCUNSCRITA APENAS A RESOLUÇÃO DA ANEEL – CASO FORTUITO E 
FORÇA MAIOR – AUSÊNCIA DE CONFIGURAÇÃO. Os órgãos públicos, por si ou 
suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de 
empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto 
aos essenciais, contínuos. A concessionária de serviços públicos (§ 6º, do artigo 37 da CF), 
fornecedora de energia elétrica (art. 14 do CDC), responde pela reparação de danos 
causados ao consumidor, independente da comprovação de culpa, inclusive perda da 
produção leiteira. Chuvas e descargas atmosféricas, comumente responsáveis por falhas e 
interrupções acidentais no fornecimento de energia, são previsíveis e não configuram força 
maior ou caso fortuito quando não tenham ultrapassado os limites da previsibilidade. 
Ausência de prova de inexistência de tecnologia capaz de evitar que seus efeitos possam ser 
aplacados ou que tenham sido empregados recursos para tanto. (2ª Turma Recursal / 
Uberlândia – Rec. 0702.08.496988-1 – Rel. César Aparecido de Oliveira. J. 22/10/08).
MEDIDOR ALTERADO – RESPONSABILIDADE DO PROPRIETÁRIO – 
“QUANTUM DEBEATUR” – APURAÇÃO PELOS DOZE ÚLTIMOS MESES
MEDIDOR ALTERADO – RESPONSABILIDADE DO PROPRIETÁRIO – 
ADEQUAÇÃO DO “QUANTUM DEBEATUR” PELOS DOZE MESES SEGUINTES À 
APURAÇÃO DA IRREGULARIDADE – TERMO INICIAL NÃO COMPROVADO – 
PAGAMENTO SOBRE OS DOZE ÚLTIMOS MESES ANTERIORES À APURAÇÃO 
DA IRREGULARIDADE: Inicialmente, é certo consignar que o fornecimento de energia 
elétrica é serviço de natureza essencial, pelo que, é cediço que as empresas concessionárias 
são obrigadas a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, no caso de essenciais, 
contínuos, como também prevê o conteúdo soberano inscrito no texto do artigo, 175 da 
Constituição da República de 1988. Em análise aos autos, tenho que restou comprovado 
que alteração no medidor de energia de fato aconteceu, o que ocasionou diminuição no 
consumo faturado, que, por sua vez, gerou prejuízos para a concessionária e 
enriquecimento indevido para a consumidora. Portanto e, à míngua de elementos que 
possibilitem o reconhecimento exato do intervalo de tempo em que houve a cobrança 
deficitária, frise-se ocorrida pela alteração do medidor de conservação a cargo do 
proprietário, tenho que agiu com acerto o magistrado sentenciante quando estipulou o 
período de doze meses. Também acertada e diligente a decisão de se apurar o quantum 
através da média dos meses seguintes à constatação da irregularidade e troca do medidor. 
Assim, o valor devido pela recorrida à recorrente é o valor acostado no dispositivo da 
sentença, ou seja, o equivalente a 1176 kwh, além do custo administrativo, conforme artigo 
73 da Resolução 456/2000 da ANEEL. Por outro lado, esclareço que com a nova disposição 
legal acerca dos títulos executivos judiciais, anteriormente listados no artigo 585 do Código 
de Processo Civil, agora elencados no novel artigo 475-N, passou-se a admitir o 
cumprimento das sentenças declaratórias, posto que foi suprimida a palavra “condenatória”, 
que denotava exclusividade dessas modalidades de sentença de execução. RECURSO 
INOMINADO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO, MEDIANTE RECOMENDAÇÃO. 
CONDENAÇÃO DA RECORRENTE DAS CUSTAS, TAXAS E HONORÁRIOS 
ADVOCATÍCIOS DE SUCUMBÊNCIA. (2ª Turma Recursal – Rec. 0702.08.497090-5 – 
Rel. José Luiz de Moura Faleiros. J. 22/10/08).
MÓVEIS QUE GUARNECEM RESIDÊNCIA – IMPENHORABILIDADE DO BEM 
DE FAMÍLIA
MÓVEIS QUE GUARNECEM RESIDÊNCIA – IMPENHORABILIDADE DO BEM DE 
FAMÍLIA
Uma mesa de jantar constitui bem móvel útil e essencial à rotina de uma família, sendo, 
portando, impenhorável, nos termos do parágrafo único do art. 1º da Lei nº 8.009/90; a 
proteção se mantém mesmo se tratando de mesa de vidro com oito cadeiras estofadas, por 
não se tratar de bem suntuoso, que pode ser normalmente encontrado em residências de 
uma família de classe média brasileira.(1ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 
0702.08.450023-1 – Rel. Yeda Monteiro Athias. J. 31/07/08).
MULTA – ART. 475, J, DO CPC – INÍCIO DO PRAZO PARA CUMPRIMENTO 
DA SENTENÇA – ENUNCIADO FONAJE 105
A MULTA LEGAL ESTATUÍDA NO ART. 475, J, DO CPC, APLICÁVEL AO 
CUMPRIMENTO DAS SENTENÇAS PROFERIDAS EM SEDE DOS JUIZADOS 
ESPECIAIS, INCIDE SOMENTE DEPOIS DE OPERADO O TRÂNSITO EM 
JULGADO DA SENTENÇA E NÃO DA SIMPLES PROLAÇÃO DO DECISÓRIO QUE 
INSTITUIU A OBRIGAÇÃO DE VALOR. INTELIGÊNCIA DO ENUNCIADO FONAJE 
105. DECISÃO REFORMADA PARA EXCLUIR A APLICAÇÃO DA MULTA E 
DIANTE DO LEVANTAMENTO PERPETRADO PELO CREDOR, DAR POR 
EXTINTO O CUMPRIMENTO DA SENTENÇA, ANTE A SATISFAÇÃO DO DÉBITO. 
RECURSO PROVIDO. (1 ª Turma Recursal / Ipatinga – Rec. 0313.08.252687-9 – Rel. 
Evaldo Elias Penna Gavazza. J. 30/06/08).
PEDIDO DE CONDENAÇÃO DO RÉU NO VALOR MÍNIMO DE 40 SALÁRIOS 
MÍNIMOS – MERA IRREGULARIDADE
RECURSOCÍVEL. JUIZADO ESPECIAL. PEDIDO DE CONDENAÇÃO DO RÉU NO 
“VALOR MÍNIMO” E NÃO NO “VALOR MÁXIMO” DE 40 SM. MERA 
IRREGULARIDADE. INÉPCIA INEXISTENTE. OFENSA À HONRA SUBJETIVA. 
DANO MORAL CARACTERIZADO. INDENIZAÇÃO DEVIDA. VALOR FIXADO DE 
ACORDO COM OS PARÂMETROS FORNECIDOS PELO CASO CONCRETO. 
CONDENAÇÃO MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO. 
Embora no Juizado Especial o valor máximo da condenação seja no importe 
correspondente a quarenta salários mínimos, a petição inicial não se reveste de inépcia se o 
autor pleiteia a condenação do réu no “valor mínimo” correspondente a quarenta salários 
mínimos, tratando-se de mera irregularidade.
Caracteriza ofensa à honra subjetiva, passível de indenização, falar o ofensor que o 
ofendido é ladrão e que rouba gado para vender.
Não é excessiva a indenização fixada de acordo com os parâmetros fornecidos pelo 
caso concreto. Recurso a que se nega provimento. (Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 
0223.07.224146-4 – Rel. Núbio de Oliveira Parreiras. J. 20/08/2007). 
PROLAÇÃO DE DUAS SENTENÇAS – PRECLUSÃO – COISA JULGADA 
FORMAL – PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA
AÇÃO DE COBRANÇA – EXPURGOS INFLACIONÁRIOS – PROLAÇÃO DE DUAS 
SENTENÇAS COM RESULTADOS DIVERSOS – IMPOSSIBILIDADE MESMO SOB 
A ÓTICA DA INFORMALIDADE DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS – OFENSA 
AOS PRINCÍPIOS DA PRECLUSÃO (COISA JULGADA FORMAL) E 
INALTERABILIDADE DA SENTENÇA PELO JUIZ – NULIDADE QUE NA ESPÉCIE 
DEVE INCIDIR A PARTIR DA PRIMEIRA SENTENÇA E NÃO APENAS DA 
SEGUNDA DECISÃO – Notória a impossibilidade do magistrado proferir duas sentenças 
com resultados diversos no processo, mesmo em sede de juizado Especial Cível. Os 
princípios insculpidos na Lei 9099/95, não podem ser interpretados sob o prisma de 
subtração dos litigantes da segurança jurídica e dos demais postulados processuais. 
Nulidade pronunciada por ofensa aos princípios da preclusão (coisa julgada formal) e da 
inalterabilidade da sentença pelo juiz. Considerando, na espécie, o provimento de embargos 
declaratórios opostos contra a segunda decisão, o princípio da segurança jurídica e a nova 
redação do caput do artigo 463, d CPC, a nulidade deve incidir a partir da primeira decisão, 
retornando o processo ao “status quo ante”. (2ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 
0702.08.450186-6 – Rel. César Aparecido de Oliveira. J. 19/11/08)
RESCISÃO DE CONTRATO POR PEDIDO UNILATERAL
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – PRIMEIRO RECURSO – DECLARAÇÃO DE 
RESCISÃO CONTRATUAL PROCEDENTE E PEDIDO CONTRAPOSTO 
PARCIALMENTE PROCEDENTE – SEGUNDO RECUSO – INTEMPESTIVIDADE – 
NÃO CONHECIMENTO. 
-O contrato deve ser declarado rescindido entre as partes a partir de pedido unilateral de 
uma destas condenando-se a contratante ao pagamento dos valores devidos pela 
prestação de serviço. Recurso parcialmente provido.
-Segundo recurso fora do prazo não deve ser conhecido.
(2ª Turma Recursal / Betim – Rec. 0027.07.130790-7 – Rel. Dirceu Walace Baroni. J. 
20/09/07)
REVISÃO CONTRATUAL – CARTÃO DE CRÉDITO – PRETENSÃO 
CONSTITUTIVA – CLÁUSULAS ABUSIVAS – CAPITALIZAÇÃO MENSAL
AÇÃO DE REVISÃO DE CONTRATO – CARTÃO DE CRÉDITO – PRETENSÃO 
CONSTITUTIVA – PROVA PERICIAL DESNECESSÁRIA – RELAÇÃO DE 
CONSUMO – CLÁUSULAS ABUSIVAS – NULIDADE – CAPITALIZAÇÃO MENSAL 
– POSSIBILIDADE
Sendo a pretensão de cunho constitutivo, consistente na averiguação de validade, ou não, de 
cláusulas contratuais decorrentes de relação jurídica existente entre as partes, é 
desnecessária a prova pericial para tanto, eis que a existência de juros, seu quantum, sua 
capitalização, entre outros aspectos, facilmente se constata dos documentos apresentados e, 
muitas vezes, são objetos de própria confissão da instituição financeira ou equiparada, cujas 
teses defensivas em geral apontam pela sustentação da regularidade dos juros aplicados, de 
sua capitalização mensal e outras cláusulas de fundo capitalista. 
Sendo abusiva a cláusula que estipula juros exorbitantes, é nula por aplicação do CDC, 
fixando juros razoáveis e possíveis de adimplemento pelo consumidor.
A possibilidade de capitalização com periodicidade inferior a um ano, nas operações 
realizadas pelas instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional, foi introduzida na 
ordem jurídica brasileira pela Media Provisória 1063-17, publicada no Diário Oficial da 
União de 31/03/2000. Recurso conhecido e provido. Sem ônus de sucumbência. (3ª Turma 
Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.08.496947-7 – Rel. Maria Elisa Taglialegna. 
J.24/09/08).
REVISÃO DE CONTRATO – CARTÃO DE CRÉDITO – JUROS 
REMUNERATÓRIOS – TAXA SUPERIOR A 12% AO ANO – LEGALIDADE
REVISÃO DE CONTRATO – CARTÃO DE CRÉDITO – JUROS REMUNERATÓRIOS 
– TAXA SUPERIOR A 12% AO ANO – LEGALIDADE. 
Ao tratar a demanda basicamente de discussão acerca dos juros cobrados, e, em sendo a 
administradora de cartão de crédito instituição financeira, não existe limitação legal para a 
cobrança de juros remuneratórios. (1ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.08.449945-
9 – Rel. Yeda Monteiro Athias. J. 26/06/08).
SEGURO - CLÁUSULA LIMITATIVA DE COBERTURA – VALIDADE – 
LUCROS CESSANTES DE TERCEIROS NÃO ACOBERTADOS 
AÇÃO DE COBRANÇA SECURITÁRIA – JUSTIÇA GRATUITA PLEITEADA ANTES 
DA SENTENÇA – OMISSÃO DO JULGADO – DEFERIMENTO – CLÁUSULA 
LIMITATIVA DE COBERTURA – VALIDADE – LUCROS CESSANTES DE 
TERCEIROS NÃO ACOBERTADOS – SENTENÇA MANTIDA.
Havendo pedido de Gratuidade Judiciária antes da prolação de sentença, a parte não pode 
ser obstada de exercer seu direito de recurso por ausência de manifestação do juízo a quo.
É da essência do contrato de seguro a existência de cláusulas restritivas de cobertura, sendo 
certo que há uma perfeita correlação entre o valor do prêmio e da indenização, e a extensão 
das garantias seguradas.
A cobertura que sustenta o pedido inicial está expressamente excluída do contrato de 
seguro objeto da demanda.
Recurso conhecido e improvido. 
Ônus de sucumbência suspenso a teor do art. 12 da Lei 1.060/50.(3ª Turma Recursal / 
Uberlândia – Rec. 0702.08.450027-2 – Rel. Maria Elisa Taglialegna.J. 24/09/08)
SEGURO DE RESIDÊNCIA – FURTO/ROUBO QUALIFICADO – CLÁUSULA 
RESTRITIVA DE DIREITOS – ART. 54, § 4º, CDC
SEGURO DE RESIDÊNCIA – FURTO/ROUBO QUALIFICADO – INDENIZAÇÃO 
PREVISTA NA APÓLICE – CLÁUSULA RESTRITIVA DE DIREITOS DA 
CONSUMIDORA – INVALIDADE – INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 54, § 4º, DO CDC – 
VALOR DA INDENIZAÇÃO DE ACORDO COM O PREVISTO NA APÓLICE. 
Comprovado com depoimento de testemunha, que houve arrombamento de cadeado para 
entrada dos meliantes na casa da recorrida, caracterizado ficou a ocorrência de furto 
qualificado, para fins civis. Em se tratando de seguro, deverá prevalecer o valor 
efetivamente segurado e constante na apólice. Havendo cláusula que restringe direitos da 
segurada, só terá validade se escrita de acordo com o que determina o art. 54, § 4º, do CDC. 
(4ª Turma Recursal / Uberlândia – Rec. 0702.08.496915-4 – Rel. João Elias da Silveira).
SEGURO OBRIGATÓRIO – SÚMULA 09 DA TURMA RECURSAL DE 
DIVINÓPOLIS – RECURSO PROTELATÓRIO – LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
AÇÃO DE COBRANÇA – SEGURO OBRIGATÓRIO – MATÉRIA PACIFICADA 
NESTE COLEGIADO – SÚMULA 09 DA TURMA RECURSAL / DIVINÓPOLIS – 
NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO DAS SEGURADORAS – RECURSO 
MERAMENTE PROTELATÓRIO – CONDENAÇÃO POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ – 
PROVIDO EM PARTE RECURSO DO AUTOR – SENTENÇA MANTIDA QUANTO 
ÀS DEMAIS DISPOSIÇÕES. (1ª Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 0223.08.264283-4 
– Rel. José Antônio Maciel. J. 01/12/08).
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA – INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO 
JUIZADO ESPECIAL 
RÉ SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA – INCOMPETÊNCIAABSOLUTA DO 
JUIZADO ESPECIAL – JUÍZO COMPETENTE O DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA 
E AUTARQUIAS OU DO JUÍZO CÍVEL COMUM – NULIDADE DA SENTENÇA – 
EXTINÇÃO DO PROCESSO. (2ª Turma Recursal / Divinópolis – Rec. 0223.08.254079-8 
– Rel. Aurelino Rocha Barbosa. J. 11/08/08)
SPC – INSERÇÃO DE INADIMPLENTE POR IMOBILIÁRIA – DANO MORAL 
INEXISTENTE
SPC – INSERÇÃO DO NOME EM CADASTRO DE INADIMPLENTES – 
IMOBILIÁRIA – DANO MORAL INEXISTENTE – CONTRATO LOCAÇÃO – FORÇA 
EXECUTIVA – Age de forma correta, em defesa de seu crédito, Imobiliária que inscreve o 
nome do antigo locatário, quando, após notificação do mesmo, para a quitação de encargos 
da locação, o mesmo deixa de se manifestar, sequer para discutir o valor. O contrato de 
locação possui força executiva, ainda que não contenha a assinatura de duas testemunhas, 
por força do disposto no art. 585, inc. IV, do CPC. (2ª Turma Recursal / Ipatinga – Rec. 
0313.07.231824-6 – Rel. Fábio Torres de Sousa. J. 16/07/08).
SUSPENSÃO PENAL – RÉU QUE JÁ OBTEVE TRANSAÇÃO
SUSPENSÃO CONDICIONAL – RÉU QUE JÁ OBTEVE A TRANSAÇÃO PENAL 
RECENTEMENTE E RESPONDE A NOVOS PROCESSOS PELO MESMO DELITO – 
MEDIDA NÃO RECOMENDÁVEL – RECURSO IMPROVIDO. (Turma Recursal / 
Itajubá – Rec. 0324.08.065300-3 – Rel. Willys Vilas Boas. J. 30/10/08).
VALE-TRANSPORTE – PRAZO DE VALIDADE
O vale transporte tem lei própria que o regulamenta, especialmente quanto a sua validade. 
Dentro do prazo de validade, é obrigada a efetuar a troca do passe a concessionária. 
Estando assinalado no vale o prazo, trinta dias após o reajuste tarifário, uma vez expirado, 
não faz jus o usuário à troca ou ressarcimento do valor nele consignado. ( Turma Recursal / 
Ipatinga – Rec. 0313.08.252646-5 – Rel. Carlos Roberto de Faria. J. 14/08/08).
VENDA DE PASSAGEM DE ÔNIBUS DÚPLICE – PERMANÊNCIA NO 
TERMINAL RODOVIÁRIO SEM ASSISTÊNCIA
Comprovado o constrangimento sofrido pela consumidora que adquiriu passagens de 
ônibus, vendida em duplicidade, ficando em terminal rodoviário, com filhos menores e 
doentes, sem a mínima assistência, correta a decisão judicial que considera a ofensa e 
determina a reparação em danos morais. Recurso improvido.(Turma Recursal / Itajubá – 
Rec. 0324.06.065319-3 – Rel. Willys Vilas Boas. J. 25/09/08).
VENDA DE PONTO EM FEIRA LIVRE – PAGAMENTO REALIZADO APÓS 
TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE – NEGÓCIO CUMPRIDO 
INTEGRALMENTE
AÇÃO DE COBRANÇA C/C LUCROS CESSANTES – VENDA DE PONTO EM FEIRA 
LIVRE – PAGAMENTO REALIZADO APÓS TRANSFERÊNCIA DA PROPRIEDADE 
– PRESUNÇÃO DE CUMPRIMENTO INTEGRAL DO NEGÓCIO JURÍDICO – 
RECURSO NÃO PROVIDO. O ato de efetuar o pagamento pela compra de pontos na feira 
livre após ser realizada a transferência no órgão competente, gera a presunção de que o 
comprador tinha pleno conhecimento do que estava comprando. (1ª Turma Recursal / 
Uberlândia – Rec. 0702.08.497188-7 – Rel. Edison Magno de Macêdo. J. 27/11/08).
	AÇÃO DE COBRANÇA – CORRETAGEM – COMISSÃO INDEVIDA......................5
	ACIDENTE DE TRÂNSITO – REQUISITOS PARA O DANO MORAL.....................7
	AGIOTAGEM ALEGADA NÃO COMPROVADA – PROVA TESTEMUNHAL INÓCUA – CERCEAMENTO DE DEFESA NÃO VERIFICADO.................................8
	INDENIZAÇÃO – DANO MATERIAL – LEITE PERDIDO - INTERRUPÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA – CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR...............................17
	RESCISÃO DE CONTRATO POR PEDIDO UNILATERAL......................................20
	SUSPENSÃO PENAL – RÉU QUE JÁ OBTEVE TRANSAÇÃO.................................22
	VALE-TRANSPORTE – PRAZO DE VALIDADE -......................................................23 
	AÇÃO DE COBRANÇA – CORRETAGEM – COMISSÃO INDEVIDA
	ACIDENTE DE TRÂNSITO – REQUISITOS PARA O DANO MORAL
	AGIOTAGEM ALEGADA NÃO COMPROVADA – PROVA TESTEMUNHAL INÓCUA – CERCEAMENTO DE DEFESA NÃO VERIFICADO
	INDENIZAÇÃO – DANO MATERIAL – LEITE PERDIDO - INTERRUPÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA – CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR - 
	RESCISÃO DE CONTRATO POR PEDIDO UNILATERAL
	SPC – INSERÇÃO DO NOME EM CADASTRO DE INADIMPLENTES – IMOBILIÁRIA – DANO MORAL INEXISTENTE – CONTRATO LOCAÇÃO – FORÇA EXECUTIVA – Age de forma correta, em defesa de seu crédito, Imobiliária que inscreve o nome do antigo locatário, quando, após notificação do mesmo, para a quitação de encargos da locação, o mesmo deixa de se manifestar, sequer para discutir o valor. O contrato de locação possui força executiva, ainda que não contenha a assinatura de duas testemunhas, por força do disposto no art. 585, inc. IV, do CPC. (2ª Turma Recursal / Ipatinga – Rec. 0313.07.231824-6 – Rel. Fábio Torres de Sousa. J. 16/07/08).
	SUSPENSÃO PENAL – RÉU QUE JÁ OBTEVE TRANSAÇÃO
	VALE-TRANSPORTE – PRAZO DE VALIDADE

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