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Nutrição microbiana –Componentes necessários às células –Meios de cultura –Condições ambientais Crescimento populacional –Velocidade de crescimento –Tempo de geração –Medidas do crescimento •De todos os organismos vivos, os microrganismos são os mais versáteis e diversificados em suas exigências nutricionais. •Alguns são tão exigentes quanto o homem e outros animais. •Todos os organismos vivos compartilham algumas necessidades nutricionais em comum: - carbono - nitrogênio - água Em algumas situações os microrganismos são estudados em seu hábitat natural. Ex.: Fendas termais, sistemas de tratamento de resíduos, solo. Para caracterizar suas propriedades (morfológicas, fisiológicas e bioquímicas) é necessário o cultivo em laboratório. Cultivo in vitro: quando se conhece as exigências nutricionais Cultivo in vivo: quando exigências nutricionais específicas são desconhecidas. Para o cultivo laboratorial (in vitro) são utilizados meios de cultura que simulam e até melhoram as condições naturais. Os elementos químicos principais para o crescimento das células incluem C, N, H, O, S e P e são denominados de macronutrientes. •O carbono é um dos elementos mais importantes para o crescimento microbiano (todos requerem carbono) •Os compostos orgânicos são os que contém carbono (Exceção para CO2) MACROnutrientes: - Necessários em grande quantidade. - Tem papel importante na estrutura e metabolismo. MICROnutrientes: - Necessários em quantidades mínimas. - Funções enzimáticas e estruturais das biomoléculas Componentes necessários às células Fonte de Carbono Compostos orgânicos (microrganismos heterotróficos): - Carboidratos - Lipídeos - Proteínas Deles se obtém energia e unidades básicas para o crescimento celular. Utilização de CO2 (microrganismos autotróficos) É a forma mais oxidada do carbono, assim a fonte de energia provém da luz. Fonte de Nitrogênio - É elemento mais abundante depois do C, cerca de 12% (constituinte das proteínas, ácidos nucléicos, etc.) ► Moléculas orgânicas (aminoácidos, proteínas, etc.) ► Moléculas inorgânicas (NH3, NO3-, N2) Hidrogênio -Principal elemento dos compostos orgânicos e de diversos inorgânicos (água, sais e gases) •Função do H: –Manutenção do pH –Formação de ligações de H entre moléculas –Serve como uma fonte de energia nas reações de oxi-redução da respiração Oxigênio Elemento comum encontrado nas moléculas biológicas (aminoácidos, nucleotídeos, glicerídeos ...) - É obtido a partir das proteínas e gorduras. ► Na forma de oxigênio molecular (O2), é requerido por muitos para os processos de geração de energia. Outros macrunutrientes •P – Sínese de ácidos nucléicos, ATP; •S – Estabilidade de aminoácidos, componente de vitaminas; •K – Atividade de enzimas; •Mg – Estabilidade dos ribossomos; •Ca – Estabilidade da parede celular e termoestabilidade de endósporos; •Na – Requerido em maior quantidade por microrganismos marinhos; •Fe – Papel-chave na respiração, componente dos citocromos e das proteínas envolvidas no transporte de elétrons. Requisitos nutricionais – Micronutrientes Metais são em quantidades muito pequenas (traço) necessários na composição de um meio de cultura: Zn, Cu, Mn, Co, Mo e B Exercem função estrutural em várias enzimas - Nem sempre sua adição é necessária - Meios sintética com compostos de alto grau de pureza e água ultra pura podem apresentar deficiências desses elementos. Água e outros aditivos Água -Componente absolutamente indispensável (com exceção dos protozoários que englobam partículas sólidas) Laboratório: destilada, filtrada, deionizada. •Outros aditivos Funções: aumentar a conversão, evitar precipitação de íons, controlar a espuma, provocar inibição, estabilizar o pH. Quelantes: na autoclavagem ocorre a precipitação dos fosfatos metálicos Ex.: EDTA, ácido cítrico, polifosfatos MEIOS DE CULTURA Soluções nutrientes para promover o crescimento de microrganismos. Classes: Quimicamente definidos (sais, compostos orgânicos purificados, água); Complexos (utiliza hidrolisados – caseína, carne, soja, levedura) Não existe um meio de cultura universal, mas Existem vários tipos meios para diversas finalidades Para obter sucesso no cultivo de microrganismos é necessário o conhecimento de suas exigências nutricionais, para que os nutrientes sejam fornecidos de forma e proporção adequada. Condições ambientais *Temperatura *Oxigênio *pH *Pressão atmosférica, hidrostática e osmótica *Radiação eletromagnética Efeito da temperatura no crescimento microbiano 1.Psicrófilos – temperatura ótima abaixo de 15 oC, suscetíveis de crescer a 0 oC. 2.Mesófilos – temperatura ótima 20o - 40 oC, maioria dos patógenos humanos. 3.Termófilos – temperatura ótima acima de 45 oC. A velocidade de crescimento duplica a cada aumento de 10 ºC. Classificação dos microrganismos de acordo à Respiração. •Aeróbios Restritos: Vivem só em presença de oxigênio. •Anaeróbios Facultativos: Podem gerar ATP através da respiração e também da fermentação utilizando íon nitrato como aceptor de elétrons. •Anaeróbios Restritos: Bactérias que utilizam sulfatos e carbonatos como aceptores de elétrons e não podem utilizar a respiração aeróbica como alternativa. Efeito do oxigênio no crescimento microbiano Meio gelatinoso com indicador redox: Rosa quando oxidado Incolor quando reduzido Durante as reações de redução do O2 são formados vários intermediários tóxicos. Ex: H2O2, OH°, O2- Os microrganismos aeróbios e facultativos utilizam enzimas como a catalase para destruir as formas tóxicas. CRESCIMENTO MICROBIANO Em microbiologia crescimento geralmente é o aumento do número de células Na maioria dos procariotos ocorre a fissão binária: crescimento e divisão Varia de minutos até dias Depende muito das condições ambientais Escherichia Coli - 20 minutos Pisolithus microcarpus – 2,5 dias O ciclo de crescimento •A fase exponencial reflete apenas uma parte do ciclo de crescimento de uma população microbiana •O crescimento de microrganismos em um recipiente fechado (batelada) apresenta um ciclo típico com todas as fases de crescimento. 1)Fase Lag Período de adaptação da cultura •Mudança de meio, preparação do complexo enzimático •Reparação das células com danos. 2) Fase exponencial Fase mais saudável das células onde todas estão se dividindo. •A maioria dos microrganismos unicelulares apresenta essa fase, mas as velocidades de crescimento são bastante variáveis: Procarióticos – crescem mais rapidamente que os eucarióticos Eucarióticos menores crescem mais rapidamente que os maiores 3) Fase estacionária: Num sistema fechado (tubo, frasco ou biorreator) o crescimento exponencial não pode ocorrer indefinidamente. •Ocorre a limitação por depleção de nutrientes e acúmulo de metabólitos. Divisão = morte → crescimento líquido nulo •Ainda pode ocorrer: catabolismo e produção de metabólitos secundários 4) Fase de morte (declínio): •A manutenção de uma cultura no estado estacionário por longo tempo conduz as células ao processo de morte. A morte celular é acompanhada da lise celular MEDIDAS DO CRESCIMENTO MICROBIANO •Podem ser realizadas pelos seguintes métodos: 1) Peso seco total das próprias células – filtração, secagem e pesagem 2) Peso de algum componente celular – extração, secagem e pesagem 3) Variação no número de células a) contagem de células totais b) contagem de células viáveis a) Contagem de células totais (contagem microscópica direta) Utilizam-se câmaras especiais de contagem (lâmina com grade quadriculada) Ex.: Câmara de Neubauer MEDIDAS DO CRESCIMENTO MICROBIANO – contagem direta •Vantagens: método rápido e fácil •Desvantagens: Não distingue as células vivas das mortas Pode-se omitir células pequenas Células móveis precisam ser imobilizadas Entre outras. b) Contagem de células viáveis: Contagem das colônias formadas em meio de cultura em placas •Diluição das suspensões celulares Amostras concentradas precisam ser diluídas Razões: Erros devido à junção de célulasna colônia Restrições podem fazer células viáveis não originarem colônias São empregadas várias diluições decimais porque é difícil prever o número de viáveis. É contada a placa com 30 a 300 colônias MICOLOGIA Micologia é o ramo da Biologia que estuda os fungos macro e microscópicos, microrganismos pertencentes ao reino Fungi e são agentes de infecções humanas e animais conhecidos como MICOSES. SÃO SERES UNI OU PLURICELULARES, EUCARIONTES. A PAREDE CELULAR NÃO TEM PEPTIDEOGLICANO, FATO QUE A DIFERE DA DAS BACTÉRIAS. PAREDE CELULAR DE QUITINAMEMBRANA PLASMÁTICA POSSUI ZIMOSTEROL E ERGOSTEROL, NÃO COLESTEROL, COMO NAS CÉLULAS ANIMAIS. Microrganismos Eucariotos: Fungos CARACTERÍSTICAS Considerados como vegetais, somente a partir de 1969 passaram a ser classificados em um reino à parte. Diferenciação das plantas: não sintetizam clorofila, não têm celulose na sua parede celular, exceto alguns fungos aquáticos, e não armazenam amido como substância de reserva. Importância A micologia médica é a ciência especializada em estudar os fungos e as enfermidades causadas por estes, tanto no homem como em animais. Sabe-se que o número de pacientes susceptíveis aos mais variados tipos de infecções cresce paulatinamente com o passar do tempo, e, com este crescimento, as infecções fúngicas vêm se tornando a cada dia mais frequentes. Com o aparecimento dos antibióticos e corticóides para aumentar a sobrevida dos pacientes, estes se tornaram mais vulneráveis às infecções oportunistas, e, com elas, as infecções fúngicas começaram a ser prevalentes. Quais são os representantes do reino fungi? -ver foto! CARACTERÍSTICAS MACROFUNGOS - representados pelos COGUMELOS, importantes como alimento e em toxicologia (tóxicos e alucinógenos). Recentemente muitas pesquisas estão encontrando indícios de atividade imunomoduladora neles. MICROFUNGOS - representados pelos BOLORES e LEVEDURAS, com inúmeros aspectos importantes para o homem. -ver foto! Os fungos são responsáveis pela destruição de restos orgânico, gostam de ambientes úmidos, como este tronco de árvore no meio da mata. Quais são suas principais características? São eucariontes; - Aclorofilados; -Podem apresentar parede celular celulósica, celulósica impregnada de quitina ou apenas com quitina; -São heterótrofos com digestão extracorpórea; - Podem ser decompositores, parasitas, mutualistas ou até mesmo predadores; - Sua reserva energética é formada pelo glicogênio (a mesma reserva de carboidrato encontrada nos animais). CARACTERÍSTICAS: •Eucarióticos, não fotossintéticos •Podem possuir parede celular •Unicelulares ou multicelulares •Microscópicos ou macroscópicos •Formam esporos •São heterotróficos e nutrem-se de matéria orgânica morta (fungos saprofíticos) ou viva (fungos parasitários). Instalação da Doença: •Para que o processo infeccioso se instale é necessário que pelo menos um dos lados do binômio parasita-hospedeiro esteja comprometido - o processo infeccioso depende, •da virulência do agente causal, •da capacidade que o hospedeiro tem de lutar contra a implantação do agente agressor. •Não desconsiderando contudo, o número de agentes causadores da infecção. Ao ser quebrado este equilíbrio entre o parasita e o hospedeiro, um dos dois irá tirar vantagem dessa situação, que tenderá para a doença quando o desequilíbrio falar a favor do parasita. Diagnóstico: •O diagnóstico de uma infecção fúngica tem por base a combinação de dados clínicos e laboratoriais. O processo laboratorial inclui: •Demonstração do fungo no material examinado pela microscopia e cultura. •Detecção de resposta imunológica à presença do agressor. •Detecção de antígenos e metabólitos de fungos nos líquidos corpóreos ou tecidos. Papel na Natureza: •Os fungos existem em toda a natureza, • solo, ar, água, poeiras domésticas e agrícolas, •plantas, troncos apodrecidos, •frutas, leite, •pântano, etc., •Eles desempenham importante papel no ciclo de vida: muitos são úteis na indústria de medicamentos, alimentos, bebidas, químicas, pesquisa científica, etc., outros são patógenos para plantas, animais ou para o homem. ESTRUTURA: •Os fungos podem se desenvolver em meios de cultivo especiais formando colônias de dois tipos: - Leveduriformes - são pastosas ou cremosas, formadas por microrganismos unicelulares que cumprem as funções vegetativas e reprodutivas. - Filamentosas - podem ser algodonosas, aveludadas ou pulverulentas; são constituídas fundamentalmente por elementos multicelulares em forma de tubo—as hifas. •As hifas podem ser contínuas ou cenocíticas e tabicadas ou septadas. Partículas de alimento são grandes para entrarem nas hifas e serem digeridas. •Desta forma, as hifas liberam enzimas digestivas para o meio, ocorrendo digestão extracelular. •Efetuada a digestão, os produtos são absorvidos, difundindo-se em todo o fungo. •As vezes, o micélio libera substâncias metabólicas (toxinas) - indisposição intestinal. Definição Biológica: É um grupo de organismos eucariotos imóveis, que apresentam paredes celulares definidas, são desprovidos de clorofila e se reproduzem por meio de esporos sexuadamente, assexuadamente, ou de ambas as formas. CRESCIMENTO: Crescimento inicial: células simples •Leveduras: formam brotamento (blastoconídeos) •Filamentosas: extensões em forma de tubos, também chamadas micélios. Podem Ter ou não septos. •Dimorfismo: é a capacidade de se desenvolver segundo as condições ambientais. Podem crescer na forma de bolores (quando incubadas de 25°C a 30° C) ou em leveduras (em 35°C a 37°C). Quais são as principais importâncias ecológicas dos fungos? Como decompositores da matéria orgânica morta. Recicladores de nutrientes no meio ambiente Fazendo parte de associações mutualísticas, como os líquens ( associação entre algas e fungos) e as micorrizas (associação entre fungos e raízes). Célula fungica Existem várias formas de relação dos fungos com os seres e o meio ambiente. Parasitismo - Os fungos que apresentam este tipo de relação com o meio vivem à custa de outro ser vivo, prejudicando-o. Certas doenças dos vegetais, como a ferrugem do café, são provocadas por fungos parasitas. Quando se desenvolvem sobre a pele dos animais e do homem, provocam micose. Mutualismo - Nesta relação, o fungo associa-se a uma alga, com benefícios para ambos. A alga, que tem clorofila, faz fotossíntese, produzindo alimento para ela e para o fungo. Este, por sua vez, absorve a água do solo, necessária também para a alga viver. A associação de um fungo com uma alga dá origem a um novo tipo de ser: o líquen. Saprofitismo - Essa relação ocorre quando o fungo vive sobre matéria orgânica, provocando sua decomposição. Certos fungos, por exemplo, causam o apodrecimento de frutas ou de restos de vegetais e animais. As leveduras são fungos saprófitos empregados na fermentação de bebidas alcoólicas As micorrizas são associações de fungos com raízes de plantas. As hifas envolvem as raízes ou penetram nas suas células, o que aumenta a superfície de absorção de água e sais minerais. Alem disso, os fungos convertem certos sais minerais em formas mais facilmente absorvidas pelas plantas. Em troca, a planta fornece substancias orgânicas a eles. Micorrizas – fungos e raízes de ávores Cogumelo e orelhas-de-pau São encontrados em solo úmido ou sobre madeira. A parte visível corresponde ao corpo de frutificação, responsável por sua reprodução. Os esporos são eliminados e espalham-se por todo o ambiente e encontrando condições adequadas, germinam, formando hifas e um novo micélio. Fermentação Alcoólica As leveduras e algumas bactérias fermentam açucares, produzindo álcool etílico e gás carbônico (CO2), processo denominado fermentação alcoólica. Classificação dos Fungos A classificação dos fungos é controversa, no entanto, distinguiremos dois grandes grupos no Reino Fungi: Eumycota (fungos verdadeiros), com aproximadamente 100 mil espécies distribuídas em cinco classes (oomicetos, ficomicetos,ascomicetos e deuteromicetos), e Mixomycota (fungos gelatinosos) Ascomicetos: São caracterizados pela presença do asco (saco),estrutura produtora de esporos,geralmente agrupados em corpos de frutificação. Ex:Levedo(Saccharomyces cerevisiae) e Fermento biológico.Ex:Penicillium- Produtor da penicilina Basidiomicetos:O corpo frutífero, chamado basidiocarpo(basi=base),tem a forma de chapéu e é encontrado nas espécies mais conhecidas. Ex:Cogumelos e Orelhas-de-pau. Deuteromicetos: Fungos imperfeitos, que aguardam melhor classificação. Este filo é uma categoria de conveniência e tendência a ser extinto. Incluem diversos parasitas de animais e vegetais. Ex:causa o sapinho. Ficomicetos :São fungos primitivos, de organização mais simples, com hifas, sem paredes transversais (septos). Podem ser terrestres ou aquáticoss. A maioria destes fungos é decompositora de matéria orgânica, e alguns são parasitas de plantas e animais. Ex: bolor do pão REPRODUÇÃO ASSEXUADA Esporulação – células leves denominadas conidiósporos, caem sobre a matéria orgânica desenvolvem-se, dando origem a outro fungo. Fragmentação: Um micélio fragmenta-se (quebra-se) e origina dois novos micélios. Brotamento ou Gemulação: Algumas leveduras como Saccharomyces cerevisae (que causa a fermentação da cerveja) reproduz-se através de brotamento, ou seja, a formação de um broto, que geralmente se separam do genitor, mas podem permanecer unidos, formando cadeias de células. Forma mais frequente de reprodução entre os fungos. Nela ocorre a fusão das hifas e, após essa união, são formados esporos que geram novas hifas promovendo, desse modo, a dispersão do fungo. •Os fungos podem formar associações simbióticas (mutualísticas) com raízes de plantas superiores denominadas Micorrizas. (solos fumicados). Reprodução Sexuada Forma mais frequente de reprodução entre os fungos. Nela ocorre a fusão das hifas e, após essa união, são formados esporos que geram novas hifas promovendo, desse modo, a dispersão do fungo. Doenças causadas por fungos São chamadas de micoses as infecções que são causadas pelos fungos. Os fungos se proliferam de preferência em lugares quentes e úmidos (porões, por exemplo), mas estão em todos os lugares, independente dessas condições favoráveis. Micose superficial, os fungos escolhem lugares onde encontram tecidos mortos, como ao redor dos pêlos e nas unhas, onde se alimentam de queratina. Os principais sintomas são as alterações e coceiras na pele, sendo a micose mais comum o “pé de atleta”, conhecido popularmente como frieira. O pé de atleta consiste no ataque de fungos na região (pele) entre os dedos, principalmente dos pés, causando intensa coceira. Micoses profundas podem se instalar nos tecidos subcutâneos ou, em casos mais graves, podem se disseminar através do sistema circulatório, possivelmente instalando-se nos órgão internos (sistema nervoso central, pulmões, intestinos e ossos). Algumas precauções para evitar as micoses: - observar a obrigatoriedade e periodicidade do exame médico ao freqüentar piscinas e saunas “públicas”. (clubes, escolas, etc.) - evitar andar descalço em pisos úmidos. - cuidados ao compartilhar calçadas, botas, e roupas (sobretudo toalhas). - cuidados relativos à manicure (observar esterilização de alicates de cutícula, lixas, tesouras, toalhas). - Enxugar bem as dobras, o meio dos dedos dos pés, a virilha, etc. após o banho. Candidíase - causada pelo fungo Candida albicans. Pode infectar a vagina, boca, e áreas úmidas na pele. É normal a presença de algum fungo no corpo. Bactérias normalmente mantêm a população de fungos sob controle. Porém, às vezes, a pessoa tem queda da imunidade ou baixa resistência e ocorre crescimento de fungos e surge uma infecção. Existem várias situações em que o fungo pode crescer demais ou se multiplicar. Por exemplo, antibióticos podem destruir as bactérias que inibem os níveis de fungo. Sapinho - geralmente visto em crianças com menos de seis meses, aparece como pontos brancos, escamosos, semelhantes a queijo, que cobrem toda ou parte da língua e das gengivas, a parte interna das bochechas e, às vezes, os lábios. Esses pontos não saem facilmente. Quando se cutuca ou arranha esses pontos, forma-se uma área vermelha e inflamada que pode sangrar. Bolores - são espécies de fungos pluricelulares, filamentosos que se desenvolvem em matéria orgânica, decompondo-a. Nos bolores, as hifas primeiro se espalham sobre a matéria orgânica para depois penetrar nela. Dentro da matéria orgânica, as hifas eliminam substâncias capazes de converter os nutrientes dessa matéria em compostos mais simples. Somente após a decomposição os nutrientes são absorvidos pelo fungo ( digestão extracorpórea). O micélio cresce para todos os lados e desenvolve-se, então o bolor se reproduz. Em algumas hifas aparecem esferas, no interior das quais estão os esporos. Quando essas esferas se rompem, os esporos são expelidos, espalhando-se pelo ar, sendo distribuídos por toda paarte e, encontrando matéria orgânica, umidade e baixa luminosidade, germinam, formando novas hifas. Leveduras Conceito: Microrganismos unicelulares imóveis (não possuem flagelos) da classe dos ascomicetos, heterotróficos (fonte de C é o C orgânico). Podem exercer metabolismo oxidativo ou fermentativo e apresenta processo de reprodução característico chamado gemulação ou brotamento. Habitat: Como são heterotróficos, surgem onde há alimento, preferencialmente açúcar, frutas, plantas, solos de pomares, etc… Morfologia: Forma • Redondas, ovais ou cilíndricas. • Apresentam pleomorfismo – uma mesma levedura pode ter diferentes formas dependendo da idade, condições de cultivo, meio, etc… Dimensões: • São normalmente maiores que as células bacterianas, variam de 0,5 a 3 microns de diâmetro e 30 microns de comprimento. • Ao microscópio é fácil diferenciar bactérias de leveduras. Fisiologia: Metabolismo: • Oxidativo – é aquele em que a célula realiza o ciclo de Krebs, rendendo bastante energia para a síntese do material celular (sobrevivência), em presença de O2 e baixa concentração de açúcar. • Fermentativo – é aquele que ocorre na ausência de O2 e alta concentração de açúcar. Ocorre a glicólise, na qual ocorre a transformação do piruvato em etanol. Nutrição: • São heterotróficos, usam como fonte de carbono açúcares mono e dissacarídeos (glicose, frutose, sacarose e maltose). • Algumas leveduras usam fontes não muito convencionais, tais como querosene. Amilase – amido – maltose............................Celulase – celulose – celobiose. • Fontes de Nitrogênio: sais de amônia. • Fontes de Enxofre: sulfetos inorgânicos. • Sais minerais: sais de Na+, K+ e Mg+. • Vitaminas: são exigentes, necessitam de adições de vitaminas e algumas delas servem para acelerar o crescimento das leveduras. • 80% da célula é água. Condições de cultivo: • Oxigênio: aeróbios estritos e anaeróbicos. • pH: crescem em meio ácido – 4 à 6. • Temperatura: de 5 à 35°, sendo a maioria mesófila. • Tempo de incubação: 24 à 48 horas Reprodução: Assexuada: gemulação ou brotamento (principal meio de reprodução das leveduras) • Não há mistura de material genético. • As leveduras são identificadas (ao microscópio) pela produção de gemulas ou brotos. A classificação se dá pelo número de gêmulas e em que parte da célula ela se forma. Reprodução: Assexuada: fissão binária • Ocorre o alongamento da célula com a formação de um septo, pelo qual a célula se divide em duas iguais. • As duas células-filhas ficam deformadas pelo aparecimento do apêndice, evidenciando a fissão. Reprodução: Assexuada: esporos exógenos (Blascósporos) • Os esporos são produzidos na interseção da gêmula que não se solta da célula- mãe. Pseudomicélio Reprodução: Sexuada: esporos endógenos (Ascósporos) • Acontece em condições específicas, e é evitada industrialmente, pois as células filhas possuem características genéticas diferentes das células mães. • Ocorre mistura do material genético, os núcleos se fundem.Classificação: a) Leveduras com esporos •Com esporos sexuais (Ascósporos) – Saccharomycetacea •Com esporos assexuais (Blascósporos) – Sporobolomycetaceae b) Leveduras sem esporos • Cryptococcaceae Classificação: Gêneros e espécies de maior interesse: •Saccharomyces cerevisiae, S. ellipsoideus e S. calbergensis, agentes normais da fermentação alcoólica. •Zygosaccharomyces, com capacidade de se desenvolverem em líquidos com alta concentração de açúcar. E por isso, responsáveis pela deterioração de mel, melaço e xaropes. •Schizosaccharomyces, Muito comum na superfícies de frutos, no solo, no bagaço e em substratos. Aplicações Industriais: Lêvedo de panificação (fermento biológico). Sua ativação se dá pela utilização do açúcar, ocorrendo assim a liberação do CO2 e a expansão da massa. Proteína. As leveduras mortas, decorrente do tempo ou da temperatura são consumidas como suplementos alimentares. Bebidas. Produzidas a partir da fermentação alcoólica por leveduras, variando a matéria-prima e a linhagem da levedura. a)Fermentadas: há separação das células da fase líquida. Ex: cerveja, vinho, saque... b)Fermentadas e destiladas: ocorre separação da fase líquida seguida de destilação. Ex: cachaça, rum, uísque. Etanol combustível, produzido por fermentação alcoólica. VIROLOGIA É o estudo das doenças causadas por vírus. A palavra vírus vem do latim e significa veneno ou fluido venoso. Não possuem atividade metabólica própria e depende de outros organismos para sobreviver. São parasitas intracelulares obrigatórios. CARACTERÍSTICAS *Não são incluídos no reino dos seres vivos *São menores que as bactérias, ou seja, não podem ser visualizados sem microscopia eletrônica ou específica. São acelulares, possuem material genético DNA e RNA ESTRUTURA VIRAL Genona + capsídeo = nucleopsídeo DNA ou RNA proteínas Reprodução viral (dois ciclos importantes) 1º ciclo lítico: reprodução viral que ocorre (lise) celular, rompimento celular e consequentemente morte. Morte da célula hospedeira (rompimento da célula) 2º ciclo lisogênico: reprodução viral onde a célula hospedeira permanece viva. MULTIPLICAÇÃO VIRAL *Adesão *Penetração Não há variabilidade genética *Bossíntese ciclo lítico *Maturação *Liberação Ciclo lisogênico: É semelhante ao ciclo lítico, porém o vírus recebe o nome de fago. É possível haver variabilidade genética. Vírus DNA *Adenoviridae – conjuntivite *Poxiviridae – Variola *Herpesviridale – catapora ou herpes *Papoviridae – papiloma vírus humano *Hepadnaviridae – hepatites Vírus RNA *Piconaviridae – febre amarela, poliomielite *Togaviridae – rubéola *Rabidoviridae – raiva *Reoviridae – rotavirus *Retroviridae – HIV *Flaviviridae – dengue / febre amarela RNA – ortomixo – ex: H1N1 (incluem as influenzas – responsáveis pela gripe) Ciclo misto: ocorrem os dois tipos de ciclos de reprodução viral ao mesmo tempo. O fago ao ser liberado encontra rapidamente a célula hospedeira.
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