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Prévia do material em texto

Reitor
Luciano Schuch
Vice-Reitora
Martha Bohrer Adaime
Pró-Reitor de Extensão
Flavi Ferreira Lisbôa Filho
Pró-Reitora de Extensão Substituta Coordenadoria 
de Articulação e Fomento à Extensão
Jaciele Carine Vidor Sell
Subdivisão de Apoio a Projetos de Extensão
Alice Moro Neocatto
Taís Drehmer Stein
Bianca Spode Beltrame
Giséli Duarte Bastos
Subdivisão de Divulgação e Editoração
Giana Tondolo Bonilla
Revisão Textual
Catharina Viegas
Projeto Gráfico
Beatriz Aguiar
Larissa Ferreira
Diagramação
Graciane Lorenzi
EXPEDIENTE
CONSELHO EDITORIAL
Profa. Adriana dos Santos Marmori Lima
Universidade do Estado da Bahia - UNEB
Profa. Olgamir Amancia Ferreira
Universidade de Brasília - UnB
Profa. Lucilene Maria de Sousa
Universidade Federal de Goiás - UFG
Prof. José Pereira da Silva
Universidade Estadual da Paraíba - UEPB
Profa. Maria Santana Ferreira dos Santos Milhomem
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Prof. Olney Vieira da Motta
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - UENF
Prof. Leonardo José Steil
Universidade Federal do ABC - UFABC
Profa. Simone Cristina Castanho Sabaini de Melo
Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP
Profa. Tatiana Ribeiro Velloso
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB
Prof. Odair França de Carvalho
Universidade de Pernambuco - UPE
APRESENTAÇÃO
Em um mundo repleto de sons, o processo de audição é crucial 
para nossa comunicação, aprendizado e interação com o am-
biente ao nosso redor. No entanto, para muitos, esse processo 
não é tão simples quanto parece. Dentro desse contexto, surge 
a necessidade de compreendermos mais profundamente o 
Processamento Auditivo Central (PAC) e os desafios associados 
a ele, como o Transtorno do Processamento Auditivo Central 
(TPAC). Neste material você irá encontrar informações sobre 
a audição e sobre o processamento auditivo central. Tem-se 
o intuito de informar o leitor sobre como ouvimos e interpre-
tamos os sons, e sobre as alterações que podem existir nesse 
sistema, e o que fazer quando houver alteração. Dessa forma, 
oferece uma visão acessível do PAC e do TPAC, buscando 
educar e capacitar os leitores a entender melhor esses te-
mas complexos, explorando as nuances do processo auditivo 
central e as manifestações do TPAC, visando promover uma 
maior conscientização sobre os temas. Este é um convite para 
explorar os mistérios do som e encontrar maneiras de tornar 
o mundo auditivo mais acessível e acolhedor para todos. 
SUMÁRIO
1. AUDIÇÃO: COMO OUVIMOS? ............................................................7
2. O QUE É PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL?.............10
3. COMO OCORRE O DESENVOLVIMENTO DO PAC? .............12
4. QUAIS SÃO AS HABILIDADES AUDITIVAS 
NECESSÁRIAS PARA UM ADEQUADO 
DESEMPENHO AUDITIVO? ....................................................................17
5. O QUE É TRANSTORNO DO PROCESSAMENTO 
AUDITIVO CENTRAL (TPAC)? ...........................................................19
6. COMO OCORRE A AVALIAÇÃO DO PAC? .............................21
7. TENHO ALTERAÇÃO NA AVALIAÇÃO DO PAC: 
COMO POSSO TRATAR? ......................................................................23
8. NUNCA FIZ AVALIAÇÃO, MAS TENHO QUEIXAS: COMO 
EU POSSO SABER SE TENHO ALTERAÇÃO 
NO PAC? ........................................................................................................25
8.1 TRIAGEM EM CRIANÇAS ....................................................................25
8.2 TRIAGEM EM ADULTOS .....................................................................27
8.3 COMO POSSO ESTIMULAR AS HABILIDADES AUDITIVAS, 
COGNITIVAS E DE LINGUAGEM EM CASA?........................................28
9. QUEM PROCURAR? .............................................................................31
REFERÊNCIAS ............................................................................................32
SOBRE OS AUTORES ..............................................................................36
7
1 AUDIÇÃO: COMO OUVIMOS?
A onda sonora inicialmente passa pela orelha externa, com-
posta pelo pavilhão auricular e pelo meato acústico externo, 
até atingir a membrana timpânica. Essa membrana está ligada 
à cadeia tímpano-ossicular, composta pelos três ossículos – 
martelo, bigorna e estribo. Esses, conduzem a vibração para 
a orelha interna (Figura 1) (Boéchat, 2015).
A orelha interna é formada pelo labirinto ósseo, preenchi-
do por perilinfa, e pelo labirinto membranoso, preenchido por 
endolinfa. A cóclea encontra-se na orelha interna e é o órgão 
responsável pela função auditiva (Boéchat, 2015). Quando a 
vibração alcança esses fluídos, o Órgão de Corti e as células 
ciliadas atuam como transdutores de sinais mecânicos em 
sinais elétricos. Esses sinais são então transmitidos em forma 
Fonte: elaborada por Mozaik Education.
Figura 1 – Sistema Auditivo
8
de impulsos nervosos para porções centrais da via auditiva 
(Boéchat, 2015). De modo geral, a onda sonora que é captada 
pela orelha externa, que conduz o som até o meato acústico 
externo e transmitida para a membrana timpânica, respon-
sável pelo movimento do sistema tímpano-ossicular. O siste-
ma tímpano-ossicular transmite a energia mecânica para as 
células da cóclea, as quais são responsáveis por transformar 
essa energia em impulso bioelétrico, sendo este estímulo en-
viado, por meio do nervo auditivo, até as regiões centrais do 
córtex auditivo, local em que a mensagem será interpretada. 
Observe a Figura 2, na qual a orelha está dividida em orelha 
externa, média e interna. O som, por sua vez, é conduzido por 
toda via auditiva.
Tendo em vista a complexidade da via auditiva, destaca-se 
a importância das diversas estruturas responsáveis pelo pro-
cessamento do sinal acústico, que, para isso, necessitam de 
habilidades específicas relacionadas à detecção, à localização, 
à discriminação, ao reconhecimento, à compreensão de fala 
em ambientes acusticamente desfavoráveis ou com o men-
sagem distorcida, à discriminação dos padões de frequência 
Fonte: Clínica Clarice Abreu, 2021.
Figura 2 – Orelha externa, média e interna
9
e duração e às pequenas variações no tempo para discrimi-
nar estímulos auditivos (Pereira; Frota, 2015). Essas habilida-
des são de suma importância para o desempenho auditivo e, 
quando defasadas, ocasionam diversas queixas relacionadas 
à percepção de fala, afetando aspectos cognitivos, emocionais, 
sociais e a qualidade de vida (Alanazi, 2023).
10
2 O QUE É PROCESSAMENTO 
AUDITIVO CENTRAL?
O Processamento Auditivo Central (PAC) refere-se à inter-
pretação dos estímulos sonoros a nível central, os quais são 
inicialmente captados pelo sistema auditivo periférico (Asha, 
2005). Essa envolve respostas subjetivas e representa a habi-
lidade do indivíduo ou do seu Sistema Nervoso Central (SNC) 
em utilizar as informações auditivas recebidas para compre-
ensão (Alanazi, 2023; Aristidou; Hohman, 2023). Sendo assim, 
é o que o nosso cérebro faz com o que ouvimos, indo além 
da capacidade de detectar o estímulo sonoro.
Para um desempenho adequado, o Sistema Nervoso Au-
ditivo Central (SNAC) depende de um conjunto de capacida-
des auditivas que permitem a compreensão adequada, como 
a integridade das estruturas do sistema auditivo periférico e 
central (Aristidou; Hohman, 2023). As capacidades referem-
-se aos mecanismos fisiológicos e processos gnósicos. Tais 
mecanismos serão explicados a seguir. 
Fisiologicamente, o indivíduo precisa de uma discriminação 
da direção da fonte sonora, do intervalo entre estímulos, dos 
sons em sequência, do reconhecimento de sons fisicamen-
te distorcidos recebidos em uma orelha por vez e recebidos 
em ambas, bem como a identificação de sons verbais e não 
verbais com ambas as orelhas (Gallun, 2021; Frota; Pereira; 
Colella-Santos, 2022).
11
Os processos gnósicos referem-se ao processo de com-
preensão e interpretação das informações que recebemos 
através dos sentidos, como visão, audição, tato, entre outros(Frota; Pereira; Colella-Santos, 2022). É o modo como o cére-
bro processa e entende essas informações para formar nossa 
percepção e conhecimento do mundo ao nosso redor.
 Um exemplo prático seria: o sujeito está caminhando em 
uma rua movimentada e é chamado por outra pessoa. Assim, 
precisa localizar de onde está vindo a fonte sonora, para o 
direcionamento da cabeça. Posteriormente, necessita com-
preender o que a pessoa está falando para conseguir manter 
a conversação. Para isso, durante a fala, torna-se necessário 
prestar atenção, realizando a discriminação entre os fone-
mas relacionados à frequência (por exemplo, para diferença 
de “faca” e “vaca”), à duração (se o som é curto ou longo, por 
exemplo, na diferença entre sessenta e setenta), aos intervalos 
entre estímulos (para saber o momento que um fonema/som 
termina e inicia outro) e ao preterimento do ruído de fundo e 
compreensão da mensagem pelo contexto da frase (Figura 3). 
Portanto, para uma adequada compreensão, torna-se ne-
cessária a integridade das habilidades auditivas, somadas a 
um adequado processo atencional, de memória e linguagem 
(Alanazi, 2023; Aristidou; Hohman, 2023). 
Fonte: domínio público.
Figura 3 – Atenção auditiva
12
3 COMO OCORRE O DESENVOLVIMENTO 
DO PAC?
As habilidades auditivas começam a se desenvolver nos pri-
meiros meses de vida. Todo o processo de maturação do sis-
tema auditivo e de processamento auditivo ocorre por conta 
da neuroplasticidade do sistema. O nosso cérebro desenvolve 
novas conexões a partir das experiências que vamos tendo 
ao longo da vida, sendo capazes de responder a estímulos 
cada vez mais complexos (Boéchat, 2015; Frota; Pereira; Co-
lella-Santos, 2022; Teixeira, 2022; Isaac; Frizzo; Oliveira, 2021). 
Aos seis meses, os bebês alcançam a primeira habilidade 
auditiva, que é a capacidade de localizar sons. Essa habilida-
de continua a se desenvolver à medida que a criança cresce, 
aperfeiçoando-se (Teixeira, 2022). Na Figura 4, torna-se possível 
observar esse desenvolvimento auditivo conforme o decorrer 
dos dois primeiros anos de vida.
13
Durante a infância, o Processamento Auditivo Central 
(PAC) desempenha um papel fundamental no desenvolvimen-
to da linguagem e no progresso acadêmico, assim como nos 
processos de atenção e comunicação. É comum, por exemplo, 
que crianças com problemas na fala apresentem dificuldades 
no PAC, resultando no Transtorno do Processamento Auditivo 
Central (TPAC) (Aristidou; Hohman, 2023). Isso acontece por-
que, quando a compreensão do som não ocorre de maneira 
adequada, sua expressão verbal também pode ser afetada, 
impactando significativamente nos aspectos relatados.
 Na Figura 5, torna-se possível observar o desenvolvimento 
auditivo, fator esse que também está estritamente relacionado 
com o desenvolvimento da linguagem. Ou seja, quando há 
alteração no desempenho do processamento sonoro nesse 
grande período de neuroplasticidade e desenvolvimento, po-
dem ocorrer alterações na aquisição da linguagem (Boéchat, 
2015; Teixeira; Griz; Advíncula et al., 2015). 
Fonte: (NORTHEN; DOWNS, 1991).
Figura 4 – Desenvolvimento das habilidades auditivas 
nos primeiros anos de vida
14
Já na Figura 6, observamos o desenvolvimento da lingua-
gem, que é em conjunto ao desenvolvimento auditivo, pois é 
a partir das experiências sonoras que será produzida a comu-
nicação oral.
Fonte: elaborado pelo Conselho Regional de Fonoaudiologia – CRFa 6ª Região.
Figura 5 – Desenvolvimento auditivo da criança
Figura 6 – Desenvolvimento de linguagem da criança
Fonte: elaborado pelo Conselho Regional de Fonoaudiologia – CRFa 6ª Região.
15
Tendo em vista que os primeiros anos são de extrema im-
portância para o desenvolvimento global, a identificação e o 
monitoramento do desempenho auditivo-linguístico da crian-
ça deve ser observado, tanto pelos responsáveis quanto pela 
escola, já que, por meio dele, torna-se possível a realização 
de uma intervenção precoce no período de maior neuroplas-
ticidade (Hestvik; Morlet; Nagao, et al., 2023). 
Por volta dos 12 ou 13 anos, as habilidades auditivas se 
consolidam e devem permanecer intactas até o início do 
processo de envelhecimento (Teixeira, 2022). Dessa forma, o 
processamento auditivo central acompanha todas as etapas 
da vida, desde a infância até a velhice, sendo crucial em cada 
uma delas.
O TPAC também pode surgir na idade adulta, muitas ve-
zes resultando em anos de desconforto antes do diagnós-
tico. Assim como na criança e no adolescente, Transtornos 
do Processamento Auditivo Central (TPAC) no adulto podem 
apresentar inúmeros fatores desencadeadores e coexistir com 
dificuldades de aprendizagem, assim como alterações linguís-
ticas, comportamentais e cognitivas, levando à deficiência 
de comunicação, com restrições na vida pessoal, acadêmica, 
social e emocional (Heine; Slone, 2019). 
Nos idosos, a prevalência do TPAC eleva-se significati-
vamente com o envelhecimento, devido à degeneração que 
pode ocorrer na via auditiva central. Além disso, é observado 
que o declínio das funções cognitivas relacionadas à idade, 
tais como memória de trabalho, atenção seletiva e velocidade 
de processamento da informação, tem um importante efei-
to na compreensão de fala (Rocha-Muniz; Zalcman; Alonso; 
et al., 2023). Essas dificuldades causam uma série de efeitos 
negativos na qualidade de vida, pois não provocam apenas 
16
uma dificuldade em ouvir, mas também em compreender o 
que está sendo dito. Além disso, pode levar ao afastamento 
do ambiente familiar e social e gerar ou agravar quadros de 
isolamento ou depressão.
Além desses impactos, a privação sensorial, dentre elas 
a auditiva, pode estar relacionada a processos demenciais 
pela relação do processamento auditivo central com funções 
associativas cerebrais (Moore, 2018; Kim, G.; Kim, HyangHee; 
Kim, Hee Jin et al. 2022).
Partindo disso, torna-se necessário, independente da fai-
xa etária, mensurar o desempenho auditivo dos sujeitos a fim 
diagnosticar, iniciar o processo de reabilitação e minimizar os 
possíveis prejuízos. 
Tanto o adolescente, o adulto e o idoso vão ter as queixas 
típicas: “ouço, mas não entendo”, “perco a atenção em ambien-
tes com muitas pessoas conversando”, “minha memória está 
ruim”. Porém, nas crianças essas queixas não são autorrelata-
das com facilidade, manifestando-se no seu comportamento 
e desempenho. Assim, o TPAC precisa ser investigado me-
diante sinais clínicos na audiometria ou quando houver algo 
relacionado ao transtorno de linguagem, prejuízos acadêmicos, 
sociais, memória e atenção.
17
De acordo com a literatura consultada, pode-se sintetizar as 
habilidades auditivas na Tabela 1:
Habilidade auditiva Explicação
Detecção do som
Localização
Atenção
Atenção seletiva
Fechamento auditivo
Síntese ou integração 
binaural
Separação binaural
Reconhecimento auditivo
Discriminação
Identificar a presença do som
Determinar a localização 
da fonte sonora
Habilidade de focar em um estímulo 
durante um período
Monitorar um estímulo auditivo significativo, 
mesmo que a atenção primária esteja 
voltada à outra modalidade sensorial ou que 
exista a presença de um ruído de fundo
Reconhecer o sinal acústico quando partes 
dele são omitidas
Reconhecer estímulos apresentados 
simultaneamente ou alternadamente em 
ambas as orelhas
Capacidade de um ouvinte em processar a 
mensagem auditiva que entra por uma 
orelha, enquanto ignora uma mensagem 
distinta, apresentada simultaneamente à outra
Identificar corretamente um estímulo 
sensorial por meio de conhecimento 
previamente adquirido
Detectar diferenças entre os padrões 
de estímulo sonoro (frequência, intensidade, 
duração – sons da fala)
Tabela 1 – Habilidades auditivas e sua função
Fonte: (CFFa, 2020).
4
QUAIS SÃO AS HABILIDADES AUDITIVAS 
NECESSÁRIAS PARA UM ADEQUADO 
DESEMPENHO AUDITIVO?
18
Desse modo, sabe-se que um processamento auditivo 
adequado depende de outros sistemas associados, sejam eles 
cognitivos e de linguagem.Esses sistemas incluem, por exem-
plo: a combinação, relacionada ao ato de formar palavras a 
partir de fonemas articulados separadamente, a associação 
para o estabelecimento das relações não linguísticas e a sua 
fonte sonora, a compreensão ou cognição para relações entre 
o estímulo linguístico e o seu significado para sua adequada 
interpretação. Além disso, a memória atua como responsável 
pelo armazenamento e retenção do estímulo auditivo, permi-
tindo, assim, arquivar as informações para poder recuperá-las 
quando necessário (Moore, 2018).
19
5
O QUE É TRANSTORNO 
DO PROCESSAMENTO AUDITIVO 
CENTRAL (TPAC)?
O transtorno do processamento auditivo central é a inabili-
dade ou impedimento da habilidade de atender, discriminar, 
reconhecer ou compreender as informações apresentadas 
auditivamente, mesmo em indivíduos sem perda auditiva, lin-
guística ou cognitiva (Asha, 2005). 
De modo geral, o TPAC (Transtorno do Processamento 
Auditivo Central) afeta uma ou mais habilidades auditivas e 
pode se manifestar de várias maneiras. Entre os sinais estão a 
agitação ou distração excessiva, hiperatividade, apatia e baixo 
rendimento escolar. Podem também haver dificuldades na fala 
e na escrita, como troca de sons e letras, incluindo a inversão 
de letras (b, d, p, q) e fonemas semelhantes (/p/ e /b/, /t/ e 
/d/, /f/ e /v/ e /m/ e /n/), além de erros gramaticais. Outras 
queixas incluem esquecer o que foi ouvido ou lido, confusão 
ao relatar fatos ou histórias, e dificuldades na alfabetização.
Pessoas com TPAC podem ter problemas em compreender 
diferentes entonações na comunicação, como piadas e frases 
de duplo sentido, assim como ordens e regras. A dificuldade 
também pode se estender à compreensão de línguas estran-
geiras e de pessoas com a voz rouca ou fanha. Pode ser de-
safiador entender o que foi dito quando duas pessoas falam 
ao mesmo tempo, além de escutar e conversar em ambientes 
ruidosos, como uma padaria com o liquidificador ligado ou 
20
uma rua em obras. Outras dificuldades incluem se expressar 
claramente, diferenciar sons semelhantes, como “tia” e “dia”, e 
compreender o que acontece em um filme quando se perde 
alguma palavra ou frase.
A percepção de aspectos sonoros de diferentes sotaques 
pode ser prejudicada, assim como a capacidade de manter o 
foco na fala de uma pessoa quando há muitos estímulos ao 
redor. Identificar a origem de um som, como uma buzina ao 
atravessar uma rua com pouca visibilidade, ou localizar a voz 
de alguém em um lugar público, como um parque ou pada-
ria, pode ser difícil. Além disso, pode ser complicado prestar 
atenção em um amigo que tenta fazer comentários durante 
um filme ou espetáculo enquanto se deseja continuar acom-
panhando a atração.
21
6 COMO OCORRE A AVALIAÇÃO DO PAC?
O padrão-ouro para a avaliação do processamento auditivo 
central inicia com uma avaliação audiológica básica comple-
ta, com questionários de autopercepção e, principalmente, a 
realização dos testes comportamentais, os quais são basea-
dos em desafiar o indivíduo através de tarefas que exijam o 
desempenho satisfatório do sujeito naquela habilidade, de 
acordo com a sua faixa etária. 
Para o diagnóstico de TPAC, é necessária a realização de 
diferentes testes comportamentais (um em cada categoria/
habilidade), associadas a testes eletrofisiológicos, rastreio cog-
nitivo, questionário de autoavaliação e avaliação de linguagem 
em crianças. A avaliação comportamental é realizada por um 
fonoaudiólogo em cabine acústica, utilizando fones de ouvido, 
o que normalmente leva em torno de uma hora (CFFa, 2020).
Para complementar a avaliação comportamental, devem 
ser realizados testes eletrofisiológicos que demonstram o fun-
cionamento neuro elétrico da via auditiva, ou seja, como ocorre 
o caminho do som neuralmente em tempo e quantidade de 
resposta, sendo considerado uma “fotografia” desse funcio-
namento central (CFFa, 2020; Frizzo; Advíncula, 2018). Além 
disso, tendo em vista a influência da linguagem e da cognição 
nas respostas, dependo da faixa etária essas avaliações são 
realizadas.
Na Figura 7, observa-se a realização da avaliação com-
portamental das habilidades auditivas.
22
Na Figura 8, torna-se possível observar a realização de 
exames eletrofisiológicos da audição.
Figura 7 – Realização da avaliação comportamental 
das habilidades auditivas
Figura 8 – Realização de exames eletrofisiológicos da audição
Fonte: Clínica Pró-otorrino Maringá, 2023.
Fonte: Clínica Pró-otorrino Maringá, 2023.
23
7 TENHO ALTERAÇÃO NA AVALIAÇÃO 
DO PAC: COMO POSSO TRATAR?
Quando há o diagnóstico do TPAC, puro ou associado a ou-
tras demandas, é necessário realizar o Treinamento Auditivo 
(TA) ou o Treinamento Auditivo Cognitivo (TAC). Esse é um 
formato de terapia fonoaudiológica focada em estimular as 
habilidades auditivas e/ou cognitivas. Sabe-se da inter-rela-
ção da audição com a cognição e linguagem (Hestvik; Morlet; 
Nagao, et al., 2023). Desse modo, o treinamento auditivo pode 
estar associado a estratégias que envolvam tais aspectos em 
todos os públicos.
Geralmente são necessárias, no mínimo, oito sessões de 
treino, sendo realizadas quantas necessárias para cada caso. 
São estimuladas todas as habilidades auditivas, e após, se ne-
cessário, pode ser focado em habilidades em que o paciente 
apresenta maiores dificuldades. Existem protocolos de treina-
mento auditivo cognitivo com 6 sessões, estimulando aspec-
tos associados, tanto para a população adulta quanto para 
idosa (Moreira; Brasil; Malavolta; et al., 2021; Moreira; Soares; 
Schumacher, 2023; Soares; Malavolta; Sanfins; et al. 2023). 
O TA tem diferentes estímulos, como, por exemplo, o Trei-
namento Auditivo Musical (TAM). Tal treinamento pode acon-
tecer na sala de terapia, dentro da cabine acústica ou, ainda, 
utilizando o computador em campo livre (Samelli; Mecca, 2010; 
Engel; Bueno; Sleifer, 2019).
24
Além da terapia fonoaudiológica, é necessário realizar ta-
refas complementares em casa, pois a terapia é geralmente 
realizada uma ou duas vezes na semana. Ou seja, requer-se 
uma estimulação cotidiana, sendo preciso criar um ambiente 
estimulador propício para o desenvolvimento. Ainda, o sujeito 
deve estar comprometido com a terapia, realizando as reco-
mendações feitas pelo fonoaudiólogo.
Ao final da terapia, precisa-se realizar a reavaliação com 
os mesmos testes realizados na avaliação, com o objetivo de 
mensurar os benefícios advindos da estimulação, associando 
a percepção do paciente.
25
8
NUNCA FIZ AVALIAÇÃO, MAS TENHO 
QUEIXAS: COMO EU POSSO SABER 
SE TENHO ALTERAÇÃO NO PAC?
Quaisquer queixas e sintomas relacionados à compreensão 
de fala, principalmente nos ambientes acusticamente desfavo-
ráveis (com ruído) podem ser preditivos de possíveis déficits 
relacionados ao processamento auditivo central. Para isso, 
pode-se fazer uso de questionários, que são medidas impor-
tantes para ajudar na identificação das dificuldades dos sujei-
tos, favorecendo o direcionamento da busca pelo profissional 
correto para diagnóstico diferencial de acordo com cada faixa 
etária (Souza; Carvalho; Plotegher; et al., 2019).
Os questionários abaixo servem como uma triagem para 
mensuração dos possíveis déficits no processamento auditi-
vo central, necessitando a complementação da avaliação por 
um fonoaudiólogo.
8.1 TRIAGEM EM CRIANÇAS
Para observação do possível TPAC em crianças, sugere-se 
que os responsáveis ou professores respondam à Scale of Au-
ditory Behaviors (SAB) – Escala de Funcionamento Auditivo 
(Nunes; Pereira; Carvalho, 2013). Trata-se de um instrumento 
para ser utilizado como triagem em crianças em idade escolar 
(08 a 11 anos) e contém questões relacionadas ao comporta-
mento geral e auditivo, à compreensão de fala, à atenção e ao 
desempenho acadêmico. Com ele, torna-se possível detectar 
26
os sinais do TPAC e/ou a necessidade de uma investigação 
mais abrangente a partir de sua aplicação. 
Para o seu preenchimento, o responsável ou professor deve 
lera questão e responder de acordo com a recorrência das 
queixas observadas. Cada questão apresenta uma pontuação 
específica, que deve ser somada, no final do preenchimento, 
a fim de se obter um escore total para interpretação. A Figura 
9 diz respeito ao protocolo para preenchimento, por pais ou 
responsáveis.
Após o preenchimento de acordo com os autores, valores 
médios, ao redor de 46 pontos, indicariam comportamento au-
ditivo típico e esperado para a faixa etária entre 8 e 11 anos de 
idade. Os valores inferiores a 35 pontos — um desvio-padrão 
abaixo do valor médio — indicariam necessidade de avalia-
ção do processamento auditivo. Enquanto os valores menores 
que 30 pontos — um desvio-padrão e meio abaixo do valor 
médio — seriam sugestivos de TPAC, havendo necessidade 
de acompanhamento a longo prazo. 
Figura 9 – Scale of Auditory Behaviors (SAB) – Escala de Funcionamento Auditivo
Fonte: (NUNES, C., PEREIRA, L., DE CARVALHO, G., 2013).
27
8.2 TRIAGEM EM ADULTOS
Para adultos, pode ser usada a Escala de Autopercepção de 
Habilidades do Processamento Auditivo Central (EAPAC). Tra-
ta-se de um questionário relacionado ao histórico de saúde, 
aos hábitos de vida, às queixas auditivas e à aprendizagem 
(Abreu; Jesus; Alves; et al., 2022). Pode ser respondida por 
sujeitos com idade entre 17 e 55 anos. Para o seu preenchi-
mento, o indivíduo deve ler a questão e selecionar as opções 
de resposta (sim ou não) conforme suas queixas auto perce-
bidas. A opção sim equivale a um ponto, e o não, a zero. No 
final do preenchimento, as questões devem ser somadas a fim 
de se obter um escore total. Pontuações maiores ou iguais a 
5 pontos são sugestivas de alteração na habilidade de fecha-
mento auditivo e maiores ou iguais a 6 pontos é sugestivo de 
alteração de resolução temporal, ou seja, dificuldades relacio-
nadas à compreensão de fala quando o sinal é distorcido e 
às pequenas variações no tempo para discriminar estímulos 
auditivos. Segue, na Figura 10, o protocolo de preenchimento 
da escala.
28
Fonte: (Abreu; de Jesus; Alves et al., 2022).
8.3 COMO POSSO ESTIMULAR AS HABILIDADES AUDITIVAS, 
COGNITIVAS E DE LINGUAGEM EM CASA?
As habilidades estimuladas vão de acordo com a faixa etária 
e os resultados encontrados na avaliação. Em crianças, em 
decorrência do período de desenvolvimento, normalmente é 
realizada uma estimulação combinada, ou seja, que envolvam 
aspectos auditivos, cognitivos (memória e atenção) e linguísti-
Figura 10 – Escala de Autopercepção de Habilidades 
do Processamento Auditivo Central (EAPAC)
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Quadro 1 – Exemplo de estratégias que podem ser realiza-
das em terapia ou como atividades domiciliares
cos, com estratégias lúdicas. Os adultos e idosos normalmen-
te incluem atividades auditivas e cognitivas, a fim de realizar 
uma estimulação efetiva.
Utilizar um material que possua rimas e figuras que se relacionem com o 
texto. O paciente deverá indicar as figuras conforme o responsável lê o texto.
Descobrir quais instrumentos estão tocando ou quantas vezes aparece 
uma palavra pré-determinada em uma música.
Sequencializar sons ou palavras como em “eu fui à feira e...”, pedindo ao 
sujeito que complete.
Ler textos de sua preferência em voz alta diariamente. Posteriormente, ler e 
escutar música ao mesmo tempo. Escrever o que lembrar/entender do texto. 
Decifrar mensagens em criptogramas (símbolos) e ficar atento 
aos pictogramas (placas e sinalizações) com som de fundo.
Colocar lembretes (trocar relógio de pulso) para prestar bastante atenção 
às informações que recebe, tentando criar uma imagem mental sobre o 
que está sendo ouvido. 
Trabalhar/ler frases com trava-línguas, rimas, versos e poesias em voz alta, 
com bastante entonação.
Soletrar palavras e posteriormente invertê-las (sapo – opas).
Manipular palavras, descobrindo novas palavras secretas 
(sapato – sa = pato; ou jogar “Palavra Secreta”).
Realizar atividades que exijam concentração e raciocínio como: jogar stop, 
montar quebra-cabeças, completar caça-palavras e palavras cruzadas. 
Quando conseguir, escutar música ao mesmo tempo.
Indicar ao sujeito para que preste bastante atenção ao que está ocorrendo 
à sua volta, tanto em relação a sons ambientais quanto a tarefas visuais.
Colocar músicas desconhecidas, ocultar palavras e colocar para tocar 
ao fundo.
No Quadro 1, encontram-se algumas estratégias que po-
dem ser realizadas em casa pelos responsáveis ou cuidadores. 
Todas podem ser adaptadas de acordo com as necessidades. 
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De modo geral, as atividades devem envolver sons de fundo 
(ruídos, por exemplo) e sons com mensagens-alvo, enquan-
to realiza-se determinada tarefa, a fim de estimular o SNAC 
(Moreira; Brasil; Malavolta et al., 2021; Moreira; Soares; Soares; 
Malavolta; Sanfins et al., 2023). 
Destaca-se que essas devem ser monitoradas pelo profis-
sional fonoaudiólogo, mas que sua realização em casa poten-
cializa o processo terapêutico, com resultados mais efetivos 
e minimizando as queixas.
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9 QUEM PROCURAR?
Quando houver queixas em relação ao comportamento au-
ditivo, deve-se procurar um fonoaudiólogo e um médico 
otorrinolaringologista. O diagnóstico do TPAC em crianças 
pode vir acompanhado de dificuldades na fala e questões de 
aprendizagem. Portanto, considera-se importante auxílio das 
psicopedagogas na identificação das queixas relacionadas ao 
TPAC e encaminhamento para o fonoaudiólogo especializado. 
Ainda, quando houver outras queixas relacionadas, cabe pro-
curar outros profissionais, como o médico neurologista para 
realização de um diagnóstico diferencial (Rouillon; de Lamaze; 
Ribot; et al., 2021).
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Sobre os autores
Christine Grellmann Schumacher
Fonoaudióloga graduada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Atua com diagnóstico audiológico e vestibular, e reabilitação auditiva.
Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação 
Humana (PPGDCH) – Linha de Pesquisa “Audição e equilíbrio: diagnóstico, 
habilitação e reabilitação pela UFSM”.
Helinton Goulart Moreira
Fonoaudiólogo graduado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). 
Atua com diagnóstico audiológico, zumbido crônico e reabilitação auditiva. 
Mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação 
Humana (PPGDCH) – Linha de Pesquisa “Audição e equilíbrio: diagnóstico, 
habilitação e reabilitação pela UFSM”.
Michele Vargas Garcia
Professora Associada nível 2 do Curso de fonoaudiologia e do Programa de 
Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação Humana- PPGDCH da 
Universidade Federal de Santa Maria- UFSM. Graduada em Fonoaudiologia pela 
Universidade Federal de Santa Maria-UFSM (2004). Atua e pesquisa na área de 
audiologia clínica (potenciais evocados, zumbido e processamento auditivo 
como linhas de pesquisa). Possui Especialização em Fonoaudiologia, com ênfase 
em Audiologia na UFSM. Mestre e Doutora em Ciências pela Universidade Federal 
de São Paulo/ Escola Paulista de Medicina-UNIFESP/EPM. Coordenadora do 
GEAAC - Grupo de Eletrofisiologia da Audição e avaliação comportamental 
(Iniciação científica, Mestrado e Doutorado).
Dayane Domeneghini Didoné
Professora Adjunta do Departamento de Fonoaudiologia e do Programa de 
Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação Humana da Universidade Federal 
de Santa Maria (UFSM). Atua principalmente nas seguintes áreas: Audiologia 
Clínica, Eletrofisiologia, Habilitação e Reabilitação Auditiva. Coordenadora do 
GERA (Grupo de Estudos em Reabilitação Auditiva).
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Atribuição de crédito a www.freepik.com:
Imagem Capa: FREEPIK. Imagem médica 3D, mostrando a figura masculina 
com destaque do cérebro. Disponível em:https://br.freepik.com/fotos-gratis/
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bro_4498740.htm#fromView=search&page=3&position=4&uuid=389307cc-
-118c-494c-858b-50ec6f3239f5Acesso em: Out. 2024.
Textura: FREEPIK. Fundo de papel de aquarela pintado à mão. Disponível 
em: https://br.freepik.com/vetores-gratis/fundo-de-papel-de-aquarela-
-pintado-a-mao_133678729.htm. Acesso em: Out. 2024.
Elementos Geométricos: FREEPIK. Fundo abstrato geométrico de design 
plano. Disponível em: https://br.freepik.com/vetores-gratis/fundo-abstra-
to-geometrico-de-design-plano_18978002.htm. Acesso em: Out. 2024. 
Elementos Geométricos: FREEPIK. Pacote de banner geométrico gradiente. 
Disponível em: https://br.freepik.com/vetores-gratis/pacote-de-banner-
-geometrico-gradiente_4122327.htm.Acesso em: Out. 2024. 
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