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Português
O Instituto IOB nasce a partir da 
experiência de mais de 40 anos da IOB no 
desenvolvimento de conteúdos, serviços de 
consultoria e cursos de excelência.
Por intermédio do Instituto IOB, 
é possível acesso a diversos cursos por meio 
de ambientes de aprendizado estruturados 
por diferentes tecnologias.
As obras que compõem os cursos preparatórios 
do Instituto foram desenvolvidas com o 
objetivo de sintetizar os principais pontos 
destacados nas videoaulas.
institutoiob.com.br
Português - 4ª ed. / Obra organizada pelo Instituto 
IOB - São Paulo: Editora IOB, 2014.
ISBN 978-85-63625-74-8
Informamos que é de inteira 
responsabilidade do autor a emissão 
dos conceitos.
Nenhuma parte desta publicação 
poderá ser reproduzida por qualquer 
meio ou forma sem a prévia 
autorização do Instituto IOB.
A violação dos direitos autorais é 
crime estabelecido na Lei nº 
9.610/1998 e punido pelo art. 184 
do Código Penal.
Sumário
Capítulo 1 – Morfologia, 7
1. Morfologia – Substantivo I, 7
2. Morfologia – Substantivo II, 8
3. Morfologia – Adjetivo I, 8
4. Morfologia – Adjetivo II, 9
5. Morfologia – Advérbio I, 10
6. Morfologia – Advérbio II, 11
Capítulo 2 – Pronome, 12
1. Pronome Pessoal, 12
2. Pronome de Tratamento, 13
3. Funções de Pronomes Pessoais, 15
4. Função dos Pronomes Oblíquos, 15
5. Pronome Demonstrativo I, 16
6. Pronome Demonstrativo II, 17
7. Pronome – A Palavra “Que”, 18
8. Pronomes Relativos “Que” e “Qual”, 20
9. Pronome Relativo Cujo, 21
10. Pronomes Conosco, Convosco e Consigo, 23
11. Colocação Pronominal I, 24
12. Colocação Pronominal II, 24
13. Colocação Pronominal III, 25
Capítulo 3 – Concordância Nominal, 27
1. Sintaxe – Concordância Nominal I, 27
2. Sintaxe – Concordância Nominal II, 28
3. Sintaxe – Concordância Nominal III, 29
4. Sintaxe – Concordância Nominal IV, 30
5. Sintaxe – Concordância Nominal V, 31
6. Sintaxe – Concordância Nominal VI, 32
7. Sintaxe – Concordância Nominal VII, 33
8. Sintaxe – Concordância Nominal VIII, 34
Capítulo 4 – Verbo, 36
1. Verbo – Parte 1, 36
2. Conjugação Verbal, 37
3. Verbo – Parte II, 38
4. Verbo – Voz Passiva Analítica e Voz Passiva Sintética, 39
5. Verbo – Parte III, 40
6. Verbo – Parte IV, 41
7. Verbo – Parte V, 42
8. Verbo – Parte VI, 42
9. Verbo – Parte VII, 43
Capítulo 5 – Concordância Verbal, 45
1. Concordância Verbal – Parte I, 45
2. Concordância Verbal – Parte II, 46
3. Concordância Verbal – Parte III, 47
4. Concordância Verbal – Parte IV, 47
5. Concordância Verbal – Parte V, 48
6. Concordância Verbal – Parte VI, 49
7. Concordância Verbal – Enumeração, 50
8. Concordância Verbal – Parte VII, 51
9. Concordância Verbal – Parte VIII, 52
10. Concordância Verbal – Parte IX, 53
11. Concordância Verbal – Parte X, 54
12. Locuções Verbais, 55
Capítulo 6 – Regência Nominal e Complemento Nominal, 57
1. Regência Nominal, 57
2. Complemento Nominal, 58
Capítulo 7 – Regência e Predicado Verbal, 62
1. Regência Verbal, 62
2. Predicado Verbal – Parte I, 63
3. Predicado Verbal – Parte II, 64
4. Casos de Regência Verbal, 64
5. Regência Verbal – Parte III, 65
6. Regência Verbal – Parte IV, 66
7. Regência Verbal – Parte V, 67
8. Regência Verbal – Parte VI, 68
9. Regência Verbal – Parte VII, 69
Capítulo 8 – Acentuação, 71
1. Acentuação Gráfica e Tônica, 71
2. Palavras Oxítonas e Paroxítonas, 72
3. Proparoxítonas; Verbos Ter, Ver, Crer, Dar e Ler, 73
4. Ditongos Abertos: Éi, Ói e Éu; as Vogais I e U como Segunda 
Vogal do Hiato, 74
5. Acento Diferencial e Aplicação das Regras de Acentuação Gráfica: 
Silabada, 74
Capítulo 9 – Crase, 76
1. Crase – Parte I, 76
2. Crase – Parte II, 77
3. Crase – Parte III, 79
4. Crase – Parte III (Continuação), 80
5. Crase – Parte IV, 81
6. Crase – Parte V, 81
7. Crase – Parte VI, 82
Capítulo 10 – Pontuação, 84
1. Importância da Pontuação, 84
2. Pontuação – Inversão Frasal, 85
3. Pontuação – Período Composto, 86
4. Pontuação – Período Composto e Oração Adjetiva (Restritiva e 
Explicativa), 86
5. Pontuação – Período Composto e a Conjunção “E”, 87
6. Pontuação – Emprego dos Dois Pontos, 88
7. Pontuação – Termos em Isolamento Sintático, 89
Capítulo 11 – Oração, 91
1. Frase, Oração e Período, 91
2. Termos da Oração: Sujeito, 92
3. Complementos Verbais, 93
4. Termo da Oração – Predicado, 94
5. Classificação do Predicado, 94
6. Termos da Oração – Adjunto Adnominal e Complemento 
Nominal, 95
7. Termos da Oração – Adjunto Adverbial, 96
Capítulo 12 – Principais Mudanças, 98
1. Histórico e Principais Itens da Mudança, Acento Tônico x Acento 
Gráfico, 98
2. Encontros Vocálicos e Trema, 99
3. Regra de Acentuação Gráfica para os Ditongos Abertos, 100
4. Hiato e Acentos Diferenciais, 100
5. Hífen em Vocábulos Compostos, 101
6. Hífen em Relação a Prefixos, 102
7. Utilização Obrigatória do Hífen, 103
8. Aspectos Positivos e Negativos do Novo Acordo Ortográfico, 104
Gabarito, 105
Capítulo 1
Morfologia
1. Morfologia – Substantivo I
1.1 Apresentação
Esta unidade abordará os substantivos.
1.2 Síntese
Substantivo é uma palavra que serve para dar nome aos seres. É um termo 
que pode ser determinado por um artigo, ou seja, estar precedido de o, a, os, as, 
um, uma, uns e umas.
Por exemplo: O sucesso é alcançado quando o esforço é uma busca 
constante.
Nesta frase, sucesso, esforço e busca são substantivos pois vêm precedidos 
de artigo.
O mesmo ocorre na frase: O ideal dos indivíduos é a busca da perfeição ao 
longo da vida. Porém, nota-se que o artigo que precede o substantivo pode ser 
fundido com uma preposição [em + a (o) = na (o); de + a (o) = da (o)].
Po
rtu
gu
ês
8
Beleza e inteligência são dons que não se compram; aprimoram-se. Não 
encontrando o artigo, é possível achar palavras em que seria possível ter artigo.
Ele sempre desejou uma casa no campo, mas nunca conseguiu.
Ele é um pronome pessoal do caso reto, e este pronome está no lugar do 
nome de uma pessoa, sendo assim, funciona como um substantivo, ou seja, é 
um termo de natureza substantiva.
Durante o comício, os dois debateram sob o olhar atento da plateia.
As palavras dois e olhar são palavras que podem ser antecedidas por artigo e 
estão no lugar do nome de uma pessoa, são os termos substantivados.
2. Morfologia – Substantivo II
2.1 Apresentação
Esta unidade abordará os substantivos.
2.2 Síntese
Exercício
1. “Substantivo é o nome com que designamos seres em geral – pes-
soas, animais e coisas.” (Evanildo Bechara)
I. Acabamos perdendo o nosso voo por causa do trânsito ruim.
II. Ela me olhou com um olhar estranho.
III. O “a” pode ter valor de artigo definido feminino em português.
IV. Olhava tristemente a transparência das águas da represa.
V. Comprei um par de sapatos gelo para combinar com meu 
novo vestido.
Tomando como referência, única e exclusivamente, o trecho trans-
crito acima, pode-se afirmar que é substantivo a palavra destacada:
a) em todas as sentenças.
b) nas sentenças I, II, IV, e V.
c) nas sentenças I e III.
d) na sentença III.
e) na sentença V.
3. Morfologia – Adjetivo I
3.1 Apresentação
Esta unidade abordará o adjetivo.
Po
rtu
gu
ês
9
3.2 Síntese
O adjetivo é o termo que se refere ao nome, ou seja, ao substantivo.
Exemplo 1: As pessoas esforçadas merecem um futuro melhor.
Os termos pessoas e futuro são substantivos. Como o termo esforçadas se 
refere às pessoas, então, é adjetivo, assim como, melhor se refere a futuro.
Exemplo 2: Muitas pessoas precisam de um estímulo maior.
Maior caracteriza estímulo, logo, é um adjetivo.
Muitas é um pronome indefinido que se refere à palavra pessoas, é uma 
palavra que dá quantidade sem quantificar.
Muitas é um termo de valor adjetivo.
Exemplo 3: Dois conteúdos foram ministrados na terceira aula.
Os termos conteúdos e aula são substantivos.
Os termos dois (cardinal) e terceira(ordinal) são numerais. Sendo assim, 
dois se refere ao substantivo conteúdo, logo, tem valor adjetivo. Terceira se 
refere à aula, e da mesma forma tem valor adjetivo.
Exemplo 4: A aula de português ocorre na sala do térreo.
Os termos aula, português, sala e térreo são substantivos.
4. Morfologia – Adjetivo II
4.1 Apresentação
Esta unidade abordará o adjetivo.
4.2 Síntese
Exemplo 4: A aula de português ocorre na sala do térreo.
Os termos de português e do térreo preposicionados são expressões. Cada 
uma delas se liga a um substantivo. São expressões, portanto, de valor adjetivo, 
são chamadas de locuções adjetivas.
Locução adjetiva é uma expressão que se refere a um substantivo. Todas 
as locuções adjetivas são formadas por uma preposição e um substantivo. Por 
exemplo: O clima da região é muito agradável.
Exemplo 5: O promotor indiciou o rapaz que roubava carros.
O promotor, o rapaz, carros são substantivos.
O termo que roubava carros é uma oração porque tem verbo.
A oração se liga a um substantivo. Trata-se de oração de valor adjetivo.
Assim, adjetivo pode ser: uma palavra, uma expressão (locução adjetiva) 
e/ou uma oração.
Po
rtu
gu
ês
10
Exercício
2. Assinale a oração em que o termo cego(s) é um adjetivo.
a) Os cegos, habitantes de um mundo esquemático, sabem aonde ir.
b) O cego de Ipanema representava, naquele momento, todas as 
alegrias da noite escura da alma.
c) Todos os cálculos do cego se desfaziam na turbulência do 
álcool.
d) Naquele instante, era só um pobre cego.
e) ... da Terra que é um globo cego girando no caos.
5. Morfologia – Advérbio I
5.1 Apresentação
Esta unidade abordará o advérbio.
5.2 Síntese
O advérbio é o termo que expressa circunstâncias.
Circunstâncias que indicam: modo, tempo, lugar, intensidade, afirmação, 
negação e modo.
Exemplo 1: O conteúdo da prova foi fácil.
O termo que se refere ao adjetivo fácil é a característica do conteúdo. Logo, 
fácil é um adjetivo.
Agora, na frase: O conteúdo da prova foi fácil demais.
A palavra fácil se refere a um substantivo, então, é adjetivo. O termo demais 
se refere a fácil que é adjetivo, portanto, advérbio pode se referir a adjetivo.
Exemplo 2: O professor é bom, mas fala demais.
Demais se refere ao verbo falar. Logo, advérbio pode referir-se a verbo.
Exemplo 3: O candidato é fraco e escreve mal demais.
Mal se refere ao verbo escrever, sendo, portanto, advérbio.
Demais se refere ao advérbio mal. Advérbio pode referir-se a outro ad-
vérbio.
O advérbio é um termo que pode se referir a: adjetivo, verbo ou outro 
advérbio.
Os advérbios são invariáveis, isto é, não têm feminino e nem plural.
Po
rtu
gu
ês
11
6. Morfologia – Advérbio II
6.1 Apresentação
Esta unidade abordará o advérbio.
6.2 Síntese
Exemplo 4: O estudante saiu de casa e foi para a escola.
A expressão de casa liga-se a um verbo (verbo sair). Trata-se de uma locução 
adverbial.
Tipos de locução:
1. Adjetiva: é aquela que se liga ao substantivo. Por exemplo: Precisava ter-
minar o trabalho da escola.
2. Adverbial: é aquela que se liga ao verbo. Por exemplo: Sempre come com 
voracidade.
Exercício
3. O termo modificado pelo advérbio não está indicado corretamente, 
nos parênteses, em:
a) O mexicano é um povo extremamente religioso. (religioso)
b) É preciso falar mais pausadamente. (pausadamente)
c) O colega mal entendia o que lhe dizíamos. (entendia)
d) Hoje o céu e a Terra me sorriram. (céu)
Capítulo 2
Pronome
1. Pronome Pessoal
1.1 Apresentação
Esta unidade abordará o pronome pessoal.
1.2 Síntese
A diferença entre eu e mim consiste em:
1. Eu é um pronome pessoal do caso reto, funciona como sujeito.
2. Mim é um pronome pessoal do caso oblíquo, funciona como não sujeito.
Exemplo 1: Os alunos menores não irão sem mim.
Regra 1: Usa-se mim no final de orações, após uma preposição. Por 
exemplo: Vocês não precisam de mim.
Exemplo 2: Algo ainda existe entre mim e ela.
Po
rtu
gu
ês
13
Regra 2: Usa-se mim antes de termo que não seja verbo. Por exemplo: Tudo 
ficou resolvido entre mim e a equipe de coordenadores.
Exemplo 3: O aluno trouxe a redação para eu corrigir.
Regra 3: Usa-se eu como sujeito de verbo do infinitivo. Por exemplo: O 
diretor pediu para eu entregar os formulários aos convidados. Observe que 
o para tem ideia de finalidade.
Exemplo 4: Agora ficou fácil para mim explicar o conteúdo.
Observa-se que sujeito nesta frase é explicar o conteúdo e para mim com-
pleta o sentido de adjetivo.
Regra 4: Usa-se mim antes de verbo no infinitivo; nesse caso, a expressão para 
mim completa o sentido de um adjetivo. Por exemplo: Continua difícil para mim 
enfrentar a situação.
Exercício
4. Assinale a opção em que houve erro no emprego do pronome 
pessoal em relação ao uso culto da língua:
a) Ele entregou um texto para mim corrigir.
b) Para mim, a leitura está fácil.
c) Isto é para eu fazer agora.
d) Não saia sem mim.
e) Entre mim e ele, há uma grande diferença.
2. Pronome de Tratamento
2.1 Apresentação
Esta unidade abordará o pronome de tratamento.
2.2 Síntese
Os pronomes de tratamento são fórmulas oficiais para o endereçamento ou 
a referência a determinados segmentos sociais, políticos, etc. Levam a concor-
dância para a terceira pessoa.
Por exemplo: Vossa Excelência gostou de seu novo gabinete.
O verbo conjuga-se como se fosse você, ou seja, na 3ª pessoa.
Vossa Excelência é utilizado para autoridades políticas, em geral, na esfera 
federal e estadual, e para prefeitos.
Po
rtu
gu
ês
14
Por exemplo: Senhor Ministro, a que horas Vossa Excelência pretende 
almoçar?
Vossa Senhoria é utilizado no tratamento formal em geral, e vereadores.
Senhor síndico, a que horas Vossa Senhoria vai realizar a assembleia?
Vossa Magnificência é utilizado para reitores de Universidade.
Por exemplo: Vossa Magnificência vai participar da colação de grau dos 
formandos em Direito, senhor Reitor?
Para autoridades religiosas, são utilizados:
Vossa Santidade para papa.
Vossa Eminência para cardeais.
Vossa Reverendíssima para padres.
Por exemplo: Vossa Santidade vai presidir o concílio a se realizar na Itália?
Meritíssimo é utilizado para juízes de direito.
Por prática forense, juízes são referidos como Excelência, assim como ad-
vogados são tratados por Doutor.
A diferença entre Sua Excelência e Vossa Excelência consiste em:
Sua Excelência é utilizado para se referir à autoridade (= ele).
Vossa Excelência é utilizado para se dirigir à autoridade (= você).
Por exemplo: Sua Excelência, Dilma Rousseff, participará de um evento 
político na Guatemala.
Quando é que Vossa Excelência pretende voltar para Brasília?
Exercício
5. Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal e no-
minal em relação aos pronomes de tratamento empregados na 
redação oficial:
a) Recebei Vossa Magnificência nosso protesto de consideração.
b) Vossa Senhoria não entendeu minha declaração sobre os dife-
rentes tipos de inteligência.
c) Vossa Excelência tendes sido mal informados sobre as pesquisas 
desenvolvidas na instituição.
d) Informo a V. Sa. de que vossas observações serão levadas em 
consideração no relatório final.
e) Vossa Eminência sereis oportunamente informado dos resul-
tados.
Po
rtu
gu
ês
15
3. Funções de Pronomes Pessoais
3.1 Apresentação
Esta unidade abordará as funções de pronomes pessoais.
3.2 Síntese
Os termos o, a, os e as são palavras que, dependendo do contexto, funcio-
narão como artigo.
Sempre têm função de objetos diretos de verbos terminados em vogal. Por 
exemplo: Quanto ao relatório, enviei-o por e-mail. O termo o é utilizado para 
não repetir o termo relatório, da seguinte forma, enviei o relatório.
Os termos lo, la, los e las sempre funcionam como objetos diretos de verbos 
terminados em consoantesr, s ou z.
Por exemplo: Quanto à festa, vai realizá-la em julho de 2011. Ou seja, 
realizar a festa.
Quanto aos exercícios, propô-los aos alunos ontem. (Propôs os exercícios)
Quanto às provas, fê-las no mês passado. (Fez as provas)
Temos a frase: Fi-lo porque qui-lo. A ideia é que fiz isso porque quis 
fazer isso.
Os termos no, na, nos e nas sempre têm a função de objetos diretos de ver-
bos que apresentam som nasal, final em: m ou til (~).
4. Função dos Pronomes Oblíquos
4.1 Apresentação
Esta unidade abordará as funções de pronomes oblíquos.
4.2 Síntese
Pronome oblíquo é aquele que não funciona como sujeito da frase, mas sim 
como objeto direto ou indireto. Muitas vezes, nem mesmo como objeto direto 
ou indireto, no entanto, é imprescindível entender que o pronome oblíquo não 
pode funcionar como sujeito.
Po
rtu
gu
ês
16
Quando os pronomes assumem a forma lo, la, los e las continuam sendo 
objetos diretos, mas não podem mais ser objetos diretos de verbos que termi-
nam com vogal.
Quando os pronomes assumem a forma no, na, nos e nas sempre funcio-
nam como objetos diretos de verbos que apresentam som nasal, final em: m 
ou til (~). Exemplo: Quanto ao cadáver, encontraram-no no fundo do lago. 
(Encontraram o cadáver no fundo do lago.). Quanto às bebidas, põe-nas na 
geladeira. (Põe as bebidas na geladeira)
Os pronomes lhe e lhes podem ser objetos indiretos ou apresentar valor 
possessivo. Exemplo: Entregou o relatório ao superior. Entregou-o ao superior 
(objeto direto). Entregou-lhe o relatório.
Faz-se necessário observar que algumas doutrinas tratam que o pronome 
lhe refere-se apenas a pessoas. Todavia, embora haja essa ressalva, muitas 
provas de concurso cobram e admitem lhe referindo a coisas. Exemplo: Ti-
rou a caneta das mãos dele. Tirou a caneta das suas mãos. Tirou-lhe a caneta 
das mãos.
Exercício
6. A substituição do termo sublinhado por um pronome pessoal está 
correta em todas as alternativas, exceto em:
a) O governo deu ênfase às questões econômicas. O governo deu 
ênfase a elas.
b) Os ministros defenderam o plano de estabilização. Os ministros 
defenderam-no.
c) A companhia recebeu os avisos. A companhia recebeu-os.
d) Ele diz as frases em tom bem baixo. Ele diz-las em tom baixo.
e) Ele recusou a dar maiores explicações. Ele recusou a dá-las.
5. Pronome Demonstrativo I
5.1 Apresentação
Esta unidade abordará os pronomes demonstrativos.
Po
rtu
gu
ês
17
5.2 Síntese
Os pronomes demonstrativos são pronomes que servem para indicar um 
determinado ser no contexto, no tempo ou no espaço.
Exemplo 1: A gripe suína preocupou as autoridades de saúde em 2010. 
Esse mal precisa ser erradicado de vez, para conforto e segurança da população.
Esse mal retoma gripe suína que é elemento anafórico, que é a repetição de 
um termo que já foi dito anteriormente. São elementos anafóricos: essa, esse e 
isso. Menciona o que ficou para trás, do passado. Se retomar é com S.
Exemplo 2: Para se fazer uma boa prova, o candidato precisa, além de 
outras coisas, disto: muita concentração.
Disto antecipa muita concentração, elemento catafórico, que serve para 
antecipar o que vai ser dito. São elementos catafóricos: isto, este e esta. E se 
antecipar é com T.
Exemplo 3: A mitologia e a ciência têm bases diferentes. Enquanto esta se 
constrói pela razão, aquela alimenta o subjetivismo.
Neste caso, os dois pronomes são anafóricos e não podem ser iguais, para 
não gerar ambiguidade, é chamado de dupla referência.
Regra 3: Este(a) e isto retomam o último elemento citado.
Aquele(a) – aquilo: retomam o primeiro elemento apresentado.
Ficando da seguinte forma: Pai e filho se candidataram à reeleição, embora 
este tenha conseguido e aquele, não.
6. Pronome Demonstrativo II
6.1 Apresentação
Esta unidade abordará os pronomes demonstrativos.
6.2 Síntese
Brasil (1), Argentina (2) e Inglaterra (3) participaram do jogo.
Na frase acima, cada palavra foi marcada por um número, assim, ao se 
referir a elas, para o 3 será utilizado o pronome esta, para o 2, essa e para o 1, 
aquele. Todavia, é mais prudente não utilizar.
Exemplos: 1. Nesta semana, estamos comemorando os lucros obtidos pela 
empresa.
Tudo que é presente é este.
2. Nesse sábado, houve uma festa no salão do meu condomínio.
Tudo que é passado é nesse.
Po
rtu
gu
ês
18
O termo esse(a) e isso são usados para tempo passado.
Por exemplo: Em 2008, trabalhei em Porto Alegre. Nesse ano, prestava con-
sultoria à Multinacional.
Os termos este(a) e isto são usados para tempo presente. Por exemplo: Hoje 
é seu aniversário. Que este dia seja muito comemorado.
Localização espacial:
Este meu sapato não é muito confortável.
O que é isso que você tem nas mãos?
Aquela que viajou com você era sua filha?
Os termos este(a) e isto são usados para proximidade com o falante.
Os termos esse(a) e isso são usados para proximidade com o receptor.
Os termos aquele(a) e aquilo são usados para uma terceira pessoa, distante 
dos dois.
Correspondência oficial: Nós, desta empresa, pedimos ajuda dessa insti-
tuição.
Exemplos: 1. Este prédio onde moro tem uma excelente estrutura.
2. Preciso desse documento que está em seu poder.
3. Aquela moça que trabalha na TV viajou comigo hoje.
Exercício
7. Assinale a alternativa correta:
I. Por favor, entregue-me esta arma que ninguém o machucará. 
(essa)
II. Esse mês não acaba nunca!! (este)
III. A questão é essa: ninguém tem dinheiro. (esta)
IV. É um suplício para mim ter de enfrentar aquele homem.
Está(ão) correta(s):
a) Todas.
b) Nenhuma.
c) I, II e IV.
d) Duas delas.
e) Uma delas.
7. Pronome – A Palavra “Que”
7.1 Apresentação
Esta unidade abordará o uso da palavra que.
Po
rtu
gu
ês
19
7.2 Síntese
A palavra que pode ser:
1. Pronome relativo, como elemento coesivo de retomada.
2. Conjunção integrante, como elemento coesivo de ligação.
Exemplo: O assunto que discutimos na reunião está resolvido.
Assunto está precedido e determinado por artigo, logo, é um substantivo. 
Então, o que tem como antecedente o substantivo assunto, assim sendo, é um 
pronome relativo.
O assunto está resolvido.
Discutimos o assunto na reunião.
Para não ser repetida a palavra assunto, é utilizado o que.
O dinheiro de que necessitamos para a construção do prédio foi liberado.
O que tem como antecedente o substantivo dinheiro, é, portanto, pronome 
relativo.
O pronome relativo que pode ser precedido de preposição.
O dinheiro foi liberado.
Precisamos do dinheiro para a construção do prédio.
Para não repetir dinheiro é utilizado o pronome relativo que, podendo ser 
preposicionado ou não.
Não entendemos o que aconteceu com ela.
O que tem como antecedente o pronome demonstrativo o, por conseguinte, 
é pronome relativo.
Não entendemos o (sinônimo de aquilo).
O (= aquilo) aconteceu com ela.
Contudo, o que é um pronome relativo quando tem como antecedente um 
substantivo ou um pronome demonstrativo de valor substantivo.
Exemplos: 1. O ônibus que faria serviço de transporte era bem confortável 
(que = ônibus).
2. Aquele que estava conosco era o chefe da repartição (que = aquele).
Também o que pode ser conjunção integrante.
Exemplos: 1. O candidato só queria que o concurso fosse realizado.
O que tem como antecedente o verbo queria, logo, é uma conjunção 
integrante.
Toda conjunção integrante que completa o sentido da primeira.
2. Seria necessário que nova empresa entrasse na concorrência.
O que tem como antecedente o adjetivo necessário, portanto, é uma 
conjunção integrante.
Po
rtu
gu
ês
20
O que é uma conjunção integrante quando tem como antecedente um 
termo que não seja nem substantivo nem pronome demonstrativo.
Convém que vocês se organizem em grupos.
Seria conveniente que vocês se organizassem em grupos.
A conjunção integrante não retoma termo antecedente.Exercício
8. O vocábulo grifado só NÃO é pronome relativo em:
a) “... com a compra de doces, que são distribuídos com grande 
alegria entre os moradores da vila.”
b) “... as mulheres da vila explicam que o ressentimento das mães 
em relação às suas filhas recém-nascidas...”
c) “O mínimo é 25 mil rúpias por dote, que inclui o preço de uma 
bicicleta...”
d) “... com a chegada da tecnologia de ultrassom que permite que 
as mulheres evitem ter bebês do sexo feminino.”
e) “Aqui, o alto índice de analfabetismo e a baixa idade para o 
casamento são os fatores que fazem...”
8. Pronomes Relativos “Que” e “Qual”
8.1 Apresentação
Esta unidade abordará os pronomes relativos que e qual.
8.2 Síntese
O que, como pronome relativo, pode retomar coisas ou pessoas.
Pode ser preposicionado, de acordo com a regência do verbo da oração.
Exemplos: 1. O avião que realizaria o voo foi desviado de sua rota original.
2. A garota a que me referi é estagiária de direito.
O verbo referir pede a preposição a.
O pronome relativo qual pode retomar coisas ou pessoas; equivale, portanto, 
ao que.
Pode ser preposicionado, de acordo com a regência do verbo da oração.
Exemplos: 1. O problema de que falamos é de ordem financeira.
Po
rtu
gu
ês
21
2. O problema do qual falamos é de ordem financeira.
O relativo qual flexiona-se em gênero e número.
Toda preposição antes do que é neutra, mas toda preposição antes do no 
qual não é neutra, usa-se do qual, no qual.
3. A autora a que me referi é canadense.
Nunca usará crase antes do que.
4. A autora à qual me referi é canadense.
Usa-se crase porque um a refere-se ao verbo que pede, e o outro a refere-se 
ao uso do pronome relativo qual.
5. O autor ao qual me referi é canadense.
O pronome relativo que pode retomar apenas:
Pode ser preposicionado, de acordo com a regência do verbo da oração.
É substituível por que ou qual:
1. O professor em quem confiamos mudou-se para Belém.
2. O professor em que confiamos mudou-se para Belém.
3. O professor no qual confiamos mudou-se para Belém.
Exercício
9. Assinale a alternativa que preencha, pela ordem, corretamente, as 
lacunas abaixo.
1. A espécie nova ... se referia Meyer era uma borboleta.
2. A espécie nova ... Meyer tratava era uma borboleta.
3. A espécie nova ... Meyer se maravilhava era uma borboleta.
4. A espécie nova ... Meyer descobriu era uma borboleta.
a) que, de que, com que, que
b) a que, de que, que, de que
c) a que, que, com que, a que
d) a que, de que, com que, que
e) de que, a que, que, a que
9. Pronome Relativo Cujo
9.1 Apresentação
Esta unidade abordará o pronome relativo cujo.
Po
rtu
gu
ês
22
9.2 Síntese
O pronome relativo cujo não pode ser seguido de artigo, pois é um prono-
me flexionado. Sendo assim, as frases seguintes estão erradas: A pessoa cuja a 
família; os médicos cujo o trabalho.
O pronome flexionável é aquele que tem feminino e plural. O pronome 
cujo concorda com o substantivo que o segue.
Se o substantivo for homem, será cujo homem; se o substantivo for mu-
lheres, será cujas mulheres.
Pode ser preposicionado, da seguinte forma: O trabalho de cujo assunto 
eu falei.
A menina cujo pai é delegado é minha colega de escola.
Cujo no masculino, pois concorda com o substantivo pai.
Exemplo: O livro em cujas páginas achei o seu retrato estava na estante 
menor.
Exercícios
10. Assinale a afirmativa em que a palavra “onde” está usada correta-
mente:
a) Trabalhamos com o conceito de serviços onde o fator ambiental 
é preponderante.
b) Durante a discussão dos técnicos, foi levantado um novo argu-
mento onde o diretor não gostou.
c) Nas áreas próximas às reservas, onde estão instaladas famílias, 
haverá grandes investimentos.
d) Alguns estudos apontam o ano de 2050 como decisivo, onde 
ocorrerá uma grande devastação.
e) As propostas onde se encontram as soluções mais econômicas 
para a melhoria do ambiente serão aprovadas.
11. Destaque a frase em que não há erro:
a) É um cidadão em cuja honestidade se pode confiar.
b) Feliz o pai cujo os filhos são ajuizados.
c) Comprou uma casa maravilhosa cuja casa custou uma fortuna.
d) Preciso de um pincel delicado sem o cujo não poderei terminar 
o meu quadro.
e) Os jovens cujos pais conversei com eles prometeram mudar de 
atitude.
Po
rtu
gu
ês
23
10. Pronomes Conosco, Convosco e Consigo
10.1 Apresentação
Esta unidade abordará os pronomes conosco, convosco e consigo.
10.2 Síntese
Conosco e convosco são pronomes oblíquos tônicos que, normalmente, 
vêm no final da oração.
Exemplos: 1. Toda diretoria se reuniria conosco.
2. O Senhor esteja convosco!
O termo com nós e com vós são expressões corretas, desde que seguidas 
por termos complementares, conforme segue:
1. O garoto poderia ficar com nós dois no fim de semana.
2. A paz esteja com vós todos no dia de hoje e sempre.
Os termos com você, contigo e consigo são utilizados nas seguintes hi-
póteses:
1. Renata, quero falar com você e a espero na minha sala.
2. Renata, quero falar contigo e te espero na minha sala.
Com você e contigo são expressões usadas em relação ao outro interlocutor. 
Deve-se observar a pessoa gramatical envolvida.
3. O rapaz, pessimista, pensou consigo mesmo que não conseguiria.
Consigo dá uma ideia de reflexividade, isto é, volta-se à própria pessoa.
Os termos consigo e comigo dispensam o uso do mesmo.
É correto dizer: Ele sempre traz dinheiro consigo para o lanche.
Exercício
12. Assinale a opção que apresenta o emprego correto do pronome, de 
acordo com a norma culta:
a) O diretor mandou eu entrar na sala.
b) Preciso falar consigo o mais rápido possível.
c) Cumprimentei-lhe assim que cheguei.
d) Ele só sabe elogiar a si mesmo.
e) Após a prova, os candidatos conversaram entre eles.
Po
rtu
gu
ês
24
11. Colocação Pronominal I
11.1 Apresentação
Esta unidade abordará a colocação pronominal.
11.2 Síntese
Posições:
Próclise: colocação do pronome antes do verbo. Por exemplo: Não se deve 
desrespeitar a ordem do líder.
Ênclise: colocação do pronome depois do verbo. Por exemplo: Preocupem-se 
com a própria vida.
Mesóclise: colocação do pronome no meio do verbo. Por exemplo: En-
tregar-lhes-emos os documentos da casa.
A posição de norma culta é a ênclise, isto é, o pronome colocado após o 
verbo. Por exemplo: Procura-se empregada doméstica com prática.
Não se deve iniciar oração com pronome oblíquo. Por exemplo: Os alunos 
receberam os temas dos trabalhos; dividiram-se em grupos.
1. Próclise: As palavras negativas atraem pronomes.
Exemplos: 1. Não nos conformamos com os desmandos do chefe.
2. Ninguém se atreveu a discutir os planos propostos.
3. Ontem se realizou a reunião dos países mais ricos do mundo.
Os advérbios em geral atraem pronomes.
12. Colocação Pronominal II
12.1 Apresentação
Esta unidade abordará a colocação pronominal.
12.2 Síntese
Se o termo de valor adverbial vier virgulado, não se colocará o pronome 
após esse sinal de pontuação.
Exemplos: 1. Normalmente, se convocam duas testemunhas.
Po
rtu
gu
ês
25
2. Na reunião, discutem-se esses aspectos nas assembleias ordinárias.
3. Vossa Excelência me perdoe a indiscrição, mas foi inevitável.
Os pronomes atraem pronomes.
4. Quem te perguntou a respeito dos investimentos na bolsa?
5. O candidato ficou animado quando me viu resolvendo a prova do con-
curso anterior.
As conjunções atraem pronomes.
6. É importante que se reorganizem as atividades de divulgação do produto.
7. Deus o ajude no projeto que você está assumindo.
Deus não é termo que atrai pronome. O motivo da próclise é o fato de se 
ter uma oração optativa.
As frases optativas são aquelas que exprimem desejo. Esse tipo de constru-
ção exige a próclise.
8. Bons ventos o levem! – e não o tragam mais.
Exercício
13. Imagine o pronome entreparênteses no lugar devido e aponte onde 
não deve haver próclise:
a) Não entristeças; (te)
b) Deus favoreça; (o)
c) Espero que faça justiça; (se)
d) Meus amigos, apresentem em posição de sentido; (se)
e) Ninguém faça de rogado. (se)
13. Colocação Pronominal III
13.1 Apresentação
Esta unidade abordará a colocação pronominal.
13.2 Síntese
A mesóclise é obrigatória com verbo no futuro do presente ou futuro do 
pretérito.
Exemplos: 1. Devolvê-lo-emos tão logo seja possível.
2. Deixar-lhes-íamos a herança toda.
Po
rtu
gu
ês
26
A mesóclise deixará de existir quando houver um fator de próclise.
3. Não se determinarão outras regras de conduta.
4. Eles se encontrariam no feriado do Natal.
Dupla colocação:
5. A escola nos ensina muitos conteúdos inúteis.
6. A escola ensina-nos muitos conteúdos inúteis.
Quando houver um sujeito explícito na oração, o pronome oblíquo poderá 
ocupar duas posições diferentes.
7. Veio visitar-me por ocasião do Natal.
8. Veio me visitar por ocasião do Natal.
Quando houver uma expressão verbal com infinitivo (r), admitir-se-ão duas 
colocações.
9. Ele nos veio ver por ocasião do Natal.
A próclise se deve ao termo atrativo.
10. Queria nos homenagear na festa de formatura. (construção típica do 
Brasil; mais coloquial)
11. Queria-nos homenagear na festa de formatura.
12. Queria homenagear-nos na festa de formatura.
13. Estavam encontrando-se às escondidas.
14. Estavam-se encontrando às escondidas.
Quando houver uma expressão verbal com gerúndio (ndo), admitir-se-ão 
duas colocações.
15. Ele nos estava trazendo alguns presentes.
A próclise se deve ao termo atrativo.
Estava nos trazendo alguns presentes. (construção típica do Brasil; mais 
coloquial)
Estava-nos trazendo alguns presentes.
Estava trazendo-nos alguns presentes.
16. Tinha-nos roubado durante cinco anos.
Não se admite a colocação do pronome átono após particípio.
17. Tinha nos roubado durante cinco anos. (padrão mais brasileiro e, por-
tanto, coloquial)
18. Ele nos tinha roubado durante todo esse tempo.
Capítulo 3
Concordância Nominal
1. Sintaxe – Concordância Nominal I
1.1 Apresentação
Esta unidade abordará a concordância nominal.
1.2 Síntese
Concordância nominal é o acordo entre um termo de valor substantivo e 
um termo de valor adjetivo.
Exemplos: 1. O palestrante usava paletó e sapato pretos.
Pretos refere-se aos dois substantivos. A concordância é lógica.
2. O palestrante usava paletó e sapato preto.
Preto refere-se apenas a sapato. A concordância é atrativa.
3. Vossa Excelência está preparado para o debate?
Po
rtu
gu
ês
28
Vossa Excelência é expressão feminina, mas serve tanto para homem como 
para mulher. Se preparado é termo masculino. A concordância é ideológica 
(silepse de gênero).
O adjetivo não se refere a um termo explícito, mas a uma ideia.
Níveis da Concordância Nominal:
1. Lógica: um mesmo adjetivo serve para mais de um termo.
2. Atrativa: um adjetivo concorda com o substantivo mais próximo.
3. Ideológica: não há correlação de gênero ou número.
Exercício
14. A frase em que a concordância nominal contraria a norma culta é:
a) Há gritos e vozes trancados dentro do peito.
b) Estão trancados dentro do peito vozes e gritos.
c) Mantêm-se trancadas dentro do peito vozes e gritos.
d) Trancada dentro do peito permanece uma voz e um grito.
e) Conservam-se trancadas dentro do peito uma voz e um grito.
2. Sintaxe – Concordância Nominal II
2.1 Apresentação
Esta unidade abordará a concordância nominal.
2.2 Síntese
As palavras anexo e em anexo:
Exemplos: 1. O material referente ao projeto seguiu anexo.
2. Seguem anexas ao processo as provas documentais.
Anexo é termo de concordância normal, ou seja, é adjetivo que concorda 
com o substantivo a que se refere.
A expressão em anexo tem valor adverbial de modo e, por isso, é invariável.
Exemplos: 1. O material referente ao projeto seguiu em anexo.
2. Seguem em anexo ao processo as provas documentais.
Outros casos:
O documento anexado ao processo.
Po
rtu
gu
ês
29
O documento anexo.
Seguiram em anexo as procurações.
Seguiram em anexo os projetos.
Anexo é a mesma coisa que anexado. A locução em anexo não varia.
3. Sintaxe – Concordância Nominal III
3.1 Apresentação
Esta unidade abordará a concordância nominal.
3.2 Síntese
A palavra bastante:
Exemplos: 1. Os candidatos a concursos devem estudar bastante.
Bastante refere-se a estudar, advérbio, invariável.
2. Os concursos trazem bastantes questões sobre o assunto estudado.
Bastantes referem-se a questões, termo de valor adjetivo, variável.
Quando for bastante pode ser substituível por muito(a).
Bastantes pode ser substituível por muitos(as); e também por suficientes.
3. Comprou bastante na feira de informática. (= muito)
4. Compraram bastantes equipamentos na feira de informática. (= muitos)
5. Trouxeram roupas bastantes na bagagem. (= suficientes)
A palavra quite:
1. O jovem está quite com as obrigações militares.
Quite refere-se a jovem, termo de valor adjetivo, variável.
2. Estamos quites! – não me peça mais nada!
Quites refere-se a nós (implícito), é variável.
A palavra menos:
1. As mulheres normalmente comem menos que os homens.
Menos refere-se a comem, termo de valor adverbial, é invariável.
2. Hoje vieram menos pessoas do que ontem ao seminário.
Menos refere-se a pessoas, termo de valor adjetivo, deveria variar, mas 
não varia.
A palavra menos, independentemente de sua classe gramatical, não se 
flexiona.
Po
rtu
gu
ês
30
4. Sintaxe – Concordância Nominal IV
4.1 Apresentação
Esta unidade abordará a concordância nominal.
4.2 Síntese
Nomes de cor:
Exemplos: 1. Hoje ela estava usando uma blusa verde.
2. O filho caçula é o que tem cabelos castanhos.
3. Comprou sapatos gelo para combinar com o termo.
4. A vendedora mostrou duas bolsas vinho à cliente.
Quando o adjetivo for propriamente dito, o nome da cor será variável.
Quando o substantivo for adjetivado, o nome da cor será invariável.
5. Tem dois vestidos brancos.
6. Tem duas sandálias prata.
Cores compostas
7. A menina tem uma saia verde-clara.
8. A menina tem duas saias verde-claras.
Nos adjetivos compostos, normalmente varia apenas o segundo elemento.
9. O dono do haras cria cavalos puro-sangue.
10. Os olhos dela são verde-mar.
Se no adjetivo composto um dos elementos era originalmente um substan-
tivo, a expressão ficará invariável.
Exercício
15. “Envio-lhe ............ os planos ainda em estudo e ........... explicações 
dadas pelo candidato e secretária ............ .”
a) anexo – bastantes – atenciosos.
b) anexos – bastante – atenciosos.
c) anexos – bastantes – atenciosas.
d) anexos – bastantes – atenciosos.
e) anexo – bastante – atenciosa.
Po
rtu
gu
ês
31
5. Sintaxe – Concordância Nominal V
5.1 Apresentação
Esta unidade abordará a concordância nominal.
5.2 Síntese
A palavra alerta:
Exemplos: 1. A sentinela permaneceu alerta durante toda a madrugada.
2. O soldado permaneceu alerta no seu posto de observação.
As palavras sentinela e soldado são de gêneros diferentes e alerta perma-
neceu igual.
As sentinelas permaneceram alerta durante toda a madrugada.
Os soldados permaneceram alerta no seu posto de observação.
A palavra alerta continua invariável por se tratar de advérbio de modo.
A palavra mau/mal pode ser substantivo ou adjetivo.
Na frase: O mal deve ser erradicado.
O mal com l pode ser pertencente à classe gramatical dos substantivos.
E, também, pode ser advérbio de modo. Por exemplo: Dança mal o pobre 
coitado.
O mal precedido de artigo é substantivo e não precedido de artigo e relativo 
a um verbo é um advérbio.
Em mau com u, tem-se a frase: Sempre foi mau filho. Quando ao contrário 
de mau é bom. Sempre foi bom filho. O mau com u sempre será um adjetivo, 
porque se refereao substantivo.
Expressões problemáticas:
1. Mau humor.
2. Mal-humorado.
Quem está de mau humor, o oposto é estar de bom humor. E se está mal-
-humorado, o oposto é bem humorado.
Exercício
16. Todas as concordâncias nominais estão corretas, exceto em:
a) Seguem anexo as notas promissórias.
b) Escolhemos má hora e lugar para a festa.
c) A justiça declarou culpados o réu e a ré.
d) A moça usava uma blusa verde-clara.
e) Estou quite com meus compromissos.
Po
rtu
gu
ês
32
6. Sintaxe – Concordância Nominal VI
6.1 Apresentação
Esta unidade abordará a concordância nominal.
6.2 Síntese
O termo só:
Exemplos: 1. Os pais não podem deixar seus filhos pequenos sós.
Sós refere-se a filhos, termo de valor adjetivo, é variável.
2. Dentre todos os funcionários, só os gerentes não receberam.
Só não se refere a gerentes, palavra denotativa de exclusão, invariável.
Só = sozinho(a), é variável (adjetivo).
Só = somente, apenas, é invariável (palavra denotativa de exclusão).
O rapaz permaneceu só (= sozinho) durante duas horas.
Só (= somente) eles não puderam comparecer à festa.
A expressão a sós:
Os noivos queriam ficar sós.
Os noivos queriam ficar a sós.
O adolescente precisava ficar só.
O adolescente precisava ficar a sós.
A sós é expressão adverbial de forma fixa.
Com os termos mais possível e os mais possíveis, têm-se:
A produção sempre cria quadros os mais interessantes possíveis.
A produção sempre cria quadros o mais interessante possível.
O mais possível. Exemplo: Faça a sua monografia o mais caprichada 
possível.
Os mais possíveis. Exemplo: Os conteúdos devem ser os mais diversificados 
possíveis.
Exercício
17. A frase que admite ambas as formas de concordância nominal ex-
pressas nos parênteses é:
a) Estou (quite/quites) com o serviço militar.
b) Elas (mesmo/mesmas) encaminharam o abaixo assinado.
Po
rtu
gu
ês
33
c) Encontramos (rasgados/rasgadas) as fichas rodoviárias e os docu-
mentos fiscais.
d) Os relatórios (anexo/anexos) referem-se às operações fiscais rea-
lizadas ontem.
e) Trouxe quitutes (os mais bem-feitos/o mais bem-feito) possíveis.
7. Sintaxe – Concordância Nominal VII
7.1 Apresentação
Esta unidade abordará a concordância nominal.
7.2 Síntese
Verbo ser acompanhado de adjetivo:
Exemplos: 1. É proibida a entrada de estranhos ao setor.
2. É necessária a apresentação de documentos.
3. É proibido entrada de estranhos ao setor.
4. É necessário apresentação de documentos.
O adjetivo variará, se o substantivo vier determinado. Por exemplo: É ne-
cessária a prudência máxima.
O adjetivo não variráa, se o substantivo não vier determinado. Por exemplo: 
É necessário prudência máxima.
Os termos caro e barato:
Exemplos: 1. Os produtos natalinos estão mais caros agora.
Natalinos se refere ao tipo de produto, é um adjetivo. O adjetivo caro tem a 
sua concordância normal. Caro concorda com o substantivo que é os produtos.
2. As peças íntimas estão baratas naquela loja.
O adjetivo barato concorda com substantivo.
3. O computador novo do escritório custou barato.
4. O negociante vendeu caro a casa de carnes que tinha.
Adjetivos: nas frases com verbos de ligação. Por exemplo: Os preços dos 
importados continuam baratos.
Advérbios: nas frases com verbos nocionais (não de ligação). Por exemplo: 
Todas as mercadorias custaram barato.
Po
rtu
gu
ês
34
Exercício
18. Marque a frase absolutamente inaceitável, do ponto de vista da con-
cordância nominal:
a) É necessária paciência.
b) Não é bonito ofendermos aos outros.
c) É bom bebermos cerveja.
d) Não é permitido presença de estranhos.
e) Água de Melissa é ótimo para os nervos.
8. Sintaxe – Concordância Nominal VIII
8.1 Apresentação
Esta unidade abordará a concordância nominal.
8.2 Síntese
O termo meio é empregado da seguinte forma:
Exemplos: 1. O meio mais indicado de conseguir as coisas é: o trabalho 
honesto.
A palavra meio vem precedida de artigo, portanto, é substantivo. Logo, é 
variável. O que demonstra na frase: os fins justificam os meios.
2. Bebeu meio copo de vinho no almoço.
A palavra meio é considerada numeral, de valor adjetivo, pois se refere a 
um substantivo. Portanto, é variável. Assim como na frase: Não gosto de meios-
-termos.
3. O jurista parecia meio nervoso.
4. As moças naquele dia estavam meio inquietas.
O jurista é substantivo, nervoso é adjetivo e a palavra meio se refere ao 
adjetivo, portanto, tem valor adverbial e é invariável.
A palavra meio, como advérbio, pode ser substituída mentalmente numa 
frase pelo termo: um pouco. Conforme segue:
As pessoas estão meio (um pouco) desorientadas.
Todos ficaram meio (um pouco) desorientados.
O termo obrigado pode ser aplicado da seguinte forma:
Exemplos: 1. O rapaz disse obrigado e se retirou da festa.
Po
rtu
gu
ês
35
2. As moças disseram obrigadas e distribuíram sorrisos.
O rapaz estava agradecido e as moças estavam agradecidas.
Obrigado é termo que se flexiona de acordo com o substantivo a que 
se refere.
Exercício
19. Aponte a frase cuja construção não está de acordo com a norma 
culta da língua:
a) Não gosto de meias medidas.
b) Voltou a todo-poderosa.
c) Ela emagrecia a olhos vistos.
d) Ela ficou meio perturbada.
e) É proibida entrada de pessoas estranhas ao serviço.
Capítulo 4
Verbo
1. Verbo – Parte 1
1.1 Apresentação
Esta unidade abordará os verbos.
1.2 Síntese
Nem todos os verbos apresentam ação; podem indicar, também, estado ou 
fenômeno.
O verbo é uma classe gramatical que tem três modos: indicativo, subjuntivo 
e imperativo.
1. O indicativo apresenta um fato certo.
2. O subjuntivo apresenta um fato provável.
3. O imperativo expressa um pedido, uma ordem, um conselho. Estabelece 
uma interlocução.
Po
rtu
gu
ês
37
Conjugação verbal:
1ª conjugação: terminados em ar.
2ª conjugação: terminados em er, or.
3ª conjugação: terminados em ir.
2. Conjugação Verbal
2.1 Apresentação
Esta unidade abordará a conjugação verbal.
2.2 Síntese
No latim, o verbo ler se pronunciava em légere. Com o tempo, passou a ser 
leere, posteriormente leer e, atualmente, ler.
1ª Conjugação: no indicativo, os verbos terminados em ar, ao passar para o 
subjuntivo, o ar vira e; e no imperativo também e.
1. Vou preparar um misto quente para mim.
2. Talvez eu prepare um suco também.
3. Prepare a bagagem, pois vamos viajar.
2ª Conjugação: no indicativo, os verbos terminados em er, no subjuntivo e 
no imperativo, o e vira a.
1. Ele resolveu escrever suas memórias.
2. Pode ser que eu escreva as minhas também.
3. Escreva um bilhete para a sua mãe.
3ª Conjugação: no indicativo, os verbos terminados em ir, no subjuntivo e 
no imperativo, o i vira a.
1. Vou dormir no hotel que você me indicou.
2. Talvez durma na casa de meus avós.
3. Durma bem, pois será restaurador.
Exercício
20. ... com que as relações humanas sejam mais complicadas e conturbadas.
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o do grifado 
acima está na frase:
a) ... que, teoricamente, podem garantir sucesso ...
b) ... somam-se outras tantas transmitidas em programas de TV e 
em palestras.
Po
rtu
gu
ês
38
c) ... que circulam pelos meios de comunicação e pela internet é 
uma algaravia.
d) ... que tornem menos dolorosa, ou mais prazerosa, a adaptação 
ao admirável mundo novo.
e) Por isso, as pessoas buscam novas regras ...
3. Verbo – Parte II
3.1 Apresentação
Esta unidade abordará as vozes verbais.
3.2 Síntese
São três as vozes verbais: voz ativa, voz passiva e voz reflexiva.
Exemplos: 1. O técnico consertou o defeito do computador.
A ação é consertar. Sujeito é o técnico.
A voz ativa ocorre quando o sujeito da frase é o agente da ação verbal. Assim 
como ocorre na frase: As cozinheiras fritavam os pastéis na hora de servi-los.
2. O relógiofoi consertado por um senhor conhecido meu.
A ação verbal é consertar. O relógio é sujeito da frase, mas não realizou a 
ação da frase. Se o sujeito da oração não praticar a ação, ocorrerá a voz passiva.
A voz passiva ocorre quando o sujeito é o paciente da ação verbal. Assim 
como ocorre na frase: O apartamento foi colocado à venda pela família.
3. O rapaz cortou-se quando se barbeava.
A ação volta para o sujeito da frase.
A voz reflexiva ocorre quando o sujeito é o agente e o paciente da ação ver-
bal. Assim como ocorre na frase: Penteou-se assim que saiu da cama.
Destaca-se que o verbo formar de formatura não é reflexivo, exige-se a par-
tícula se no verbo, assim como o verbo casar. Por exemplo: Ele se formou. Ele 
se casou ontem.
O verbo suicidou-se é pleonástico. Mas o correto a dizer é: Ele suicidou-se.
Tipos de voz passiva:
1. Passiva analítica: O carro foi rebocado pela seguradora.
Exige pelo menos dois verbos: ser + particípio (do).
Agente da passiva: é o termo que executa a ação verbal e é preposicionado 
(por ou pelo).
Por exemplo: O cidadão inocente foi indenizado ao final do processo.
O agente da passiva não precisa aparecer explícito.
Po
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gu
ês
39
4. Verbo – Voz Passiva Analítica e Voz Passiva 
Sintética
4.1 Apresentação
Esta unidade abordará as vozes verbais.
4.2 Síntese
Na voz passiva analítica, tem-se: O conteúdo ia ser discutido pelos con-
selheiros.
Pode haver três formas verbais na passiva analítica.
Continuará aparecendo o verbo ser + particípio.
Observou-se o movimento da loja.
A voz passiva sintética tem uma estrutura menor, tem um verbo seguido da 
partícula se. Deve apresentar um verbo transitivo direto + partícula se.
Por exemplo: Comentam-se os principais fatos do dia na edição noturna do 
telejornal.
A voz passiva analítica tem estrutura completa, é composta por verbo ser + 
particípio. Por exemplo: O projeto foi votado no plenário.
Na voz passiva sintética ou pronominal, o se que se liga ao verbo é chamado 
de pronome apassivador. A estrutura é menor, o VTD + partícula se (pronome 
apassivador). Por exemplo: Votou-se o projeto no plenário
Exercício
21. Assinale a frase que não está na voz passiva:
a) “Esperavam-se manifestações de grupos radicais japoneses de 
esquerda e de direita... .”
b) “Foram salvos pelo raciocínio rápido de um agente do serviço 
secreto... .”
c) “Vocês se dão pouca importância nessa tarefa.”
d) “Documentos inúteis devem ser queimados em praça pública.”
e) “Devem-se estudar estas questões.”
Po
rtu
gu
ês
40
5. Verbo – Parte III
5.1 Apresentação
Esta unidade abordará as vozes verbais.
5.2 Síntese
Diferença entre a voz ativa e voz passiva:
Voz Ativa Voz Passiva
Sujeito Agente da passiva
1 verbo 2 verbos
2 verbos 3 verbos
Objeto direto Sujeito
Exemplos: 1. O relator assinou o documento na reunião.
Na voz ativa, a ação foi praticada pelo relator, sujeito da oração.
2. O documento foi assinado pelo relator na reunião.
Na transformação para voz passiva, o sujeito converte-se em agente da 
voz passiva.
3. O professor ensina o conteúdo com entusiasmo.
4. O conteúdo é ensinado com entusiasmo pelo professor.
Um verbo na ativa é transformado em dois verbos na passiva.
5. O corretor vai apresentar uma proposta de venda do imóvel.
6. Uma proposta de venda do imóvel vai ser apresentada pelo corretor.
Dois verbos da ativa são transformados em três verbos da passiva.
7. O chefe da seção demitiu o funcionário relapso.
8. O funcionário relapso foi demitido pelo chefe da seção.
O objeto direto da ativa transformou-se em sujeito da passiva.
O verbo transitivo indireto (VTI) não admite conversão para a voz passiva.
9. No final de semana, milhares de pessoas assistiram ao filme.
10. No final de semana, o filme foi assistido por milhares de pessoas. Não é 
possível transformar verbo transitivo indireto em voz passiva; desta forma, esta 
construção está errada.
Transformação da voz passiva sintética para passiva analítica:
1. Avaliou-se a situação do paciente.
2. A situação do paciente foi avaliada.
VTD + partícula se: o termo seguinte é o sujeito paciente.
Po
rtu
gu
ês
41
Exercício
22. Transpondo para a voz passiva a frase: “Eu estava revendo, naquele 
momento, as provas tipográficas do livro”, obtém-se a forma verbal:
a) ia revendo;
b) estava sendo revisto;
c) seriam revistas;
d) comecei a rever;
e) estavam sendo revistas.
6. Verbo – Parte IV
6.1 Apresentação
Esta unidade abordará as formas nominais do verbo.
6.2 Síntese
Formas nominais do verbo:
1. Infinitivo (r): é o nome do verbo. Por exemplo: Vou receber meu 
pagamento na segunda-feira.
2. Gerúndio (ndo): Exemplo: Estamos comemorando dez anos de casados.
3. Particípio (do): Exemplo: Haviam solicitado os últimos balancetes da 
firma.
Verbo no infinitivo: a noção associada ao infinitivo é a de futuro.
Vou olhar o imóvel que está à venda.
Vamos fazer uma festa de confraternização.
Verbo no gerúndio: a noção associada ao gerúndio é a de presente.
Estamos escrevendo nossa monografia.
O país está atravessando uma crise política.
Verbo no particípio: a noção associada ao particípio é a de passado.
O convidado tinha chegado depois das 8 horas.
Ele havia desistido do processo.
Os verbos abundantes apresentam dois particípios: um regular e outro 
irregular
Matado e morto: O filho perverso havia matado o pai/O pai foi morto pelo 
filho perverso.
Os particípios regulares terminam em do. Por exemplo: A cliente havia 
imprimido os documentos relativos ao contrato.
Po
rtu
gu
ês
42
Os particípios irregulares apresentam terminação diferente de do. Por 
exemplo: O documento foi impresso na sala do diretor.
O contribuinte não tinha pagado o imposto.
A polícia havia pegado o bandido.
Os particípios regulares são usados com os verbos ter e haver.
O imposto estava pago há uma semana.
O bandido foi pego pela polícia.
Os particípios irregulares são usados com os verbos estar e ser.
7. Verbo – Parte V
7.1 Apresentação
Esta unidade abordará os verbos derivados.
7.2 Síntese
O verbo desfazer é verbo derivado de fazer. Como ocorre no verbo conter, 
prever, intervir.
Como é o caso do verbo intervir. Um verbo derivado se conjuga como o 
verbo primitivo.
Exemplos: Ele veio – Ele interveio.
Se o governo viesse – Se o governo interviesse.
Ele virá – Ele intervirá.
Dentro do verbo reaver, tem-se o verbo haver. Exemplo: Houve comício – 
Reouve.
No verbo entreter, tem-se o verbo ter.
O psiquiatra tinha uma grande habilidade.
O mágico entretinha criança no circo.
Exceção: verbo requerer não está relacionado com o verbo querer.
Desvio de norma culta: Cre-De-Le-Ve. Verbos: crer, dar, ler e ver. Esses 
quatro verbos se aproximam em um detalhe comum.
8. Verbo – Parte VI
8.1 Apresentação
Esta unidade abordará os verbos derivados.
Po
rtu
gu
ês
43
8.2 Síntese
Verbos ver e vir:
Ontem nós vimos um filme/A gente viu. (verbo ver)
Ontem nós viemos ao curso para fazer simulado/A gente veio. (verbo vir)
Hoje nós vimos aqui para conversar com o diretor da empresa. (verbo vir)
O presente do verbo vir é igual ao pretérito do verbo ver.
Quando você vir o tênis. (futuro do verbo ver)
Prever e rever têm a mesma origem: Exemplos: Quando você revir/Quando 
a cigana previr.
Imperativo do verbo: modo da interlocução.
Para a formação do verbo no imperativo, são necessários o presente do 
indicativo e o presente do subjuntivo.
A primeira pessoa do imperativo não existe, mesmo porque não é possível dar.
Para compor a segunda pessoa do imperativo afirmativo, pega-se a segun-
da pessoa (singular e plural) do presente do indicativo e tira-se a letra s. As 
demais pessoas são tiradas do modo presente do subjuntivo, da mesma forma. 
Conforme segue quadro abaixo:
Presente do 
indicativo
Imperativo 
afirmativoPresente do 
subjuntivo
Imperativo 
negativo
Eu ando
Tu andas
Ele anda
Nós andamos
Vós andais
Eles andam
-----------------
anda
ande
andemos
andai
andem
Eu ande
Tu andes
Ele ande
Nós andemos
Vós andeis
Eles andem
-------------
Não andes
Não ande
Não andemos
Não andeis
Não andem
9. Verbo – Parte VII
9.1 Apresentação
Esta unidade abordará os verbos derivados.
9.2 Síntese
Verbos ver e verbo vir:
Imperativo afirmativo: a segunda pessoa (tu e vós) vem do presente do 
indicativo, menos a letra s:
Anda depressa, senão tu não chegas.
Po
rtu
gu
ês
44
Tomai e comei todos vós...
As demais pessoas vêm do presente do subjuntivo.
Coma essa verdura, porque faz bem para você.
Entremos agora, para que possamos pegar um bom lugar.
Vejam vocês que ironia do destino.
Imperativo negativo: Todas as pessoas vêm do presente do subjuntivo, 
precedidas de não:
Não bebas, para que tu possas ficar bem.
Não saia daqui, pois você vai se perder.
Não briguemos, pois nós somos irmãos.
Não nos deixeis cair em tentação...
Não roubem o que não pertence a vocês.
Exercício
23. Assinale o período em que aparece forma verbal incorretamente em-
pregada em relação à norma culta da língua:
a) Se o compadre trouxesse a rabeca, a gente do ofício ficaria 
exultante.
b) Quando verem o Leonardo, ficarão surpresos com os trajes que 
usava.
c) Leonardo propusera que se dançasse o minuete da corte.
d) Se o Leonardo quiser, a festa terá ares aristocráticos.
e) O Leonardo não interveio na decisão da escolha do padrinho 
do filho.
Capítulo 5
Concordância Verbal
1. Concordância Verbal – Parte I
1.1 Apresentação
Esta unidade abordará a concordância verbal.
1.2 Síntese
A concordância verbal é o acordo, a adequação entre o sujeito e o verbo.
O trabalho era bem suave – quase uma atividade lúdica.
Muitas pessoas pediram a volta do reitor afastado da Universidade.
A maioria das pessoas aceitou a proposta da empresa multinacional.
Concordância lógica: é aquela que ocorre entre o núcleo do sujeito e 
o verbo.
Grande parte dos entrevistados mentiu a respeito da própria profissão.
Po
rtu
gu
ês
46
A maioria das pessoas aceitaram a proposta da empresa multinacional.
Concordância atrativa: é aquela que ocorre entre o verbo e a palavra mais 
próxima a esse núcleo.
Grande parte dos entrevistados mentiram a respeito da própria profissão.
Alguns de nós desistiram da bolsa de estudos.
Alguns de nós desistimos da bolsa de estudos.
O núcleo do sujeito é o primeiro substantivo, a expressão (ou o primeiro 
pronome).
2. Concordância Verbal – Parte II
2.1 Apresentação
Esta unidade abordará a concordância verbal.
2.2 Síntese
Quando o núcleo for singular, não poderá ocorrer a concordância atrativa.
Um bando de pássaros voou.
Um bando = primeiro substantivo.
Nenhum núcleo pode ser preposicionado, logo, pássaros não pode ser 
núcleo.
Uma série de questões foi resolvida. Série = questões.
Uma série de questões foram resolvidas.
Qual de vocês vai representar o bairro onde moramos?
Um de nós será sorteado na hora do show.
Quem de vós propôs semelhante besteira?
Concordância ideológica: Exemplo: O povo elege os candidatos populistas. 
Depois se arrependem.
O verbo (plural) concordou com a ideia de que “povo” são muitas pessoas.
Gente velha é muito inconsequente. Como comem!
A concordância ideológica, também chamada de silepse, não é expressão 
de norma culta.
Exercício
24. Assinale a opção onde há erro gramatical:
a) A maioria das mulheres é inteligente.
b) A maioria das mulheres são inteligentes.
Po
rtu
gu
ês
47
c) Tanto uma quanto outra formas estão certas.
d) Qual de vocês têm interesse de ficar com o livro?
e) Alguns de vós não sabem a verdade.
3. Concordância Verbal – Parte III
3.1 Apresentação
Esta unidade abordará a concordância verbal.
3.2 Síntese
Verbos haver e existir:
Exemplos: 1. Existiam algumas pessoas interessadas no quadro.
2. Havia algumas pessoas interessadas no quadro.
O verbo ter só deve ser utilizado no caso de posse. Não utilizar o verbo ter 
em substituição aos verbos existir e haver.
Verbo existir: varia normalmente.
Verbo haver: impessoal; não tem plural.
Deviam existir alguns probleminhas na rotina da empresa.
Devia haver alguns probleminhas na rotina da empresa.
Mesmo nas locuções verbais, não se flexiona o verbo haver no sentido de 
existir.
Hão de existir soluções bem simples para o problema.
Há de haver soluções bem simples para o problema.
Haviam conseguido o patrocínio que estavam esperando.
O verbo haver auxiliar no sentido de ter pode variar.
4. Concordância Verbal – Parte IV
4.1 Apresentação
Esta unidade abordará a concordância verbal.
4.2 Síntese
O verbo impessoal não tem plural. O verbo haver no sentido de existir não 
varia, ou seja, não tem plural.
Po
rtu
gu
ês
48
Verbo fazer, indicando tempo decorrido não tem plural, é impessoal.
Exemplos: 1. Fazia um mês que não estudávamos o conteúdo.
2. Fazia dois meses que não estudávamos o conteúdo.
Verbo fazer indicando temperatura não tem plural, é impessoal.
Exemplos: 1. Naquele dia, fez um grau negativo na cidade.
2. Naquele dia, fez dois graus negativos na cidade.
A impessoalidade do verbo fazer permanece nas expressões verbais, 
conforme segue:
Deve fazer um ano que não nos encontramos.
Vai fazer cinco meses que se formaram em Direito.
Está fazendo muito frio hoje.
Vai fazer, segundo a meteorologia, 38ºC amanhã.
Exercício
25. É provável que ....... vagas na academia, mas não ....... pessoas inte-
ressadas: são muitas as formalidades a ....... cumpridas.
a) hajam – existem – ser;
b) hajam – existe – ser;
c) haja – existem – serem;
d) haja – existe – ser;
e) hajam – existem – serem.
5. Concordância Verbal – Parte V
5.1 Apresentação
Esta unidade abordará a concordância verbal.
5.2 Síntese
Expressões problemáticas:
Um dos que: significa um daqueles. A expressão admite, indistintamente, o 
singular ou o plural. Concordando com um ou com daqueles.
O deputado foi um dos que votou a favor da reforma tributária.
O deputado foi um dos que votaram a favor da reforma tributária.
Mais de um: o verbo pode estar no plural ou singular. Deve olhar se o verbo 
é reflexivo ou não, se há reciprocidade ou não.
Po
rtu
gu
ês
49
Mais de um político se agrediram no palanque, durante o comício.
Mais de um aluno errou a questão referente à crase.
Mais de um: plural, com ideia de reciprocidade.
Mais de um: singular, nas ações não recíprocas.
Nem um nem outro: admite, indistintamente, o singular ou o plural.
Nem um nem outro aluno veio à festa do DCE. (= ninguém)
Nem um nem outro conseguiram o aval do chefe da seção. (= ambos não)
Um e outro: a expressão, dependendo da intenção comunicativa, admite o 
singular ou o plural.
Os dois se candidataram. Um e outro conseguiram se eleger.
A festa correu bem. Um e outro reclamou do barulho da música.
Um ou outro: dependendo da intenção, a expressão admite singular ou 
plural.
Tenório e Epaminondas: um ou outro será o líder comunitário nos pró-
ximos quatro anos. (= ideia de exclusão)
Chuva forte ou sol quente: um ou outro incomodam os pedestres. (= ideia 
de adição)
Exercício
26. Assinale a opção em que há concordância inadequada:
a) A maioria dos estudiosos acha difícil uma solução para o problema.
b) A maioria dos conflitos foram resolvidos.
c) Deve haver bons motivos para a sua recusa.
d) De casa à escola é três quilômetros.
e) Nem uma nem outra questão é difícil.
6. Concordância Verbal – Parte VI
6.1 Apresentação
Esta unidade abordará o sujeito composto.
6.2 Síntese
A rigor, sujeito composto leva o verbo para o plural.
Exemplos: 1. O professor e o aluno chegaram juntos à sala de aula.
Professor é um núcleo e aluno é outro núcleo, logo, o sujeito é composto.
Po
rtu
guês
50
2. Apareceram o pai e a mãe do aluno perante a Diretoria da escola.
Os dois são núcleos, pois são substantivos sem preposição. Logo, o sujeito é 
composto, por isso, o verbo no plural.
Se o sujeito composto for anteposto ao verbo, só deve ser usado o plural.
Se o sujeito composto for posposto ao verbo, pode ser usado o plural ou 
verbo combinado com o mais próximo.
Exemplos: 1. Vieram o padre e o pastor para o culto ecumênico.
2. Veio o padre e o pastor para o culto ecumênico.
Sujeito composto de três núcleos: 1ª pessoa (eu) + 2ª pessoa (tu) = 1ª pes-
soa do plural (nós), ou seja, se tiver eu mais alguém, deve ser usado o nós.
Exemplos: 1. Eu, meus irmãos e a síndica do prédio protocolamos o pedido 
de asfaltamento da rua.
2. Tu e eu ainda poderemos trabalhar juntos.
Sujeito composto de três núcleos: 2ª pessoa (tu) + 3ª pessoa (ele) = 2ª 
pessoa do plural (vós) ou 3ª pessoa do plural (vocês).
Exemplos: 1. Tu (2ª pessoa) e teus assessores (= eles; 3ª pessoa) não pode-
reis (= vós) participar do evento.
2. Os advogados e tu não irão ao Tribunal nesta semana.
Há duas opções: quando utilizado o vós fica algo mais formal e quando 
utilizado o eles fica mais informal.
7. Concordância Verbal – Enumeração
7.1 Apresentação
Esta unidade abordará concordância verbal e o sujeito composto.
7.2 Síntese
Sujeito composto:
Exemplo: Trabalhei eu e ele juntos.
O verbo trabalhei está correto, porque a ordem dos fatores altera o produto, 
é possível concordar com o mais próximo.
Enumeração: Ao colocar uma palavra depois da enumeração que resume 
tudo, o verbo concorda com ela, ou seja, após um sujeito composto enumerativo, 
os pronomes indefinidos determinam o singular.
Exemplos: 1. O dinheiro, as joias, os documentos, tudo se perdeu no 
incêndio.
Po
rtu
gu
ês
51
2. Boas festas, bebidas, mulheres bonitas, nada o faz feliz.
Os termos nada, ninguém, tudo são chamados de aposto resumidor.
Regra geral: medo e temor são núcleos, sujeito composto, e anteposto ao 
verbo, por isso, o verbo no plural.
O medo e o temor sempre os acompanharam enquanto estiveram presos.
Exceção: Se os núcleos forem semanticamente semelhantes, o verbo 
poderá ficar no singular.
O medo e o temor sempre os acompanhou enquanto estiveram presos.
Exercício
27. Soube que mais de dez alunos se ....... a participar dos jogos que tu e 
ele ....... .
a) negou – organizou;
b) negou – organizaram;
c) negou – organizasteis;
d) negaram – organizastes;
e) negaram – organizaste.
8. Concordância Verbal – Parte VII
8.1 Apresentação
Esta unidade abordará concordância verbal.
8.2 Síntese
O verbo parece transitivo direto mais a partícula se, mas a estrutura está na 
forma passiva.
Percebeu-se um pequeno tumulto na entrada do camarim.
Construção passiva:
Um pequeno tumulto na entrada do camarim foi percebido.
O verbo precisar é transitivo indireto, não pode ser passado para a passiva e 
o sujeito é indeterminado.
VTI: o sujeito é indeterminado.
VTD + se: o verbo for variável, o que vem depois será sujeito.
Po
rtu
gu
ês
52
Vende-se esta casa, para fins comerciais.
Alugam-se ternos para ocasiões formais. (Aluga-se. O que?)
Determinou-se nova data para a festa.
Construíam-se mais casas na época do mandato do deputado.
VTI + se: o verbo é invariável. Não tem sujeito, ou o sujeito é indeter-
minado.
Recorreu-se à Justiça para a solução do caso.
Recorreu-se aos Juízes do Supremo.
Necessitava-se de apoio para a realização do evento.
Necessitava-se de mais pessoas disponíveis.
A partícula se que se liga ao VTD chama-se pronome apassivador, e a par-
tícula se que se liga ao VTI é chamada de índice de indeterminação do sujeito.
9. Concordância Verbal – Parte VIII
9.1 Apresentação
Esta unidade abordará a sintaxe e concordância verbal.
9.2 Síntese
Alguns nomes próprios assumem a forma plural. Como: Minas Gerais, 
Campinas, Montes Claros, Estados Unidos.
Estados Unidos sediará mais uma edição dos jogos olímpicos.
Isso porque é um país só e não está marcado por um artigo.
Os Estados Unidos sediarão mais uma edição dos jogos olímpicos.
Os nomes próprios no plural só levam o verbo para o plural, se vierem 
determinados por artigo.
Na literatura: Os Lusíadas é nome próprio e está no plural.
Se o artigo fizer parte do nome próprio, o verbo poderá ficar no singular. 
Isto significa que também é permitido o verbo no plural, da forma que segue 
abaixo:
Os Lusíadas é um poema épico de Camões.
Os Sertões é obra de Euclides da Cunha
Os Lusíadas são um poema épico de Camões.
Os Sertões são obra de Euclides da Cunha
Po
rtu
gu
ês
53
Já na obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, é um nome próprio no 
plural, não há artigo no nome próprio, então, o verbo fica no singular. E, colo-
cando artigo, mesmo não usual, o verbo concordará com o artigo.
Memórias Póstumas de Brás Cubas é um romance do realismo brasileiro.
As Memórias Póstumas de Brás Cubas são um romance do realismo 
brasileiro.
As expressões é pouco e é muito são invariáveis.
Um funcionário no balcão é pouco para dar conta do movimento.
Dois funcionários no balcão é pouco para dar conta do movimento.
Quinhentos reais é muito para um fim de semana.
Duzentos gramas de presunto é muito para apenas um pãozinho.
Exercício
28. Verbo certo no singular:
a) Procurou-se as mesmas pessoas.
b) Registrou-se os processos.
c) Respondeu-se aos questionários.
d) Ouviu-se os últimos comentários.
e) Somou-se as parcelas.
10. Concordância Verbal – Parte IX
10.1 Apresentação
Esta unidade abordará a sintaxe e concordância verbal.
10.2 Síntese
Pronomes que e quem:
Com o relativo que, o verbo concorda com o pronome pessoal.
Hoje fui eu que fiz o café pela manhã.
Na realidade, fomos nós que fizemos toda essa bagunça no quarto.
Com o relativo quem, o verbo concorda com o pronome pessoal ou com o 
próprio quem. O próprio quem refere-se à pessoa, por isso, pode ser concordado 
com ele mesmo.
Po
rtu
gu
ês
54
Hoje fui eu quem fiz o café pela manhã.
Hoje fui eu quem fez o café pela manhã.
Na realidade, fomos nós quem fizemos toda essa bagunça no quarto.
Na realidade, fomos nós quem fez toda essa bagunça no quarto.
Com o relativo que, há uma concordância. Com o relativo quem, há duas 
concordâncias, conforme segue:
Hoje serão eles que pagarão a conta.
Hoje serão eles quem pagarão a conta.
Hoje serão eles quem pagará a conta.
O verbo ser para datas concorda com o numeral do dia ou com a palavra 
dia, conforme segue:
Hoje são 22 de novembro.
Ontem foram 21 de novembro.
Amanhã será dia 23 de novembro.
Hoje é primeiro de abril, dia da mentira.
São 25 de dezembro; é Natal, portanto.
O verbo ser para horas concorda com o numeral da hora, conforme segue:
Neste momento, são 10h46min.
Era 1h59min quando o acidente ocorreu.
Já é meio-dia?
11. Concordância Verbal – Parte X
11.1 Apresentação
Esta unidade abordará a sintaxe e concordância verbal.
11.2 Síntese
Os verbos dar, bater e soar concordam normalmente com as horas (sujeito 
das orações).
Agora há pouco deu uma hora no relógio da sala.
Batiam seis horas quando o padre entrou na igreja.
Soaram 12 horas e o almoço estava servido.
Nesta frase: Bateu dez horas o relógio da Matriz.
O relógio da Matriz é o sujeito, por isso, o verbo concorda com o sujeito, ou 
seja: O relógio da Matriz bateu dez horas.
Po
rtu
gu
ês
55
Exercício
29. Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal:
a) Soava seis horas no relógio da matriz quando eles chegaram.
b) Apesar da greve, diretores, professores, funcionários, ninguém 
foram demitidos.
c) José chegou ileso a seu destino, embora houvessem muitas 
ciladas em seu caminho.
d) Fomos nós quem resolvemos aquela questão.
e) O impetrante referiu-se aos artigos 37 e 38 que amparam sua 
petição.
12. Locuções Verbais12.1 Apresentação
Esta unidade abordará as locuções verbais.
12.2 Síntese
Regra: Nas locuções verbais, varia apenas o primeiro verbo (auxiliar).
Os quadros devem ficar expostos na galeria do primeiro andar.
Todos devemos procurar alguns companheiros para o jogo.
Exceção: com o auxiliar parecer, pode-se flexionar o verbo principal (o 
segundo).
As crianças parecem gostar das mágicas do ilusionista.
As crianças parece gostarem das mágicas do ilusionista.
Os pronomes de tratamento levam a concordância para a terceira pessoa.
Vossa Excelência já decidiu qual o cardápio que vai servir?
Sua Santidade fez uma pregação por quinze países do mundo.
Verbo ser: caso especial. Tanto o verbo pode ficar no plural ou singular.
Sujeito singular + ser + termo plural.
Verbo no singular: concordando com o sujeito.
Verbo no plural: concordando com o predicativo, conforme segue:
Na vida, nem tudo é realizações perfeitas.
Na vida, nem tudo são realizações perfeitas.
A cama em que ele dormia era uma palhas de milho.
A cama em que ele dormia eram uma palhas de milho.
Po
rtu
gu
ês
56
Exercício
30. Indique a alternativa correta:
a) Filmes, novelas, boas conversas, nada o tiravam da apatia.
b) A pátria não é ninguém: são todos.
c) Se não vier as chuvas, como faremos?
d) É precaríssima as condições do prédio.
e) Vossa Senhoria vos preocupais demasiadamente com a vossa 
imagem.
Capítulo 6
Regência Nominal e 
Complemento Nominal
1. Regência Nominal
1.1 Apresentação
Esta unidade abordará a regência nominal.
1.2 Síntese
Em língua portuguesa, há dez classes gramaticais, das quais seis são variá-
veis e quatro são invariáveis.
Frase é tudo aquilo que é dito que possua sentido. Se aquilo que foi dito 
tiver um verbo, a frase será classificada como oração.
Todo trabalho sintático desenvolvido em língua portuguesa exige oração e 
para que se trabalhe com oração, é preciso que as palavras se organizem.
Po
rtu
gu
ês
58
Quando se trabalha os verbos, observa-se a existência de verbos com sen-
tido completo. Exemplo: A criança caiu. Há verbos de sentido incompleto. 
Exemplo: Ontem eu vi (Vi o que?). Os verbos de sentido completo são os in-
transitivos e os de sentido incompleto são os transitivos. Os verbos transitivos 
são complementados por objetos (objeto direto ou indireto).
Há também palavras que não possuem sentido completo. Exemplo: “Ele 
está alheio.” (Alheio a que? Alheio a quem?). As palavras (substantivos, adjeti-
vos e advérbios) que não são verbos e não possuem sentido completo chamam-
-se regência nominal.
Os complementos nominais são consequência da regência nominal. A 
palavra não tem sentido completo e precisa de um complemento.
Observa-se que os complementos nominais sempre começam com pre-
posição.
Exemplo: “Acredito em Deus.” Nota-se que a expressão “em Deus” surge 
em resposta à pergunta “em quem”.
Exemplo: “Tenho crença em Deus.” Nota-se que a expressão “em Deus” 
surge em resposta à pergunta “em quem”. Neste caso, a pergunta saiu do subs-
tantivo “crença” e, portanto, trata-se de complemento nominal.
2. Complemento Nominal
2.1 Apresentação
Esta unidade abordará o complemento nominal.
2.2 Síntese
Antes de adentrar aos estudos de complemento nominal, faz-se necessário 
o entendimento de regência nominal.
Sabe-se que existem verbos que não têm sentido completo: são os verbos 
transitivos, e que vão fazer perguntas exigindo este complemento para que pos-
sam ter sentido completo (transitivo direito e o transitivo indireto).
O que responder às perguntas desses verbos são chamados de complemen-
tos verbais, que podem ser objetos direitos ou objetos indiretos.
Existem palavras que não são verbos e que também têm sentido incomple-
to, por exemplo: “É verdade, eu tenho medo.” A pessoa que ouvir essa frase, 
não sabe medo do que a outra pessoa tem. Desta forma, o substantivo “medo” 
não teve sentido completo.
Po
rtu
gu
ês
59
Quando a palavra que não possui sentido completo não for um verbo, que 
normalmente é o substantivo, adjetivo ou até advérbio, a pergunta sempre será 
feita com preposição. Por exemplo: “Tem medo do que ou de quem?”, “Estou 
apto a que ou para que?”, “O Juiz decidiu favoravelmente o que ou a quem?”
Sintaticamente, tudo que vier a responder essa pergunta feita por essas pa-
lavras, será classificado como complemento nominal.
Complemento verbal é aquele que completa os verbos; já o complemento 
nominal completa palavras que não sejam verbos.
Por exemplo:
– “Eu tenho medo da morte”: morte é o complemento nominal de medo.
– “Eu estou apto para trabalhar”: trabalhar é o complemento nominal de 
apto.
– “O Juiz decidiu favoravelmente a nossos anseios”: anseios é o comple-
mento nominal de favoravelmente.
Na regência verbal, existem algumas regras que devem ser obedecidas, sen-
do a mais importante saber que significado pretende-se atribuir ao verbo, pois 
os verbos ao mudarem de regência, mudam de significado.
Por exemplo: Se for empregar o verbo “assistir” como verbo transitivo dire-
to, passa a significar “dar assistência”. Já, se empregar o verbo “assistir” como 
verbo transitivo indireto, passa a significar “ver, presenciar”.
Em se tratando de regência nominal, não existe uma regra, é natural. A 
consequência da regência nominal será o complemento nominal.
Quando a regência nominal não é obedecida, quando não se emprega a 
preposição correta para determinada palavra, o som não fica bem.
Observamos que algumas palavras possuem suas regências, como:
– Acessível: a;
– Acostumado: a, com;
– Admiração: a, por;
– Afável: com, para com;
– Agradável: a;
– Alheio: a;
– Amante: de;
– Análogo: a;
– Ansioso: de, para ou por;
– Apto: a;
– Avesso: a;
– Ávido: de;
– Capacidade: de ou para;
– Capaz: de ou para;
– Certo: de;
Po
rtu
gu
ês
60
– Compatível: com;
– Comum: a ou de;
– Constante: em;
– Contemporânea: a ou de;
– Contrário: a;
– Curioso: de ou por;
– Desatento: a;
– Desejoso: de;
– Diferente: de;
– Dúvida: em, sobre ou acerca de;
– Equivalente: a;
– Escasso: de;
– Estranho: a;
– Favorável: a;
– Firme: em;
– Grato: a;
– Habituado: a;
– Idêntico: a;
– Impróprio: para;
– Inconsequente: com;
– Independente: de, em;
– Inexorável: a;
– Leal: a;
– Medo: a, de;
– Natural: de;
– Negligente: em;
– Obediência: a;
– Ojeriza: a, por;
– Passível: de;
– Perito: em;
– Perpendicular: a;
– Possível: de;
– Posterior: a;
– Preferível: a;
– Prestes: a, para;
– Próximo: a, de;
– Relacionado: com; Responsável: por;
– Rico: de, em;
– Seguro: de, em;
– Semelhante: a;
– Sensível: a;
Po
rtu
gu
ês
61
– Suspeito: de;
– Útil: a, para;
– Vazio: de;
– Versado: em.
É importante destacar que a única diferença entre objeto indireto e o com-
plemento nominal está na palavra da qual parte a pergunta.
Quando a pergunta com preposição sair de um verbo, a resposta será objeto 
indireto. Quando a pergunta com preposição sair de uma palavra que não seja 
o verbo, a resposta será um complemento nominal.
Capítulo 7
Regência e Predicado Verbal
1. Regência Verbal
1.1 Apresentação
Esta unidade abordará a regência verbal.
1.2 Síntese
Pré-requisitos para a regência verbal: predicação do verbo.
Verbo de ligação: liga o sujeito a uma característica (predicativo).
Exemplos: 1. O conteúdo da prova foi muito fácil.
2. A estudante ficou tensa na hora da prova.
3. O oficial permaneceu atento em seu posto.
O verbo de ligação não expressa ação.
Verbo intransitivo: é aquele que pode ter sentido completo, não precisa de 
complemento, ou seja, OD ou OI.
Po
rtu
gu
ês
63
Exemplos: 1. Os inscritos no concurso já chegaram.
2. O homem, depois de muito sofrimento, faleceu.
3. Os adversários ficaram em uma sala reservada.
4. O rapaz, infelizmente, morreu pela manhã.
Pela manhã, nesta frase, é adjunto adverbial

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