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REAÇÕES DE ADIÇÃO Ligação dupla Ligação dupla conjugada Ligação tripla Reação nos ciclanos Adição a carbonila INTRODUÇÃO As reações de adição formam outro grande grupo de reações orgânicas. Como o próprio nome diz, são aquelas nas quais um átomo ou grupo de átomos (orgânico ou inorgânico) se adiciona à molécula orgânica; Evidentemente essa adição só será possível se a molécula orgânica tiver “lugares vagos” em sua estrutura, como os representados pelas ligações duplas e triplas; Podemos então dizer que reações de adição são reações típicas das insaturações presentes nos hidrocarbonetos insaturados, como alcenos, dienos, alcinos etc., Em grupos funcionais insaturados, como aldeídos, cetonas, nitrilas, isonitrilas, nitro-compostos e etc. INTRODUÇÃO Essas reações são também importantes do ponto de vista industrial, destacando-se, nesse caso, vários processos de hidrogenação de hidrocarbonetos (na indústria petroquímica), de hidrogenação de óleos vegetais (na fabricação da margarina), etc. Reações de adição ocorrem quando se adiciona um reagente a uma molécula orgânica. • Os casos mais comuns são as adições às INTRODUÇÃO Generalizando, temos: ...em que A e B são denominados adendos e podem ser iguais ou diferentes um do outro. Esse tipo de reação pode ser explicado lembrando-se que a ligação dupla é formada por uma ligação σ e uma ligação π. A ligação π é a mais fraca - isto é, pode ser quebrada com mais facilidade; Permitindo, assim, a adição de átomos (ou grupos de átomos) aos carbonos que antes formavam a ligação dupla; As adições à ligação dupla são as reações mais características dos alcenos. Como essas reações são fáceis, podemos dizer que os alcenos são bem mais reativos que os alcanos. ADIÇÕES A LIGAÇÃO DUPLA Adição de hidrogênio (hidrogenação): Essa reação é chamada de reação de Sabatier-Senderens, que serve de base para a produção, por exemplo, de margarinas a partir de óleos vegetais. (Não é usual preparar alcanos por esse caminho, pois os alcenos são mais caros e mais raros que os alcanos). Reação exotérmica Adição de halogênios (halogenação): Essa reação é espontânea e o 1,2-dicloro-etano (ou cloreto de etileno) formado é um líquido oleoso - o que deu origem ao nome de olefina, também dado aos alcenos (do latim: oleum faciens, “formador de óleo”).; Dos vários halogênios, a ordem de reatividade é Cl2>Br2>I2. (Não falamos no F2, pois sua alta reatividade provoca, em geral, a destruição do composto orgânico.) ADIÇÕES A LIGAÇÃO DUPLA Para a adição de halogênio a um alceno, propõe-se um mecanismo iônico como sugerido a seguir: ADIÇÕES A LIGAÇÃO DUPLA Adição de halogenidretos, HCl, HBr, HI (hidro- halogenação): A ordem de reatividade é: HI>HBr>HCl, que é a própria ordem de força dos ácidos (capacidade para doar prótons). ADIÇÕES A LIGAÇÃO DUPLA Regra de Markovnikov: Na adição de HX a um alceno, o átomo de hidrogênio vai para o átomo de carbono da ligação dupla que já possui o maior número de átomos de hidrogênio. ADIÇÕES A LIGAÇÃO DUPLA ADIÇÕES A LIGAÇÃO DUPLA ADIÇÕES A LIGAÇÃO DUPLA Explicação Teórica da Regra de Markovnikov: Estes dois carbocátions, entretanto, não têm a mesma estabilidade. O carbocátion secundário é mais estável e é esta maior estabilidade que contribui mais para a previsão correta da adição global pela regra de Markovnikov. ADIÇÕES A LIGAÇÃO DUPLA ADIÇÕES A LIGAÇÃO DUPLA ADIÇÕES A LIGAÇÃO DUPLA Adição de água (hidratação): Essas reações são utilizadas para a preparação de álcoois com baixo peso molecular. As soluções diluídas de ácido sulfúrico e ácido fosfórico são empregadas mais freqüentemente para catalisar a hidratação de alcenos.; Geralmente são regiosseletivas e seguem a regra de Markovnikov. ADIÇÕES A LIGAÇÃO DUPLA ADIÇÕES A LIGAÇÃO DUPLA ADIÇÕES A LIGAÇÃO DUPLA ADIÇÕES A LIGAÇÃO DUPLA IMPORTANTE: A ocorrência de rearranjos é uma complicação associada com as hidratações de alcenos. ADIÇÃO EM ALCENOS SUPERIORES Em todas as reações de adição apresentadas até agora, usamos o como exemplo de alceno. Em alcenos superiores, vamos notar um comportamento interessante; por exemplo: Veja que, das duas opções mostradas no exemplo dado, o H preferencialmente se liga ao carbono 1,quase não se ligando ao carbono 2; expressa pela regra de Markovnikoff; A única exceção é a da adição de HBr em presença de peróxidos , em que temos: ADIÇÃO EM ALCENOS SUPERIORES Em casos como este último, dizemos que houve uma adição anti-Markovnikoff, ou que ocorreu um efeito peróxido (ou efeito Kharasch); No caso particular de a reação do HBr ocorrer em presença de um peróxido, o caminho ou mecanismo da reação será diferente. Inicialmente, o HBr e o peróxido reagem, segundo: ADIÇÃO EM ALCENOS SUPERIORES O Br formado não é um íon, mas sim um átomo neutro e isolado de bromo, que é classificado na Química Orgânica como radical livre (ou simplesmente radical); O ponto que aparece ao lado do símbolo Br indica um elétron livre ou desemparelhado (correspondendo à camada de valência do bromo Br ). Esses elétrons livres tornam os radicais livres muito reativos. No caso, teremos: ADIÇÃO EM ALCENOS SUPERIORES O Br formado na 2ª etapa volta à 1ª etapa e o ciclo continua, por centenas ou milhares de vezes, sempre contrariando a regra de Markovnikoff; Acabamos de ver os dois mecanismos mais comuns da Química Orgânica: Em primeiro lugar, o chamado mecanismo iônico, pois aparecem os íons H+ e Br - ; Em segundo lugar, o mecanismo por radicais livres , no qual aparecem os radicais ADIÇÃO EM ALCENOS SUPERIORES As ligações duplas existentes no anel benzênico nos dão a primeira impressão de que deveriam ser fáceis as reações de adição, tal como acontece com os alcenos. Exemplos: ADIÇÕES AO NÚCLEO BENZÊNICO Isso, porém, não é verdade, porque: 1. A primeira reação só ocorre com catalisadores (Ni ou Pt) e em condições drásticas (300°C e 200 atm de pressão); 2. A segunda reação só ocorre com auxílio de luz ultravioleta e calor. Tudo isso indica que o anel benzênico é muito estável e resiste às reações de quebra de suas duplas ligações; ADIÇÕES AO NÚCLEO BENZÊNICO Em hidrocarbonetos aromáticos ramificados, as ramificações seguem os padrões normais de reatividade. Assim, por exemplo, no estireno, a ligação dupla da ramificação sofre adições semelhantes às dos alcenos. ADIÇÕES AO NÚCLEO BENZÊNICO Ligações duplas são chamadas de conjugadas quando estão separadas por apenas uma ligação simples , como acontece no composto Havendo reagente em excesso , esses alcadienos ou dienos darão reações em dobro, quando comparados com os alcenos. Por exemplo: ADIÇÕES A LIGAÇÕES DUPLAS CONJUGADAS No entanto, se o reagente (no caso, o Br2 ) está em falta, além da adição normal ( adição 1,2 , isto é, nos carbonos 1 e 2), surge como novidade a chamada adição 1,4 (isto é, nos carbonos 1 e 4): Exemplificando: ADIÇÕES A LIGAÇÕES DUPLAS CONJUGADAS Veja que, na verdade, ocorrem duas reações: 1. Na primeira, temos os dois átomos de bromo nas posições 1 e 2 - daí o nome adição 1,2 ; na segunda (que é predominante), temos os bromos nas posições 1 e 4 – daí o nome adição 1,4. A adição 1,2 é normal; 2. A grande novidade é o aparecimento da adição 1,4, em que os átomos de bromo se ligam às extremidades da molécula e a ligação dupla passa para a posição central. ADIÇÕES A LIGAÇÕES DUPLAS CONJUGADAS A adição 1,4 é uma conseqüência direta do fenômenode ressonância existente em ligações duplas conjugadas. De fato, o buta-1,3-dieno apresenta as seguintes formas de ressonância: ADIÇÕES A LIGAÇÕES DUPLAS CONJUGADAS O ponto vulnerável dos alcinos é a ligação tripla. Embora sejam menos reativas do que as ligações duplas, as triplas quebradas duas vezes darão em dobro as mesmas reações de adição que foram vistas para os alcenos. Adição de Hidrogênio: Nesse processo a 2ª adição é mais lenta que a 1ª. Se for empregado um catalisador forte (Ni ou Pt), a reação produzirá diretamente o alcano; por outro lado, se for usado um catalisador mais fraco (Pd misturado com BaSO4), a reação parará no alceno. ADIÇÕES A LIGAÇÕES TRIPLAS Adição de Halogênios: Os alcinos mostram o mesmo tipo de reação que os alcenos frente ao cloro e ao bromo: reagem por adição. ADIÇÕES A LIGAÇÕES TRIPLAS Adição de Halogenidretos (hidro-halogenação): Os alcinos reagem com cloreto de hidrogênio e brometo de hidrogênio formando haloalcenos ou dialetos geminais, dependendo, mais uma vez, de um ou dois equivalentes molares do haleto de hidrogênio utilizado. Ambas as reações são regiosseletivas e seguem a regra de Markovnikov: ADIÇÕES A LIGAÇÕES TRIPLAS ADIÇÕES A LIGAÇÕES TRIPLAS ADIÇÕES A LIGAÇÕES TRIPLAS Regra anti-Markovnikov: adição de HBr na presença de peróxidos. Adição de água (hidratação): Nessa reação forma-se, de início, um composto que tem o nome genérico de enol - en (eno), para lembrar a dupla ligação (alceno), e ol, lembrando a terminação dos nomes dos álcoois; De um modo geral, os enóis são instáveis: espontaneamente, um átomo de hidrogênio se desloca, no sentido indicado pela seta verde (veja na equação dada), e o enol se transforma no aldeído; dizemos então que houve um rearranjo molecular; A transformação, porém, não é total, de modo que o enol e o aldeído permanecem em equilíbrio dinâmico (com predominância do aldeído). ADIÇÕES A LIGAÇÕES TRIPLAS Veja que o enol e o aldeído, no exemplo dado, são isômeros. Esse é um caso especial de isomeria chamado tautomeria; por isso, dizemos que o enol e o aldeído são tautômeros; As reações de hidratação de alcinos maiores que o acetileno são análogas à que apresentamos. Nesses casos, porém, não são produzidos aldeídos, mas sim cetonas, em decorrência da regra de Markovnikov: ADIÇÕES A LIGAÇÕES TRIPLAS REAÇÕES NOS CICLANOS
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