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O MAL-ESTAR NA CIVILIZAÇÃO: UMA
ANÁLISE PSICANALÍTICA DA
CONDIÇÃO HUMANA
ANA LÚCIA, ANA PAULA, ANNAIZ VIAL, CAMILLE HELENO, DIANA, IRIS MATIAS, JÉSSICA
CRISTINA, JÚLIA CAMPOS, KARINE LADEIRA E MARIANA DE JESUS
A obra "O Mal-Estar na Civilização", escrita pelo renomado psicanalista
Sigmund Freud e publicada em 1930, oferece uma análise profunda e
instigante sobre os conflitos e tensões inerentes à vida em sociedade.
Neste livro, Freud explora as origens e as consequências do sofrimento
psicológico do ser humano na civilização moderna, lançando luz sobre as
complexidades da natureza humana e os desafios enfrentados pelos
indivíduos em sua busca por felicidade e realização pessoal.
Freud argumenta que o ser humano enfrenta um conflito constante entre o "princípio do prazer"
(o desejo inato de buscar satisfação imediata e evitar o desconforto) e o "princípio de realidade" 
(a necessidade de adiar a gratificação, controlar os impulsos e se submeter às demandas sociais e
culturais para garantir a sobrevivência e a coexistência harmoniosa). Essa tensão entre as
aspirações individuais e as exigências da civilização gera um mal-estar que permeia a experiência
humana.
O CONFLITO ENTRE PRAZER E REALIDADE
Princípio do Prazer
O princípio do prazer
representa o desejo inato do
ser humano de buscar a
satisfação imediata de seus
impulsos e desejos, sem levar
em consideração as
consequências sociais ou as
restrições impostas pela
civilização.
Princípio de Realidade
O princípio de realidade, por sua
vez, exige que o indivíduo adie a
gratificação, controle seus
impulsos e se submeta às
demandas sociais e culturais, a fim
de garantir a sobrevivência e a
convivência harmoniosa em
sociedade.
O Conflito
O conflito entre esses dois
princípios é a fonte do mal-
estar na civilização, uma vez
que o ser humano é forçado a
abrir mão de seus desejos
naturais em prol da
manutenção da ordem social.
Agressividade, Culpa e o Superego
Freud também se debruça sobre a questão da agressividade humana e sua relação com a formação
do superego, a parte da psique responsável pela internalização das normas e valores morais da
sociedade. Ele argumenta que a repressão dos desejos instintivos e a necessidade de se adequar às
exigências sociais geram um sentimento de culpa que é incorporado pelo superego, exercendo um
controle rígido sobre o comportamento dos indivíduos.
Pulsão de Morte
Freud introduz a ideia da pulsão de morte (Thanatos), que representa o impulso humano em direção à
autodestruição e à agressão. Essa pulsão coexiste com a pulsão de vida (Eros) e contribui para os
conflitos internos e externos enfrentados pelos indivíduos.
Formação do Superego
O superego, a instância moral da psique, se forma a partir da internalização das normas e valores da
sociedade. Ele exerce um controle rígido sobre o comportamento dos indivíduos, muitas vezes
gerando conflitos internos e sentimentos de culpa.
Culpa e Sofrimento
A repressão dos desejos instintivos e a necessidade de se adequar às exigências sociais geram um
sentimento de culpa que contribui significativamente para o mal-estar vivenciado pelos indivíduos na
civilização.
Outro ponto central da obra de Freud é sua análise da função da
religião na sociedade. Ele argumenta que a religião serve como uma
forma de lidar com o desconforto causado pela vida civilizada,
oferecendo um consolo ilusório diante das incertezas e sofrimentos
da existência humana. Para Freud, a religião é uma construção
mental que permite aos indivíduos evitarem enfrentar as duras
realidades da vida.
RELIGIÃO E ILUSÃO
Religião como Ilusão
Freud descreve a religião como uma ilusão, uma forma de
negação da realidade que oferece esperança e conforto
aos indivíduos diante das angústias e incertezas da vida.
A Função da Religião
Para Freud, a religião desempenha um papel crucial na
sociedade, permitindo que os indivíduos lidem com o
mal-estar causado pelas restrições e demandas da
civilização.
Crítica à Religião
Freud questiona a validade da religião como uma
solução duradoura para o sofrimento humano,
argumentando que ela apenas adia o enfrentamento
das realidades da existência.
Religião e Psique
A análise de Freud sobre a religião revela sua
preocupação com o papel das ilusões na psique
humana e sua busca por entender as raízes do mal-
estar na civilização.
Uma das questões centrais abordadas por Freud em "O Mal-
Estar na Civilização" é se o progresso civilizatório vale
realmente a pena em termos de bem-estar psicológico e
emocional. Ele argumenta que, embora a civilização traga
benefícios como segurança e conforto material, ela também é
uma fonte significativa de infelicidade devido às restrições
que impõe aos desejos naturais e à liberdade pessoal.
Benefícios da Civilização: A civilização oferece segurança, estabilidade e
recursos materiais, melhorando as condições de vida dos indivíduos.
CIVILIZAÇÃO: PROGRESSO OU SACRIFÍCIO?
Custos Psicológicos: No entanto, a civilização também impõe restrições aos
desejos e impulsos naturais do ser humano, gerando um mal-estar
psicológico.
Conflito e Sofrimento: Esse conflito entre os benefícios da civilização e seus
custos psicológicos é a fonte do mal-estar que Freud discute em sua obra.
Ansiedade
A repressão dos desejos instintivos pode gerar um estado de ansiedade e desconforto constante, à
medida que os indivíduos lutam para conter seus impulsos naturais.
O Impacto da Repressão dos Desejos
Freud argumenta que a repressão dos desejos instintivos e a necessidade de se adequar às
exigências sociais têm um impacto significativo na saúde mental dos indivíduos. Essa repressão pode
levar a diversas manifestações psicológicas, como ansiedade, depressão e até mesmo doenças
psicossomáticas. Compreender o papel da repressão dos desejos é fundamental para entender as
raízes do sofrimento humano na civilização.
Depressão
O sentimento de culpa e a sensação de que suas necessidades não estão sendo atendidas podem levar
os indivíduos a desenvolver quadros depressivos.
Doenças Psicossomáticas
A tensão psicológica gerada pela repressão dos desejos pode se manifestar em problemas físicos,
como distúrbios gastrointestinais, dores de cabeça e problemas cardiovasculares.
Conflitos Internos
O conflito entre o "princípio do prazer" e o "princípio de realidade" gera uma constante luta
interna, que pode afetar o bem-estar emocional dos indivíduos.
A obra de Sigmund Freud, "O Mal-Estar na Civilização", permanece
profundamente relevante até os dias atuais. Suas ideias sobre os
conflitos inerentes à condição humana na sociedade moderna
continuam a ser amplamente discutidas e analisadas por psicólogos,
filósofos e estudiosos da cultura. A compreensão dos mecanismos
psicológicos que geram o mal-estar na civilização é fundamental para
a busca de soluções que permitam aos indivíduos e à sociedade como
um todo alcançar um maior grau de bem-estar e realização pessoal.
Legado e Relevância Contemporânea
Relevância da Obra
A atualidade dos temas abordados por Freud, como a repressão dos desejos, a formação do
superego e o papel da religião, continua a inspirar discussões e pesquisas na psicologia, filosofia e
ciências sociais.
Legado Psicanalítico
A obra de Freud lançou as bases da psicanálise e influenciou profundamente o entendimento da
psique humana e seus mecanismos inconscientes.
Impacto na Sociedade
As ideias de Freud sobre o conflito entre o indivíduo e a civilização têm sido amplamente
debatidas e aplicadas na compreensão dos desafios enfrentados pela sociedade contemporânea.
PSICOLOGIA | 3° PERÍODO
AGRADECEMOS

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