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WBA0332_v1.0
PRÁTICAS INDUSTRIAIS
APRENDIZAGEM EM FOCO
2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Autoria: Joanisa Possato Curtulo
Leitura crítica: Charlie Hudson Turette Lopes 
Desenvolver novos processos significa oferecer aos 
consumidores produtos com garantia e alta qualidade, mas 
também melhorar o dia a dia da empresa. O profissional precisa 
conhecer e distinguir os principais processos, ferramentas e 
equipamentos utilizados para a produção industrial e aplicá-
los dentro da indústria em que trabalha. Para que isso seja 
possível, ele deve compreender os conceitos básicos, recursos 
e aplicações dos sistemas de informações gerenciais. Partindo 
desse princípio, na disciplina de práticas industriais estaremos 
abordando temas relevantes nessa tomada de decisão.
O primeiro conteúdo a ser visto abordará os processos de 
usinagem, bastantes presentes em indústrias de todos os 
segmentos, principalmente o de metal mecânica. Nestes 
processos, peças metálicas – fundidas ou forjadas – são 
submetidas a processos de cisalhamento que retiram material 
da peça, conhecido como cavaco.
Em seguida, a metrologia, essencial a quase todos os aspectos 
dos empreendimentos humanos, pois são utilizados em 
atividades que incluem o controle da produção, a avaliação da 
qualidade do meio ambiente, da saúde e da segurança, e da 
qualidade de materiais.
Estará também no contexto dessa abordagem a leitura e 
interpretação de desenho técnico, sistema de controle, 
automação e instrumentação. 
3
O conteúdo apresentado será uma contribuição para que você 
seja capaz de identificar oportunidades de negócios, aplicar, 
desenvolver, pesquisar e inovar tecnologias já existentes e 
também criar novas.
Bons estudos!
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira 
direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática 
abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar 
reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática profissional. 
Vem conosco!
TEMA 1
Processos de usinagem
______________________________________________________________
Autoria: Joanisa Possato Curtulo
Leitura crítica: Charlie Hudson Turette Lopes
5
DIRETO AO PONTO
Fabricar consiste basicamente em alterar uma matéria-prima 
com o intuito de obter um produto acabado. Os processos de 
fabricação, de maneira geral, são classificados em duas grandes 
categorias: fabricação com remoção de material e fabricação sem 
remoção de material. Quando ocorre a remoção do material, 
damos a esse processo o nome de usinagem.
O material excedente que está sendo retirado da peça durante 
seu processo de usinagem chama-se cavaco, podendo ele ser 
constituído de diversos materiais, como ferro fundido, aço 
carbono, aço inox, alumínio, bronze, materiais poliméricos, entre 
vários outros exemplos. Podemos então dizer que o cavaco é 
formado por fragmentos, ou lascas, que se desprendem da peça 
que está sendo produzida durante o processo de usinagem.
A retirada ou remoção de material durante a usinagem 
é classificada como operação de desbaste e operação de 
acabamento da peça. No primeiro caso, enquanto está sendo 
realizado o desbaste a intenção é dar a forma inicial da peça a ser 
fabricada, sendo então a primeira fase da usinagem. Nessa etapa 
os cavacos obtidos são grossos e a peça costuma apresentar 
canais profundos em sua superfície.
Na operação de acabamento são definidas as características 
finais de dimensão e rugosidade para a peça. Aqui já não são 
perceptíveis os cortes na peça provenientes do processo de 
fabricação, justamente porque os cavacos retirados são muito 
mais finos nesse momento.
Torneamento – a peça é obtida mecanicamente por meio 
de movimento de revolução com a aplicação de uma ou mais 
ferramentas monocortantes. Assim, a peça vira em seu eixo 
principal de rotação e a ferramenta monocortante movimenta-se 
em trajetória coplanar com o eixo. 
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Aplainamento – utilizado para se fabricar superfícies regradas por 
processo mecânico por meio de movimento retilíneo alternativo 
da peça ou da ferramenta, podendo ser por movimento horizontal 
ou vertical e gerando operação de desbaste ou de acabamento 
final.
Furação – utilizado para mecanicamente se obter furos de 
formato cilíndrico por meio do emprego de uma ferramenta de 
corte em que a peça ou a ferramenta gira e, ao mesmo instante, 
também, a peça ou a ferramenta se movimenta em linha reta ao 
eixo da máquina.
Mandrilhamento – utilizado para mecanicamente se obter uma 
superfície de revolução por meio do emprego de ferramentas 
de barra, em que essa ferramenta realize movimento giratório 
e ao mesmo instante ocorre um movimento com trajetória 
determinada da peça ou da ferramenta.
Fresamento – usinagem por processo mecânico em que se 
obtém superfícies aplicando ferramentas multicortantes que 
giram enquanto ocorre o deslocamento segundo uma trajetória 
qualquer à peça ou mesmo à ferramenta de corte.
Serramento – processo aplicado para realizar um corte ou 
seccionamento por meio de ferramenta de corte de espessura fina 
com movimento giratório ou retilíneo enquanto a peça geralmente 
se mantém parada.
O movimento de corte é caracterizado pelo movimento 
ocorrido entre a peça e a ferramenta sem que ocorra nenhum 
avanço, dessa forma será removido apenas um lance de cavaco 
proveniente da primeira volta, ou um curso único.
O movimento de avanço é caracterizado pelo movimento 
ocorrido entre a peça e a ferramenta, em que somado ao 
movimento de corte, causa a retirada contínua do cavaco, por 
meio de revoluções ou cursos contínuos. A combinação do 
7
movimento de avanço principal e o movimento de avanço lateral 
podem também gerar uma resultante de ambos.
O movimento de profundidade é caracterizado como o 
movimento ocorrido entre a peça e a ferramenta, para que seja 
possível definir a espessura do cavaco, ou seja, a camada de 
sobremetal que será removida antes de iniciar a usinagem.
A parte de corte corresponde à parte ativa da ferramenta sendo 
formada pelas cunhas de corte. Geralmente a parte ativa de uma 
ferramenta é fabricada ou mesmo colocada sobre um suporte ou 
cabo de ferramenta, sendo então possível fixar a ferramenta para 
sua devida finalidade de usinar. 
São listadas agora algumas características básicas necessárias 
para um material de corte: apresentar alta dureza em 
temperaturas elevadas, apresentar dureza maior que da peça 
que será usinada em baixa temperatura, dispor de tenacidade 
suficiente para suportar as forças de corte e impactos, dispor de 
resistência suficiente para a abrasão, ser estável quimicamente e 
ser comercialmente acessível ao consumo.
Podemos citar os seguintes tipos de materiais de ferramentas: 
aços ferramenta, aços rápidos comuns, aço rápido com cobalto, 
aço rápido com revestimento de nitreto de titânio (TiN), aço rápido 
sinterizado, ligas fundidas, metal duro etc.
Referências bibliográficas
DINIZ, A. E.; MARCONDES, F. C.; COPPINI, N. L. Tecnologia da 
usinagem dos materiais. 9. ed. São Paulo: Artliber, 2014.
FRACARO, J. Fabricação pelo processo de usinagem e meios 
de controle. Curitiba: Intersaberes, 2017.
REBEYKA, C. J. Princípios dos processos de fabricação por 
usinagem. Curitiba: Intersaberes, 2016.
8
PARA SABER MAIS
O Controle de Qualidade, de acordo com Machline (2019), não é 
mais um luxo administrativo, mas sim uma necessidade para a 
maior produtividade e lucratividade de qualquer empresa.
É responsabilidade do departamento de qualidade ser o guardião 
das atividades relacionadas a prevenir possíveis defeitos 
relacionados à produção e não está restrito apenas à atividade 
de inspecionar. É necessário também analisar as matérias-
primas, ferramentas e acessórios, como os calibradores. Cabe 
também ao departamento de qualidade investigar as causas 
dos defeitos, definir os planos de inspeção adequados, além 
de analisar as informações provenientes das reprovações 
ocorridas e reclamações registradas. Pode também ir mais além, 
fazendo omapeamento de níveis de qualidade externos para 
parametrização adequada da empresa, trabalhar na recuperação 
de refugos, auxiliando para que se determine as especificações 
dos materiais.
Vale ressaltar que o agente causador e, portanto, responsável 
pelos índices de refugo ou reprovação, é o setor de produção, 
cabendo ao departamento de qualidade apontar a realidade 
ocorrida em cada empresa. Contudo, o departamento de 
qualidade precisa estar disponível para inspecionar a maior parte 
possível de peças, com agilidade e sem erros.
Captar e fazer a manutenção de profissionais preparados para 
atuar como inspetores é uma responsabilidade essencial do 
departamento de qualidade. 
Observa-se alta variação de fatores relacionados à qualidade de 
todos os tipos de matérias-primas aplicadas na indústria metal-
9
mecânica, como minérios, chapas metálicas, componentes ou 
embalagens. Não sendo permitido acreditar simplesmente no 
fornecedor, é pratica obrigatória da qualidade inspecionar os 
materiais recebidos, o que requer tempo e estrutura disponível.
Com o crescimento rápido de muitas empresas, o foco se torna 
alcançar altos índices de produção, ficando em segundo plano 
os valores relativos ao índice de refugo e, consequentemente, de 
qualidade. Nesse cenário, o setor de qualidade precisa garantir 
que a produção ocorra, de acordo com os parâmetros corretos. 
Embora o departamento de qualidade possa não receber 
completa aceitação em algumas empresas, é sabido que, à medida 
que a concorrência fica mais acirrada entre as empresas, mais se 
tem a necessidade de estabelecer algum tipo de controle relativo à 
qualidade do que está sendo produzido. O ideal é que a produção 
e a qualidade andem juntas para buscar soluções adequadas aos 
problemas apontados pelos clientes.
Assim, a gestão de qualidade caminha para ser um fator essencial 
para fazer as empresas alcançarem níveis altos de competitividade 
para se diferenciar das demais com alta satisfação do consumidor 
e resultados favoráveis para seu negócio.
A prática da qualidade pode ainda beneficiar a empresa, 
permitindo otimizar seu desempenho, implantar a visão de 
melhores práticas, dar maior consistência ao produto, gerar 
ganhos de produtividade, melhorar a comunicação interna e, por 
fim, dar maior rentabilidade ao negócio. 
Referências bibliográficas
MACHLINE, C. O controle de qualidade da indústria paulista. 
Monografia publicada pela Fundação Getúlio Vargas, 2019. Disponível 
10
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Autoria: Nome do autor da disciplina
Leitura crítica: Nome do autor da disciplina
em: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rae/article/
view/40829. Acesso em: 16 nov. 2020.
TEORIA EM PRÁTICA
Considere o torneamento, no qual a peça é obtida por meio de 
movimento de revolução, de forma que a peça vira em seu eixo 
principal de rotação e a ferramenta movimenta-se em trajetória 
coplanar com o eixo. 
Considere um eixo de ferro fundido GG-30, é usado no torno com Vc 
= 100 m/min. Calcule a potência de corte (Pc).
Dados:
Avanço (f) = 2,2 mm
Profundidade (ap) = 8 mm
Velocidade de Corte = 100 m/min
GG – 30 = Kc 960 N / mm2
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, 
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de 
aprendizagem.
http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rae/article/view/40829
http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rae/article/view/40829
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LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
Os principais parâmetros fundamentais do processo de usinagem 
estão contidos nessa obra de Rebeyka. 
Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da 
Kroton e busque pelo título da obra no parceiro “Biblioteca Virtual 
3.0”.
REBEYKA, C. J. Princípios dos processos de fabricação por 
usinagem. Curitiba: Intersaberes, 2016. 
Indicação 2
Os conceitos fundamentais sobre processo de usinagem e 
metodologia empregada estão nesse livro de Fracaro. 
Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da 
Kroton e busque pelo título da obra no parceiro “Biblioteca Virtual 
3.0”.
FRACARO, J. Fabricação pelo processo de usinagem e meios de 
controle. Curitiba: Intersaberes, 2017. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Indicações de leitura
12
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da 
questão.
1. Sobre a constituição do metal duro, identifique qual alternativa 
está correta:
a. Aço de alta liga. 
b. Liga fundida. 
c. Produto sinterizado. 
d. Cerâmica.
e. Aço inoxidável. 
2. É caracterizado pelo movimento ocorrido entre a peça e a 
ferramenta sem que o ocorra nenhum avanço, dessa forma 
será removido apenas um lance de cavaco proveniente da 
primeira volta, ou um curso único. Assinale a alternativa que 
cita corretamente o movimento descrito no texto:
a. Movimento de corte.
b. Movimento de avanço.
c. Movimento de profundidade.
d. Movimento de fresamento.
e. Movimento da peça.
13
GABARITO
Questão 1 - Resposta C
Resolução: Metal duro – por meio do processo de 
metalurgia do pó (sinterização) é aplicado o tungstênio (W) 
na ferramenta de corte, o que confere à ferramenta alta 
resistência à tração e baixo coeficiente de dilatação térmica.
Questão 2 - Resposta A
Resolução: O movimento de corte é caracterizado pelo 
movimento ocorrido entre a peça e a ferramenta sem que 
ocorra nenhum avanço, dessa forma, será removido apenas 
um lance de cavaco proveniente da primeira volta, ou um 
curso único.
TEMA 2
Metrologia
______________________________________________________________
Autoria: Joanisa Possato Curtulo 
Leitura crítica: Charlie Hudson Turette Lopes
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DIRETO AO PONTO
Segundo o Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM, 2012), 
metrologia consiste na ciência que estuda as medidas e envolve 
os aspectos teóricos e práticos que dizem respeito aos sistemas 
de medição em todos os segmentos da ciência, engenharia e 
tecnologia.
Por meio da metrologia é possível qualificar e quantificar um 
fenômeno qualquer, obtendo dessa forma a sua medida, ou seja, 
a sua grandeza, determinando um valor correspondente.
O Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM) denomina 
o Sistema Internacional de Unidades (SI) como o sistema 
de unidades, que tem como base o Sistema Internacional de 
Grandezas, seus nomes, símbolos das unidades, incluindo uma 
série de prefixos com seus nomes e símbolos, em conjunto com 
regras de utilização, adotado pela Conferência Geral de Pesos e 
Medidas (CGPM).
Grandeza nada mais é que o que pode ser analisado por meio da 
metrologia. Assim, para se mensurar uma grandeza é necessário 
fazer um comparativo por meio de alguma forma de medida e 
para que seja possível subdividir a grandeza em um sentido geral 
(comprimento, tempo, temperatura, velocidade). 
Chama-se medir o procedimento experimental pelo qual é 
determinado o valor de uma grandeza física utilizando um 
equipamento específico. É importante considerar que a medição 
deve ser confiável.
Segundo Albertazzi (2018), denomina-se processo de medição o 
conjunto de métodos e meios que são utilizados para efetuar uma 
medição. Além do mensurando e do sistema de medição, fazem 
16
parte do processo o operador, os procedimentos de medição 
utilizados e as condições em que as medições são efetuadas.
A metrologia não nega a existência do erro de medição, mas 
aponta para caminhos que possibilitam conviver e delimitar a 
ação dos erros e ainda obter informações confiáveis (ALBERTAZZI, 
2018).
O resultado da medição é a faixa de valores dentro da qual deve 
estar o valor verdadeiro do mensurando.
Os cálculos para os limites da zona de aceitação são realizados 
por meio das equações.O limite inferior de aceitação é igual 
ao limite inferior de especificação mais a incerteza. Da mesma 
forma, o limite superior de aceitação é igual ao limite superior 
de especificação menos a incerteza. Além disso, a incerteza 
do processo de medição deve estar na casa de um décimo do 
intervalo de tolerância.
Resultado base (RB): corresponde ao valor do resultado da 
medição, ou seja, o valor mais próximo do considerado como real 
e pode ser obtido por medição única ou por meio da média de 
várias medições.
Incerteza de medição (IM): corresponde à faixa de dúvida 
presente na medição considerando-se as variáveis que formam o 
erro do processo de medir. Com base em métodos estatísticos é 
realizado o cálculo que define o tamanho da faixa de incerteza.
Conforme Albertazzi (2018), a calibração é o conjunto de 
operações que estabelece, sob condições especificadas, a 
relação entre os valores indicados por um instrumento ou 
sistema de medição, ou os valores representados por uma 
17
medida materializada, ou material de referência, e os valores 
correspondentes das grandezas estabelecidas por padrões.
Calibração direta: “é utilizado uma grandeza padrão que tem 
um determinado valor estabelecido, onde o padrão é aplicado 
diretamente ao sistema que deseja calibrar, e as medidas obtidas 
são comparadas com os valores da grandeza padrão” (SILVA NETO, 
2018, p. 167).
Calibração indireta: aplicada quando não existe um padrão 
determinado, ou seja, as grandezas da medida em questão não 
podem ser materializadas.
Paquímetro: é um instrumento geralmente construído em aço 
inox com acabamento de alta qualidade em suas superfícies, 
aplicado na medição de peças com medidas superiores a 0,02 mm 
ou 1/128”.
Micrômetro: são instrumentos que podem ser encontrados 
em várias dimensões e podem realizar, por leitura direta, 
dimensões reais com aproximação de até 0,001 mm. Geralmente 
são empregados em casos em que o paquímetro não oferece a 
precisão de medida necessária no processo de medição, nesses 
casos, o micrômetro oferece uma exatidão de 0,01 mm.
Goniômetro: é um instrumento aplicado na tomada de medidas 
angulares com precisão, por meio de um disco graduado e um 
esquadro formando uma peça única que apresenta quatro 
graduações de 0º a 90º. Seu articulador vira com o disco do 
vernier, e, em sua extremidade, há um ressalto adaptável à régua.
Relógio comparador: aparelho de alta precisão, empregado em 
medições na casa de até um mícron, possibilita ao operador medir 
resultados que seus olhos não podem identificar sem o auxílio do 
18
instrumento como diferenças de altura de superfícies planas ou a 
concentricidade entre cilindros.
Segundo Albertazzi (2018), no controle de qualidade por variáveis, 
a tolerância representa a faixa de valores aceitáveis. Seus limites 
extremos são denominados de Limites de Especificação: o Limite 
Inferior da Especificação (LIE) e o Limite Superior da Especificação 
(LSE). Cada componente, cujas características estiverem dentro 
desses limites, deve ser aprovado pelo controle de qualidade por 
estar em conformidade com as especificações. A faixa delimitada 
pelos limites de especificação é também denominada de zona de 
conformidade.
O grupo de valores do resultado base, em que os dados da medição 
se encontram totalmente contidos na zona de conformidade, 
chama-se zona de aceitação. Composta ainda pelo limite inferior 
de aceitação (LIA) e o limite superior de aceitação (LSA), pode-se 
concluir ainda que a zona de aceitação é mais restrita que a zona de 
conformidade relativa a mesma incerteza de medição.
Referências bibliográficas
ALBERTAZZI, A.; SOUSA, A. R. de. Fundamentos de metrologia 
científica e industrial. 2. ed. Barueri: Manole, 2018.
SILVA NETO, J. C. da. Metrologia e controle dimensional: conceitos, 
normas e aplicações. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.
PARA SABER MAIS
Tecnologia da metrologia 4.0
Até por volta dos anos 1990, a metrologia nas indústrias realizava a 
gestão de suas informações com registros impressos, sendo inclusive 
19
dessa forma que o fluxo de dados percorria as áreas de interesse. A 
partir desse momento os dados passaram a ser computadorizados, 
sendo o passo inicial em busca de alcançar agilidade, produtividade 
e eficiência, para oferecer melhores soluções em produtos e 
serviços, além de conseguir aproximar a relação entre consumidor 
e fornecedor para alavancar os primeiros ganhos em velocidade e 
assertividade nas ações gerenciais. 
Hoje vivemos o período da quarta revolução industrial, que tem 
alterado nossos costumes seja em nosso trabalho como também 
em nossa maneira de nos relacionar de forma geral. Isso é possível 
devido a inúmeros avanços tecnológicos que permitiram essa 
evolução.
Tendo em vista a importância da atividade metrológica e sua 
alta aplicabilidade nas indústrias modernas contribuindo para se 
alcançar avanços de produtividade e maior competitividade, torna-
se justificável caminhar ao encontro da metrologia 4.0, integrando 
padrões de calibração e seus sistemas, com ações inovadoras e 
customizadas.
A metrologia 4.0 permitirá integrar os sistemas de calibração aos 
demais sistemas da empresa, permitindo ações ágeis e assertivas 
para ajustar, calibrar ou substituir qualquer instrumento disponível. 
Será possível também diminuir os tempos para medição e análise de 
dados, sem falar no aumento de exatidão dos resultados. 
Outro ponto favorável será a maior procura por profissionais 
qualificados e com bagagem adequada para interagir nesse novo 
cenário, em que não será necessário apenas medir ou executar 
uma calibração, a função do técnico de instrumentação irá abranger 
também uma atuação mais analítica para diminuir erros e prover 
o aumento da qualidade dos serviços realizados. Portanto, cabe 
ao profissional de instrumentação aperfeiçoar suas competências 
20
e assim desenvolver os conhecimentos envolvidos nas novas 
tecnologias disponíveis. 
A metrologia 4.0 passa a permitir por meio de sua total interligação 
de sistemas que ocorra ao mesmo tempo independência e 
interdependência dos instrumentos de medição e seus padrões com 
os sistemas de calibração e o ERP de cada empresa.
O novo monitoramento das grandezas físicas se torna disponível por 
meio da criação de sensores e calibradores rápidos e automáticos, 
de fácil utilização, que coletam dados automaticamente e realizam a 
comunicação por rede sem fio sem que sejam necessárias ações de 
digitação e gerando controles estatísticos de processo que retratam o 
instante exato da ação da medição.
Outra vantagem pode ser a gestão do controle dos usuários, por 
meio do cadastro individual de cada um, permitindo integridade das 
informações manuseadas e registro de cada ação realizada. 
Permite ainda riqueza de dados com cadastros de locais de 
instalação, máquinas, malhas, TAGs, padrões e, por fim, o status 
atualizado de cada um via sistema integrado. Controle das ordens de 
serviço relativas aos instrumentos de medição, registrando todas as 
ações preventivas e corretivas.
Irá também facilitar a gestão de documentos, com certificados de 
calibração emitidos automaticamente, com assinatura eletrônica, 
controle do número do certificado, dados relativos ao procedimento 
e datas de registro.
Para Tânia Mara Pereira Marques, da Unidade de Serviço de 
Desenvolvimento Operacional (USDO) da Sanepar, a metrologia 4.0 
corresponde a “uma evolução tecnológica natural da metrologia, 
que modifica a forma de trabalho, trazendo a inspeção e o controle 
21
de qualidade do laboratório para serem realizadas mais próximas 
no chão de fábrica, onde as medições passarão a ser feitas, cada vez 
mais, sem a necessidade de interferência humana, e os processos 
vão se auto corrigir, com base nessas medições automatizadas, 
garantindo maior eficiência nos processos”.
Portanto, existe uma série de benefícios consideráveis que podem 
ser obtidos na implantação da metrologia 4.0, por meio do 
investimento em hardware, software ecapital humano, e assim 
alcançando acima de tudo maior confiabilidade para evolução 
continuada dos processos industriais andando junto com a nova 
revolução industrial.
Referências bibliográficas
FREIRE, T. Metrologia 4.0: uma nova medida. Revista Controle & 
Instrumentação, n. 240. São Paulo: Valete, 2018.
TEORIA EM PRÁTICA
Uma determinada empresa de usinagem fabrica eixos com 
comprimento nominal de 40,00 ± 0,04 mm. Após a fabricação de 
determinada peça, o instrumentista identificou, com auxílio de 
um micrômetro calibrado, a seguinte medição de comprimento: 
40,006 mm.
Consta no certificado de calibração do micrômetro utilizado que a 
correção necessária deve ser de – 0,008 mm e que sua incerteza 
de medição é de ± 0,010 mm.
De posse das informações acima, realizar a análise de 
conformidade do eixo.
22
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, 
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de 
aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
O livro de Albertazzi pode ser usado como a base para formação do 
conhecimento dos assuntos que abrangem o estudo da metrologia 
do ponto de vista científico e também aplicado à indústria, são 
pontos de leitura edificante os capítulos referentes às unidades 
de medida e o SI, sistemas de medição, calibração, resultados de 
medições e controle de qualidade.
ALBERTAZZI, A.; SOUSA, A. R. de. Fundamentos de metrologia 
científica e industrial. 2. ed. Barueri: Manole, 2018. 
Indicação 2
A leitura do livro de Almeida será agradável e de fácil entendimento e 
permitirá complementar os conhecimentos referentes à metrologia, 
dar atenção maior aos capítulos referentes ao Inmetro, à legislação 
metrológica brasileira e instrumentos de medição. 
ALMEIDA, F. R. B. de.; ESTAMBESSE, E. C. Metrologia. Londrina: 
Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017. 
Indicações de leitura
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QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da 
questão.
1. O relógio comparador da figura abaixo foi utilizado para medir 
o desalinhamento de uma polia. Sabendo que o vernier do 
instrumento é de 0,01 mm, identifique nas alternativas a seguir 
qual representa a leitura correta. 
Figura 1 - Relógio comparador
 
Fonte: elaborada pela autora.
24
Identifique nas alternativas a seguir qual representa a leitura 
correta.
a. 8,53 ± 0,001. 
b. 8,53 ± 0,005. 
c. 8,54 ± 0,001. 
d. 53,8 ± 0,005. 
e. 53,8 ± 0,01. 
2. Segundo Albertazzi (2018), denomina-se processo de medição 
o conjunto de métodos e meios que são utilizados para efetuar 
uma medição reduzindo sua margem de erro. Identifique a 
seguir a alternativa que melhor representa esses fatores.
a. Definição do mensurado, procedimento de medição, operador. 
b. Resultado base, incerteza de medição. 
c. Calibração direta e indireta. 
d. Zona conformidade e zona de aceitação. 
e. Intervalo de tolerância, exatidão e resultado base. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta B
Resolução: Ponteiro menor indicando entre 8 e 9 mm.
Ponteiro maior indicando entre 53 e 54 centésimos.
Conforme descrito no enunciado, a precisão do instrumento 
é de 0,01, assim, estando o ponteiro entre os “tracinhos”, 
corresponde a ± 0,005 (aproximando em milésimos de 
milímetro).
25
Questão 2 - Resposta A
Resolução: Os fatores são: definição do mensurando, 
procedimento de medição, condições ambientais, operador, 
sistema de medição. Todos levam ao resultado da medição.
TEMA 3
Leitura e interpretação de 
desenhos técnicos 
______________________________________________________________
Autoria: Joanisa Possato Curtulo
Leitura crítica: Charlie Hudson Turette Lopes
27
DIRETO AO PONTO
A transmissão de um recado é feita pela utilização de uma 
linguagem específica e de alguns meios que podem ser diversos, 
como as mídias sociais ou então por meio de um e-mail ou mesmo 
o som, a fala. Dessa forma, temos o emissor e o receptor, um 
transmite a mensagem e o outro recebe e a interpreta. O desenho 
é uma dessas formas de se comunicar, em que se transmite uma 
informação, ideias e pensamentos.
A projeção pode ter inúmeras vistas diferentes, elas são essenciais 
para o bom entendimento do desenho, como demonstrado na 
Figura 1.
Figura 1 – Plano de vistas
Fonte: elaborada pela autora.
28
Para uma execução perfeita e interpretação de um desenho são 
necessárias as medidas, que são representadas por cotagem ou 
dimensionamento. Sendo necessárias: linhas de cota, linhas de 
extensão e valor numérico da cota (ABNT, 1984). 
O corte em um desenho é a denominação dada a uma 
representação feita de um produto por meio de, no mínimo, um 
plano virtual. Seu objetivo é o de aumentar a clareza dos detalhes 
de uma peça.
Referências bibliográficas
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8403: 
aplicações de linhas em desenho – Tipos de linhas – Larguras das 
linhas. Rio de Janeiro, 1984. 5 p.
OLIVEIRA, L, M.; CASTILHO, C. C. Leitura e interpretação de 
desenho técnico. Universidade de Mogi das Cruzes, 2005. Disponível 
em: ftp://ftp.sm.ifes.edu.br/professores/SolivanAltoe/1EN/Apostilas/
DESENHO_T%C9CNICO_1_MOGI.pdf. Acesso em: 30 nov. 2020.
PARA SABER MAIS
Segundo a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1998), 
recomenda-se o uso de símbolos que devem ser utilizados antes dos 
valores das cotas.
ftp://ftp.sm.ifes.edu.br/professores/SolivanAltoe/1EN/Apostilas/DESENHO_T%C9CNICO_1_MOGI.pdf
ftp://ftp.sm.ifes.edu.br/professores/SolivanAltoe/1EN/Apostilas/DESENHO_T%C9CNICO_1_MOGI.pdf
29
Quadro 1 - Símbolos utilizados em desenho técnico
Fonte: adaptado de Senai (2006).
Assim como o indicativo de superfícies, como pode ser visto na 
Figura 2. 
30
Figura 2 - Símbolos que indicam tipos de superfícies
Fonte: adaptado de Senai (2006).
31
Referências bibliográficas
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10126: 
cotagem em desenho técnico – procedimento. Rio de Janeiro, 
1998. 20 p.
SENAI-ES. Leitura e interpretação de desenho técnico 
mecânico. Vitória: Senai-ES, 2006. 
TEORIA EM PRÁTICA
Considere a peça abaixo e suas representações:
Figura 3 - Peça e suas vistas para resolução 
do Teoria em prática
Fonte: elaborada pela autora.
32
Assinale as vistas e identifique-as corretamente. 
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, 
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de 
aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
O livro de Orthey pode ser usado como a base para formação do 
conhecimento dos assuntos que abrangem o estudo das projeções e 
como estas se elaboram via software computacional. 
Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da 
Kroton e busque pelo título da obra no parceiro “Biblioteca Virtual 
3.0_Pearson”.
ORTHEY, A. L. Desenho auxiliado por computador. Londrina: 
Editora e Distribuidora Educacional S.A, 2017.
Indicação 2
O livro de Agostinho servirá como guia do conhecimento dos 
assuntos que abrangem tolerâncias e ajuste no dimensionamento.
AGOSTINHO, O. L.; DOS SANTOS, A. C.; LIRANI, J. Tolerâncias, 
ajustes, desvios e análise de dimensões. 7. ed. São Paulo: Blücher, 
2001.
Indicações de leitura
33
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da 
questão.
1. Sabendo que a projeçãopode ter inúmeras vistas diferentes, 
são vistas de um desenho:
a. Figura, vista de frente, vista intercalada, vista posterior, vista de 
frente e vista inferior.
b. Vista inferior, elevação, vista lateral esquerda, vista posterior, 
vista superior e vista lateral direita.
c. Vista de frente, planta, vista interior, vista lateral esquerda, 
vista posterior, vista superior e vista lateral direita.
d. Vista de superfície, elevação, vista lateral esquerda, vista 
posterior, vista superior e vista lateral direita.
e. Vista exterior, elevação, vista lateral esquerda, vista posterior, 
vista superior e vista lateral direita. 
2. Dentro do desenho temos a ____________, que será projetada 
por meio de um ____________ por uma _______________. 
 
Assinale a alternativa que completa adequadamente as 
lacunas acima:
34
a. Peça; Plano de projeção; Projeção. 
b. Projeção; Plano; Peça. 
c. Cota; Plano; Projeção. 
d. Plano de projeção; Peça; Cota. 
e. Plano de projeção; Cota; Plano. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta B
Resolução: As vistas corretas são: vista inferior, elevação 
ou vista de frente, vista lateral esquerda, vista posterior ou 
planta, vista superior e vista lateral direita.
Questão 2 - Resposta A
Resolução: A peça é o que será representado, a 
representação da peça é a projeção e o lado em que ela é 
representada pelo plano de projeção.
TEMA 4
Automação, sistema de controle 
e instrumentação
______________________________________________________________
Autoria: Joanisa Possato Curtulo
Leitura crítica: Charlie Hudson Turette Lopes
36
DIRETO AO PONTO
Os sistemas de produção automatizados executam atividades 
como processamento, montagem e inspeção, possibilitando reduzir 
significativamente a mão de obra humana e podendo ser aplicados 
em atividades como fabricação de peças em máquinas ferramentas, 
linhas de montagem automatizadas ou mesmo para inspeção 
automática de controle de qualidade.
Automação rígida – a configuração do equipamento ou sistema 
determina a sequência de operações de processamento.
Automação programável – os equipamentos são projetados de 
forma que possibilitam a mudança da sequência de operações e 
assim geram maior variedade de produtos fabricados, isso ocorre 
por meio da alteração do programa que codifica a sequência de 
operações.
Automação flexível – apresenta maior flexibilidade com relação à 
variedade de peças a ser produzida sem gerar grandes perdas de 
tempo com alterações de setup de máquina.
A automação pode ser definida como a tecnologia por meio da qual 
um processo ou procedimento é alcançado sem assistência humana. 
É realizada utilizando-se um programa de instruções combinado a 
um sistema de controle que executa as instruções. Para automatizar 
um processo, é preciso energia não só para conduzir o processo 
como para operar o programa e o sistema de controle. Embora 
possa ser aplicada em diversas áreas, a automação está diretamente 
associada às indústrias de produção (GROOVER, 2011, p. 56).
Os controles automatizados dos processos de fabricação podem 
ser realizados por meio de malha aberta ou malha fechada, como 
veremos na sequência.
37
Em sistema de malha aberta os valores medidos na variável 
controlada não são utilizados para corrigir outras variáveis de 
entrada para fazer a correção ou ajuste necessário para que seja 
possível alcançar indiretamente a variável controlada.
No controle em malha fechada, também chamado de controle 
com realimentação, ocorre uma interação entre a entrada e a saída 
do sistema para que a variável controlada no processo possa ser 
mantida dentro dos parâmetros determinados, assim o sistema em 
malha fechada realiza o controle da variável realizando correções em 
outras variáveis do processo.
Segundo Groove, um sensor é um dispositivo que converte uma 
variável física de uma forma em outra mais útil para a aplicação em 
questão. Em particular, um sensor é um dispositivo que converte um 
estímulo físico ou uma variável de interesse.
Atuadores são considerados como recursos que transformam 
um sinal de comando originado por um controlador em um 
parâmetro físico, geralmente em forma de força mecânica, como um 
deslocamento de posição ou avanço de velocidade. 
Como os computadores processam apenas dados binários, os sinais 
analógicos do processo precisam ser transformados em dados 
digitais através do conversor analógico – digital.
A conversão digital – analógica realiza a comutação dos dados 
de saída, em formato digital originário do computador em um 
sinal contínuo que ativa um atuador ou mesmo outro dispositivo 
analógico.
Os dispositivos de entrada e saída transformam os dados binários 
do processo para o computador e transferem sinais binários do 
computador para o processo, respectivamente.
38
Referências bibliográficas
GROOVER, Mi. P. Automação industrial e sistemas de 
manufatura. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.
BEGA, E. A. et al. Instrumentação industrial. 3. ed. Rio de Janeiro: 
Interciência, 2011.
PARA SABER MAIS
Controlador lógico programável (CLP)
O controlador lógico programável (CLP), conhecido também 
por sua sigla em inglês PLC (Programmable Logic Controller), teve 
origem devido às demandas da indústria automobilística, visto 
que os painéis eletromecânicos que realizavam o controle lógico 
no passado não ofereciam possibilidades para que mudanças 
e ajustes da lógica de funcionamento pudessem ser realizadas, 
gerando assim para as montadoras de automóveis alto custo, 
além de tempo desperdiçado para as montadoras sempre que 
era necessário uma nova mudança em suas linhas de montagem 
industrial.
De acordo com Associação Nacional de Fabricantes de 
Equipamentos Elétricos dos Estados Unidos da América (National 
Electrical Manufacturers Association – NEMA), o CLP é um aparelho 
eletrônico digital, que utiliza uma memória programável para 
armazenar internamente instruções e para implementar funções 
específicas, tais como lógica, sequenciamento, temporização, 
contagem e aritmética, controlando, por meio de módulos de 
entradas e saídas, vários tipos de máquinas ou processos.
39
O atual avanço tecnológico na fabricação dos CLPs possibilitou 
a redução de seu custo final e também a existência de boa 
diversidade de fabricantes, modelos e funções programáveis, 
permitindo abrir uma grande gama de possíveis aplicações em 
automação, seja ela industrial como também comercial ou até 
nas residências, realizando o controle de processos de todos os 
portes, nos mais variados tipos de indústrias, como fazendo a 
automação da soldagem por robôs nas linhas automotivas ou 
simplesmente para fazer o controle do sistema de alarme em 
qualquer tipo de residência. 
De acordo com Zancan (2010), existem inúmeras vantagens dos 
CLPs se comparados aos painéis eletromecânicos, entre elas a 
seguir listamos as mais significativas:
• Maior confiabilidade e flexibilidade. 
• Utilização de menos espaço. 
• Consumo de menos energia. 
• Fácil programação/reprogramação. 
• Reutilizável para outros processos. 
• Maior rapidez na elaboração dos projetos. 
• Capacidade de comunicar-se com outros dispositivos.
Basicamente, o funcionamento de um CLP pode ser estruturado 
em três etapas básicas, são elas: as entradas, a unidade central de 
processamento e suas saídas.
Em suas entradas são ligados os transdutores, esses dispositivos 
trazem os dados das variáveis do processo para a unidade central 
de processamento, que, então, processa os dados do input de 
40
acordo com a lógica de programação estabelecida para aquele 
processo, e que foi criada para o usuário, a partir desse ponto o 
CLP ativa ou desativa as saídas existentes. Essas saídas são ligadas 
aos atuadores, que realizam inúmeras ações no processo de 
acordo com sua finalidade (ZANCAN, 2010).
Referências bibliográficas
ZANCAN, M. D. Controladores programáveis. 3. ed. Universidade 
Federal de Santa Maria, 2010.
TEORIA EM PRÁTICA
Os servomotores são utilizados quando se necessita de controle 
develocidade, alta precisão de posicionamento, dimensões 
reduzidas, entre outros fatores. Possuem uma grande variedade 
de aplicação e função, principalmente no setor da robótica (WEG, 
2003).
Um servomotor DC possui uma constante de torque Kt = 0,095 
N.m/A, e uma constante de voltagem Kv = 0,11 V / (rad/s). A 
resistência da armadura é Ra = 1,6 ohms. Uma tensão de 24 V é 
usada na operação do motor (GROOVER, 2011, p. 99). Determine:
a. O torque inicial gerado pelo motor assim que a tensão é 
aplicada (denominado torque estacionário). 
b. A velocidade máxima quando o torque é igual a zero.
c. O ponto de operação do motor quando ele está conectado a 
uma carga cuja característica de torque é dada por Tl = Kl e 
Kl = 0,007 N.m / (rad/s). Dê a velocidade de rotação em rev / 
min.
41
d. Qual a potência (watts) distribuída pelo motor no ponto de 
operação.
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
O livro de Groover pode ser usado como a base para formação 
do conhecimento dos assuntos que abrangem o estudo da 
automação industrial, permitindo introduzir os conceitos 
relevantes sobre os elementos básicos de um sistema 
automatizado de malha aberta e fechada, como também os 
componentes de hardware para automação e controle de 
processos.
GROOVER, M. P. Automação industrial e sistemas de 
manufatura. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. 
Indicação 2
A leitura do livro de Bega será abrangente para aprofundar os 
conhecimentos relativos a sistemas automatizados de malha 
aberta e fechada e uma grande variedade de componentes e 
conceitos de instrumentação industrial.
Indicações de leitura
42
BEGA, E. A. et al. Instrumentação industrial. 3. ed. Rio de 
Janeiro: Interciência, 2011. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho 
da questão.
1. Os atuadores pneumáticos e hidráulicos têm como função 
aplicar energia mecânica sobre uma máquina, fazendo assim 
com que ocorra um trabalho específico de acordo com cada 
processo. Analisando as afirmações a seguir, identifique quais 
são verdadeiras ou falsas a respeito das características dos 
atuadores pneumáticos e hidráulicos.
I. Sistemas hidráulicos têm como característica de seu 
fluido serem incompressíveis e resultarem em altas 
forças aplicadas em seus dispositivos. 
II. Sistemas pneumáticos apresentam baixas velocidades 
de atuação se comparados aos sistemas hidráulicos.
III. Sistemas hidráulicos são mais vantajosos com relação 
aos pneumáticos quando se fala em maior controle 
de velocidade do dispositivo e de seu custo relativo de 
instalação. 
43
IV. Sistemas pneumáticos exigem em sua construção bons 
acabamentos de superfície e tolerâncias restritas nos 
componentes.
a. Apenas I e III são verdadeiras. 
b. Apenas I e II são verdadeiras. 
c. Apenas I, II e III são verdadeiras. 
d. Apenas I é verdadeira. 
e. Todas são verdadeiras. 
2. Encontre a correlação entre a descrição de determinado 
dispositivo de medição e seu correto nome de 
identificação. 
I. Medição analógica da vazão de líquido, normalmente 
baseada na diferença de pressão entre o fluxo de 
duas tubulações de diâmetros diferentes.
II. Sensor binário sem contato formado por um emissor 
(fonte de luz) e um receptor (fotocélula) disparados 
pela interrupção do feixe de luz. Dois tipos comuns: 
tipo transmitido, no qual o objeto bloqueia o feixe de 
luz entre o emissor e o receptor, tipo retrorreflexivo, 
no qual emissor e receptor estão localizados em um 
dispositivo e o feixe de luz é emitido por um refletor 
remoto, exceto quando o objeto interrompe o feixe 
refletido.
III. Sensor analógico de posição formado por um resistor 
e um contato deslizante. A posição do contato sobre 
o resistor determina a resistência medida. Disponível 
tanto para medições lineares como para medições 
rotacionais (angulares).
IV. Dispositivo analógico de medição de temperatura 
baseado no efeito termoelétrico, no qual a junção de 
44
duas tiras de materiais distintos emite uma pequena 
voltagem, que é uma função da temperatura da 
junção. Termopares comuns incluem: tipo K, tipo J e 
tipo E. 
a. Pressostato, Transformador diferencial linear variável, 
Termistor resistivo, Termômetro bimetálico. 
b. Dinamômetro, Ohmímetro, Potenciômetro, Termômetro 
bimetálico. 
c. Sensor de vazão, Interruptor fotoelétrico, Potenciômetro, 
Termopar. 
d. Pressostato, Interruptor fotoelétrico, Interruptor bimetálico, 
Termopar. 
e. Sensor de vazão, Interruptor fotoelétrico, Termistor resistivo, 
Termômetro bimetálico. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta D
Resolução: 
I. Sistemas hidráulicos têm como característica de seu 
fluido serem incompressíveis e resultarem em altas 
forças aplicadas em seus dispositivos. 
II. Sistemas pneumáticos apresentam altas velocidades de 
atuação se comparados aos sistemas hidráulicos. 
III. Sistemas hidráulicos são mais vantajosos com relação 
aos pneumáticos quando se fala em maior controle de 
velocidade do dispositivo, mas inferiores com relação 
ao custo relativo de instalação. 
45
IV. Sistemas hidráulicos exigem em sua construção bons 
acabamentos de superfície e tolerâncias restritas nos 
componentes.
Questão 2 - Resposta C
Resolução: 
I. Sensor de vazão.
II. Interruptor fotoelétrico.
III. Potenciômetro.
IV. Termopar. 
BONS ESTUDOS!
	Apresentação da disciplina
	Introdução
	TEMA 1
	Direto ao ponto
	Para saber mais
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	TEMA 2
	Direto ao ponto
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	TEMA 3
	Direto ao ponto
	Para saber mais
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	TEMA 4
	Direto ao ponto
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	Botão TEMA 5: 
	TEMA 2: 
	Botão 158: 
	Botão TEMA4: 
	Inicio 2: 
	Botão TEMA 6: 
	TEMA 3: 
	Botão 159: 
	Botão TEMA5: 
	Inicio 3: 
	Botão TEMA 7: 
	TEMA 4: 
	Botão 160: 
	Botão TEMA6: 
	Inicio 4: 
	Botão TEMA 8: 
	TEMA 5: 
	Botão 161: 
	Botão TEMA7: 
	Inicio 5:

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