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1 PRINCIPAIS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS DISCIPLINA – FARMACOLOGIA Prof. Oscar César Pires Vias de Administração de Drogas • HISTÓRICO: • Antiguidade Oriental – crença de que efeitos dos medicamentos resultavam de forças divinas invocadas pelos sacerdotes. • 1700 aC – “papiro de Ebers” descreve métodos de preparo e invocação de forças divinas. • Hipócrates – refere-se a formas farmacêuticas. • Paracelsus (séc XIV – efeitos de origem química). • Revolução Industrial – século XIX – XX. Vias de Administração de Drogas • FORMA FARMACÊUTICA • É o conjunto das principais características químicas e físicas do medicamento (aparência e liberação de princípio ativo). • No desenvolvimento e uso de novas formulações deve sempre prevalecer o critério da premissa hipocrática “ Primo non nocere” (primeiro não causar mal). Vias de Administração de Drogas • VIA DE ADMINISTRAÇÃO • É o caminho pelo qual um medicamento é levado ao organismo para exercer seu efeito. • Escolha – depende de propriedades físico-químicas do medicamento e da finalidade terapêutica. • A Forma Farmacêutica e a Via de Administração devem ser levadas em conta objetivando o máximo de atividade farmacológica. Vias de Administração de Drogas • VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • TUBO DIGESTIVO: • Sublingual – (mucosa oral) • ⇒ Absorção rápida de substâncias lipossolúveis. • ⇒ Redução parcial da biotransformação hepática. • ⇒ Prejudicada por substâncias irritantes ou de sabor desagradáveis. Vias de Administração de Drogas • VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • TUBO DIGESTIVO: • Oral – (mucosa do TGI) • VANTAGENS: • ⇒ Segurança, comodidade e economia. • ⇒ Esquema terapêutico fácil de ser seguido. • ⇒ Grande superfície de absorção. 2 Vias de Administração de Drogas • VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • TUBO DIGESTIVO: • Oral – (mucosa do TGI) • DESVANTAGENS: • ⇒ Irritação de mucosas (náuseas, vômitos e diarréia). • ⇒ Absorção varia com (plenitude gástrica, enzimas digestivas, tipo de formulações e pH). • ⇒ Necessita de cooperação do paciente. Vias de Administração de Drogas • VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • TUBO DIGESTIVO: • Oral – (mucosa do TGI) • FORMAS : • Líquida – fármaco está dissolvido ou em suspensão. • Sólida – comprimidos, drágeas e cápsulas. Vias de Administração de Drogas • VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • TUBO DIGESTIVO: • Oral – (mucosa do TGI) • FORMAS : Líquida • a) Solução – o fármaco está dissolvido no solvente • b) Suspensão – o fármaco está em suspensão no solvente (há necessidade de agitar antes do uso) • c) Xarope – açúcar na fórmula (Obs: diabéticos) • d) Elixir – xarope com solução alcoólica Vias de Administração de Drogas • VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • TUBO DIGESTIVO: • Oral – (mucosa do TGI) • FORMAS : Sólida • a) Comprimido – aglomerado de pó obtido por compressão. • b) Drágea – comprimido revestido por camada colorida (sabor agradável e boa aparência) objetivando alterar a dissolução e/ ou mascarar propriedades desagradáveis. Vias de Administração de Drogas • VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • TUBO DIGESTIVO: • Oral – (mucosa do TGI) • FORMAS : Sólida • c) Cápsula – o pó é colocado em envoltório gelatinoso composto de duas metades. (sofre rápida dissolução em meio ácido e portanto absorção mais rápida que drágeas e comprimidos. Vias de Administração de Drogas • VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • TUBO DIGESTIVO: • Oral – (mucosa do TGI) • FORMAS : Sólida • Cápsulas desintegração grânulos desagregação partículas de • Comprimidos (1) ou (2) diâmetro • Drágeas agregados menor • (3) dissolução meio aquoso ou lipídico • Droga em solução • (4) absorção • Droga no sangue 3 Vias de Administração de Drogas • VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • TUBO DIGESTIVO: • Oral – (mucosa do TGI) • FORMAS : Sólida • Revestimento entérico – tratamento especial que visa proteger da ação ácida gástrica princípios ativos de caráter básico. • Liberação lenta ou “retard” – retarda a desintegração e dissolução do princípio ativo para mantém níveis sanguíneos prolongados. Vias de Administração de Drogas • VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • TUBO DIGESTIVO: • Retal • VANTAGENS: • ⇒ Inconscientes, com náuseas, vômitos e lactentes • ⇒ Atinge diretamente a circulação sistêmica (sem passagem pelo fígado). • DESVANTAGENS: • ⇒ Absorção irregular e incompleta. • ⇒ Ação irritante à mucosa. Vias de Administração de Drogas • VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • VIA INTRAMUSCULAR: • Concentração sérica e duração do efeito depende da dissolução do fármaco no local de aplicação. • VANTAGENS: Administração rápida e utilização em pacientes inconscientes. • DESVANTAGENS: Dor; lesões pelo pH, por irritantes, inflamação e infecção. Vias de Administração de Drogas • VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • VIA INTRAVENOSA: • VANTAGENS: • ⇒ Efeito imediato. • ⇒ Uso de substâncias irritantes diluídas. • ⇒ Infusão de grandes volumes. • ⇒ Maior controle de doses p/ prevenção de toxicidade. Vias de Administração de Drogas • VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • VIA INTRAVENOSA: • DESVANTAGENS: • ⇒ Superdosagem relativa. • ⇒ Embolia, flebite, infecções. • ⇒ Imprópria para solventes oleosos e insolúveis. Vias de Administração de Drogas • VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • VIA SUBCUTÂNEA: • VANTAGENS: • ⇒ Absorção constante de soluções. • ⇒ Absorção lenta para suspensões e “pellets” (pequenas partículas sólidas). 4 Vias de Administração de Drogas • VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • VIA SUBCUTÂNEA: • DESVANTAGENS: • ⇒ Absorção menor que intramuscular. • ⇒ Facilidade de sensibilização. • ⇒ Dor e necrose por irritantes. Vias de Administração de Drogas • VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • VIA INTRADERMICA: entre a derme e a epiderme • ⇒ Úteis para pequenos volumes e processos que envolvem reações imunológicas (sensibilização e aplicação de vacinas). Vias de Administração de Drogas • VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • INFILTRAÇÕES: • ⇒ Utilizada para injetar anestésicos locais. • VIA INTRA-ARTERIAL: • ⇒ Usada para atingir determinado órgão com contrastes radiológicos, agentes antineoplásicos, vasodilatadores, e embolização de tumores. Vias de Administração de Drogas • VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • VIA PELE E MUCOSAS: • AÇÃO TÓPICA ( local ): • Pomadas – misturas de substâncias graxas ou untuosas. Quando contém resina, constituem ungüentos. • Cremes (emulsões) – são misturas estáveis de substâncias graxas ou oleosas com água (usadas como umectantes e emolientes). Vias de Administração de Drogas • VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • VIA NASAL: • ⇒ Anti-sépticos, vasoconstritores e anestésicos locais. • ⇒ Pode ser utilizada para obter efeito sistêmico. (Desmopresssina – HAD, Ocitocina – estimula a lactação, Midazolam – pré-anestésico em pediatria) • VIA CONJUNTIVAL: • ⇒ Colírios, pomadas ou cremes. Vias de Administração de Drogas • VIAS DE ADMINISTRAÇÃO• VIA VAGINAL: • ⇒ Obtenção de efeitos locais. • ⇒ Anti-sépticos, antimicrobianos e antiinflamatórios. • ⇒ Cremes, óvulos e soluções. • VIA TRANSDÉRMICA: • ⇒ Através da pele intacta. • ⇒ Hormônios, vasodilatadores, anestésicos e analgésicos. 5 Vias de Administração de Drogas • VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • AÇÃO SISTÊMICA VIA MUCOSA: • Inalação: • ⇒ Gases e substâncias voláteis (O2, N2O, anestésicos voláteis e aerossóis broncodilatadores). • Implantes - “pellets”: • ⇒ geralmente subcutâneo (hormônios e AMB e em ossos nos casos de osteomielíte crônica). Vias de Administração de Drogas • VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • O FUTURO: NANOTECNOLOGIA (Tecnologia de manufatura endógena ) • Ramo da ciência molecular que visa obtenção da tecnologia de manufatura endógena (separação, manipulação e modificação da molécula no local de ação desejado) obtendo “100% de eficácia e 0% de toxicidade”.
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