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Neuropsicologia: Introdução Prof. Luiz Fernando L. Pegoraro Reflexão • O que é Neuropsicologia? • Qual a diferença entre o psicólogo e o neuropsicólogo? Neuropsicologia - Definição “Campo do conhecimento interessado em estabelecer as relações existentes entre o funcionamento do SNC por um lado, e as funções cognitivas e o comportamento por outro...” (Cosenza, Fuentes e Malloy-Diniz, 2008, pg. 1) Neuropsicologia - Definição • William Osler em 1913 • “Ciência que estuda a expressão comportamental das disfunções cerebrais” Neuropsicologia - Conceitos • Normalidade • Patologia • O que é normal? • O que é patológico? Neuropsicologia - Conceitos • Natureza multidisciplinar • Psicologia • Neurologia • Psiquiatria • TO, FONO, FISIO • Pediatria • Geriatria Neuropsicologia - Aplicações • Assistência (exame neuropsicológico) • Reabilitação neuropsicológica • Pesquisa Neuropsicologia - História • Desenvolveu-se durante vários séculos • Interesse natural sobre relação corpo, mente, emoções e comportamento Neuropsicologia - História • Antiguidade, tentativa de localizar a alma no corpo humano • Achados paleontológicos • Crânios trepanados ainda em vida • Tentativa de intervenção, liberar maus espíritos Neuropsicologia - História • Egito: coração • sede da alma • órgão controlador dos processos mentais • Cultura hebraica também havia essa crença Neuropsicologia - História • No papiro de Edwin Smith, escrito há 3000 anos: • Relatos do Médico Imhotep • Paciente com lesão no osso temporal e alteração de linguagem Neuropsicologia - História • Na Bíblia, no livro de Daniel • Sonho do rei Nabucodonosor • Imagens atemorizantes que vinham de sua cabeça Neuropsicologia - História • Na Grécia, opositores da noção do coração como sede da mente • Alcmaeon e Crotona (500 a.C.) • Processos mentais = atividade cerebral Neuropsicologia - História • Aristóteles (384-322 a.C.) se opunha a esta ideia • Ele acreditava que o cérebro seria apenas um radiador • Função de resfriar a temperatura sanguínea Neuropsicologia - História • Hipócrates (460-400 a.C.) • Solidificou a hipótese cerebral • Lesões cerebrais = alterações de personalidade • Do comportamento, do raciocínio Neuropsicologia - História • Além do dilema coração x cérebro • Acreditava-se que nos ventrículos cerebrais circulavam espíritos • Importantes na regulação do comportamento • Hipótese ventricular, aceita pela igreja católica Neuropsicologia - História • René Descartes (1596-1650) • Filosofia Ocidental • Acreditava hipótese ventrículos • A mente seria adimensional e imaterial Neuropsicologia - História • Segundo Descartes • A mente interage com o corpo por meio da glândula pineal Neuropsicologia - História • Quando o cérebro foi aceito • Problema: diferentes funções associadas a que áreas específicas? • Debate: Holistas x Localizacionistas Neuropsicologia - História • Holistas: • Não haveria especificidade regional no cérebro • Para controlar o comportamento Neuropsicologia - História • Localizacionistas: • O cérebro atua de forma fragmentada • Cada região seria responsável por funções mentais e comportamentos específicos Neuropsicologia - História • Localizacionistas: • Franz Joseph Gall (1757-1828) • Teoria da Frenologia • Também conhecida como organologia Neuropsicologia - História • Frenologia • Cada região seria um órgão responsável por uma função ou comportamento • Cada região molda a superfície craniana • Se uma região é bem desenvolvida, ela cresce em volume Neuropsicologia - História • Acreditavam que se examinarmos as superfícies do cérebro • Descobriríamos o grau de des. das funções • Desenvolveram um modelo do cérebro com 35 diferentes “órgãos” Neuropsicologia - História • Frenologia Neuropsicologia - História • Frenologia Neuropsicologia - História • A Frenologia foi rechaçada pela comunidade científica • Psicólogo Canadense Karl Lashley (1890-1958) • Princípio da Equipotencialidade • Qualquer área pode assumir função de outra área Neuropsicologia - História • Século XIX, Localizacionistas ganharam força • Paul Broca (1824-1880) • Nove pacientes com lesões lobos frontais do hemisfério esquerdo • Prejuízo produção da fala, preservação da compreensão Neuropsicologia - História • Síndrome nomeada de Afasia de Broca Neuropsicologia - História • Carl Wernicke (1848-1904) • Neurologista alemão • Pacientes com lesão no córtex temporal do hemisfério cerebral esquerdo • Dificuldade na compreensão da linguagem Neuropsicologia - História • Síndrome nomeada de Afasia de Wernicke Neuropsicologia - História • Walter Hess (1881-1973) • Diferentes atividades dependem de uma organização de estruturas • Atividades mais complexas recrutam maior número de estruturas Neuropsicologia - História • James Papez (1883-1958) • Conceito de Sistema Límbico • Conjunto de estruturas responsáveis por: • Emoções, motivação Neuropsicologia - História • Sistema Límbico Neuropsicologia - História • William Scoville (1906-1984) • Paciente H.M. • Remoção bilateral do hipocampo e amígdala • Tratamento epilepsia grave Neuropsicologia - História • Paciente H.M. • Não conseguia aprender mais novas informações Neuropsicologia - História • Paciente H.M. Neuropsicologia - História • Aleksander Luria (1902-1977) • Novo modelo que superou os anteriores • Sistemas funcionais • Funções elementares poderiam ser localizadas Neuropsicologia - História • Processos mentais envolvem zonas ou sistemas • Três grandes sistemas • Primeiro: Vigília e tônus cortical Neuropsicologia - História • Segundo: Receber, processar e armazenar informações • Terceiro: Regula e verifica as estratégias comportamentais • Bateria Neuropsicológica de Luria Dúvidas??? luizfernandolp@yahoo.com.br Obrigado! Neuropsicologia da Linguagem, Visuoconstrução e Praxias Prof. Luiz Fernando L. Pegoraro Linguagem Linguagem • 3 componentes: • Cognitivo: Transformação de estímulos do amb, organização, recuperação, etc... • Linguístico: Aspectos semânticos, pragmáticos, regras gramaticais • Social: Construtos sociais, culturais, contexto Linguagem • Avaliação: • Déficits, diagnóstico, prognóstico, tratamento • Deve sempre incluir o social/ cultura • Testes e escalas Linguagem • Neurobiologia: • Afasia de Broca (giro frontal inferior esquerdo) • Afasia de Wernicke (acima do sulco temporal superior esquerdo parte posterior) • Recapitulando...... Neuropsicologia - História • Síndrome nomeada de Afasia de Broca Neuropsicologia - História • Síndrome nomeada de Afasia de Wernicke Linguagem • Neurobiologia: • Afasia de Condução (fluente, compreensão ok, mas não consegue repetir palavras) • Lesões no hemisfério não dominante: – Alterações pragmátgica – Atencionais Linguagem • Questionários, Escalas, Testes: • Entrevistasestruturadas • Observação em situações naturais Linguagem • Boston Naming Test • Token Test • Fluência Verbal semântica e fonética • Subtestes verbais das escalas Wechsler • Leitura textos • TDE Linguagem Token Test Boston Naming Test Praxia e Visuoconstrução Praxia e Visuoconstrução • Capacidade de realizar atos voluntários com uma meta final • De maneira coordenada, precisa • Vestir-se, escovar dentes, construir maquete • Requer percepção visual, raciocínio espacial • Motricidade preservada e monitorar atos Praxia e Visuoconstrução • Apraxia: – Distúrbio na execução de gestos – Atividades motoras – Sem alterações de atenção ou compreensão – Sem anormalidades em canais motores eferentes – Ou sensoriais aferentes Praxia e Visuoconstrução • Déficit Visuoconstrutivo: – Distúrbio em construir – Formar um produto final – Reunir elementos no espaço – Sem déficits motores e sensoriais – Também conhecido como “apraxia construtiva” Praxia e Visuoconstrução • Neurobilogia: – Córtex parietal e occipital – Giro frontal medial esquerdo – Córtices parietais superior e inferior – Lesões à direita: prejuízo da gestalt – À esquerda: produção pobre como um todo Praxia e Visuoconstrução • Apraxia Ideomotora (gestos simples) • Apraxia da Marcha, do vestir • Apraxia Ideatória ou ideacional (sequência lógica) • Apraxia Bucofacial (face, língua, mandíbula) • Apraxia Miolocinética (movimentos finos) Praxia e Visuoconstrução Dúvidas???? • luizfernandolp@yahoo.com.br Neuropsicologia da Memória e das Funções Executivas Prof. Luiz Fernando L. Pegoraro Memória Memória • Fenômeno biológico complexo e fundamental • Noção de self e personalidade • Aprendizagem e adaptação ao meio • Acesso a linguagem Memória • Lei de Ribot: • Velocidade do esquecimento é inverso a formação da memória • Quanto mais recente a memória, mais rapidamente pode ser esquecida Memória • O cérebro processa a memória de maneira localizada e holística ao mesmo tempo • Freud: aspecto emocional da memória • Psicologia cognitiva + neurologia = Neuropsicologia da memória Neuropsicologia - História • Paciente H.M. Memória • Classificação: • Memória Sensorial: – Ultracurta – Relacionada aos sentidos – Eidética (visual) – Ecóica (auditiva) – Memória fotográfica – Mensagens subliminares – Menino xadrez autista/ bonobos x humanos Memória • Classificação: • Memória de Curto Prazo – Conhecida como primária ou imediata – Segundos a 1 minuto – Span mnésico ou mnêmico (7 elementos) – Esquecimento por deslocamento Memória • Classificação: • Memória de Longo Prazo – Conhecida como secundária – Minutos, horas até anos (recente, médio, remota) – Codificação -> Associação -> Indexação – Evocação – Técnicas de estudo (cores, repetição, evocação) Memória • Classificação: • Memória Declarativa – Conhecida como consciente ou explícita – Recontar eventos do passado, tempo, lugar – Semântica x Episódica – Conhecimento gerais (wikipedia mental) x – Memória autobriográfica (nossa vida) – Hipocampo, córtex entorrinal, parahipocampal, núcleo basal de Meynert, amígdala (emoções) Memória • Classificação: • Memória Não Declarativa – Conhecida como inconsciente, de procedimento, procedural ou implícita – Andar de bicicleta, nadar, dirigir – Condicionamento clássico – Estriado, núcleos da base, cerebelo Memória • Classificação: • Memória de Trabalho – Conhecida como operacional – Organização e gerenciamento de informações – Leitura, cálculo, cozinhar, etc... – Executivo central, alça fonológica e suporte visuoespacial – Lobo frontal, cerebelo Memória • Avaliação: • RAVLT • WMS-III (Memória Lógica) • Testes ecológicos • Entrevista e observação natural • Subtestes Dígitos, Vocabulário (WISC/ WAIS) • Figuras Complexas de Rey Memória Costa et al., 2004 Memória Costa et al., 2004 Memória • Patologias: • Demência de Alzheimer • Epilepsia do lobo temporal • TCE idem acima • Esquizofrenia, depressão • Delirium e Demência Alcoólica Funções Executivas Funções Executivas • Coordena funções que permitem a pessoa direcionar comportamentos a metas • Avaliar a eficiência e adequação das condutas • Resolver problemas • Raciocinar Funções Executivas • Marco da evolução da espécie humana • Uso de ferramentas, imitar, simular • Desenvolvem-se intensamente entre 6 e 8 anos, até o início da vida adulta • Atuam como o diretor executivo da atividade mental humana Funções Executivas • Resultam da atividade principal do lobo frontal • Mais especificamente, do córtex pré-frontal • Componentes: – Memória de trabalho – Planejamento e solução de problemas – Tomada de decisão e controle inibitório – Fluência e flexibilidade cognitiva – Categorização e controle do comportamento Funções Executivas Funções Executivas • Circuito Dorsolateral: – Planejamento – Soluções de problemas – Memória de trabalho e sustentar a atenção – Aprendizagem e flexibilidade cognitiva – Funções “frias” – Lesões resultam em dificuldades no que está descrito, dependendo onde é a lesão Funções Executivas • Circuito Lateral Orbitofrontal: – Rede com áreas límbicas – Empatia e comportamento social – Controle inibitório e automonitoração – Funções “quentes” – Lesões: alterações da personalidade – Comportamentos de risco – Desrespeito as normas sociais – “Miopia” para o futuro Funções Executivas • Circuito do Cíngulo Anterior: – Motivação, monitoramento do comportamento – Controle seletivo da atenção – Seleção e controle de respostas – Lesões: apatia – Dificuldade em controlar a atenção – Desinibição – Mutismo acinético Funções Executivas • Vias Dopaminérgicas • Patologias da atividade da dopamina nos circuitos pré-frontais (Ex:Esquizofrenia, TDAH) • Dificuldade em memória de trabalho, controle inibitório, atenção, planejamento Funções Executivas • Vias Serotoninérgicas • Patologias da atividade da serotonina nos circuitos pré-frontais • Dificuldade controle do humor, impulsos e sono/ apetite Funções Executivas • Vias Noradrenérgicas • Patologias da atividade da noradrenalina nos circuitos pré-frontais • Dificuldade de atenção, memória, aprendizagem e motivação Funções Executivas • Avaliação • Subtestes WISC/WAIS • FAB • Fluência Verbal • Stroop • Wisconsin • Torres • Labirinto de Porteus • Gambling Test Funções Executivas Funções Executivas • Patologias: • Esquizofrenia e Psicopatia • TDAH • Demência Vascular • Demência Frontotemporal • TAB, TOC e TEA • Jogo patológico e parafilias Dúvidas???? • luizfernandolp@yahoo.com.br Neuropsicologia dos Transtornos Mentais e Neurológicos Prof. Luiz Fernando L. Pegoraro Introdução • Apanhado geral dos achados atuais • Neuroanatomia estrutural e funcional • Alterações neuropsicológicas • Principais transtornos, não todos eles Deficiência Intelectual Fonte: Site APAE de São Paulo Deficiência Intelectual • Traumatismos cranioencefálicos • Anóxia • Privação de alimentos • Consumo de SPA durante gravidez • Síndromes genéticas Autismo Autismo Cérebro Social Autismo • Aumentoglobal do volume cerebral • Também da circunferência craniana • Alterações no volume da amígdala • Hipocampo, cíngulo, corpo caloso, STS, córtex pré-frontal Autismo • Teoria das funções executivas • Teoria da Mente • Teoria da Coerência Central • Cérebro Sistemático ou Extremamente Masculino Autismo TDAH TDAH • Alterações do circuito fronto-estriatal • Metanálise: Cerebelo, corpo caloso, volume cerebral total, caudado direito • Alterações região pré-frontal • Sistema dopaminérgico mesocortical e mesolímbico TC TC • Desregulação da serotonina e agressividade • QI baixo e Tr. de Leitura • Córtex pré-frontal • Disfunção executiva Dislexia Dislexia Epilepsia Epilepsia • Generalizada ou focal? • Ex: Lobo Temporal => linguagem e depressão • Paralisia, alucinação, crises de ausência, etc Anorexia e Bulimia Anorexia e Bulimia • Memória de curto prazo • Convulsões • Alterações serotonina e saciedade • Investigações sobre hipotálamo Transtornos da Sexualidade Transtornos da Sexualidade • Regiões mais estudadas: • Hipotálamo, sistema límbico • Dopamina e ocitocina (neurotransmissores) • Declínio testosterona (H) e estrógeno (M) Transtornos da Sexualidade • Impulsividade sexual, alterações: • Córtex orbitofrontal • Accumbens • Hipocampo • Dopamina e serotonina Dependência Química Dependência Química • As SPA atuam no sistema de recompensa do SNC • Lembrem-se: Via mesolímbica, dopamina, accumbens • Álcool: memória, funções executivas, motor, depressão – Hipocampo, córtex pré-frontal Dependência Química • Tabaco: • Além da nicotina, mais de 4000 substâncias • Câncer • Ansiedade e atenção Dependência Química • Estimulantes: • Ecstasy, ice, crystal, metanfetamina, metilfenidato • AVC, convulsões, infarto, aumento pressão, estereotipias • Euforia, irritabilidade, redução sono e apetite Dependência Química • Estimulantes: • Pressão para falar, ansiedade, depressão • Alteração do tempo, alucinações, percepção tátil aumentada • Ataques de pânico • Redução de danos: Muita água, banhos frios, pausas na festa Dependência Química • Cafeína: Estimulante do SNC • Cafés, chás, chocolates, energéticos • Intoxicação após 250mg • Excitação, nervosismo, inquietação, alteração do fluxo do pensamento Dependência Química • Inalantes: • Esmaltes, colas, tintas, gasolina, removedores • Alterações GABA e glutamato • Semelhante ao álcool inicialmente • Agressividade, apatia, julgamento prejudicado, confusão, delirium Dependência Química • Maconha: Depressor do SNC • Receptores canabinóides no hipocampo, cerebelo, núcleos da base e neocórtex • Prejuízos atenção, memória de curto prazo, coordenação, alterações emocionais • Exacerbação dos sentidos, após outras SPA Dependência Química • Cocaína: Estimulante do SNC • Planta erythroxylon coca • Consumo via nasal e endovenosa • Diminui a recaptação da dopamina (aumenta a concentração na fenda) Dependência Química • Cocaína: • Euforia, energia, fluência verbal, maior sensibilidade sentidos • Aumento da temperatura corporal, ansiedade, tremores, paranoia • Crack é fumado (cachimbo lata) => aumento abrupto de dopamina Dependência Química • Opióides: • Heroína, morfina • Euforia, perda de apetite, analgesia, taquicardia, depressão, ansiedade, irritabilidade Dependência Química • Club Drugs: • LSD, Ketamina, Rohypnol • LSD é um poderoso alucinógeno, exacerba os sentidos, distorce as percepções • Resgata memórias muito antigas, perda do controle do pensamento Dependência Química • Club Drugs: • Náuseas, vômitos, convulsões, elevação temperatura • Bad trip: pânico, medo, sintomas psicóticos • Flashbacks Dependência Química • Club Drugs: • Cuidado! • Rohypnol (nome comercial) do flunitrazepam, conhecido como “boa noite cinderela” • Usada em diversos contextos para abuso sexual Esquizofrenia Esquizofrenia • Alargamento dos ventrículos laterais e terceiro • Reduções córtex frontal, amígdala, cíngulo, hipocampo, giro temporal superior • Diminuição fluxo córtex pré-frontal esquerdo = sintomas negativos Esquizofrenia • Aumento do fluxo áreas límbicas = sintomas positivos • Excesso de dopamina nestas áreas • Diminuição de receptores de dopamina em áreas frontais = sintomas negativos Esquizofrenia • Velocidade de Processamento • Aprendizagem verbal e visual • Memória de trabalho verbal ou não • Resolução de problemas • Atenção e vigília • Cognição social Transtorno Afetivo Bipolar Transtorno Afetivo Bipolar • Anormalidades anatômicas e funcionais: • Corpo do estriado • Tálamo • Amígdala e hipocampo • Córtex pré-frontal • Cerebelo Transtorno Afetivo Bipolar • Perdas em atenção • Funções executivas • Reconhecimento de emoções Depressão Depressão • Falta ou desequilíbrio dos neurotransmissores: • Serotonina • Noradrenalina • Dopamina • Hiperatividade do eixo H-H-A Depressão • Redução dos neurônios do hipocampo • Pensamento lento • Diminuição atenção e memória Transtornos de Ansiedade Transtornos de Ansiedade • Aumento da atividade eixo H-H-A • Redução da atividade de receptores GABA-BDZ • No córtex frontal, hipocampo e hipotálamo Transtornos de Ansiedade • Anormalidades na atividade: • Serotonina, noradrenalina, gutamato • Aumento atividade do córtex pré-frontal e amígdala Transtorno Obsessivo-Compulsivo Transtorno Obsessivo-Compulsivo • Gânglios da base e lobo frontal • Aumento atividade córtex órbitofrontal, • giro do cíngulo anterior • núcleo caudado Transtorno Obsessivo-Compulsivo • Níveis elevados de glutamato e relação com sintomas obsessivos • Circuito córtico-estriado-tálamo Jogo Patológico Jogo Patológico • Mesmo sistema de gratificação das SPA • Sistema de recompensa • Córtex pré-frontal, accumbens, ATV, amígdala Psicopatia Psicopatia • Transtorno de Personalidade Anti-social • Área pré-frontal • Hemisfério cerebral esquerdo Demências Demências • Alzheimer: • Atrofia córtex entorrinal e formação hipocampal • Memória episódica e funções executivas • Déficit acetilcolina Demências • Vascular: • Depende da área cortical • Subcortical: gânglios da base, tálamo, córtex frontal Demências • Vascular: • Velocidade cognitiva, humor, controle impulsos • Motivação, disfunção frontal, apatia, depressão Demências • Corpúsculos de Lewy: • Oscilação provas de atenção • Alucinações visuais • Sintomas extrapiramidais Demências • Frontotemporal: • Áreas frontais e temporais • Funções executivas, linguagem • Alterações humor e comportamento Dúvidas???? • luizfernandolp@yahoo.com.br Neurobiologia e Neuropsicologia Prof. Luiz Fernando L. Pegoraro Sistema Nervoso Central • Evoluçãodo SNC • Relação intrínseca com o ambiente • Estruturas especializadas • Estímulos externos (sons, luz) e internos (pressão arterial, CO2 no sangue) Sistema Nervoso Central Sistema Nervoso Central • SNC = • Encéfalo (cérebro, tronco encefálico, cerebelo) • Medula Espinhal Sistema Nervoso Central • Cérebro: • Telencéfalo + Diencéfalo Sistema Nervoso Central Sistema Nervoso Central Telencéfalo Sistema Nervoso Central Sistema Nervoso Periférico Sistema Nervoso Periférico • Nervos e Gânglios • Nervos: conjunto de axônios que formam cordões • Do encéfalo = nervos cranianos • Da medula = nervos espinhais Sistema Nervoso Periférico • Conduzem impulsos da periferia do corpo • Ou para órgãos efetuadores (músculos e glândulas) Sistema Nervoso Periférico • Glânglios • Grupos de corpos neuronais situados fora do SNC • Veiculam informações sensoriais ou viscerais Sistema Nervoso • Acúmulo de neurônios no SNC = substância cinzenta • Fibras nervosas (axônios) = substância branca • Grupos de de neurônios dentro da substância branca = núcleos Tecido Nervoso • Tecido nervoso é constituído de neurônios e células da glia • O SN tem mais de 100 bilhões de neurônios • Diferentes formatos, subst. químicas Tecido Nervoso Tecido Nervoso • Fenda sináptica • Entre membrana pré e pós • Neurotransmissores • Receptores Tecido Nervoso Tecido Nervoso • Os neurotransmissores exercem função: • Excitatória • Inibitória • Nas células nervosas Tecido Nervoso • Células Gliais • Infra-estrutura para funcionamento dos neurônios • Astrócitos, oligodendrócitos, microgliócitos Tecido Nervoso • Suporte estrutural • Cicatrização e reparação • Barreira hematoencefálica • Bainha de mielina (condução elétrica) • Produção do líquor (proteção e amortecimento) Neuroplasticidade • Capacidade das células nervosas de transformar • Função e forma • Em reação ao ambiente externo • Altamente associado à memória e à aprendizagem Neuroplasticidade • Aprendizagem de novos comportamentos depende da organização de circuitos neuronais • Maior no período de desenvolvimento • Ex: fazer coisas com outra mão Neuroplasticidade • Acidentes TCE • Tumores • Reabilitação • Estimulação cognitiva Vascularização • Atividade intensa dos neurônios e neuroglia • Gasto intenso de energia • Gasto excessivo de glicose e oxigênio • Dependem de um sistema de vascularização complexo • fRMI Psicofarmacologia • Drogas que tem capacidade de se ligarem a receptores e provocar alterações intrínsecas • AGONISTAS Psicofarmacologia • Drogas que tem capacidade de se ligarem a receptores, mas não de provocar alterações intrínsecas • ANTAGONISTAS • Ex: Neurolépticos = antagonistas de dopamina Psicofarmacologia • Farmacocinética • Efeito das drogas depende da concentração delas no meio que circunda o receptor • Precisa atingir concentrações ideais para efeito terapêutico Psicofarmacologia • Farmacodinâmica • Preocupa-se com o efeito da droga no organismo • Farmacocinética, a movimentação da droga no corpo Psicofarmacologia • Absorção • Enteral: oral, retal, sublingual • Parenteral: intramuscular, subcutânea, endovenosa Psicofarmacologia • Metabolismo de primeira passagem • Droga é metabolizada antes no fígado e chega em concentrações reduzidas no sangue • Problema da administração oral Psicofarmacologia • Meia-vida • Tempo que a droga leva para atingir metade de sua concentração plasmática • Ver bula de remédios Psicofarmacologia • Tolerância • Efeito da droga vai diminuindo progressivamente conforme vai sendo administrada • Drogas: LSD, anfetaminas, cocaína, benzodiazepínicos Psicofarmacologia • Interação Medicamentosa • Aparecimento de efeitos que não podem ser explicados por uma só droga, mas pela combinação delas Psicofarmacologia • Associação Medicamentosa • Combinação de drogas para tratamento • Ex: Antidepressivos associados ao lítio para tratar pacientes refratários Psicofarmacologia • Neurotransmissores • Pequenos: • Acetilcolina, glutamato, GABA, dopamina, serotonina, histamina, noradrenalina Psicofarmacologia • Neurotransmissores • Grandes: • Ocitocina, vasopressina Psicofarmacologia • Medicamentos • Antipsicóticos • Antidepressivos • Estabilizadores do humor • Antiansiedade • Hipnóticos Dúvidas??? luizfernandolp@yahoo.com.br Obrigado! Fundamentos de Neuroanatomia Prof. Luiz Fernando L. Pegoraro Neuroanatomia e Neuropsicologia Terminologia • Três planos espaciais: • Horizontal • Frontal ou coronal • Sagital Terminologia Terminologia Horizontal Terminologia Coronal ou Frontal Terminologia Sagital Terminologia • Eixos anatômicos: • Dorsal x Ventral • Rostral x Caudal Sistema Nervoso Central SNC Encéfalo Cérebro e Cerebelo Tronco Encefálico Medula Sistema Nervoso Central • Medula Espinhal: • Cilindro de tecido nervoso • Dentro do canal vertebral • Envolvida por membranas • As meninges • Entre as membranas temos o líquor Sistema Nervoso Central Sistema Nervoso Central • Medula Espinhal • Substância cinzenta interna • Substância branca externa • Nervos espinhais trazem informações sensitivas, viscerais, somáticas Sistema Nervoso Central • Medula Espinhal • Informações do cérebro e tronco cerebral • Sensoriais (temperatura, dor, tato, pressão) • Função motora Sistema Nervoso Central • Medula Espinhal • Uma lesão provoca interrupção destas informações • Paralisias • Analgesia Tronco Cerebral • Substância cinzenta dentro • Branca fora • A substância cinzenta é fragmentada em • “Núcleos” ou seja, agrupamentos neuronais Tronco Cerebral • Lembre-se que: gânglios são grupos neuronais fora do SNC • Ou seja, localizados no SNP • Erro: “Gânglios da base” Tronco Cerebral • Passagem de feixes sensoriais e motores • Controle motor • Atenção • Reflexos • Dor • Consciência Tronco Cerebral Tronco Cerebral • Em toda extensão do TE • Regiões de emaranhados de células e fibras nervosas • Intermediária entre subs. cinzenta e branca • Formação Reticular Tronco Cerebral • No mesencéfalo temos o núcleo rubro • Chegam nele fibras do cerebelo e do córtex motor • Importante no controle da motricidade Tronco Cerebral • No limite do mesencéfalo temos a substância negra • Conexões com o corpo estriado • Contêm neurônios dopaminérgicos • Controle dos mecanismos motores Tronco Cerebral • substância cinzenta periaquedutal • Grupo de neurônios que se conectam: • Hipotálamo, amígdala e outras do TE • Regulação da dor e de emoções, pânico Tronco Cerebral Tronco Cerebral • FORMAÇÃO RETICULAR • Conjunto de fibras• Vai do bulbo ao mesencéfalo • Corpos de neurônios imersos em fibras Tronco Cerebral • FORMAÇÃO RETICULAR • Recebe conexões de várias regiões do SNC • Responsável por vários processos sensoriais, motores, cognitivos Tronco Cerebral • FORMAÇÃO RETICULAR • Controle do sono e vigília • Ritmo circadiano • Nível de consciência Tronco Cerebral • FORMAÇÃO RETICULAR • Controle da atenção e vigília em conjunto com o tálamo • Sistema Ativador Reticular Ascendente (SARA) Tronco Cerebral Tronco Cerebral • FORMAÇÃO RETICULAR • Controle motricidade somática • Postura corporal • Controle dos estímulos que chegam ao cérebro Tronco Cerebral • FORMAÇÃO RETICULAR • Sistema inibidor da dor • Controle visceral • Controle de hormônios da hipófise Tronco Cerebral • FORMAÇÃO RETICULAR • Possui agrupamentos de neurônios que produzem os neurotransmissores • Dopamina, serotonina, noradrenalina • Participa dos Sistemas Aminérgicos Núcleos da Base • Antes de estudarmos os sistemas aminérgicos • Que a FR e os núcleos do TE fazem parte • Devemos conhecer os núcleos da base • Massa de subs. cinzenta dentro da subs. branca dos hemisférios cerebrais Núcleos da Base • Alguns autores chamam de gânglios de base equivocadamente • Outros acrescentam os núcleos do TE (subs. negra) • Exemplos: Corpo estriado, amígdala, claustro Núcleos da Base • Os núcleos caudado, putâmen e globo pálido • Foram o CORPO ESTRIADO • A parte ventral do estriado é chamada de • Núcleo Acumbente ou Accumbens Núcleos da Base Núcleos da Base Núcleos da Base Núcleos da Base • O corpo estriado envia fibras para praticamente todo o cérebro • Principalmente para o lobo frontal • Função: controle da motricidade, cognição, emoções e motivação Sistemas Aminérgicos • Voltando.... • Na FR do bulbo, da ponte e do mesencéfalo • Temos grupamentos neuronais que produzem e conduzem neurotransmissores • Vamos estudar as 3 principais vias Sistema Dopaminérgico • Composta de três vias com origem no mesencéfalo • 1ª Substância negra -> Corpo Estriado – Via Nigroestriatal • 2ª Área Tegmentar -> Accumbens, amígdala – Via Mesolímbica Sistema Dopaminérgico • 3ª Área Tegmentar Ventral -> Córtex Pré- Frontal – Via Mesocortical Sistema Dopaminérgico • Controle busca de alimentos • Sexo • Prazer • Psicose • Memória de trabalho e atenção • Ex: Esquizofrenia, cocaína Sistema Dopaminérgico Sistema Serotoninérgico • Composta de dois centros com origem nos pontos de encontro do TE • Núcleos da Rafe: neurônios serotoningérgicos • 1ª Núcleos da rafe rostrais -> Hipotálamo, córtex cerebral • 2ª Núcleos da rafe caudais -> TE, cerebelo e medula espinhal Sistema Serotoninérgico • Regulação visceral • Inibição de dor • Sono/ vigília • Agressividade Sistema Serotoninérgico • Impulsividade • Ação antidepressiva • Inibição da recaptação da serotonina Sistema Serotoninérgico Sistema Noradrenérgico • Composto de 2 vias principais • 1ª Locus Ceruleus -> Córtex cerebral, cerebelo, medula espinhal, áreas límbicas • 2ª Núcleos da Formação Reticular -> Idem Sistema Noradrenérgico • Funções viscerais • Cardiovasculares • Respiratórias • Vigilância Sistema Noradrenérgico • Atenção • Memória • Ansiedade • Ação antidepressiva Sistema Noradrenérgico Cerebelo • “Pequeno cérebro” • Posterior ao tronco cerebral • Córtex cerebelar • Hemisférios cerebelares Cerebelo Cerebelo Cerebelo • Também possui substância cinzenta e branca • Superfície = subst. cinzenta • Interna = subst. branca • Núcleos internos de subst. cinzenta Cerebelo • Maioria dos neurônios do córtex do cerebelo têm como neurotransmissor o: • Ácido Gama-Aminobutírico (GABA) • Com exceção dos neurônios granulares • Glutamato Cerebelo • Equilíbrio corporal • Postura do corpo e da cabeça • Movimentos oculares • Tônus muscular Cerebelo • Locomoção • Coordenação motora • Planejamento dos movimentos • Lesões podem provocar problemas de equilíbrio e coordenação dos movimentos Cerebelo • Aprendizado motor • Memória de procedimento • Ex: andar de bicicleta • Está envolvido não apenas com a motricidade Cerebelo • Percepção visuoespacial • Funções executivas • Ainda há funções sendo pesquisadas em relação ao cerebelo Dúvidas?? Fundamentos de Neuroanatomia II Prof. Luiz Fernando L. Pegoraro Neuroanatomia e Neuropsicologia Terminologia • Recapitulando: Três planos espaciais: • Horizontal • Frontal ou coronal • Sagital Terminologia Terminologia Horizontal Terminologia Coronal ou Frontal Terminologia Sagital Terminologia • Eixos anatômicos: • Dorsal x Ventral • Rostral x Caudal Sistema Nervoso Central SNC Encéfalo Telencéfalo e Diencéfalo TE, cerebelo Medula Cérebro • Diencéfalo: • Origina quatro regiões cerebrais: - Hipotálamo -Tálamo - Epitálamo - Subtálamo Diencéfalo Diencéfalo Diencéfalo • Ligado ao terceiro ventrículo • Ele se comunica com o quarto ventrículo pelo aqueduto cerebral • Também com os ventrículos laterais Hipotálamo • Pequena região da base do cérebro • Pesa cerca de 4 gramas • Situa-se na parede do terceiro ventrículo • Abaixo do Tálamo Hipotálamo Hipotálamo • Ele é importante por que estabelece conexões com inúmeras estruturas cerebrais • Amígdala e hipocampo • Região pré-frontal • Vias aminérgicas Hipotálamo • Hipófise • Ou glândula pituitária • Tronco cerebral • Formação reticular Hipotálamo • Apesar de muito pequeno • Tem funções importantes • Sobretudo a homeostase • Ou seja, manutenção do nosso organismo Hipotálamo • Pela sua estreita relação com a Hipófise e a neurossecreção • Muitos consideram o Hipótalamo como uma glândula • Libera a vasopressina e a ocitocina Hipotálamo • A vasopressina promove a absorção de água • Tem ação antidiurética portanto Hipotálamo • Ocitocina: • Contrações musculares do útero • Momento do parto • Produção de leite • Hormônio do amor • Da interação social Hipotálamo Hipotálamo • Influencia o funcionamento de todo o Sistema Endócrino • Controle visceral • Manutenção da temperatura corporal Hipotálamo • Centro da aliementação: • Participa do controla da fome • A busca por alimentos • A saciedade • Ex: Sd. de Prader-Willi Hipotálamo • Participa do controle de ingestão de água • Excreção de água na urina • Ritmo Circadiano • Parâmetros fisiológicos que variam durante as 24hrs do dia Hipotálamo • Por ex: temperatura corporal • Secreção de hormônios • Concentração de neurotransmissores • Ciclo sono e vigília Hipotálamo • Narcolepsia Hipotálamo • Extremamente conectado a estruturas límbicas • Grandeparticipação regulação emoções e motivação Hipotálamo • Estimulação do hipótalamo em animais provoca • Ataques de raiva, fuga, medo • Pesquisas feitas com ratos e macacos principalmente • Reações fisiológicas das emoções Hipotálamo • Controle da reprodução • Comportamento sexual • Libido e prazer Tálamo • Massa bilateral de substância cinzenta • No interior dos hemisférios cerebrais • Superior ao hipotálamo, localização e tamanho Tálamo Tálamo • Tem conexões com Hipotálamo • Amígdala, hipocampo, accumbens • Formação reticular • Cerebelo e córtex cerebral Tálamo • Considerado o “portão” do SNC • Os impulsos nervosos são processados primeiramente no tálamo • Para depois seguirem para o córtex cerebral • Praticamente todas as informações passam pelo tálamo Tálamo • Todas as vias sensoriais (audição, visão, tato, gustação), com exceção do olfato, passam pelo tálamo • Participa também do controle motor • Processamento das emoções Tálamo • Aprendizagem • Memória • Funções executivas Tálamo • Lesões no tálamo podem provocar: • Disfunção da atenção • Apatia, desinibição, desmotivação • Amnésia • Disfunções na discriminação tátil e visual • Por exemplo: Agnosia Subtálamo • Território intermediário entre hipotálamo e mesencéfalo • Não pode ser visto pelo corte sagital • Compreende um feixe de fibras e grupamentos neuronais Subtálamo • O núcleo subtalâmico é sua estrutura mais importante • Ele mantém conexões com os núcleos da base e o córtex cerebral • Importante para a motricidade e coordenação dos comportamentos Epitálamo • Região posterior do diencéfalo • Duas estruturas principais: • Núcleos habenulares • Corpo ou glândula pineal Epitálamo Epitálamo Epitálamo • A glândula pineal secreta o hormônio melatonina na ausência de luz • Ajuda no ritmo biológico e sono • Sazonabilidade da reprodução em outros animais Epitálamo • A glândula pineal tem estrutura semelhante a um olho nos peixes e anfíbios • Na tradição hinduísta e em outras culturas, acredita-se que a pineal esteja relacionada a: • Intuição e mediunidade Glândula Pineal Glândula Pineal Dúvidas??? Fundamentos de Neuroanatomia III Prof. Luiz Fernando L. Pegoraro Neuroanatomia e Neuropsicologia Lobo Límbico • Situado na face medial e inferior do cérebro • Contornam o diencéfalo e o tronco cerebral • Sistema Límbico: conjunto de estruturas dentro ou fora do lobo límbico • Para regular emoções Lobo Límbico • Hipocampo • Amígdala • Córtex do Cíngulo • Região septal ou septum • Córtex pré-frontal medial e orbitofrontal Lobo Límbico Hipocampo • Formação cortical no lobo temporal • Faz parte da formação hipocampal • Conjunto formado por giro denteado, giro para-hipocampal e hipocampo Hipocampo Hipocampo • Pode ser dividido em duas porções, de acordo com a função: • Anterior (emoção e motivação) • Posterior (aprendizagem e memória) Hipocampo • A porção anterior tem conexões com a amígdala • É chamada de “hipocampo quente” • Envolvida com o estresse • Depressão Hipocampo • A porção posterior tem conexões com o giro do cíngulo • É chamada de “hipocampo frio” • Memória • Mapa visuoespacial e localização Hipocampo • A porção posterior tem conexões com o giro do cíngulo • Mais a esquerda = memória verbal • Mais a direita = memória visual • Lesão provoca amnésia, atrofia = Alzheimer Amígdala • Região de substância cinzenta no lobo temporal • A frente a acima do hipocampo • Em forma ovalada, como uma “amêndoa” • Também conhecida como corpo amigdaloide Amígdala Amígdala • Conexões com o hipocampo • Hipotálamo • Tronco cerebral • Córtex cerebral (principalmente pré-frontal) Amígdala • Funções emocionais • Principalmente o medo, raiva e ansiedade • Atribui significado a emoção e contribui para reações corporais relacionadas Amígdala • Envolvida na motivação • Comportamento agressivo, maternal, sexual e ingestivo (beber e comer) • A estimulação da amígdala em humanos provoca reações de ansiedade, medo, raiva Amígdala • Também participa em processos cognitivos • Atenção, percepção e memória • Macacos com lesão na amígdala não apresentaram comportamento de fuga diante do perigo Amígdala • Tentavam copular de maneira indiscriminadamente • Pacientes com lesão não reconhecem dicas sociais e processamento de faces ameaçadoras Amígdala • Lesões também podem resultar em pacientes com apatia • Pouca espontaneidade, criatividade • Expressão de emoções • Participa do condicionamento clássico Giro do Cíngulo • Região cortical da face medial do hemisfério • Circunda o corpo caloso • Significa “cinto” em latim • É uma região bastante heterogênea do ponto de vista estrutural e funcional Giro do Cíngulo Giro do Cíngulo • Região anterior: • Considerada por muitos uma região pré- frontal • Ligada às emoções, processamento da dor, da atenção, seleção de respostas com recompensa Giro do Cíngulo • Região posterior: • Processamento visuoespacial • Conexões com o tálamo Giro do Cíngulo • Região retroesplenidal: • Atrás do corpo caloso • Memória • Conexões com lobo temporal medial e córtex pré-frontal Giro do Cíngulo • Lesões no cíngulo podem provocar: • Apatia, mutismo • Mudanças de humor e da personalidade • Relacionado com Alzheimer, Esquizofrenia, Depressão, TOC Giro do Cíngulo • A estimulação elétrica no giro do cíngulo em humanos provoca: • Alterações do humor • Déja Vu Região Septal • Ou Septum • Tem relações com o hipocampo, o accumbens, • o hipotálamo e a formação reticular • Trata-se de um grupamento neuronal Região Septal Região Septal • Integra informações cognitivas que vem do hipocampo e córtex pré-frontal • Com informações afetivas que vem da amígdala e hipotálamo • Recebe fibras dopaminérgicas e sua estimulação gera prazer Córtex Pré-Frontal Medial • Estruturalmente heterogêneo • Pode fazer parte do lobo límbico • Conexões com o cíngulo, outras regiões pré- frontais, • accumbens, amígdala, hipotálamo, TE Córtex Pré-Frontal Medial Córtex Pré-Frontal Medial • Participa de processos cognitivos e emocionais • Controle visceral • Mecanismos de recompensa e motivação • Tomada de decisão Córtex Pré-Frontal Medial • Lesões nessa área podem levar à: • Apatia • Ausência de iniciativa Região Pré-Frontal Orbitofrontal • Abrange toda a superfície ventral dos lobos frontais • Particularmente as porções mais posteriores • Conexões semelhantes ao córtex pré-frontal medial Região Pré-Frontal Orbitofrontal Região Pré-Frontal Orbitofrontal • Recebe informações de todas as modalidades sensoriais • Estímulos que estão ligados a uma gratificação, • tendo valor afetivo ou emocional Região Pré-Frontal Orbitofrontal • Ex: macacos com lesão nessa área não conseguem discriminar estímulos quepodem levar a recompensas de estímulos neutros • Não são capazes de modular o comportamento de acordo com estas situações Região Pré-Frontal Orbitofrontal • Lesões em humanos: • Euforia e impulsividade • Irresponsabilidade e ausência de emotividade • Distúrbios emocionais pela leitura errada do ambiente social Circuito de Recompensa • Áreas que geram sensações positivas ou negativas • O sistema límbico está envolvido • Importante para os processos motivacionais • A estimulação elétrica pode provocar prazer ou não Circuito de Recompensa • Além das áreas que compõem o sistema límbico, participam deste circuito: • Corpo do estriado, sobretudo Accumbens • Córtex Pré-Frontal e Neurônios dopaminérgicos do mesencéfalo • Substância negra, área tegmentar ventral Circuito de Recompensa Circuito de Recompensa • Recompensas primárias: sosns, visões, gosto • Recompensas secundárias: ganho monetário • Uso de drogas como álcool e cocaína estimulam este circuito Telencéfalo • Maior região do cérebro dos mamíferos • Dois hemisférios conectados pelo corpo caloso • Cada hemisfério possui sulcos e giros • Três faces: dorsolateral, medial e inferior Córtex Cerebral • O telencéfalo é constituído córtex cerebral • Camada de substância cinzenta onde predominam as corpos dos neurônios • Abaixo temos a substância branca e corpos celulares formando núcleos => núcleos da base Córtex Cerebral Córtex Cerebral • O Cc pode ser dividido em: • Faces Dorsolateral, medial e inferior • Lobos frontal, parietal, temporal e occipital • Ou por função: áreas primárias, secundárias e terceiárias Córtex Cerebral Córtex Cerebral Córtex Cerebral Córtex Cerebral Córtex Cerebral Córtex Cerebral Córtex Cerebral Córtex Cerebral Córtex Cerebral Córtex Cerebral Córtex Cerebral Córtex Cerebral Córtex Cerebral • O estudo de características morfológicas do Cc demonstrou diferenças entre diversas regiões • Isso resultou em diferentes mapas • O mais conhecido é o de Broadmann • São 52 regiões Córtex Cerebral Broadmann Córtex Cerebral Broadmann - Original Córtex Cerebral Córtex Cerebral Área Gustativa Córtex Cerebral • Hoje admite-se que haja certa especialização de áreas cerebrais • Ainda que não de maneira absoluta • Uma área motora pode participar de atividades sensoriais e vice-versa Córtex Cerebral • Áreas Primárias ou de Projeção: • Relacionam-se com à sensibilidade e à motricidade • Ex: A área auditiva primária está localizada no giro temporal transverso anterior ou áreas 41 e 42 de Broadmann Córtex Cerebral • Áreas de Associação: Ocupam maior parte • Luria propôs a divisão: • Áreas secundárias ou unimodais • Áreas terciárias ou multimodais ou supramodais Córtex Cerebral • Áreas Secundárias ou Unimodais: • Existe uma assimetria funcional nelas • Ex: Lesões na área auditiva secundária à esquerda = afasia compreensiva • À direita = dif. percepção sons musicais = amusia Córtex Cerebral • Áreas Terciárias ou Supramodais: • Existem duas: área temporoparietal e região pré- frontal • Promovem uma integração sensoriomotora • Controle do comportamento, atenção, memória Córtex Cerebral • Áreas Terciárias ou Supramodais: • Raciocínio, pensamento, simbolização, funções executivas, emoções • Processos chamados de superiores • Maior nos seres humanos Córtex Cerebral • Áreas Terciárias ou Supramodais: • Área Temporoparietal (39, 40 e 7) • Percepção e atenção espacial e do corpo • Área pré-frontal (9, 10, 12, 45 a 47) • Insight, FE, etc. Córtex Cerebral Córtex Cerebral Dúvidas? Genética e Neuroimagem Prof. Luiz Fernando L. Pegoraro Genética e Neuropsicologia Genética Comportamental • Desde a antiguidade tentamos compreender os transtornos • Seja do ponto de vista biológico ou não • Locke e Rosseau • Tábula rasa Genética Comportamental • Tivemos avanços significativos na área de genética • Sequenciamento do DNA • Por consequência, do genoma humano • Com isso, procuramos entender não só doenças Genética Comportamental • Mas como somos programados cognitivamente e comportament. • A neuropsicologia tem recebido apoio de técnicas da genética • Mas o preconceito e o medo impediram um maior avanço Genética Comportamental • O nazismo usou a genética para amparar a superioridade ariana • Isso influenciou a psicologia americana a se afastar destes pressupostos • Ex: Desenvolvimento de behaviorismo durante a guerra Genética Comportamental • Ex: Aceitar que duas pessoas seriam diferentes cognitivamente pela genética era associado ao nazismo e ou racismo • Outra concepção ultrapassada e ainda muito difundida: • Determinismo Genético Genética Comportamental • Como se nossa personalidade e forma de se comportar dependesse apenas da genética • Sabemos hoje que há uma interação entre fatores orgânicos e ambientais • A palavra determinação deve ser substituída por tendência Genética Comportamental • Devemos nos perguntar como os genes interagem com ambiente • Para gerar comportamentos • Para definir nossa personalidade Genética Comportamental • Outro perigo: falácia naturalista • Todos os comportamentos foram selecionados naturalmente • Então estão corretos, são moralmente perfeitos • Ex: Infidelidade Genética Comportamental • Darwin não concebeu a seleção natural com princípios morais • Não há certo ou errado • A propensão para a infidelidade masculina não a torna automaticamente moralmente aceita Genética Comportamental • O mesmo vale para qualquer tendência genética • Critérios naturais não podem ser utilizados para avaliar nossos atos Genética Comportamental • Os comportamentos são poligênicos • Gerado por muitos circuitos neuronais • Encontramos genes responsáveis por doenças • Ex: Doença de Huntington Genética Comportamental • Doença de Huntington: • Degeneração gradual de neurônios • Movimentos grotescos • Morte após 15 a 20 anos de início Genética Comportamental • Fenilcetonúria: • Alteração em um gene do cromossomo 12 • Provoca comprometimento cerebral difuso • Principalmente frontal Genética Comportamental • Para entendermos a GC temos que estudar o conceito de herdabilidade • Medida estatística, um percentual que expressa como fatores genéticos contribuem para traços específicos em uma determinada popualação Genética Comportamental • Não é algo fixo, estanque • Estudos com gêmeos monozigóticos são relevantes • Se uma condição é exclusivamente genética • Então a herdabilidade em gêmeos será 100% Genética Comportamental • Ex: herdabilidade da esquizofrenia é de 10 a 12% em parentes de primeiro grau • 50 a 70% em gêmeos monozigóticos • 10 a 15% para dizigóticos Genética Comportamental e Neuropsicologia • A neuropsicologia não apenas fornece informações clínicas relevantes • Quanto ao potencial cognitivo • Os comportamentos e emoções • Permitecorrelação anatomofuncional Genética Comportamental • Outro ponto que beneficia a psiquiatria/ neurologia • Determinação de grupos mais homogêneos • Características cognitivas e comp. específicas • Facilitando estudos genéticos e genes candidatos Genética Comportamental • Maior susceptibilidade para o desenvolvimento dos transtornos • Ainda estamos muito longe de identificar quais genes estão envolvidos • Os transtornos são muito heterogêneos Genética Comportamental • Atualmente, estudamos os endofenótipos • Traços que são intermediários entre apresentação clínica e seu fundamento genético • Procuramos por pouco genes envolvidos em subtipos de transtornos Genética Comportamental • Ex: pacientes com sintomas só positivos • Apenas em crianças • Com comportamentos específicos • Comprometimento cognitivo peculiar Genética Comportamental • Os neuropsicólogos ajudam a avaliar estes subgrupos dos transtornos • Com testes e técnicas específicas • Auxiliando nas pesquisas genéticas com endofenótipos Neuroimagem Neuroimagem • Método auxiliar para Tr. Neurológicos/ Psiquiátricos • Diagnóstico diferencial entre questões afetivas e orgânicas • Infelizmente o custo é alto e nem sempre temos acesso Neuroimagem • RMf => melhor entendimento das funções corticais • Ativadas durante comportamentos específicos • A neurologia comportamental e a neuropsicologia tem ganhado notoriedade por conta dos avanços em neuroimagem Neuroimagem Neuroimagem • Eletroencefalograma (EEG) • Reflete a atividade elétrica cerebral capturada por eletrodos • Registro em papel por oscilógrafos ou cpu • Caracteriza a frequência e a voltagem dos sinais presentes no córtex cerebral Neuroimagem • Auxílio diagnóstico em doenças convulsivas • Ondas lentas relacionam-se p. ex. a tumores • Ondas agudas relacionam-se a atividade irritativa (epileptiforme) Neuroimagem • Além da epilepsia, pode ser útil para: • Doenças infecciosas, como Encefalite herpética • Outras encefalopatias, como a hepática • Na morte encefálica Neuroimagem • Tem auxiliado no estudo de pacientes com diagnóstico de: • TDAH • Demências • Esquizofrenia • Depressão Neuroimagem • Potenciais Evocados: • Fenômenos elétricos no cérebro que são provocados por estímulos exógenos (sensoriais) • Vias visuais, auditivas e somatossensitiva Neuroimagem • Ex: Nos PEs visuais, o estímulo é dado por um monitor que alterna cores preta e branca, como em um tabuleiro de xadrez • Ex: Nos PEs auditivos somos estimulados por “estalidos” • Os PEs auditivos e somatossensitivos auxiliam no diagnóstico da esclerose múltipla Neuroimagem • Potenciais Evento-Relacionados: • Fenômenos elétricos no cérebro que são provocados por estímulos endógenos (cognitivos) • São provocados por tarefas específicas, tentamos captar áreas relacionadas a elas Neuroimagem Neuroimagem • SPECT (Single Photon Emission Computed Tomography) • Estudo não-invasivo sobre os eventos fisiológicos do cérebro • Fornece informações tridimensionais sobre perfusão e metabolismo cerebral Neuroimagem • São utilizados radiotraçadores lipossolúveis • Passam pela barreira hematoencefálica • Refletem o estado de perfusão cerebral no momento da injeção • Importante para AVCi, Alzheimer, Epilepsia • Limitação: Baixa resolução anatômica e espacial Neuroimagem Miller & Lee, 2006 Neuroimagem Neuroimagem Neuroimagem • Tomografia Computadorizada: • Aparelho de raio-x que gira em volta do corpo fazendo radiografias transversais • O computador simula a estrutura a partir de vários cortes • Uma espécie de raio-x tridimensional Neuroimagem • Método seguro, rápido, indolor • Método de contraste venoso, permite averiguar a circulação cerebral • Principais indicações: TCE, AVC, Neuroinfecção • Limitação: artefatos relacionados a estruturas ósseas Neuroimagem Neuroimagem • Ressonância Magnética (RM): • Campo magnético excita os átomos, sobretudo de hidrogênio • Eles começam a se movimentar de maneira desordenada • O relaxamento deles emite ondas radiomagnéticas Neuroimagem • Essas ondas são captadas e transformadas em imagem de computador • Podemos fazer a aquisição em momentos de relaxamento distintos • Ex: T1, ossos e líquido cefalorraquidiano escuros (pobres em H), T2 claros Neuroimagem Neuroimagem • Neuroimagem Funcional: • Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) • Ressonância Magnética Funcional (RMf) Neuroimagem • A PET foi introduzida em 1970 • Consiste na obtenção de imagens por meio da análise do: • Fluxo sanguíneo, consumo de oxigênio, utilização da glicose regional, densidade de receptores Neuroimagem • Estudos em repouso tem mostrado diferenças funcionais entre normalidade e patologia • Com aplicação de substâncias radiotivas, conseguimos localizar as áreas específicas • Por meio de tarefas, conseguimos entender os processos cognitivos Neuroimagem • A RMf proporciona a aquisição de imagens funcionais com ótima resolução • Isso permitiu um avanço no estudo de doenças, lesões e processos cognitivos específicos • Ex: Pesquisa autismo, Alzheimer, Parkinson Neuroimagem Exame Neuropsicológico Prof. Luiz Fernando L. Pegoraro Exame Neuropsicológico Exame Neuropsicológico • Estudo de pessoas com lesões durante as guerras • Série de pacientes com mesmo transtorno • Ex: Epilepsia, método para mapear lesões • Principal = Luria na Segunda Guerra Exame Neuropsicológico • Publicou em 1966, um trabalho de 20 anos de pesquisa! • Essa obra norteou a avaliação neuropsicológica no mundo • Em 1970 no Brasil, na USP Exame Neuropsicológico • As suposições de Luria foram validadas por estudos • Neuroimagem estrutural e funcional • Permitiram identificação de lesões e disfunções sutis Exame Neuropsicológico • Hoje o foco não é apenas na localização, mas • Estabelecer o impacto e consequências cognitivas, comp., emocionais e sociais • Das lesões e de transtornos específicos • Medir o impacto na qualidade de vida da pessoa Exame Neuropsicológico • Antes o reconhecimento era facilitado, pois estudávamos os transtornos neurológicos • Lesões e disfunções mais grosseiras • Hoje há um interesse por transtornos psiquiátricos e somáticos Exame Neuropsicológico • Algumas doenças transitórias podem ter efeito permanente no SNC • Ex: Infecções, traumas, problemas renais, fígado, cardíacos • Podem afetar nossa cognição e adaptação ao meio Exame Neuropsicológico • Evidências tem apontado patologias cerebrais em Tr. Psiquiátricos • Ex: Disfunções frontais e diencefálicas na esquizofrenia • Também de Tr. Psiquiátricos em Tr. Neurológicos Exame Neuropsicológico • Ex: Depressão em quadros demenciais • Depressão pós AVC • Psicose na epilepsia e abuso de drogas • No entanto, há identificação ainda é difícil e sutil Exame Neuropsicológico • Apenas recentemente há a preocupação com a identificação precoce destes Trs. • Isso é uma forma de prevenção dos quadros • Além de auxiliar na evolução deles• Também na melhor adaptabilidade Exame Neuropsicológico • Esse é o principal tema de pesquisa patrocinado pela OMS • Por isso o exame e avaliação neuropsi é tão importante atualmente • Mas há um número limitado de profissionais Exame Neuropsicológico • Trs. Neuro e Psiq. impõem um fardo pesado para os portadores e os familiares deles • No Brasil, estima-se que a pop. de idosos irá crescer 8x a de jovens • Temos que identificar quadros demenciais antes de se instalarem Exame Neuropsicológico • Quais são os objetivos da ANP? • Auxílio diagnóstico: • Diagnóstico diferencial, delimitação do quadro • Qual a origem do Tr., suas características Exame Neuropsicológico • Aplicação no hospital: • DI, autismo ou outro Tr.? • Alzheimer, Vascular, Levy? • Como era o funcionamento prévio? Exame Neuropsicológico • O quanto se deve ao nível cultural e social do paciente? • Quanto a uma lesão, atrofia ou outra doença? • Para isso, precisamos de conhecimentos amplos sobre: • Desenvolvimento humano Exame Neuropsicológico • Psicologia • Pediatria • Psiquiatria • Neurologia • Geriatria • Genética Exame Neuropsicológico • A sensibilidade do exame vai depender: • Do conhecimento teórico do avaliador • Dos testes e técnicas selecionadas • Da prática clínica do psicólogo Exame Neuropsicológico • Prognóstico: • Durante internações ou alta hospitalar • Evolução e impacto do quadro a longo prazo • Considerar sempre se há lesão, a educação e idade do paciente Exame Neuropsicológico • Considerar o ambiente, o nível sócio-cultural • Os recursos disponíveis dos sujeitos • O suporte familiar, amigos, colegas • Há exames de neuroimagem? Exame Neuropsicológico • Importante!!! • Em alguns casos conseguimos detectar antes de exames de imagem cerebral • Perda em funções já podem indicar um processo degenerativo, mesmo sem lesões comprovadas Exame Neuropsicológico • Dica: • Quando a ANP dá indícios de que há: • Alterações cognitivas bilaterais • A evolução será provavelmente negativa Exame Neuropsicológico • A ANP pode ser utilizada para predição de resultados da • Eletroconvulsoterapia • Delirium ou confusão mental são prováveis após ECT Exame Neuropsicológico • Orientação ao Tratamento: • Ajuda na seleção de medicamentos mais adequados • Delimitando disfunções cognitivas específicas • Ou alterações de personalidade e afetivas Exame Neuropsicológico • Orientação ao tipo de tratamento psicoterápico • Recursos cognitivos, afetivos preservados • Inteligência, memória, insight • Psicanálise, TCC, outra? Exame Neuropsicológico • Planejamento Reabilitação: • Déficits de memória ou planejamento podem afetar • Funcionalidade e socialização • Emprego, faculdade, escola, etc. Exame Neuropsicológico • A ANP faz um mapa de forças e fraquezas cognitivas • Quais funções devem ser estimuladas • Quais devem ser compensadas com outras • Orientar mudanças ambientais, profissionais, etc. Exame Neuropsicológico • Seleção para Técnicas Especiais: • Cirurgia para Epilepsia, TOC grave • ECT • Cuidado: lobectomia temporal esquerda, por conta da linguagem Exame Neuropsicológico • Perícia: • Interdição • Imputabilidade • Alienação Parental Exame Neuropsicológico • Pesquisa: • Estabelecer linha de base antes do exame ou intervenção • Medir após intervenção, estudos longitudinais • Acompanhar cronicidade de transtornos Exame Neuropsicológico • Principais Indicações: Neurologia e Psiquiatria • Déficits cognitivos primários ou secundários • TCEs, Tumores, Epilepsias, AVCs, Demências • Doenças endócrinas, def. vitaminas, outros Trs. Exame Neuropsicológico • TCE: quando sequelas não são aparentes, mas • A pessoa não consegue trabalhar, estudar, socializar • Quando há processo de deterioração • Demência pugilista, Ex: Maguila Exame Neuropsicológico • Tumor Cerebral: Início, durante ou pós • Déficits cognitivos, quadro psiquiátrico florido • Oscilações bruscas do humor • Pós-operatório Exame Neuropsicológico • Epilepsia: Principalmente antes da cirurgia • Monitorar benefícios do tratamento medicamentoso • Déficits resultam da epilepsia? Exame Neuropsicológico • Demências: Diagnóstico diferencial • CCL leve, qual tipo? • Orientação familiar e de profissionais • Fins práticos e legais: Herança, contas de banco, etc... Exame Neuropsicológico • Transtornos do Desenvolvimento: • DI, autismo, TDAH, dislexia, Tr. Personalidade • Déficits cognitivos e dificuldades de adaptação ao meio • Diagnóstico diferencial Exame Neuropsicológico • Transtornos do Humor: • Que cursam com déficits cognitivos • Diagnóstico diferencial • Dica: sem resposta medição + mudanças bruscas na maturidade/ velhice = orgânico Noções de Psicometria • Entender propriedades dos testes neuropsicológicos • Testes devem ser traduzidos e padronizados • Boa sensibilidade, especificidade, consistência interna, ecológico? Noções de Psicometria • Validade: • Aquilo que o teste mede e quão bem ele faz isso • Ex: Teste de inteligência só é válido para avaliar inteligência Noções de Psicometria • Fidedignidade: • Precisão do teste • Ao longo do tempo • Entre aplicadores, generalização Noções de Psicometria • Sensibilidade e Especificidade: • Identifica ou não os déficits? • Tem falso negativo ou falso positivo? • Identifica transtornos? Noções de Psicometria • Curva de Gauss: Noções de Psicometria • Escore Z: • Você é alto? Sua nota foi boa? Você é rápido? • Como calcular isso? • Sua medição – média população / desvio padrão da população Dúvidas? • luizfernandolp@yahoo.com.br Exame Neurológico e Psiquiátrico Prof. Luiz Fernando L. Pegoraro Exame Neurológico Exame Neurológico • Saber se há lesão ou não • Definir a topografia da lesão • Começa com anamnese: quando, como, tempo de evolução dos sintomas • Antecedentes: drogas, medicamentos Exame Neurológico • A avaliação do neurologista é composta de: • História do paciente • Exame físico, Ex: Auscultar • Exame neurológico e neuropsicológico Exame Neurológico • Equilíbrio e Marcha: • Ficar de pé com os braços e pernas junto ao corpo • Se um leve empurrão desequilibrar o paciente • Pode ser uma síndrome cerebelar ou Parkinson Exame Neurológico • A seguir, o paciente deve ficar de olhos fechados • Se cair, pode ser por dano nas vias proprioceptivas conscientes • Ex: Neurossífilis Exame Neurológico • Alterações do equilíbrio se manifestam melhor durante a marcha • Principalmente quando muda de direção • Pede-se ao paciente para andar pela sala • Observa-se a postura, balanço dos membros superiores, alargamento da base Exame Neurológico • Marcha em bloco, lenta • Característica da doença de Parkinson • Passos abertos e fechados fora de uma linha reta • Indicam lesão cerebelar Exame Neurológico • Apraxia da Marcha: • Impressão de que ospés estão “colados” no chão • Ou automatismo dos movimentos Exame Neurológico • Motricidade: • Catatonia na esquizofrenia • Parkinson • Uso de drogas e neurolépticos Exame Neurológico • Motricidade: • Força Muscular • Tônus • Reflexos • Coordenação e Movimentos Anormais Exame Neurológico • Exame da força muscular • Tentar realizar mov. com musculaturas afetadas • Realizar o mesmo mov. Com oposição do médico Exame Neurológico • Exame da força muscular: membros inferiores • Movimentos extensão e flexão dos pés, pernas, coxas • Oposição do médico • Ver se é simétrico Exame Neurológico • Exame da força muscular: membros superiores • Movimentos oponência polegar, abrir e fechar mãos, flexão e extensão punhos • Em seguida movimentos de oposição Exame Neurológico • Exame dos reflexos: • Principal objetivo é diferenciar comprometimentos do SNC e periférico • Patelar é o mais conhecido (joelho) • Palmar (demência FT) Exame Neurológico • Exame da coordenação dos movimentos: • Inclinar corpo para frente, trás, etc. • Tocar ponta do nariz e o dedo do médico • Capacidade de alternar mov. de forma integrada Exame Neurológico • Exame de movimentos involuntários: • Tremores e movimentos bruscos • Movimentos lentos e descoordenados • Ex: Coreia, Parkinson Exame Neurológico • Exame da Sensibilidade: • Mede-se sensibilidade a dor com agulhas • Tátil com mecha de algodão seco • Térmica com tubos de água quente e fria Exame Neurológico • Exame da Sensibilidade: • Profunda, reconhecimento tátil • Reconhecer objetos e partes do próprio corpo • Agnosia Tátil Exame Neurológico • Exame dos Nervos Cranianos: • Odor, acuidade visual, campo visual • Olhar para cima, para baixo, mov. da face • Virar a cabeça contra resistência, mov. lingua Exame Neurológico • Video do Exame Neurológico Exame Psiquiátrico • Exame psíquico ou exame estado mental • Semiologia médica: sinais e sintomas doenças • Avaliação completa: história clínica, anamnese, antecedentes, exame psíquico Exame Psiquiátrico • Avaliação das funções psíquicas realizadas pelo psiquiatra difere do neuropsicólogo • Dividem-se artificialmente as funções para fins didáticos • Perigoso acreditar que podemos avaliá-las isoladamente Exame Psiquiátrico • O que se avalia? • Aspectos Gerais: • Cuidado pessoal, higiene, trajes, postura geral, mímica, atitude global durante a anetrevista • Calma, hostil, desconfiada, assustada, apática Exame Psiquiátrico • Nível de Consciência: • Vigil ou desperto, obnulação, torpor, coma • Transe, estado hipnótico • Ex: Delirium, consumo de drogas Exame Psiquiátrico • Orientação: • Verificar noção tempo e espaço • Reconhece quem é, outras pessoas • Quadros demenciais, mania, depressão grave, esquizofrenia Exame Psiquiátrico • Atenção: • Hipoprosexia ou hiperprosexia • Capacidade de concentração • Capacidade de mudar de foco Exame Psiquiátrico • Memória: • Memória imediata, recente, memória remota, • Processo de fixação, aprendizagem, evocação • Base orgânica, psicogênica Exame Psiquiátrico • Percepção Sensorial: • Ilusão (percepção deformada de algo real) • Alucinação (percepção sem objeto real) • Ilusões e alucinações visuais indicam etiologia orgânica • Auditivas estão associadas à esquizofrenia, mania Exame Psiquiátrico • Pensamento: • Velocidade e modo de fluir • Temas principais e estrutura • Desorganizado, incoerente, desagregação Exame Psiquiátrico • Linguagem: • Afasias, agrafias, fluência verbal, bradifasia • Mutismo, loquacidade, logorréia, ecolalia • Neologismos, perseverações Exame Psiquiátrico • Juízo de realidade: • Delírios, crenças, ideiais • Delírios complexos ou único • Verificar o grau de convicção do paciente Exame Psiquiátrico • Vida afetiva: • Humor basal, emoções e sentimentos predominantes • Humor depressivo, labilidade afetiva, eufórico, • Irritado, exaltado, pueril, ansioso, apático, hipomodulação, fobias, despersonalização Exame Psiquiátrico • Volição: • Atos impulsivos ou compulsivos • Hipobulia, abulia, rituais, parafilias • Negativismo => risco de suicídio Exame Psiquiátrico • Psicomotricidade: • Lentificação ou aceleração • Estereotipias, maneirismos, ecopraxias, agitação • Catatonia, estupor (esquizofrenia, parkinson) Exame Psiquiátrico • Inteligência: • Deficiência intelectual, síndromes genéticas • Inteligência limítrofe • Testes e técnicas para medir inteligência Exame Psiquiátrico • Personalidade: • Comportamentos, ideias, humor a longo prazo • Modo de ser do ind. após a adolescência • Sentimentos, impressão subjetiva • Obsessiva, histérica, evitativa, etc... Neuropsicologia da Consciência e da Atenção Prof. Luiz Fernando L. Pegoraro Consciência Consciência • Junção de 2 vocábulos latinos: cum (com) e scio (conhecer) • Conhecimento compartilhado consigo mesmo • E com o outro • 3 definições, de acordo com a área Consciência • Neuropsicologia: • Estado vigil ou vigilância • Grau de clareza do sensório • Estar desperto, acordado => Nível de Consciência Consciência • Psicologia: • Soma total das experiências de uma pessoa • Campo da consciência, dimensão subjetiva • Capacidade de entrar em contato com o meio e percebê-lo Consciência • Filosofia: • Tomar ciência dos deveres éticos e assumir responsabilidades • Direitos e deveres, consciência moral ou ética • Ex: vizinho que gasta água em época de estiagem Atenção Atenção • Direção da consciência • Estado de concentração sobre determinado objeto • Selecionar, filtrar, organizar estímulos • Estreitamente relacionada com a consciência Atenção • Diversas funções cognitivas dependem da atenção • Ex: Memória, funções executivas, aprendizagem • Ela depende do interesse e do prazer Atenção • Nível de Alerta ou Ativação: • Tônico: Mecanismo de controle interno, fisiológico • Regula o ciclo sono e vigília • O potencial de focalizar, o quanto está desperto Atenção • Nível de Alerta ou Ativação: • Ativação Fásica: • Modificações momentâneas e espontâneas • Decorrentes do meio interno ou externo Atenção • Seletividade: • Seleção de parte dos estímulos relevantes • Os demais ficam “suspensos” • Capacidade de focar em um determinado estímulo em detrimento de outros Atenção • Alternância: • Alternar entre estímulo(s) e outro(s) • Entre uma tarefa e outra, sequencialmente • Ex: cozinhar Atenção • Divisão: • Capacidade de focar em dois estímulos distintos simultaneamente • Alguns autores contestam este conceito (= alternada) • Ex: Dirigir Atenção • Sustentação: • Capacidade de manter o foco por um tempo maior • Sinônimo de atenção concentrada • Ou atenção sustentada Atenção • Seletividade e alternância => ativação fásica • Sustentação => ativação tônica • Maioria das
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