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03/02/2016 1 Aula 4 Estimar a produção futura de produtos acabados ou o consumo de materiais é fundamental para a gestão dos estoques. Saber antecipadamente qual é a tendência de consumo dos clientes permite planejar de maneira mais adequada o uso dos recursos. Prever a demanda possibilita: Estabelecer um ponto de partida para o planejamento; Estabelecer muitas outras metas além das metas de vendas; Estabelecer um demanda com precisão compatível com o custo para sua obtenção. (Lembre-se. Informação custa caro!) As principais técnicas de previsão são: Projeção: admite que a demanda futura será uma repetição do consumo do passado ou que a demanda evoluirá de acordo com a evolução passada. Explicação: uso da correlação e da regressão para prever a demanda com base nas explicações obtidas pela análise das vendas e de outras variáveis que tenham influenciado no seu comportamento. Predileção: com base na experiência e conhecimento dos colaboradores sobre fatores que influem no mercado e na evolução das vendas. Fatores que geralmente podem afetar o comportamento do consumo: Sazonalidade Ciclo de vida do produto (introdução, maturidade e declínio no mercado) Questões políticas e econômicas Alteração no comportamento do consumidor Inovação técnica (o produto está ficando obsoleto?) Alterações na produção Política de preços (preço da empresa e preço dos concorrentes) Como o consumo pode ser apurado: De acordo com as vendas: a produção é programada conforme os pedidos são confirmados. (produtos customizados ou muito especializados) Uso de métodos estatísticos: apura-se os valores de consumo (períodos anteriores, produção para estoques). Estatística descritiva Inferência Estatística 03/02/2016 2 O sistema de PCP é uma área de decisões da manufatura, cujo objetivo corresponde tanto ao planejamento como ao controle dos recursos do processo produtivo a fim de gerar bens e serviços. [...] O PCP também é um sistema de transformação de informações, vendas previstas, linha de produtos, modo de produzir, capacidade produtiva. O PCP tem como incumbência transformar estas informações em ordens de fabricação”. (Martins e Laugeni, 2006) O PCP deve informar corretamente a situação dos recursos e das ordens, tanto de compras como de fabricação. O PCP é um sistema de informações que apoia a tomada de decisões táticas e operacionais, disponibilizando informações sobre: O que produzir e comprar Quanto produzir e comprar Quando produzir e comprar Com quais recursos produzir. As decisões do PCP afetam a produtividade e assim o desempenho da empresa, percebido pelo cliente. Sua decisões envolvem: Planejamento e controle; Definição do horizonte de planejamento; Responder: o que, quando, quanto e o com o que... Definir o ambiente de manufatura: MTS; MTO; ATO; ETO Operar o sistema de PCP. O ambiente de fabricação para estoques envolve: Produtos padronizados; Programação da produção com base em previsão de demanda (vendas); Rapidez na entrega dos produtos; Geração de altos níveis de estoque. O ambiente de montagem sob encomenda envolve: A programação da produção é realizada de acordo com os componentes e/ou subconjuntos a serem montados; Empresas montam os subconjuntos; Produto final é configurado pelo cliente; Empresa estoca subconjuntos; O produto final é montado de acordo com a solicitação do cliente. 03/02/2016 3 O ambiente de fabricação sob encomenda envolve: Produto final segue especificação do cliente; Matéria-prima e componentes críticos devem ser adquiridos e estocados; Longos prazos de entrega. O ambiente de engenharia sob encomenda envolve: Projeto, produção e montagem final são decisões dos clientes; Adoção de técnicas específicas de redes (CPM e/ou PERT); Verificação da capacidade instalada para atender ao cliente; Não há a formação de estoques. Previsão de demanda; Planejamento da produção; Programação da produção; Controle da produção; Gestão dos estoques. Cite três benefícios de se adotar o PPCP em uma linha de produção. Sistema – é um conjunto de elementos inter-relacionados com objetivos em comum (Inputs – Process – Outputs) Sistema de produção – têm como objetivo a fabricação de bens manufaturados, a prestação de serviços ou o fornecimento de informações Desempenho – grau no qual um sistema atinge seus objetivos Eficácia – medida de quão próximo se chegou do objetivo; atingir o objetivo. Eficiência – relação entre input e output; fazer mais com menos (custos) 03/02/2016 4 O Material Resourcing Planning (MRP) – Planejamento das necessidades de materiais surgiu da necessidade de se planejar o atendimento da demanda dependente (componentes e peças. Ex.: pneus), a qual decorre da demanda independente (demanda de mercado. Ex.: veículos). Trata-se, portanto, do detalhamento dos produtos em níveis mais específicos. Isto permite definir a bill of materials (BOM), ou seja, a lista de materiais. A lista de materiais constitui a espinha dorsal do MRP-I. Para facilitar o uso da lista o MRP-I foi transformado em software, o qual processa todos os dados, verificando se há disponibilidade nos estoques e, quando for o caso, emite uma lista de materiais faltantes. O Manufacturing Resource Planning (MRP-II) – Planejamento dos recursos de manufatura – gera as necessidades de compras (ordens de compras), tanto para itens de terceiros com os de fabricação própria, assim com a respectiva ordem de produção, para isto ele considera: O plano mestre; Os estoques de materiais; Os estoques de componentes dependentes; A lista de materiais; As restrições de mão-de-obra; A disponibilidade de máquinas e equipamentos; O lead time. Este software evoluiu e atualmente é chamado de ERP (Enterprise Resource Planning) – Planejamento dos recursos materiais. Esta denominação é dada quando o software atende aos requisitos do MRP-II integrando-o ao demais sistemas da empresa (Comercial, Financeiro, Contabilidade, etc.). Elementos de um MRP que devem estar presentes em um ERP: Lista de materiais (BOM) Controle de estoques Plano mestre de produção Compras O JiT foi desenvolvido pela Toyota para combater o desperdício. A filosofia é a de que estoques custam dinheiro, ocupam espaço, necessitam de transporte interno, geram paradas intermediárias, retrabalho e ao final do processo ainda existem os refugos. Adotar JIT leva a menores níveis de estoques, com redução nos custos e melhoria na qualidade. Atualmente a visão gerencial adota o JIT com o objetivo de colocar o componente certo, no lugar certo e na hora certa, além de possibilitar a eliminação do desperdício. Principais componentes: Programa mestre de produção; Kanbam; Redução nos tempos de preparação; Colaboradores multifuncionais; Estoque zero; Parceria com fornecedores. 03/02/2016 5 Alguns benefícios: Giro dos estoques em torno de 50 a 100 vezes por ano. Qualidade final do produto é superior. Redução de custos estimada entre 15 a 30%. Leva a adoção do Kaisen (melhoria contínua). O Optimized Production Tecnology (OPT) tem foco no resultado da empresa. A ideia central é que os indicadores operacionais reflitam diretamente nos indicadores financeiros. Assim, se a taxa de produção aumentar, permanecendo constantes o inventário e os custos operacionais, ocorrerá elevação no lucro líquido, no ROI e no Fluxo de caixa.Principais indicadores utilizados: Lucro líquido Retorno sobre o investimento Fluxo de caixa Taxa de produção: produção e vendas se juntam para obter o resultado ótimo Inventário (custos de aquisição): considera somente os gastos na aquisição de bens para venda futura. Não considera: mão-de- obra; custos indiretos; despesas administrativas. Custos operacionais: custos para converter o inventário, incluindo: mão-de-obra direta e indireta, eletricidade... OPT foca nos gargalos e busca a melhoria contínua (Kaisen) dos gargalos, poupando esforço nos postos não gargalo. OPT e MRP podem ser utilizados simultaneamente, simplificando o MPR. Gargalos afetam o desempenho global e são tratados da seguinte forma: 1. Identifique o gargalo 2. Descubra como explorar ao máximo o gargalo 3. Todas as decisões devem estar subordinadas as decisões anteriores (exploração dos gargalos) 4. Maximize o gargalo para que um nível mais alto de desempenho possa ser obtido 5. Se o gargalo for eliminado, volte para a etapa 1. Desenvolve-se planos para sincronizar volumes agregados de produção com a demanda de mercado. O MPS é utilizado para compatibilizar suprimento e demanda, evitando oscilações no atendimento, gargalos itinerantes, horas extras em períodos de ociosidade... O MPS coordena a demanda do mercado com os recursos internos da empresa, de forma a programar taxas adequadas de produção de produtos finais.” (Correia, 2011) 03/02/2016 6 Quando bem gerenciado o MPS colabora com a melhora do processo de promessa aos clientes, melhora a gestão de estoques, melhora o uso da capacidade produtiva e aumenta a integração entre as funções, o que melhora, portanto, a tomada de decisões. Desta maneira, o MPS é uma declaração do que a empresa espera manufaturar, programando antecipadamente a produção, tomando-se uma série de decisões que dirigem o MRP, expressando o que, quanto e quando a empresa pretende produzir, considerando a demanda, a disponibilidade de recursos e os objetivos da empresa. Balancear é nivelar, com relação a tempos, uma linha de produção ou montagem, dando a mesma carga de trabalho às pessoas ou máquinas. Balancear melhora o desempenho dos processos e simplifica a gestão da linha. A técnica de balanceamento a ser utilizada depende do tipo de linha de produção. Assim, balancear é ajustar a linha de produção às necessidade da demanda. Método de programação e controle que permite subordinar o sistema a restrição. Tambor É a programação detalhada da restrição com os itens a serem produzidos, suas quantidades, horários de início e término. A demanda é o ponto de partida para o tambor. Determina o ritmo. Recursos não restrição seguem o ritmo da restrição e não precisam serem programados. Pulmão Antes da produção em si, cria-se uma “reserva” para proteger o tambor. É medido em unidade de tempo e não em quantidade de itens. Corda Assegura que a quantidade produzida seja exatamente a programada, de acordo com a restrição. Just-in-Time pode/deve ser utilizado em qualquer linha de produção. E quanto ao Balanceamento de linha. Argumente. 03/02/2016 7 As questões foram elaboradas utilizando-se: Web-aula, Tele aula, Aula atividade e os capítulos do livro, sobre os assuntos abordados em sala. CORRÊA, Henrique L.; CORRÊA, Carlos A.. Administração de produção e operações. Manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2010. CORRÊA, Henrique Luiz.; GIANESI, Irineu Gustavo Nogueira, CAON, Mauro. Planejamento, programação e controle da produção: conceitos, uso e implantação: base para SAP, Oracle applications e outros softwares integrados de gestão. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2011. MARTINS, Petrônio Garcia; LAUGENI, Fernando P.. Administração da produção. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2006. OLIVEIRA, U. R. Administração da Produção. SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert.. Administração da produção. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
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