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NCPC: RESUMINHO DE INTERVENÇÃO DE TERCEIROS Caros colegas, intervenção de terceiros é um tema recorrente em provas de concursos. Recomendo a leitura dos artigos 50 a 80 do Código de Processo Civil. Sempre que tenho um tempinho, assisto as vídeo aulas do programa prova final. O site deles é o prova–final.blogspot.com. Muito bom! Abaixo estou postando um breve resumo dos meus estudos sobre o tema: Assistência: Acontece quando um terceiro tem interesse jurídico na demanda, interesse que um das partes saída vitoriosa da demanda. Art. 50 do CPC: Pendendo uma causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro, que tiver interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma delas, poderá intervir no processo para assisti-la. “Art. 51. Não havendo impugnação dentro de 5 (cinco) dias, o pedido do assistente será deferido. Se qualquer das partes alegar, no entanto, que falece ao assistente interesse jurídico para intervir a bem do assistido, o juiz: I – determinará, sem suspensão do processo, o desentranhamento da petição e da impugnação, a fim de serem autuadas em apenso; II – autorizará a produção de provas; III – decidirá, dentro de 5 (cinco) dias, o incidente”. Pode ocorrer em qualquer fase da relação processual, inclusive em grau de recurso. “Art.50, parágrafo único do CPC: (…) Parágrafo único. A assistência tem lugar em qualquer dos tipos de procedimento e em todos os graus da jurisdição; mas o assistente recebe o processo no estado em que se encontra”. Divide-se em: Assistência Simples e Litisconsorcial. Assistência Litisconsorcial: verdadeira parte no processo assistido, ele somente não iniciou a relação processual porque não foi demandado. Assistência Simples isso não acontece. Na assistência seja ela simples ou litisconsorcial, se o assistente e o assistido tiverem advogado distintos o prazo para recorrer é em dobro. Aplica-se o artigo 191 do CPC: “Art. 191. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos”. Oposição: “Art. 56. Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu, poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos”. Na oposição, o terceiro se opõe as pretensões tanto do autor quanto do réu. Pode ocorrer até a prolação da sentença de primeiro grau. “Art. 59. A oposição, oferecida antes da audiência, será apensada aos autos principais e correrá simultaneamente com a ação, sendo ambas julgadas pela mesma sentença. Art. 60. Oferecida depois de iniciada a audiência, seguirá a oposição o procedimento ordinário, sendo julgada sem prejuízo da causa principal. Poderá o juiz, todavia, sobrestar no andamento do processo, por prazo nunca superior a 90 (noventa) dias, a fim de julgá-la conjuntamente com a oposição”. Desenvolve-se como ação autônoma até a sentença, independente da ação principal. Para elucidar o tema, cite-se a seguinte jurisprudência: “ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA. INTERVENÇÃO DE TERCEIROS. OPOSIÇÃO. POSSIBILIDADE.A oposição é ação autônoma, independente da principal, uma vez que o opoente pretende fazer valer direito próprio, incompatível com o do autor e do réu. É possível a oposição em ação ordinária de indenização por desapropriação indireta. A oposição é ação autônoma, independente da principal, uma vez que o opoente pretende fazer valer direito próprio, incompatível com o do autor e do réu. É possível a oposição em ação ordinária de indenização por desapropriação indireta. (AC 2006.35.01.002515-4/GO, Rel. Desembargador Federal Tourinho Neto, Terceira Turma,DJ p.49 de 16/02/2007)”. Nomeação a Autoria: ocorre quando a ação é proposta contra alguém, que detenha a coisa em nome de outrem. A parte demandada é ilegítima para responder sobre o caso. Como exemplo, cite-se o caso do caseiro, mero detentor. Deverá ser feita no prazo para a defesa: “Art. 64. Em ambos os casos, o réu requererá a nomeação no prazo para a defesa; o juiz, ao deferir o pedido, suspenderá o processo e mandará ouvir o autor no prazo de 5 (cinco) dias”. Nos moldes do artigo 62 do CPC, a nomeação à autoria é obrigatória e responderá por perdas e danos àquele que não o fizer: “Art. 62. Aquele que detiver a coisa em nome alheio, sendo-lhe demandada em nome próprio, deverá nomear à autoria o proprietário ou o possuidor. (…) Art. 69. Responderá por perdas e danos aquele a quem incumbia a nomeação: I – deixando de nomear à autoria, quando Ihe competir; II – nomeando pessoa diversa daquela em cujo nome detém a coisa demandada”. Denunciação da Lide: Uma das partes denuncia a terceiro a existência de uma lide, para buscar seu direito de regresso. Pode ser feita tanto pelo autor, na inicilal, quanto pelo réu na contestação. É o caso do acidente e trânsito, no qual o segurado invoca a seguradora para integrar a demanda. Ocorre nas hipóteses do art. 70 do CPC: “Art. 70. A denunciação da lide é obrigatória: I – ao alienante, na ação em que terceiro reivindica a coisa, cujo domínio foi transferido à parte, a fim de que esta possa exercer o direito que da evicção Ihe resulta; II – ao proprietário ou ao possuidor indireto quando, por força de obrigação ou direito, em casos como o do usufrutuário, do credor pignoratício, do locatário, o réu, citado em nome próprio, exerça a posse direta da coisa demandada; III – àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda”. Chamamento ao Processo: Ocorre nos casos de solidariedade e benefício de ordem. Trata-se de correção pólo passivo da demanda. Deve ser argüida no prazo concedido para a resposta do réu (dentro da contestação ou em peça autônoma). É facultativa. Ocorre nas hipóteses do artigo 77 do CPC: “Art. 77. É admissível o chamamento ao processo: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) I – do devedor, na ação em que o fiador for réu; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) II – dos outros fiadores, quando para a ação for citado apenas um deles; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) III – de todos os devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns deles, parcial ou totalmente, a dívida comum. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)”. https://resumaoconcursos.wordpress.com/2012/08/20/cpc-resuminho-de-intervencao-de-terceiros/
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