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Economia O Instituto IOB nasce a partir da experiência de mais de 40 anos da IOB no desenvolvimento de conteúdos, serviços de consultoria e cursos de excelência. Por intermédio do Instituto IOB, é possível acesso a diversos cursos por meio de ambientes de aprendizado estruturados por diferentes tecnologias. As obras que compõem os cursos preparatórios do Instituto foram desenvolvidas com o objetivo de sintetizar os principais pontos destacados nas videoaulas. institutoiob.com.br Economia / Obra organizada pelo Instituto IOB - São Paulo: Editora IOB, 2013. ISBN 978-85-63625-58-8 Informamos que é de inteira responsabilidade do autor a emissão dos conceitos. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização do Instituto IOB. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal. Sumário Capítulo 1 – Macroeconomia, 7 1. Macroeconomia – Conceitos Básicos, 7 2. Macroeconomia – Fluxo e Estoque, 8 3. Conceito de Produto Intermediário e Produto Adicionado, 9 Capítulo 2 – Produto Nacional – Interno – Líquido e Bruto, 11 1. Produto Nacional e Interno, 11 2. Produto Líquido e Produto Interno Bruto, 12 Capítulo 3 – Macroeconomia, 15 1. Identidade Macroeconômica Fundamental, 15 2. Conta de Produção – Oferta Igual à Demanda, 17 3. Conta de Apropriação, 18 4. Contas do Governo e do Setor Externo, 19 5. Conta de Capital, 21 6. Contas do Governo – Déficit Público, 22 Capítulo 4 – Balanço de Pagamento, 24 1. Balanço de Pagamento – Residentes e Não Residentes – Reservas Internacionais, 24 2. Estrutura de Balanço de Pagamentos, 26 3. Balanço de Pagamentos em Transações Correntes, 27 4. Transferência Líquida de Recurso para o Exterior e Hiato do Produto, 28 5. Critérios de Lançamento no Balanço de Pagamentos, 29 6. Outros Lançamentos no Balanço de Pagamentos – Refinanciamento de Juros, 31 7. Outros Lançamentos no Balanço de Pagamentos – Amortização de Dívidas, 32 Capítulo 5 – Mercado de Bens, 44 1. Mercado de Bens – I, 44 2. Mercado de Bens – II, 45 3. Mercado de Bens – III, 46 4. Determinação do Produto, 47 5. Poupança e Investimento, 48 6. Governo – I, 49 7. Tributação como uma Função da Renda, 50 8. Setores Externos, 52 9. Governo – II, 53 10. Déficit Público, 54 Capítulo 6 – Multiplicador no Mercado de Bens, 55 1. Multiplicador Keynesiano, 55 2. Multiplicador – Economia Aberta e com Governo, 57 Capítulo 7 – Mercado Monetário, 59 1. Mercado Monetário, 59 2. Base Monetária, 60 3. Meios de Pagamento, 61 4. Criação de Moeda, 63 Capítulo 8 – Multiplicador Bancário, 65 1. Multiplicador Bancário, 65 2. Funcionamento dos Multiplicadores, 67 Capítulo 9 – Moeda, 69 1. Oferta de Moeda, 69 2. Teoria Quantitativa da Moeda, 70 3. Demanda de Moeda, 72 4. Armadilha da Liquidez, 74 Capítulo 10 – Interligação da Economia Real, 76 1. Interligação da Economia Real e Monetária, 76 2. Função IS e Função LM, 77 Capítulo 11 – Política Fiscal e Monetária, 79 1. Política Fiscal e Monetária – I, 79 2. Política Monetária, 80 3. Armadilha da Liquidez, 81 4. Política Fiscal e Monetária – II, 83 Capítulo 12 – Taxa de Câmbio, 86 1. Taxa de Câmbio – Nominal e Real, 86 2. Arbitragem dos Juros, 87 3. Regimes Cambiais, 88 4. Vantagens e Desvantagens da Taxa de Câmbio Fixa e Flutuante/ Flexível, 89 Capítulo 13 – Análise Macroeconômica, 91 1. Análise Macroeconômica, 91 2. Política Fiscal no Câmbio Fixo, 92 Capítulo 14 – Curva de Phillips, 95 1. Curva de Phillips – I, 95 2. Curva de Phillips – II, 96 3. Curva de Phillips – III, 97 4. Curva de Phillips – IV, 98 Capítulo 15 – Microeconomia – Introdução, 100 1. Conceitos Fundamentais da Economia, 100 2. Fluxo Circular da Renda, 101 3. Curva de Possibilidade de Produção, 103 4. Custo de Oportunidade, 105 Capítulo 16 – Teoria Elementar de Equilíbrio do Mercado, 107 1. Microeconomia – Demanda, 107 2. Microeconomia – Fatores da Demanda, 109 3. Microeconomia – Bens de Giffin, 114 4. Microeconomia – Oferta, 116 5. Microeconomia – Formas de Apresentação da Oferta, 119 Capítulo 17 – Elasticidade, 122 1. Elasticidade, 122 2. Casos Particulares da Elasticidade e Preço da Demanda, 125 3. Elasticidade de Renda da Demanda, 126 4. Elasticidade Cruzada Demanda, 128 5. Cálculo Geométrico da Elasticidade Preço da Demanda, 130 6. Elasticidade Preço da Oferta, 133 Capítulo 18 – Teoria Elementar da Produção, 137 1. Teoria Elementar da Produção – Longo Prazo, 137 2. Teoria Elementar da Produção – Curto Prazo, 139 3. Teoria Elementar da Produção – Representação Gráfica, 140 4. Alterações na Estrutura do Balanço de Pagamentos, 143 5. Custo Total, Fixo e Variável – Representação Gráfica, 144 Capítulo 19 – Teoria dos Mercados, 150 1. Teoria dos Mercados, 150 2. Equilíbrio em um Mercado de Concorrência Perfeita, 151 3. Maximização do Lucro na Concorrência Perfeita, 153 4. Curva de Oferta, 157 5. Monopólio, 161 Capítulo 20 – Consumidor, 165 1. Teoria do Consumidor – I, 165 2. Teoria do Consumidor – II, 167 3. Teoria do Consumidor – Tipos de Indiferença, 168 4. Taxa Marginal de Substituição, 170 5. Restrição Orçamentária, 171 6. Equilíbrio do Consumidor, 174 Capítulo 21 – Função de Produção, Isocustos e Isoquantas, 176 1. Função de Produção com Insumos e suas Propriedades: Função de Produção, 176 2. Principais Isoquantas, 178 3. Isocusto, 180 4. Equilíbrio da Firma, 182 5. Cálculo da Cesta Ótima do Consumidor, 183 Capítulo 22 – Intervenção do Estado na Economia, 185 1. Intervenção do Estado e Bens, 185 2. Política Fiscal e Monetária, 186 3. Estado Produtor para Regulador, Consenso de Washington e Governos, 187 Gabarito, 188 Capítulo 1 Macroeconomia 1. Macroeconomia – Conceitos Básicos 1.1 Apresentação Esta unidade abordará os conceitos básicos da macroeconomia. 1.2 Síntese A macroeconomia é uma teoria que estuda a renda, o emprego, o preço e a moeda pelas médias globais e de forma agregada. Para que se possa medir o produto da economia, devem ser agregados (= juntar) todos os bens e serviços e avaliá-los por meio de uma única unidade monetária de medida denominada: Moeda Produto = ∑(quantidade x preço) E co no m ia 8 A moeda é o único elemento capaz de agregar diferentes tipos de serviços da economia. Produto da economia é tudo aquilo que toma forma de bens e serviços. Bem é algo tangível, mas a economia também produz serviço. Define-se como produto per capita a relação entre o produto da economia e o número de pessoas residentes. Produto per capita = Produto da economia dividido pelo número de pes- soas residentes. A primeira identidade macroeconômica a ser conhecida é que todo produ- to é igual à renda, e toda renda é igual ao dispêndio. Todo produto é igual à renda, porque para ser produzido qualquer bem ou serviço é necessário fatores produtivos, sendo eles: mão de obra, capital, matéria-prima e empreendimento. A remuneração dos fatores de produção é chamada renda. Logo, todo pro- duto será igual à renda gerada por ele. E para adquirir o produto é necessária uma despesa. Produto é igual à renda que é igual à despesa. Elas ocorrem simultaneamente; são identidades macroeconômicas representadas por três traços. Produto ≡ Renda ≡ Despesa. 2. Macroeconomia – Fluxo e Estoque 2.1 Apresentação Esta unidade abordará os conceitos de fluxo e estoque. 2.2 Síntese Estoques e fluxos são quantidades que podem aumentar ou diminuir ao longo do tempo. O que os diferencia é que o estoque pode ser mensurado em um ponto específico de tempo, enquanto o fluxo só pode ser mensurado em um intervalo ou período de tempo. Produto da economia é um fluxo, em que só é possível medir em um inter- valo, não sendo possível medir em um ponto. O déficitocorre na medida em que se gasta mais do que se tem, e a dívida é o estoque de tudo o que se deve. Curto prazo em macroeconomia é o período de tempo no qual os preços são rígidos, baseado no modelo keynesiano. Longo prazo em macroeconomia é quando os preços são flexíveis, baseado no modelo clássico. E co no m ia 9 Exercício 1. Pode-se dividir as variáveis macroeconômicas em duas categorias: estoque e fluxo. Assim, podemos afirmar que: a) Renda agregada e o déficit orçamentário são variáveis fluxo ao passo que o consumo agregado, o investimento agregado, a dívi- da pública e a quantidade de capital na economia são variáveis estoque. b) A renda agregada, o investimento agregado, o consumo agrega- do e o déficit orçamentário são variáveis estoque ao passo que a dívida do governo e a quantidade de capital na economia são variáveis fluxo. c) A renda agregada, o investimento agregado, o consumo agre- gado e o déficit orçamentário são variáveis fluxo ao passo que a dívida do governo e a quantidade de capital na economia são variáveis estoque. d) O investimento agregado, o consumo agregado e a dívida públi- ca são variáveis fluxo ao passo que a renda agregada, o déficit or- çamentário e a quantidade de capital na economia são variáveis estoque. 3. Conceito de Produto Intermediário e Produto Adicionado 3.1 Apresentação Esta unidade abordará conceito de produto intermediário e produto adicionado. 1.2 Síntese Produto da economia agregado, isto é, adicionado é o valor bruto da produ- ção menos o consumo intermediário. Produto intermediário é o material utilizado para elaboração do produto, ou seja, são os insumos, os bens ou os serviços usados para que a produção seja possível. Produto adicionado é o produto somado ao que está sendo utilizado, ou seja, acrescentado ao produto (= consumo) intermediário. E co no m ia 10 Produto agregado (ou adicionado) = Valor Bruto da Produção – Consumo Intermediário. Numa economia há quatro setores: família (unidades familiares), governo, empresa e setor externo. Considerando um modelo simples no qual só haja famílias e empresas que irão interagir em dois mercados: mercado de bens e serviços e no mercado de fatores de produção, pode-se compreender que as famílias disponibilizam para as empresas fatores de produção (mão de obra, capital, empreendimento, ma- téria-prima) em troca de uma remuneração ou renda (salários, juros, aluguéis e lucros). E as empresas disponibilizam bens e serviços para as famílias em troca de um pagamento por esses bens e serviços. Exercício 2. Um país produz um único bem final, o pão, que é consumido por seus habitantes. O processo de produção do pão é descrito a seguir: Produto Valor do produto Insumos Valor Adicionado Trigo 10 0 10 Farinha 15 10 5 Pão 20 15 5 Neste caso, o valor adicionado e o valor bruto da produção são, respectivamente, iguais a: a) 5 e 20. b) 20 e 20. c) 20 e 5. d) 20 e 45. e) 45 e 20. Capítulo 2 Produto Nacional – Interno – Líquido e Bruto 1. Produto Nacional e Interno 1.1 Apresentação Esta unidade abordará a diferença entre produto nacional e interno. 1.2 Síntese O produto da economia pode ser nacional ou interno. Produto Nacional (PN) é o produto que pertence ao país, independente- mente de ter sido produzido dentro das fronteiras nacionais. Produto Interno (PI) é o produto que é produzido dentro das fronteiras territoriais do país, independentemente de pertencer a esse país ou não. Sabendo que, a Renda Enviada ao Exterior – Renda Recebida do Exterior = Renda Líquida Enviada ao Exterior. Logo: REE – RRE = RLEE. E co no m ia 12 Então, o Produto Nacional = Produto Interno – Renda Líquida Enviada para o Exterior. Logo: PN = PI – RLEE. Sabendo que: Renda Recebida do Exterior – Renda Enviada ao Exterior = Renda Líquida Recebida do Exterior. Logo, RRE – REE = RLRE. Então, o Produto Nacional = Produto Interno + Renda Líquida Recebida do Exterior. Logo, PN = PI + RLRE. Portanto, RLEE = − RLRE. A renda líquida enviada ao exterior é igual à renda líquida recebida do exterior, com sinal trocado. Entende-se por Renda Enviada ao Exterior, ou Recebida do Exterior, toda renda em forma de salários, juros, aluguéis e lucros e as transferências unilate- rais enviadas ou recebidas ao/do exterior. Exercício 3. O Produto Interno Bruto a preços de mercado é igual ao: a) Produto Nacional Bruto a preços de mercado menos a renda líquida enviada ao exterior. b) Produto Nacional Bruto a preços de mercado menos a renda líquida recebida do exterior. c) Produto Nacional Bruto a preços de mercado mais depreciação menos a renda líquida enviada ao exterior. d) Produto Nacional Bruto a custo de fatores mais depreciação me- nos a renda líquida enviada ao exterior. e) Produto Nacional Bruto a custo de fatores mais depreciação me- nos a renda líquida recebida do exterior. 2. Produto Líquido e Produto Interno Bruto 2.1 Apresentação Esta unidade abordará o produto interno bruto. 2.2 Síntese O produto da economia pode ser líquido ou bruto. Produto Líquido (PL) = Produto sem incluir a depreciação. Produto Bruto (PB) = Produto incluindo a depreciação. E co no m ia 13 A depreciação consiste no desgaste de qualquer bem de capital (desgas- te de máquinas, equipamentos, instalações etc.). Dado o Produto Líquido e desejando-se calcular o Produto Bruto, deve-se somar ao primeiro ou subtrair do segundo a depreciação. PB = PL + depreciação PL = PB – depreciação Exercício 4. Considere os seguintes dados: Produto Interno Bruto a custo de fa- tores = 1.000; renda enviada ao exterior = 100; renda recebida do exterior = 50; impostos indiretos = 150; subsídios = 50; depreciação = 30. Com base nessas informações, o Produto Nacional Bruto a custo de fatores e a Renda Nacional líquida a preços de mercado são, respectivamente: a) 1.250 e 1.050. b) 1.120 e 1.050. c) 950 e 1.250. d) 950 e 1.020. e) 1.250 e 1.120. O produto a custo de fatores consiste em produto sem incluir os impostos indiretos menos os subsídios. O produto a preço de mercado consiste em produto incluindo os impostos indiretos menos os subsídios. Ppm = Pcf + (impostos indiretos − subsídios). Pcf = Ppm – (impostos indiretos − subsídios). O Produto Interno será maior que o Nacional se a Renda Líquida Envia- da ao Exterior for positiva ou se a Renda Líquida Recebida do Exterior for negativa. No caso do Brasil, como ele é um país que apresenta Renda Enviada ao Exterior maior que Renda Recebida do Exterior, então, pode-se afirmar que ele apresentará Renda Líquida Enviada para o Exterior positiva e seu Produto Interno será maior que o Produto Nacional. O Produto Líquido sempre será menor que o Bruto porque um país, por menor ou menos desenvolvido que seja, sempre apresentará uma depreciação positiva. O Produto a Custo de Fatores será menor que o Produto a Preço de Merca- do sempre que os impostos indiretos – subsídios forem positivos. Caso os sub- sídios sejam maiores que os impostos indiretos, então, ter-se-á um caso em que o Produto a Preço de Mercado será menor que o Produto a Custo de Fatores. E co no m ia 14 O Produto Nacional Líquido a custo de fatores também é chamado de Renda Nacional (RN). O Produto Interno Líquido a custo de fatores também é chamado de Renda Interna (RI). O Produto final da economia é o Produto Interno Bruto a preço de merca- do (PIBpm). Capítulo 3 Macroeconomia 1. Identidade Macroeconômica Fundamental 1.1 Apresentação Esta unidade abordará a identidade macroeconômica fundamental. 1.2 Síntese Sabe-se que a economia é dividida em quatro setores assim conhecidos: 1. Famílias ou unidades familiares: são aqueles que consomem os bens e serviços das empresas evendem os fatores de produção. 2. Empresas (públicas e privadas): são aqueles que produzem e vendem bens e serviços para os outros setores, inclusive para outras empresas. 3. Governo: cobra os impostos. 4. Setor externo: são os outros países que vão comprar os produtos brasilei- ros fazendo com que haja exportação, ou que vende, fazendo com que haja importação. E co no m ia 16 A conta de produção tem de um lado as despesas e de outro a receita. Pro- dução consiste em tudo que as empresas vão produzir. As empresas terão receita quando venderem os seus produtos para os de- mais setores da economia. As unidades familiares são os primeiros a adquirir os produtos das empresas, e é chamado de consumo pessoal. Quando outras empresas adquirem, elas estarão investindo. Quando vendido para o governo, ele está gastando, consumindo, chamado de consumo do governo ou gasto do governo de forma mais ampla. As empresas quando vendem para fora está havendo exportação de bens e serviços não fatores. Este é o lado da receita. No lado da despesa, as empresas terão de pagar os fatores de produção, que são os salários, juros, lucros, aluguéis e royalties. As empresas públicas também terão de pagar os fatores de produção, salários, juros, lucros e outras receitas correntes líquidas do governo. O governo cobra impostos diretos sobre os salários, aluguéis e lucros, pagos pelas empresas. Somando tudo isso se tem a renda nacional, que é a mesma coisa que pro- duto nacional líquido a custo de fatores. Conta de Produção Débito Crédito Salários Consumo Pessoal Juros Consumo do Governo Aluguéis Variação de Estoques Lucros Distribuídos Lucros Retidos Formação Bruta de Capital Fixo Royalties Exportação de Bens e Serviços não Fatores Impostos Diretos Pagos pelas Empresas − Transferências Recebidas pelas Em- presas Outras Receitas Correntes Líquidas do Governo RNLcf = PNLcf Impostos Indiretos − Subsídios PNLpm Depreciação PNBpm Renda Líquida Enviada ao Exterior PIBpm Importação de Bens e Serviços Não Fatores Oferta total de bens e serviços Demanda total por bens e serviços E co no m ia 17 2. Conta de Produção – Oferta Igual à Demanda 2.1 Apresentação Esta unidade abordará a conta de produção, em que a oferta é igual à demanda. 2.2 Síntese Diante disso, podemos montar a identidade macroeconômica: Oferta agregada = demanda agregada Oferta agregada (o.a) = PIBpm + importação (M) Demanda agregada (d.a) = Consumo pessoal (C) + Investimento (I) = for- mação bruta de capital fixo + Δestoques) + Gasto do governo (G) + Expor- tação (X). o.a = d.a PIBpm + M = C + I + G + X PIBpm = C + I + G + X – M Chamando PIBpm de Y, tem-se: Y = C + I + G + X – M Os lucros podem ser de duas formas: retidos ou distribuídos. Exercício 5. Considere os seguintes dados para uma economia hipotética: PIB a preços de mercado = 2.000; tributos indiretos = 500; subsídios = 250; consumo final das famílias = 400; formação bruta de capital fixo = 400; variação de estoques = 100; exportações de bens e serviços não fatores = 500; importações de bens e serviços não fatores = 100; depreciação = 200; impostos diretos = 200; transferências de assis- tência e previdência efetuadas pelo governo = 150; outras receitas correntes líquidas do governo = 600; juros da dívida pública interna = 100; poupança do governo em conta-corrente (superávit) = 100. O consumo final das administrações públicas é igual a (unidades monetárias): a) 1.100. b) 650. E co no m ia 18 c) 600. d) 550. e) 700. 3. Conta de Apropriação 3.1 Apresentação Esta unidade abordará a conta de apropriação. 3.2 Síntese A conta de apropriação pertence às famílias. Conta de Apropriação Débito Crédito Consumo Pessoal Salários Aluguéis Impostos Diretos Pagos pe- las Unidades Familiares Juros Lucros Retidos Distribuídos Royalties Impostos Diretos Pagos pelas Empresas Impostos Diretos Pagos pelas Empresas − Trans- ferências Recebidas pelas Empresas Outras Receitas Correntes Líquidas do Governo Outras Receitas Correntes Líquidas do Governo Transferências Recebidas pelas Unidades Fami- liares Poupança Líquida do Se- tor Privado Transferências Recebidas pelas Empresas Utilização da RNLcf + transferências RNLcf + transferências Além desses conceitos, através da Renda Nacional, determina-se a Renda Pessoal e a Renda Pessoal Disponível. Assim, a diferença entre renda pessoal e renda pessoal disponível consiste em: E co no m ia 19 Renda Pessoal = Renda Nacional (RN) – lucros retidos (ou lucros não dis- tribuídos) − Outras receitas correntes líquidas do governo – impostos diretos pagos pelas empresas + transferências recebidas pelas empresas. Renda Pessoal Disponível = Renda Pessoal – Tributos líquidos (impostos) pagos pelas famílias = Consumo pessoal + poupança pessoal. Exercício 6. Para se obter o valor da renda pessoal disponível de uma economia é necessário, entre outros cálculos, adicionar à renda nacional o valor de: a) Impostos Diretos. b) Transferências unilaterais. c) Renda líquida enviada ao exterior. d) Subsídios concedidos ao governo pelo setor privado. e) Lucros retidos pelas empresas. 4. Contas do Governo e do Setor Externo 4.1 Apresentação Esta unidade abordará as contas do governo e do setor externo. 4.2 Síntese A primeira receita das contas do governo são os impostos diretos, os quais são pagos pelas famílias e também pelas empresas. Outra fonte de receitas são os impostos indiretos, os quais quem paga são apenas as empresas. Há ainda outras receitas correntes líquidas do governo, como receitas agropecuárias, in- dustriais, transferências, correntes e outras receitas. Essas receitas são tudo que não se encaixa nos impostos diretos e indiretos. A receita corrente do governo é destinada ao consumo, chamado de con- sumo ou gasto do governo, podendo ser devolvido sob forma de transferências às famílias e às empresas, ou seja, conceder subsídios. O que sobra é saldo em conta-corrente do governo, que é chamado de poupança de governo. Se for po- sitivo terá uma poupança positiva, se for negativa terá despoupança. Somando tudo isso terá o total da receita corrente do governo. E co no m ia 20 Conta do Governo Débito Crédito Consumo do governo Impostos diretos pagos pelas empresas Transferências às empresas Impostos diretos pagos pelas famílias Transferências às famílias Impostos indiretos Subsídios Outras receitas correntes líquidas do governo Saldo do governo em conta- corrente Utilização da receita corrente Total da receita corrente Exercícios 7. Considere os seguintes dados: Consumo do governo: 500 Transferências: 300 Subsídios: 100 Impostos diretos: 800 Impostos indiretos: 100 Outras receitas correntes líquidas: 50 Com base nessas informações, a poupança do governo será de: a) 50. b) 100. c) 50. d) 100. e) 0. Conta do Setor Externo Débito Crédito Exportação de Bens e Serviços Não Fatores Importação de Bens e Serviços Não Fatores Déficit do Balanço de Pagamentos em Transações Correntes Renda Líquida Enviada para o Exterior Total do Débito Total do Crédito 8. Considere os seguintes dados: exportação = 200; déficit = 100; im- portação = 100. Com base nessas informações, qual a renda líquida enviada ao exterior? a) Renda líquida recebida do exterior é 100. b) Renda líquida recebida do exterior é 200. E co no m ia 21 c) Renda líquida enviada para o exterior é 100. d) Renda líquida enviada para o exterior é 200. e) Renda enviada do exterior é a mesma coisa que renda recebida do exterior. 5. Conta de Capital 5.1 Apresentação Esta unidade abordará a conta de capital. 5.2 Síntese É aquela que coloca de um lado toda a poupançada economia e do outro lado todo investimento. Quem poupa são as famílias, empresas, o governo e o setor externo. Conta de Capital Débito Crédito Variação de Estoques Poupança Líquida do Setor Privado Formação Bruta de Capital Fixo Depreciação Déficit do Balanço de Pagamento em Transações Correntes Saldo do Governo em Conta Corrente Investimento Bruto Total Poupança Bruta Total Ou assim: Conta de Capital Débito Crédito Variação de Estoques Poupança Líquida do Setor Privado Formação Bruta de Capital Fixo Depreciação Déficit do Balanço de Pagamento em Transações Correntes = Poupança Externa Saldo do Governo em Conta-Corren- te = poupança do governo Investimento Bruto Total Poupança Bruta Total E co no m ia 22 Exercício 9. Considere os seguintes dados, em unidades monetárias, referentes a uma economia hipotética: Consumo do Governo: 200; Transferên- cias realizadas pelo Governo: 100; Subsídios: 20; Impostos Diretos: 300; Impostos Indiretos: 400; Outras Receitas Correntes do Gover- no: 120; Exportações de bens e serviços: 100; Importações de bens e serviços: 200; Renda Líquida Enviada ao Exterior: 100; Variação de Estoques: 100; Poupança Bruta do Setor Privado: 200. Com base nessas informações, e considerando as identidades macroeconômi- cas básicas, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo é igual a: a) 950. b) 900. c) 700. d) 750. e) 800. 6. Contas do Governo – Déficit Público 6.1 Apresentação Esta unidade abordará as contas do governo e déficit público. 6.2 Síntese Através da conta de capital, pode-se determinar o déficit público. Assim, observa-se: Investimento Bruto Total (I) = Poupança Bruta total (S). Como I = Investimento público (Ipub) + Investimento privado (Ipriv); S = Poupança privada (Spriv) + poupança Pública (Ipub) + Poupança externa (Sext). Então: Investimento público (Ipub) + Investimento privado (Ipriv) = Pou- pança privada (Spriv) + Poupança Pública (Ipub) + Poupança externa (Sext). Ipub + Ipriv = Spub + Spriv + Sext. Ipub – Spub = Spriv – Ipriv + Sext. Como Déficit Público (DP) = Ipub – Spub. Então: DP = Spriv – Ipriv + Sext. E co no m ia 23 Exercício 10. Considere as seguintes informações extraídas de um sistema de con- tas nacionais, em unidades monetárias: Poupança privada: 300 Investimento privado: 200 Poupança externa: 100 Investimento público: 300 Com base nessas informações, pode-se considerar que a poupança do governo foi: a) De 200 e o superávit público foi de 100. b) De 100 e o déficit público foi de 200. c) Negativa e o déficit público foi nulo. d) De 100 e o superávit público foi de 200. e) Igual ao déficit público. Capítulo 4 Balanço de Pagamento 1. Balanço de Pagamento – Residentes e Não Residentes – Reservas Internacionais 1.1 Apresentação Esta unidade abordará balanço de pagamento, residentes e não residen- tes e reservas internacionais. 1.2 Síntese O Balanço de Pagamentos registra todas as transações entre residentes e não residentes de um país em um determinado tempo. Residentes são aquelas pessoas físicas ou jurídicas que têm, no país consi- derado, seu principal centro de interesse econômico. Tem-se interesse econô- mico quando se está engajado em atividade econômica por pelo menos 1 (um) E co no m ia 25 ano no país. Não necessariamente está ligado ao fato de fixar moradia no país, mas sim ao fato de formar ou consumir o PIB do país. Podem-se considerar residentes, portanto: • Pessoas físicas que de alguma forma cooperam na formação (no consu- mo) do PIB do país; • Pessoas jurídicas instaladas no país e • Embaixadas do país no exterior. Não residentes são aquelas pessoas físicas ou jurídicas que não têm no país considerado seu principal centro de interesses. Portanto, são considerados não residentes: • Pessoas físicas que estão fazendo turismo no país; • Pessoas jurídicas instaladas fora do país; • Embaixadas de outros países instaladas no país considerado e • Pessoa física que exerça trabalho temporário no país considerado. As reservas internacionais são meios internacionais de pagamento. As for- mas de pagamento registradas no Balanço de Pagamentos são: • Haveres em curto prazo no exterior, que são compostos pelas reservas cambiais em moeda forte (Dólar, Libra, Euro e Iene) e os títulos de curto prazo aplicados no exterior que possuem liquidez imediata. • Ouro monetário, aquele que está em poder do Banco Central. • DES, ou Direito Especial de Saque, que é uma moeda escritural criada em 1969 pelo FMI para permitir o aumento da liquidez internacional, mas que só é utilizada entre os Bancos Centrais e Tesouros Nacionais dos países. A paridade dessa moeda se dá através do valor ponderado das moedas fortes (Dólar, Libra, Euro e Iene). A alocação de DES entre os membros do FMI dá-se na proporção de suas cotas no Fundo Monetá- rio Internacional. Também é conhecido como SDRs (Special Drawing Rights). • Posição de Reservas no FMI – é uma reserva que cada país-membro do FMI integraliza no fundo de estabilização. Esse fundo vai servir para ajudar os países-membros que tiverem problemas de déficit no Balanço de Pagamentos. A cota-parte que cada país tem de depositar fará parte das reservas internacionais do respectivo país e poderá ser sacado de forma incondicional (os 25% da moeda conversível ou ouro), diferen- temente dos empréstimos concedidos pelo FMI que tem caráter condi- cional. Essa cota-parte é integralizada em ouro ou moedas conversíveis na cota de 25% e em moeda nacional na cota de 75%. • Outros ativos – todos os outros de alta liquidez em moeda estrangeira. A partir de 2001, a estrutura do Balanço de Pagamentos sofreu algumas al- terações. Como algumas terminologias ainda estão sendo utilizadas nas provas E co no m ia 26 de concursos, bem como a comparação entre a estrutura antiga e a nova, cabe uma observação a respeito do Balanço de Pagamentos pelo critério anterior a 2001 e pelo posterior a 2001. A primeira observação que cabe fazer é que antes de 2001, a desmoneti- zação e a monetização do ouro eram computadas no Balanço de Pagamentos mesmo em se tratando de operações entre residentes, o que se constituía a única exceção de lançamento na estrutura do Balanço de Pagamentos, já que, nela, só são lançadas as operações entre residentes e não residentes. Mas, com a nova estrutura, depois de 2001, essa exceção deixou de existir. Exercício 11. Tomando como caso o Brasil, não é considerado como residente para efeito de pagamento no balanço de pagamentos: a) Embaixadas brasileiras no exterior. b) Empresas multinacionais instaladas no Brasil. c) Turistas brasileiros no exterior. d) Instituições norte-americanas de ensino instaladas no Brasil. e) Filiais de empresas brasileiras no exterior. 2. Estrutura de Balanço de Pagamentos 2.1 Apresentação Esta unidade abordará a estrutura de balanço de pagamentos. 2.2 Síntese Balanço de pagamentos é subdividido em algumas balanças: 1. Balança Comercial: registra todas as exportações e importações de bens, algo visível e tangível. 2. Balança de Serviços: são serviços que não remuneram fatores de pro- dução, ou seja, serviços não fatores. Esses serviços seriam: transportes, seguros, fretes, despesa financeira e outros. 3. Balança de Rendas: renda é tudo aquilo que provém de salários, juros, aluguéis e lucros. São serviços fatores. A balança de rendas foi subdivi- dida em: E co no m ia 27 • Salário e ordenado – salário envolve vínculo empregatício e ordena- do nem sempre. • Rendimento de investimento direto corresponde aos lucros e divi- dendos relativos à participação no capital de empresas. Investimen- to direto acontece quando há algum investimento produtivo. • Rendimento de investimentoem carteira corresponde a lucros, divi- dendos ou bonificações relativos à aplicação em ações; ou juros cor- respondentes a aplicações em títulos de emissão doméstica, títulos da dívida pública interna e externa. • Rendimento de outros investimentos corresponde aos juros de cré- ditos comerciais, fornecedores e empréstimos de empresas governa- mentais. 4. Transferências correntes unilaterais correspondem a transferências cor- rentes e de capital, a doação, ou seja, recurso que sai de um país para outro sem que haja alteração no patrimônio deste. 3. Balanço de Pagamentos em Transações Correntes 3.1 Apresentação Esta unidade abordará balanço de pagamentos em transações correntes. 3.2 Síntese A somatória dos itens que compõem a balança de pagamentos é igual ao saldo no balanço de pagamento em transações correntes (1 + 2 + 3 + 4). Se o saldo der positivo, não necessariamente todos os itens precisam dar positivos, o importante é a soma deles ser positiva. Conta capital: envolve a transferência de imigrantes; aquisição ou venda de bens não financeiros (marca, patente, direitos autorais); dívida perdoada. Conta financeira: serão lançados rendimentos e investimentos diretos, o último corresponde a um investimento produtivo; participação no capital de empresa; empréstimos intercompanhias; reinvestimentos; ganhos de capital; investimento em carteira; refinanciamento; títulos derivativos; outros investi- mentos; erros e omissões. Saldo no Balanço de Pagamento (1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7). Se o saldo for positivo terá aumento de reservas, e se der negativo terá diminuição das reservas. E co no m ia 28 Exercício 12. Com base no balanço de pagamentos, é incorreto afirmar que: a) O saldo positivo no balanço de pagamentos num determinado período é necessariamente igual ao volume de reservas em moe- da estrangeira do país nesse período. b) Os serviços de fatores correspondem aos pagamentos ou recebi- mentos em função da utilização dos fatores de produção. c) As amortizações de empréstimos fazem parte dos movimentos de capitais autônomos. d) Os pagamentos de juros sobre empréstimos são registrados na balança de serviços. e) Uma transferência unilateral realizada em mercadoria tem ne- cessariamente como contrapartida lançamento na balança comercial. 4. Transferência Líquida de Recurso para o Exterior e Hiato do Produto 4.1 Apresentação Esta unidade abordará transferência líquida de recurso para o exterior e hiato do produto. 4.2 Síntese Estrutura do Balanço de Pagamentos. a) Conta-Corrente: 1. Balança Comercial. 2. Balança de Serviços. Somando balança comercial e balança de serviços pode-se obter tanto saldo positivo como negativo. Se for positivo vai haver uma transferência líquida de recursos para o exterior. Se der negativo ocorre hiato do produto. 3. Balança de Rendas (serviços fatores). 4. Transferências unilaterais correntes. Da mesma forma quando somadas balança de rendas e transferências uni- laterais correntes, se o saldo der positivo vai haver renda líquida recebida do exterior. Se der negativo vai haver renda líquida enviada ao exterior. E co no m ia 29 Somadas as balanças (1 + 2 + 3 + 4) tem-se um saldo das balanças e cor- rentes. Se a soma do saldo der positivo, significa que o país pode emprestar dinheiro, será um credor. Se der negativo, significa que terá de pedir dinheiro emprestado. b) Conta Capital; c) Conta Financeira (capital autônomo e capital compensatório): 1. Investimento direto. 2. Investimento em carteira. 3. Derivativos. 4. Outros investimentos. 5. Erros e Omissões. 6. Transações compensatórias. 7. Variação das reservas internacionais. 8. Atrasados. Exercício 13. Com relação ao Balanço de Pagamentos de um país é falso afirmar que: a) Denomina-se transferência líquida de recursos para o exterior o saldo das exportações de bens e serviços não fatores sobre as importações de bens e serviços não fatores. b) A renda líquida recebida ou enviada ao exterior é igual ao saldo de serviços fatores mais o de transferências unilaterais. c) O saldo em transações correntes possui um significado macroe- conômico bem preciso, indicando o quanto o país exporta e im- porta de poupança para o financiamento da sua formação de capital. d) O saldo total do balanço de pagamentos corresponde exatamen- te à variação física das reservas internacionais. e) Não é possível que o saldo de transações correntes e o saldo da conta de capitais tenham o mesmo sinal simultaneamente. 5. Critérios de Lançamento no Balanço de Pagamentos 5.1 Apresentação Esta unidade abordará critérios de lançamento no balanço de pagamentos. E co no m ia 30 5.2 Síntese a) Conta-Corrente: Balança comercial: 1. Exportação de bens. 2. Importação de bens. Balança de serviços: 1. Viagens internacionais. 2. Transportes. 3. Seguros. 4. Financeiros. 5. Serviços de computação e informações. 6. Royalties e licenças. 7. Aluguel de equipamentos. 8. Serviços governamentais. 9. Outros serviços. Balança de rendas: 1. Salários e Ordenados. 2. Renda de Investimentos. De acordo com o Banco Central do Brasil: Renda de Investimentos Diretos − os lucros e dividendos relativos a parti- cipações no capital de empresas e os juros correspondentes aos empréstimos intercompanhias nas modalidades de empréstimos diretos e títulos de qualquer prazo. Renda de Investimentos em Carteira (ou portfólio) − lucros, dividendos e bonificações relativos às aplicações em ações, bem como juros correspondentes a aplicações em títulos de emissão doméstica (títulos da dívida interna pública, debêntures e outros títulos privados) e de emissão no exterior (como bônus − bonificação em ações concedidas aos acionistas de uma empresa quando está aumentando o capital. São também títulos da dívida pública), Notes e Commercial Papers (títulos para realização de empréstimos entre empresas me- diadas por um banco para captar recursos). Renda de Outros Investimentos − os juros de créditos comerciais (de forne- cedores − ou supplier credits − de empréstimos de agências governamentais, de organismos internacionais e de bancos privados); e os juros de depósitos e outros ativos e passivos. Nessa categoria incluem-se os juros de financiamento à importação e os juros sobre pagamento antecipado de exportações. Transferências unilaterais correntes. Saldo no Balanço de Pagamentos em Transações Correntes: (1.1 + 1.2 + 1.3 + 1.4) E co no m ia 31 b) Conta Capital: Envolve a transferência de patrimônio de migrantes in- ternacionais e aquisição/alienação de bens não financeiros não produ- zidos, como cessão de marcas, patentes e direitos autorais. Corresponde aos direitos de propriedade sobre ativos em vez de renda. Também é lançada a modalidade perdão da dívida. c) Conta financeira (registra a soma de capital autônomo e capital compensatório). 1. Investimento Direto: a) Participação no capital de empresas. b) Empréstimos intercompanhias. c) Reinvestimentos. d) Ganhos de capital. 6. Outros Lançamentos no Balanço de Pagamentos – Refinanciamento de Juros 6.1 Apresentação Esta unidade abordará outros lançamentos no balanço de pagamentos, como o refinanciamento de juros. 6.2 Síntese 2. Investimento em Carteira a) Títulos de participação no capital e títulos de dívida. b) Refinanciamento. 3. Derivativos (deriva de outro ativo) financeiros: Compreende os fluxos relativos à liquidação de haveres e obrigações decorrentes de operações de swaps, opções e futuros e os fluxos relativos a prêmios de opções. Essas operações eram antes alocadas na conta de serviços ou na conta de capitais de curto prazo. 4. Outros Investimentos: Compreendem uma diversidade de outros ins- trumentos financeiros: empréstimos de curto e longoprazo, algumas modalidades de créditos comerciais, moeda em circulação e depósitos em moeda, o uso do crédito do FMI, os desembolsos dessa instituição e as amortizações a ela pagas, outros empréstimos com objetivos de regu- larização de organizações internacionais e governamentais, subscrições de capital de organizações não monetárias e diversas contas a receber e a pagar. E co no m ia 32 Capitais compensatórios são agora contabilizados como outros investimentos estrangeiros. 5. Conta Erros e Omissões: Transações não identificadas são incluídas no balanço de pagamentos sob a denominação de Erros e Omissões. Valores de transações estimados a mais ou a menos também. É, portan- to, uma conta de ajuste. Como a maioria dos erros deriva de capitais autônomos (que está contida na conta financeira), ela se apresenta em seguida à conta financeira. Saldo Total no Balanço de Pagamentos (1 + 2 + 3 + 4). 6. Transações Compensatórias. 7. Variação de Reservas. 8. Atrasados. 7. Outros Lançamentos no Balanço de Pagamentos – Amortização de Dívidas 7.1 Apresentação Esta unidade abordará outros lançamentos no balanço de pagamentos, a saber, a amortização de dívidas. 7.2 Síntese As mais importantes alterações na estrutura do Balanço de Pagamentos foram: a) Introdução, na conta-corrente, de clara distinção entre bens, serviços, renda e transferências correntes, com ênfase no maior detalhamento na classificação dos serviços; b) Introdução da “conta capital”, que registra as transações relativas às transferências unilaterais de patrimônio de migrantes e a aquisição/ alienação de bens não financeiros não produzidos (cessão de marcas e patentes), ou seja, as transferências de capital serão lançadas na conta capital; c) Introdução da “conta financeira”, em substituição à antiga conta de capitais, para registrar as transações relativas à formação de ativos e passivos externos, como investimento direto, investimento em carteira, derivativos e outros investimentos; d) Inclusão, no item investimentos diretos, dos empréstimos intercompanhia; e) Reclassificação de todos os instrumentos de portfólio, inclusive bônus, notes e commercial papers, para a conta de investimentos em carteira; E co no m ia 33 f) Introdução de grupo específico para registro das operações com deriva- tivos financeiros, anteriormente alocados na conta serviços e nos capi- tais a curto prazo; g) Estruturação da “conta de rendas” de forma a evidenciar as receitas e despesas geradas por cada uma das modalidades de ativos e passivos externos, contidas na conta financeira; h) Ganhos de capital que, pela sistemática antiga, eram incluídos como renda, agora são reclassificados como investimento direto, passando a fazer parte da conta financeira. Observação: A Balança Comercial somada à de serviços não fatores é de- nominada, quando positiva, de transferências líquidas de recursos ao exterior ou, quando negativa, de hiato do produto. Se o balanço de pagamentos em transações correntes for positivo, diz-se também que houve ativo externo lí- quido e, se for negativo, diz-se que houve passivo externo líquido. A soma da balança de Rendas e Transferências Unilaterais corresponde à Renda Líquida Enviada ao Exterior, se for negativa, ou Renda Líquida Recebida do Exterior, se for positiva. Assim, teremos: 1. Balança Comercial. 2. Serviços Se (+) = transferência líquida de recursos para o exterior Se (−) = hiato do Produto Se (+) = Renda Líquida Recebida do Exterior Se (−) = Renda Líquida Enviada ao Exterior 3. Rendas (serviços fatores). 4. Transferências unilaterais correntes. Saldo no Balanço de Pagamentos em Transações Correntes (1 + 2 + 3 + 4) à Se (+) = ativo externo líquido àSe (-) = passivo externo líquido Observação: O passivo externo poderá ser líquido ou bruto. Caso seja bru- to, significa que não foi descontado do seu resultado o saldo de reservas interna- cionais do país. Caso sejam líquidos, significa que foram descontados do saldo do passivo as reservas internacionais. Caso as reservas internacionais sejam superiores ao passivo externo bruto, significa que o país poderá apresentar um ativo externo líquido. Medidas que podem melhorar o saldo do balanço de pagamentos: Caso o Balanço de Pagamentos encontre-se deficitário ou com saldo insatis- fatório, algumas medidas podem fazer o resultado do Balanço de Pagamentos melhorar: • Subsídios à exportação do país. • Redução do nível de atividades econômicas internas. E co no m ia 34 • Elevação da taxa de juros interna. • Desvalorização do Real. • Desvalorização real da taxa de câmbio. • Restrições tarifárias e não tarifárias às importações. • Restrição à saída de capitais. • Redução do nível geral de preços internos. Critérios de lançamentos no Balanço de Pagamentos: No Balanço de Pagamentos, há conta de caixa e contas operacionais. A única conta de caixa é a de variação de reservas (composta de haveres de curto prazo no exterior, ouro monetário, DES − Direito Especial de Saque − e Reservas junto ao FMI). Nela, será registrado algum meio de pagamento que entrou ou saiu efetivamente do país. As contas de caixa aumentam o saldo por débito e diminuem o saldo por crédito. Todas as outras contas são operacionais que vão registrar o fato gerador que deu origem à entrada ou saída do meio de pagamento internacional. As contas operacionais aumentam o saldo por crédi- to e diminuem o saldo por débito. Resumindo, pode-se montar os seguintes quadros: Receita (Entrada de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) Débito (−) Conta Operacional Crédito (+) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) Crédito (+) Conta Operacional Débito (−) Assim, quanto mais negativa a variação de reservas, maior a variação de reservas, já que está havendo um débito na conta operacional. E quanto mais positiva a variação de reservas, menor a variação de reservas, já que está haven- do um crédito na conta operacional. Relações importantes no Balanço de Pagamentos: Balança comercial (BC). Balança de serviços (BS). Balança de rendas (BR). Balança de transferências unilaterais correntes (TU). Saldo no Balanço de Pagamentos em Transações Correntes (SBPTC) = (1.1 + 1.2 + 1.3 + 1.4). Conta Capital (CC). Conta Financeira (CF). E co no m ia 35 Conta Erros e Omissões (EO). Saldo Total no Balanço de Pagamentos (SBP). Transações Compensatórias (TC). Algumas relações importantes: BC + BS + BR + TU = SBPTC SBPTC + CC + CF + EO = SBP SBP = (−) TC Observação: Considerando que atrasados = 0: Se o país é exportador de capitais, apresentará superávit em conta-corrente (BPTC). Se o país é importador de capitais, apresentará déficit em conta-corrente (BPTC). Treinando a teoria: Fazendo os seguintes lançamentos nas contas da estrutura do Balanço de Pagamentos, tem-se: Dados: BC = Balança Comercial. BS = Balança de Serviços. BR = Balança de Rendas. TU = Transferências correntes Unilaterias. CF = Conta Financeira. CC = Conta Capital. 1. O país exportou bens no valor de 1.000, recebendo à vista. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) −1000 Conta Operacional (Balan- ça comercial/exportação) +1000 2. O país exportou bens no valor de 200, financiado em médio prazo. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta Operacional (Conta Financeira em ou- tros investimentos/financia- mentos) −200 Conta Operacional (Balan- ça Comercial/exportação) +200 Observe que, como o pagamento não foi à vista, então não pode haver con- trapartida em variações de reservas, já que não houve entrada efetiva de meios de pagamentos. E co no m ia 36 3. O país importouo valor de 700 em mercadoria. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) +700 Conta Operacional (BC/ importação) −700 Observe que não foi citado se o pagamento foi à vista ou a prazo. Quando nada é informado, considera-se que foi à vista. 4. O país importou o valor de 100 em mercadorias para pagar a prazo. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta Operacional (CF/outros investimentos/ financiamento) +100 Conta Operacional (BC/importação) −100 Observe que como o pagamento não foi à vista, então não pode haver con- trapartida em variações de reservas, já que não houve saída efetiva de meios de pagamentos. 5. O país pagou de fretes o valor de 110. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) +110 Conta Operacional (BS/frete) −110 6. O país recebeu de seguros o valor de 90. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) −90 Conta Operacional (BS/seguro) +90 E co no m ia 37 7. O país pagou de juros um total de 500. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) +500 Conta Operacional (BR/ renda de investimento em carteira) −500 8. O país remeteu lucros de 250. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) +250 Conta Operacional (BR/renda de investimento direto) −250 9. O país reinvestiu lucros de 150. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) +150 −150 Conta Operacional (BR/lucros reinvestidos) −150 Conta Operacional (CF – Investimento direto/ reinvestimento de lucros) +150 Esse lançamento é um pouco diferente e, por conta disso, é bastante exigi- do pelas bancas examinadoras. Observe que o lançamento na conta de caixa se anula (porque o crédito tem o mesmo valor do débito em valores absolutos) e, por causa disso, muitas vezes, não são considerados esses lançamentos. Mas é importante que se saiba que o lançamento correto é este. 10. O país refinanciou juros de 140. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) +140 −140 Conta Operacional (BR/juros refinanciados) −140 Conta Operacional (CF/ Investimento em carteira – refinanciamento de juros) +140 E co no m ia 38 Esse lançamento é também um pouco diferente e, por conta disso, também é bastante exigido pelas bancas examinadoras. Observe que o lançamento na conta de caixa se anula (porque o crédito tem o mesmo valor do débito em valores absolutos) e, por causa disso, muitas vezes, é deixado de lado. Mas é importante que se saiba que o lançamento correto é este. 11. O país pagou com viagens internacionais o valor de 115. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) +115 Conta Operacional (BS/viagem internacional) −115 12. O país recebeu em forma de turismo o valor de 95. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) −95 Conta Operacional (BS/turismo) −95 13. O país apresentou despesas governamentais no exterior no valor de 85. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) +85 Conta Operacional (BS/despesas governamentais) −85 14. O país pagou royalties no valor de 60. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) +60 Conta Operacional (BS/royalties) −60 Observe que, no Balanço de Pagamentos, os Royalties entram como serviço não como fator e, portanto, são lançados na conta de serviços. E co no m ia 39 15. O país apresentou despesas financeiras no exterior no valor de 30. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) +30 Conta Operacional (BS/despesas financeiras) −30 16. O país pagou em forma de salários no exterior o valor de 35. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) +35 Conta Operacional (BR/salários e ordenados) −35 17. O país recebeu dividendos do exterior no valor de 55. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) −55 Conta Operacional (BR/renda de investimento direto) +55 18. O país recebeu bonificações relativas às aplicações em ações no valor de 75. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) −75 Conta Operacional (BR/renda de investimento em carteira) +75 19. O país pagou juros de financiamento à importação no valor de 95. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) +95 Conta Operacional (BR/ren- da de outros investimentos) −95 E co no m ia 40 20. O país recebeu do exterior em forma de ajuda humanitária, alimentos no valor de 25. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta Operacional (Transferências unilaterais) +25 Conta Operacional (BC/importação) −25 Observe que a doação foi em bens, portanto, não deve ter contrapartida em variação de reservas e, sim, em importação. 21. Houve transferência corrente para o exterior no valor de 35. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) +35 Conta Operacional (TU) −35 22. O país recebeu do exterior doações em dinheiro no valor de 70. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) −70 Conta Operacional (TU) 70 23. O país enviou medicamentos em forma de doação para o exterior no valor de 80. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta Operacional (Transferências unilaterais) −80 Conta Operacional (BC/exportação) +80 24. Houve empréstimos intercompanhias no país no valor de 22. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) −22 Conta Operacional (CF/investimentos diretos) +22 E co no m ia 41 25. O país privatizou empresas para países no exterior no valor de 113. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) −113 Conta Operacional (CF/investimentos diretos) +113 26. O exterior adquiriu ações de empresas do país no valor de 98. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) −98 Conta Operacional (CF/investimentos diretos) +98 27. O exterior amortizou dívidas com o país no valor de 86. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) −86 Conta Operacional (CF/outros investimentos) +86 28. O país emitiu títulos de curto prazo no valor de 67. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) −67 Conta Operacional (CF/investimentos em carteira) +67 29. O país emitiu títulos de longo prazo no valor de 69. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) −69 Conta Operacional (CF/investimentos em carteira) +69 E co no m ia 42 30. O país pediu empréstimo aos bancosno exterior no valor de 88. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) −88 Conta Operacional (CF/outros investimentos) +88 31. O país pediu socorro ao FMI solicitando um empréstimo de 64. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) −64 Conta Operacional (CF/outros investimentos) +64 Observe que empréstimos ao FMI na sistemática antiga eram lançados em operações de regularização, mas, por essa sistemática, são lançados conjunta- mente a empréstimos autônomos. 32. Houve erros na contabilização do Balanço de Pagamentos no valor de 2 positivo. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) −2 Conta Operacional (erros e omissões) +2 33. O país decretou a moratória no valor de 10. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta Operacional (CF/outros Investimentos/ amortização de empréstimos) −10 Conta Operacional (TC/atrasados) +10 E co no m ia 43 34. O país apresentou ganho de capital no valor de 13. Receita (Entrada de Divisas) Despesa (Saída de Divisas) Conta de Caixa (variação de reservas) −13 Conta Operacional (CF/investimentos diretos) +13 Exercício 14. Num determinado país, ocorreram as seguintes transações com o exterior, no ano-calendário, em bilhões de unidades monetárias (u.m.): Exportações de Mercadorias ........................................................ 600 Importações de Mercadorias ........................................................ 565 Fretes pagos .................................................................................... 10 Seguros pagos ................................................................................... 5 Juros remetidos ............................................................................... 40 Lucros remetidos ............................................................................ 16 Lucros reinvestidos ........................................................................... 4 Doações recebidas em mercadorias ................................................. 2 Empréstimos recebidos .................................................................. 32 Investimentos diretos recebidos ..................................................... 13 O balanço de pagamentos dessa economia, nesse ano, considerando que não houve erros e omissões na sua elaboração, registrará um saldo positivo de (em bilhões de u.m.): a) 13. b) 11. c) 9. d) 7. e) 5. Capítulo 5 Mercado de Bens 1. Mercado de Bens – I 1.1 Apresentação Esta unidade abordará o mercado de bens. 1.2 Síntese 1. Modelo clássico, antes da década de 30. Para os clássicos, o que deter- minará o produto da economia é a combinação dos fatores de produção. Daí, conclui-se que, quando os fatores de produção estiverem sendo plenamente utilizados (pleno emprego), não será mais possível aumentar o produto da eco- nomia. Tudo que é produzido é vendido. O que vai fazer o produtor parar de produzir é ele não ter mais fatores de produção disponíveis para produzir. Logo, enquanto tiver fator de produção, vai produzir. Na medida em que os fatores produtivos permanecem constantes e a mão de obra aumenta, a produtividade E co no m ia 45 das pessoas que estão entrando será menor do que daquelas que já estavam na produção; isso é chamado de lei dos rendimentos físicos marginais decrescen- tes. O salário é flexível para baixo, porque as pessoas vão produzir menos e, consequentemente, ganhar menos. Segundo a Lei de Say, toda oferta cria sua própria demanda. A partir dessa teoria, acreditava-se que a economia jamais produziria um produto que não ge- rasse uma demanda para ele, ou seja, não haveria recessão nem superprodução. Como o número de emprego vai ser definido no mercado pela livre inte- gração entre demanda e oferta da mão de obra, quando houver pessoas desem- pregadas, reduz-se o nível de salário e se emprega mais. Portanto, nada justifica o desemprego. 2. Mercado de Bens – II 2.1 Apresentação Esta unidade continuará abordando o mercado de bens. 2.2 Síntese Ainda sobre o modelo clássico. A demanda por moeda será apenas para pre- caução e transação. Portanto, a demanda de moeda será uma função exclusiva da renda. Será totalmente inelástica a taxa de juros. A poupança e o investimento são determinados pelo nível de taxa de juros, ou seja, a interação entre aqueles que poupam e aqueles que pedem dinheiro emprestado para investir vai depender da taxa de juros. Os gastos do governo não elevam o produto da economia. Para os clássicos, caso o governo venha a aumentar seus gastos, levará a um aumento das taxas de juros, desincentivando o investimento na mesma proporção. Os investimentos retraem. Exercício 15. As hipóteses consideradas pelo modelo clássico de determinação da renda são: a) Preços e salários flexíveis, princípio da demanda efetiva e curva de oferta agregada perfeitamente inelástica aos preços. b) Preços e salários flexíveis, neutralidade da moeda e Lei de Say. E co no m ia 46 c) Preços e salários rígidos, princípio da demanda efetiva e curva de oferta agregada perfeitamente elástica aos preços. d) Preços e salários rígidos, neutralidade da moeda e a oferta deter- mina a demanda. e) Preços e salários flexíveis, neutralidade da moeda e a demanda determina a oferta. 3. Mercado de Bens – III 3.1 Apresentação Esta unidade abordará, ainda, o mercado de bens. 3.2 Síntese 2. Modelo Keynesiano: Ao contrário da Lei de Say, Keynes defendia que a demanda criava sua pró- pria oferta. Assim, para Keynes, o que determinaria o Produto seria a demanda na economia. Os salários nominais são rígidos (já que os trabalhadores não concordarão em reduzir seus salários). Daí, a possibilidade de desemprego e de recessão. Tudo vai depender da demanda efetiva, portanto, quanto maior a demanda, maior a oferta e maior o emprego. O investimento dependerá da comparação da taxa de juros e a eficiência marginal do capital, retorno do investimento. A poupança dependerá do nível de renda. O governo deve aumentar seus gastos e, com isso, elevar o produto da eco- nomia através do aumento da demanda efetiva. Tal iniciativa leva a um aumen- to do emprego, sendo capaz de tirar a economia da recessão. A demanda por moeda para transação e precaução, é função direta da ren- da e a demanda de moeda para especulação é função inversa da taxa de juros. Exercício 16. O modelo Keynesiano simples de determinação da renda baseia-se: a) Na Lei de Say. b) Na Lei de Okun. c) No Princípio da demanda efetiva. E co no m ia 47 d) No efeito Oliveira Tanzi. e) No Princípio da mão invisível do mercado. 4. Determinação do Produto 4.1 Apresentação Esta unidade abordará a determinação do produto. 4.2 Síntese Com o conhecimento do pensamento keynesiano, sabe-se que o produto será determinado pela demanda por bens e serviços de todos os setores da eco- nomia, ou seja: Demanda agregada será o conjunto de todos os setores. A oferta agregada é a oferta de produto interno bruto a preço de mercado mais a importação feita por todas as empresas. Os setores da econo- mia demandam bens e serviços para à Unidades familiares à Consumir à C Empresas à Investir à I Governo à Gastar à G (= consumo do governo) Setor Externo à Exportar à X Logo: Demanda Agregada = d.a. Tem-se: d.a = C + I + G + X. No equilíbrio, a demanda agregada (d.a) vai ser igual à oferta agregada (o.a), logo: d.a = o.a. o.a = Produto Interno Bruto a preço de mercado + importação de bens e serviços não fatores. Tem-se: o.a = PIBpm + M. Chamando PIBpm de Y, tem-se: o.a= Y + M Então: Y + M = C + I + G + X. Passando M para o outro termo, tem-se: Y = C + I + G + X – M. Consumo (C). Como a renda é o principal fator que determina o consumo e para facilitar a análise, deve-se considerar que o consumo será função apenas da renda, sendo constantes os outros fatores. C = f(Y). Logo, o consumo será a soma de duas parcelas: aquela que independe da renda e, portanto, é constante, e aquela que depende da renda, ou seja, se a renda aumentar, o consumo aumenta, e se a renda diminuir, o consumo diminui: E co no m ia 48 Y C Y C Considerando, inicialmente, uma economia a dois setores, nos quais estão presentes apenas Unidades Familiares e Empresas, tem-se: C = Ca + cY. Onde: C = consumo. Ca = consumo autônomo ou consumo inicial ou o consumo que está liga- do a outros fatores diferentes da renda, ou seja, o consumo que independe da renda. c = propensão marginal a consumir (PmgC), a variação que haverá no con- sumo pelo fato de ter havido uma variação de “1” na renda = ΔC/ΔY. Y = renda ou produto da economia. c = Pmg C = ΔC/ΔY. Por hipótese, c é sempre maior que 0 e menor que 1. Exercício 17. Julgue a sentença seguinte: segundo a teoria keynesiana o consumo é uma função à renda corrente e a Pmg é menor que a unidade. 5. Poupança e Investimento 5.1 Apresentação Esta unidade abordará poupança e investimento. 5.2 Síntese Poupança (S). Renda = Consumo(C) mais poupança(S). Y = C + S, onde S = poupança. Substituindo C = Ca + cY, tem-se: Y = Ca + cY + S. Isolando S, tem-se: S = Y − Ca − cY ou S = Y − cY – Ca ou S = (1 − c) Y – Ca ou S = −Ca + (1 − c)Y. S = f(Y). E co no m ia 49 Então: S = Sa + sY, onde S = poupança. Sa = poupança autônoma, poupança que independe do nível de renda, s = propensão marginal a poupar = ΔS/ΔY. Logo: S = Sa + sY e S = −Ca + (1 − c)Y. Sa + sY = −Ca + (1 − c)Y. Portanto: Sa = −Ca. sY = (1 − c)Y, de onde se conclui que: s = 1 – c. Por hipótese, s é sempre maior que 0 e menor que 1, ou seja, as pessoas tendem a poupar uma parte do aumento de sua renda, mas, nunca, a sua tota- lidade nem tampouco zero dela. Investimento (I): I = Ia. Onde: Ia = Investimento autônomo. Na teoria keynesiana, o que vai determinar o investimento é a comparação entre a taxa de juros e a eficiência marginal do capital, que é a taxa de retorno esperada diante das oportunidades de investimento. Assim, se: EmgK > i à haverá investimento. EmgK < i à não haverá investimento. Sabendo que: i= taxa de juros. Emgk = eficiência marginal do capital. Exercício 18. No modelo macroeconômico keynesiano, o nível de investimento está relacionado: a) À taxa de juros. b) Ao volume de gastos públicos. c) À eficiência marginal do capital e à taxa de juros. d) Ao nível de consumo e normas tributárias que regem as empresas. e) À oferta de moeda e à taxa de juros. 6. Governo – I 6.1 Apresentação Esta unidade abordará o governo. E co no m ia 50 6.2 Síntese O governo pode atuar de diversas maneiras, uma delas é através de seus gastos. • Gastos do governo: Os gastos do governo também são autônomos, ou seja, independem do nível de renda. Assim, os gastos do governo podem ser definidos assim: G = Ga. O governo tem outra maneira de atuar que é através de transferências. • Transferências: Entende-se por transferências os recursos que o gover- no concede gratuitamente sem contrapartida com nenhum bem nem serviço. A transferência interfere diretamente no nível de renda. Assim, se o governo aumenta as transferências, o nível de renda aumenta. Se o governo diminui as transferências, o nível de renda diminui. Considerando as transferências autônomas, ou seja, que independem do nível de renda, tem-se: R = Ra. Onde: Ra = Transferências autônomas. • Tributação. Outra forma é a tributação, o governo também pode tributar (T). A tributação pode ser líquida ou bruta. Tributação bruta é a tributação líquida mais as transferências: Tg = T + R ou T = Tg – R. Onde: T = tributação líquida; Tg = tributação bruta; R = transferências. Exercício 19. Dado o seguinte modelo da economia: Consumo = 180 + 0,8 (Y-T); I = 190; G =250; T = 150; onde C representa o consumo; Y a renda; T a tributação; I o investimento privado e G = gasto do governo, o nível de renda do equilíbrio será: a) 2.500. b) 1.250. c) 1.550. d) 2.550. e) 2.000. 7. Tributação como uma Função da Renda 7.1 Apresentação Esta unidade abordará a tributação como uma função da renda. E co no m ia 51 7.2 Síntese A tributação bruta pode ser considerada uma função da renda. Assim, tem-se: Tg = Ta + tY. Quando a renda aumenta, a tributação bruta vai aumentar. Quando a ren- da diminui a tributação bruta vai diminuir. Onde: Tg = tributação bruta. Ta = tributação que independe do nível de renda ou tributação autônoma. t = propensão marginal a tributar ou a variação nos tributos por ocasião de uma variação de 1, na renda ou ΔT/ΔY. Y = nível de renda e produto. Tributação e renda disponível. A tributação, líquida ou bruta, afeta o nível de renda da população. C = Ca + cYd. Onde: C = consumo. Ca = consumo autônomo. c = propensão marginal a consumir. Yd = renda disponível (observe que numa economia a dois setores, chama- va-se apenas de Y porque, como não havia tributação, Y era igual a Yd). Mas o que é a renda disponível? Yd = Y − T ou Yd = Y − (Tg − R), ou: Yd = Y − Tg + R. Exercício 20. Considere o seguinte modelo que descreve a economia fechada. Y = renda; D = renda disponível; T(y) = tributos como função da renda. Consumo = 100 + 0,8 da renda disponível; Investimento = 190; Gasto = 200; Tributação líquida = 0,25y. Qual será o produto da renda: a) 100. b) 200. c) 500. d) 1.000. e) 10.000. E co no m ia 52 8. Setores Externos 8.1 Apresentação Esta unidade abordará os setores externos. 8.2 Síntese O Setor Externo atua tanto através da exportação como da importação. A exportação é representada por X. Como a exportação dependerá da renda dos outros países e não da renda interna, então, diz-se que as exportações inde- pendem do nível de Renda Interna. Assim: X = Xa. Onde: Xa = Exportação autônoma. Importação é representada por M. Como a importação depende do nível de renda interno da população, diz-se que é uma função da renda, ou seja: M = Ma + mY. Onde: M = importação; Ma = importação que independe do nível de ren- da e produto, ou importação autônoma; m = propensão marginal a importar, ou a variação que ocorrerá na importação pelo fato de ter variado em 1 unidade o nível de renda, ou Δm/Δy; y = nível de renda e produto. Exercício 21. Considere os seguintes dados: C = 500 + c.Y I = 200 G = 100 X = M = 50 onde: C = consumo; c = propensão marginal a consumir; I = investimento; G = gastos do governo; X = exportações; M = importações. Com base nessas informações, é correto afirmar que: a) Se a renda de equilíbrio for igual a 2.500, a propensão marginal a poupar será igual a 0,68. E co no m ia 53 b) Se a renda de equilíbrio for igual a 1.000, a propensão marginal a consumir será maior que a propensão marginal a poupar. c) Se a renda de equilíbrio for igual a 2.000, a propensão marginal a consumir será igual a 0,5. d) Se a renda de equilíbrio for igual a 1.600, a propensão marginal a consumir será igual à propensão marginal a poupar. e) Não é possível uma renda de equilíbrio maior que 2.500. 9. Governo – II 9.1 Apresentação Esta unidade abordará o governo. 9.2 Síntese Recordando, sabe-se que, no equilíbrio: Oferta agregada = demanda agregada, ou: Y + M = C + I + G + X; ou: Y = C + I + G + X – M. Como Produto é igual à renda, tem-se: Y(Produto) = C + I + G + X – M. Como a renda é destinada ou ao consumo ou à poupança ou ao pagamentode tributos, então: Y(renda) = C + S + T. Logo: C + I + G + X – M = C + S + T, ou I + G + X = S + T + M. Onde: (T − G) à poupança do governo; (M − X) à poupança do setor externo; S à poupança do setor privado. Ou seja: S + (T − G) + (M − X) = poupança total da economia. Logo: Investimento total da economia = poupança total da economia. Da seguinte forma: I = S. Quando a diferença entre investimento e poupança for negativa, o país apresenta déficit (poupança externa). Exercício 22. Em uma economia fechada e sem governo, o nível do produto encontra-se em equilíbrio quando: a) O consumo é igual à poupança. b) O consumo é menor que a poupança. c) A poupança é igual ao investimento. E co no m ia 54 d) A poupança é menor que o investimento. e) A poupança é maior que o investimento. 10. Déficit Público 10.1 Apresentação Esta unidade abordará o déficit público. 10.2 Síntese Um investimento é igual à poupança privada + poupança do governo + poupança do setor externo. Déficit público são as diferenças entre o que o governo investiu e poupou. A poupança será a diferença entre investimentos menos os gastos. Investi- mentos são despesas de capital. Contas do Governo: Diz-se que o governo apresenta déficit em suas contas- -correntes quando o que ele apresenta de despesa é maior que as receitas, ou seja, quando G + R > Tg ou quando G > Tg − R. Diz-se que o governo apresenta superávit em suas contas quando o que ele apresenta de despesa é menor que as receitas, ou seja, quando G + R < Tg ou G < Tg – R. Balança Comercial: Diz-se que o Saldo Comercial é deficitário quando as importações de bens e serviços não fatores são maiores que as exportações de bens e serviços não fatores, ou seja, quando M > X. Diz-se que o Saldo Comercial é superavitário quando as exportações são maiores que as importações, ou seja, quando M < X. Exercício 23. Suponha que a economia se caracteriza pelas seguintes relações: Consumo = 200 +0,8 da renda disponível; Investimento = 300; Exportação = 180; Tributação = 0,1% da renda; Importação = 0,2% da renda disponível; Gastos = 240. Indique qual das afirmativas abaixo é verdadeira: a) Valor de equilíbrio = 1.500; Equilíbrio = Consumo + Investi- mento + Gastos do Governo + Exportação - Importação. b) O saldo comercial apresenta um déficit de 180. c) O orçamento do governo apresenta um superávit de 40. Capítulo 6 Multiplicador no Mercado de Bens 1. Multiplicador Keynesiano 1.1 Apresentação Esta unidade abordará o multiplicador Keynesiano. 1.2 Síntese Para que se possa entender o que é o multiplicador keynesiano, deve-se, primeiro, considerar uma economia a dois setores apenas, ou seja, onde só haja famílias e empresas. Num primeiro momento, considere a seguinte situação: C1 = 10 + 0,8Y I1 = 20 O produto e renda de equilíbrio serão: Y1 = C1 + I1 E co no m ia 56 Y1 = 10 + 0,8Y1 + 20 Y1 – 0,8Y1 = 30 0,2Y1 = 30 Y1 = 150 Supondo que, num segundo momento, haja uma variação nos investimen- tos de 10 (ΔI = 10), então, o novo produto e renda de equilíbrio serão: C1 = 10 + 0,8Y I2 = I1 + ΔI = 20 + 10 = 30 O produto e a renda de equilíbrio serão: Y2 = C1 + I2 Y2 = 10+ 0,8Y2 + 30 Y2 = 40 + 0,8Y2 Y2 – 0,8Y2 = 40 0,2Y2 = 40 Y2 = 200 Pode-se observar que, quando houve uma variação de 10 nos investimentos (ΔI = 10), isso gerou uma variação na renda e no produto de 50 (Y1 – Y2 = 200 − 150 = 50). Portanto: ΔI = 10 levou a: ΔY = 50 Logo, a renda e produto da economia aumentaram 5 (cinco) vezes mais que o aumento do investimento, ou seja: ΔY = 5 ΔI À relação ΔY dá-se o nome de multiplicador do investimento. ΔI Da mesma maneira que foi determinado o multiplicador do investimento em decorrência de uma variação nos investimentos, é possível determinar o multiplicador do consumo em decorrência de uma variação no consumo. Para que se possa determinar o multiplicador do investimento e do consu- mo, pode-se utilizar as seguintes fórmulas: ΔY = 1 ΔI 1 – c ΔY = 1 ΔC 1 – c (multiplicador Keynesiano) Onde c = propensão marginal a consumir. E co no m ia 57 Exercício 24. Pela teoria do multiplicador, sendo a propensão marginal a consumir de 75% e havendo aumento dos gastos autônomos de $ 10.000.000, a renda da economia aumentará de (considere que a propensão mar- ginal a consumir no modelo seja igual a 0,75. Se as despesas gover- namentais aumentarem em 100 unidades monetárias, a variação na renda de equilíbrio será): a) $ 70.000.00. b) $ 55.000.000. c) $ 40.000.000. d) $ 25.000.000. e) $ 20.000.000. 2. Multiplicador – Economia Aberta e com Governo 2.1 Apresentação Esta unidade abordará o multiplicador como forma de uma economia aberta e com governo. 2.2 Síntese Supondo, agora, uma economia aberta e com governo: Tomando como base os dados do capítulo anterior: C = 10 + 0,8Yd I = 20 G = 30 X = 50 M = 10 + 0,1Y Tg = 5 + 0,2Y R = 5 Onde: c = 0,8; m = 0,1; t = 0,2 Multiplicador do consumo = ΔY/ΔC = 1/[1 − c (1 − t) + m]. Multiplicador do investimento = ΔY/ΔI = 1/[1 − c (1 − t) + m]. Multiplicador dos gastos do governo = ΔY/ΔG = 1/[1 − c (1 − t) + m]. Multiplicador das exportações = ΔY/ΔX = 1/[1 − c (1 − t) + m]. E co no m ia 58 Multiplicador das importações = ΔY/ΔM = −1/[1 − c (1 − t) + m]. Multiplicador das transferências = ΔY/ΔR = c/[1 − c (1 − t) + m]. Multiplicador dos tributos = ΔY/ΔT = −c/[1 − c (1 − t) + m]. Os multiplicadores das transferências e dos tributos são exatamente iguais, mas com sinais trocados. Exercício 25. Considere as seguintes informações: C = 100 + 0,7Y; I = 200; G = 50; X = 200; M = 100 + 0,2Y, onde C = consumo agregado; I = investimento agregado; G = gastos do governo; X = exportações; M = importações. Com base nessas informações, a renda de equilíbrio e o valor do multiplicador são, respectivamente: a) 900 e 2. b) 1.050 e 1,35. c) 1.000 e 1,5. d) 1.100 e 2. e) 1.150 e 1,7. Capítulo 7 Mercado Monetário 1. Mercado Monetário 1.1 Apresentação Esta unidade abordará o mercado monetário. 1.2 Síntese A moeda possui diversas funções: • Meio de troca: com a moeda é possível a troca por qualquer mercadoria. • Reserva de valor: guardar o dinheiro dentro do colchão, por exemplo. • Unidade de conta: serve para contar, permite transformar tudo em moeda. Em períodos de grande inflação a função mais depreciada é a reserva de valor. E co no m ia 60 A URV (Unidade Real de Valor), não guarda todas as funções da moeda, pois, antes da criação do real, serviu apenas para indexar os preços na econo- mia, como medida de conta. Exercício 26. Em 1994 a denominação da moeda passou de Cruzeiro Real para Real, no entanto, a introdução do real foi precedida da criação da URV (Unidade Real de Valor). Sobre a URV pode-se afirmar que: a) Meio de troca, criado com o objetivo de substituir o Cruzeiro Real. b) Meio de conta e de troca, criada com o objetivo de congelar os preços. c) Meio de conta, criada com o objetivo de indexar a economia apenas durante um período determinado. d) Meio de troca, criada com o objetivo de mimetizar o dólar. e) Meio de conta e de troca, criada com o objetivo de desindexar a economia. Base Monetária = papel-moeda em poder do público (PMPP) + volume de reservas mantido pelos bancos comerciais e pelo Banco Central (Encaixes). B = PMPP + Encaixes. 2. Base Monetária 2.1 Apresentação Esta unidade abordará a base monetária. 2.2 Síntese A base monetária é um passivo do Banco Central, que corresponde ao pa- pel-moeda acrescido dos encaixes. Papel-Moeda Emitido (PME) = é o Papel-Moeda que o Bacen coloca na economia = PMPP + caixa dos bancos comerciais + caixa do Bacen (que atual- mente é zero). Papel-Moeda em Circulação (PMC) =
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