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Fontes do Direito Penal PDF

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Centro Universitário Estácio do Ceará MONITORA: Crísley Estrela. 
E-mail: estaciomonitoriapenal1@gmail.com DISCIPLINA: Penal I 
_______________________________________________________________________________________
MONITORA: Crísley Estrela. DISCIPLINA: Penal I 
E-mail: estaciomonitoriapenal1@gmail.com 
 
 
 
 
# FONTES DO DIREITO PENAL (CLEBER MASSON) 
 
A) MATERIAIS/SUBSTANCIAIS/DE PRODUÇÃO: É quem faz a norma/ quem a 
produz!! No caso do Direito Penal é o Estado sendo representado pela União, de acordo 
com a previsão constitucional, nos termos do art. 22, I, CF: 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, 
espacial e do trabalho; 
Exceção: Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar 
sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo porém, somente em 
questões específicas de interesse local. 
 
 
B) FORMAIS/COGNITIVAS/DE CONHECIMENTO: É onde encontro a norma! 
Consiste no modo de revelação do Direito Penal. 
Subdivide-se em: 
 Fonte formal imediata: é a lei (somente a lei cria crimes e comina sanções) 
 Fontes formais mediatas ou secundárias: são os costumes, os princípios gerais 
do Direito e os atos administrativos. 
Observação: Lembrando que a CF não cria crimes, apenas “manda” ou prevê a 
regulamentação! 
 
FONTES DO DIREITO PENAL 
 
Centro Universitário Estácio do Ceará MONITORA: Crísley Estrela. 
E-mail: estaciomonitoriapenal1@gmail.com DISCIPLINA: Penal I 
_______________________________________________________________________________________
MONITORA: Crísley Estrela. DISCIPLINA: Penal I 
E-mail: estaciomonitoriapenal1@gmail.com 
1. Doutrina – não tem força cogente (obrigatória). Por mais abalizada e respeitada que seja, e na 
verdade em um estudo científico, e não se reveste de obrigatoriedade. 
 
2. Jurisprudência – entendimento sedimentado dos Tribunais (orientações). 
Regra: não tem vinculação obrigatória, salvo em se tratando de Súmula Vinculante no (art. 103-A, 
da Constituição Federal). 
3. Tratados Internacionais – CF, art. 5º, § 3º (status de norma constitucional) e §2º (norma 
infraconstitucional supralegal). Ainda que deles o Brasil seja signatário, precisam obedecer a 
procedimento complexo para ingressarem no ordenamento jurídico. Só depois de cumpridas as 
fases perante os Poderes Legislativo e Executivo e que terão força de lei ordinária ou de emenda 
constitucional, dependendo da matéria que seja seu objeto e de seu quorum de aprovação (CF, art. 
5°, § 3°). 
 
4. A analogia não é fonte formal do Direito Penal, mas método pelo qual se aplica a fonte 
imediata (LEI) ao caso semelhante, por isso só pode ser aplicada in bonam partem. 
 
5. Costumes: São regras de comportamento praticada de modo geral, uniforme e constante pela 
convicção da sua obrigatoriedade. Possuem dois elementos: Objetivo e Subjetivo. 
Objetivo, relativo ao fato (reiteração da conduta); 
Subjetivo, inerente ao agente (convicção da obrigatoriedade). 
 
Obs.: O costume não se confunde com o hábito. O hábito, ainda que praticado reiteradamente, 
não impõe ao agente a convicção da sua obrigatoriedade. Dirigir ao volante apenas com uma das 
mãos pode ser um hábito de diversos motoristas, mas jamais um costume. Ninguém, certamente, 
reputa tal conduta como obrigatória. 
 
Ex. “jogo do bicho” (prática costumeira, art. 58 da LCP-Dec.lei 3688/41). 
 
Centro Universitário Estácio do Ceará MONITORA: Crísley Estrela. 
E-mail: estaciomonitoriapenal1@gmail.com DISCIPLINA: Penal I 
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MONITORA: Crísley Estrela. DISCIPLINA: Penal I 
E-mail: estaciomonitoriapenal1@gmail.com 
ATENÇÃO: 
- O costume não revoga a lei, serve para integrá-la. 
- O costume não cria crimes (princípio da reserva legal). 
- Finalidade: interpretação de normas penais (é possível o uso de costumes secundum legis). 
Ex: repouso noturno, art. 155, §1º, CP. 
 
# CLASSIFICAÇÃO DO COSTUMES: 
A) Secundum legem ou interpretativo: Auxilia o intérprete a esclarecer o conteúdo de elementos 
ou circunstancias do tipo penal. No passado, pode ser lembrada a expressão “mulher honesta”, a 
qual era compreendida de diversas formas ao longo do território nacional. Ex.: ato obsceno. 
 
B) contra legem ou negativo: Contraria a lei, mas não tem o condão de revogá-la. É o caso da 
contravenção penal de jogo do bicho, definida pelo art. 58 do Decreto-lei 3.688/1941. É um 
costume contra a lei, mas sem o poder de revogá-la. Como já decidido pelo Superior Tribunal de 
Justiça: Não há a possibilidade de absolvição do réu em razão de costume contra legem”. Mesmo 
que a lei pareça estar em desuso, o sistema jurídico brasileiro não admite devido ao princípio da 
supremacia da lei escrita (fonte principal do direito), então a obrigatoriedade da lei só termina com 
sua revogação por outra lei. Em outros termos, significa que não pode ter existência jurídica o 
costume contra legem. 
 
C) praeter legem ou integrativo: “Além da lei”. É aplicável em normas penais não incriminadoras 
(causas supralegais de exclusão da ilicitude ou da culpabilidade). Supre a lacuna da lei e somente 
pode ser utilizado na seara das normas penais não incriminadoras, notadamente para possibilitar o 
surgimento de causas supralegais de exclusão da ilicitude ou da culpabilidade. 
Ex: furar a orelha/circuncisão.

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