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4. FORÇAS DISTRIBUÍDAS 4.1. Considerações Iniciais Até agora, no presente curso, lidou-se apenas com sistema de forças concentradas. Porém, em muitas aplicações de engenharia essa abordagem não é adequada em razão da natureza das forças e/ou a forma de sua aplicação na estrutura analisada. Além disso, diante da necessidade de se analisar os elementos estruturais em termos de efeitos internos, faz-se necessário uma abordagem mais realística possível da atuação dessas forças. Exemplos: Na realidade esfera tende a se deformar, causando a distribuição da força resultante ao longo de uma superfície de contato. 4.1. Considerações Iniciais (cont.) As forças distribuídas podem ser modeladas de acordo com a geometria do corpo em que atuam, ou seja: (i) Distribuição linear: atua ao longo de estruturas planas lineares, tais como vigas e cabos. Exemplos: A intensidade da força distribuída linear é dada por F/L. Unidades: N/m; kgf/m; lb/in; lb/ft 4.1. Considerações Iniciais (cont.) (ii) Distribuição bidimensional: atua ao longo de superfícies da uma dada estrutura espacial ou plana. Exemplos: A intensidade da força distribuída ao longo de uma área é dada por F/L2. Unidades: N/m2; kgf/m2; lb/in2; lb/ft2 Obs: As forças distribuídas em razão da ação de fluidos são denominadas de pressão, enquanto que para forças internas em sólidos, chama-se tensões (assunto a ser discutido na 3ª unidade do nosso curso). 4.1. Considerações Iniciais (cont.) (iii) Distribuição volumétrica: atua em razão da atuação de campos de força, também chamada de força de corpo. Exemplos: Peso próprio de um corpo. A intensidade da força distribuída ao longo de uma área é dada por F/L3. Para o peso próprio essa intensidade é chamada de peso específico, ou seja: Unidades: N/m3; kgf/m3; lb/in3; lb/ft3 E ainda, o peso total do corpo é: g⋅= ργ Massa específica Aceleração da gravidade W Vγ= Volume do corpo Considere-se o corpo sólido no espaço sujeito ao seu peso próprio: W dW= ∫ Peso total do corpo é dado por: ( ), ,x y z : coordenadas do C. G. do corpo. 4.2. Centro de Gravidade, Centro de Massa (cont.) Na realidade, o sistema de forças no corpo é composto por infinitas forças “dW” paralelas. A idéia do conceito de Centro de Gravidade (C. G.) é substituir o sistema de forças infinito por outro de apenas uma força “W” concentrada. ( ), ,x y z : coordenadas da partícula genérica de peso “dw”. Para tanto, pelo princípio dos momentos, tem-se: As coordenadas do Centro de gravidade são dadas por: ∫=⋅= xdWxWM y xM W y ydW= ⋅ = ∫ yM W z zdW= ⋅ = ∫ Sistema de eixos girado de 90º em torno do eixo y, como corpo fixo a esse sistema. xdW x W = ∫ ydWy W = ∫ zdWz W = ∫ 4.2. Centro de Gravidade, Centro de Massa (cont.) 4.2. Centro de Gravidade, Centro de Massa (cont.) E ainda, sabendo que: gmW = e dW gdm= Tem-se as expressões para o Centro de Massa do corpo: ; ; xg dm xdm yg dm y dm zg dm z dm x y z m g m m g m m g m = = = = = =∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ OBS: O Centro de Massa é de uso mais geral na física, pois não está associado ao campo gravitacional. Eles são coincidentes por se admitir um campo gravitacional uniforme e paralelo ao longo do corpo, o que é bastante razoável. 4.3. Centróides ou Centro Geométricos As coordenadas do Centro de Massa de um corpo são dadas por: Sabendo que: e , tem-se: ; ; x dm y dm z dm x y z m m m = = =∫ ∫ ∫ dVdmVm Na grande parte das aplicações da engenharia é comum se ter , ou seja, corpo homogêneo, então: ρρ == ; ; x dV y dV z dV x y z V V V ρ ρ ρ ρ ρ ρ= = = ∫ ∫ ∫ cte=ρ ; ; x dV y dV z dV x y z V V V = = =∫ ∫ ∫ Coordenadas x, y, z do centróide do corpo de volume “V”. OBS: O centróide de um corpo é uma característica puramente geométrica, portanto independente do campo gravitacional ou da densidade do corpo. Esses três centros (de gravidade, geométrico e de massa), são coincidentes apenas se: O corpo é homogêneo e o campo gravitacional uniforme e paralelo ao longo do corpo. 4.3. Centróides ou Centro Geométricos (cont.) (i) Expressão do C. G. de figuras geométrica em formato de linha: LAV = Sendo: dV AdL= ; ; x dL y dL z dL x y z L L L = = =∫ ∫ ∫ Tem-se: (ii) Expressão do C. G. para superfícies (espessura “t” constante): V At= Sendo: dV t dA= ; ; x dA y dA z dA x y z A A A = = =∫ ∫ ∫ Tem-se: Para uma área plana (no plano x-y, por exemplo), tem-se: ;y x Q Qx y A A = = Onde: ;y xQ x dA Q y dA= =∫ ∫ Momentos estáticos de área em relação ao eixo y e x respectivamente. 4.3. Centróides ou Centro Geométricos (cont.) dA x y x y ; ; x dA y dA x y A A = =∫ ∫ As coordenadas do Centróide, são dadas por: Chamando: Tem-se: ;y xQ x dA Q y dA= =∫ ∫ OBS: Os momentos estáticos de área não tem significado físico algum, apenas levam esse nome em razão da analogia à determinação de um momento de uma força em relação a um eixo. Também são chamados de Primeiros momentos de área. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: 1 – Sempre que a figura geométrica do corpo tiver um eixo de simetria, o centróide dessa figura estará nesse eixo. Ex: 2 – Em alguns casos, o centróide de uma figura pode estar fora dela, ou seja: 4.3. Centróides ou Centro Geométricos (cont.) c.g. c.g. c.g. c.g. 4. FORÇAS DISTRIBUÍDAS
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