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Português e Redação
O Instituto IOB nasce a partir da 
experiência de mais de 40 anos da IOB no 
desenvolvimento de conteúdos, serviços de 
consultoria e cursos de excelência.
Por intermédio do Instituto IOB, 
é possível acesso a diversos cursos por meio 
de ambientes de aprendizado estruturados 
por diferentes tecnologias.
As obras que compõem os cursos preparatórios 
do Instituto foram desenvolvidas com o 
objetivo de sintetizar os principais pontos 
destacados nas videoaulas.
institutoiob.com.br
Português e Redação / Obra organizada pelo Institu-
to IOB - São Paulo: Editora IOB, 2013.
ISBN 978-85-63625-79-3
Informamos que é de inteira 
responsabilidade do autor a emissão 
dos conceitos.
Nenhuma parte desta publicação 
poderá ser reproduzida por qualquer 
meio ou forma sem a prévia 
autorização do Instituto IOB.
A violação dos direitos autorais é 
crime estabelecido na Lei nº 
9.610/1998 e punido pelo art. 184 
do Código Penal.
Sumário
Capítulo 1 – Interpretação de Texto, 5
1. Interpretação de Texto, 5
2. Estrutura Textual, 6
3. Critérios de Textualidade – I, 7
4. Critérios de Textualidade – II, 9
5. Intenção de Interação do Texto, 10
6. Intertextualidade, 11
7. Metalinguagem, 13
8. Critérios de Textualidade – Objetivo x Subjetivo, 14
Capítulo 2 – Tipologia Textual, 16
1. Tipologia Textual – Descrição, 16
2. Narração – Parte I, 17
3. Narração – Parte II, 18
4. Tipologia Textual, 19
5. Texto Dissertativo, 20
Capítulo 3 – Variação Linguística, 23
1. Variação Linguística, 23
2. Norma Culta e Coloquial, 24
Capítulo 4 – Tipos de Discurso, 26
1. Discurso Direto, 26
2. Discurso Indireto e Indireto Livre, 27
Capítulo 5 – Denotação e Conotação, 29
1. Denotação e Conotação, 29
2. Pleonasmo, 30
3. Metáfora e Prosopopeia, 31
4. Metonímia e Antítese, 32
Capítulo 6 – Relações Lógico-Semânticas, 34
1. Relações Lógico-Semânticas do Período Composto, 34
2. Distinção entre Conclusão e Explicação, 35
3. Finalidade, 36
4. Conjunção “E”, 37
5. Oposição, 37
6. Conjunção “Como”, 38
7. Ideias de Causa, Explicação e Consequência, 39
Capítulo 7 – Redação Oficial, 41
1. Redação Oficial, 41
2. Termos Técnicos, 42
3. Formalização ou Padronização, 43
4. Pronomes de Tratamento, 44
5. Funções dos Comunicados Públicos, 46
Gabarito, 48
Capítulo 1
Interpretação de Texto
1. Interpretação de Texto
1.1 Apresentação
Esta unidade abordará a interpretação de textos.
1.2 Síntese
Hoje a interpretação de texto é vista com dois olhares: como se estuda in-
terpretação? E a gramática?
O texto pode ser subjetivo, mas as questões nunca são subjetivas, pois isso 
ensejaria recurso.
O texto tem sido pressuposto para a gramática.
Imagem é texto, e textos possuem contextos.
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Exercício
1. A linguagem utilizada pelos chineses há milhares de anos é reple-
ta de símbolos, os ideogramas, que revelam parte da história desse 
povo. Os ideogramas primitivos são quase um desenho dos objetos 
representados. Naturalmente, esses desenhos alteraram-se com o 
tempo, como ilustra a seguinte evolução do ideograma:
que significa cavalo e em que estão representados cabeça, cascos e 
cauda do animal.
Assinale a alternativa que melhor representa o ideograma luta:
2. Estrutura Textual
2.1 Apresentação
Esta unidade abordará a estrutura textual.
2.2 Síntese
A introdução baseia-se na escolha da temática e objetivo.
O desenvolvimento será a discussão, aprofundamento sobre a temática e 
objetivo, que é critério de bipolaridade.
A conclusão é o fechamento, a finalização dos objetos discutidos (temática 
+ objetivo).
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Quando esses três itens são bem demarcados, o texto é uma dissertação.
Os textos que resolvem o problema, de certa forma banalizam o final do 
texto. É preciso priorizar a projeção do problema.
Exercício
2. Leia o texto para responder a questão. ISTO É – Quem são os heróis 
de verdade?
Roberto Shinyashiki – Nossa sociedade ensina que, para ser uma 
pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, 
ter carro importado, viajar de primeira classe. O mundo define que 
poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura. Para cada diretor de 
empresa, há milhares de funcionários que não chegam a ser geren-
tes. E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados. 
Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não 
valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravi-
lhosa. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar 
seus projetos de vida, e não para impressionar os outros. (Revista: 
ISTO É, adaptado)
Assinale a opção incorreta a respeito do desenvolvimento da argu-
mentação do texto.
a) Para organizar os argumentos, o entrevistado refere-se, generica-
mente, às mesmas pessoas por meio do pronome “você”, ou das 
expressões “poucas pessoas” e “essas pessoas”.
b) Preserva-se a coerência da argumentação da resposta ao se des-
locar a oração “Isso é uma loucura” e para antes do último pe-
ríodo sintático do texto.
c) A organização semântica do texto permite entender que as pes-
soas que compõem “a maioria” compartilham do mesmo tipo de 
visão expressa em “Nossa sociedade ensina” e “O mundo define”.
d) Através de exemplos e argumentos, o entrevistado prepara o lei-
tor para aceitar a resposta que resume no último período sintáti-
co do texto.
3. Critérios de Textualidade – I
3.1 Apresentação
Esta unidade abordará critérios de textualidade.
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3.2 Síntese
Um texto não é um aglomerado de frases. Deve-se avaliar não só os me-
canismos de coesão e de coerência que estão presentes num enunciado, mas 
principalmente o contexto em que todo texto é construído.
Coesão apresenta o aspecto físico do texto.
Exemplos: 1. Acordei e tomei café da manhã. A relação é de acréscimo.
2. Acordei e não tomei café da manhã. Existe uma relação de oposição, 
recurso de coesão.
Coerência apresenta o aspecto de sentido do texto.
Exemplos de incoerência:
1. A nova terapia traz esperanças a todos os que morrem de câncer a cada ano.
Correção: A nova terapia traz esperanças a todos os que sofrem de câncer.
2. A vítima foi estrangulada a golpes de facão.
Correção: A vítima foi estrangulada e sofreu golpes de facão.
3. A polícia e a justiça são as duas mãos de um mesmo braço.
Correção: A polícia e a justiça são as duas mãos de um mesmo corpo.
Exercício
3. Leia atentamente este parágrafo, observando as relações de sentido 
que se estabelecem entre as frases: “Os semáforos ganharam uma 
inesperada função social. Passamos a exercitar nossa infinita bonda-
de pingando esmolas em mãos alheias. Continuávamos de bem com 
nossos travesseiros.”
Em todas as alternativas, as palavras ou expressões destacadas tradu-
zem corretamente as relações de sentido sugeridas no trecho origi-
nal, exceto em:
a) Os semáforos ganharam uma inesperada função social. Dessa 
maneira, passamos a exercitar nossa infinita bondade pingando 
esmolas em mãos alheias. Por conseguinte, continuávamos de 
bem com nossos travesseiros.
b) Os semáforos ganharam uma inesperada função social. Então, 
passamos a exercitar nossa infinita bondade pingando esmolas 
em mãos alheias. Dessa forma, continuávamos de bem com nos-
sos travesseiros.
c) Os semáforos ganharam uma inesperada função social. Logo 
passamos a exercitar nossa infinita bondade pingando esmolas 
em mãos alheias. Assim, continuávamos de bem com nossos tra-
vesseiros.
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d) Os semáforos ganharam uma inesperada função social. No en-
tanto passamos a exercitar nossa infinita bondade pingando es-
molas em mãos alheias. Em contrapartida, continuávamos de 
bem com nossos travesseiros.
4. Critérios de Textualidade– II
4.1 Apresentação
Esta unidade abordará critérios de textualidade.
4.2 Síntese
Segundo Ingedore G. Villaça Koch, texto é um tecido verbal estruturado de 
tal modo que as ideias formam um todo coeso, uno, coerente. Todas as partes 
devem estar interligadas e manifestar um direcionamento único. Assim, um 
fragmento que trata de diversos assuntos não pode ser considerado texto. Da 
mesma forma, se lhe falta coerência, se as ideias são contraditórias, também 
não se constitui texto.
Exercício
4. “O carnaval carioca é uma beleza, mas mascara, com o seu luxo, a 
miséria social, o caos político, o desequilíbrio que se estabelece entre 
o morro e a Sapucaí. Embora todos possam reconhecer os méritos de 
artistas plásticos que ali trabalham, o povo samba na avenida como 
herói de uma grande jornada. E acrescente-se: há manifestação em 
prol de processos judiciais contra costumes que ofendem a moral e 
agridem a religiosidade popular. O carnaval carioca, porque se afasta 
de sua tradição, está tornando-se desgracioso, disforme, feio.” Revista 
Veja – fev. 2007 – Opinião do leitor.
A respeito do texto do carnaval, só não é possível afirmar que:
a) Possui elementos coesivos.
b) A coerência fica comprometida devido ao aspecto de coesão.
c) Embora pareça confuso trata-se de um texto organizado formal-
mente.
d) Cada período do texto pode se transformar em uma introdução 
para um novo texto a ser redigido.
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5. Intenção de Interação do Texto
5.1 Apresentação
Esta unidade abordará a intenção de interação do texto.
5.2 Síntese
Em todo texto o autor tem uma intenção, nessa intenção alguma coisa ele 
quer passar para o leitor, ao qual pensou no início.
Um texto possui uma intenção comunicativo-interacional: todo texto surge 
a partir de uma intenção do autor: narrar, convencer, informar, pedir, enganar, 
emocionar o leitor.
Há uma grande diferença entre um leitor crítico e público-alvo.
Um texto possui um tipo específico de leitor e uma situação discursiva.
Público-alvo: fixa a sua atenção para aquele texto fazendo com que aquilo 
faça sentido para a resolução da prova. É a pessoa a quem o texto se destinou.
Leitor crítico: aprofunda na leitura e discute as ideias a partir de conheci-
mento prévio que ele mesmo tem.
Os textos de cunho filosóficos, por exemplo, com assunto morte, divórcio, 
entre as alternativas haverá alguma que contemplará a visão do leitor acerca 
do tema, desta forma, não poderá ter interação com o tema. O leitor deve se 
afastar do texto.
Exercício
5. O trecho abaixo contém os dois primeiros parágrafos de um texto 
maior, de Zuenir Ventura. 
Que eles são problemáticos, todo mundo sabia. Que eles se sentem 
inseguros, já se desconfiava. Que eles são descrentes, já se supunha. 
Que são despolitizados também. O que não se sabia era até onde 
iam seus preconceitos contra negros, homossexuais, deficientes, 
prostitutas, enfim contra todos os que apresentam alguma diferença, 
sem falar no desencanto em relação à democracia, um sistema que 
muitos chegam a achar igual à ditadura.
Esse retrato dos jovens cariocas dos anos 90, obtido por meio de uma 
ampla pesquisa da Unesco e da Fundação Oswaldo Cruz com mais 
de mil adolescentes entre 14 e 20 anos, preocupa principalmente 
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quando se admite que eles não devem ser muito diferentes dos seus 
companheiros de idade em outras grandes cidades. (Revista Época)
Que alternativa(s) apresenta(m) temas que poderiam constituir o de-
senvolvimento do texto, de modo a preservar sua unidade e coerência?
I. A história institucional da Fundação Oswaldo Cruz em ordem 
cronológica.
II. A comparação entre os dados da capital carioca e depoimentos de 
jovens de outras capitais brasileiras.
III. O relato sobre a participação de Zuenir Ventura em outras pes-
quisas realizadas pela Unesco.
IV. O grau de preconceito em diferentes períodos da abertura políti-
ca no Brasil e no mundo.
V. Enumeração de previsões em relação ao comportamento dos jo-
vens nas cidades brasileiras.
VI. Indicação de possíveis causas históricas ou sociológicas para as 
formas de pensar dos jovens no período estudado.
As alternativas são:
a) II, IV, V e VI
b) III, V e VI
c) IV, V e VI
d) II, V e VI
e) II e V
6. Intertextualidade
6.1 Apresentação
Esta unidade abordará a intertextualidade.
6.2 Síntese
Os textos dialogam entre si. O entendimento obtido de um texto depende 
do conhecimento de outros textos, por isso muitos autores, ao escreverem, fa-
zem uso da intertextualidade.
Exemplos:
1. “acordei bemol
tudo estava sustenido
sol fazia
só não fazia sentido” (Paulo Leminsky)
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2. Samba de Uma Nota Só
Tom Jobim/Newton Mendonça
Eis aqui esse sambinha
feito numa nota só
outras notas vão entrar
mas a base é uma só.
Essa outra é consequência
do que acabo de dizer
como eu sou a consequência
inevitável de você
Tanta gente existe por aí
que fala fala e não diz nada
Ou quase nada
Já me utilizei de toda escala
e no final não deu em nada
ou quase nada
E voltei pra minha nota
como eu volto pra você
Vou contar pra minha nota
como eu gosto de você (?)
E quem quer todas as notas
ré, mi, fá, sol, lá, si, dó
fica sempre sem nenhuma
fica numa nota só.
Observa-se que há uma intertextualidade num hino musical.
Exercício
6. 
E as ilusões estão todas perdidas (v. 3)
Este verso pode ser lido como uma alusão a um livro intitulado Ilu-
sões perdidas, de Honoré de Balzac.
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Tal procedimento constitui o que se chama de:
a) Metáfora.
b) Pertinência.
c) Pressuposição.
d) Intertextualidade.
Metáfora é uma comparação entre termos do texto.
Pertinência e pressuposição dizem respeito ao entendimento. Não é 
figura de linguagem.
Pertinência remete-se a coerência do texto. 
Pressuposição refere-se ao que se pressupõe sobre o texto.
7. Metalinguagem
7.1 Apresentação
Esta unidade abordará a metalinguagem.
7.2 Síntese
Metalinguagem é a propriedade que a língua possui de descrever a si mes-
ma, é a forma de expressão dos dicionários e das gramáticas.
É o uso da linguagem para explicitar algo de maneira simples. A função 
metalinguística é centrada no código, ou seja, é o uso da própria linguagem 
para explicar si mesma.
Exercício
7. Texto I
Ser brotinho não é viver em um píncaro azulado; é muito mais! Ser 
brotinho é sorrir bastante dos homens e rir interminavelmente das 
mulheres, rir como se o ridículo, visível ou invisível, provocasse uma 
tosse de riso irresistível. CAMPOS, Paulo Mendes. Ser brotinho. In: 
SANTOS, Joaquim Ferreira dos (Org.). As cem melhores crônicas 
brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. p. 91.
Texto II
Ser gagá não é viver apenas nos idos do passado: é muito mais! É 
saber que todos os amigos já morreram e os que teimam em viver 
são entrevados. É sorrir, interminavelmente, não por necessidade 
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interior, mas porque a boca não fecha ou a dentadura é maior que 
a arcada. FERNANDES, Millôr. Ser gagá. In: SANTOS, Joaquim 
Ferreira dos (Org.). As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de 
Janeiro: Objetiva, 2005. p. 225.
Os textos utilizam os mesmos recursos expressivos para definir as fa-
ses da vida, entre eles:
a) Expressões coloquiais com significados semelhantes.
b) Ênfase no aspecto contraditório da vida dos seres humanos.
c) Recursos específicos de textos escritos em linguagem formal.
d) Termos denotativos que se realizam com sentido objetivo.
e) Metalinguagem que explica com humor o sentido de palavras.
8. Critérios de Textualidade – Objetivo x 
Subjetivo
8.1 Apresentação
Esta unidade abordará os critérios de textualidade.
8.2 Síntese
O discurso objetivo é aquele em que o eu do narrador seesconde, fala dos 
outros, de fatos do mundo exterior, porém não emite sua opinião sobre o assun-
to tratado. Apresenta descrição de fatos ou dados de forma impessoal.
O discurso subjetivo é aquele em que o eu do narrador se mostra, assume 
sua condição de pessoa com sentimentos e opiniões. É o momento em que o 
narrador emite sua impressão pessoal e aparece para o leitor.
Exercício
8. Leia o trecho com atenção e assinale a única opção que poderia dar 
continuidade à ideia proposta.
Aonde você vai?
Para quem não sabe aonde vai, qualquer caminho serve. Só que o 
indeciso perde muito tempo.
E tempo é o bem mais escasso. Definir a rota de primeira ajuda é 
ganhar pontos. A rota é o objetivo. (...) (Correio Brasiliense. Dad 
Abi C.Squarisi).
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a) O mundo atual, marcado por contradições e injustiças sociais, 
oferece múltiplas opções de escolha aos caminhantes.
b) A fugacidade do tempo e a efemeridade da vida são temas atuais 
que preocupam a população do planeta.
c) No fim do ano, sempre, as pessoas têm pensamentos voltados 
para o futuro, ainda mais quando os dias de amanhã se apresen-
tam nebulosos.
d) Ao tentar alcançar os objetivos não há uma fórmula predetermi-
nada; é enfrentando a caminhada que se aprende a caminhar.
Capítulo 2
Tipologia Textual
1. Tipologia Textual – Descrição
1.1 Apresentação
Esta unidade abordará a tipologia textual.
1.2 Síntese
Descrever é fazer retrato verbal de algo. A descrição enquanto tipologia tex-
tual é caracterizada pelo ato de descrever verbalmente pessoas, objetos, cenas 
ou ambientes. E, exatamente, por se tratar de uma espécie de retrato verbal 
de alguma coisa, pode ser objetiva ou subjetiva, o que dependerá do grau de 
interferência do autor em relação ao que está sendo escrito. Normalmente a 
descrição tem caráter subjetivo, excetuando-se os textos técnicos (por exemplo, 
manuais) e científicos (por exemplo, bulas de remédios).
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O ato descritivo não se preocupa com a sequência das ações, com a suces-
são dos momentos, com o desenrolar do tempo. No espaço descritivo não há 
progresso. Por isso, uma das funções principais da descrição é fazer com que 
o leitor pare por um momento e perceba aonde o autor quer ir dentro de uma 
narrativa.
Exercício
9. Um jornal de circulação nacional publicou a seguinte notícia:
Choveu torrencialmente na madrugada de ontem em Roraima, 
horas depois de os pajés caiapós Mantii e Kucrit, levados de Mato 
Grosso pela Funai, terem participado do ritual da dança da chuva, 
em Boa Vista. A chuva durou três horas em todo o estado e as pre-
visões indicam que continuará pelo menos até amanhã. Com isso, 
será possível acabar de vez com o incêndio que ontem completou 
63 dias e devastou parte das florestas do estado. (Jornal do Brasil; 
Adaptado).
Considerando a situação descrita, avalie as afirmativas seguintes.
I. No ritual indígena, a dança da chuva, mais que constituir uma 
manifestação artística, tem a função de intervir no ciclo da água.
II. A existência da dança da chuva em algumas culturas está relacio-
nada à importância do ciclo da água para a vida.
III. Uma das informações do texto pode ser expressa em linguagem 
científica da seguinte forma: a dança da chuva seria efetiva se provo-
casse a precipitação das gotículas de água das nuvens.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
2. Narração – Parte I
2.1 Apresentação
Esta unidade abordará o tema narração.
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2.2 Síntese
Narrar é o ato ou propriedade de contar algo ou alguma coisa.
A narração é um relato organizado de acontecimentos reais ou imaginários.
O processo narrativo envolve: narrador (que pode participar ou não da his-
tória), personagens, circunstâncias (enredo), tempo, espaço e ações.
O texto narrativo pode vir permeado pela descrição e ter seu foco narrativo na 
primeira pessoa (o narrador faz parte da história) ou na terceira pessoa (o narrador 
apenas conta o fato). Os textos jornalísticos são exemplos clássicos da narrativa.
Exercício
10. Cena: Um Homem, Uma Mulher.
– Uma mulher deitada no sofá, cabelos molhados, segurando a mão 
de um homem que nunca voltará a ver.
– Luz do sol, em ângulos abertos, rompendo uma janela no fim da 
tarde (...). Uma imensa árvore caída, raízes esparramadas no ar, cas-
ca e ramos ainda verdes.
– O cabelo ruivo de uma amante, selvagem, traiçoeiro, promissor.
Um homem sentado na quietude de seu estúdio, segurando a foto-
grafia de uma mulher; há dor no olhar dele.
– Um rosto estranho no espelho, grisalho nas têmporas.
– As sombras azuis das árvores numa noite de lua cheia. O topo de 
uma montanha com um vento forte e constante.
Quanto aos processos de composição de texto, podemos dizer que 
nesse trecho estão presentes os seguintes elementos:
a) Narração em 3ª pessoa, com predominância da descrição física 
e psicológica da personagem.
b) Narração em 1ª pessoa, com predominância da descrição psico-
lógica.
c) Apenas a caracterização física e psicológica, acrescida da descri-
ção do que a personagem faz, pensa e sente.
d) Descrição da personagem com interferência da dissertação re-
flexiva do autor.
3. Narração – Parte II
3.1 Apresentação
Esta unidade abordará o tema narração.
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3.2 Síntese
A narração é composta por personagens que participam da história da qual 
fazem parte. Esta participação é representada pelo discurso, ou seja, pela fala 
destes personagens e este discurso pode se apresentar das seguintes formas:
•	 Discurso direto: O personagem tem voz ativa no texto; sua fala é apre-
sentada integralmente, palavra por palavra. Sua característica principal 
é o uso de marcadores de discurso, como, sinais de pontuação dois pon-
tos e travessão.
•	 Discurso indireto: O narrador apresenta a fala do personagem; é ele 
(narrador) quem fala pelo personagem.
•	 Discurso indireto livre: O narrador incorpora a voz do personagem, ou 
seja, imita o personagem. Neste tipo de discurso é possível perceber a 
fala do personagem mesclada com o discurso do narrador, porém não 
há limites precisos entre uma e outra. Não se faz o uso dos recursos 
característicos do discurso direto, marcadores discursivos como dois 
pontos e travessão.
Exercício
11. “Impossível dar cabo daquela praga. Estirou os olhos pela campina, 
achou-se isolado. Sozinho num mundo coberto de penas, de aves que 
iam comê-lo. Pensou na mulher e suspirou. Coitada de Sinhá Vitória, 
novamente nos descampados, foi-se, transportando o baú de folha.”
O narrador desse texto mistura-se de tal forma à personagem que 
dá a impressão de que há diferença entre eles. A personagem fala 
misturada à narração.
Esse discurso é chamado:
a) Discurso indireto livre.
b) Discurso direto.
c) Discurso indireto.
d) Discurso implícito.
e) Discurso explícito.
4. Tipologia Textual
4.1 Apresentação
Esta unidade abordará a dissertação.
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4.2 Síntese
Dissertar é explanar conceitos, expor fatos e/ou ideias por meio de organiza-
ção de palavras, frases e textos. O texto dissertativo pertence ao grupo dos textos 
expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o 
texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo está 
preocupado com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto 
informativo.
A elaboração de textos dissertativos requer domínio do padrão culto da 
língua escrita, além de conhecimento do assunto que se vai abordar. O texto 
dissertativo padrão deve ser produzido com linguagem clara e objetiva, com 
verbos na terceira pessoa e de acordo com uma estrutura organizacionalque 
prevê: introdução, desenvolvimento e conclusão.
Para questões de concursos é importante relembrar que as tipologias tex-
tuais são apenas três: descrição, narrativa e dissertação.
Exercício
12. Leia atentamente o texto que se segue e, logo após, assinale o item 
que indica o caráter apresentado pelo texto.
A falta de aparelhamento tecnológico no sistema judicial do país é 
um dos fatores que acarretam morosidade e ineficiência aos trâmites 
de milhares de processos por ano. Desse modo, aprimorar as gestões 
dos tribunais e dos órgãos do MP por meio de recursos informatiza-
dos é um mecanismo que pode promover, juntamente com outras 
medidas de desburocratização do serviço público, melhorias subs-
tanciais no funcionamento da Justiça.
a) Didático.
b) Dissertativo.
c) Descritivo.
d) Narrativo.
5. Texto Dissertativo
5.1 Apresentação
Esta unidade abordará o texto dissertativo.
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5.2 Síntese
Um texto argumentativo procede a uma análise e defende o ponto de vista 
do autor, ou seja, tem como objetivo persuadir alguém sob o ponto de vista de 
quem escreveu. Deve ser claro e ter riqueza lexical, podendo tratar qualquer 
tema ou assunto.
O texto dissertativo pode ser construído de forma dedutiva, do geral para o 
particular, ou indutiva, do particular para o geral.
Da mesma forma que acontece com a elaboração de textos dissertativos 
padrão, a elaboração de textos argumentativos requer o domínio da língua es-
crita culta, o uso de linguagem clara e objetiva, verbos na terceira pessoa e 
ser estruturado com introdução, desenvolvimento e conclusão. No entanto, o 
texto argumentativo exige do autor conhecimento profundo do item abordado, 
pois sua intenção principal é persuadir o leitor.
A dissertação argumentativa é a tipologia mais cobrada em concursos 
públicos.
Exercício
13. Os microcomputadores: uma ameaça?
A expansão tecnológica prossegue acelerada nestes últimos anos, 
modificando dia a dia a feição e os hábitos de nossa sociedade.
Talvez a maior novidade, que começa a preocupar os observadores, 
seja a “revolução informática” e suas conquistas mais recentes: video-
games, videocassetes e, principalmente, os microcomputadores, que 
começam a fazer parte do nosso cotidiano e cuja manipulação já é 
acessível não só aos adultos leigos, mas até às crianças.
Isso indica que já entramos na era do computador; e que uma revo-
lução da mente acompanhará a revolução informática.
Essa “revolução” iminente vem alertando os responsáveis pela edu-
cação das crianças e jovens para a ameaça de robotização que o uso 
regular dos computadores, introduzidos nas escolas e fora delas, po-
derá provocar nas mentes em formação.
Para neutralizar tal ameaça, faz-se urgente a descoberta (ou a 
adoção) de métodos ativos que estimulem a energia criativa dos 
jovens.
Em lugar de lutarmos contra esse novo instrumento da civilização e 
do progresso, urge que nos preparemos para dominá-lo. (Nelly No-
vaes Coelho, Panorama histórico da literatura infantil/Juvenil – 
adaptado)
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Assinale o item que indica, de forma mais precisa, o caráter apresen-
tado pelo texto.
a) Didático.
b) Argumentativo.
c) Narrativo.
d) Descritivo.
Capítulo 3
Variação Linguística
1. Variação Linguística
1.1 Apresentação
Esta unidade abordará as variações linguísticas que ocorrem no espaço, 
no tempo e nos grupos sociais.
1.2 Síntese
As línguas variam no tempo, no espaço e nos grupos sociais. Tal fato depen-
de dos interlocutores.
É possível observar que a variação no espaço e grupo social depende do 
meio ou espaço o qual convive. A variação no tempo é decorrente da época.
Uma dúvida que sempre ocorre é que a gramática trabalha com a norma 
culta, mas todos os gramáticos aceitam e dizem o seguinte: a utilização social da 
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faculdade da linguagem, criação da sociedade, não pode ser imutável; ao contrá-
rio, se pauta na perpétua evolução, paralela à do organismo social que a criou.
Todas as variedades linguísticas são adequadas, desde que cumpram com 
eficiência o papel fundamental de uma língua, o de permitir a interação verbal 
entre as pessoas, isto é, a comunicação.
Exercício
14. Assinale, apenas, a opção que melhor justifica a modalidade da lín-
gua enunciada pela personagem Chico Bento.
Chico Bento: – fessora! A sinhora ia mi castigá pur arguma coisa qui 
eu num fiz?
Professora: – Claro que não, Chico!
Chico Bento: – inda bem, fessora, pruque eu num fiz a lição di casa, 
hoji!
a) “Nossa tradição educacional sempre negou a existência de uma 
pluralidade de normas linguísticas dentro do universo da língua 
portuguesa.”
b) “O fato de não ser um padrão, de não ser um modelo a ser imita-
do por quem se considera instruído, não significa que esta varie-
dade do português seja ‘errada’, ‘pobre de recursos’. Muito pelo 
contrário, ela tem uma clara lógica linguística.”
c) “O fracasso dessa atitude fica bem claro no número impressio-
nante de alunos que abandonam a escola.”
d) “A distância existente entre a língua falada e a escrita é bem 
grande.”
2. Norma Culta e Coloquial
2.1 Apresentação
Esta unidade abordará a norma culta e a norma coloquial.
2.2 Síntese
A variação é algo que sai da norma culta e vai ao coloquialismo. A norma 
culta diz respeito à gramática, é considerada dialeto de prestígio, é a linguagem 
utilizada, por exemplo, na literatura.
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Independentemente da escolaridade, as pessoas deveriam ter acesso à nor-
ma culta. Isso porque, a norma culta é o dialeto de prestígio.
Ocorre que, o coloquial também faz parte da vida das pessoas e o ideal é 
que se separem as instâncias.
Quando se pensa em coloquial, que é a modalidade mais praticada, pode 
ser feita uma analogia direta a oralidade. Exemplo: “Estou preocupado com a 
banca do concurso que farei.”. Neste caso, se está fazendo referência em norma 
culta. De forma diferente seria se dissesse: “Tô preocupado”, em que se faz 
uma contração e, neste caso, se estará diante da norma coloquial.
Exercícios
15.
Mantendo o mesmo nível de linguagem do cartaz, a forma plural da 
frase nele exposta é:
a) Vida nós queremos! Drogas, estamos fora!
b) Vida nós queremos! Drogas, estamos foras!
c) Vida nós quer! Drogas, tamos fora!
d) Vida nós queremos! Drogas, tamos fora!
d) Vida nós quer! Drogas, tamos foras!
16. Com relação ao cartaz acima, analise as afirmativas a seguir.
I. No contexto do cartaz, a palavra “drogas” tem valor de “morte”.
II. A linguagem formal do cartaz pretende atingir a elite dominante 
do país.
III. O enunciador das frases do cartaz é, hipoteticamente, um vicia-
do em drogas.
Assinale:
a) Se apenas a afirmativa I estiver correta.
b) Se apenas a afirmativa II estiver correta.
c) Se apenas a afirmativa III estiver correta.
d) Se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) Se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
Capítulo 4
Tipos de Discurso
1. Discurso Direto
1.1 Apresentação
Esta unidade abordará o discurso direto.
1.2 Síntese
Narrar é contar alguma coisa, sendo preciso observar o tipo de fala dos 
personagens.
No discurso direto, o personagem fala diretamente no texto, há oportuni-
dade de participação intensa. Existe aqui o uso dos verbos de dizer, ou seja, o 
narrador está contando alguma coisa ao leitor.
Dentro do discurso direto, além dos verbos de dizer, há os marcadores lin-
guísticos, que são sinais de pontuação que trazem o personagem de maneira 
clara no texto.
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É possível observar que o discurso direto traduz, mapeia uma fala direta-
mente vinda do personagem, ou seja, o narrador sai para o personagem entrar.
Ainda, as chargese as tiras trazem o discurso direto. É necessário diferenciar 
as charges das tiras.
As charges possuem prazo de validade, ou seja, quando se pensa em uma 
charge pensa-se em um assunto momentâneo. Exemplo: a troca do Papa.
Já as tiras não possuem este prazo. Pode-se pegar uma tira da década de 
1970, por exemplo, e publicar em um jornal. Isso porque o assunto não cadu-
cou, ainda está em voga.
Exercício
17. Leia este trecho:
O pecurrucho tinha cabeça chata e Macunaíma inda a achatava 
mais batendo nela todos os dias e falando pro guri:
– Meu filho, cresce depressa pra você ir pra São Paulo ganhar muito 
dinheiro.
Considerando o excerto acima, assinale a alternativa incorreta:
a) O fragmento ilustra uma obra clássica e apresenta com distinção 
o narrador e o personagem.
b) O fragmento em destaque conta com a presença de discurso 
direto, pois o narrador participa diretamente do texto.
c) O que distingue o discurso direto são os marcadores linguísticos 
presentes na interação do personagem.
d) Os textos, de um modo geral, podem vir carregados dos três tipos 
de discursos: o direto, o indireto e o indireto livre.
2. Discurso Indireto e Indireto Livre
2.1 Apresentação
Esta unidade abordará o discurso indireto e o discurso indireto livre.
2.2 Síntese
No discurso indireto, a primeira coisa que deve ser feita é eliminar toda e 
qualquer marcação linguística.
Ao eliminarem-se os sinais de pontuação, são colocadas as conjunções, já que 
o narrador se expressará com exclusividade naquele texto ou naquele fragmento.
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Um exemplo que caiu em prova: Conversei com o professor de educação 
física especializado em saúde e envelhecimento Igor Yole, da Academia Bio-
ritmo, em São Paulo. Ele conta que o número de alunos acima de 60 anos 
aumenta ano a ano. Afirma que nessa faixa etária as pessoas procuram saúde. 
Preferem esteira e bicicletas. Também querem socializar.
Fazendo a contraposição, haverá o discurso indireto livre. Se no discurso 
indireto o narrador fala pelo personagem, no indireto livre, o narrador falará tal 
como se fosse o personagem. Aqui, o narrador “imita” o personagem, falando 
inclusive em seu tempo verbal. Contudo, não há nenhum marcador linguísti-
co. O narrador reconstitui aquilo que ouviu, pensou, mas há preocupação com 
a verossimilhança com aquilo que foi dito pelo personagem.
Exemplo: “Se pudesse economizar durante alguns meses, levantaria a ca-
beça. Forjara planos. Tolice, quem é do chão não se trepa.” Aqui, o narrador 
desenvolve, mas chega um momento que faz uma colocação que poderia ter 
sido utilizada literalmente como se fosse do personagem, mas não foi.
Exercício
18. Leia com atenção o fragmento abaixo:
Em estranhou a pergunta e rosnou uma objeção. Menino é bicho 
miúdo, não pensa. Mas sinha Vitória renovou a pergunta –– e a cer-
teza do marido abalou-se. Ela devia ter razão. Tinha sempre razão. 
Agora desejava saber que iriam fazer os filhos quando crescessem. 
–– Vaquejar, opinou Fabiano.
I. há três marcações de discurso direto no trecho em destaque acima.
II. o discurso indireto não está representado pelo trecho acima, não 
tendo o narrador espaço de manifestação.
III. O discurso indireto permeia todo o fragmento, costurando os ou-
tros tipos de discursos presentes.
IV. O discurso indireto livre é representado por meio de três períodos 
no trecho.
Assinale a alternativa que indica as respostas corretas.
a) Se todas estiverem corretas.
b) Se apenas a I e a IV estiverem corretas.
c) Se apenas a II e a III estiverem corretas.
d) Se I e III estiverem corretas.
e) Se I, III e IV estiverem corretas.
Capítulo 5
Denotação e Conotação
1. Denotação e Conotação
1.1 Apresentação
Esta unidade abordará as figuras de linguagem, sendo estudadas a deno-
tação e a conotação.
1.2 Síntese
Inicialmente, é preciso entender que em concursos públicos podem cair 
textos com as mais variadas formas e a respeito dos mais variados temas.
Denotação ou sentido denotativo é aquele em que as palavras aparecem 
como estão no dicionário. A palavra cachorro, por exemplo, no sentido deno-
tativo é referente ao animal.
Exemplo: O BURRO puxava a carroça e ajudava o catador de lixo no trans-
porte do que conseguia.
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Exemplo: Ganhou uma JOIA de muito valor: esmeraldas e diamantes em 
ouro branco.
Nota-se que nos dois exemplos as palavras possuem sentido denotativo.
A conotação ou sentido conotativo é aquele em que as palavras aparecem 
em seu sentido contextual. É também conhecido como sentido figurado. Tra-
ta-se de termos que extrapolam a literalidade.
Exemplo: O rapaz não aprende nada: é BURRO mesmo!
Exemplo: A garota, em sua docilidade, era uma JOIA.
Exercício
19. Assinale a alternativa em que o termo destacado está empregado em 
sentido conotativo:
a) O TABAGISMO encabeça a lista dos fatores de risco.
b) ... Contribuem para o aparecimento do CÂNCER.
c) ... Aparece sobretudo na língua e no ASSOALHO da boca.
d) ... Ele começa em forma de pequenas feridas na BOCA.
e) ... Ou escovar os DENTES bruscamente.
2. Pleonasmo
2.1 Apresentação
Esta unidade abordará as figuras de linguagem, sendo estudado agora o 
pleonasmo.
2.2 Síntese
Pleonasmo é usar expressões que são redundantes com a finalidade de re-
forçar uma ideia.
Poeticamente, serve para embelezar o texto. Exemplo: “A vida, não vale a 
pena nem a dor de ser vivida.” (Manuel Bandeira).
O pleonasmo vicioso é um erro, é o que a gramática chama de solecismo. 
Este não tem o valor de reforçar uma noção já implicada no texto. Representa 
o fruto do desconhecimento do sentido das palavras por parte do falante.
Exemplo: “Realizou um hemograma de sangue hoje de manhã.”
Exemplo: “O problema é grave: leucemia no sangue.”
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Exercício
20. Assinale a alternativa em que está caracterizada a figura de sintaxe 
denominada pleonasmo.
a) Esperamos, sinceramente, você compreenda nossos motivos.
b) Dizem que os brasileiros autênticos somos loucos por futebol.
c) Ao povo, nada lhe dão que não seja seguido de novos impostos.
d) Ele que era forte e corajoso, ei-lo fraco e covarde.
e) Informaram que Sua Santidade continua adoentado.
3. Metáfora e Prosopopeia
3.1 Apresentação
Esta unidade abordará as figuras de linguagem, sendo estudada a metá-
fora e a prosopopeia.
3.2 Síntese
A metáfora consiste em uma comparação entre dois elementos por meio 
de seus significados imagísticos, causando o efeito de atribuição inesperada ou 
improvável de significados de um termo a outro. Trata-se de uma comparação 
que não usa conectivo (por exemplo, “como”).
Exemplos: 
“Minha vida é um show; e o roteiro foi Deus quem traçou.”
“Ela é um verdadeiro furacão em seu trabalho.”
A prosopopeia é o mesmo que personificação. É uma figura de linguagem 
que atribui características humanas, personificando seres ou coisas que não 
têm vida.
Exemplo: “A morte chegou sorrateira e se revelou terrível.”
Exemplo: “O sanduíche pediu para ser devorado, mas a garota estava de 
regime.”
Exercícios
21. O fragmento transcrito que constitui um exemplo de linguagem me-
tafórica é:
a) “O trabalho enobrece.”
b) “O tempo para contemplação da arte e da natureza, ou para a 
curtição dos afetos, por exemplo, deve enobrecer bem mais.”
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c) “Ser feliz, viver com alguma harmonia, há de nos tornar melho-
res do que a desgraça.”
d) “Eu prefiro a velha dama esquecida num canto feito uma mala 
furada, que se chama ética.”
e) “O que nos pode tornar mais bondosos e tolerantes, eventual-
mente, nasce do sofrimento suportado com dignidade, quem 
sabe com resignação.”
22. Diz-se que há personificação quando houver atribuição de senti-
mentos, traços psicológicose (ou) comportamentos humanos a seres 
inanimados e a animais. Assinale a alternativa que apresenta exem-
plo de personificação no texto II.
a) “De mãos dadas, marcharemos todos pela vida verdadeira.”
b) “As janelas devem permanecer, o dia inteiro, abertas para o ver-
de onde cresce a esperança.”
c) “O homem confiará no homem como a palmeira confia no 
vento.”
d) “O lobo e o cordeiro pastarão juntos.”
e) “Fica decretado, por definição, que o homem é um animal que 
ama.”
4. Metonímia e Antítese
4.1 Apresentação
Esta unidade abordará as figuras de linguagem, sendo estudada a meto-
nímia e a antítese.
4.2 Síntese
A metonímia consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo 
entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido.
Exemplos: 
“Sempre gostou de ler José de Alencar.” (não a pessoa, mas sim o livro).
“Thomas Edson ilumina o mundo.” (as lâmpadas iluminam o mundo).
“Comeu o prato todo.” (comeu tudo o que havia no prato).
Antítese é a figura de linguagem que consiste em construir um sentido por 
meio do confronto de palavras opostas.
Exemplos: “Tristeza não tem fim, felicidade sim.”
“Estou acordado e todos dormem, todos dormem, todos dormem.”
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É preciso ressaltar que não se deve confundir a antítese com o paradoxo. O 
paradoxo também é contraditório, porém é uma oposição de ideias.
Exercício
23. Considerando a presença de figuras de linguagem nas frases, assina-
le a alternativa INCORRETA.
a) “Meu pensamento é um rio subterrâneo.” Metáfora
b) Sentia na boca um sabor de vida e morte. Prosopopeia
c) Gostava de ler Machado de Assis. Metonímia
d) “Tristeza não tem fim, felicidade sim.” Antítese
Capítulo 6
Relações Lógico-Semânticas
1. Relações Lógico-Semânticas do Período 
Composto
1.1 Apresentação
Esta unidade abordará as relações lógico-semânticas do período composto.
1.2 Síntese
São as relações dentro do conteúdo que possuem sentido lógico, ou seja, um 
texto é produzido por meio da organização de palavras que se unem adequada-
mente. Essas palavras formam frases ou orações e, as orações, constituem períodos.
A frase não precisa ter verbo, mas precisa ter sentido completo. A oração 
precisa de verbo ou de locução verbal, mas, mesmo assim, nem sempre tem 
sentido completo. Por isso, nem toda oração é uma frase. 
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Um período é composto de uma ou mais orações, podendo ser simples, 
quando contém apenas um núcleo verbal; ou composto, quando contém mais 
de um núcleo verbal. O número de núcleos verbais é igual ao número de 
orações.
Alternância aponta ideia de escolha, exclusão. Expressam ideia de alternân-
cia de fatos ou escolha. Normalmente se emprega a conjunção ou. Além dela, 
utilizam-se também os pares: ora... ora, já... já, quer... quer..., seja... seja.
Exercício
24. Assinale a alternativa em que, no trecho transcrito, não está presente, 
entre as orações, a relação de ideias apontada entre colchetes.
a) “[...] que não se debruça para examinar melhor a peculiaridade 
de cada aprendiz.” [Finalidade];
b) “E, assim, a educação se realiza, porque, junto com o amor, 
surge compromisso, respeito, [...]” [Causa];
c) “O computador é ferramenta, é apoio, é máquina, e máquina 
alguma substitui o professor – este sim, a alma da educação.” 
[Alternância];
d) “O educador não pode mais assumir o papel de detentor ab-
soluto do conhecimento, embora deva se manter em contínua 
capacitação.” [Concessão].
2. Distinção entre Conclusão e Explicação
2.1 Apresentação
Esta unidade abordará a distinção entre conclusão e explicação.
2.2 Síntese
A oração explicativa expressa uma justificativa, motivo, razão, explicação 
ou causa. Emprega-se vírgula para introduzir estas orações.
A oração conclusiva transmite a ideia de conclusão em relação ao que foi 
dito na oração anterior. Nelas, as conjunções pois ou portanto sempre apare-
cem entre vírgulas.
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Exercício
25. “É, pois, um estado de compreensão prévia.”
Assinale a opção em que o vocábulo destacado tem o mesmo valor 
semântico que o do destacado na passagem acima.
a) Ele é tão irreverente que chega a ser mal-educado.
b) Como disse a verdade, não foi punido.
c) Você foi injusto com seu amigo; deve, portanto, desculpar- se 
com ele.
d) Não veio à reunião, pois estava acamado.
e) Fiquei atento porque você será chamado a seguir.
3. Finalidade
3.1 Apresentação
Esta unidade abordará finalidade.
3.2 Síntese
A ideia de finalidade é aquela que expressa o objetivo, o propósito daquilo 
que é apresentado na oração principal. Essas orações geralmente aparecem 
introduzidas pela conjunção para, mas também podem ser introduzidas por a 
fim de que, com o objetivo de que e porque.
Lembrando que o verbo para (de parar) induz a uma ação enquanto a con-
junção para, que é o caso em estudo, revela a finalidade de uma ação.
Por exemplo: 
1. Ela não para quieta um segundo. (ação)
2. Eu vou estudar para passar num concurso público. (a fim de)
Exercício
26. Todas as alternativas abaixo possuem a ideia de finalidade, exceto:
a) Abri a porta, para que entrasse um pouco de vento na casa.
b) Ela não para de estudar nem um minuto sequer.
c) Fez sinal que todos se aproximassem em silêncio.
d) Rezei, porque não queria cair em tentação.
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4. Conjunção “E”
4.1 Apresentação
Esta unidade abordará a conjunção “e”.
4.2 Síntese
Certas conjunções podem, no discurso, assumir variados matizes de sig-
nificado. A conjunção “e” pode revelar relações que estabelecem ideias de 
adição, adversidade, consequência ou concomitância existentes no período 
composto.
A ideia de adição expressa soma ou sequência de ações, estabelecendo, em 
relação à oração anterior, uma noção de acréscimo, adição. Já a ideia de adver-
sidade exprime fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração 
anterior, estabelecendo contraste ou compensação.
Exercício
27. Observe o trecho: A OMS adverte que esse problema duplo não é 
simplesmente de países ricos ou pobres, mas está ligado ao grau de 
desenvolvimento de cada nação.
A conjunção mas estabelece uma relação de sentido com a oração 
imediatamente anterior, expressando uma ideia de:
a) Adição.
b) Causa.
c) Finalidade.
d) Proporção.
e) Consequência.
5. Oposição
5.1 Apresentação
Esta unidade abordará as ideais de oposição.
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5.2 Síntese
As orações com sentido de oposição são aquelas que estão unidas por uma 
conjunção que introduz a sentidode contraste ou adversidade entre as orações. 
Quando a conjunção puder ser retirada do período sem que haja prejuízo na 
sua compreensão, a ideia será de adversidade, caso a retirada da conjunção 
prejudique o entendimento da oração, será de concessão. A ideia de concessão 
deve ser entendida como contraste, oposição.
Exemplos: 
1. O concurso será muito concorrido, mas a prova será fácil.
2. Apesar de o concurso ser muito concorrido, a prova será fácil.
Ambas as frases apresentam o mesmo sentido, porém, uma é adversativa e 
outra é concessiva.
Exercício
28. O articulador sintático pode ser substituído adequadamente pela pa-
lavra ou expressão indicada entre parênteses em:
a) “Como alguém já disse, brincando tragicamente: antigamente, 
a situação era muito ruim [...]” (Já que);
b) “Vejam que contradição: mal terminou a 2ª Guerra, em 1945, co-
meçou a contagem para uma catástrofe ainda maior.” (logo que);
c) “E, segundo as observações daqueles cientistas, de acordo com 
a simulação feita, agora faltam apenas cinco minutos para a he-
catombe final.” (apesar disso);
d) “Mas, ao mesmo tempo em que essas 1,7 millhas vão desapare-
cer por causa do aquecimento global, várias cidadesà beira-mar 
vão também ficar submersas [...]” (No entanto).
6. Conjunção “Como”
6.1 Apresentação
Esta unidade abordará a conjunção “como”.
6.2 Síntese
A conjunção como pode transmitir ideias diferentes quando utilizada. É 
preciso ter em mente que o princípio do sentido rege as relações lógico-se-
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mânticas, ou seja, está sendo analisado o contexto das orações. Pode apresentar 
relação de conformidade, comparação e causa.
Assim, o sentido de comparação traz a distinção entre dois objetos; o de 
conformidade demanda uma solicitação, é possível estabelecer a relação 
de conformidade presente na oração; o de causa sempre demanda uma 
consequência.
Na relação de conformidade, há a dependência de solicitação. Por exem-
plo: Como foi solicitado, ele obedeceu. (Conforme).
Na relação de comparação, é necessário ter um objeto comparador. Por 
exemplo: Carol está vestida como uma mulher discreta.
Na relação de causa, se na oração tiver consequência atua com exclusão, 
não será de conformidade e nem de comparação, logo, será de causa. Por exem-
plo: Como você passou no vestibular, ganhará um carro. (Relação de causa e 
consequência)
Exercício
29. Leia, com atenção, os períodos abaixo:
Caso haja justiça social, haverá paz.
Embora a televisão ofereça imagens concretas, ela não fornece uma 
reprodução fiel da realidade.
Como todas aquelas pessoas estavam concentradas, não se escutou 
um único ruído.
Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, as circunstân-
cias indicadas pelas orações sublinhadas:
a) Tempo, concessão, comparação.
b) Tempo, causa, concessão.
c) Condição, consequência, comparação.
d) Condição, concessão, causa.
e) Concessão, causa, conformidade.
7. Ideias de Causa, Explicação e 
Consequência
7.1 Apresentação
Esta unidade abordará a ideia de causa, explicação e consequência.
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7.2 Síntese
As orações causais diferem-se das explicativas, visto que as primeiras estabe-
lecem uma relação de causa-consequência entre uma oração principal e outra 
dependente. Já no que concerne às explicativas, estas encerram a justificação 
do que se disse na oração anterior.
A ideia de causa sempre vem acompanhada de uma consequência, e isto é 
repassado ao interlocutor/leitor pelo uso de verbos que garantam a realização 
desta consequência, sua completude. A ideia precisa ser completa, os verbos, 
de certa forma, apresentam o passado. Por exemplo: Estudou muito, por isso 
passou no concurso.
Enquanto a ideia de explicação transmite uma suposição, um fato que não 
se pode comprovar, que ainda não aconteceu. A ideia não é completa. Por 
exemplo: Estudará para passar no concurso.
A ideia de consequência é transmitida pelo uso das expressões: tão... que, 
tanto... que. Por exemplo: Ela é tão estudiosa que conseguiu o primeiro lugar.
Causa: ser estudiosa. Consequência: conseguiu o primeiro lugar.
Exercício
30. “As emoções são tão inerentes ao ser que, segundo alguns estudiosos, 
estão inscritas no nosso patrimônio genético.”
A segunda oração do período destacado, em relação à primeira, ex-
pressa, sintaticamente:
a) Causa.
b) Tempo.
c) Explicação.
d) Consequência.
e) Concessão.
Capítulo 7
Redação Oficial
1. Redação Oficial
1.1 Apresentação
Esta unidade abordará a definição da redação oficial.
1.2 Síntese
Redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos norma-
tivos e comunicações. Segundo a Constituição Federal, art. 37, são princípios 
fundamentais de toda a Administração Pública a legalidade, a impessoalidade, 
a moralidade, a publicidade e a eficiência, sendo inadmissível que um docu-
mento expedido pelo Poder Público esteja redigido de maneira obscura ou 
ambígua.
Dessa forma, impessoalidade, clareza, concisão, formalidade, uniformida-
de e o uso do padrão culto da linguagem deverão ser características norteadoras 
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da redação de um documento oficial, a fim de produzir um texto transparente 
e inteligível para todo o conjunto de cidadãos.
A transparência do sentido dos atos normativos,bem como sua inteligibili-
dade, são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto 
legal não seja entendido pelos cidadãos. A finalidade da redação oficial é comu-
nicar com impessoalidade e máxima clareza.
Exercício
31. Julgue os itens a seguir:
I. A identificação das características específicas da forma oficial 
de redigir visa à criação de uma forma específica de linguagem 
administrativa.
II. A obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação oficial 
decorre do fato de aquele estar acima das diferenças lexicais, 
morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, 
das idiossincrasias linguísticas, permitindo, por essa razão, que 
todos os cidadãos compreendam o texto oficial.
2. Termos Técnicos
2.1 Apresentação
Esta unidade abordará os termos técnicos que regem a redação oficial.
2.2 Síntese
Não existe propriamente um padrão oficial de linguagem; o que há é o uso 
do padrão culto nos atos e comunicações oficiais.
Há preferência pelo uso de determinadas expressões, mas isso não implica 
que se consagre a utilização de uma forma de linguagem burocrática.
Os textos devem sempre permitir uma única interpretação e ser estritamen-
te impessoais e uniformes.
Os quatro princípios das comunicações oficiais são impessoalidade, forma-
lidade, concisão e clareza.
Impessoalidade: 
a) ausência completa de impressões individuais de quem comunica; 
b) impessoalidade de quem recebe a comunicação: ela pode ser dirigida a 
um cidadão, sempre concebido como público, ou a outro órgão público. Nos 
dois casos, temos um destinatário concebido de forma homogênea e impessoal; 
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c) caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo temático das 
comunicações oficiais se restringe a questões que dizem respeito ao interesse 
público, é natural que não caiba qualquer tom particular ou pessoal. Opinião 
pessoal não é de interesse público.
Exercício
32. Julgue os itens a seguir:
I. A Constituição Federal expressa a publicidade e a impessoalida-
de como princípios fundamentais de toda a administração pú-
blica. Esses princípios devem nortear igualmente a elaboração 
dos atos e comunicações oficiais.
II. O conteúdo das comunicações oficiais não se restringe a ques-
tões que dizem respeito ao interesse público, é natural que, caso 
os destinatários sejam íntimos, haja motivações pessoais para os 
interesses públicos.
3. Formalização ou Padronização
3.1 Apresentação
Esta unidade abordará a formalização ou padronização.
3.2 Síntese
As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem a 
certas regras de forma. Além das já mencionadas exigências de impessoalidade 
e uso do padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de 
tratamento. A formalidade diz respeito à polidez, à civilidade no próprio enfo-
que dado ao assunto do qual cuida a comunicação.
A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes para o texto definitivo e a 
correta diagramação do texto são indispensáveis para a padronização.
A impressão de documento oficial é em formato A4, o tipo de letra deve ser 
Times New Roman, fonte 12 na redação, fonte 11 para citação e, fonte 10 para 
as notas de rodapé.
A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto ofi-
cial. Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo de informações 
com um mínimo de palavras, dependendo a quem se destina o documento. 
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Para que se redija com essa qualidade, é fundamental que se tenha, além de 
conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, é necessário tempo para 
revisaro texto depois de pronto.
A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial. Pode-se definir 
como claro aquele texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor. No 
entanto, a clareza não é algo que se atinja por si só; ela depende estritamente 
das demais características da redação oficial: a impessoalidade, o uso do padrão 
culto de linguagem, a formalidade/padronização e a concisão.
Exercício
33. A respeito do Padrão Ofício, conforme ensina o Manual de Redação 
da Presidência da República, analise as afirmativas a seguir.
I. Todos os tipos de documento do Padrão Ofício devem ser impres-
sos em papel ofício.
II. Para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser for-
mados da seguinte maneira: tipo do documento + número do docu-
mento + palavras-chave do conteúdo.
III. Deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 
no texto em geral, 11 nas citações e 10 nas notas de rodapé.
Assinale:
a) se todas as afirmativas estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se nenhuma afirmativa estiver correta.
4. Pronomes de Tratamento
4.1 Apresentação
Esta unidade abordará os pronomes de tratamento.
4.2 Síntese
Embora se refiram à segunda pessoa gramatical, os pronomes de tratamen-
to levam a concordância para a terceira pessoa. O verbo concorda com o subs-
tantivo que integra a locução como seu núcleo sintático.
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Por exemplo: Vossa Senhoria nomeará seu substituto. (Vossa: 2ª pessoa; 
Verbo: 3ª pessoa; Seu: 3ª pessoa).
Os pronomes possessivos referentes a pronomes de tratamento são sempre 
os da terceira pessoa.
Quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramatical deve 
coincidir com o sexo da pessoa a que se refere.
Vossa Excelência diz respeito a autoridades do poder Executivo, ministros 
do Estado e do Governo, prefeitos, generais das Forças Armadas. Também a 
cargos de natureza especial, ou seja, os nomeados. Os deputados federais, esta-
duais, distritais, os presidentes das Câmaras e Assembleia.
Do Poder Judiciário, os ministros dos tribunais superiores, auditores da Jus-
tiça Militar, qualquer membro dos tribunais e todos os juízes.Ao se dirigir por 
escrito a um Chefe de Poder (Executivo: Presidente da República; Legislativo: 
Presidente do Congresso Nacional; Judiciário: Presidente do Supremo Tribu-
nal Federal) jamais escreva Vossa Excelência de forma abreviada, terá que ser 
escrito por extenso.
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos chefes de Poder 
é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo. O nome não é obrigató-
rio. Por exemplo, Excelentíssimo Senhor Presidente da República; Excelentís-
simo Senhor Presidente do Congresso Nacional; Excelentíssimo Senhor Pre-
sidente do Supremo Tribunal Federal.Mas, para as demais autoridades serão 
tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo. Desta forma, para 
ministro, senador, juiz, o tratamento será da seguinte forma: Senhor Ministro; 
Senhor Senador; Senhor Juiz. 
Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo, 
pois, dignidade é pressuposto do cargo público.
Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmi-
co. Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. 
O vocativo adequado é Senhor.
Fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades 
que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares.
O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de arre-
matar o texto, a de saudar o destinatário.
É utilizado o termo respeitosamente para autoridades superiores, inclu-
sive Presidente da República. E para as demais autoridades usa-se atencio-
samente.
O Manual de Redação Oficial do Palácio do Planalto traz exemplos dos 
itens mencionados.
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Exercício
34. Assinale a alternativa incorreta:
a) Vossa Excelência – Deputado Federal.
b) Vossa Excelência – Cardeal.
c) Vossa Excelência – Governador.
d) Vossa Senhoria – Capitão BM.
5. Funções dos Comunicados Públicos
5.1 Apresentação
Esta unidade abordará as funções dos documentos públicos.
5.2 Síntese
Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idên-
ticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido exclusivamente por 
Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o 
ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm como finalidade 
o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre 
si e, no caso do ofício, também com particulares.
Memorando é sinônimo de comunicação interna, só é utilizado pelo ser-
vidor público. A sua principal característica é a agilidade e, entre outras, a 
simplicidade. O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades 
administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em 
mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de co-
municação eminentemente interna. Pode ter caráter meramente administra-
tivo, ou ser empregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes, etc. a 
serem adotados por determinado setor do serviço público.
Requerimento é um pedido feito por pessoa física ou jurídica de algo a que 
se tem direito; dirige-se a uma autoridade. O texto deve ser bastante objetivo, 
redigido em terceira pessoa. O fecho e a data devem ser alinhados à margem 
esquerda. Deve possuir, no máximo, seis ou dez linhas, incluindo a identifica-
ção, exposição e justificativa. Caso seja necessário anexar algum documento, 
o(s) anexo(s) deve(m) ser mencionado(s) no texto.
Ata é um documento em que são registradas as ocorrências de uma reu-
nião, assembleia ou um evento. Havendo erro na escrita, utilizar o termo digo 
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logo em seguida. Se reconhecer o erro (no início do texto) apenas no final da 
escrita, utilizar o termo em tempo.
A circular é utilizada para transmitir avisos, ordens, pedidos ou instruções, 
dar ciência de leis, decretos, portarias. Destina-se a uma ou mais pessoas, ór-
gãos e empresas.
Exercício
35. Julgue os itens:
I. O aviso é um tipo de correspondência muito utilizado e pode ser 
expedido por quaisquer pessoas do serviço público.
II. O memorando é um documento exclusivo para fins de comuni-
cação interna dentro dos órgãos públicos.
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Gabarito
1. Letra B.
2. Letra A.
3. Letra D.
4. Letra C.
5. Letra D.
6. Letra D.
7. Letra E.
8. Letra D.
9. Letra E.
10. Letra A.
11. Letra A.
12. Letra B.
13. Letra B.
14. Letra B.
15. Letra D.
16. Letra A.
17. Letra B.
18. Letra C.
19. Letra C.
20. Letra C.
21. Letra D.
22. Letra C.
23. Letra B.
24. Letra C.
25. Letra C.
26. Letra B.
27. Letra A.
28. Letra D.
29. Letra D.
30. Letra D.
31. I. Errado. Não faz sentido a cria-
ção de uma norma específica, 
com uma linguagem adminis-
trativa. II. Certo.
32. I. Certo. II. Errado. O conteúdo 
das comunicações oficiais nunca 
pode conter motivação pessoal.
33. Letra D.
34. Letra B. (Vossa Eminência)
35. I. Errado. Pois, o aviso só pode 
ser expedido pelo Presidente da 
República e Ministros do Esta-
do. II. Certo.

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