Buscar

AULA 01 2016- PSICOLOGIA JURÍDICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Aula 01. Introdução ao campo da psicologia jurídica
 “Contextos de atuação do psicólogo judiciário - Atribuições e competências deste profissional. Equipe Interprofissional”.
Leitura Básica
LAGO, V. M. et al. Um breve histórico da Psicologia Jurídica no Brasil. Estudos de Psicologia (Campinas). Vol26, no. 24, pp483-491.2009
Estatuto da Criança e do Adolescente (Brasil, 1990) - A Vara da Infância e Juventude (equipe interprofissional – juiz, promotor, escreventes e serviços técnicos (abordar os artigos 150 e 151 relativos às atribuições da equipe técnica e à livre manifestação destes profissionais).
Vídeo CRP SP – Entre o direito e a Lei: uma história da Psicologia Jurídica em São Paulo – Disponível em http:// WWW.crpsp.org.br/portal/comunicação/juridica/juridica.html
PORQUE ESTUDAR PSICOLOGIA JURÍDICA?
Atualmente a Psicologia Jurídica no Brasil – é uma das especialidades emergentes da Psicologia.
Infelizmente – embora tenhamos muitos psicólogos atuando na área – poucos pesquisam e apresentam na comunidade científica – seus trabalhos e forma de atuação.
Conceitualmente – a Psicologia Jurídica corresponde a toda aplicação do saber psicológico às questões relacionadas ao saber e à prática do Direito.
Psicologia Forense e/ou Psicologia Judiciária estão inseridas dentro da denominação mais correta – “Psicologia Jurídica” – por ser um termo mais abrangente a completo.
“JURÍDICA” – torna-se mais correta porque corresponde aquela área que se refere aos procedimentos ocorridos nos tribunais, bem como aqueles que são fruto da decisão judicial ou ainda aqueles que são de interesse do jurídico ou do Direito.
A PSICOLOGIA JURÍDICA COMO ESPECIALIDADE DA PSICOLOGIA
A Psicologia Jurídica é uma especialidade da Psicologia e por essa razão – o estudo desenvolvido nesta área deve possuir uma perspectiva psicológica.
O objeto de estudo da Psicologia Jurídica são os comportamentos complexos que ocorrem ou podem vir a ocorrer em consequência de um processo judicial/conflito com a lei.
O objeto de estudo da Psicologia Jurídica deve transcender a subjetividade e abordar as consequências das ações jurídicas sobre o sujeito.
Foucault (1974) afirma que tanto as práticas jurídicas quanto as judiciárias são as mais importantes na determinação da subjetividade, pois por meio delas é possível estabelecer formas de relações entre os sujeitos. Tais práticas, submissas ao Estado, passam a interferir e a determinar as relações humanas e, consequentemente, determinar a subjetividade dos indivíduos.
PSICOLOGIA JURÍDICA E SUA DEFINIÇÃO – CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA - RESOLUÇÃO CFP 13/07
IV - Psicólogo especialista em Psicologia Jurídica 
Atua no âmbito da Justiça, colaborando no planejamento e execução de políticas de cidadania, direitos humanos e prevenção da violência, centrando sua atuação na orientação do dado psicológico repassado não só para os juristas como também aos indivíduos que carecem de tal intervenção, para possibilitar a avaliação das características de personalidade e fornecer subsídios ao processo judicial, além de contribuir para a formulação, revisão e interpretação das leis: Avalia as condições intelectuais e emocionais de crianças, adolescentes e adultos em conexão com processos jurídicos, seja por deficiência mental e insanidade, testamentos contestados, aceitação em lares adotivos, posse e guarda de crianças, aplicando métodos e técnicas psicológicas e/ou de psicometria, para determinar a responsabilidade legal por atos criminosos; atua como perito judicial nas varas cíveis, criminais, Justiça do Trabalho, da família, da criança e do adolescente, elaborando laudos, pareceres e perícias, para serem anexados aos processos, a fim de realizar atendimento e orientação a crianças, adolescentes, detentos e seus familiares ; orienta a administração e os colegiados do sistema penitenciário sob o ponto de vista psicológico, usando métodos e técnicas adequados, para estabelecer tarefas educativas e profissionais que os internos possam exercer nos estabelecimentos penais; realiza atendimento psicológico a indivíduos que buscam a Vara de Família, fazendo diagnósticos e usando terapêuticas próprias, para organizar e resolver questões levantadas; participa de audiência, prestando informações, para esclarecer aspectos técnicos em psicologia a leigos ou leitores do trabalho pericial psicológico; atua em pesquisas e programas sócio-educativos e de prevenção à violência, construindo ou adaptando instrumentos de investigação psicológica, para atender às necessidades de crianças e adolescentes em situação de risco, abandonados ou infratores; elabora petições sempre que solicitar alguma providência ou haja necessidade de comunicar-se com o juiz durante a execução de perícias, para serem juntadas aos processos; realiza avaliação das características das personalidade, através de triagem psicológica, avaliação de periculosidade e outros exames psicológicos no sistema penitenciário, para os casos de pedidos de benefícios, tais como transferência para estabelecimento semi-aberto, livramento condicional e/ou outros semelhantes. Assessora a administração penal na formulação de políticas penais e no treinamento de pessoal para aplicá-las. Realiza pesquisa visando à construção e ampliação do conhecimento psicológico aplicado ao campo do direito. Realiza orientação psicológica a casais antes da entrada nupcial da petição, assim como das audiências de conciliação. Realiza atendimento a crianças envolvidas em situações que chegam às instituições de direito, visando à preservação de sua saúde mental. Auxilia juizados na avaliação e assistência psicológica de menores e seus familiares, bem como assessorá-los no encaminhamento a terapia psicológicas quando necessário. Presta atendimento e orientação a detentos e seus familiares visando à preservação da saúde. Acompanha detentos em liberdade condicional, na internação em hospital penitenciário, bem como atuar no apoio psicológico à sua família. Desenvolve estudos e pesquisas na área criminal, constituindo ou adaptando oS instrumentos de investigação psicológica.
A PSICOLOGIA JURÍDICA NO BRASIL
Não há marco histórico para isso
Inserção gradual e lenta – por meio de trabalhos voluntários no Poder Judiciário.
Área criminal – estudo de adolescentes infratores e adultos criminosos.
Psicodiagnóstico + Aplicação de testes = possibilidade de compreender o comportamento criminoso e dar visibilidade aos comportamentos futuros – classificação e controle do indivíduo.
Assim – em um primeiro momento – a função do psicólogo era fornecer um parecer técnico que fundamentasse as decisões do Sistema Judiciário.
Vale ressaltar que as perícias são pontuais, apresentam limitações e precisam ser contextualizadas – do contrário, este resultado se estenderá a todo o sujeito e essa marca determinará sua existência.
Além de avaliações – o psicólogo jurídico pode atuar fazendo orientações e acompanhamentos, contribuir para políticas públicas preventivas, estudar os efeitos jurídicos sobre a subjetividade do sujeito...entre outros.
Entrada oficial de Psicólogos do Poder Judiciário deu-se em 1985 – quando ocorreu o primeiro concurso público para admissão destes profissionais no TJ/SP
PRINCIPAIS CAMPOS DE ATUAÇÃO
1. Direito de Família: separação litigiosa – disputa de guarda – Alienação Parental e Regulamentação de Visitas
2. Direito da Criança e do Adolescente: Adoção/Acolhimento – Destituição do Poder Familiar – Adolescentes e atos infracionais
3. Direito Civil: Dano Psíquico/Indenizações – Interdição
4. Direito Penal: Periculosidade – Revisão de Penas.
5. Direito do Trabalho: Acidentes do Trabalho/Indenizações
6. Vitimologia – Psicologia do Testemunho.
O PSICÓLOGO E AS EQUIPES INTERDISCIPLINARES
Lei 8069/1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente afirma, de forma incisiva, a necessidade da presença do psicólogo para lidar com as questões específicas da área – seja no que diz respeito à proteção ou na questão do adolescente em conflito com a lei.
Art. 150 ECA..
“Cabe ao PoderJudiciário, na elaboração de sua proposta orçamentária, prever recursos para a manutenção de equipe interprofissional, destinada à assessorar a Justiça da Infância e da Juventude”
Art. 151 ECA..
“Compete a equipe interprofissional, dentre outras atribuições que lhe forem reservadas pela legislação local, fornecer subsídios por escrito, mediante laudos, ou verbalmente, na audiência, e bem assim, desenvolver trabalhos de aconselhamento, orientação, encaminhamento, prevenção e outros, tudo sob imediata subordinação à autoridade judiciária, assegurada a livre manifestação do ponto de vista técnico”.
O trabalho em equipe interprofissional é um dos principais dispositivos para implantação de uma postura de assistência e orientação humanizada. Essas equipes atuam em sintonia e colaboração, para formar uma compreensão integral e compartilhada dos sujeitos em conflito com a lei, do perfil e dinâmica de suas famílias. Seu funcionamento facilita o compartilhamento de informações, respeito às diferenças, melhores oportunidades para planejamento dos serviços, maior eficiência na resolução dos problemas, aumento na motivação e no sentimento de confiança – além de adesão às decisões e sentenças do judiciário.
	Diferentes especialidades complementam-se de forma articulada. O trabalho interprofissional – realizado por profissionais de diferentes saberes – mas que tem em comum, interesses e áreas de atuação afim. Todo este trabalho deve ser conduzido dentro de uma ética possível – preservando sempre a ética profissional que compete a cada especialidade.
Para que o trabalho interprofissional aconteça – há a necessidade de comunicação, de troca de saberes e de transferência de conceitos de uma especialidade para outra.
Existem alguns aspectos que podem ser facilitadores deste processo:
Compartilhamento de saberes entre os profissionais – pois um saber complementa o outro em suas ações
Possibilidade de construção de uma compreensão ampliada – que só existe a partir da aproximação de pontos de vista que se complementam
Autonomia
Horizontalidade
Diálogo entre os profissionais
Integração
Equipe Multiprofissional – Diferentes profissionais que trabalham dentro da sua especificidade de forma complementar – sem permuta de saberes ou práticas.
Equipe Interprofissional – Diferentes profissionais que trabalham juntos – mantendo suas atuações específicas – com troca de informações dentro da área de interseção – o que permite a construção de novos saberes.

Outros materiais