Buscar

Direito de Família - Prof. Marcia Sueli Ferrari Muniz

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 45 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 45 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 45 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prof. Marcia Sueli Ferrari Muniz
04/08/14
BIBLIOGRAFIA
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. São Paulo. Saraiva.
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil. São Paulo. Attlas.
GABLIANO, Pablo Stolze e PAMPLONA, Rodolfo Filho. Novo Curso de Direito Civil. Direito de Família: As famílias em perspectiva Constitucional. São Paulo. Saraiva.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Direito de Família. São Paulo. Saraiva.
FARIAS, Cristiano Chaves e ROSENVALD, Nelson. Direito das Famílias. Lumen Juris. Rio de Janeiro.
FAMÍLIA FUNDAMENTO DA SOCIEDADE
	Variáveis modelos:
	Romana
	
	Patriarcal
	
	
	
	
	
	C/C 1996
	
	
	
	
	
	Matrimônio – Indissolúvel (até 1977) – Patrimonializada.
	
	
	
	
	
	CRFB/88
	
	Proteção familiar – releitura dos elementos constitutivos: dignidade, solidariedade, afeto, ética.
RESUMO ESQUEMÁTICO EVOLUTIVO
	C/C 1916
	CRFB/88 e CCB/02
	Matrimonializada
	Pluralizada: casamento, união estável e monoparental
	Patriarcal
	Democrática
	Hierarquizada
	Igualitária substancialmente
	Heteroparental
	Hetero ou homoparental
	Unidade de produção e reprodução
	Biológica ou sócio afetiva
	
	Unidade sócio afetiva
Para o Direito Constitucional o que faz surgir a família é a afetividade.
06/08/14
FAMÍLIA
“Conjunto de pessoas ligadas pelo vínculo de sangue e que procedem, portanto, de um tronco ancestral comum, bem como as unidas pela afinidade e pela adoção. Compreende os cônjuges, companheiros e os afins”. Carlos Roberto Gonçalves
Obs.: são denominados afins os parentes do “meu” cônjuge.
DIREITO DE FAMÍLIA
“É o conjunto de normas que regulam a celebração do casamento, sua validade e os efeitos que dele resultam, as relações pessoais e econômicas da sociedade conjugal, a dissolução desta, a união estável, as relações entre pais e filhos, o vínculo de parentesco e os institutos complementares da tutela e curatela”.. Maria Helena Diniz
NATUREZA JURÍDICA
Direito extrapatrimonial ou personalíssimo: a) irrenunciável; b) intransmissível; c) não admite termo ou condição.
PRINCÍPIOS DO DIREITO DE FAMÍLIA
Princípio do respeito à dignidade da pessoa humana – art. 1º, III, CF.
Princípio da igualdade jurídica dos cônjuges e companheiros – art. 226, § 5, CF; arts. 1.566, 1.567, PU e 1.568, CC.
Princípio da igualdade jurídica de todos os filhos – art. 227, § 6º, CF; arts. 1.596 a 1.629, CC.
Princípio da paternidade responsável e do planejamento familiar – art. 226, § 7º, CF; art. 1.565, § 2º, CC e Lei nº 9.253/96.
Princípio da comunhão plena de vida baseada na afeição – art. 1.511, CC.
Princípio da liberdade de constituir uma comunhão de vida familiar – art. 1.513, CC.
11/08/14
CASAMENTO
Arts. 1.511 a 1.516, CC
“Casamento é uma sociedade entre homem e mulher que se unem para perpetuar a sua espécie, para ajudar-se e para socorrer-se mutuamente, para levar o peso da dívida e compartilhar os seus destinos” – Portallis.
“Casamento é a conjunção do homem e da mulher, que se associam para toda a vida, a comunhão do direito divino e do direito humano” – Modestino.
“União permanente entre o homem e a mulher, de acordo com a lei, a fim de se reproduzirem, de se ajudarem mutuamente e de criarem seus filhos” – Washington de Barros Monteiro.
“Casamento é uma das diversas e variadas formas de convivência afetiva, através da união de duas pessoas realizando uma integração fisiopsíquica” – Cristiano Chaves de Faria.
BREVES REFERÊNCIAS HISTÓRICAS
Casamento Católico.
Matrimônio Civil – Lei 1.144 de 11/10/1861.
Casamento Civil – Decreto 181 de 24/01/1890.
EC 66/10 instituiu o divórcio como forma total de dissolução do casamento.
ESPÉCIES DE CASAMENTO
Civil (art. 1.512, CC);
Religioso (art. 1.515, CC).
Para se ter os efeitos civis do casamento, é necessário que se siga as normas contidas no CC. Porém, a forma pode ser tanto civil como religiosa. O celebrante religioso tem competência de juiz de paz. Se não seguir a determinação legal (CC), produzirá efeitos de união estável.
Art. 1.512, CC.
Art. 1.515, CC. Os efeitos são ex tunc. Retroagem à data da celebração.
O prazo para o registro é de 90 dias contados da data da celebração.
Art. 1.516, § 2º CC. É a possibilidade de primeiro fazer a cerimônia religiosa e posteriormente fazer a habilitação.
Art. 1.532, CC.
Art. 1.516, CC. Se não tiver o registro, haverá apenas a união estável. Não haverá casamento para a lei.
§ 1º. Prazo = 90 dias. Decorrido este prazo, deverá haver nova habilitação.
Obs.: o casamento post mortem pode ser registrado.
§ 3º. Casamento nulo. Não produz nenhuma eficácia jurídica. O segundo casamento que vai a registro é sempre nulo.
Casamento putativo: A casa com B e posteriormente A casa com C. A vem a falecer antes de ser declarada a nulidade do casamento com C.
Há decisões de que C e B, se forem herdeiras, têm direito à herança. Isso ocorre somente se o casamento for putativo, ou seja, se C casar-se de boa-fé.
REQUISITOS E PRESSUPOSTOS
	REQUISITOS
(validade)
	PRESSUPOSTOS
(existência)
	Competência do celebrante (ex ratione materie e ratione loci)
	Diversidade de sexos = união homoafetiva
	Forma do ato
	Celebração
	Aptidão dos contraentes
	Competência ratione materie do celebrante
O juiz de paz do 1º Distrito não pode celebrar casamento no 2º Distrito. Somente se tiver sua competência estendida.
O celebrante não pode ser dúvida. A porta tem que ficar abeta durante a celebração do casamento. O casamento realizado via internet não tem validade, pois as partes têm que comparecer pessoalmente ou por procurador.
Art. 1.517, CC.
Já é possível a celebração de casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Art. 1.514, CC. O casamento se realiza na hora da manifestação da vontade ou quando o juiz declara o casamento? Há divergência na doutrina. A professora entende que havendo declaração de vontade, caso o casamento seja impedido por caso fortuito ou força maior (ex.: infarto) há a validade do casamento.
Ex.: casamento celebrado por delegado de polícia.
NATUREZA JURÍDICA
Há 3 correntes para definir a natureza jurídica do casamento:
Instituição social: as normas do casamento são pré-estabelecidas. Há uma norma imperativa.
Contrato: se perfaz com a manifestação de vontade.
Eclética ou mista: na sua formação é contrato, mas após a formação, com a validade, é instituição social. Os efeitos são normas de ordem pública.
CARACTERÍSTICAS
Solenidade: o casamento é uma série de ritos – art. 1.535, CC.
Diversidade de sexos: obras desatualizadas (?)
Dissolubilidade: o casamento pode se dissolver – EC 66/10.
Normas de ordem pública: são normas imperativas que não podem ser derrogadas.
Estabelece comunhão plena de vida com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges: princípio constitucional.
Não comporta termo ou conciliação: negócio jurídico puro e simples. Ex.: se chover não casarei.
Permite liberdade de escolha do nubente: direito da personalidade. Caso se eu quiser, com quem eu quiser. Exceções: pai e filho, irmãos, aqueles já casados.
“Um casamento feliz exige que nos apaixonemos muitas vezes e sempre pela mesma pessoa” – autor desconhecido.
HABILITAÇÃO PARA O MATRIMÔNIO
Habilitação – art. 1.525, CC.
Ato pessoal ou transferível por procuração.
Os documentos requisitados no artigo têm também por finalidade verificar se aquelas pessoas podem se casar.
I – Comprovação de idade.
Art. 1.517, CC. Pode se casar a partir dos 16 anos. Exceção: art. 1.520, CC. A pena criminal seria relativa aos crimes contra os costumes. Atualmente, entende-se não ser possível aplicar essa parte do artigo tendo em vista que os crimes são de ação civil pública.
Menor com idade entre 16 e 18 anos necessita da autorização de ambos os pais. Se um deles recusar a dar a autorização, o outro poderá recorrer ao Poder Judiciário para suprir esta falta – art. 1.631, CC. Será interposta uma ação de suprimento de outorga.
Caso ambos os pais deneguem a autorização,o menor poderá interpor esta mesma ação sem representante e o juiz nomeará um curador para representá-lo.
Toda vez que houver um casamento que dependa de autorização judicial (incapazes), os nubentes terão que casar em regime de separação de bens – art. 1.641, III, CC.
13/08/14
II – Autorização.
Remete à situação de necessidade de autorização dos pais ou do judiciário.
III – Idoneidade.
Padrinhos = testemunhas. Declaração de que não existe impedimento na comarca onde os nubentes e seus pais moram.
IV – Memorial.
É necessário por causa da publicidade. O edital é publicado na comarca onde os nubentes e seus pais moram.
V – Falta de impedimento matrimonial.
Para comprovar que não há impedimento matrimonial.
Nos casos de morte presumida, não há certidão de óbito. O que supre é uma Ação de Justificação Judicial para fazer prova através da sentença (≠ de declaração de ausência).
Ex.: desastre no Vale do Cuiabá. Caso o cônjuge reapareça, o segundo matrimônio é considerado nulo, pois a morte é presumida.
Art. 1.526, CC. Os processos de habilitação hoje tramitam tão somente no cartório de registro civil.
Publicidade – art. 1.527, CC. Com a publicação dos editais, inicia-se a possibilidade dos impedimentos do matrimônio que podem ser feitos até a celebração do casamento. Após, deverá entrar com uma Ação Anulatória.
Art. 1.529, CC. Tem que ser feito por escrito.
Se houver impedimento infundado, os membros podem entrar com ação de danos ou ação de crime, se for o caso.
Art. 1.530, CC. Uma vez interposto o impedimento, suspende-se o processo de habilitação. Apresentada a defesa, o processo será encaminhado para o juiz.
Certidão – art. 1.531, CC.
Art. 1.532, CC. Eficácia de 90 dias. Se não fizer a celebração em 90 dias, terão que recomeçar o procedimento.
Celebração – art. 1.533 e 1.534., CC.
Art. 1.535, CC. Não pode haver dúvidas na manifestação de vontade. Se não puder falar pode levar placas, tradutor etc.
Se a manifestação de vontade for viciada, o casamento será declarado inexistente.
Certidão – art. 1.536, CC.
III – Se tiver vários casamentos anteriores, basta o último.
IV – proclamas = edital.
No regime de separação de bens obrigatório, os bens adquiridos após o casamento serão divididos entre o casal.
Escritura antenupcial = pacto antenupcial.
Existem 4 regimes de bens:
Comunhão universal;
Comunhão parcial;
Comunhão dos aquestos;
Separação.
É possível mesclar os regimes. A escolha do regime, exceto a comunhão parcial, é feita através do pacto antenupcial no cartório. Se não houver pacto antenupcial, o casamento será realizado obrigatoriamente pelo regime de comunhão parcial de bens.
Aquestos = escritura de reconhecimento de união estável e é possível escolher qualquer regime. Caso não escolha, prevalecerá a comunhão parcial de bens.
Art. 1.537, CC. Escritura do menor para escolher pacto nupcial – os responsáveis (pais) têm que se fazer presentes.
25/08/14
INVALIDADE DO CASAMENTO
	Invalidade
do
casamento
	
	Inexistência
	
	
	Nulidade (absoluta)
	
	
	Anulabilidade (relativa)
Uma vez celebrado o casamento, se houver alguma causa de oposição matrimonial, deverá ser imposta uma ação judicial (Ação de Nulidade Matrimonial).
Para se declarar a nulidade ou anulabilidade de um casamento, primeiramente ele tem que ser válido.
Para o direito, o casamento inexistente é considerado um nada jurídico.
CASAMENTO INEXISTENTE
	Inexistência
do
casamento
	
	Diferença de sexos (?)
	
	
	Consentimento (falta)
	
	
	Celebração (absolutamente incompetente)***
Obs.: a invalidade do casamento nulo está presente no momento da celebração do casamento.
Ex.1: João casa com Maria e após o casamento faz uma cirurgia para se tornar mulher (transexual). O casamento é válido, pois na sua origem João casou-se como homem e não como mulher.
Ex.2: Pedro casou com Maria e tempos depois veio a descobrir que Maria um dia foi Pedro. O casamento é válido, pois no momento da celebração Pedro era Maria. Não é caso de casamento inexistente e sim anulável.
***Exceção: art. 1.554, CC. Teoria da Aparência.
Ex.: juiz de paz exonerado.
	INVALIDADE MATRIMONIAL
	NULO
	ANULÁVEL
	Razões de ordem pública: as causas que levam a nulidade do casamento interessam a toda a sociedade. São causas que ferem os princípios morais do direito de família. 
	Razões de ordem privada.
	Pode ser declarada de ofício, a requerimento do MP ou qualquer interessado.
	Pode ser invocada por quem aproveite, não podendo ser reconhecida de ofício. Somente os nubentes podem interpor.
	Não é suscetível de confirmação.
	É suscetível de confirmação (ratificação).
	Não convalesce pelo passar do tempo.
	Submete-se a prazos decadenciais.
	Reconhecimento através de ação declaratória
	Reconhecimento através de ação constitutiva, sujeita a prazo decadencial.
NULO – art. 1.548 e ss., CC.
Art. 1.548, CC.
I - art. 3º, CC. Não é preciso estar interditado, basta comprovar que a pessoa não sabe o que está fazendo.
II – impedimento: pessoas que não podem se casar (art. 1.521, CC).
Observações iniciais sobre o impedimento matrimonial:
Visam preservar a eugenia, a moral familiar e a monogamia;
Havendo impedimento, o ato será fulminado de nulidade.
Categorias:
Impedimento resultante do parentesco;
Impedimento resultante do casamento anterior;
Impedimento decorrente de crime.
Irmãos germanos = bilateral.
Arts. 1.591 e 1.592, CC. Contagem de parentesco.
Art. 1.594, CC.
	A B
	
	A + C
	=
	1º grau
	
	Linha reta.
	
	O parentesco na linha reta é infinito.
	 
	
	A + D
	=
	2º grau
	
	
	
	
	C
	
	F
	
	A + E
	=
	3º grau
	
	
	
	
	
	
	
	
	C + F
	=
	2º grau
	
	Linha colateral.
	
	
	D
	
	G
	
	C + G
	=
	3º grau
	
	
	
	
	
	
	
	
	C + H
	=
	4º grau
	
	
	
	
	E
	
	H
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Aqui termina o parentesco na linha colateral.
	
	
Art. 1.595, CC. Parentesco por afinidade: só é afim até o cunhado. O parentesco na linha colateral acaba com o fim do casamento.
Art. 1.521, CC.
IV – 3º grau = sobrinho.
Exceção: Decreto-lei 3.200/41. Apesar de os tios não poderem casar com os sobrinhos, se no processo de habilitação forem juntados documentos comprovando que não haverá prejuízo para a prole, o casamento será permitido (aplica-se com fundamento no entendimento doutrinário).
VII – doloso. Se houver condenação após o casamento, ela retroage à data do casamento e este se torna nulo.
Art. 1.522, CC.
ANULABILIDADE – Art. 1.550, CC.
	HIPÓTESES
	Incisos I e II
	Inciso III
	ANULABILIDADES RELATIVAS À IDADE MÍNIMA PARA O CASAMENTO
	ANULABILIDADE DO CASAMENTO POR VÍCIO DE VONTADE
	Idade mínima: 16 anos (art. 1.571, CC).
	Erro essencial: arts. 1.556 a 1.558, CC.
	Exceção: arts. 1.551, 1.520, 1.561 e 1.555, § 2º, CC.
	
	Legitimidade: art. 1.552, CC.
	Legitimidade: art. 1.559, CC.
	Ratificação do ato: art. 1.553, CC.
	
	Prazo decadencial: art. 1.560, § 1º, CC.
	Prazo decadencial: art. 1.560, III, CC.
27/08/14
No casamento anulável as causas dizem respeito ao interesse particular.
Art. 1.550, CC. Legitimados.
I e II – idade mínima para casar: menos de 16 anos ou de 16 a 18 anos sem autorização dos responsáveis – anulável.
Exceções: art. 1.520, CC – gravidez; art. 1.552, CC – legitimidade para interpor; art. 1.555, § 1º, CC - prazo decadencial de 180 dias. Começa a contar com a capacidade matrimonial. Final: herdeiros = faleceu: se a gravidez for do casamento, cai na exceção; se for de outro casamento, não tem exceção.
Art. 1.550, III, CC. Vício de vontade dos arts. 1.556 a 1.558, CC.
Erro essencial é anterior ao casamento e de conhecimento posterior ao casamento. Se a parte soubesse, não casava.
Este erro leva à manifestação incorreta de vontade.
	O ART. 1.550 NOS REMETE AOS ARTS. 1.557 E 1.558, CC.
	Art. 1.557, CC.
	Art. 1.558, CC. (coação)
	I – Erro essencial relativo à identidade, honra e boa fama.Legitimidade: art. 1.559, CC.
	II – Ignorância de crime.
Pressupostos:
Prática de crime segundo a Lei Penal;
Ocorrência antes do casamento;
Fato ignorado pelo outro cônjuge.
	Prazo decadencial: art. 1.560, IV, CC.
	
	
	III – Defeito físico ou moléstia grave;
	
	IV – doença mental grave.
	
Art. 1.557, CC. Hipóteses taxativas de erro (fato anterior ao casamento).
I – ulterior
Ex.1: Maria era José.
Ex.2: falsificação de documento.
Honra e boa fama – antes do casamento a parte tem uma falsa ideia sobre a moral de seu cônjuge.
II – não exige trânsito em julgado da sentença. É a prática do crime que importa, mas tem que fazer prova da autoria.
Obs.: ato infracional não é crime.
III – defeito físico irremediável: impotência para a prática do ato sexual. Moléstia grave e irremediável: HIV, tuberculose, doença transmissível hereditariamente.
Obs.: impotência coeundi – impossibilidade da prática do ato sexual; impotência generandi – impossibilidade de gerar filhos (importa somente para o Direito Canônico).
IV – epilepsia, neurose, toque.
Art. 1.560, CC. Prazos.
Art. 1.558, CC. Medo de que o real maior ocorra.
Art. 1.560, IV, CC. Prazo de 4 anos.
Art. 1.559, CC. A legitimidade para propor a ação é do cônjuge que sofreu a coação.
Art. 1.550, CC. 
IV – incapacidade relativa.
Art. 1.560, I, CC.
V – casamento realizado por procuração.
Art. 1.560, § 2º, CC. Prazo de 180 dias do conhecimento do casamento pelo mandante.
VI – incapacidade relativa.
Ex.: em razão do lugar – juiz do 1º Distrito celebra casamento no 2º Distrito.
Exceção: art. 1,554, CC.
Prazo decadencial: art. 1.560, II, CC.
DECISÕES SUPERIORES
CIVIL. CASAMENTO REALIZADO NO ESTRANGEIRO. MATRIMÔNIO SUBSEQÜENTE NO PAÍS, SEM PRÉVIO DIVÓRCIO. ANULAÇÃO. O casamento realizado no estrangeiro é válido no país, tenha ou não sido aqui registrado, e por isso impede novo matrimônio, salvo se desfeito o anterior. Recurso especial não conhecido. ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da TERCEIRA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, não conhecer do recurso especial. Os Srs. Ministros Carlos Alberto Menezes Direito, Castro Filho e Antônio de Pádua Ribeiro votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, ocasionalmente, a Sra. Ministra Nancy Andrighi. Brasília, 11 de junho de 2002 (data do julgamento). Ministro Ari Pargendler Presidente e Relator
EMENTA: APELAÇÃO. ANULAÇÃO DE CASAMENTO. ERRO ESSENCIAL EM RELAÇÃO A PESSOA DO CÔNJUGE.OCORRÊNCIA. A existência de relacionamento sexual entre cônjuges é normal no casamento. É o esperado, o previsível. O sexo dentro do casamento faz parte dos usos e costumes tradicionais em nossa sociedade. Quem casa tem uma lícita, legítima e justa expectativa de que, após o casamento, manterá conjunção carnal com o cônjuge. Quando o outro cônjuge não tem e nunca teve intenção de manter conjunção carnal após o casamento, mas não informa e nem exterioriza essa intenção antes da celebração do matrimônio, ocorre uma desarrazoada frustração de uma legítima expectativa. O fato de que o cônjuge desconhecia completamente que, após o casamento, não obteria do outro cônjuge anuência para realização de conjunção carnal demonstra a ocorrência de erro essencial. E isso autoriza a anulação do casamento. DERAM PROVIMENTO. (SEGREDO DE JUSTIÇA) (Apelação Cível Nº 70016807315, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rui Portanova, Julgado em 23/11/2006)
EMENTA: APELAÇÃO. ANULAÇÃO DE CASAMENTO. ERRO SOBRE A PESSOA. Caso em que o brevíssimo tempo de namoro (20 dias) aliado às qualidades da parte autora, que tem grau social e cultural razoável, impede a configuração de erro sobre pessoa. NEGARAM PROVIMENTO. (Apelação Cível Nº 70009605742,Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rui Portanova, Julgado em 02/12/2004)
FAMÍLIA. ANULAÇÃO DE CASAMENTO. ERRO ESSENCIAL SOBRE A PESSOA. Casamento agenciado. Não se pode invocar erro essencial sobre a pessoa do outro CÔNJUGE quando o casamento é celebrado em curto espaço de tempo entre o namoro e a sua celebração. Assume-se o risco de se equivocar quanto à pessoa quem aceita casar sem manter um período RAZOÁVEL de conhecimento mútuo. Insuficiência probatória. Anulação improcedente. Separação judicial, vida conjugal insuportável. Acolhimento do pleito reconvencional. Apelação desprovida. (Apelação Cível |OITAVA CÂMARA CÍVEL Nº 70015420599. COMARCA DE TENENTE PORTELA)
TJ-RS - Apelação Cível AC 70043620889 RS (TJ-RS) 
Ementa: AÇÃO DE ANULAÇÃO DE CASAMENTO. ERRO ESSENCIAL. CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. 1. Inexiste cerceamento de defesa por não ter sido marcada audiência de justificativa, quando tal solenidade se mostrava totalmente desnecessária, diante da manifesta impossibilidade jurídica do pedido. 2. Considerando que os autores não apontaram a ocorrência de erro essencial quanto à pessoa, torna-se inviável a pretensão de anulação do casamento. Recurso desprovido. (Apelação Cível Nº 70043620889, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sérgio Fernando de Vasconcellos) 
TJ-DF - Apelação Cível APL 1199964220088070001 DF 0119996-42.2008.807.0001 (TJ-DF) 
Ementa: CIVIL. PROCESSO CIVIL. AÇÃO DE ANULAÇÃO DE CASAMENTO. ERRO ESSENCIAL. PRAZO DECADENCIAL CONTADO DA DATA DA CELEBRAÇÃO DO ATO. ARTIGO 1.560 , INCISO III , CÓDIGO CIVIL . 1. NOS TERMOS DO ARTIGO 1.560 DO CÓDIGO CIVIL , O PRAZO PARA INTENTAR A AÇÃO DE ANULAÇÃO DE CASAMENTO CONTA-SE DA DATA DA CELEBRAÇÃO, SENDO IRRELEVANTE, NO CASO, O FATO DE O ERRO ESSENCIAL TER SIDO DESCOBERTO UM ANO APÓS A REALIZAÇÃO DO ATO. 2. O ROL DE HIPÓTESES QUE AUTORIZAM A ANULAÇÃO DE CASAMENTO É TAXATIVO, ESTANDO CONTEMPLADO NO ARTIGO 1.550 DO CÓDIGO CIVIL . 3. DECORRIDO O PRAZO DECADENCIAL, CORRETA A SENTENÇA QUE EXTINGUIU O FEITO COM BASE NO ARTIGO 269 , INCISO IV , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL . 4. RECURSO NÃO PROVIDO. 
TJ-DF - APELAÇÃO CÍVEL AC 299270820018070001 DF 0029927-08.2001.807.0001 (TJ-DF) 
Ementa: CIVIL. ANULAÇÃO DE CASAMENTO. ERRO ESSENCIAL QUANTO À PESSOA DO OUTRO CÔNJUGE. INSUPORTABLIDADE DA VIDA EM COMUM. ARTIGOS 218 E 219 DO CÓDIGO CIVIL DE 1916 . I - O ERRO QUE JUSTIFICA A ANULAÇÃO DO CASAMENTO SE REFERE À PESSOA DO OUTRO NUBENTE, SENDO IRRELEVANTE PARA TANTO O ERRO SOBRE A SUA GENITORA (SOGRA). II - NEGOU-SE PROVIMENTO AO RECURSO. UNÂNIME. 
TJ-SP - Apelação APL 317310520098260000 SP 0031731-05.2009.8.26.0000 (TJ-SP) 
Ementa: Anulação de casamento. Erro essencial em relação à pessoa do outro cônjuge. Caracterização. Dano moral arbitrado em 100 salários mínimos que é reduzido à metade. Verba honorária que deve ser fixada. Hipótese ademais que caracteriza sucumbência em parte mínima do pedido, a incidir o parágrafo único do artigo 21 do Código de Processo Civil . Observância também da Súmula 326 do STJ. Sentença de procedência mantida, alterada apenas a verba honorária para 10% do valor da condenação. Recurso provido em parte.
STJ Súmula nº 326. Ação de Indenização por Dano Moral - Valor da Condenação – Sucumbência
Na ação de indenização por dano moral, a condenação em montante inferior ao postulado na inicial não implica sucumbência recíproca
01/09/14
CASAMENTO PUTATIVO
CONCEITO:
“É o casamento nulo ou anulável, que contraído de boa-fé por ambos ou pelo menos um dos esposos, em razão dessa boa-fé gera efeitos cíveis reconhecidos por lei” – Yussef Said Cahali.
	Erro
	
	de direito
	
	Boa-fé
(teoria da aparência)
	
	crença errônea na validade do casamento.
	
	
	de fato
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Art. 1.549, CC. Exceção aos atos nulos.
O juiz não pode decretar a nulidade do casamento de ofício, pois trata-se de ação indispensável que modifica o estado civil da pessoa.
Na ação de anulabilidade, o MP não tem legitimidade, pois é de interesse pessoal.
No casamento putativo, o casamento continua sendo nulo, mas gera efeitos até o trânsito em julgado da sentença, tendo em vista a boa-fé.
Ex.: casamento entre pessoas que não sabiamque eram irmãos.
Para o casamento putativo admite-se a excludente de erro de direito, caracterizando a boa-fé.
A boa-fé só se aplica se houve o erro, ou seja, desconhecimento da norma ou do fato.
Se não houver boa-fé, o casamento será considerado nulo retroagindo à data da celebração.
O juiz pode reconhecer a boa-fé de ofício e declarar o casamento putativo na sentença de nulidade, a parte pode cumular os pedidos (nulidade + reconhecimento do casamento putativo) ou a parte pode ingressar com ação ordinária para reconhecer o casamento putativo separadamente.
Regra: ação anulatória – efeitos “ex tunc”.
Exceção: boa-fé – efeitos “ex nunc”.
TRÍPLICE DISTINÇÃO
Ambos os cônjuges de boa-fé (art. 1.561, CC).
Um dos cônjuges de boa-fé (art. 1.561, § 1º, CC).
Ambos de má-fé.
Art. 1.564, CC.
§ 1º Se no pacto antenupcial o sujeito prometeu doar um bem e casou de má-fé, terá que cumprir o disposto no pacto.
EFEITOS
Sucessão: enquanto a sentença da ação de nulidade não houver transitado em julgado, se o marido vier a falecer, ambas as esposas são herdeiras.
Alimentos: havendo boa-fé, ambos devem alimentos. Se um estiver de má-fé, somente este deve alimentos.
Entende-se que a obrigação alimentar estende-se ainda que o casamento seja declarado nulo, tendo em vista o princípio constitucional da solidariedade.
Deve haver necessidade + possibilidade.
Nome: o cônjuge de boa-fé pode permanecer usando o nome do cônjuge de má-fé.
Ainda que de má-fé, se comprovar manifesto prejuízo, poderá continuar com o nome, tendo em vista que é um direito da personalidade.
Ex.: Luiza Brunet – Brunet é o sobrenome de seu primeiro marido e a marca de sua grife.
Emancipação: cônjuge de boa-fé continua emancipado, enquanto o de má-fé perde a emancipação.
Partilha de bens: observa-se o regime de bens.
Obs.: não pode haver enriquecimento sem causa. Ex.: cônjuge de boa-fé ficar com tudo.
CAUSAS SUSPENSIVAS
Art. 1.523, CC. Se não observar, será imposto o regime de separação de bens – art. 1.641, I, CC.
I – para evitar confusão de patrimônio.
II – para evitar confusão de sangue. Obs.: se apresentar exame comprovando não estar grávida, pode se casar antes dos 10 meses.
III – para evitar confusão de patrimônio.
IV – para evitar que o tutor ou curador passe a perna no tutelado ou curatelado, porque depois do casamento não tem mais que prestar contas.
Art. 1.524, CC.
03/09/14
FORMAS ESPECIAIS DE CASAMENTO
CASAMENTO POR PROCURAÇÃO – art. 1.542, CC.
Os nubente, os dois ou apenas um, podem se fazer representar por procuração. Tem que ser instrumento público com poderes especiais.
§ 1º Casamento anulável – revogação pública da procuração antes do casamento.
Art. 1.550, V, CC.
§ 3º eficácia da procuração de 90 dias.
CASAMENTO COM AS FORMALIDADES SIMPLIFICADAS
Casamento nuncupativo (iminente risco de vida) – arts. 1.540 e 1.541, CC.
Nuncupativo – em razão de um iminente risco de vida, o casamento se realiza sem sequer haver o processo de habilitação.
A cerimônia não é feita pelo celebrante, não há formalidade. Após a celebração é que inicia o procedimento de habilitação.
Recurso = ação judicial.
Casamento em caso de doença grave – art. 1.539, CC.
Doença grave – já teve o processo de habilitação, tem a certidão de casamento, mas não pode aguardar a data da celebração.
O celebrante irá se dirigir aonde estiver o nubente, em qualquer dia ou qualquer hora.
Obs.: a manifestação de vontade é imperiosa (em coma não pode).
§ 1º Pode-se usar qualquer juízo de paz, mesmo que aquela não seja a sua localidade (ad hoc).
§ 2º art. 1.534, § 2º. Se o nubente não souber ler nem escrever, deverá haver 4 testemunhas.
DAS PESSOAS DO CASAMENTO
PROVAS DIRETAS
Certidão do registro – arts. 1.543 e 1.536, CC.
Outras provas: RG, título eleitoral etc. – art. 1.543, PU, CC.
	Prova suplitória
Sentença declaratória
	
	prova do fato
prova da celebração do respectivo registro.
Prova supletória – perdeu a certidão de casamento (ex.).
Justificação judicial – procedimento que tem por finalidade declarar um estado.
Ex.: perdeu a certidão e o cartório pegou fogo, não tem como recuperar.
PROVA INDIRETA – posse do estado de casado – art. 1.545, CC.
A pessoa se apossa de um estado civil.
Tem por finalidade comprovar que duas pessoas que já faleceram ou estão impossibilitados, já foram casados.
Quem tem legitimidade são os filhos.
Art. 227, CF. Todos os filhos são iguais.
Art. 1.545, CC. In dubio pro matrimonio – na dúvida, se houve matrimônio ou não, decide-se pelo matrimônio.
Art. 1.546, CC.
Art. 1.547, CC.
08/09/14
EFEITOS DECORRENTES DO CASAMENTO
Entre os cônjuges: comunhão plena d vida; acréscimo de sobrenome (art. 1.565/1578); fixação do domicílio conjugal (art. 1.567/570); planejamento familiar (art. 1.565, § 7º, CC e Lei 9.263/96); direitos e deveres recíprocos (art. 1.566, CC).
Art. 1.565, CC. art. 226, CF. Igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres.
Se a parte se divorciar e não retirar o sobrenome do cônjuge no ato, após deverá entrar com uma ação de retificação de registro.
Art. 1.566, CC. “mero aconselhamento”.
I – a infidelidade pressupõe prática de relação sexual. Se não houver, deve-se falar em falta de respeito e consideração mútua (V).
II – vida em comum significa comunhão de cama, mesa e casa.
III – socorro moral, espiritual e material.
IV – compete a ambos os pais.
V – companheirismo. Aplica-se também a infidelidade moral e a infidelidade virtual.
Para a sociedade: constituição de entidade familiar (art. 226, §§ 1º e 2º, CF e art. 1.513, CC); emancipação do cônjuge incapaz (art. 5º, PU, CC); estabelece vínculo de afinidade (art. 1.595, CC); atribuição do estado de casamento; presunção (relativa) de paternidade (art. 1.597, CC).
Patrimoniais: assistência pecuniária de um outro cônjuge (art. 1.694, CC); usufrutos dos bens dos filhos enquanto sob o poder familiar (art. 1.689, CC); prestação de alimentos aos filhos (art. 1.696, CC); direitos sucessórios (art. 1.829, CC); direito real de habitação (art. 1.831 e 1.414, CC); regime de bens (art. 1.639, § 1º).
Art. 1.694, CC. Legitimidade para pedir alimentos.
Art. 1.689, CC. Enquanto os filhos forem menores, os pais são usufrutuários de seu patrimônio. Só podem dispor mediante autorização judicial.
Art. 1.696, CC. Menores em decorrência do poder familiar e maiores em decorrência do parentesco. Em segundo grau, a obrigação alimentar vai até o 2º grau (irmãos).
Art. 1.829, CC. Na qualidade de herdeiro necessário, se for casado, independente do regime, e se não tiver filhos nem pais vivos, o cônjuge é herdeiro necessário, o que faz com o outro cônjuge não possa dispor de todo o seu patrimônio, reservando 50% para seu herdeiro, independentemente do regime de casamento.
Art. 1.790 do CC. União estável.
Art. 1.831, CC. Direito que o cônjuge tem de residir na morada do casal após o falecimento do outro, ainda que não seja herdeiro. Pode inclusive se casar e levar um novo cônjuge ou companheiro para viver na mesma casa (não é extensível ao outro casamento).
Art. 1.639, CC. Rege o patrimônio do casal desde o casamento até a dissolução deste. O casamento sempre se dissolve (morte).
A jurisprudência entende que se houver separação de fato (separação de corpos), o regime de bens deixa de produzir efeitos.
Art. 1.565, CC.
REGIME DE BENS
Obs.: estas normas só se aplicam aos casamentos realizados após a vigência do código de 2002. Aos casamentos realizados antes da vigência do código de 2002, aplicam-se as regras do código de 1916.
Art. 1.639, CC.
O regime de bens é feito através de um pacto antenupcial. Se pactuar qualquer coisa diferente de regime de bens, a clausula será considerada nula, não terá valor jurídico para o direito de família.
O pacto é um acessório que segue o principal. Não havendo casamento, não há pacto.
Dentro do pacto antenupcial é possível escolher um ou mais de um regime de bens
§ 2º Possibilidade de alteração de regime de bens. Somente através de processo consensual (nãopode ser litigioso), mediante autorização judicial.
Art. 977, CC. Há entendimento de que a sentença que modifica o regime de casamento é ex nunc (não retroage).
Art. 2.039, CC.
Art. 2.035, CC. O que se vem entendendo, é que efetivamente quem se casou sobre a vigência do Código Civil de 1916 pode mudar o regime de bens sim, mas nunca poderá dar efeitos ex tunc a esse regime. Poderá retornar apenas à data da entrada em vigor do Código Civil de 2002.
Art. 1.640, CC. Se os cônjuges não fizer um pacto antenupcial escolhendo o regime, o que prevalecerá o regime de comunhão parcial de bens (regime supletivo).
PU. O pacto antenupcial deverá ser feito no cartório por escritura pública que deverá ser levado para o processo de habilitação no registro civil.
Comunhão universal
Todos os bens passa a integrar o patrimônio comum (passados, presentes e futuros).
Comunhão parcial
Só se comunicam os bens adquiridos de forma onerosa durante o casamento.
Comunhão dos aquestos
Separação de bens
10/09/14
REGIME DE BENS
PACTO ANTENUPCIAL – arts. 1640 a 1.653, CC.
“Contrato solene e condicional, por meio do qual os nubentes dispõem sobre o regime de bens que vigorará, após o casamento” – Carlos Roberto Gonçalves
Regime de bens – generalidades – art. 1.642 e ss., CC.
CAPACIDADE – arts. 1.654 e 1.537, CC.
PUBLICIDADE – art. 1.657, CC.
Regime interno
Regime externo
NATUREZA CONTRATUAL – arts. 1.639 a 1.655, CC.
MODIFICAÇÃO DO REGIME
Requisitos:
Pedido formulado por ambos os cônjuges
Autorização judicial
Razões relevantes
Ressalvas dos direitos de terceiros
Sentença judicial
Registro civil de pessoas naturais
Junta comercial
Registro público de pessoas mercantis
Generalidades do regime de bens – art. 1.642 e ss., CC.
Importante dar o registro para efeitos erga omnes.
No CC/16, para separação absoluta, precisa de outorga uxória.
Gravar de ônus real – art. 1.419, CC – é dar o bem em penhora, anticrese e hipoteca
Art. 1.431, CC. Penhor.
Art. 1.473, CC. Objetos de penhor.
Art. 1.506, CC. Anticrese.
Art. 1.647, CC.
II – Se o imóvel é seu, você pode resolver seus problemas sem autorização.
IV – doação remuneratória: dar como forma de pagamento.
Art. 1.646, CC.
Art. 1.642, CC.
Se houver separação de fato, o regime de bens deixa de produzir efeitos.
Art. 1.643, CC.
II – Pode contrair empréstimo para compra de coisas necessárias.
Arts. 1.644 a 1.646, CC.
Art. 1.649, CC. Autenticada com firma reconhecida.
Arts. 1.650 e 1.651, CC.
15/09/14
REGRA GERAL DO REGIME DE BENS
Art. 1647, CC. Gravar de ônus real os bens imóveis (hipoteca, anticrese, ...)
No CC/16 não havia a exigência de prestar aval como outorga uxória.
III – Enunciado: se eu executar o título, o cônjuge que não concordou com o aval, pode em embargos de terceiro requerer a sua exclusão da relação.
Enunciado 114 CJF/CTJ: O aval não pode ser anulado por falta de vênia conjugal, de modo que o inciso III do art. 1647 apenas caracteriza a inoponibilidade do título ao cônjuge que não assentiu.
Apesar do enunciado, ainda há conflito na esfera empresarial. Somente será usado o CC quando as normas que regulam o direito empresarial forem omissas.
Ex.: A é casado com B no regime de comunhão parcial de bens. A avaliza uma nota promissória para C sem a outorga de B. se A for intimado para pagar a nota promissória, B poderá ingressas com embargos de terceiro para excluir seus bens da execução, pois não deu a outorga.
Ação anulatória de ato jurídico. Nota promissória. Aval. Outorga uxória. Ausência. Art. 1647, III, CCB. Nulidade da garantia. Não ocorrência. Ineficácia com relação a esposa do avalista. Proteção da meação. Verossimilhança ausente... aplicação do Enunciado 114, Jornada I do STJ. (TJSC, Ag. De instrumento 2008.043814-8, Rio do Oeste, 2ª C. de Direito Comercial, Rel. Des. Jorge Henrique S. Martins, DJSC 29.09.2009, p. 98)
Apelação cível. Embargos à execução-nota promissória. Aval. Outorga uxória. Art. 1643, III, CC/02. Interpretação. Certeza, liquidez e exigibilidade não descaracterizada. Improcedência dos embargos. Decisão que se mantém. A melhor exegese do disposto no art. 1647, III, do CC/02 é, segundo o que restou assentado na Jornada STJ 114... Estando a cambial revestida de seus requisitos legais, impõe a improcedência dos embargos a execução. (TJMG, Apelação Cível 1.0134.07.084648-7/0011, Caratinga, 11ª C. Cível, Rel. Des. Selma Marques, j. 21.01.2009, DJEMG 13.02.2009)
Em sentido contrário:
Aval. Ausência de outorga uxória. Desconto de valores de conta corrente conjunta por dívida contraída somente pelo marido. Art. 1647, III e 1649 do NCCB. Anulabilidade. Observação de que nos demais contratos, o marido da autora é devedor solidário... (TJSP, Apelação 7024903-5, Acórdão 3173435, São Paulo, 20ª C. de Direito Privado, Rel. Des. Luis Carlos de Barros)
Pl 7.312/2002: Supressão do aval do comendo legal posto que normalmente o aval circula desacompanhado de documento que comprove o estado civil. Projeto arquivado pelo Regimento Interno da Câmara dos Deputados.
Aplicabilidade na codificação de 1916
Aval. Nota promissória vinculada a contrato bancário. Alegação, apenas em sede de apelação, de falta de outorga uxória. Título emitido na vigência do CC/16. Ausência de previsão legal exigindo outorga conjugal para prestação do aval. Art. 235, III, do CC/16 que só prevê a exigência para fiança. Hipótese, ademais, em que não poderia o próprio avalista alegar tal vício. Impossibilidade. Incidência do princípio de que ninguém pode se beneficiar da própria torpeza. Recurso nesta parte improvido (...) (TJSP, Apelação 1068749-3, Acórdão 4037809, Capivari, 23ª C. de Direito Privado. Rel. Des. J. B. Franco de Godói, j. 26.08.2009, DJESP 01.10.2009).
REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL DE BENS
Conceito
“Regime que se caracteriza pela comunicabilidade dos bens adquiridos a título oneroso na constância do matrimônio, por um ou ambos os cônjuges...” – Pablo Stolze Gagliano.
Art. 1.639, CC.
Art. 1.640, CC. Regime supletivo (quando não se escolhe regime).
Lei 6.515/77. Até a edição dessa lei, o regime supletivo é o universal de bens. Após a lei passou a ser o regime parcial de bens.
Art. 1.658, CC. Os bens adquiridos a partir do casamento formam uma massa única. Os bens adquiridos antes do casamento não se comunicam e nem aqueles adquiridos gratuitamente após o casamento.
Art. 1.659, CC. Excluem-se da comunhão os bens adquiridos de forma gratuita.
Se o cônjuge decide vender o bem adquirido de forma gratuita e comprar outro bem com o dinheiro decorrente daquela venda, esse bem não entra na comunhão no montante equivalente à venda do bem.
Casal compra imóvel financiado. As parcelas pagas antes do casamento não se comunicam. Aquelas pagas após o casamento se comunicam.
O cônjuge tem uma égua manga larga adquirida antes do casamento. Após o casamento a égua dá cria. Essa cria faz parte do regime de comunhão parcial de bens.
II, III - Exceção: aprestos é o enxoval que se compra para casar.
IV – ato ilícito pode ser civil ou criminal. Ex.: corrupção. Se o cônjuge se aproveita do dinheiro também entrará na comunhão.
VI – ex.: valor que recebe de proventos do trabalho no taxi.
Obs.: na expressão “provento” devem ser compreendidas todas as modalidades retributivas do trabalho humano, não limitadas às decorrentes de uma relação de emprego (trabalho subordinado), inclusive prestações autônomas de trabalho como, por exemplo, honorários profissionais.
Entende-se que os bens adquiridos com esse salário passam a integrar a comunhão.
A rescisão do contrato de trabalho integra a comunhão – pacifico! Logo, entende-se que o FGTS também integra. (durante o período do casamento)
Obs.: Isso também se aplica à união estável.
VII – mios-soldos = metade do soldo pago pelo Estado a militar reformado. Montepio = renda paga a herdeiro de funcionário falecido tendo fim assistencial ou previdenciário, devida em função de recolhimento a entidade de previdência fechada.
Art. 1.661, CC.
Art. 1.660, CC. Bens que integram a comunhão.Fato eventual: mega sena, jogo do bicho, prêmio do bicho.
Deve haver expressamente na escritura que o bem doado pertence a ambos do casal, senão o bem não se comunica.
V – cria do cavalo. Rendimento da locação de imóvel adquirido antes do casamento (aluguel).
Arts. 1.663 a 1.666, CC.
Art. 1.662, CC. Os bens móveis pertencentes ao casal, presumem-se que é do casal. É preciso fazer prova de que foi adquirido antes do casamento ou de forma gratuita.
17/09/14
REGIME DA COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS
Art. 1.667 e ss., CC.
Conceito
“Regime que se caracteriza pela fusão do patrimônio anterior dos cônjuges bem como pela comunicabilidade dos bens havidos a título gratuito ou oneroso, no curso do casamento, incluindo-se as obrigações assumidas.” – Pablo Stolze Gagliano
No regime de comunhão universal de bens temos apenas uma massa de bens (todos os bens se comunicam), pouco importando de onde adveio o patrimônio (gratuito ou oneroso).
Art. 1.667, CC.
Art. 1.668, CC. Bens que não comportam esta comunhão.
I - Súmula 49, STF.
Obs.: incomunicabilidade pode alienar, mas o contrário não pode.
Sub-rogado – substituído. Também terá a cláusula de incomunicabilidade, pois é acessório do bem principal.
II – Fideicomisso (art. 1.951, CC) – aquele que ainda não nasceu. Fiduciante – quem doa. Fiduciário – quem fica com a posse e administração até ser transmitido ao fideicomissário (aquele que receberá a doação). Ele é apenas o intermediário, podendo ter o animus domini temporário.
III – Aprestos – enxoval do casamento.
IV – Ex.: A casa com B e no pacto antenupcial resolve doar para B um imóvel com clausula de incomunicabilidade.
Art. 1.670, CC. Administração dos bens. arts. 1.663 a 1.666, CC.
Art. 1.671, CC. Extinção da comunhão.
Art. 1.669, CC. A incomunicabilidade de frutos durante o casamento não se aplica. Qualquer fruto oriundo do patrimônio com cláusula de incomunicabilidade se comunica.
REGIME DA SEPARAÇÃO DE BENS
Conceito
“Regime que tem por premissa a incomunicabilidade dos bens dos cônjuges, anteriores e posteriores ao casamento.” – Rodolfo Pamplona Filho
Espécies
Legal ou obrigatória: “regime imposto por lei, que reduz a autonomia privada dos nubentes... tendo por finalidade a proteção dos que, por algum motivo, podem ser ludibriados pelo outro cônjuge, sofrendo severos prejuízos em razão do regime de bens adotado, ou, ainda, prejudicar terceiros em razão do regime.” – Flavio Tartuce
Art. 1.641, CC. Hipóteses.
II – até 2010 era 60 anos.
O que se vem decidindo que esse dispositivo é inconstitucional. Contudo, o STF ainda não julgou a ação de inconstitucionalidade referente ao tema.
Enunciado 125, CJF/STJ da I Jornada de Direito Civil. A norma que torna obrigatório o regime de separação absoluta de bens em razão da idade dos nubentes (qualquer que seja ela) é manifestamente inconstitucional, malferindo o princípio da dignidade da pessoa humana, um dos fundamentos da República, inscrito no pórtico da Carta Marna (art. 1º, inc. II da CF). Isso porque introduz um preconceito quanto às pessoas idosas que, somente, pelo fato de ultrapassarem determinado patamar etário, passam a gozar da presunção absoluta de incapacidade para alguns atos, como contrair matrimônio pelo regime que melhor consultar seus interesses.
Enunciado 261, da II Jornada de Direito Civil. A obrigatoriedade do regime de separação de bens não se aplica a pessoa maior de sessenta anos, quando o casamento for precedido de união estável iniciada antes dessa idade.
III – entre 16 e 18 anos que precisarem interpor ação de suprimento de outorga.
Menores de 16 anos, incluídos nas exceções que também dependem de suprimento de outorga.
Possibilidade de alteração do regime de bens
Enunciado 262, da II Jornada de Direito Civil. A obrigatoriedade da separação de bens, nas hipóteses previstas nos incs. I e III do art. 1641 do CCB, não impede a alteração do regime, desde que superada a causa que impôs.
Na hipótese do inciso II é possível que pela nova lei (12.344/10) as pessoas com idade entre 60 e 69 anos que, na vigência do sistema anterior casaram-se pelo regime da separação obrigatória de bens, alterem hoje o regime imposto?
Há decisão em sentido positivo. A causa que limitava a escolha do regime de casamento não mais existem, logo, é possível modifica-lo. Entretanto, também há decisões em sentido contrário.
Súmula 277, STF (03.04.1964). Modifica o regime de separação legal para comunhão parcial de bens. Diferença: teria que fazer prova do esforço para não haver enriquecimento sem causa.
Obs.: regime de separação legal antes do CC/02.
Há decisões conflitantes. A professora entende que a Súmula não se aplica.
Convencional: decorrente do pacto antenupcial e estabelecido pelos arts. 1.687 e 1.688 do CC.
Art. 1.687, CC. Regra básica.
Art. 1.688, CC. Despesas do casal.
Pode constar no pacto antenupcial que o cônjuge arcará com determinadas contas. Se ele não cumprir, cabe ação de obrigação de fazer.
22/09/14
REGIME DA PARTICIPAÇÃO FINAL NOS AQUESTOS
Art. 1.672 e ss., CC.
Conceito
“... é aquele eminentemente misto porque durante o casamento são aplicadas as regras da separação total, mas que depois da dissolução aplicam-se as regras de comunhão parcial.” – Carlos Roberto Gonçalves
“Regime híbrido com características de separação e de comunhão parcial de bens segundo o qual cada cônjuge possui, durante o casamento, patrimônio próprio e administração exclusiva de seus bens, cabendo-lhe, no entanto, à época da dissolução da sociedade conjugal, direito a meação sobre os bens adquiridos pelo casal.” – Pablo Stolze Gagliano
Art. 1.672, CC. Regra.
Somente se comunicam os bens adquiridos de forma onerosa pelo casal.
Obs.: não pode aplicar a Súmula 377 do STJ.
Art. 1.673, CC. Patrimônio próprio: o que trouxe e o que adquiriu sozinho, seja de forma onerosa ou gratuita.
Obs.: art. 1.647, CC se aplica a este regime (outorga uxória). Exceção: art. 1.656, CC.
PU. Só pode alienar livremente se o bem for móvel, se for bem imóvel depende de outorga uxória.
	COMUNHÃO PARCIAL
	X
	COMUNHÃO DOS AQUESTOS
	Comunicam-se os bens adquiridos de forma onerosa durante o casamento por um ou ambos os cônjuges.
	
	Comunicam-se os bens adquiridos de forma onerosa pelo casal que constituem a meação pertencente a ambos os cônjuges (art. 1.673, CC).
Art. 1.674, CC.
I - Bem anterior ao casamento não entra nos aquestos, nem os bens sub-rogados. Entretanto, é possível ter parte dos bens sub-rogados nos aquestos. Ex.: apartamento comprado por financiamento antes do casamento, contudo o outro colaborou com o pagamento de algumas prestações depois do casamento.
II – bens adquiridos de forma gratuita e os frutos não entram nos aquestos.
III – Ex.: IPTU, condomínio, mesmo que vençam após o casamento, pois a causa da dívida é anterior ao casamento.
PU. 
Art. 1.680, CC. Ainda que não faça parte dos aquestos, para preservar direito de terceiros, os bens móveis, por presunção, são daquele que deve em face de terceiros.
Art. 1.675, CC. Bens doados.
Art. 1.649, CC. 2 anos a partir do momento que houver a dissolução da sociedade conjugal.
Art. 1.647, CC.
Art. 1.656, CC.
Art. 1.676, CC. Bens alienados.
Art. 1.677, CC.
Arts. 1.643 e 1.647, CC.
Art. 1.678, CC. Na prática é um empréstimo.
Art. 1.679, CC. Se não tiver prova em contrário, haverá enriquecimento sem causa.
Art. 1.680, CC.
Art. 1.681, CC. Só é proprietário quem registra.
Art. 1.682, CC. Características: irrenunciável, inacessível e impenhorável.
Art. 1.683, CC. O regime de bens deixa de produzir efeito no momento em que há a separação de fato, mesmo que as partes levem 10 anos para se divorciar, não importando se os cônjuges continuem morando na mesma casa.
Art. 1.684, CC. O cônjuge que ficar com o imóvel pagará aluguel para o outro.
PU.
Art. 1.685, CC. Pela regra geral, metade dos bens que um cônjuge adquiriu de forma onerosa com seu companheiro, será de seus herdeiros.
Art. 1.686, CC. Exceção: se for em proveito comum.
Art. 1.642, CC.
24/09/2014
DOBEM DE FAMÍLIA
Art. 1.712 e ss., CC
Lei 8.009/90
CONCEITO
 “Bem jurídico cuja titularidade se protege em benefício do devedor- por si ou como integrante de um núcleo existencial -, visando à preservação do mínimo patrimonial para uma vida digna.” – Rodolfo Pamplona Filho
DO GARANTISMO CONSTITUCIONAL
O princípio da dignidade da pessoa humana e do direito constitucional à moradia.
Súmula 364, STJ.
O bem não pode ser penhorado, pois prevalece a garantia que a pessoa tem ao bem de família. Isso também se aplica à pessoa solteira.
ESPÉCIES
Uma forma não exclui a outra. Ainda que de forma voluntária eu não institua meu como como bem de família, a Lei 8.009/90 garante esse direito de impenhorabilidade.
Bem de família voluntário
Características
Impenhorabilidade do imóvel residencial com relação a dívidas futuras, excepcionando as relacionadas a imposto e condomínio (art. 1.715, CC). Dívidas anteriores à instituição do bem de família podem ser executadas.
Inalienabilidade do imóvel residencial salvo consentimento expresso dos interessados e de seus representantes legais.
Art. 1.712, CC.
Art. 1.711, CC. A parte pode instituir o bem de família, instituindo automaticamente a impenhorabilidade e inalienabilidade, ou o terceiro pode doar com essa cláusula. 
Art. 1.713, CC.
Constituição do bem de família voluntário
Art. 1.714, CC. Registro de imóvel Limitações: arts. 1.712 c/c 1.713, CC. (1/3)
Art. 1.719, CC. Procedimento judicial. Sub-rogar = substituir.
Art. 1.720, CC. Igualdade entre homem e mulher.
PU. O bem continua sendo bem de família.
Art. 1.721, CC. O encargo permanece.
PU. Pedirá autorização judicial
Art. 1.722, CC. Termina voluntariamente quando os filhos atingirem a maioridade civil.
Extinção do bem de família voluntário
Arts. 1.719, 1.721 e 1.722, CC. Princípio da dignidade da pessoa humana.
Bem de família legal
Se traduz pela impenhorabilidade do imóvel residencial próprio do casal ou da entidade familiar que ficará isento de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de qualquer natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, ressalvadas as hipóteses previstas em lei.
Obs.: não se misturam com as normas que regulam o bem de família voluntário.
Decorre da Lei 8.009/90, cujo fundamento legal é o direito à moradia previsto no art. 6º da CF.
Súmula 364, STJ.
Art. 1º, Lei 8.009/90. Obs.: A lei não fala em 1/3.
O bem de família legal se estende aos bens móveis?
Lei 8.009/90 – vaga de garagem, freezer, maquinas de lavar e secar roupas, teclado musical, computador, televisor, videocassete, ar condicionado, antena parabólica etc.
Há jurisprudência para todo lado.
EXCEÇÕES À IMPENHORABILIDADE
Art. 3º, Lei 8.009/90.
Art. 4º, Lei 8.009/90.
PU. Registrado como bem de família voluntário.
01/10/14
DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL
Art. 1.571 e ss., CC.
BREVES CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS – 4 fases distintas
Indissolubilidade absoluta do vínculo conjugal (CF/1891 e CC/1916)
Na Constituição do Império o casamento era indissolúvel, pois tinha como critério o direito canônico. O CC de 16 também não permitia a dissolubilidade do casamento, apenas o desquite = separação judicial atual (termina com as obrigações decorrentes do casamento mas não rompe o vínculo matrimonial).
A finalidade do Estado sempre foi a preservação da família.
O juiz era obrigado a fazer de ofício um recurso ao Tribunal para este se manifestar acerca da validade da separação.
Dissolubilidade tendo separação judicial como requisito prévio (EC nº 99 de 28/06/77; Lei 6.515/77; Lei 7.841/99)
Com a EC 99/77 criou-se a possibilidade do divórcio.
A Lei 6.515/77 instituiu o divórcio (Lei do Divórcio). O mesmo princípio de se manter a família estava presente na Lei. Para se divorciar, as partes deveriam estar desquitadas (separadas judicialmente) a mais de 5 anos e só podiam se divorciar uma única vez.
Quem já era desquitado, deveria começar a contar o prazo de 5 anos com o início da vigência da lei.
O solteiro que se casasse com o divorciado não poderia se divorciar posteriormente.
A Lei 7.841/99 diminuiu o prazo do desquite de 5 para 2 anos, e tirou o limite de quantidade de divórcios.
Ampliação do divórcio, seja de forma direta ou indireta (art. 226, § 6º, CF; Lei 11.441/07)
No divórcio direto, as pessoas separadas de fato há 2 anos podiam se divorciar diretamente, ou seja, sem o divórcio judicial.
No divórcio indireto, era preciso uma sentença de separação ou liminar de separação de corpos com prazo mínimo de 1 ano.
Chamado de conversão = transformar a separação em divórcio.
Alguns autores consideram que não é válido.
Recentemente, os juízes têm pedido para registrar uma declaração com duas testemunhas e juntar na inicial. Acontece que as pessoas começaram a se separar antes de completar os 2 anos da separação de fato.
No CC/02, o prazo para se divorciar passou a ser de 1 ano.
A Lei 11.441/07 traz a possibilidade de fazer separação, divórcio e inventário de forma administrativa (extrajudicial, no cartório) se não houver filhos menores ou incapazes.
Divórcio como exercício da dignidade da pessoa humana (EC 66/2000)
O divórcio começou a ser estudado a partir dos princípios constitucionais e foi verificado que o prazo para poder se divorciar era inconstitucional, pois ninguém é obrigado a ficar casado com outrem.
Começou a se falar no princípio da dignidade da pessoa humana como fundamento para a dissolução matrimonial.
A EC 66/10 tem por finalidade extinguir do ordenamento jurídico a separação judicial, seja ela consensual ou litigiosa. Essa EC alterou o § 6º do art. 226 da CF.
Alguns doutrinadores (minoria) entendem que a EC não revogou expressamente a separação judicial do ordenamento jurídico, o que não se fala mais é em prazo para o divórcio.
20/10/14
DA INDISSOLUBILIDADE ABSOLUTA DO VÍNCULO CONJUGAL (CF/1891 E CC/1916) AO DIVÓRCIO COMO EXERCÍCIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA (EC 66/2010)
Divórcio
“Medida jurídica, obtida pela iniciativa das partes, em conjunto ou isoladamente, que dissolve integralmente o casamento, atacando, a um só tempo, a sociedade conjugal e o vínculo nupcial” - Cristiano Chaves de Faria
A separação termina com direitos e deveres oriundos do casamento, mas o vínculo permanece.
	
	
	Extrajudicial
	
	(sempre consensual - Lei nº 11.441/07)
	Divórcio
	
	
	
	
	
	
	Judicial
	
	Consensual
	
	
	
	
	Litigioso
No processo extrajudicial, não terá nada na esfera de processo e procedimento. Mas tem que estar assistido por advogado. Quem faz é o tabelião.
Requisitos: não pode ter filhos ou herdeiros menores ou incapazes, por necessitar da presença do MP como custos legis.
Sendo consensual, tanto faz que seja extrajudicial ou judicial, os cônjuges têm que respeitar as cláusulas do CPC (arts. 1.120 a 1.124).
	Entre os cônjuges:
	alimentos;
nome (se continua com o sobrenome de casado);
partilha de bens (não é obrigatória, pode apenas indicar que há bens que serão parlados posteriormente - Ação de Inventário).
	
	Se houver filhos:
	guarda;
visita (convivência);
pensão.
Tem que haver acordo sobre todos os itens, senão não pode ser de forma consensual. Se for d forma litigiosa, a questão dos filhos será discutida em processo próprio.
O divórcio litigioso é indefensável, não há argumentos. Não tem prazos, não se discute culpa. Basta a vontade e a iniciativa das partes.
A parte é citada para se manifestar e o juiz marca uma audiência para tentar fazer o divórcio consensual. Se não conseguir, ele irá decretar o divórcio.
	
	
	Consensual (art. 1.574)
	Separação Judicial
	
	
	
	
	Litigiosa (art. 1.572)
Consensual:
Procedimento - art. 1.120 a 1.124 do CC; art. 34, §§ 1º, 3º e 4º, Lei 6.515/77.
Eficácia jurídica - sentença homologatória (art. 34, § 2º, Lei 6.515/77).
Restabelecimento da sociedade conjugal - art. 46, Lei 6.515/77, art. 101.
Para quem entende que a separação foi extinta, todos os dispositivos legaisestariam revogados.
Art. 1.574, CC. (+ de 1 ano - revogado)
Modalidades: 1) Sanção (art. 1.572 e 1.573, CC); 2) Falência (art. 1.572, § 1º); 3) Remédio (art. 1.573, § 2º).
Segundo a doutrina, essas modalidades estariam em desuso.
Se a afetividade faz surgir a família, a falta de afeto serve para desfazer essa família (art. 226, § 6º, CF).
Art. 1.572, CC.
Art. 1.573, CC.
22/10/14
UNIÃO ESTÁVEL
Art. 1.723 e ss., CC
É a entidade familiar formada por duas pessoas com vida em comum “more uxório”, por período que revele estabilidade e vocação de permanência, com sinais claros, induvidosos de vida familiar, e com o uso em comum do patrimônio.
Atualmente é um instituto reconhecido constitucionalmente.
BREVE EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Lei 8.971/97: re	conhece entre pessoas solteiras, viúvas, casadas e desquitadas. Exige convivência de 5 anos ou prole. Reconheceu direito a alimentos, sucessórios usufruto.
Lei 9.278/96
CCB: atualmente é o que regula a união estável.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
Art. 1.723, CC. Conceito. (homem e mulher - entende-se que está revogado, pois aceita-se casamento entre pessoas do mesmo sexo. Contudo, não foi revogado expressamente. O STF entende que o art. 226 da CF é inclusivo, ou seja, toda e qualquer forma de união afetiva forma uma família).
Estabilidade;
Continuidade de relação
Publicidade;
Objetivo de constituir família.
Na união estável as pessoas vivem como se casadas fossem.
O quarto elemento que diferencia união estável de “namoro”.
DISPOSITIVOS REGULADORES DO INSTITUTO
Art. 1.723, CC. Conceito.
§ 1º Mesmos impedimentos do casamento. Existem alguns julgados que entendem que se a pessoa já for casada, não pode viver em união estável com outra pessoa, pois configura a mesma relação.
§ 2º causas suspensivas não se aplicam à união estável.
Art. 1.724, CC. Direitos e deveres dos conviventes.
Não fala de vida em comum no domicílio conjugal que é uma das exigências do casamento.
Art. 1.725, CC. Regime de bens.
Não tem pacto antenupcial. Escolhe o regime de bens na escritura de reconhecimento da união estável.
Art. 1.726, CC. Conversão em casamento.
Pode requerer em juízo ou no cartório de registro civil. O casamento é dali para frente (ex nunc). Ocorre o processo de habilitação como no casamento.
Art. 1.727, CC. Concubinato impuro = relações paralelas ao casamento que não são união estável.
Triação ou poliamorismo = 2 casados + 1 paralelo.
EFEITOS DECORRENTES DO COMPANHEIRISMO
Art. 1.724, CC. Deveres recíprocos.
Arts. 54, § 2º e 57, § 3º da Lei 6.015/73. Direito ao sobrenome do companheiro.
Tem que interpor uma ação de alteração de registro civil para usar o sobrenome do companheiro.
Art. 1.595, CC. Estabelecimento do vínculo de parentesco por afinidade.
Art. 1.618, PU, CC. Adoção por companheiros.
Exercício da curatela pelo companheiro na interdição e na ausência.
Art. 1.790, CC. Sucessão. O companheiro não é herdeiro necessário. Só herda em algumas situações específicas os bens adquiridos de forma onerosa pelo casal durante a união estável, e concorre com os outros herdeiros.
CONTRATO DE CONVIVÊNCIA NA UNIÃO ESTÁVEL
O afeto que marca a família é natural e não é provocado pelo Direito. Assim, o legislador não cria a família, como o jardineiro não cria a primavera. Soberano não é o legislador, soberana é a vida!
27/10/14
CONCUBINATO
Art. 1.727, CC. Qualquer pessoa.
As relações concubinárias refletem direitos.
O direito deve reconhecer e proteger a relação mantida com o cônjuge e o amante? A este reconhecimento/proteção será aplicada as normas de direito de família?
Depende do tipo de relacionamento.
O STF entende que o concubinato com características de união estável deve ser reconhecido e tratado nas normas de direito de família. Quando não houver as características o concubinato deverá ser tratado no campo das obrigações como sociedade de fato.
Ex.: casal que compra imóvel junto.
UNIÃO ESTÁVEL E PUTATIVIDADE
“Desconhecendo a deslealdade do parceiro casado, instaura-se uma nítida situação de união estável putativa...” - Rolf Madaleno, Curso de Direito de Família, Rio de Janeiro: Forense, 2008. p. 819.
“...não é possível a configuração de união estável concomitante, sendo incabível sua equiparação ao casamento putativo...” - Resp. 789.293/RJ, rel. Min. Carlos Alberto Menezes de Direito, julgado em 16/02/2006, 3ª Turma.
CONCUBINATO E ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA
Resp. 303.603: reconhecimento de direito da concubina ser indenizada por serviços domésticos prestados durante a relação.
7ª Câm. Cív. RGS: possibilidade de indenização pela vida em comum face ao dever de solidariedade e o afastamento do enriquecimento sem causa à custa da entrega de um dos parceiros...
Resp. 674176: decisão sobre a possibilidade de divisão de pensão entre a viúva e a concubina do falecido.
29/10/14
03/11/14
RECONHECIMENTO DA FILIAÇÃO
Art. 1.607 e ss., CC; art. 27, Lei n. 8.069/90; Lei n. 8.560/92
TIPOS:
Voluntário
Art. 1.607, CC.
Art. 1.608, CC.
Art. 1.609, CC. Irrevogável, personalíssimo e imprescritível. A investigação (questionamento) pode ocorrer a qualquer tempo.
Obs.: a paternidade socioafetiva não será anulada, ainda que o sujeito tenha sido enganado.
III - tendo em vista o melhor interesse dos filhos (testamento).
Art. 1.610, CC. Cláusula de reconhecimento de filiação não é revogada.
PU. Pode reconhecer o nascituro através de escritura pública. Havendo o nascimento com vida, passa a ser o pai. Pode haver também o reconhecimento post mortem - pai reconhece pelo testamento ou filho morreu e pai quer reconhecer. Nesse caso, somente se tiver descendentes, tendo em vista a herança.
Art. 1.612, CC. Sempre o melhor interesse que vai preponderar.
O filho reconhecido de uma pessoa casada só pode morar com o pai se o cônjuge (madrasta) concordar - princípio do melhor interesse.
Art. 1.613, CC. Não pode ter condição ou termo.
Art. 1.614, CC. O prazo para contestar é decadencial. Contudo, a jurisprudência vem entendendo que esse prazo não se aplica. Pode contestar a qualquer momento.
Entende-se também que o filho pode contestar a paternidade, tendo em vista a afetividade.
Ex.: sujeito que foi morar nos EUA e não queria deixar herança para o pai, pois não tinha nenhum vínculo com ele.
Art. 1.615, CC. Ex.: avós.
Art. 1.616, CC. Princípio do melhor interesse.
Art. 1.617, CC. Efeitos decorrentes do casamento.
Forçado
Lei n. 8.560/92.
LEGITIMAÇÃO
Ativa: o investigante (art. 1.606, CC) ou o Ministério Público (Lei n. 8.560/92).
Ex.: com o nascimento, a mãe vai ao cartório para registrar o filho. O tabelião questionará sobre o nome do suposto pai, que será notificado. Se ele recusar a paternidade, o MP, como substituto processual, ingressará com uma ação judicial para reconhecimento de paternidade.
Passiva: art. 1.615, CC. Interesse moral.
COMPETÊNCIA
Regra: art. 94, CPC. Domicílio do investigado.
Exceção: art. 100, II, CPC. Domicílio do alimentando.
Nessa hipótese, a sentença que fixar alimentos retroagirá à data da citação.
Se o investigado já tiver falecido, poderá ser cumulado com petição de herança (deverá oficiar ao juiz cível para que o quinhão seja reservado). A competência será do lugar onde está tramitando o inventário.
PODER FAMILIAR
Art. 1.630 e ss., CC.
Só se a filiação for reconhecida.
Hoje é exercido no interesse do filho e não do pai, para fazer cumprir o melhor interesse da criança ou do adolescente.
05/11/14
DA GUARDA
Arts. 1.583 e ss., CC.
Com a Constituição Federal de 1988, foi promulgado o art. 227 que recepcionou a teoria da proteção integral que decorre de um acordo internacional para deferir às crianças e aos adolescentes seus direitos fundamentais. O que regula o art. 227 é o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Sempre que o assunto se tratar de criança ou adolescente, deve-se observar o seu melhor interesse.
Ex.: guarda.
0 aos 12 anos incompletos: criança.
12 aos 18 anos incompletos: adolescente.
18 aos 21 anos incompletos: menor adulto.
Essa divisão é importanteporque temos direitos e garantias diferentes para cada um.
Ex.: não se aplica medida socioeducativa à criança que pratica ato infracional, e sim medida de proteção.
A partir dos 12 anos, pode ter medida de proteção ou medida socioeducativa, ou as 2 hipóteses.
O menor pode ficar internado pelo prazo de até 3 anos.
Ex.: internou com 17 anos, fica até os 21 anos.
Se tiver qualquer processo envolvendo o adolescente (12-18 anos), este deverá, obrigatoriamente, ser ouvido em juízo. Já a criança (0-12 anos) pode ser ouvida ou não.
Direito à convivência familiar - direito dos pais e da criança - dano moral.
Os avós também têm direito a regular visita.
MODALIDADES
Unilateral (arts. 1.583, § 1º e 1.584, I e II, CC)
A criança fica com um dos genitores e o outro visita. Atualmente não é a regra geral.
Art. 1.583, § 1º, 1ª parte, CC.
§ 2º Os fatores estão ligados ao melhor interesse.
§ 3º A visita também erve para ver se a criança está sendo bem cuidada.
Alternada (doutrina)
Diferente de guarda compartilhada.
É quando a criança passa períodos com o pai e períodos com a mãe.
Ex.: 2 meses com um, 2 meses com outro.
Enquanto a criança está com o pai, a mãe visita e paga pensão. Quanto está com a mãe, quem visita e paga pensão é o pai.
Nidação ou aninhamento (doutrina)
Segue o mesmo procedimento da guarda alternada, mas quem muda não é criança e sim os pais.
Compartilhada ou conjunta (Lei n. 11.698/08)
O legislador diz que essa guarda deve ser a regra.
Significa compartilhar obrigações.
O genitor que não tem a guarda física, não deve só visitar, deverá também conviver com o menor. Tem visita livre, paga pensão e compartilha obrigações e decisões na vida da criança.
Se o outro não cumprir, a lei diz que poderá ter o seu direito de visita restringido.
Art. 1.583, § 1º, 2ª parte, CC.
Art. 1.584, CC.
§ 3º Laudos técnicos.
§ 4º Penalização.
§ 5º Colocação da criança em família substitutiva.
Art. 1.585, CC. Guarda em separação de corpos. Observará o melhor interesse da criança.
Art. 1.586, CC. Observará o melhor interesse da criança.
Art. 1.588, CC. A relação é de filiação e parentesco.
A guarda dos alimentos só faz coisa julgada processual e não material. Poder ser modificada a qualquer momento. Já a guarda da criança deverá atender ao melhor interesse desta. Deverá observar se os direitos são tratados convenientemente. Se o outro genitor concordar, poderá trocar a guarda.
Art. 1.589, CC. Ressalva: a visita é fixada pelo juiz, não é de 15 em 15 dias.
PU. Avós também têm o direito de visita.
Art. 1.590, CC.
A Lei n. 11.318/10 prevê a figura da alienação parental. É uma doença (Síndrome de Alienação Parental - SAP) causada pela necessidade de denegrir a dignidade do outro genitor para cortar laços do filho com ele.
12/11/4
DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR
“Relação afetiva e duradoura no ambiente comum, entre as pessoas que compõem o grupo familiar. Não é limitada apenas entre os pais e filhos, mas também à convivência com avós e outros parentes com os quais, especialmente a criança e o adolescente, mantém vínculo de afinidade e afeto.” - Paulo Lobo
REGRAS DO DECORRENTE PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA CONVIVÊNCIA FAMILIAR
Regra Geral: toda criança e todo jovem têm o direito de ser criado no seio de sua família.
Exceção: não sendo possível permanecer com a família natural, ser-lhes-á dada família substituta na forma da lei. Este procedimento, todavia, só ocorrerá após o acompanhamento técnico-jurídico opinar pela total impossibilidade da família biológica permanecer com o filho menor.
COLOCAÇÃO EM FAMÍLIA SUSTITUTA
Família substituta: medida de excepcionalidade que somente poderá ser aplicada quando os direitos fundamentais da criança ou do adolescente for ameaçado ou violado. Ressaltando-se que, independentemente da família ser natural ou substituta, os filhos terão sempre os mesmos direitos (art. 20, ECA), como prevê o art. 227, § 6º da CF.
Art. 28, ECA. Quem regula a colocação em família substituta é o ECA.
Se tiver em situação irregular, a competência é da Vara da Infância e da Juventude; em situação regular a competência é da Vara de Família.
Modalidades:
Guarda
Pode ter pai ou mãe exercendo o poder familiar, mas a guarda está com terceiro.
Tutela
Adoção
Tutela e adoção consiste na transferência do poder familiar. Nesse caso, outra pessoa não pode ter a tutela ou fazer a adoção.
Obs.: a tutela extingue-se com a maioridade civil, pois extingue-se o poder familiar.
DA GUARDA
Art. 33, ECA.
Instituto de excepcionalidade que tem como finalidade regular a posse de fato.
Espécies:
Comum: qualquer pessoa se torna guardião (art. 33, ECA).
Especial: diretor do abrigo (art. 34, ECA).
Art. 34, § 1º, ECA. Acolhimento familiar - ao invés de ser abrigada, a criança ou o adolescente é encaminhada para uma família (devidamente cadastrada) que a acolhe até ser adotada ou voltar para os pais.
Pode ser deferida:
Liminar ou incidentalmente - tutela ou adoção.
Provisoriamente - disputa entre pai e mãe pela guarda.
Definitivamente - fim do processo de guarda.
Direitos que confere (art. 33, ECA):
Assistência material;
Assistência moral;
Assistência educacional;
Opor-se a terceiros, inclusive aos pais;
Para o menor, condição de dependente para todos os fins de direito.
Revogação: a qualquer tempo mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Ministério Público.
TUTELA
“Representação legal de um menor, relativa ou absolutamente incapaz, cujos pais tenham sido declarados ausentes, falecido ou hajam decaído do poder familiar.”
Formas de tutela (art. 1.728, CC)
Testamentária (art. 1.729, CC) - pais, por testamento, nomeia quem será o tutor dos filhos após o falecimento. Obs.: duas pessoas não podem testar juntas (conjuntivo).
Legítima (art. 1.731, CC) - decorre da lei.
Dativa (art. 1.732, CC) - não está nas hipóteses acima.
Não há ordem, prevalece o melhor interesse da criança.
Ex.: Cássia Eller.
Tutoria:
Art. 1.735, CC. Incapacidade para o exercício da tutela.
Art. 1.736, CC. Da escusa da tutela.
Obs.: tutela ≠ curatela. 1) criança ou adolescente; 2) maiores considerados incapazes.
Exercício da tutela:
Atos sem controle judicial
Art. 1.740, CC. I - Se o menor tiver patrimônio, os alimentos podem ser feitos às expensas do menor. III - maior de 12 anos (adolescente) tem que ser ouvido.
Art. 1.747, CC.
Atos dependentes de controle judicial
Art. 1.748, CC. Depende de autorização do juiz.
PU. Ratificar.
Art. 1.749, CC.
Responsabilidade na tutela
Art. 1.744, CC. Responsabilidade do juiz.
Art. 1.752, CC. Responsabilidade do tutor.
§ 1º Protutor (fiscal da tutela).
Bens do tutelado:
Dos bens em geral: arts. 1.745, 1.746 e 1.753, CC.
Da prestação de contas: arts. 1.757, 1.760, 1.761 e 1.762, CC.
Cessação da tutela:
Art. 1.763, CC.
Maioridade ou emancipação do menor;
Reconhecimento;
Adoção.
Art. 1.764, CC.
Quando expirar o termo;
No caso de escusa;
Na hipótese de remoção.
Obs.: o exercício da tutela tem prazo de 2 anos, podendo, todavia, ser prorrogado por prazo indeterminado (art. 1.766, CC).
17/11/14
ADOÇÃO
CONCEITO
“Ato jurídico solene pelo qual alguém estabelece, irrevogável e independentemente de qualquer relação de parentesco consanguíneo ou afim, um vínculo fictício, trazendo para sua família, na condição de filho, pessoa que geralmente lhe é estranha.” - Sílvio Rodrigues.
Quem deseja adotar, precisa procurar a Vara da Infância e da Juventude para fazer a habilitação.
Art. 50, ECA. Para fazer parte do cadastro, tem que estar devidamente habilitado. A certidão de habilitação tem prazo máximo de 2 anos. A adoção é intuito personae.
A competência para o processo de adoção é do domicílio dos requerentes. Exceção: adoção internacional. Nesse caso, o estrangeiro tem que vir morar no Brasil durante o processo. Ele não tem a guarda provisória.
Obs.: se o adotado for maior de 18 anos, o processo correrá na Vara de Família.
A competência da guarda é do local onde a criança se encontra. Ex.:Manaus.
REQUISITOS
Idade mínima do adotante: 18 anos - arts. 40 e 42, ECA.
Diferença mínima de idade entre adotante e adotado: 16 anos - art. 42, § 3º, ECA.
Consentimento do adotado ou de seu representante legal - se o adotado for maior de 12 anos, comparecerá em juízo para dizer se concorda com a adoção - art. 45, ECA.
Intervenção judicial na sua criação - depende de processo, não imporá a idade do adotado.
Irrevogabilidade - não pode devolver, mas pode ter o poder familiar destituído - art. 38, ECA.
Estágio de convivência a ser fixado pelo juiz - guarda provisória ou liminar - art. 46, ECA.
Acordo sobre a guarda e regime de visitas se a adoção se der entre divorciados ou separados judicialmente que pretendem adotar conjuntamente uma pessoa - art. 42, § 4º, ECA.
Prestação de contas da administração e pagamento dos débitos por tutor ou curador que pretenda adotar pupilo ou curatelado.
Comprovação de estabilidade familiar se a adoção se der por conviventes - pessoas que vivam em união estável têm que comprovar a estabilidade familiar.
Art. 47, ECA. A estabilidade social passa a surtir efeito a partir da sentença.
A certidão de nascimento anterior a adoção é cancelada e expede-se uma nova certidão. A certidão de nascimento não pode fazer referência à adoção.
O processo de adoção fica guardado. Se a “criança” quiser consultar posteriormente, ela terá acesso a esse documento.
Art. 42, § 6º, ECA. Exceção ao trânsito em julgado. Melhor interesse. Procedimento prossegue com a pessoa morta. Os efeitos retroagem ao falecimento.
EFEITOS PESSOAIS
Art. 41, ECA.
Estabelecimento de vínculo legal de paternidade e filiação civil, sem distinção de direitos e deveres resultantes de parentesco natural, com exceção dos impedimentos matrimoniais.
Transferência do poder familiar para o adotante.
Modificação do nome patronímico do adotado.
Promoção de interdição do adotante feita pelo adotado ou vice-versa.
Inclusão do adotante ou adotado no rol das pessoas que não podem testemunhar e daqueles em relação às quais o juiz tem impedimentos.
Determinação do domicílio do adotado menor de idade.
EFEITOS PATRIMONIAIS
Direito do adotante à administração e ao usufruto dos bens do adotado menor.
Dever do adotante de sustentar o adotado enquanto durar o poder familiar.
Obrigação recíproca de prestação de alimentos entre adotado e seus pais adotivos.
Direito à indenização dos filhos adotivos por acidente de trabalho.
Responsabilidade civil do adotante pelos atos do adotado menor de idade.
Direitos sucessórios recíprocos.
Enfim, todos os direitos e deveres decorrentes da paternidade.
19/11/14
ALIMENTOS
Arts. 1.694 a 1.710, CC e Lei n. 5.478/68
CONCEITO
“Por alimentos entende-se tudo o que é indispensável ao sustento, habitação e vestuário. Os alimentos compreendem também a educação do alimentando no caso de ser este menor” - art. 2003, Código Português
REQUISITOS
Art. 1.695, CC. Necessidade X Possibilidade.
Ninguém pode pagar mais de 60% do que ganha de alimentos. Não tem mínimo estabelecido em lei.
LEGITIMIDADE
Art. 1.694, CC.
Parentesco - arts. 1.696 e 1.698, CC.
Quando se propõe ação de alimentos contra os avós, essa ação é solidária (todos respondem). Não é possível escolher contra qual dos avós irá propor a ação.
Se entrar somente contra um, este avô pode fazer o chamamento à lide.
Só pode entrar contra os avós após esgotar todos os meios contra os pais.
Contudo, o idoso quando intenta uma ação contra seu descendente, pode escolher contra qual deles irá entrar (só pode escolher se for idoso).
Até os 18 anos, a obrigação de pagar alimentos decorre do poder familiar. Depois dos 18 anos decorre em relação ao parentesco.
Ação de exoneração de alimentos - onde se comprova que o alimentando não necessita mais de alimentos. Isso não significa que se no futuro, se vier a necessitar, não possa mais entrar com a ação.
Casamento - arts. 1.566, III e 1.702, CC.
Alimentos civis ou côngruos - art. 1.704, CC.
Alimentos necessários - art. 1.704, PU, CC.
União estável - art. 1.724, CC e Leis n. 8.971/84 e 9.278/96.
Alimentos transitórios - fixados por período determinado. Ao terminar o prazo, automaticamente o outro está exonerado de pagar os alimentos.
A separação não rompe o vínculo, o divórcio sim.
CARACTERÍSTICAS
Impenhorabilidade - o valor que recebe a nível de alimentos não pode ser penhorado. Art. 1.707, CC
Imprescritibilidade - o direito de interpor a ação é imprescritível. O que prescreve é o direito de cobrar alimentos já fixados - art. 1.707, CC.
Inacessibilidade - não pode ceder o direito a alimentos para outros - art. 1.707, CC.
Irrenunciabilidade - abre mão temporariamente de exercer o direito - art. 1.707, CC. Jurisprudência: alimentos para cônjuges e companheiros podem ser renunciados. Menor não pode renunciar.
Impossibilidade de restituição - alimentos pagos não são restituídos. Ex.: faz DNA e descobre que não é filho. Jurisprudência: no caso de má-fé, alimentos pagos devem ser restituídos.
Incompensabilidade - se pagar a mais não pode compensar depois - art. 1.707, CC.
Impossibilidade de transação.
Variabilidade - art. 1699, CC.
Periodicidade - os alimentos devem ser pagos mês a mês.
Divisibilidade - é uma obrigação divisível, solidária - Art. 1698, CC
TIPOS
Provisórios (art. 4º, Lei n. 5.478/68) - finalidade de manter o alimentando até o final da lide.
Provisionais (art. 1.706, CC e 852, CPC) - mesma finalidade, mas são fixados em sede de medida cautelar. 30 dias para interpor a medida principal sob pena de decair o direito.
Definitivos (art. 1.694, §§ 1º e 2º, CC) - fixados na sentença, que podem ser modificados a qualquer momento de acordo com as necessidades de quem está pedindo e as possibilidades de quem irá pagar. Ex.: sujeito que perde todos os seus bens no jogo (culpa).
24/11/14
FORMA ESPECIAL DE ALIMENTOS
Alimentos gravídicos - Lei n. 11.804/08.
O direito à vida do nascituro engloba ele ser alimentado.
Os alimentos gravídicos são pagos à gestante.
Essa ação possui rito próprio (especial).
Art. 1º O espírito da lei é garantir os alimentos do nascituro e não à gestante.
A legitimidade ativa, enquanto nascituro, é da mãe em nome do bebê (substituto processual).
Art. 2º Retroagem à concepção pois é para dar direito à vida ao nascituro.
	Pertinente = necessidade + possibilidade.
PU. A obrigação de sustentar o nascituro é do pai e da mãe.
Art. 6º Despacho (tutela antecipada ou curatela provisória).
PU. Convertem ex officio.
Ação Revisional.
Cabe ação de investigação de paternidade se houver dúvida, contudo, continua pagando os alimentos até o trânsito em julgado.
Art. 7º Logo após marca a AIJ.
Art. 11. Ação de alimentos e CC.
Curatela - arts. 1.767 e ss., CC.
“Encargo público, cometido por lei, a alguém para reger e defender a pessoa e administrar os bens de maiores, que por si só, não estão em condições de fazê-lo, em razão de enfermidade ou deficiência mental” - Maria Helena Diniz
Maior incapaz ação de interdição.
Legitimidade ativa - art. 1.768, CC.
Legitimidade passiva - art. 1.767, CC.
Art. 1.767, CC. Quem pode ser interditado.
Deficiência mental = deficiência absoluta (não tem condições de reger os atos da vida civil).
Ex.: esquizofrenia, toque, síndrome do pânico, depressão em estado grave.
Art. 1.782, CC. Pródigo.
Art. 1.768, CC.
II - Companheiro também.
Art. 1.769, CC.
Art. 1.770, CC.
Art. 1.771, CC. Perícia.
Art. 1.773, CC. O recurso tem apenas efeito devolutivo.
Art. 1.774, CC.
Art. 1.775, CC.
Art. 1.776, CC.
Art. 1.777, CC.
Art. 1.778, CC.
Art. 1.779, CC
Art. 1780, CC.
Art. 1781, CC.
Art. 1.782, CC.
Art. 1.783, CC.
	
	44

Outros materiais